Para hoje...
...apenas uma sugestão musical: a nova do Prince. Chama-se "Te Amo Corazón" e vai ser a música mais tocada no meu iPod durante Março. Para dançar agarradinho.
segunda-feira, fevereiro 27, 2006

Obrigada, Baía, meu grande querido
A culminar um Domingo perfeito, só mesmo uma vitória do Benfica. E se há coisa que eu gosto particularmente nas vitórias do Glorioso sobre o (que nojooo) Porto na Luz é saber que aquelas claquezinhas tão bairristas, pobres de espírito e dadas ao vandalismo têm que voltar lá prá terrinha delas... três ou quatro horas enfiados em autocarros, a remoer na derrota, a pensar como é que esse grande querido do Vítor Baía pode ser tão frangueiro e, obviamente, a afirmarem convictamente que foram roubados. É a vidinha.
sexta-feira, fevereiro 24, 2006
Insónia das grandes- o regresso
Uma da manhã: retiro-me para os meus aposentos, pronta para uma bela noite de sono;
Uma e meia: consciente que ia ter mais uma noite daquelas, vá de pegar no iPod;
Três e meia: após ouvir os dois álbuns do Antony de uma ponta à outra e dar 300 voltas sobre mim mesma lá me mentalizo que mais vale saltar da cama e ir fazer qualquer coisa produtiva;
Quatro menos um quarto: em frente à TV a devorar episódios do Sexo e a Cidade;
Seis da manhã: regresso à cama fria;
Sete: após uma hora embrenhada nos meus pensamentos, consigo finalmente adormecer.
By the way, os vizinhos de cima mudaram mas as cenas de sexo continuam. Nada como acordar com os gemidos de prazer dos outros. Obrigada.
Uma da manhã: retiro-me para os meus aposentos, pronta para uma bela noite de sono;
Uma e meia: consciente que ia ter mais uma noite daquelas, vá de pegar no iPod;
Três e meia: após ouvir os dois álbuns do Antony de uma ponta à outra e dar 300 voltas sobre mim mesma lá me mentalizo que mais vale saltar da cama e ir fazer qualquer coisa produtiva;
Quatro menos um quarto: em frente à TV a devorar episódios do Sexo e a Cidade;
Seis da manhã: regresso à cama fria;
Sete: após uma hora embrenhada nos meus pensamentos, consigo finalmente adormecer.
By the way, os vizinhos de cima mudaram mas as cenas de sexo continuam. Nada como acordar com os gemidos de prazer dos outros. Obrigada.
quinta-feira, fevereiro 23, 2006
Para cumprir
Bem, numa época em que uns cartoonzinhos de nada são capazes de virar o mundo ao contrário, aqui vai uma versão genial dos dez mandamentos que descobri num livro igualmente genial, o Dicionário do Diabo, de
Ambrose Bierce. É um livrinho com cem anos, mas que podia ter sido escrito ontem:
" Dez mandamentos: uma série de mandamentos, dez ao todo- o suficiente para permitir escolher bem aqueles que quermos cumprir, e mesmo à conta para não dificultar a escolha. Segue-se a versão revista do Decálogo:
Não terás outro Deus para além de mim;
Seria muito mais caro se não fosse assim.
Nem imagens, nem ídolos deves construir
Pois logo um ateu os irá destruir.
Não invocarás o nome de Deus em vão;
Só quando der jeito- escolhe bem a ocasião.
No dia do Senhor, não deves trabalhar;
Vai mas é ver o teu clube a jogar.
Honra os teus pais, pois assim é um facto
Que o seguro de vida ficará mais barato.
Não matarás- nem ajudarás outro a matar;
Logo, a conta do talho não deves pagar.
Não beijarás a mulher do teu vizinho,
A não ser que ele à tua deite um olhinho.
Não roubarás, isso é mau para os negócios,
Ganhas mais se enganares os teus sócios.
Não levantarás falso testemunho- isso não deves fazer-
Mas há sempre “alguém que disse ou que “ouviu dizer”
Não cobiçarás o que não conseguiste obter
Por manha ou fraude, ou de outra forma qualquer. "
Bem, numa época em que uns cartoonzinhos de nada são capazes de virar o mundo ao contrário, aqui vai uma versão genial dos dez mandamentos que descobri num livro igualmente genial, o Dicionário do Diabo, de
Ambrose Bierce. É um livrinho com cem anos, mas que podia ter sido escrito ontem:
" Dez mandamentos: uma série de mandamentos, dez ao todo- o suficiente para permitir escolher bem aqueles que quermos cumprir, e mesmo à conta para não dificultar a escolha. Segue-se a versão revista do Decálogo:
Não terás outro Deus para além de mim;
Seria muito mais caro se não fosse assim.
Nem imagens, nem ídolos deves construir
Pois logo um ateu os irá destruir.
Não invocarás o nome de Deus em vão;
Só quando der jeito- escolhe bem a ocasião.
No dia do Senhor, não deves trabalhar;
Vai mas é ver o teu clube a jogar.
Honra os teus pais, pois assim é um facto
Que o seguro de vida ficará mais barato.
Não matarás- nem ajudarás outro a matar;
Logo, a conta do talho não deves pagar.
Não beijarás a mulher do teu vizinho,
A não ser que ele à tua deite um olhinho.
Não roubarás, isso é mau para os negócios,
Ganhas mais se enganares os teus sócios.
Não levantarás falso testemunho- isso não deves fazer-
Mas há sempre “alguém que disse ou que “ouviu dizer”
Não cobiçarás o que não conseguiste obter
Por manha ou fraude, ou de outra forma qualquer. "
terça-feira, fevereiro 21, 2006
Crónica de um roubo anunciado
Sempre fui uma criança tranquila, daquelas que não tem por hábito roubar chupa-chupas na mercearia ou ser expulsa na escola. Lembro-me de chegar ao fim do 12º e constatar, com tristeza, que nunca tinha sido posta na rua. A coisa mais louca que consegui fazer foi chegar tão atrasada a uma aula de francês que a professora não me deixou entrar a mim e a uma amiga, mas no final ainda nos pediu desculpa, porque nós eramos as meninas queridas. Enfim, está bom de ver que sempre fiquei com aquele traumazinha por nunca ter sido uma rebelde, uma grande doida, uma ramboieira! Mas ontem vinguei-me à grande, ah ah ah ah ah (risinho maquiavélico enquanto esfrego as mãos de satisfação!). Acho que já há uns tempos tinha referido neste ilustre blog o meu ódio por duas criaturas do meu mestrado. São elas uma colombiana e uma mexicana, cromas até à quinta casa, que se sentam na fila à nossa frente. Ao menor ruído viram-se logo as duas para trás, fulminam-nos com o olhar e voltam-se de novo para a frente a abanar a cabecinha, como que a dizer "perdoai-lhes, Senhor, que estas portuguesas não sabem o que fazem... seja tudo para a remissão dos pecados". São as típicas meninas que não faltam a uma aula, que tiram apontamentos de tudo o que os professores dizem, mesmo que estejam só a perguntar as horas, que passam a vida a dar palpites e que só se pronunciam se a turma toda estiver em silêncio e prontinha para escutar as suas sábias palavras. Enfim, o nosso ódio pelas sul americanas tem vindo a crescer, a crescer, a crescer e ontem não aguentei mais. Chegámos à aula e era suposto apresentar a resolução de um caso prático dado na aula anterior. Ora como eu não estive presente na aula anterior, nem sequer fazia ideia que havia um trabalhinho para entregar. Mas claro que a parva da mexicana de meio metro sabia. Chegou lá com duas folhinhas passadas a computador e anunciou logo ao resto do seu grupinho que tinha feito o trabalho. Grrrrrrrrr!! Crominha nojentorra! Bem, ao fim de quarenta minutos sem a professora apareceu, claro que a mexicaninha e o seu grupinho se insurgiram e foram logo falar com a directora para saber o que se passava. E foi nesse momento em que a vi sair porta fora e que olhei para cima da mesa dela que me veio uma ideia iluminada à cabecinha: então e se eu lhe roubasse o trabalho, que estava ali tão à mão de semear?? Se bem o pensei... melhor o fiz. Com a Caty como cúmplice a controlar a porta e com metade da turma a debandar, gamei a folhinha e lá fomos nós embora, contentes da vida. Claro que a ideia não era copiar o trabalho (bem, talvez dar só uma vista de olhos para ficar com uma ideia daquilo que se pretendia), mas sim chatear a cabrazinha da mexi e da colombiana. Dado o nosso mau comportamento nas aulas, cheira-me que elas vão desconfiar que fomos nós mas, tal como diz a Caty, se elas vierem falar connosco já temos o discurso todo preparadinho: "nóoooos?? Roubar??? Como é que ousam sequer insinuar uma coisa dessas?? Somos portuguesas mas somos muito honestas e limpinhas! E estamos muitíssimo ofendidas! Nunca mais falem connosco na vida". E depois disto, saímos da sala a chorar, que fica sempre bem! No meio disto tudo há apenas que ter em conta que as gajas devem ter um monte de connections com aquelas máfias sul americanas e que, a partir de agora, teremos que zelar mais pelas nossas vidinhas. Mas só para ver a cara daquelas duas parvalhonas à procura do trabalhinho tão bonito e passado a computador acho que vale a pena o risco de ser raptada.
