Então, coisas mais boas da minha vida? A explodirem de saudades de um daqueles comentários assim mesmo, mesmo incríveis? Hmmmm? Aposto que sim. Eu, felizmente, padeço menos desse mal, porque comentários parvos recebo-os aos montes, todos os dias, por isso não dá para lhes sentir a falta. São mais ou menos como aqueles homens chatos que se arrastam atrás de nós, muito needies, sempre a pedir atenção e nós a revirar os olhos de tédio e a pensar "outra vez peixe frito...". E pronto, até que um dia a pessoa vacila e lá lhes cede três segundos do seu tempo, só mesmo para confirmar que são chatos e ridículos e não há quem os ature. Com os comentários parvos é mais ou menos a mesma coisa. A pessoa ignora, ignora, ignora, até que aparece um exponencialmente mais parvo do que todos os outros juntos e aí... como ignorar? Apertem os cintos, porque este é mesmo do caralho. Cá vai:
A Pipoca está loucaaa #183
terça-feira, janeiro 31, 2017
O maroto Christian Grey e (aparentemente) sonsa Anastasia Steele estão de volta. É já dia 9 de Fevereiro que estreia "As Cinquenta Sombras Mais Negras", o segundo filme inspirado no best-seller "As Cinquenta Sombras". E se o primeiro foi um sucesso (assim de repente, arrecadou 560 milhões de dólares em bilheteira), o segundo cheira-me que vai pelo mesmo caminho. Se é o meu tipo de livro? Nop, li umas 40 páginas e ofereci-o a alguém. Se é o meu tipo de filme? Consequentemente, não. Vê-se bem, entretém, mas acho aquilo tudo tão inverosímil que não consigo dar-lhe crédito. No entanto, gostei (e gosto) muito da banda sonora, para mim é mesmo o melhor de tudo. Mas o facto de não me identificar nem com a história nem com as personagens, não faz com que não reconheça o fenómeno que isto é. Aparentemente, havia espaço e público para este tipo de literatura e a E.L.James sou aproveitá-lo, porque vendeu livros como pãezinhos quentes. E isso é sempre notável.
E é também por isso, e porque sei que há tantos fãs desta saga, que tenho para oferecer dez bandas sonoras e dez bilhetes duplos para a antestreia, dia 8 de Fevereiro: cinco para Lisboa (para o NOS Colombo) e cinco para o Porto (para o NOS Norte Shopping). Para se habilitarem
Cinemando
segunda-feira, janeiro 30, 2017
A saga "filmes para os Óscares" continua e já aviei mais três: "Silêncio", "La La Land" e "Arrival".
Diz-se que é o filme da vida do Scorsese, que o fez investigar durante décadas, uma coisa que estava na calha há muito, muito tempo, mas, aparentemente, só é mesmo o filme da vida para o Scorsese, porque a crítica não achou particular graça. E a Academia também não, porque nomeações para os Óscares só mesmo uma e numa categoria mais técnica (Fotografia). São mais de três horas de "Silêncio", um filme passado no Japão profundo do século XVII em que dois padres portugueses vão em busca de um terceiro que, supostamente, terá renegado Deus (não, não se ouve falar português). Pelo meio, acabam metidos num complexo processo de evangelização, com muitas dúvidas pelo meio sobre a sua própria fé. Não é um daqueles filmezinhos porreiros para ver enquanto se despacha um balde de pipocas num domingo à tarde. É denso, confronta-nos com algumas questões, pede alguma contemplação e paciência. Pessoalmente, achei que era um filme muito bonito, com uma fotografia efectivamente incrível, que tinha tudo para acabar ao melhor estilo Braveheart e que, felizmente, não acaba.
Treze anos a pipocar
sexta-feira, janeiro 27, 2017
Então o blog fez TREZE anos há uma semana e eu esqueci-me completamente disso? TREZE, senhores, treze! E vocês aí, calados que nem ratazanas, não é? Pequenos póneis malvados. Em vez de perceberem que eu sou pessoa que já não vai para nova e que já vou precisando que me refresquem a memória de quando em vez, nada, ficam a ver-me a ter estes lapsos. Grandes amigos. Mas pronto, o Pipoca fez 13 anos no dia 20, está em plena pré-adolescência, por isso não se prevê nada de bom para os tempos que se seguem. Só posso agradecer-vos por estarem desse lado, por fazerem com que o blog continue a crescer, por fazerem com que isto continue a divertir-me tanto. Obrigada também a todos os que, directa ou indirectamente, contribuem para o blog, todas as marcas, todos os parceiros, todos os que acreditam neste projecto (às vezes muito mais do que eu). Obrigada e siga a festa.
