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sexta-feira, fevereiro 10, 2006
Insónias das grandes... zzzzz

De há uns tempos para cá tenho vindo a sofrer de umas insónias terríveis. Antigamente era só ao Domingo. Podia-me deitar às seis da manhã que já sabia que ia ficar quatro horas às voltas na cama até adormecer. Acho que é geral, toda a gente tem insónias ao domingo... o problema é que agora a coisa generalizou-se e não há uma noite em que consiga adormecer antes das três ou quatro da matina (na melhor das hipóteses). Mas o mais dramático é que até tenho sono, que até meto o pijaminha e me enfio na cama, mas parece que basta este pequeno conjunto de actividades para o sono se esfumar. Se há coisa que eu odeio é ter insónias... são aquelas horas parvas em que nos dá para pensar em coisas igualmente parvas, em que se pensa no que há para fazer no dia seguinte, em que se esquarteja mentalmente certas e determinadas pessoas, em que se vê o tempo a passar, lentamente, muiiiiiiiiiiiiiiiito lentamente. Pior ainda quando sabemos que no dia a seguir há que tirar o rabo da cama logo pela fresquinha. Aí começa a ansiedade, o "oh, meu Deus, tenho que adormecer nos próximos cinco minutos, senão amanhã ninguém me arranca daqui" e torna-se ainda mais complicado adormecer.
Enfim, ontem foi uma dessas noites em que pensei "é desta, vou-me afundar em comprimidos para dormir". Eu até tinha um bocadinho de sono, que tinha. Estive na cama a ler, comecei a perder o fio à meada e achei que era hora de apagar a luz. Má ideia. Bastou encostar a cabecita na almofada para me dar conta da barulheira que ia lá fora. Sim, porque eu vivo num prédio cujas traseiras dão para uma discoteca, o que é uma coisa muito positiva para alguém que, como eu, sofre de insónias agudas. Aos dias de semana a música pára às duas, mas ontem estava tão alta, mas tão alta que eu pensei que a própria da Madonna, do Bob Marley ou dos ABBA estavam a dar um concerto ao vivo nas minhas traseiras. A sério, aquilo estava um abuso de tão alto, a minha cabeça abanava e eu só perguntava "então mas não há ninguém a quem se possa apresentar queixa???". Não, pelos vistos não há! Bom, liguei a luz de novo, voltei a pegar nas Memórias de uma Gueixa e tentei ignorar a musiquinha e a malta a cantar o "Could You Be Loved?" em coro. Duas da manhã, a música parou. Li durante mais uma hora, para me certificar que o sono estava a chegar e lá voltei a apagar a luz. "Hmmm, que sono, tão bom, vou adormecer em três tempos".. está bem, está! Então não é que o raio da gata do Resú (aquele meu vizinho sinistro que eu achava que tinha sido raptado ou coisa do género) se lembrou de largar a miar como se estivesse possuída? Na minha humilde opinião ela estava de facto a ser possuída, mas era pelo Resú, que ninguém me tira da cabeça que ele abusa do pobre do bicho. É que os miados dela são sempre acompanhados pela voz maquiavélica dele, que lhe deve estar a dizer "se estiveres calada e não te mexeres muito isto não dói nada".
Bom, tentei pensar em coisas bonitas e simpáticas e às quatro da manhã consegui, finalmente, pregar olho. Claro que depois não consigo acordar antes da uma, e se acordo à uma é claro que não vou conseguir adormecer antes das duas, e é claro que isto é um ciclo vicioso...nãaaaaaaaaaaaao!

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