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Vamos falar de sexo? #1

terça-feira, abril 12, 2016
No meu grupo mais próximo de amigas fala-se de sexo, é um tema que vem à baila com frequência. São mais - muitas mais -, as vezes em que a conversa resvala para a parvoíce do que para a seriedade, mas também ninguém disse que era preciso pôr gravata e vestido comprido quando se fala no assunto. O tema é complexo, claro, mas também tem uma grande, enorme, margem para a gargalhada fácil. E, se calhar, é mesmo essa abordagem, mais leve, que faz com que seja possível falar de um tema tão íntimo com (alguma) normalidade. Mas não se fala de tudo. Fala-se de sexo, mas dentro do sexo não se fala de tudo. Há tabus dentro do tabu. Pruridos, vergonhas, barreiras difíceis de ultrapassar. Ora foi para pôr os pontos nos is e trazer o tema para a mesa, sem rodriguinhos nem meias palavras, que a Sílvia Baptista lançou o livro "Em minha casa ou  na tua?".  Livro esse que eu li de uma assentada. Porque está incrivelmente bem escrito, porque a Sílvia tem muita, muita graça, e porque nos põe a pensar em coisas que, tendencialmente, por vergonha ou por recato, guardamos para nós. Tal como a Sílvia diz, este livro "nasce da vontade de dar à discussão sobre sexo um tom natural, bonito, respeitoso, quotidiano". Mission accomplished, está lá isso tudo. Mas também lá está o humor em doses abundantes, a linguagem directa ao assunto (preparem-se para muita piça, muito foda, muito cu), a inteligência, e a resposta a muita e boa dúvida que já terá passado pela cabeça de quase toda a gente. Foi então que me lembrei de alargar a discussão, trazendo-a para aqui. Desafiei a Sílvia a responder a algumas perguntas e, durante esta semana, vamos falar de sexo, um tema por dia. Dispam-se de preconceitos (e de roupa, se vos apetecer) e vamos a isto:
Desculpa lá, mas não consigo usar o teu vernáculo, por isso fica assim, como se estivéssemos na 1ª classe: pilinhas e pipis. 
Fraquinha

No teu livro dizes: "Ufana-se a piça, amordaça-se a vulva". Quer isto dizer que a pilinha é (continua a ser?) muito mais celebrada do que o pipi, quer por homens, quer por mulheres? 

A piça é celebrada porque, além de, ao contrário da vulva, ser um órgão que se debruça para fora de nós, do corpo (pode parecer minudência mas não é…), ela é existe por direito próprio desde cedo. Logo em pequenos, as mães têm de puxar o prepúcio para trás (faz-me espécie mas diz que é assim mesmo) e os meninos ficam logo a saber que existe ali alguma coisa. Ao crescerem, os rituais masturbatórios quase legitimam a piça como órgão por direito próprio. E mesmo quando esses rituais não existem, quando essa quase passagem da adolescência à adultícia não é feita em grupo, aceita-se e encoraja-se que se fale, mexa, toque, arreganhe e tudo o mais na piça. Ela é celebrada também por vivemos numa falocracia, onde tudo gira à volta da piça. É o tamanho, o diâmetro, a cor, o cheiro, a piça murcha de tanta expectativa.

"(...) entre mulheres [a vulva] é olhada como um fardo, um embaraço, uma espécie de tia velha a quem não suportamos mas a quem recorremos sempre que precisamos de dinheiro (...)"
Puseste-me a pensar no meu pipi. Não o idolatro, mas acho que também não o voto assim tanto ao desprezo. Penso nele como aquela amiga com quem até podemos não falar há uns meses mas que temos a certeza que está sempre lá para nós. Achas que devíamos dar mais atenção ao pipi, falar com ele, perceber o que é que lhe corre mal na vida? 
Acho que devíamos, sobretudo, ouvir a vulva, porque ela nos diz muitas coisas importantes sobre a forma como o nosso corpo funciona, ou não funciona. Logo para começar, diz-nos se está saudável, pela sua morfologia, cor, cheiro, aspecto geral. Depois, também nos diz que temos ou não tesão, estamos ou não com vontade de pinanço recreativo. A vulva faz parte do todo que é o nosso corpo mas desafio-vos a encontrar três amigas que ao passar creme no corpo o faça na vulva também. Além disso, parece que, de repente, toda a gente passou a ter muito nojinho da vulva, como se tivessem descoberto agora que ela tem cheiro e sabor. Claro que tem! Como tem todo o centímetro quadrado da nossa pele. Por que raio a pele da vulva é diferente?