Aqui há gato. E botas. E passatempo.
quinta-feira, janeiro 26, 2017
Todos os fins-de-semana procuro uma actividade para fazer com o Mateus. Pode ser uma ida ao cinema, pode ser uma visita a um museu, pode ser só uma voltinha a qualquer lado ou, o que ele mais gosta, uma ida ao teatro. Estamos no Inverno, não dá para grandes aventuras ao ar livre, mas ficar em casa também não é opção, por isso andamos sempre à caça de programas. No fim-de-semana passado fomos ver o "Gato das Botas", uma produção do TIL em cena no Teatro Armando Cortez. De todas as peças que já fui ver com o Mateus (e foram muitas) esta foi a que eu gostei mais, provavelmente porque era a menos infantil e que tinha ali muitas piadas que só os adultos é que conseguem captar (até há um "momento Ana Malhoa", só para verem). É uma re-interpretação muito à frente do tradicional "Gato das Botas", mas acho o resultado final muito bem conseguido. Fiquei maravilhada com os cenários e com os figurinos, e a história é mesmo muito divertida. Os actores são excelentes e, se não fosse por mais nada, só para ver o coelho da "Alice no País das Maravilhas", interpretado pelo Paulo Neto, já valeria muito a pena. O que é que o coelho da Alice faz no "Gato das Botas"? Pois, não posso contar, têm mesmo de ir ver. Agarrem na pequenada e vão, porque vale MESMO a pena. A peça é grandita, mas fui com o Mateus e os filhos de alguns amigos, da mesma idade, e aguentaram todos lindamente. A peça vai estar todos os sábados e domingos, às 15h00, até 28 de Maio, por isso não há desculpa. Mas, para dar uma ajudinha, tenho três convites duplos para vos oferecer já para este fim-de-semana. Yeaaaaaaaaaaah! Para se habilitarem, só têm de:
O pénis é nosso amigo. Quer dizer.
quarta-feira, janeiro 25, 2017
Na senda de artigos extremamente úteis que descubro através do Facebook, veio parar-me às mãos (salvo seja) um outro muito interessante. O título era "Cinco coisas a não fazer ao seu pénis" e, óbvio, não era possível ignorar. Não que tenha um pénis, que não tenho, mas acho que é um tema que interessa à humanidade assim em geral. Cada um de nós, à sua maneira, deve fazer os possíveis para preservar os pénis existentes. É uma causa que podemos adoptar. Há quem lute pelas focas bebés, há quem se insurja com as descargas petrolíferas, há quem marche pelos direitos femininos, e eu acho isso tudo digno e incrível. Mas não vamos descurar o pénis. Foi por isso que li o "artigo" do Correio da Manhã com a devida atenção, porque se cada um fizer a sua parte, juntos salvaremos os pénis, mas não achei que fosse suficientemente preventivo. As dicas que dá são bastante genéricas, a saber:
Em minha casa ou na tua?
terça-feira, janeiro 24, 2017
Há uns meses falei-vos aqui da Sílvia Baptista, uma mulher que - entre variadíssimos outros talentos -, tem todo um sentido do humor, toda uma graça a escrever (e a pensar), e é autora do "Em Minha Casa ou na Tua?", um livro que traz o sexo para cima da mesa (salvo seja) e dá cabo de uma data de tabus. A verdade é que continua a falar-se pouco do assunto, a tratar a coisa com paninhos quentes, com mais embaraço do que desenvoltura. Precisamente para contrariar isso, a Sílvia vai dar um workshop sobre sexualidade e relações amorosas. Ao longo de uma tarde, serão abordados pontos tão variados como os mitos sexuais, o desejo ou a forma como a maternidade muda a sexualidade. Coisas em que todos pensam mas nem sempre têm com quem falar. E como, muitas vezes, as mulheres não se sentem à vontade para discutir estes temas junto dos homens, este workshop vai ser só para meninas. Ora portanto, isto vai acontecer no dia 4 de Fevereiro, na "Garagem" (Rua Fialho de Almeida, 1F, perto do El Corte Inglés), das 14h00 às 19h30 e eu tenho a certezinha que vai ser mesmo uma tarde muito bem passada, porque com a Sílvia não dá para ser de outra maneira.
Para mais informações (preços, por exemplo) podem enviar mail para eu@silviabaptista.com
É preciso falar disto #8: a mulher sereia
terça-feira, janeiro 24, 2017
O Facebook é uma ferramenta extremamente útil, não haja dúvida. Uso-o para estar a par da vida dos meus amigos, para saber o que o mundo em geral pensa sobre a vida em geral, para me entreter nas horas mortas (e naquelas em que devia estar a fazer qualquer coisa mais produtiva) e para ler notícias incríveis. Como aquela que li ontem e que me deu a conhecer a história de uma americana louca que deixou o trabalho para se dedicar a tempo inteiro à sua paixão. E que paixão é essa, perguntam vocês? Ajudar os mais desfavorecidos? Descobrir a cura para o cancro? Erradicar a fome no mundo? Visitar 200 países num ano? Nada disso.