Sempre fui uma criança tranquila, daquelas que não tem por hábito roubar chupa-chupas na mercearia ou ser expulsa na escola. Lembro-me de chegar ao fim do 12º e constatar, com tristeza, que nunca tinha sido posta na rua. A coisa mais louca que consegui fazer foi chegar tão atrasada a uma aula de francês que a professora não me deixou entrar a mim e a uma amiga, mas no final ainda nos pediu desculpa, porque nós eramos as meninas queridas. Enfim, está bom de ver que sempre fiquei com aquele traumazinha por nunca ter sido uma rebelde, uma grande doida, uma ramboieira! Mas ontem vinguei-me à grande, ah ah ah ah ah (risinho maquiavélico enquanto esfrego as mãos de satisfação!). Acho que já há uns tempos tinha referido neste ilustre blog o meu ódio por duas criaturas do meu mestrado. São elas uma colombiana e uma mexicana, cromas até à quinta casa, que se sentam na fila à nossa frente. Ao menor ruído viram-se logo as duas para trás, fulminam-nos com o olhar e voltam-se de novo para a frente a abanar a cabecinha, como que a dizer "perdoai-lhes, Senhor, que estas portuguesas não sabem o que fazem... seja tudo para a remissão dos pecados". São as típicas meninas que não faltam a uma aula, que tiram apontamentos de tudo o que os professores dizem, mesmo que estejam só a perguntar as horas, que passam a vida a dar palpites e que só se pronunciam se a turma toda estiver em silêncio e prontinha para escutar as suas sábias palavras. Enfim, o nosso ódio pelas sul americanas tem vindo a crescer, a crescer, a crescer e ontem não aguentei mais. Chegámos à aula e era suposto apresentar a resolução de um caso prático dado na aula anterior. Ora como eu não estive presente na aula anterior, nem sequer fazia ideia que havia um trabalhinho para entregar. Mas claro que a parva da mexicana de meio metro sabia. Chegou lá com duas folhinhas passadas a computador e anunciou logo ao resto do seu grupinho que tinha feito o trabalho. Grrrrrrrrr!! Crominha nojentorra! Bem, ao fim de quarenta minutos sem a professora apareceu, claro que a mexicaninha e o seu grupinho se insurgiram e foram logo falar com a directora para saber o que se passava. E foi nesse momento em que a vi sair porta fora e que olhei para cima da mesa dela que me veio uma ideia iluminada à cabecinha: então e se eu lhe roubasse o trabalho, que estava ali tão à mão de semear?? Se bem o pensei... melhor o fiz. Com a Caty como cúmplice a controlar a porta e com metade da turma a debandar, gamei a folhinha e lá fomos nós embora, contentes da vida. Claro que a ideia não era copiar o trabalho (bem, talvez dar só uma vista de olhos para ficar com uma ideia daquilo que se pretendia), mas sim chatear a cabrazinha da mexi e da colombiana. Dado o nosso mau comportamento nas aulas, cheira-me que elas vão desconfiar que fomos nós mas, tal como diz a Caty, se elas vierem falar connosco já temos o discurso todo preparadinho: "nóoooos?? Roubar??? Como é que ousam sequer insinuar uma coisa dessas?? Somos portuguesas mas somos muito honestas e limpinhas! E estamos muitíssimo ofendidas! Nunca mais falem connosco na vida". E depois disto, saímos da sala a chorar, que fica sempre bem! No meio disto tudo há apenas que ter em conta que as gajas devem ter um monte de connections com aquelas máfias sul americanas e que, a partir de agora, teremos que zelar mais pelas nossas vidinhas. Mas só para ver a cara daquelas duas parvalhonas à procura do trabalhinho tão bonito e passado a computador acho que vale a pena o risco de ser raptada.
segunda-feira, fevereiro 20, 2006
Apetece-me...
... estourar a conta poupança em sapatos;
... flirtar descaradamente com o gajo do cyber que até me dá conversa;
... berrar "vai-te foder" a algumas pessoas;
... cortar o cabelo bem curto;
... pedir aos senhores da discoteca por baixo de minha casa que não passem o "Wish You Were Here", dos Pink Floyd, aos altos berros quando eu estou com uma depressão daqui a Tóquio e tudo o que quero é conseguir adormecer;
... conhecer aquele miudo giro que meteu conversa comigo noHi5, que por acaso até é do Benfica e tudo;
...enfiar-me num ginásio até que umas calças 36 me fiquem largas;
...pôr-me a caminho de Lisboa para ver o Glorioso ganhar ao Liverpool (haja esperança!);
... que as estações do ano mudem já e que amanhã seja Verão;
... comprar um iPod com mais capacidade, que o meu está cheio que nem um ovo;
... fechar portas e não as voltar a abrir, nunca mais, nem sequer para dar uma espreitadela.
... estourar a conta poupança em sapatos;
... flirtar descaradamente com o gajo do cyber que até me dá conversa;
... berrar "vai-te foder" a algumas pessoas;
... cortar o cabelo bem curto;
... pedir aos senhores da discoteca por baixo de minha casa que não passem o "Wish You Were Here", dos Pink Floyd, aos altos berros quando eu estou com uma depressão daqui a Tóquio e tudo o que quero é conseguir adormecer;
... conhecer aquele miudo giro que meteu conversa comigo noHi5, que por acaso até é do Benfica e tudo;
...enfiar-me num ginásio até que umas calças 36 me fiquem largas;
...pôr-me a caminho de Lisboa para ver o Glorioso ganhar ao Liverpool (haja esperança!);
... que as estações do ano mudem já e que amanhã seja Verão;
... comprar um iPod com mais capacidade, que o meu está cheio que nem um ovo;
... fechar portas e não as voltar a abrir, nunca mais, nem sequer para dar uma espreitadela.
sábado, fevereiro 18, 2006
Viagem ao mundo da roupa interior feminina
Entre as mil e uma coisas que são muito mais fáceis na vida de um homem do que na de uma mulher, está a...tcharaaaaammmm... COMPRA DE ROUPA INTERIOR. Ora bem, a compra de roupa interior é, para as mulheres, uma tarefa tão intrínseca e elaborada que exige, pelo menos, uma a duas semanas só para isso. Para os homens a coisa é básica. Homem que é homem, sabe que SÓ há uma espécie de roupa interior possível, ou seja, boxers. A decisão mais complicada que têm que tomar é escolher entre aqueles de algodão, justinhos, à Calvin Klein (nhhaaammmm, gosto, gosto muito) ou os outros à menino, com ursinhos, risquinhas, quadradinhos e outras paneleirices que tal. Quanto à cueca, propriamente dita, é MÁ DEMAIS e só se recomenda se quiserem provocar um ataque de riso às vossas namoradas/mulheres/engates/lo que sea. Depois há também a meia. Uma vez mais, homem que é homem sabe que só pode escolher entre duas cores, o azul escuro ou o preto. A peúga branca, essa, meus amigos, é I-N-T-O-L-E-R-Á-V-E-L. Estamos entendidos? E pronto, a isto se resume o kit de roupa interior dos gajos, sendo que os homens nem sequer a precisam de experimentar. É comprar e 'tá a andar!
E era bom, tão bom, que para as mulheres fosse assim tão fácil. Comecemos pelo sutien/sutiã, essa peça tão útil. Ora bem, o sutien varia para aí entre o tamanho 30 e o tamanho grande, muiiiiiiiito grande. E agora estão os gajos a pensar "e então, qual é o problema? Basta saberem o vosso tamanho e está feito". Então e o tamanho das copas, hã?? Ah, pois é, com esta é que vos tramei. Eu sou uma pessoa pouco dotada neste campo (foi-me tudo para o cérebro, o que é que se há-de fazer?), e sempre que tenho que comprar um sutien é um carnaval. Eu sei que o tamanho anda ali entre o 32 e o 34 (e pronto, lá se foram os leitores que ainda aqui vinham confiantes que eu tinha uma bela duma peitaça), mas sei lá eu se é a copa A, B, C ou D? É que um 32 D pode estar grande e um 34 A assentar-me na perfeição! E depois há-os simples, com armação, a apertar à frente, a apertar atrás, com almofadinhas, cai-cai, de desporto, com efeito wonderbra... E as cores?? Uiiiii! É que é preciso ter sutiens de todas as cores e mais algumas, para combinarem com todos os tops e mais alguns! Não vai agora uma gaja andar-me de top verde a verem-se umas alças roxas! Nada a ver! Felizmente que já inventaram aquelas alças transparentes de silicone, que dão com tudo e mais alguma coisa, mas até para isso é preciso ter sutiens que dêm para mudar as alças.