"Veja-se os balneários de ginásios, esses sítios coabitados por vulvas nuas (...) Incomoda que as mamas, cus e vulvas andem por lá, desabridos. Incomoda que depois do mando existam mulheres que não se obrigam a tapar e se borrifam no juízo alheio (...) Este nojo vaginal deixa-me triste" (...)
Eh pá, eu não lhe chamaria "nojo vaginal", mas pessoalmente prefiro não estar a atar os ténis, levantar a cabeça e bater com o nariz num pipi felpudo. E os homens também não adoram ver pilas ao léu nos balneários. Custa assim tanto pôr uma toalhinha à volta? 
Claro que não custa. Mas também não custa deixar de olhar em modo fulminante para quem decide, sem colar a púbis à testa de alguém, não se tapar com medo que lhes vejam as carnes. É capaz de haver aqui um meio termo, digo eu, que vou continuar sem me tapar.

Deixemos os pipis, concentremos atenções nas pilinhas. E, claro, temos de falar em tamanhos. No teu livro dizes que os homens foram "condicionados e educados em que só as piças grandes são piças dignas", e que a larga maioria "associa o tamanho da piça à sua boa performance na cama". Não posso falar por todas as mulheres, mas ia jurar que menos que seja uma pilinha anormalmente grande ou ridiculamente pequena, para nós são todas um bocado iguais, não? Todinhas. Parece-me que a questão do tamanho é primordialmente um tema masculino. Não é que as mulheres não tenham preferências, naturalmente que as têm, mas, como dizes, a não ser que isso seja impeditivo de alguma coisa, o tamanho não é questão que nos apoquente. Mas entendo que isso seja assunto entre os homens porque, de facto, quando, durante o crescimento, ninguém lhes explica que aquilo que se vê na pornografia não é toda a verdade (ou quase nenhuma), quando a net está aí para ser desbravada por cabeças imaturas cuja única fonte de informação a esse respeito é a imagem da piça do John Holmes, é natural que as ideias erradas se instalem.

"Deveríamos ser as primeiras a rejeitar usar o tamanho da piça como munição para pequenas vinganças e a enjeitar atingir os homens na sua maior fragilidade"
A sério? Mas esta é uma maneira tão boa e tão fácil de os irritar. Não podemos mesmo? 
NÃO!

96 comentários:

  1. Fala se demasiado de sexo e pouco se faz....

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    1. Ahah muito bom!

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    2. Concordo...e depois há mais as vozes do que as nozes...! :-)

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  2. Ai Pipoca tantas asneiras, vai pro inferno :)

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  3. Não percebo porque a linguagem tem de ser tão grosseira..se a vulva é vulva a piça porque não é pénis? tudo em demasiada também cansa..

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    1. Concordo. Também me faz confusão quando alguém fala do assunto e diz "foda" em vez de sexo e coisas do género. Parece até que tornam o ato sexual numa coisa quase violenta.

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    2. Tem toda a razão, cansa mesmo! Ainda para mais, "Piça" é uma palavra horrenda.

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    3. Não é a grosseria ou vulgaridade que me incomoda, é mesmo a bipolaridade do diálogo. É que "piça" e "vulva" estão em categorias tão diferentes que não faço ideia qual é a lógica por detrás do raciocício... Ou é "vulva e pénis" ou "piça e c*na", desculpe lá a autora.

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    4. Concordo. Até porque vai contra o que é suposto este post transmitir. Defendem que se fale de sexo, sem pudores ou preconceitos, e depois leva-se para a linguagem muito pouco apropriada e para o "calão", porquê? Sexo é sexo, estamos todos cá graças a ele e não tem de ser tabu, nem se tem de omitir nem chamar aquilo que não é. Vulva é vulva, pénis é pénis e não "piça". Todo este texto torna-se contraditório. Em vez de "abrir mentes", acaba por as fechar

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    5. É bom saber que não sou a única, também concordo.