A Pipoca está loucaaa #182
terça-feira, janeiro 24, 2017
Quando penso que o Mateus caminha a passos largos para os quatro anos, estremeço por dentro. Vou poupar-vos à ladainha do tempo, e que isto passa a correr, e que é a olhar para os miúdos que nos damos conta, mas é mesmo verdade. Não tenho saudades de ter bebés, mas tenho muitas saudades de quando o Mateus era bebé (parecendo que não, são coisas diferentes). Lembro-me de ele ser mesmo pequenino, de estar a dormir no meu colo e e de eu pensar "deixa-me lá memorizar bem esta imagem porque isto vai passar num instante e eu vou morrer de saudades deste tempo". Já morro. Agora, para aguentar meia hora no meu colo só mesmo se estiver doente e a precisar de mimo extra. Enfim, é a vida, smile and wave. Uma das marcas que mais acompanharam o Mateus quando era bebé foi a Mitosyl. E que jeitaço nos deu. Do bálsamo para os primeiros dentes ao creme de corpo, passando pelo creme de cara, pela pasta de lassar ou pelo gel de arnica (que continua a ter muita saída no combate às nódoas negras). Se têm bebés aí por casa ou se estão prestes a ter, a oferta desta semana vai dar um jeitaço: a gama completa Mitosyl (composta por sete produtos) e um ursinho de peluche.
Para se habilitarem a este kit (com um valor aproximado de 60 euros) só têm de:
Pequenas grandes mudanças
segunda-feira, janeiro 23, 2017
Já vos tinha dito aqui, algures, que andava em mudanças/remodelações cá por casa. Finalmente, começo a ver a luz ao fundo do túnel. A parte de "obra" já lá vai (arranjei um senhor-faz-tudo que é um santo e que merecia o prémio de eficácia), portanto agora vem a parte da arrumação, organização e destralhamento. Que eu odeio e que estou a fazer aos poucos, para a tarefa não ser demasiado penosa. O quarto está praticamente pronto. Falta um ou outro detalhe, coisas pequeninas e que irei tratando com o tempo. Mas está pronto, habitável, adoro-o e tem sido difícil conseguir sair de lá, porque só me apetece fica ali a contemplar tudo. Está muito, muito simples, muito, muito clean, muito, muito neutro, sem grandes distracções visuais, mas com um ou outro detalhe que, acho, faz a diferença. Ficam algumas fotos:
Candeeiro: AREA
Fotos: tiradas por mim (duas de Lisboa e uma de Jerusalém)
Adeus, Obama. Obrigada, Obama.
sexta-feira, janeiro 20, 2017
Comprei esta ilustração em Tel Aviv, há uns meses, e gosto muito, muito dela. É do Amit Shimoni, um artista que pega em figuras icónicas e as transforma em hipsters. É um projecto muito cool e descontraído, e claro que tive de trazer o Obama e as suas rastas comigo. Tem estado na minha sala desde então, e por lá ficará. Porque hoje o Trump toma posse e eu continuo em estado de negação, à espera que se dê um qualquer milagre que nos impeça de estar sujeitos a quatro anos (no mínimo) de "trumpices". Estou cheia de medo do que aí vem, mesmo, mesmo, e ainda não consigo acreditar que aquela figura foi eleita, DEMOCRATICAMENTE, para ser o presidente da maior potência mundial. Posto isto, acho que devíamos resolver a coisa de forma muito adulta. Lembram-se do Manuel Subtil, aquele homem que, há uns bons anos, se barricou nas antigas instalações da RTP? Pronto, sugiro que o Obama faça o mesmo e se barrique com a família na Casa Branca durante oito anos. Acho uma ideia espectacular e tenho para mim que é capaz de ter milhões e milhões de apoiantes. A sério, é que isto é uma passagem demasiado brusca, não podemos passar assim de um Obama para um Trump, a frio.
Estou em negação.
Deslarguem-me.
=(
Preferia ser cega? Hmmm, not really
sexta-feira, janeiro 20, 2017
Estão a ver aquelas músicas que ouvimos de quando em vez na rádio, que até cantarolamos, que até nos fazem abanar a cabecita, até ao dia em que reparamos na letra com atenção e pensamos "espera láaaaaaa, o que é que se passa aqui"? Pronto, aconteceu-me com a música nova da Aurea, de seu nome "Blind Woman".
É preciso falar disto #7: lençóis polares
quinta-feira, janeiro 19, 2017
Penso em todas as coisas de que gosto (chocolates, pijamas foleiros, caldo verde) e o lençol polar é menino para assumir um primeiro lugar destacadíssimo. O lençol polar é uma das melhores invenções de todos os tempos. Qual fogo, qual roda, qual quê, esqueçam! O lençol polar é que veio revolucionar verdadeiramente as nossas vidas. Toda a gente conhece aquela sensação de entrar numa cama gelada, até a alma se nos arrepia. Ficamos ali em posição fetal, praticamente sem respirar, a tentar não deslocar nenhuma parte do corpo para um bocado de lençol frio. Quem é que sobrevive a esta tensão noite após noite? Ninguém.