E as cuecas? Pensam que é fácil? Que é chegar e comprar? Tá bem, tá, filhos! Começa logo pela variedade de modelos: fio dental, asa delta, boxers, normaizinhas, cuecão de avó (vulgarmente utilizados naqueles dias mais complicados do mês). E é preciso ter pelo menos 10 a 20 pares de cada modelo! Ao contrário dos homens, as mulheres não abrem a gaveta e tiram uma roupa interior ao calhas! Não, meus amigos! A escolha da roupa interior é uma luta diária, que obriga a pensar logo pela manhã no tipo de actividades vamos ter ao longo do dia. Há possibilidade de se acabar a noite na cama de alguém? Então é coisa para pôr o mini conjuntinho preto. Ida ao cinema com as amigas? Umas cuecas com o Snoopy servem bem. Claro que, independemente do tipo de actividade, as pecinhas têm que bater certo e estar coordenadas com o resto da roupa. Sutien preto por baixo de uma camisa preta não está com nada, do mesmo modo que um sutien branco debaixo de um top preto também não é uma ideia genial. De dia ainda escapa, mas assim que se chega à discoteca aquelas luzes maquiavélicas deixam ver tudo e mais alguma coisa.
Bom, depois há as meias. De mousse, de seda, de lã, de algodão, de rede, soquete, pelo joelho, acima do joelho, collant...uffff, uma canseira. E, tal como as cuecas e o sutiã, também a meia deve ser escolhida em conformidade com o que se vai fazer. Uma vez mais, se há qualquer possibilidade de se ter sexo, o collant é uma má opção. É pouco estético, marca o corpo onde não é suposto (na pu*a das ancas), dá um trabalhão a tirar e, regra geral, acabam rasgados. Mais vale apostar numa meiinha de liga... ou esperar que chegue o Verão e não sejam precisas meias.
Depois há também a roupa interior para situações especiais, tipo corpetes, cintos de ligas, topinhos sensuais e transparentes...enfim, uma trabalheira para a qual é preciso muito tempo e dinheiro. Posto isto, homens do meu País, vamos lá a ter mais paciência com as mulheres quando elas tiverem que ir às compras, que isto não é nada fácil. Apelamos à vossa compreensão e, já agora, ao vosso Visa!
Entre as mil e uma coisas que são muito mais fáceis na vida de um homem do que na de uma mulher, está a...tcharaaaaammmm... COMPRA DE ROUPA INTERIOR. Ora bem, a compra de roupa interior é, para as mulheres, uma tarefa tão intrínseca e elaborada que exige, pelo menos, uma a duas semanas só para isso. Para os homens a coisa é básica. Homem que é homem, sabe que SÓ há uma espécie de roupa interior possível, ou seja, boxers. A decisão mais complicada que têm que tomar é escolher entre aqueles de algodão, justinhos, à Calvin Klein (nhhaaammmm, gosto, gosto muito) ou os outros à menino, com ursinhos, risquinhas, quadradinhos e outras paneleirices que tal. Quanto à cueca, propriamente dita, é MÁ DEMAIS e só se recomenda se quiserem provocar um ataque de riso às vossas namoradas/mulheres/engates/lo que sea. Depois há também a meia. Uma vez mais, homem que é homem sabe que só pode escolher entre duas cores, o azul escuro ou o preto. A peúga branca, essa, meus amigos, é I-N-T-O-L-E-R-Á-V-E-L. Estamos entendidos? E pronto, a isto se resume o kit de roupa interior dos gajos, sendo que os homens nem sequer a precisam de experimentar. É comprar e 'tá a andar!
E era bom, tão bom, que para as mulheres fosse assim tão fácil. Comecemos pelo sutien/sutiã, essa peça tão útil. Ora bem, o sutien varia para aí entre o tamanho 30 e o tamanho grande, muiiiiiiiito grande. E agora estão os gajos a pensar "e então, qual é o problema? Basta saberem o vosso tamanho e está feito". Então e o tamanho das copas, hã?? Ah, pois é, com esta é que vos tramei. Eu sou uma pessoa pouco dotada neste campo (foi-me tudo para o cérebro, o que é que se há-de fazer?), e sempre que tenho que comprar um sutien é um carnaval. Eu sei que o tamanho anda ali entre o 32 e o 34 (e pronto, lá se foram os leitores que ainda aqui vinham confiantes que eu tinha uma bela duma peitaça), mas sei lá eu se é a copa A, B, C ou D? É que um 32 D pode estar grande e um 34 A assentar-me na perfeição! E depois há-os simples, com armação, a apertar à frente, a apertar atrás, com almofadinhas, cai-cai, de desporto, com efeito wonderbra... E as cores?? Uiiiii! É que é preciso ter sutiens de todas as cores e mais algumas, para combinarem com todos os tops e mais alguns! Não vai agora uma gaja andar-me de top verde a verem-se umas alças roxas! Nada a ver! Felizmente que já inventaram aquelas alças transparentes de silicone, que dão com tudo e mais alguma coisa, mas até para isso é preciso ter sutiens que dêm para mudar as alças.
E as cuecas? Pensam que é fácil? Que é chegar e comprar? Tá bem, tá, filhos! Começa logo pela variedade de modelos: fio dental, asa delta, boxers, normaizinhas, cuecão de avó (vulgarmente utilizados naqueles dias mais complicados do mês). E é preciso ter pelo menos 10 a 20 pares de cada modelo! Ao contrário dos homens, as mulheres não abrem a gaveta e tiram uma roupa interior ao calhas! Não, meus amigos! A escolha da roupa interior é uma luta diária, que obriga a pensar logo pela manhã no tipo de actividades vamos ter ao longo do dia. Há possibilidade de se acabar a noite na cama de alguém? Então é coisa para pôr o mini conjuntinho preto. Ida ao cinema com as amigas? Umas cuecas com o Snoopy servem bem. Claro que, independemente do tipo de actividade, as pecinhas têm que bater certo e estar coordenadas com o resto da roupa. Sutien preto por baixo de uma camisa preta não está com nada, do mesmo modo que um sutien branco debaixo de um top preto também não é uma ideia genial. De dia ainda escapa, mas assim que se chega à discoteca aquelas luzes maquiavélicas deixam ver tudo e mais alguma coisa.
Bom, depois há as meias. De mousse, de seda, de lã, de algodão, de rede, soquete, pelo joelho, acima do joelho, collant...uffff, uma canseira. E, tal como as cuecas e o sutiã, também a meia deve ser escolhida em conformidade com o que se vai fazer. Uma vez mais, se há qualquer possibilidade de se ter sexo, o collant é uma má opção. É pouco estético, marca o corpo onde não é suposto (na pu*a das ancas), dá um trabalhão a tirar e, regra geral, acabam rasgados. Mais vale apostar numa meiinha de liga... ou esperar que chegue o Verão e não sejam precisas meias.
Depois há também a roupa interior para situações especiais, tipo corpetes, cintos de ligas, topinhos sensuais e transparentes...enfim, uma trabalheira para a qual é preciso muito tempo e dinheiro. Posto isto, homens do meu País, vamos lá a ter mais paciência com as mulheres quando elas tiverem que ir às compras, que isto não é nada fácil. Apelamos à vossa compreensão e, já agora, ao vosso Visa!
quinta-feira, fevereiro 16, 2006
Frases memoráveis de O Sexo e a Cidade
Miranda: You haven't had a crush since Big.
Carrie: Big wasn't a crush. He was a crash.
Samantha: I'm a "trisexual". I'll try anything once.
Samantha: Until he says "I love you", you're a free agent.
Carrie: One woman's Titanic is another woman's Love Boat.
Charlotte (to Samantha): Is your vagina listed in the New York City guide books? Because it should be - hottest spot in town. Always open.
Samantha: Hello, 911. I'm on fire.
Samantha: [to her male intern] The bad news is you're fired. The good news is now I can fuck you.
Carrie: Hi, I'd like a Cheeseburger, please, a large fries and a Cosmopolitan.
Carrie: How does that work? You go to bed one night, wake up the next morning, and poof - you're a lesbian?
Carrie: How does this happen? How do they get the message that the ass is now on the menu?
Carrie: The only thing I've ever successfully made in the kitchen is a mess. And several small fires.
Carrie: Here. Swear. Swear on Chanel.
Charlotte: My vagina's depressed.
Carrie: Maybe the past is like an anchor holding us back. Maybe, you have to let go of who you were to become who you will be.
Mr. Big: Interesting dress.
Carrie: Meaning?
Mr. Big: Interesting dress.
Samantha: The country runs better with a good looking man in the White House. I mean, look what happened with Nixon; no one wanted to fuck him, so he fucked everyone.