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    6. Completamente de acordo. Transforma uma coisa banal numa coisa vulgar.. Não deve ser por acaso.. Cada um lá sabe que público quer atingir...

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    7. Concordo. É bom e saudável falar de sexo, mas torna-se parvo e vulgar falar de fodas e piças. Parece que está na muda usar esses termos, se não o fizermos corremos o risco de parecer púdicos ou tapadinhos. Podemos (e devemos) falar destes assuntos, mas há formas menos feias de o fazer.

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    8. Concordo plenamente! Utilizando esse tipo de linguagem, dá a sensação de que o sexo é uma coisa brejeira.

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    9. Concordo. Um texto tão técnico numas coisas e tão grosseira noutras.. Tanto querem mostrar que estão à "vontade" com o assunto que exageram.

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    10. Concordo e subscrevo.

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    11. É verdade.Se é para pôr as pessoas à vontade com o tema,tem precisamente o efeito contrário, mas enfim...

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    12. Ah. Estava a ver que era só eu que tinha essa opinião. Falar de sexo não necessita de ser num tom porco e sobretudo ambos os sexos devem ser tratados ao mesmo nível. isso!

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    13. Concordo, acho que falar de sexo é bom, mas não precisa de ser tão grosseiro.

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    14. Também concordo. Se fosse mais "equilibrado" seria tão melhor. Tudo que é em exagero cansa

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    15. Também concordo.
      Falo de tudo de sexo com os amigos mais íntimos, mas há palavras tão feias que me tiravam todo o tesão. Piça é muito mau. Pénis Também é muito técnico. Eu uso o termo pila. A autora do livro que desculpe, mas piça nao casa nada com vulva. Não estão no mesmo patamar.

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  4. Não li o livro, mas parece-me um "statement".
    Pelas frases assinaladas, arrisco dizer que se trata de muita fruta e pouco sumo.
    Não me considero púdica, mas a linguagem utilizada podia ser mais cuidada. Acho que atrairia mais pessoas (ou não).
    No entanto, aguardo pelo final da semana; a opinião bem pode mudar.

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  5. Tanto ouvido púdico e tanta vergonha do vernáculo bem português!!!
    Se uma foda é o que é, porque havemos de chamar-lhe genericamente sexo?!
    Mas, enfim, se há ainda tanta pudicícia, então sempre poderemos chamar a uma B0A F0DA o seu correspondente decimal, isto é,
    185266394 !!!!

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    1. Não acho que seja uma questão de se ser púdica.
      Simplesmente porque não acho essencial relacionar sexo com calão.
      Se eu não utilizo frequentemente calão na minha linguagem, porque terei de o fazer a falar de sexo?
      Umas palavras de calão, até é engraçado, mas muitas já me enjoa um bocadinho...

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    2. "Pudico" e "pudica" não levam acento.

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    3. Tem bom remédio Célia, não leia o livro :)
      Eu adoro usar palavrões, não me incomoda minimamente ler um livro repleto deles. Acho que no contexto certo conseguem embelezar uma obra (de ficção ou não). Até compreendo porque é que algumas pessoas não gostem, mas não percebo terem de vir aqui e dizer "ai nao nao nao". A escritora não vai mudar o estilo dela por vossa causa lol.

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    4. Sinceramente, e por mim falo, ler "foda/s, pilas, piças" não me incomodou (apesar de eu dizer "piço" e não "piça" xD mão gosto de fazer cenas com partes femininas secalhar xD).

      O que me incomodou foi dizer piças e foda, mas depois dizer vulva para retratar o orgao feminino! =P

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  6. O assunto merece que se fale e que se quebrem tabus, aplaudo a iniciativa e tudo o que se fizer nesse sentido para que a sexualidade seja vivida sem culpas e em pleno. Agora, piça? Porquê esse tipo de linguagem? É para mostrar que somos modernos e desempoeirados? A mim só me parece de extremo mau gosto e ordinário. Além disso, como já foi aqui comentado quando no sexo feminino a palavra usada é vulva qual a lógica?

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    1. Lá está, parece demasiado "forçado", só para ter piada (?)