Não se atira o pau ao gato. Nem ao lobo.
quarta-feira, janeiro 18, 2017
O Mateus está a entrar na fase dos medos. Ele é o medo do escuro, ele é o medo de ficar sozinho à noite, ele é o medo de uma data de coisas. Tento descomplicar, explicar-lhe as coisas de que tem medo, para que perceba que não há nada a temer, mas nem sempre dá. Ontem íamos no carro e ouço-o lá atrás: "mãe, tenho medo dos lobos maus". Muitas histórias infantis continuam a insistir em fazer do desgraçado do lobo o mau da fita, e depois os pais é que se lixam. Mas bom, o Mateus ia com esta conversa do lobo quando eu lhe disse "mas não precisas de ter medo, sabes porquê? Para já, porque os lobos estão muito longe. E mesmo que aparecesse um lá em casa sabes o que é que a mãe lhe fazia, sabes? Dava-lhe um soco no nariz e depois ainda lhe batia com um pau". O miúdo acha muita graça a esta visão de uma mãe que é capaz de aviar um lobo à porrada, mas depois tive de reconhecer que devia ter arranjado uma explicação mais politicamente correcta. E honesta, vá.
Para começo de conversa
Para começo de conversa
Diz que é uma espécie de desabafo
terça-feira, janeiro 17, 2017
Quando este blog nasceu, corria o ano de mil setecentos e vinte, mais coisa menos coisa, nasceu porque eu gostava MUITO de escrever. Nunca soube muito bem o que queria fazer na vida, mas sabia que queria escrever, e isso soube-o desde muito nova. Passei pela fase dos jornalinhos, dos poemas, dos contos, fiz de tudo. Lembro-me de o Diário de Notícias ter um suplemento chamado DN Jovem, para onde miúdos entre os 12 e os 25 anos enviavam os seus textos, na esperança de os verem publicados. Todas as semanas corria para comprar o DN, na expectativa que lá viesse algum texto meu, e aconteceu algumas vezes. Não imaginam o que aquilo significava para uma miúda de 13 ou 14 anos. Porque era isso que eu gostava de fazer e ter algum reconhecimento era absolutamente incrível.
Cores de Marraquexe #1
terça-feira, janeiro 17, 2017
Toda a gente me tinha avisado e é mesmo verdade: Marraquexe é uma cidade do caraças para fotografar. De cada recanto salta um detalhe, uma pessoa, qualquer coisa que nos faz puxar da máquina. Eu, que sou a maior adepta do preto e branco, fotografei quase exclusivamente a cores. Quando tentava passar as fotos para preto e branco parecia que não retratavam fielmente aquilo que tinha visto, por isso acabava sempre por voltar à cor. Esta dicotomia é engraçada, como é engraçada a maneira como vemos e sentimos cada sítio. Lembro-me de mostrar aqui as fotos de Havana, quase todas a preto e branco, e muita gente me ter chateado com isso. Mas era assim que eu via a cidade na minha cabeça, apesar da explosão de cor por todo o lado. Em Marraquexe via a cores, por isso fotografei a cores. Aqui ficam as primeiras (haverá mais) e ainda não me esqueci que vos estou a dever um post sobre os restaurantes!
A Pipoca está louca #181
terça-feira, janeiro 17, 2017
E então? Está tudo a sobreviver a Janeiro, um dos meses mais deprimentes do ano? Estão a adorar estas temperaturas polares? Também andam com ar de lulas abatidas? Pois é, eu sei, estamos juntas, não estão só nesta luta. E, como sempre, estou aqui para melhorar os vossos dias. É por isso que hoje, e em parceria com a Rituals, tenho para vos oferecer um MEGA kit de maquilhagem que promete fazer-vos esquecer o quão longo é este mês. Basicamente, este kit tem tudo o que precisam para ser felizes. Ou, pelo menos, para tentarem sê-lo com um arzinho mais composto e iluminado. Querem que vos conte? Então cá vai, esta oferta inclui:
- Um duo de sombras dourado e castanho escuro
- Um batom rosa coral
- Um pincel e um lápis de olhos preto
- Um pincel e um lápis de olhos bronze
- Um lip gloss rosa pêssego
- Um lipshine rosa candy
- Um sunglow (pó de efeito bronzeador)
Este kit tem um valor aproximado de 107 euros e só chega às lojas Rituals em Fevereiro, pelo que vão poder experimentá-lo em primeiríssima mão.
Para se habilitarem só têm de:
A Pipoca responde... ou tenta, vá #43
segunda-feira, janeiro 16, 2017
Recebi o seguinte e-mail da Ana M:
"Como já salvou a vida a muita gente com sugestões "na mouche", lembrei-me de que poderia ser também a minha salvação! Ora eis que tenho um importante casamento no final de Julho, de duas pessoas muito muito importantes e chegadas (ou seja, não serei daquelas convidadas que vão apenas fazer de figurantes). Sim, ainda falta algum tempo. Mas estou grávida e com data prevista para o parto a 1 de Julho... ou seja, lá estarei, a recuperar os quilos que (já ganhei e) ganharei até ao final e, quase de certeza, a amamentar. Algumas sugestões fantásticas que favoreçam uma recém-mamã e não compliquem demasiado a amamentação."
