Tenho para mim que estou destinada a oferecer produtos de beleza ao aeroporto de Lisboa. Já é a segunda vez que me acontece assim em pouco tempo. A primeira foi culpa minha. Levei só mala de cabine e achava que o limite máximo dos líquidos era 150ml. Pois, não era, era 100. Por isso lá tive de deixar a minha espuma desmaquilhante, o tónico e mais uma ou outra coisa. Ainda disse à menina do controlo que desse uso aos produtos, que eram bons, que podia usar à confiança, mas nada. Disse-me que tinham de deitar tudo fora, é a regra. Que facada no coração. Mas hoje a facada foi ainda maior. Chegámos ao aeroporto a tempo e horas, com o check-in já feito online, só queríamos mesmo despachar as malas,  mas "ah, e tal, o check-in já fechou, não dá para despachar bagagens". Oi? Como? Fechou? Mas então e a agora? Só nos deram duas soluções: levar a mala connosco, embarcar à mesma e saber de antemão que íamos ficar sem os produtinhos todos quando passássemos no controlo, ou esperar por novo voo para poder despachar a mala mas ter de pagar uma taxa. Optámos pela primeira hipótese. Quando chegámos ao controlo e tive de sacar a bolsa de produtos para ver o que é que lá tinha com mais de 150mm, ia-me dando um pequeno ataque. Adeus champoo, adeus amaciador, adeus spray de tratamento, adeus espuma desmaquilhante, adeus tónico, adeus meu rico Trimgel, adeus sei lá eu mais o quê. Fiquei depenada. Só consegui salvar o perfume, o desodorizante e dois cremes de cara. E acho que até me vieram as lágrimas aos olhos quando vi o homem pegar naquilo tudo e enfiar no lixo, mesmo à frente do meu nariz. Ainda pensei ir lá em missão de resgate, do género "prendam-me que eu não quero saber, mas ninguém me arranca daqui sem o meu champoo", mas depois era capaz de levar com um taser no lombo e era chato ficar ali estendida a babar-me. Lá fomos para o avião e, quem diria?, não nos deixaram entrar com a mala. Que era demasiado grande. "Eu sei que é demasiado grande, é uma mala de porão, mas no check-in não nos deixaram despachá-la e disseram-nos para a trazermos connosco", expliquei eu à senhora hospedeira. "Pois, mas não pode ser, deixem-me aqui que um colega meu já a vem buscar para a levar". Para a levar para onde, para onde, para onde? Para o porão. Oh, grande porra, se não tinha sido tão mais fácil terem-na despachado logo ao início, com os meus produtinhos a salvo. Que dor de alma.

Ontem li este texto com um misto de terror e incredulidade. Terror por saber que há uma miúda de 15 anos a viver assim, com medo até de respirar, sem poder sair à rua, sem poder estar com as amigas, sem poder ir ao Facebook, sem poder fazer tudo aquilo que as miúdas de 15 anos gostam de fazer. Incredulidade por saber que ninguém, NINGUÉM faz nada. A Carolina já foi molestada várias vezes, já foi várias vezes vítima de agressão, e NINGUÉM age. Os pais vivem desesperados com tanta inércia, querem proteger a filha e não sabem como, ninguém os ajuda, ninguém lhes estende a mão. As autoridades (in)competentes vão empurrando o assunto com a barriga, talvez à espera que aconteça uma desgraça, talvez à espera que a Carolina se mate ou a matem para depois virem dizer que foi uma tragédia, que nada fazia prever aquele desfecho (????) e que será aberto um inquérito, para que casos como o da Carolina não se voltem a repetir. Somos o país dos inquéritos. Somos incapazes de antecipar desgraças, mesmo que nos esfreguem toda a informação os olhos, mas lá nisso dos inquéritos (que geralmente dão em nada), somos os maiores. A Carolina tem de ser protegida AGORA, enquanto é tempo. Tem de mudar de casa, tem de mudar de escola, tem de começar do zero e tentar, pelo menos tentar, voltar a uma adolescência normal. Eu juro que sou daquelas que acham que violência gera violência e que essa não é a resposta, mas se isto não dá vontade de distribuir uns quantos murros (pelos agressores e por quem vai assistindo sem nada fazer), então não sei. Já há quem se esteja a mobilizar para ajudar a Carolina. Podem ir aqui e saber mais.