Samantha: If we could perpetually do blowjobs to every guy on earth, we would own the world. And at the same time have our hands free.
Big: It took me a really long time to get here, but I'm here. Carrie, you're the one.
Carrie: if you can find someone to love the you you love, well, that's just fabulous.
Samantha: My name's Samantha and I'm a loveaholic.
Carrie: [to Mr. Big] I'll see you Sunday night. Don't disappoint us. And by us, I mean you and me.
Carrie: I am someone who is looking for love. Real love. Ridiculous, inconvenient, consuming, can't-live-without-each-other love.
Carrie: You do this every time! EVERY time! What? Do you have some sort of radar? Carrie might be happy - it's time to sweep in and shit all over it?
Big: What? No, no, I came here to tell you something. I made a mistake. You and I...
Carrie: You and I NOTHING! You can not do this to me again! You can not jerk me around!
Big: Carrie, listen to me. It is different this time
Carrie: Oh, it's never different! It's six years of NEVER being different! This is it! I am done! Don't call me ever again! Forget you know my number! In fact, forget you know my name! And you can drive up this street all you want - because I don't live here any more!
Miranda: You haven't had a crush since Big.
Carrie: Big wasn't a crush. He was a crash.
Samantha: I'm a "trisexual". I'll try anything once.
Samantha: Until he says "I love you", you're a free agent.
Carrie: One woman's Titanic is another woman's Love Boat.
Charlotte (to Samantha): Is your vagina listed in the New York City guide books? Because it should be - hottest spot in town. Always open.
Samantha: Hello, 911. I'm on fire.
Samantha: [to her male intern] The bad news is you're fired. The good news is now I can fuck you.
Carrie: Hi, I'd like a Cheeseburger, please, a large fries and a Cosmopolitan.
Carrie: How does that work? You go to bed one night, wake up the next morning, and poof - you're a lesbian?
Carrie: How does this happen? How do they get the message that the ass is now on the menu?
Carrie: The only thing I've ever successfully made in the kitchen is a mess. And several small fires.
Carrie: Here. Swear. Swear on Chanel.
Charlotte: My vagina's depressed.
Carrie: Maybe the past is like an anchor holding us back. Maybe, you have to let go of who you were to become who you will be.
Mr. Big: Interesting dress.
Carrie: Meaning?
Mr. Big: Interesting dress.
Samantha: The country runs better with a good looking man in the White House. I mean, look what happened with Nixon; no one wanted to fuck him, so he fucked everyone.
Samantha: If we could perpetually do blowjobs to every guy on earth, we would own the world. And at the same time have our hands free.
Big: It took me a really long time to get here, but I'm here. Carrie, you're the one.
Carrie: if you can find someone to love the you you love, well, that's just fabulous.
Samantha: My name's Samantha and I'm a loveaholic.
Carrie: [to Mr. Big] I'll see you Sunday night. Don't disappoint us. And by us, I mean you and me.
Carrie: I am someone who is looking for love. Real love. Ridiculous, inconvenient, consuming, can't-live-without-each-other love.
Carrie: You do this every time! EVERY time! What? Do you have some sort of radar? Carrie might be happy - it's time to sweep in and shit all over it?
Big: What? No, no, I came here to tell you something. I made a mistake. You and I...
Carrie: You and I NOTHING! You can not do this to me again! You can not jerk me around!
Big: Carrie, listen to me. It is different this time
Carrie: Oh, it's never different! It's six years of NEVER being different! This is it! I am done! Don't call me ever again! Forget you know my number! In fact, forget you know my name! And you can drive up this street all you want - because I don't live here any more!
quarta-feira, fevereiro 15, 2006
Finalmente, o dia 15
E pronto, eis-nos no dia 15 de Fevereiro, esse belo dia em que não se passa nada tirando o facto de ser o dia a seguir ao dia mais idiota do ano (o dia dos (fucking) Namorados) o que, por conseguinte, faz dele o dia mais desejado, o dia em que os solteiríssimos como eu suspiram de alívio e já podem saír à rua sem medos. Bem, o dia de ontem até não foi tãoooo doloroso quanto se podia esperar. Na verdade, acho que a semana que antecede o dia dos (arrggghhh) Namorados é que é mesmo intragável, com todos aqueles anúncios com mil e uma sugestões de prendinhas pirosonas e aquela pressão que nos instalam, tipo "arranja um namorado, não tens vergonha de estar para aí encalhada?? Hã? Faz-te à vida!". O próprio do dia até se passa bem, se conseguirmos ignorar os cerca de 14 mil vendedores de rosas e os casalinhos melosos que, neste dia, conseguem tornar-se ainda mais insuportáveis. É que parece que fazem de propósito! Nos restantes dias do ano são capazes de andar ao estalo, mas no dia dos namorados, subitamente, tornam-se as pessoas mais felizes e delicodoces do mundo e fazem questão de o esfregar na cara dos desgraçados que, por um motivo ou por outro, não têm com quem o partilhar (buáaaaaaaaaaa). Sim, porque TODOS os que têm namorado dizem "pffff, não ligo nenhuma a este dia", mas não há um que não compre uma prendinha à sua cara metada, a leve a jantar ou qualquer coisa gosmenta do género. Mas pronto, como estava a dizer, o meu 14 de Fevereiro não foi tão de cortar os pulsos como eu supunha que fosse. Entre outras coisas extremamente excitantes, fui recusada numa escola de espanhol por não me ter inscrito a tempo (ainda que houvesse vagas por preencher!), experimentei ténis, comprei toalhitas desmaquilhantes, fui ver o musical Fame (i wanna live, foreeeeeeeever... ou melhor "Famaaaa, yo quiero vivir para siempre"... sim, era em espanhol) e ainda jantei com o casalinho mais meloso da península Ibérica (a Caty e o seu Príncipe, que tiveram pena de me deixar em casa sozinha). Enfim... melhores dias 14 de Fevereiro virão.
E pronto, eis-nos no dia 15 de Fevereiro, esse belo dia em que não se passa nada tirando o facto de ser o dia a seguir ao dia mais idiota do ano (o dia dos (fucking) Namorados) o que, por conseguinte, faz dele o dia mais desejado, o dia em que os solteiríssimos como eu suspiram de alívio e já podem saír à rua sem medos. Bem, o dia de ontem até não foi tãoooo doloroso quanto se podia esperar. Na verdade, acho que a semana que antecede o dia dos (arrggghhh) Namorados é que é mesmo intragável, com todos aqueles anúncios com mil e uma sugestões de prendinhas pirosonas e aquela pressão que nos instalam, tipo "arranja um namorado, não tens vergonha de estar para aí encalhada?? Hã? Faz-te à vida!". O próprio do dia até se passa bem, se conseguirmos ignorar os cerca de 14 mil vendedores de rosas e os casalinhos melosos que, neste dia, conseguem tornar-se ainda mais insuportáveis. É que parece que fazem de propósito! Nos restantes dias do ano são capazes de andar ao estalo, mas no dia dos namorados, subitamente, tornam-se as pessoas mais felizes e delicodoces do mundo e fazem questão de o esfregar na cara dos desgraçados que, por um motivo ou por outro, não têm com quem o partilhar (buáaaaaaaaaaa). Sim, porque TODOS os que têm namorado dizem "pffff, não ligo nenhuma a este dia", mas não há um que não compre uma prendinha à sua cara metada, a leve a jantar ou qualquer coisa gosmenta do género. Mas pronto, como estava a dizer, o meu 14 de Fevereiro não foi tão de cortar os pulsos como eu supunha que fosse. Entre outras coisas extremamente excitantes, fui recusada numa escola de espanhol por não me ter inscrito a tempo (ainda que houvesse vagas por preencher!), experimentei ténis, comprei toalhitas desmaquilhantes, fui ver o musical Fame (i wanna live, foreeeeeeeever... ou melhor "Famaaaa, yo quiero vivir para siempre"... sim, era em espanhol) e ainda jantei com o casalinho mais meloso da península Ibérica (a Caty e o seu Príncipe, que tiveram pena de me deixar em casa sozinha). Enfim... melhores dias 14 de Fevereiro virão.