Querida Ana, tenho duas sugestões daquelas assim mesmo incríveis:
1) dar de mamar? Esqueça, já há leites adaptados muito jeitosos no mercado, e juro que os putos ficam igualmente espertos;
2) levar um puto com semanas a uma boda? Para ficar a cheirar a camarão e a porco no espeto? Mais uma péssima ideia. Deixe-o ficar no sossego do lar e vá beber até cair;
E é isto. Foi um prazer, não tem nada que agradecer. =)
Pronto, agora que as loucas da mama já devem estar a juntar-se para me baterem com um pau, que já estão a fazer circular este meu post em furiosos mails em cadeia (ou que a imprensa já está a descontextualizar isto tudo), podemos então seguir viagem. Era brincadeira, não se enervem. À semelhança da Ana (nome incrível, já agora), há muitas outras leitoras com este drama: o que vestir quando estão a amamentar. Ora eu adorava ter ideias espectaculares para partilhar convosco acerca deste tema, mas como sabem (ou não) só dei de mamar três dias e foi na maternidade, pelo que nunca tive grandes preocupações com o que vestir nessa altura. O evento mais txanan que tive foi dar uma volta no corredor do hospital, por isso não se justificava traje longo nem lantejoulas. Uma camisinha de noite composta e capaz de cobrir as mamas XXL com que fiquei na altura foi mais do que suficiente. Mas, pelo que ouço dizer, ajuda se usarem peças com botões, com decotes em V, traçados, etc e tal. E foi isso que fui procurar para a Ana, uma corajosa que está prontinha para ir abanar o esqueleto num casamento semanas depois de botar o rebento cá para fora. Acho mesmo de valor, que ao fim de duas ou três semanas eu não só não tinha grande coisa que me servisse como me sentia a Fiona (a mulher do Shrek, não a manequim). Sopas, descanso e leggings era tudo o que eu queria. Mas a Ana quer ir com tudo e, portanto, eu estou aqui para ela. TAMOJUNTAS, sister! Se a Ana quer festa, eu dou-lhe festa. E dou-lhe brilhos, e dou-lhe saltos mega-altos, e dou-lhe tudo. Não sei nada sobre a Ana, não sei medidas, não sei com quantos quilos sobreviverá à gravidez, por isso fiz uma escolha assim mais genérica. Mas se alguém com mais conhecimento no assunto "amamentação" quiser dizer de sua justiça no que toca a vestimentas, é favor chegar-se à frente.
Diz que está na moda #42
segunda-feira, janeiro 16, 2017
É o regresso aos loucos anos 80? É uma ida ao espaço, ir num pé e vir noutro? É o mundo a enlouquecer? Ou é só mais uma tendência que, à primeira, parece assim um bocado esquisita mas depois vai-se a ver e, bem trabalhadinha, até é capaz de resultar bem? É capaz de ser isto tudo junto. Pois que, de repente, começámos a ver as lojas inundadas de biker jackets. Mas não os tradicionais pretinhos. Verdade que a cor já lhes tinha chegado há algum tempo (assim de repente, tenho um azul, um cor de tijolo, um branco e um rosa), mas agora chegaram na versão metalizada, muito "deixem-me passar que vim para brilhar". Vi o primeiro na Bershka e fiquei ali dividida entre "hmmmm, isto bem conjugado é capaz de ser giro" e o "olha, aqui está um bom casaco para sair à noite em Samora Correia". Não sei, não sei. Sei que ontem vi a eterna Floribela na televisão com um vestido e pensei "ok, confere, Samora Correia". Enfim, dúvidas, dúvidas. O que é certo é que eles andam aí, das versões mais baratinhas àquelas que uma pessoa não pode nem chegar perto sob ameaça de a nossa carteira começar a apitar e se fazer explodir. Ora espreitem alguns e depois digam-me se é um sim, um não definitivo ou um "vou dormir sobre o assunto":
De volta ao stand-up
domingo, janeiro 15, 2017
Fazer stand-up é uma das coisas que mais me aterrorizam e, ao mesmo tempo, me fascinam. É assim uma espécie de relação de amor-ódio. Até chegar lá e fazer odeio, pergunto sempre porque é que me meti nisto, que merda de ideia, ando ali com os nervos consumidos. Depois vou, gosto muito e, vai-se a ver, e até não me importava de repetir. Enfim. Foi apanhada neste "quero-não-quero" que aceitei o convite do Rui Cruz e do Paulo Almeida - dois mestres do humor negro - para me juntar a eles e à Soraia Carrega no dia 31, no Popular Alvalade. Se estiverem assim com muito pouco que fazer, passem por lá, que tenho para mim que vai ser tão mau que vira bom.
Cinemando
quinta-feira, janeiro 12, 2017
O início do ano é a minha altura preferida em termos cinematográficos. Acho que é assim uma espécie de compensação, o universo a equilibrar-se naturalmente. Ai Janeiro é um mês frio como tudo? Ai fazes anos e ficas sempre um bocado arratazanada? Então toma lá belos filmes para ver se arrebitas. Os Óscares são em Fevereiro, o que significa que Janeiro é o melhor mês para se ir ao cinema, tudo o que é bom estreia por esta altura. E eu tenho visto coisas mesmo muito boas. Se estão a pensar aproveitar o fim-de-semana para dar um salto ao cinema, aqui ficam três sugestões:
O Tom Ford achou que ser um designer incrível não era suficiente, por isso decidiu ser também um realizador incrível, só para nos esfregar na cara o quão talentoso se pode ser. Já tinha achado o "A Single Man" (o filme de estreia) uma pequena obra-prima, e este "Animais Nocturnos" não lhe fica nada atrás. A história é mais densa, mas a estética é a mesma, lindíssima, porque o homem tem todo um bom gosto e toda uma atenção aos pormenores (a fotografia é assim qualquer coisa). De forma muito simplista, o filme conta a história de Susan (Amy Adams), que volta a ter contacto com o ex-marido (Jake Gyllenhall) ao fim de uma data de anos quando este lhe envia o livro que escreveu. A história desenvolve-se em vários planos, reais e ficcionais, o que dá ao filme uma dimensão um bocadinho complexa/perturbadora. Mas vale muito a pena.