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  7. Gosto muito de escrita divertida mas não gosto de escrita ordinária. Textos com palavras como "merda" "foda"" piça" são tão medonhos

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  8. Ainda bem que falam da questão dos balneários no ginásio. Eu dispo me e vou nuinha para o duche. Sem problemas nenhuns com as minhas gordurinhas, tou me a cagar. A mim o que me faz muita confusão é irem com a toalhinha enrolada para o duche, todas suadas e mal cheirosas, e dpois limparem se a essa toalha. Isso sim, faz me muita confusão. As chamadas púdicas mas porquinhas :)

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    1. Falta de nível e educação, ao impor a sua nudez a terceiras.Mais vale ser porquinha do que egoísta e inconveniente

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    2. Eu sou das que vai enroladinha na toalha para o duche e tal como as que se sentem à vontade para andar nuas estão no seu direito sem julgamento também acho que eu estou no meu. É engraçado de como noto mais julgamento da parte de quem anda nuinha do que quem anda enrolado na toalha. Não me considero pudica mas sim, prefiro resguardar-me no balneário.

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    3. Adoro estes anónimos que adoram criticar, porque acham que o berço deles era de ouro.
      Anónimo 12 abril, 2016 21:03, eu frequento a piscina e causa-me estranheza ver pessoas a tomar duche com o fato de banho vestido. Mas o cloro sai? O sabão não fica ali acumulado?

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    4. Oh anónimo das 21:03 temos muita pena que a nudez a incomode, apesar de ser algo perfeitamente natural. Mas se a incomoda tanto, ninguém a obriga a tomar banho nos balneários. Pode fazê-lo na privacidade da sua casa, onde não deve haver ninguém nu. Mas digo-lhe já, a única falta de educação aqui foi sua. Os balneários servem para uma pessoa tomar banho e vestir-se, coisa que implica estar (normalmente e temporariamente) nua.

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  9. Eu cá acho estranho é que se sinta tanta necessidade de falar do tema, especialmente de detalhar e entrar nestas conjecturas sobre vulvas e pilas, se são celebradas ou não, se incomodam no ginásio, que as mulheres a veem como uma tia velha, etc... se vissem essas coisas como naturais, como tentam fazer parecer, não sentiriam necessidade de pensar nelas desta forma. Para mim, tudo isso é natural, é o nosso corpo, são actos que praticamos com quem quisermos, não há muito mais a pensar ou a falar sobre o assunto. Não me suscitam muito interesse estes livros que acho que são mais feitos para vender pelo chocar, tentando dar uma fachada de "eu falo das coisas francamente porque para mim elas são normais".

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    1. Ora nem mais. No entanto, lá existirá um público-alvo...

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    2. APOIADÍSSIMO!Nem mais.

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  10. Realmente, penso que não há volta a dar...para os homens e algumas mulheres o tamanho dos pénis têm importância...
    Ainda há bem pouco tempo, uma comentadora mencionou ter ficado decepcionada com a dimensão da pila de um namorado, que a dita mais parecia um "batom"...se soubesse do "defeito" nunca se relacionaria com ele,etc...como não podia deixar de ser...
    arrancou a todas as outras boas gargalhadas, porque a questão do tamanho dá sempre vontade de rir!
    Um amigo meu de longa data,de baixa estatura, bem casado, sempre que em festarolas o assunto resvala para as práticas íntimas,não se coíbe de afirmar que o seu "material" é "pequenino mas muitíssimo trabalhador..." e no fundo lá terá razão, pois creio que, tal como os homens,
    " as pilas não se medem aos palmos, o que conta realmente será sempre o desempenho!!!(:

    MDM

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  11. Hipocrisia sob forma de mini-entrevista, por parte da enrevistada.
    Se a piça é piça, porque é que a vulva não passa a cona, p.e. (ou outros tantos equiparaveis)?!!

    Somos muito à frentex mas depois, no melhor pano cai a nódoa.

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    1. Tem de ler o livro todo. Também lá vai encontrar "cona". Mas mesmo dentro do vernáculo há termos que gostamos mais e menos.