Uma coisa que uma pessoa vai aprendendo neste mundo dos blogs é que todo o blogger, independentemente da sua dimensão, tem os seus haters de estimação. TO-DO! Fiéis companheiros que estão lá em todos os momentos, nos bons e nos maus, sempre prontos a disseminar mais uma palavrinha de ódio, mais um comentário parvo, mais uma qualquer teoria conspirativa, mais um espalhar de azedume e frustração, mais um boato sem fundamento. Aaaaah, gosto tanto. Faz parte do jogo, uma pessoa habitua-se à sua presença, há dias mais divertidos do que outros, mas eu acho que até já levo a coisa com leveza. Mas bom, o que eu acho que ninguém tem é um "stalker dental". O que é isso de stalker dental, perguntam vocês? Já perguntaram? Pois bem, eu explico. Para já, é uma bonita expressão inventada por mim. Depois, é uma pessoa que vive obcecada com os meus dentes. Mas quando eu digo obcecada, é MESMO obcecada. Dei-me ao trabalho de contar, e nos últimos cinco dias foram 86 (OITENTA-E-SEIS) os comentários deixados, todos dentro deste registo, ora atentem:

Mais de dez anos depois de ter começado, este blog continua a bater recordes todos os dias. Muito, e muito, e muito obrigada a todos os que me acompanham. Vocês são espectaculares =)

Há alguns meses recebi uma proposta da One Watch Company para "amadrinhar" uma colecção de relógios. Fiquei super feliz porque: 

1) adoro relógios 

2) gosto muito da One

3) ter uma colecção minha é assim uma coisa espectacular

Vai daí, tenha a honra e o enorme prazer de vos apresentar a colecção All Mine. All Mine, claro, porque são todos meus, porque quero todos, porque os adoro a todos. Mas também podem ser vossos, que eu não  pessoa de se prender às coisas e o relógio já está à venda um pouco por todo o lado. 

A colecção é composta por três cores - prata, dourado e ouro  rosa - e, sinceramente, estou apaixonada pelos três. Já experimentei todos, óbvio, já os mostrei a algumas pessoas, e o feedback não podia ter sido melhor.

Foram pensados para serem simples e sofisticados, mas super versáteis ao mesmo tempo. Podem ser misturados com muitos outros acessórios e adaptam-se às mais variadas ocasiões. Num momento são super elegantes, no outro super informais e descontraídos, tudo depende da forma como os usarem. Para além disso, podem ser ajustados em casa, não precisam de andar a caminho do relojoeiro para o alargar ou apertar. 

Estou mesmo, mesmo feliz com os meus três meninos e sei que vamos ser companheiros de muitas e boas horas. Literalmente.

Preços? O modelo prateado custa 95, o dourado e o ouro rosa custam 110€.

Espero que gostem!