Na minha vida chorei para aí em dois ou três filmes. Este foi um deles. O filme é absolutamente contemporâneo e mostra como os complexos processos burocráticos a que todos estamos sujeitos podem lixar a vida a uma pessoa. Fazemos parte do sistema e quando dependemos completamente dele, quando não temos alternativa, o cenário pode ser devastador. Há muito, muito tempo que um filme não me emocionava tanto, não me fazia sentir tanta empatia por uma personagem (neste caso, por duas). E tem uma das cenas mais poderosas e comovedoras de sempre, um verdadeiro murro no estômago. O filme deve estar quase, quase a sair de exibição, por isso corram.
Mais um filme lindíssimo e com muito potencial para nos deixar com um nó na garganta. Tinha tudo para ser um dramalhão (bem, e é), mas depois é entrecortado por diálogos geniais entre um tio e um sobrinho que se aproximam por desgraças da vida. A personagem do Casey Affleck valeu-lhe o Globo de Ouro e é mais do que merecido, porque faz um papel do caraças.
Casa em obras e vontade de matar alguém
quarta-feira, janeiro 11, 2017
Estou com obras/remodelações em casa e a vontade de fugir é tão grande como a vontade de ter isto tudo pronto e um espaço novamente habitável. Achava que não era nada de especial, trocar o quarto pelo escritório, uma coisa pequena, não havia de dar assim tanto trabalho. Hã hã. Neste momento estou praticamente a viver na faixa de Gaza, caos por todo o lado, livros empilhados no closet, móveis a atravancar o corredor, tapetes fora do sítio, uma alegria. Estou a tentar ser minimamente metódica, ir arrumando tudo o que é possível, mas a coisa chegou a um ponto
Globos de Ouro: e começa a descambar
terça-feira, janeiro 10, 2017
A Sienna Miller jura que isto é um Michael Kors Collection, mas eu juro que isto é um Bershka, que eu bem o vi no Colombo. Não sei que demónio baixou nela, mas ainda estou de cama com o desgosto. O vestido é tão pobrezinho, tão mal acabadinho, e depois ainda se me encheu de pérolas, e nada bate com nada, socorro! Já para não falar do cabelo. O cabelo, senhores! A Sienna Miller é assim a minha musa a nível capilar, e depois faz-me isto, aquele apanhado que todas fazemos quando chegamos à rua e percebemos que está muito vento. Que miséria.
Globos de Ouro: bom esforço, bom esforço
terça-feira, janeiro 10, 2017
A esta categoria vieram parar todos os vestidos que, sendo bonitos, não são particularmente surpreendentes ou capazes de ser elevados a oitava maravilha do mundo. São giros, cumprem, é o que se quer.
Eu gosto muito deste Vionnet da Anna Kendrick, mas há ali qualquer coisa na zona das marufas que não bate muito certo, o corte está esquisito. Depois, temos o problema da cara da Anna Kendrick, tão cinzenta como o vestido. Ânimo, rapariga!
Globos de Ouro: os mais-mais-mais
terça-feira, janeiro 10, 2017
Vocês são um público muito exigente. Se a pessoa não faz comentários aos trapos dos grandes eventos quase ali em tempo real, lá vem uma catrefada de mails, comentários, pombos-correio, ameaças de que me batem com um pau, tentativas de atopelamento, etc e tal. Eu percebo essa ânsia de botar os olhos nos vestidos épicos e, sobretudo, nos grandes falhanços, mas às vezes a pessoa humana não consegue dar logo conta do recado. Mas estou aqui! Tarde, mas estou. E, cumprindo a tradição, vou começar pelos meus vestidos preferidos. Que não foram muitos. Não houve assim nada absolutamente arrebatador, nada que me cortasse a respiração, nada que me fizesse apetecer correr para Los Angeles, abalroar a dona do feliz modelito, aplicar-lhe dois ou três golpes de karaté e depois sacar-lhe o vestido. Não, não houve nada disso. Foi tudo assim meio morno, e o que não foi morno foi mau, portanto não sei o que é que é melhor. Bom, mas vamos lá:
Foi preciso chegar a Annette Bening, com os seus quase 60 anos e um vestido Pamella Roland para mostrar a esta gente como é que se pode estar impecável sem grandes invenções. É isto, não mexe, adoro.