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  12. Ai não se aguenta!!
    Tudo púdico aqui.. Gostava de saber como converam com namorados, namoradas, meros parceiros sexuais acerca do sexo..
    Ou é "ai querido, que se me sobem as temperaturas, vamos fazer o amor!" ou então "amoree, estou com uma vontadeeee!!! Vamos ali ao quarto.."
    Na certa, nunca leram Bocage..
    Felizmente que existe uma pipoca para falar sobre isto que é o sexo (acto) e os sexos (pipi a.k.a. vagina a.k.a. vulva a.k.a. etc.. e das pilinha a.k.a. piças a.k.a. pénis)
    E sim, eu acho muito importante falar sobre este assunto que de facto é um tabu e que de facto existem tabus dentro do tabu (citando).
    Vou procurar por este livro!
    Obrigada Pipoca!

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    1. Calma lá Magda, podemos falar de sexo, mesmo com o namorado, sem "conas" e "fodas". Pessoalmente não gosto e não uso esses termos, porque dão ao sexo uma conotação que não gosto.

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    2. Não se trata de pudor.Adoro sexo, mas prefiro fazer do que falar, principalmente quando se fala com ar rasca.Quebra totalmente o charme e o encanto.

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    3. Nádia tem toda a razão.
      Não me sinto mais mulher por utilizar esses termos.
      Antes pelo contrário, acho que me iria sentir um pouco vulgar.
      E, para mim, sexo não é vulgar.
      Agora quem gosta de utilizar termos mais crus, o que interessa é que se sintam bem.

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    4. Magda vulva e vagina não sao a mesma coisa ptt se vamos falar de sexo, fale-se da anatomia propriamente dita. As reclamações dos comentadores são pelo facto da Pipoca, que fala do assunto, não chamar a piça pelo verdadeiro nome.. pénis. PArece que há uma alergia qualquer contra esse nome

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    5. Nunca li Bocage mas, fico a saber, se o ler perco logo qualquer vontade de ter o sangue a preencher-me as veias mais púbicas.

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    6. É pena não ter lido Bocage. Experimente não dói nada!

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  13. Já que diz piça devia dizer cona ou se se diz vulva devia dizer pénis. Há aí alguma falta de coerência!

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  14. Se fosse a Bibi havia mal...mas é um livro de uma intelectual! Até fiz um verso!

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    1. ahahah ganhou! ia dizer isto mesmo a charoca da bibi incomodou a pipoca, já este livro.... :P

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    2. Boa! Eu não diria melhor!

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  15. Concordo com alguns comentários deixados acima, pode falar-se de sexo sem ser brejeiro. Aliás, recorrendo à brejeirice acho que faz com que a conversa resvale logo para o mau gosto... Mas concordo também com o que foi dito, há uma 'celebração' do pénis, enquanto que a vulva é sempre conotada com muito mais pudor e vergonha. A maior parte das mulheres têm vergonha e culpa por tocarem na sua própria vulva, como se fosse algo de muito errado... Das várias amigas que tenho apenas uma fala abertamente que se masturba. Mas esse tema entre as mulheres ainda é muito tabu, assim como admitir que se vê pornografia, entre outras coisas...

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    1. Ninguém tem que falar abertamente sobre algo tão íntimo.Eu pelo menos passo bem sem essa informação sobre as minhas amigas...

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  16. Bem, eu cá sei porque é que eu (e a maioria das mulheres) não coloco cremes na vagina como o faço com o resto do corpo: porque a pele é diferente e os cremes corporais comuns não foram feitos para serem aplicados em partes tão sensiveis.

    De resto, não é por não lhe meter cremes que finjo que ela não existe. Ela está lá! Dei-lhe uso há algum tempo, e mesmo que não lhe dê uso, ela faz questão de me lembrar todos os meses de que existe -.-

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    1. Exatamente.Por me lembrar e estimar a minha é que não lhe ponho creme.A autora foi muito infeliz neste aspecto.

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    2. Qualquer ginecologista que oiça uma mulher dizer que usa o mesmo creme no corpo na vulva tem um ataque. É memso para criar infeções e ficar com um cheirinho mesmo agradavel.. #soquenao

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    3. Ana, qual foi o problema do meu comentário sobre o creme que a minha médica me receitou? Não percebo, lamento.