segunda-feira, fevereiro 13, 2006
No estaminé do Manolo
E pronto, um dos grandes sonhos desta vossa grande querida que dá pelo nome de Pipoca Mais Doce realizou-se: a visita à lojinha do Manolo Blahnik. Foi sábado. A ideia era percorrer a Serrano, a rua chique cá destas bandas, onde se concentram todas aquelas lojas nas quais eu não posso sequer comprar um par de peúgas. Mas pronto, como também só iamos dar uma vista de olhos para escolher e depois comprar noutro dia, lá nos pusémos ao caminho. Depois da Dior, da Louis Vuitton, da Cartier, da Bulgari, da Yves Saint Laurent, da Lowe, da Prada e da La Perla eis que a Caty pousa a sua vista de falcão numa plaquinha muitíssimo discreta mas com duas palavrinhas sagradas: MANOLO BLAHNIK. Depois da Caty e o Príncipe me terem feito a devida reanimação (sempre que vou às compras faço-me acompanhar de um desfibrilhador, tendo em conta as ínumeras apoplexias que me dão sempre que entro numa loja), enchi-me de coragem e decidi entrar Manolo Blahnik adentro (salvo seja). Mas atenção, meus queridos, porque quando eu falo de entrar na Manolo não é, de todo, o mesmo que entrar no Calçado Guimarães. Aliás, aquela plaquinha dourada tão discreta é logo o primeiro indício de que o estaminé do Manolo não é para qualquer um. Em primeiro lugar, a loja não dá para a rua, não tem uma montra enorme com quinze mil sapatos expostos nem enormes cartazes a anunciar "saldos até 70%, aproveite"! Não! A loja do Manolo é assim uma espécie de uma ordem secreta, hiper discreta, enfiada num patiozinho obscuro, com um único sapato na montra (é que nem sequer é um par). Se estivesse sozinha acho que jamais teria tido coragem para entrar, mas aproveitámos um casal que passou à nossa frente e aí fomos nós também. Primeiro entrave: a porta está fechada e é aberta por um senhor vestido de negro dos pés à cabeça. Depois de o casal ter entrado, o homem olhou-me de tal maneira que eu vi-me obrigada a perguntar se se podia entrar! Claro que se me estava a tentar fazer passar por uma Carrie Bradshaw fui apanhada naquele mesmíssimo instante, porque uma pessoa confiante de si mesma não pergunta se pode entrar na Manolo. Entra e acabou-se, sem sequer olhar para o estúpido do porteiro. Enfim, ultrapassado o primeiro incidente entrámos, finalmente, naquele espaço sagrado, que funciona como uma espécie de museu. Pensei que se pegasse num sapato aquilo começava a apitar, mas não, tudo correu pelo melhor! A loja não tem mais que 15 modelos, e não há cá sapatos ao molho, caixas espalhadas ou pessoas a experimentar sapatinhos no meio da loja. Os provadores são espacinhos reservados, com sofás de veludo onde se pode fazer muito, mas muito mais do que experimentar sapatos, mas pronto! Na Manolo os sapatos também não têm o preço afixado. Possidónia que só eu, claro que peguei num Manolo e o virei, para ver se não teria um autocolantezinho com o preço na sola, mas nada. Cheira-me que se eu quisesse comprar um par seria levada para um salinha privada onde o preço me seria escrito numa folha e me apresentariam as diversas modalidades de pagamento. Sim, meus meninos, que um parzinho de Manolos pode chegar aos 4 mil euros! Vi aí uns cinco pares que, de bom grado, levaria para casa, mas consegui controlar-me o suficiente ao ponto de não perguntar o preço, não só porque não teria dinheiro nem sequer para um salto como desconfio que na Manolo não se perguntam preços. Escolhem-se os sapatos, paga-se sem sequer olhar para a quantia e pronto, está feito! Não há cá tempo para pensar em trocos. Abandonei a loja de pés a abanar (ah ah) e o que me resta da minha passagem pela Manolo é somente esta foto, que partilho com todos vocês. Buáaa...
E pronto, um dos grandes sonhos desta vossa grande querida que dá pelo nome de Pipoca Mais Doce realizou-se: a visita à lojinha do Manolo Blahnik. Foi sábado. A ideia era percorrer a Serrano, a rua chique cá destas bandas, onde se concentram todas aquelas lojas nas quais eu não posso sequer comprar um par de peúgas. Mas pronto, como também só iamos dar uma vista de olhos para escolher e depois comprar noutro dia, lá nos pusémos ao caminho. Depois da Dior, da Louis Vuitton, da Cartier, da Bulgari, da Yves Saint Laurent, da Lowe, da Prada e da La Perla eis que a Caty pousa a sua vista de falcão numa plaquinha muitíssimo discreta mas com duas palavrinhas sagradas: MANOLO BLAHNIK. Depois da Caty e o Príncipe me terem feito a devida reanimação (sempre que vou às compras faço-me acompanhar de um desfibrilhador, tendo em conta as ínumeras apoplexias que me dão sempre que entro numa loja), enchi-me de coragem e decidi entrar Manolo Blahnik adentro (salvo seja). Mas atenção, meus queridos, porque quando eu falo de entrar na Manolo não é, de todo, o mesmo que entrar no Calçado Guimarães. Aliás, aquela plaquinha dourada tão discreta é logo o primeiro indício de que o estaminé do Manolo não é para qualquer um. Em primeiro lugar, a loja não dá para a rua, não tem uma montra enorme com quinze mil sapatos expostos nem enormes cartazes a anunciar "saldos até 70%, aproveite"! Não! A loja do Manolo é assim uma espécie de uma ordem secreta, hiper discreta, enfiada num patiozinho obscuro, com um único sapato na montra (é que nem sequer é um par). Se estivesse sozinha acho que jamais teria tido coragem para entrar, mas aproveitámos um casal que passou à nossa frente e aí fomos nós também. Primeiro entrave: a porta está fechada e é aberta por um senhor vestido de negro dos pés à cabeça. Depois de o casal ter entrado, o homem olhou-me de tal maneira que eu vi-me obrigada a perguntar se se podia entrar! Claro que se me estava a tentar fazer passar por uma Carrie Bradshaw fui apanhada naquele mesmíssimo instante, porque uma pessoa confiante de si mesma não pergunta se pode entrar na Manolo. Entra e acabou-se, sem sequer olhar para o estúpido do porteiro. Enfim, ultrapassado o primeiro incidente entrámos, finalmente, naquele espaço sagrado, que funciona como uma espécie de museu. Pensei que se pegasse num sapato aquilo começava a apitar, mas não, tudo correu pelo melhor! A loja não tem mais que 15 modelos, e não há cá sapatos ao molho, caixas espalhadas ou pessoas a experimentar sapatinhos no meio da loja. Os provadores são espacinhos reservados, com sofás de veludo onde se pode fazer muito, mas muito mais do que experimentar sapatos, mas pronto! Na Manolo os sapatos também não têm o preço afixado. Possidónia que só eu, claro que peguei num Manolo e o virei, para ver se não teria um autocolantezinho com o preço na sola, mas nada. Cheira-me que se eu quisesse comprar um par seria levada para um salinha privada onde o preço me seria escrito numa folha e me apresentariam as diversas modalidades de pagamento. Sim, meus meninos, que um parzinho de Manolos pode chegar aos 4 mil euros! Vi aí uns cinco pares que, de bom grado, levaria para casa, mas consegui controlar-me o suficiente ao ponto de não perguntar o preço, não só porque não teria dinheiro nem sequer para um salto como desconfio que na Manolo não se perguntam preços. Escolhem-se os sapatos, paga-se sem sequer olhar para a quantia e pronto, está feito! Não há cá tempo para pensar em trocos. Abandonei a loja de pés a abanar (ah ah) e o que me resta da minha passagem pela Manolo é somente esta foto, que partilho com todos vocês. Buáaa...

sábado, fevereiro 11, 2006
Sabemos que batemos no fundo quando...
a) o serão de sexta-feira é passado em casa, com os amigos de telemóvel em punho a ler a sua lista de contactos e a dizer "ora vamos lá ver quem é que eu tenho aqui que possa servir para ti" (e chegar-se à triste conclusão que não há ninguém compatível com o meu doce feitio);
b) a mãe liga a dizer "mandei-te hoje pelo correio uma prendinha do Dia dos Namorados".
a) o serão de sexta-feira é passado em casa, com os amigos de telemóvel em punho a ler a sua lista de contactos e a dizer "ora vamos lá ver quem é que eu tenho aqui que possa servir para ti" (e chegar-se à triste conclusão que não há ninguém compatível com o meu doce feitio);
b) a mãe liga a dizer "mandei-te hoje pelo correio uma prendinha do Dia dos Namorados".
sexta-feira, fevereiro 10, 2006
Insónias das grandes... zzzzz
De há uns tempos para cá tenho vindo a sofrer de umas insónias terríveis. Antigamente era só ao Domingo. Podia-me deitar às seis da manhã que já sabia que ia ficar quatro horas às voltas na cama até adormecer. Acho que é geral, toda a gente tem insónias ao domingo... o problema é que agora a coisa generalizou-se e não há uma noite em que consiga adormecer antes das três ou quatro da matina (na melhor das hipóteses). Mas o mais dramático é que até tenho sono, que até meto o pijaminha e me enfio na cama, mas parece que basta este pequeno conjunto de actividades para o sono se esfumar. Se há coisa que eu odeio é ter insónias... são aquelas horas parvas em que nos dá para pensar em coisas igualmente parvas, em que se pensa no que há para fazer no dia seguinte, em que se esquarteja mentalmente certas e determinadas pessoas, em que se vê o tempo a passar, lentamente, muiiiiiiiiiiiiiiiito lentamente. Pior ainda quando sabemos que no dia a seguir há que tirar o rabo da cama logo pela fresquinha. Aí começa a ansiedade, o "oh, meu Deus, tenho que adormecer nos próximos cinco minutos, senão amanhã ninguém me arranca daqui" e torna-se ainda mais complicado adormecer.