Marraquexe #2: como não se desgraçarem nas compras (ou então sim)
segunda-feira, janeiro 09, 2017
Não há como pensar em Marraquexe sem pensar em souks, compras e tralhas variadas. Marraquexe é um bom destino de compras, confere, mas é preciso:
a) ir no espírito
b) ter uma paciência de santo
c) saber regatear
d) gostar daquele tipo de coisas
O comércio faz parte da cidade, de todo o lado saltam lojas, lojinhas, bancas, não há recanto que não seja aproveitado para vender qualquer coisa. O que mais se encontra são tapetes, babouches, especiarias, couros, lanternas, chás, cerâmica, peças em couro ou joalharia. A proliferação de lojas é tanta e o assédio dos comerciantes é tão grande que não comprei nada nos primeiros quatro dias, tamanha a overdose de comércio. Só nos últimos dois é que me dediquei a explorar verdadeiramente os souks, mas não perdi a cabeça como achava que ia perder. A verdade é que o facto de haver tanta coisa (e tão parecida) me faz perder metade da vontade de comprar o que quer que seja. Acho sempre que duas bancas mais à frente vou conseguir encontrar o mesmo (ou melhor), a metade do preço e fazer um melhor negócio.
Uma visita aos souks é absolutamente imprescindível. Podem não comprar nada (os marroquinos são chatinhos, mas se se limitarem a sorrir e a seguir em frente está tudo bem), mas é toda uma experiência passear por aquelas ruas. Os souks são as zonas cobertas exclusivamente dedicadas ao comércio e estão
Quem casa quer viagem
sábado, janeiro 07, 2017
Alerta, pessoas que estão para casar, está a acontecer este fim-de-semana a Exponoivos, em Lisboa, e para a semana será no Porto. É lá que podem tratar de 850 coisas para a vossa boda (fotografias, catering, quintas, etc e tal), incluindo a mais importante: a lua-de-mel. Pois é, a iGo Travel vai estar por lá com as melhores propostas de viagem. E eu, que já fiz umas quantas com eles, juro-vos pela minha saudinha que é mesmo uma boa opção: imensos destinos à escolha, preços acessíveis, e um serviço irrepreensível. Têm aquelas viagens mais "típicas" de lua-de-mel (resort, pulseirinha, amor e uma cabana), mas também destinos mais alternativos. Tudo depende de como pretendem passar os dias que se supõem ser os mais românticos da vossa vida (not!). No meu caso, optámos por escolher dois destinos: um mais cultural e um mais "só levanto o rabo desta espreguiçadeira para ir ao mar ou à piscina". E assim foi. Uma semana na Índia e outra nas Maldivas. Gostei muito de ambos (com as devidas diferenças, óbvio) e acho que escolher dois destinos, tão diferentes, é um bom compromisso. Não havendo tempo/dinheiro, tentem chegar a consenso, coisa nem sempre fácil. A lua-de-mel é dos dois, por isso tentem não comprar logo uma briga porque um quer ir para Punta Cana e o outro para a Finlândia. Juizinho. Nada como analisar todas as propostas, apreciar devidamente todos os pacotes, pedir a ajudar de quem sabe. E a iGo Travel é perita nisso. Por isso dêem um salto à Exponoivos e pode ser que já venham de lá com a viagem marcada.
Ahhhh, brevemente irei mostrar-vos fotos da lua-de-mel da Inês e do João, os noivos do Casamento Mais Doce, que viajaram para a República Dominicana com a iGo Travel.
Rumo ao 36? Já cá estou
sexta-feira, janeiro 06, 2017
Não é o número que me assusta. Ou melhor, é um bocadinho. 36 já é muito mais 40 do que 30, não nos enganemos. E o problema, o problema é que não me sinto com 40. Sou muito mais a miúda que corria o jardim do Príncipe Real de uma ponta à outra. Que ia de mochila às costas, pelas ruas de Lisboa, a caminho da escola. Que ficava horas à mesa nos dias de peixe cozido. Que todos os dias, às escondidas, calçava os sapatos que estavam guardados para os anos. Como é que eu, que tantas vezes me sinto com sete anos, já vejo os 40 ao virar da esquina? É impossível não sentir um aperto no estômago. É só um número, um conceito, tem mais a ver com a mente e com a atitude, blá blá blá, já sei, já ouvi esse discurso mais vezes do que os anos que tenho. Mas nem assim me convencem. Se tudo correr bem, assim mesmo muito bem, estarei a chegar a meio da vida. E isso, meus amigos, é ideia que me assusta. Porque se esta metade passou a voar, sem eu dar por ela, a outra irá pelo mesmo caminho. E esta velocidade dá cabo de mim. Enfim. Eu sei que não gostam destes pensamentos mais a puxar para baixo, por isso vamos lá ver o copo meio cheio, pôr um sorriso na cara e fingir que esta coisa de envelhecer é do melhor que há.
Vestido: Zara
Botas: Balmain x H&M
Carteira: Furla
Fotos: After Click
Marraquexe #1: sete coisas a não perder (MESMO!)
quinta-feira, janeiro 05, 2017
Marraquexe era um destino que estava nos meus planos há muiiiito, muito tempo. De Marrocos só conhecia Saidia - que não é lá grande coisa -, por isso estava a apostar todas as fichas em Marraquexe. A ideia inicial para o fim-de-ano, como já tinha dito, era o Rio de Janeiro, mas depois uma amiga disse-me que ia com um grupo para Marraquexe e, basicamente, colei-me.