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    4. Sendo a vulva a parte externa e a vagina a parte interna, nunca fez muita lógica colocar cremes na vulva, que normalmente está ou estava coberta de pelos.
      Já agora, mas alguém se refere aos seus genitais como " a minha vulva"???

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    5. Ahhh, está tudo dito!! :)

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    6. Acrescento, ser sinónimo de alguma perturbação, a necessidade de colocação de emulsões, cremes e afins...no interior(excepto contraceptivos)da vagina, ou na zona exterior envolvente(lábios)pois,ainda que não se trate de problema grave,pode tratar-se de comuns infecções vaginais provocadas por:
      -desequilíbrios/alterações de fauna vaginal,isto é, da quantidade de micro-organismos(fungos) existentes na vagina(existem em todas elas...mas em equilíbrio no meio) este desequilíbrio pode ser causado por múltiplos fatores inclusive, medicação, stress, pré-menopausa...,problema que afetam quase todas as mulheres durante alguma fase da vida, e que em nada está relacionado com as DSTs.
      Este tipo pouco grave de infecções vaginais fúngicas, provoca ardor interior,coçeira no exterior labial, corrimento com ou sem cheiro, etc..
      cada caso é um caso, mas a terapia de cura é basicamente a mesma,
      Utilização/colocação de cremes, no interior e exterior. No entanto,sem ser com os profissionais de saúde,poucas senhoras falam abertamente sobre este assunto, porque subsiste o preconceito(errado) de que este tipo de infecções é transmitido por via sexual, relacionando-as com as Doenças sexualmente transmissíveis.
      Em conclusão, para tudo estar bem com a nossa vulva, basta praticar e manter os cuidados de de higiene considerados normais e ao dispor de todas, basta querer proceder à necessária lavagem 2, 3, 4 ou mais vezes dia, mais que não seja com sabonete ou quiçá, com sabão azul e Branco...Sendo óbvio que as mais exigentes o fazem com Gel íntimo!(:

      MDM

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  17. A introdução da Pipoca promete uma entrevista muito mais interessante. De facto o que a entrevistada diz não só não é especialmente interessante, como usa uma linguagem horrível. Sou zero púdica e a favor de usar as palavras sem medos, mas além de não ser coerente, a maior parte das pessoas não fala assim e portanto não cria qualquer empatia, até afasta. Soa forçado. Qualquer post da pipoca sobre sexo seria mil vezes mais interessante, não tenho qualquer dúvida.

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    1. Exactamente isto.

      (Linguagem brejeira à parte... quem é que usa "vulva" em linguagem corrente??)

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  18. Talvez seja por ser do Norte que não me choca nada seja piça seja cona, pipi ou piroco, os termos existem e são usados, se há quem não goste não usa, não se precisa usar esses termos no sexo, mas que pôde apimentar pode ����

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    1. Há gostos para tudo, e foi certamente para quem acha piada, que a autora quis vender.Talvez não venda é muito, dado que a maioria das mulheres não aprecia estes termos

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    2. Ser do norte não significa, de todo, ser brejeiro! Palavra de alguém que não se coíbe de usar estes e outros termos na privacidade com o meu marido, assim como uso os "normais".
      Se houvesse coerência e menos necessidade de mostrar que é giro falar do tema grosseiramente, tornar-se-ia um texto aceitável. Assim, é simplesmente ordinário.


      (Ana, também a mim me prendeu a sua introdução. Já o resto...)

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    3. sou homem e também não aprecio estes termos.

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    4. Sou do Norte (Porto) e não achei piada nenhuma a estes termos, as coisas (neste caso órgãos genitais ) são para se chamar pelos nomes!
      Tanta gente que criticou a "xaroca" da Bibi mas esta senhora pode vir dizer piça e foda para "inglês ver" ... Enfim xD

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    5. Mas qual é a relação do "Norte" com o "não me choca nada seja piça seja cona, pipi ou piroco"? Não percebo... Eu sou do Norte e não me sinto menos nortenha por não gostar de usar esses termos com essa leviandade toda.
      Norte não é "brejeiro", por favor parem de passar essa imagem!