Geralmente só falo com a minha contabilista uma vez por ano, na altura do IRS. Durante uma semana, trocamos alguns telefonemas por dia. É impressionante como há seeeeeeeempre chatices com o IRS, nunca se consegue fazer a entrega à primeira. Ou falta um papel, ou foi a empresa A que se enganou, ou foi a empresa B que não declarou o que era devido, ou foi a empresa C que se confundiu toda e trocou os números de contribuinte, ou são as finanças que não aceitam por 349 razões diferentes, ou são divergências que saltam de todos os lados, e por aqui a fora. Um leva e traz de papelada, e mails e telefonemas sem fim. Até que chega o derradeiro telefonema. Aquele em que a contabilista (provavelmente a pessoa mais competente com quem já trabalhei) me liga a dizer "Ana, eu sei que sou sempre eu a dar as más notícias, mas já fiz a simulação do vosso IRS e vão ter de pagar". Claro que vamos ter de pagar, nem sequer temos memória de outra coisa. O problema é que pagamos sempre mais e mais e mais. A coisa nunca diminui.  Que temos de pagar já eu sabia, só tinha assim uma pequena (e ridícula) esperança de pagar menos este ano. Mas não, é SÓ o dobro do ano passado, assim coisa pouca. Fartamo-nos de descontar ao longo do ano inteiro, fazemos 350 pagamentos por conta, apresentamos despesas, mas depois chega a altura do IRS e toma lá uma talhada de todo o tamanho. Ah, mas então e aquela coisa de termos grandes benefícios por termos um filho? Pois, não vão na conversa, que isso foi chão que já deu uvas. Façam filhos, que eles são uns grandes fofinhos, mas não contem com lucro, só despesas. E é isto. Agora é esperar que a dolorosa cartinha chegue cá a casa e depois penhorar os Louboutin. Todos. E o porquinho mealheiro.

Ora bem, penso que depois do jogo de ontem, hoje há que fazer a devida e merecidíssima homenagem ao Sergio Ramos e àquele seu golaço de cabeça aos 90+3 que fez o Real suspirar de alívio. Eu estava lá e, mesmo ao longe, deu para ver que o moço está em forma. Vamos poder apreciá-lo com mais calma no Mundial. Até lá, ficam as fotos.

Nome: Sergio Ramos

Data de Nascimento: 30 de Março de 1986

Altura: 1,83m

Do que é que gostamos nele: do ar de menino certinho vs. bad boy tatuado

Acordei e a minha vontade de ir correr era mais ou menos a mesma de comer um prato de iscas com cebolada. Na verdade, agora que penso nisso, acho que mais depressa despachava as iscas, que ao menos não precisava de sair de casa. Mas comecei a pensar que era uma fraca, uma ratazana de esgoto sem força de vontade, que ontem até tinha comido algumas porcarias, que  tinha de mexer o rabo, e então lá fui. Lembrei-me que tinha de ir votar, então juntei o útil ao (des)agradável e decidi ir até lá a correr. Assim foi. Ténis nos pés, faço-me à estrada e eis que chego ao sítio onde voto sempre e estava fechado. Bonito. Não tinha como saber onde era o novo sítio por isso deixei as eleições para mais tarde e continuei a correr. Andei pelo Rossio, pelos Restauradores, pelo jardim do Príncipe Real, pelo de São Pedro de Alcântara e, a cereja no topo do bolo, desci e subi a avenida da Liberdade TO-DA. Já tinha corrido no centro da cidade em provas, mas nunca assim, à vontade, a decidir o percurso na hora. Enerva-me correr sempre nos mesmos sítios, porque às tantas já tenho perfeita noção da distância. Ir assim à aventura é mais giro. O meu objectivo para hoje era correr mais de 8km, para ultrapassar os 200 totais já corridos. Está  certo que 200km é uma merda (o meu homem já percorreu mais de 2000), mas para mim é uma coisa assim épica. Cheguei a casa toda contente, parecia que tinha corrido uma maratona. E fiquei sobretudo feliz por não ter cedido à vontade de ficar na cama. Só custa mesmo decidir que se vai, depois é espectacular.