Enfim, ontem foi uma dessas noites em que pensei "é desta, vou-me afundar em comprimidos para dormir". Eu até tinha um bocadinho de sono, que tinha. Estive na cama a ler, comecei a perder o fio à meada e achei que era hora de apagar a luz. Má ideia. Bastou encostar a cabecita na almofada para me dar conta da barulheira que ia lá fora. Sim, porque eu vivo num prédio cujas traseiras dão para uma discoteca, o que é uma coisa muito positiva para alguém que, como eu, sofre de insónias agudas. Aos dias de semana a música pára às duas, mas ontem estava tão alta, mas tão alta que eu pensei que a própria da Madonna, do Bob Marley ou dos ABBA estavam a dar um concerto ao vivo nas minhas traseiras. A sério, aquilo estava um abuso de tão alto, a minha cabeça abanava e eu só perguntava "então mas não há ninguém a quem se possa apresentar queixa???". Não, pelos vistos não há! Bom, liguei a luz de novo, voltei a pegar nas Memórias de uma Gueixa e tentei ignorar a musiquinha e a malta a cantar o "Could You Be Loved?" em coro. Duas da manhã, a música parou. Li durante mais uma hora, para me certificar que o sono estava a chegar e lá voltei a apagar a luz. "Hmmm, que sono, tão bom, vou adormecer em três tempos".. está bem, está! Então não é que o raio da gata do Resú (aquele meu vizinho sinistro que eu achava que tinha sido raptado ou coisa do género) se lembrou de largar a miar como se estivesse possuída? Na minha humilde opinião ela estava de facto a ser possuída, mas era pelo Resú, que ninguém me tira da cabeça que ele abusa do pobre do bicho. É que os miados dela são sempre acompanhados pela voz maquiavélica dele, que lhe deve estar a dizer "se estiveres calada e não te mexeres muito isto não dói nada".
Bom, tentei pensar em coisas bonitas e simpáticas e às quatro da manhã consegui, finalmente, pregar olho. Claro que depois não consigo acordar antes da uma, e se acordo à uma é claro que não vou conseguir adormecer antes das duas, e é claro que isto é um ciclo vicioso...nãaaaaaaaaaaaao!
De há uns tempos para cá tenho vindo a sofrer de umas insónias terríveis. Antigamente era só ao Domingo. Podia-me deitar às seis da manhã que já sabia que ia ficar quatro horas às voltas na cama até adormecer. Acho que é geral, toda a gente tem insónias ao domingo... o problema é que agora a coisa generalizou-se e não há uma noite em que consiga adormecer antes das três ou quatro da matina (na melhor das hipóteses). Mas o mais dramático é que até tenho sono, que até meto o pijaminha e me enfio na cama, mas parece que basta este pequeno conjunto de actividades para o sono se esfumar. Se há coisa que eu odeio é ter insónias... são aquelas horas parvas em que nos dá para pensar em coisas igualmente parvas, em que se pensa no que há para fazer no dia seguinte, em que se esquarteja mentalmente certas e determinadas pessoas, em que se vê o tempo a passar, lentamente, muiiiiiiiiiiiiiiiito lentamente. Pior ainda quando sabemos que no dia a seguir há que tirar o rabo da cama logo pela fresquinha. Aí começa a ansiedade, o "oh, meu Deus, tenho que adormecer nos próximos cinco minutos, senão amanhã ninguém me arranca daqui" e torna-se ainda mais complicado adormecer.
Enfim, ontem foi uma dessas noites em que pensei "é desta, vou-me afundar em comprimidos para dormir". Eu até tinha um bocadinho de sono, que tinha. Estive na cama a ler, comecei a perder o fio à meada e achei que era hora de apagar a luz. Má ideia. Bastou encostar a cabecita na almofada para me dar conta da barulheira que ia lá fora. Sim, porque eu vivo num prédio cujas traseiras dão para uma discoteca, o que é uma coisa muito positiva para alguém que, como eu, sofre de insónias agudas. Aos dias de semana a música pára às duas, mas ontem estava tão alta, mas tão alta que eu pensei que a própria da Madonna, do Bob Marley ou dos ABBA estavam a dar um concerto ao vivo nas minhas traseiras. A sério, aquilo estava um abuso de tão alto, a minha cabeça abanava e eu só perguntava "então mas não há ninguém a quem se possa apresentar queixa???". Não, pelos vistos não há! Bom, liguei a luz de novo, voltei a pegar nas Memórias de uma Gueixa e tentei ignorar a musiquinha e a malta a cantar o "Could You Be Loved?" em coro. Duas da manhã, a música parou. Li durante mais uma hora, para me certificar que o sono estava a chegar e lá voltei a apagar a luz. "Hmmm, que sono, tão bom, vou adormecer em três tempos".. está bem, está! Então não é que o raio da gata do Resú (aquele meu vizinho sinistro que eu achava que tinha sido raptado ou coisa do género) se lembrou de largar a miar como se estivesse possuída? Na minha humilde opinião ela estava de facto a ser possuída, mas era pelo Resú, que ninguém me tira da cabeça que ele abusa do pobre do bicho. É que os miados dela são sempre acompanhados pela voz maquiavélica dele, que lhe deve estar a dizer "se estiveres calada e não te mexeres muito isto não dói nada".
Bom, tentei pensar em coisas bonitas e simpáticas e às quatro da manhã consegui, finalmente, pregar olho. Claro que depois não consigo acordar antes da uma, e se acordo à uma é claro que não vou conseguir adormecer antes das duas, e é claro que isto é um ciclo vicioso...nãaaaaaaaaaaaao!
sexta-feira, fevereiro 10, 2006
Faço tuas as minhas palavras
“(...) O Lux é um lugar privilegiado onde nunca se sabe quem se vai encontrar, o que pode acontecer. Também pode não acontecer nada. (...) Ninguém ali quer saber do tempo, o horrível fardo que diariamente quebra os nossos ossos. Ninguém ali está interessado em saber o que quer que seja do passado ou do futuro. O presente é mais do que suficiente.(...) Porque o Lux é um lugar de encontros e desencontros (...) O Lux é uma Ágora, o ponto de encontro, onde se trocam informações que não aparecem nos telejornais, em parte alguma. E o desencontro é estar com alguém que se desvanece num momento e não é possível recuperar se não permanecendo estoicamente no mesmo lugar. Se tentarmos procurar, ficamos perdidos. (...) Um novo amor pode começar. Uma paixão termina por ciúmes violentos (...). O Lux é um farol na noite, uma luz que demora a brilhar até à madrugada (...)”
Pedro Paixão in Os Corações Também se Gastam
“(...) O Lux é um lugar privilegiado onde nunca se sabe quem se vai encontrar, o que pode acontecer. Também pode não acontecer nada. (...) Ninguém ali quer saber do tempo, o horrível fardo que diariamente quebra os nossos ossos. Ninguém ali está interessado em saber o que quer que seja do passado ou do futuro. O presente é mais do que suficiente.(...) Porque o Lux é um lugar de encontros e desencontros (...) O Lux é uma Ágora, o ponto de encontro, onde se trocam informações que não aparecem nos telejornais, em parte alguma. E o desencontro é estar com alguém que se desvanece num momento e não é possível recuperar se não permanecendo estoicamente no mesmo lugar. Se tentarmos procurar, ficamos perdidos. (...) Um novo amor pode começar. Uma paixão termina por ciúmes violentos (...). O Lux é um farol na noite, uma luz que demora a brilhar até à madrugada (...)”
Pedro Paixão in Os Corações Também se Gastam
quarta-feira, fevereiro 08, 2006
O que as mulheres dizem VS. O que as mulheres realmente querem dizer
- Que parvoíce, é claro que não quero que me compres prenda no dia dos namorados VS. Não me apareças cá com 24 rosas vermelhas, um postal, uma caixa de chocolates, uma lingerie sexy, um perfume e uma peça de roupa e logo vês onde é que vais parar.
- Ele: o que é que tens? Ela: Nada, porquê? VS. Não se vê logo o que é que eu tenho, meu anormal? Foste lá abaixo levar o lixo e foste INCAPAZ de me mandar uma mensagem a dizer o quanto me adoras. A sério, não vejo futuro para esta relação.
- Claro que podes ir jogar Playstation com os teus amigos VS. Isso! Vai! Deixa-me aqui sozinha. Gostas mais deles do que de mim, não é? Mas vai, a sério! Não te admires é se quando voltares encontrares a fechadura mudada. INGRATOOOOO!