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    6. Ao anón. das 01:48: Pois estes termos são mais "normais" no Norte, não se estranha tanto,mas olhe que quanto à linguagem da Bibi, foi muito forte, ela abusou e denegriu um pouco a imagem das mulheres do Norte, não leve a mal eu dizer isto, mas menos... menos... era bem melhor!

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    7. Ao que parece não foi apenas a Bibi que denegriu a imagem das mulheres do Norte. A senhora que deixou o comentário ( Cat) fez a mesma coisa.

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    8. Penso que ninguém disse que no Norte as pessoas tenham de ter todos os mesmos limites.
      É verdade que no Norte parece haver uma maior "aceitação" de termos mais "pesados", mas isso não significa que um Nortenho/a que seja mais espevitado (digamos assim lol) vá denegrir o Norte por ser mais espevitado q a maioria dos nortenhos.

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    9. Nortenho mais espevitado?
      Isto vai de mal a pior.

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  19. Mas vocês têm que idade? 15 anos? O_o

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  20. Não sou púdica e alguns palavrões fazem parte do meu quotidiano. No entanto, não deixo de achar este tipo de linguagem horrenda, especialmente na forma escrita. Não é escrita descomplexada. É simplesmente rasca.

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  21. "entre mulheres [a vulva] é olhada como um fardo, um embaraço, uma espécie de tia velha a quem não suportamos mas a quem recorremos sempre que precisamos de dinheiro"

    Ainda não li o livro, e não sei muito bem qual o contexto de tal frase, mas avaliando-a assim a cru, não percebo o sentido dela!
    Nenhuma das mulheres que conheço (e com quem falo sobre sexo) algum dia me falou do seu pipi com vergonha e muito menos como um fardo(?)! E a personificação com uma tia velha é péssima!!

    Quantos aos palavrões, também os acho bastante brejeiros e desnecessários... Só porque palavras como piça e foda são horrendas e fogem completamente ao objectivo de se falar da coisa de forma bonita e respeitosa... Porque não simplesmente pila ou queca? Têm muito mais graça, as outras, são como o Fernando Rocha, começam a enjoar e deixam de ter graça!

    De qualquer forma, gostei da iniciativa de trazer a discussão para aqui! Critique-se ou não, falemos do assunto! :)

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  22. Pipoca, tens tantos leitores púdicos e não sabias!
    Parabéns pelo post, venham mais!!! Esse teu registo com que nos habituaste não falha :D

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    1. Não me considero púdica e, no entanto, não gostei da falta de coerência e do nível "rasca" da linguagem. Falo abertamente do tema, sem problemas, mas não sou mais "aberta" por dizer piça 10 vezes na mesma frase.
      Este, definitivamente, acaba por nem ser o registo da pipoca, visto que nem foi ela que escreveu as respostas.
      Não misture alhos com bugalhos :)

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    2. Tem razão, o registo da Pipoca não falha, mas o livro acho que falha sim.
      Falar de sexo já não é tabu. É uma conversa como outra qualquer e não causa os constrangimentos que antes causaria.
      Mas ninguém anda na rua a falar sobre sexo com os termos que são utilizados no livro. Nem sequer a autora do livro o fará (senão porquê escrevê-lo?).
      Mas agora para não se ser considerada púdica, tenho que andar a gritar aos céus "foda", "cona" ou "piça"?
      Dizer calão não faz de nós mais ou menos mulheres, é uma questão de gosto pessoal e, a meu ver, dá um ar vulgar e eu gosto muito de respeito.
      E não venham falar de se ser púdico. O ser-se lúdico, a meu ver, tem muito mais a ver com o sentirmos-nos bem e sem constrangimentos no nosso corpo e com a outra pessoa, e muito menos a ver com a linguagem que se utiliza para isso.

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    3. O que é que ser púdico tem a ver com as pessoas não se reverem na linguagem utilizada, menina?... A maioria dos comentadores não se sentiu ofendido por ler "piça" no texto, só achou que é mais um daqueles livros sobre sexo que alguém escreve para mostrar que é aberta e descomplexada e "ó pra mim, eu falo das coisas que as outras mulheres têm vergonha de falar!" e que falha redondamente porque já ninguém têm vergonha de falar de sexo, seja usando "dar uma foda" ou "fazer amor".