A Pinko lançou-me o desafio de criar três looks com peças da marca. Disse logo que sim, claro está, ou não fosse tudo assim de babar. Foi uma tarde divertida de veste-despe, a experimentar tudo e mais alguma coisa. Fica o resultado:

Ontem foi apanhado o Palito, também apelidado - carinhosa e vergonhosamente - de Monstro pelo Correio da Manhã. O homem (que matou a sogra e uma tia da ex-mulher, e feriu a filha e a própria da ex-mulher) andava fugido há quase um mês, mas estava sempre a aparecer. Ele ia ao café, ele ia ao pão, ele fazia a vidinha dele e todos o viam, menos a polícia. Montou-se todo um circo mediático em São João da Pesqueira, aquilo parecia um cenário de guerra, com polícia por todo o lado em busca do criminoso foragido. O meu homem esteve lá, em reportagem pela Sábado, mas também não o avistou. Há dias perguntei-lhe "mas já alguém foi a casa do homem ver se ele lá estava? É que ele anda sempre de um lado para o outro, vai na volta está em casa". O homem disse que não, que tinha estado lá. "Mas tocaste à porta?". Não tocou. "Pois, se não tocaste não sabes. Cá para mim está em casa e quando o descobrirem vai fazer todo um ar de surpresa, tipo"ah, mas estavam à minha procura? Vejam lá que não fazia ideia nenhuma, ele há coisas mesmo engraçadas!".

Onde é que o Palito foi apanhado ontem? Em casa.

Judiciária, se precisarem de mim noutros casos é só chamar.

A Rua Castilho animou-se ontem ao fim da tarde com mais uma edição da Castilho Pink Day. O ano passado por esta altura estava a rebolar de grávida e não deu para apreciar a coisa em todo o seu esplendor, mas este ano lá fui eu, qual lady in pink, espreitar os vários eventos criados pelas lojas da Castilho. Graças a todos os santinhos o tempo ajudou, a chuva deu tréguas e o sol apareceu, o que fez com que as pessoas saíssem de casa e fossem dar uma volta. É engraçado ver que, de edição para edição, as pessoas aderem mais e as lojas fazem coisas mais giras (e descontos óptimos). Fazem falta mais eventos destes à cidade. Mesmo que não se vá comprar nada, é uma oportunidade de entrarmos em lojas que habitualmente não entramos, de experimentar uma maquilhagem ou um penteado diferente, de beber um copo com as amigas. Tudo o que seja para animar as pessoas e dinamizar o comércio de rua tem  a minha benção. Ficam algumas fotos. 

Hoje no metro estavam duas senhoras numa banquinha a vender o Pirilampo Mágico. Nada de novo, não liguei. Mas dei mais quatro passos, parei para ver se tinha dinheiro na carteira e voltei atrás. Não sei porquê, mas ver o Pirilampo trouxe-me boas memórias. Em miúda adorava o Pirilampo, estava sempre à espera que saísse, tinha toda uma colecção de pirilampos em filinha na minha estante, desde o pirilampo número 1. Era mais ou menos a mesma altura em que adorava os Jogos Sem Fronteiras, as Marchas Populares, a Miss Portugal ou o Festival da Canção. Tempos felizes em que pouco chegava para nos entreter. Por isso - e por estar associado a uma causa solidária - hoje trouxe um pirilampo lilás comigo. Acho que o Mateus lhe vai achar graça. Mesmo que vá tentar comê-lo.

Vocês são pessoas que puxam ao sofrimento, não são? Partilhei o plano de agachamentos e ficaram mais felizes do que as espectadoras da Oprah naqueles programas de Natal. Depois falei, assim ao de leve, num plano de abdominais e foi ver-vos acometidas de toda uma ansiedade, a implorarem-me para que o partilhasse. Eu partilho, coisinhas boas da minha vida, eu partilho. E fico contente por saber que há por aí mais gente disposta a sentir a dor e o sofrimento que este plano envolve. Se em vez de ficarem quietinhas no vosso canto, a enfiar chocolates no bucho, vocês preferem atirar-se para o chão todos os dias e dedicar meia hora da vossa vida a fazer abdominais dos infernos (enquanto soltam asneiras que nunca pensaram dizer alto), então eu partilho o plano. Aqui vai ele. Depois não digam que não avisei. 