- Ele: precisas de ajuda? Ela: não, deixa estar. VS. Não, não levantes o rabo desse sofá que não é preciso. Eu faço o jantar, lavo a louça, passo a ferro, vou-te buscar cervejas ao frigorífico e ainda te satisfaço sexualmente. É mesmo para isso que eu sirvo, não é?
-Na cama. Ele: estás a gostar? Ela: sim, querido, não páres, uhhh, que loucura. VS.Vê é se não demoras muito que ainda queria aproveitar para dar um saltinho aos saldos da Zara.
- A amiga: tenho um namorado novo, é lindo de morte, estou super apaixonada. Ela: oh, amiga, fico tão feliz por ti! A sério, tu mereces! VS. Cabra! Não dou um mês para isso acabar.
- A amiga: o que é que achas desta saia? Fica-me bem? Ela: está óptima, compra! VS. Talvez...se tivesses as pernas da Naomi e o rabo da Gisele Bünchen até poderia ser. Mas tendo em conta que tens um metro e meio e um rabo até ao Bangladesh, se calhar compravas uma coisinha mais discreta, não?
- Ele: fico feliz por gostares dos meus amigos. Ela: claro, amor. Se são teus amigos, são MEUS amigos. VS. Se pudesse atropelava aquele que não pára de me olhar para as mamas, a outra que faz os possíveis por me envergonhar à frente de todos, apesar de dizer que me adora, e ainda o outro que fala comigo como se eu tivesse três anos e não percebesse português.
- Ele: ligo-te depois para combinarmos um café. Ela: claro, quando te der jeito. Esta semana também estou um bocado ocupada. VS. Por favor, liga já amanhã!! Oh, meu Deus, liga, liga, liga! Estou tão desesperada! Liga já hoje, por favoooor! Senhor, faz com que ele ligue já hoje!
- Uma conhecida: bem, não te via há imenso tempo! Estás mais gordinha, não estás? Ela (com um sorriso amarelo): é, é capaz. VS. Até posso estar mais gordinha, mas tu estás uma autêntica baleia. Mete-te mas é na tua vidinha que ninguém te perguntou nada. Ah, já agora, já ouviste falar de uma coisa chamada Corporación Dermoestética? É óptima para tratar casos como o teu, de OBESIDADE MÓRBIDA!
- Ele: gostas de mim como sou? Ela: claro, bebé! Não mudava nada em ti. VS. Ora já que falas nisso, gostava de te dizer que não suporto que ressones, que digas “estás gira, mas...” ou que bebas demais sempre que saímos e faças figuras tristes em frente às minhas amigas. Ah, e já agora, se puderes tirar as meias enquanto fazemos amor eu agradecia imenso. É que ficas ridículo!
- Que parvoíce, é claro que não quero que me compres prenda no dia dos namorados VS. Não me apareças cá com 24 rosas vermelhas, um postal, uma caixa de chocolates, uma lingerie sexy, um perfume e uma peça de roupa e logo vês onde é que vais parar.
- Ele: o que é que tens? Ela: Nada, porquê? VS. Não se vê logo o que é que eu tenho, meu anormal? Foste lá abaixo levar o lixo e foste INCAPAZ de me mandar uma mensagem a dizer o quanto me adoras. A sério, não vejo futuro para esta relação.
- Claro que podes ir jogar Playstation com os teus amigos VS. Isso! Vai! Deixa-me aqui sozinha. Gostas mais deles do que de mim, não é? Mas vai, a sério! Não te admires é se quando voltares encontrares a fechadura mudada. INGRATOOOOO!
- Ele: precisas de ajuda? Ela: não, deixa estar. VS. Não, não levantes o rabo desse sofá que não é preciso. Eu faço o jantar, lavo a louça, passo a ferro, vou-te buscar cervejas ao frigorífico e ainda te satisfaço sexualmente. É mesmo para isso que eu sirvo, não é?
-Na cama. Ele: estás a gostar? Ela: sim, querido, não páres, uhhh, que loucura. VS.Vê é se não demoras muito que ainda queria aproveitar para dar um saltinho aos saldos da Zara.
- A amiga: tenho um namorado novo, é lindo de morte, estou super apaixonada. Ela: oh, amiga, fico tão feliz por ti! A sério, tu mereces! VS. Cabra! Não dou um mês para isso acabar.
- A amiga: o que é que achas desta saia? Fica-me bem? Ela: está óptima, compra! VS. Talvez...se tivesses as pernas da Naomi e o rabo da Gisele Bünchen até poderia ser. Mas tendo em conta que tens um metro e meio e um rabo até ao Bangladesh, se calhar compravas uma coisinha mais discreta, não?
- Ele: fico feliz por gostares dos meus amigos. Ela: claro, amor. Se são teus amigos, são MEUS amigos. VS. Se pudesse atropelava aquele que não pára de me olhar para as mamas, a outra que faz os possíveis por me envergonhar à frente de todos, apesar de dizer que me adora, e ainda o outro que fala comigo como se eu tivesse três anos e não percebesse português.
- Ele: ligo-te depois para combinarmos um café. Ela: claro, quando te der jeito. Esta semana também estou um bocado ocupada. VS. Por favor, liga já amanhã!! Oh, meu Deus, liga, liga, liga! Estou tão desesperada! Liga já hoje, por favoooor! Senhor, faz com que ele ligue já hoje!
- Uma conhecida: bem, não te via há imenso tempo! Estás mais gordinha, não estás? Ela (com um sorriso amarelo): é, é capaz. VS. Até posso estar mais gordinha, mas tu estás uma autêntica baleia. Mete-te mas é na tua vidinha que ninguém te perguntou nada. Ah, já agora, já ouviste falar de uma coisa chamada Corporación Dermoestética? É óptima para tratar casos como o teu, de OBESIDADE MÓRBIDA!
- Ele: gostas de mim como sou? Ela: claro, bebé! Não mudava nada em ti. VS. Ora já que falas nisso, gostava de te dizer que não suporto que ressones, que digas “estás gira, mas...” ou que bebas demais sempre que saímos e faças figuras tristes em frente às minhas amigas. Ah, e já agora, se puderes tirar as meias enquanto fazemos amor eu agradecia imenso. É que ficas ridículo!
domingo, fevereiro 05, 2006

É incrível perceber como quando quatro mulheres se sentam a uma mesa conseguem ter conversas tão ou mais ordinárias que as dos homens. O nível de decência desce vertiginosamente, fala-se a alto e a bom som e não há cá falsos pudores nem medo que as pessoas ali à volta possam ouvir o que vai para ali. Enfim, ontem tive uma saída à Sexo e a Cidade. Quatro gajas (lindas de morte, por sinal), cada uma com um estado de espírito diferente (uma apaixonada, uma que já não pode ver o namorado à frente, uma que só pensa em espalhar a corrupção e beijar muito e outra que só quer voltar a ver homens em 2056), e com teorias que davam para escrever um tratado sociológico sobre o comportamento feminino, assim uma espécie de Bíblia que pudesse ajudar os homens a acordar para a vida. Mas enquanto esse tratado sai e não sai, deixo-vos aqui as principais conclusões de uma noite hiper divertida:
1- O tamanho não conta... a grossura sim!
2- A nossa boca é só e apenas os lábios, portanto concentrem-se nessa área e NÃO nos lambuzem a cara toda... e dêm uso à língua, for God sake!
3- Vivam os 69!
4- O telemóvel é uma arma perigosíssima, sobretudo para as mulheres. Tornamo-nos (ainda mais) obcecadinhas e neuróticas e vivemos numa agitação pegada até que aquela porcaria dê sinais de vida. "E porque é que ele ainda não respondeu? Porque é que a mensagem ficou pendente?? Oh, meu Deeeeeeeus, o que é que estará a fazer? E com quem???? Será que mando mensagem agora? Ou mais logo?? Naaaa...mando já, que se lixe! Merda! O que é eu fiz?? Porquê, porquê, porquêeeeeee????"
5- A fase em que ainda não se namora é a melhor da relação. O primeiro mês também não é mau de todo. Depois disso, a tendência é SEMPRE para piorar.
6- A maior parte dos homens não fazem ideia de o que é que as mulheres gostam na cama. Ou nós nos damos ao trabalho de explicar como é que a coisa funciona, ou então ficam ali de volta de nós como um burro a olhar para um palácio. São pouco intuitivos, coitadinhos!
7- Quando uma mulher se sente confiante, safa-se muito melhor com os homens. Se se sentir deprimida e uma coitadinha, é meio caminho andado para a coisa dar para o torto.
8- Nós gostamos é dos cabrões. Dêm-nos luta e têm-nos na mão. Sejam uns doces e...bye bye!