Comprei a viagem em Agosto ou Setembro (os voos já estavam carotes, cerca de 400€) e, apesar da enorme vontade de ir, estive até à última a ponderar. Por ter sido a última a marcar, já não consegui ficar no mesmo hotel nem regressar no mesmo voo que o resto do grupo, o que me obrigava a ter de fazer algumas deslocações sozinha e a ficar mais um dia e meio em Marraquexe, sem companhia. Várias pessoas me disseram que era má ideia, que não era uma cidade particularmente segura, mas já tinha tudo pago, não dava para reaver o dinheiro, por isso decidi ir na mesma.
A Pipoca está loucaaa #180
terça-feira, janeiro 03, 2017
Em 2017 gostava imenso de vos ver pelas costas. Pronto, andava a ganhar coragem para dizer isto, está dito. Quero ver-vos longe, bem longe. Por exemplo, numa escapadinha romântica a um qualquer turismo rural; numa observação de golfinhos nos Açores; numa massagem maravilhosa num dos melhores spas do país; ou numa degustação gastronómica incrível. Estes são só alguns exemplos de como eu vos quero ver pelas costas, mas há muitos, muitos outros. Isto porque, em parceria com a Odisseias, tenho para vos oferecer quatro packs daqueles assim mesmo, mesmo bons. A saber: Fugas a Dois; Adrenalina Top; Premium Spa; e Jantar Romântico. Cada um destes packs tem inúmeras experiências à vossa disposição, só têm mesmo de conseguir escolher uma. Há melhor forma de começar o ano? Não estou a ver.
Para se habilitarem a um destes quatro packs só têm de:
De volta ao desafio das 52 semanas
segunda-feira, janeiro 02, 2017
No início do ano passado escrevi aqui sobre o Desafio das 52 Semanas - uma dica de poupança que li no As Dicas da Bá - e sobre a minha resolução de ir pondo dinheiro de parte ao longo dos meses. O objectivo inicial da poupança era passar o fim-de-ano no Rio de Janeiro mas, entretanto, houve uma mudança de planos e escolheu-se outro destino, mais perto, mas que eu queria mesmo muito, muito conhecer: Marraquexe. Depois do flop da última passagem de ano, jurei a mim mesma que não voltava a ficar em casa a olhar para o tecto, por isso dediquei-me a fazer um porquinho mealheiro. Comecei por seguir à risca o plano das 52 semanas, mas depois perdi-me nas contas e fui pondo dinheiro sempre que podia e que me lembrava, assim um bocado ao calhas. Há umas semanas abri o porquinho (que, na verdade, era uma daquelas latas sem "abertura fácil", não fosse eu cair na tentação) e fiquei de boca aberta ao perceber que tinha ultrapassado os 1300 euros, o montante máximo que se consegue poupar se se fizer o desafio certinho e direitinho. Posto isto, este ano vou voltar a arranjar uma latinha e a fazer uma nova Conta Poupança Fim-de-Ano. Pondo dinheiro de parte ao longo do ano todo custa menos, "quase" que não damos por isso. E sempre dá para pagar umas férias, abater no crédito da casa, comprar qualquer coisa mais especial com que se ande a sonhar, o que se quiser. Quem alinha?
Lisbonary
segunda-feira, janeiro 02, 2017
Ao contrário dos outros anos, para este não tracei grandes planos. Na verdade, não tracei nenhum. Bom, mentira, há pelo menos um, assim um bocadinho mais delineado e que quero mesmo cumprir: fotografar mais. Desde que vim de Nova Iorque pouco peguei na máquina. Parece que quando estamos em casa há menos predisposição. Não apetece andar sempre com a máquina por arrasto e parece que se tem um olhar viciado e cansado sobre os sítios de todos os dias. Olha-se, mas não se vê. E eu quero ver, e quero fotografar e quero ter a capacidade de me surpreender com os lugares e as coisas de sempre. Foi por isso que decidi ressuscitar uma ideia que já tem uns meses, dar-lhe mais corpo e transformá-la em algo consistente. O projecto chama-se Lisbonary, podem ler aqui mais em detalhe como surgiu a ideia, mas eu explico rapidamente: há uns meses, num workshop de fotografia, foi-nos pedido que fôssemos para a rua desenvolver um projecto. Eu resolvi pedir a estrangeiros que me descrevessem Lisboa numa palavra, na sua língua materna, e que me deixassem fotografá-los. Tão simples quanto isso. Ao projecto inicial acrescentei uma outra ideia: uma foto que ilustre cada palavra. Porque gosto [tanto] de Lisboa, porque quero saber como os outros a vêem, porque quero olhar para a cidade com um olhar novo, menos cansado. E então assim vai ser: uma pessoa por dia, uma palavra por dia, uma foto por dia. Começou ontem, dia 1, e vamos ver até onde vai. Não sei o que me estará reservado para este novo ano, se haverá coisas melhores ou maiores, mas desconfio que o Lisbonary será o menino dos meus olhos em 2017.