"Então e os Globos? E os Globos? Pipocaaaaa? Os Globos, os Globos, os Globos?" Etaaaaaaaaaaaaa, pessoas chatas insistentes que vocês são, hein? Não me dão um segundo de descanso. Entre mails e comentários aqui deixados, foi toda uma pressão para que eu escrevesse sobre os Globos. E eu ia escrever, claro que ia escrever, mas ontem não consegui mesmo. Desculpem lá, sim? Vocês gostam é de ver o circo pegar fogo, não é? Alguém por aí nos comentários insinuava que eu agora não escrevo porque sou comentadora da SIC CARAS e que isso me deixava mais limitada. Pois, meus amigos, não deixa. Se deixasse não fazia sentido continuar. Nem isso nem o facto de conhecer e ser amiga de várias pessoas que foram aos Globos e que sabem que eu digo o que penso, goste ou não goste das suas roupitas. Porque é só disso mesmo que se trata, de roupitas, não são juízos de valor. São trapos, e os trapos servem para nos divertirmos. Se gosto digo, se não gosto digo também e amigos como sempre (ou então não, ficam a odiar-me e nunca mais me falam). Tenho perfeita noção que a maior parte (blogs, imprensa, etc) só comenta para falar bem e bajular até à exaustão. É o que dá sermos um país pequeno onde a malta ferve em pouca água, onde se leva tudo demasiado a peito, onde toda a gente se incompatibiliza com toda a gente. Poder de encaixe? Zero. Mas pronto, o caminho faz-se caminhando e o meu tem sido este. Adiante. Fui passar o fim-de-semana fora, por isso não fui aos Globos. E nem consegui ver a gala. Estava a jantar fora e estava uma televisão a emitir sem som, por isso fui deitando um olhito à passadeira vermelha, mas não deu para ver com grande atenção. Só ontem fui inspeccionar as fotos devidamente. E tenho a dizer-vos que este foi um ano de surpresas. No meu top 10 das mais giras entraram nomes outrora impensáveis. E ao top dos deslizes foram parar nomes que nunca pensei lá ver. É a vida. One day you're in and the next day...you're out! De qualquer forma, não houve nada que me enchesse assim meeeeeeesmo, mesmo as medidas, do mesmo modo que também não houve assim um grande trambolho. Bem, quer dizer... bom, mais ou menos. 

Para já, e sem mais demoras, começamos pelos mais giros:

Aproveitamos que é Domingo e que está bom tempo para dar um saltinho a Itália. Não, não vamos enfardar pizza nem massas, vamos só mesmo buscar o Andrea Pirlo para a nossa caderneta de gostosões. Esta escolha é a prova de que eu não sou uma pessoa rancorosa, porque se fosse este menino não tinha aqui lugar. Ainda estão muito frescas na minha memória as boquinhas que ele andou a mandar ao Benfica. Boquinhas essas que teve de engolir, depois de devidamente temperadas com molho bolonhesa, porque o Glorioso limpou a Juventus. Mas pronto, Mundial é Mundial e o Pirlo TEM lugar na minha/nossa caderneta.

Data de nascimento: 19 de Maio de 1979 (35 anos)

Altura: 1,77m

Do que é que gostamos nele: do cabelo rebelde, da barba e do ar de homem maduro que sabe o que faz, assim na vida em geral. É estilo vinho do Porto, sempre a melhorar.