      Ah, e isto não é o registo da Pipoca. Se fosse tinha piada e era bem escrito.

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  23. Vulvas e piças? Logo aí já estamos a criar uma diferenciação entre eles. O registo do diálogo é muito pouco coerente! Quando li o título estava à espera de uma coisa melhorzita. Não tenho nada contra conas, piças, pilas, vulvas ou o que o valha mas não existe lógica nenhuma neste texto. E não digo isto por pudor ou por não gostar da pipoca, pelo contrário, adoro a Pipoca mas não este texto e não o discurso dessa senhora. Volto amanhã para ler outra coisa.

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  24. Ora bem, a introdução foi boa, sim concordo que se fale desse tema, e fique curiosa. E depois começo a ler a entrevista, e pimba, essa linguagem....nem li até ao fi. Mas é preciso ser ordinário e usar palavrões para falar sobre sexo? Eu não uso essa linguagem, acho que pode ser ofensiva, estraga qualquer qualidade que a escrita pudesse ter, só para chocar ou armar-se em Samantha do Sex and the City , ou lá qual seja o objetivo de usar tais termos.

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  25. Não há um meio termo entre linguagem púdica e rasca...?

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  26. muito bom. com alguma curiosidade para ler o livro.
    deixo-lhe o blogue que tenho com uma amiga caso queira descobri-lo:)
    http://actwice.com/

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  27. Oh meu deus, oh meu deuuuus! Ahah.

    Beijinhos ♥
    Mónica Rodrigues dos Santos
    http://cupcakewomen.blogspot.pt/

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  28. 3 notas:
    1) infelizmente, não se diz "púdico", diz-se pudico (com sílaba tónica no "di"), tal e qual como se diria "penico". Digo infelizmente, porque "pudico" é uma palavra horrorosa.
    2) de forma igualmente infeliz, a autora é a primeira a tratar a sua vulva como uma tia velha, ao encontrar-lhe uma designação tão correcta. Porque é que a "piça" merece tratamento marialva?
    3) folgo mesmo em saber que a maioria das mulheres mantém a vulgaridade no seu lugar. Cada um fala como quer, mas a maneira como fala diz mais sobre si do que o que diz.

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  29. Andar tapada num balneário para mim ( e muita gente) não é uma questão de vergonha, mas sim uma questão de preservar a intimidade....posso não ter vergonha do meu corpo, ou da minha vulva, mas não querer exibilos para 20 desconhecidas....

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  30. E que tal, deixarem-se de críticas...e começarem a debater questões mais técnicas e realmente importantes sobre sexo, ausência dele, excessos, consequências, etc...de uma forma construtiva, saudável, e sem prevonceitos???? Não terá sido este o repto da PMD ?!?

    Carla

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  31. Nãaaa.... Não gostei, não me convenceu. nem o texto todo consegui ler, imagine o livro inteiro... Naõ gostei desse palavreado forçado

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  32. A autora usa uma triste comparação quando fala na vulva como aquela tia velha a quem se recorre quando precisamos de dinheiro. Devemos concluir que a autora, quando precisa de dinheiro, recorre à vulva?

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  33. Epa vamos lá ver uma coisa.
    Primeiro, não me incomoda minimamente ler um livro repletos de palavrões.
    Segundo, quem não gosta, não lê. Simples assim.
    Terceiro, na cama, cada um sabe o que lhe apetece tanto em tamanho, quanto o que falar, suspirar, gemer, etc.
    Quarto, tamanho pode não ser fundamental, mãsssssss....
    o pequeno trabalhador tem que ser eficiente, mas não minha pobre opinião, fica sempre um vazio
    quando a coisa não é o que esperavamos. Bem, mas para além só do sexo, há outras coisas.
    Se o objectivo for só mesmo sexo, até podemos nos fixar só no tamanho e no prazzer que poderá (ou não) nos dar,
    já se há
    um sentimento a mais envolvido no relacionamento, conforma-se com o que se tem. Mas infelizmente há tamanhos que são mesmo decepcionantes.
    Acho que em Portugal há muito tabu quando a conversa é sexo, caramba todo mundo faz, não vejo problema em se falar claramente.

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Teorias absolutamente espectaculares

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