9- Mesmo com namorado, as mulheres não devem fechar porta alguma, jamais! Mais cedo ou mais tarde, vão ter que as abrir de novo! É a chamada "gestão de contactos". Está bem que tendo namorado não vamos jantar com outro gajo, mas um café ou almocinho nunca tirou pedaço a ninguém!
10- Ter a depilação feita é meio caminho andado para se fazer asneiras. Sem depilação ficamos quietas no nosso canto, sem pensamentos depravados e, geralmente, acabamos a noite sozinhas! Quando uma mulher mostra algumas reservas em que lhe toquem não pensem que é por serem umas puritanas, umas enjoadinhas, umas púdicas. Tá bem, tá! Não têm é a depilação e não querem que se descubra que por debaixo daqueles trapinhos maravilhos se esconde um verdadeiro urso panda!
11- O que eles chamam de confusão, dúvidas, incertezas, falta de confiança, "ai, não sei se quero, não sei se é a altura certa", nós chamamos de "falta de tomates".
* um beijinho para a Anita, Inês e Marta, as companheiras desta história
sexta-feira, fevereiro 03, 2006
O Mr. Big das nossas vida
Para os amantes d'O Sexo e a Cidade, o título seria suficiente. Para os outros, impõe-se uma explicação. O Mr.Big era o amor da vida da Carrie Bradshaw (vulgo Sarah Jessica Parker), o homem que a punha louca, no bom e no mau sentido, o homem que lhe dava a volta a cabeça, o homem que a fazia rir e chorar, o homem que a levava às nuvens para no minuto a seguir a fazer sentir a pessoa mais insignificante, o homem que lhe cortava a respiração, o homem que a sufocava de tanto amor e raiva, o homem por quem ela daria a vida, o homem por quem ela esperava e esperava, o homem que nunca estava presente, o homem que aparecia nos momentos certos e nos errados também. Todos temos/tivemos um Mr.Big nas nossas vidas. Aquela pessoa que nos marca, que não desaparece por mais que se tente, que não nos quer na vida dela mas que também não nos diz "vai-te embora de uma vez", que nos enche de esperanças ridículas com apenas uma palavra e que com apenas uma palavra deita tudo por terra, que nos faz bater o coração com mais força quando ele está quase a parar, que nos põe um sorriso estúpido na cara para logo a seguir nos esvaziar o saquinho lacrimal. O Mr. Big é aquela pessoa que nos enlouquece aos poucos, que nos faz perder o sentido, que faz com que o coração não ouça a razão e se recuse a acatar as suas ordens, por mais inconsequentes que sejam, que nos faz saltar da cama com alegria e que nos faz voltar a ela para chorar de desgosto e repetir mil vezes "nunca mais", ainda que saibamos que "nunca mais" significa, na verdade, "mais uma vez". O Mr. Big acha-se um incompreendido mas faz pouco para entender os outros, vive centrado em si e dedica-nos 0,5% dos seus pensamentos. Apenas. O Mr. Big não dá mas também não exige, apenas está ali, a marcar presença com a sua indiferença, uma indiferença que nos toca mais que mil abraços, que nos faz dar piruetas para chamar a sua atenção, que nos faz erguer um cartaz a dizer "estou aqui". E no exacto momento em que estamos a desistir e a virar costas, segura-nos num dedo e faz-nos ficar. A Carrie tentou largar o dedo do Mr.Big. Teve outras relações, foi feliz até. Mas nunca como foi com o Mr.Big, mesmo que o que tenha recebido fosse pouco ou nada. No final de tudo, e ao contrário de todas as expectativas, a Carrie ficou com o Mr.Big. Mesmo depois de todas as lágrimas, de todos os gritos, de todas as promessas de "nunca mais, nunca mais, nunca mais". Não sei se foi feliz com ele, a série acabou.
Para os amantes d'O Sexo e a Cidade, o título seria suficiente. Para os outros, impõe-se uma explicação. O Mr.Big era o amor da vida da Carrie Bradshaw (vulgo Sarah Jessica Parker), o homem que a punha louca, no bom e no mau sentido, o homem que lhe dava a volta a cabeça, o homem que a fazia rir e chorar, o homem que a levava às nuvens para no minuto a seguir a fazer sentir a pessoa mais insignificante, o homem que lhe cortava a respiração, o homem que a sufocava de tanto amor e raiva, o homem por quem ela daria a vida, o homem por quem ela esperava e esperava, o homem que nunca estava presente, o homem que aparecia nos momentos certos e nos errados também. Todos temos/tivemos um Mr.Big nas nossas vidas. Aquela pessoa que nos marca, que não desaparece por mais que se tente, que não nos quer na vida dela mas que também não nos diz "vai-te embora de uma vez", que nos enche de esperanças ridículas com apenas uma palavra e que com apenas uma palavra deita tudo por terra, que nos faz bater o coração com mais força quando ele está quase a parar, que nos põe um sorriso estúpido na cara para logo a seguir nos esvaziar o saquinho lacrimal. O Mr. Big é aquela pessoa que nos enlouquece aos poucos, que nos faz perder o sentido, que faz com que o coração não ouça a razão e se recuse a acatar as suas ordens, por mais inconsequentes que sejam, que nos faz saltar da cama com alegria e que nos faz voltar a ela para chorar de desgosto e repetir mil vezes "nunca mais", ainda que saibamos que "nunca mais" significa, na verdade, "mais uma vez". O Mr. Big acha-se um incompreendido mas faz pouco para entender os outros, vive centrado em si e dedica-nos 0,5% dos seus pensamentos. Apenas. O Mr. Big não dá mas também não exige, apenas está ali, a marcar presença com a sua indiferença, uma indiferença que nos toca mais que mil abraços, que nos faz dar piruetas para chamar a sua atenção, que nos faz erguer um cartaz a dizer "estou aqui". E no exacto momento em que estamos a desistir e a virar costas, segura-nos num dedo e faz-nos ficar. A Carrie tentou largar o dedo do Mr.Big. Teve outras relações, foi feliz até. Mas nunca como foi com o Mr.Big, mesmo que o que tenha recebido fosse pouco ou nada. No final de tudo, e ao contrário de todas as expectativas, a Carrie ficou com o Mr.Big. Mesmo depois de todas as lágrimas, de todos os gritos, de todas as promessas de "nunca mais, nunca mais, nunca mais". Não sei se foi feliz com ele, a série acabou.
quarta-feira, fevereiro 01, 2006
De volta a casa
E pronto!! De novo em Lisboa!! Que saudades! O Centro de Emprego acordou para a vida e lá deve ter pensado "hmmmm, há muito tempo que não chateamos esta gaja". Então vá de me enviar uma daquelas cartinhas que eles tanto gostam, a convocar-me para a tal sessão de técnicas de procura de emprego, amanhã, às nove da matina. Pela fresquinha, que é para a malta ir bem disposta e pronta a assimilar a matéria! Mal posso esperar de tanta ansiedade!
A viagem de autocarro correu muito bem, sem cenas sinistras, sem malta bêbada, sem pessoas a discutir com a namorada ao telemóvel.. tudo muito calminho! Ainda houve uma gaja que tentou reclamar com a Pidesca (para quem não conhece esta personagem, favor ler post sobre a minha primeira viagem de autocarro entre Madrid e Lisboa), porque não lhe tinham dado o lugar que tinha pedido, mas a gaja arrumou-a logo com um "pois, não posso fazer nada, se quiser faça uma reclamação pela internet". Toma lá!
E pronto, cá estou eu, pronta para uma semaninha em grande, com muitas idas ao cinema, saídas com as gosmentas, cafés com os amiguinhos e muito, muito mais...ah, que bom que é estar em casa!
E pronto!! De novo em Lisboa!! Que saudades! O Centro de Emprego acordou para a vida e lá deve ter pensado "hmmmm, há muito tempo que não chateamos esta gaja". Então vá de me enviar uma daquelas cartinhas que eles tanto gostam, a convocar-me para a tal sessão de técnicas de procura de emprego, amanhã, às nove da matina. Pela fresquinha, que é para a malta ir bem disposta e pronta a assimilar a matéria! Mal posso esperar de tanta ansiedade!
A viagem de autocarro correu muito bem, sem cenas sinistras, sem malta bêbada, sem pessoas a discutir com a namorada ao telemóvel.. tudo muito calminho! Ainda houve uma gaja que tentou reclamar com a Pidesca (para quem não conhece esta personagem, favor ler post sobre a minha primeira viagem de autocarro entre Madrid e Lisboa), porque não lhe tinham dado o lugar que tinha pedido, mas a gaja arrumou-a logo com um "pois, não posso fazer nada, se quiser faça uma reclamação pela internet". Toma lá!
E pronto, cá estou eu, pronta para uma semaninha em grande, com muitas idas ao cinema, saídas com as gosmentas, cafés com os amiguinhos e muito, muito mais...ah, que bom que é estar em casa!