Segunda-feira faz três semanas que larguei a Cola Zero. Se me apetece pedir uma de cada vez que vou a um restaurante? Sim. Se tenho resistido estoicamente? Sim. Se estremeço de cada vez que abro o frigorífico e vejo aquelas lindas garrafinhas todas alinhadas? Sim. Nos dias em que não consegui mesmo resistir, pedi um Ice Tea. Não é a mesma coisa, mas ajuda. Carregadinho de açúcar, eu sei, mas foram só duas vezes, o que me parece simpático. De resto, tenho estado a água (dois litros por dia, o que é espectacular para quem bebia dois copitos e já era uma sorte), e não se tem estado nada mal. Vai também fazer três semanas que deixei de comer hidratos à noite (agora só ao almoço, porque quem me tira a massa e o  arroz tira-me tudo). E três semanas que deixei o chocolate. Uiiiiiiiii, isto é que custa mais. Nestas três semanas comi um bombom da Arcádia e ontem ataquei duas bolachas de chocolate. Enviei mensagem ao meu treinador a avisar que ia pecar, mas desculpei-me com o Benfica. Estava em baixo, precisava de açúcar. Ele autorizou, pelo Benfica tudo se permite. Ando a treinar como nunca (quatro a cinco vezes por semana, entre corridas, zumba e treinos com PT) e é isso que também me motiva a comer melhor. Do que é que me vale andar a malhar se depois continuo a comer só porcaria? Por outro lado, o facto de andar a treinar mais também me deixa alguma margem de manobra. Como não quero perder mais peso (a balança atingiu uns pródigos 57, 7kg), se uma vez por outra me apetecer comer de forma descontraída sei que também não vem daí grande mal ao mundo. Aliás, aos fins-de-semana sou mais relaxada com a alimentação. Não como este mundo e o outro, mas se me apetecer uma pizza ou um cozido à portuguesa, também não há stress nenhum. À segunda-feira retomo o plano de contenção e tento ser-lhe fiel, amá-lo e respeitá-lo até sexta. Dizem que é uma questão de hábito e começo a acreditar que sim. Já sinto falta de beber água, já fico chateada quando não posso treinar, já não consigo comer grandes quantidades às refeições (sobretudo à noite), já não tenho ataques de fome à uma da manhã, já consigo passar RELATIVAMENTE bem sem comer doces todos os dias, já consigo chegar a um restaurante e escolher as opções mais saudáveis (o que não é fácil, apetece-nos sempre ir para o que faz pior... e sabe melhor). Não estou em dieta, estou apenas a tentar comer melhor, de forma mais saudável e regrada. Como é que isto tudo se reflecte no corpo? Pois, ainda não sei. Sinto-me mais enérgica, sinto que perdi volume em algumas zonas (e isso é mais importante do que perder peso), mas o que quero mesmo é eliminar massa gorda. Já devia ter feito uma avaliação mas tenho estado a adiar. Tenho medo que não haja resultados e que isso me faça perder a motivação. Por isso vou adiando. Mas deste mês não passa. Para ajudar à festa, o fofinho do meu treinador resolveu enviar-me um plano de abdominais para fazer em casa sete-vezes-por-semana. REPITO: sete vezes por semana. É o inferno, garanto-vos. Prometo partilhá-lo aqui, depois logo me dizem se não é horrível. Mas se isso me garantir uns abdominais à Carolina Patrocínio por mim tudo bem. É aproveitar enquanto a motivação não vai desta para melhor!

Ora bem, vamos lá então começar isto a sério. Depois da menção honrosa atribuída ontem ao Adrien, hoje voltamos à nossa Selecção. E quem é que eu lá fui buscar, quem foi, quem foi, quem foi? O Bruno Alves. Já sei que não é uma opção consensual, mas eu acho-lhe muita piada. Não tem aquela beleza típica e certinha, não se olha e não se fica logo de queixo caído, mas quanto mais o vejo mais graça lhe acho. É aquilo a que se chama um feio-giro, mas é bem mais giro que feio. Não é lindo, mas tem raça e isso dá-lhe muiiiiito charme. E depois tem assim aquele ar de mauzão. Já se sabe que nós preferimos sempre os que têm um ar mais saído da casca, não é verdade? Sendo que depois é um querido e a simpatia em pessoa, o que não deixa de ter graça. Senhoras e senhoras, meninas e meninas, o nosso Bruno Alves: