Apenas alguns apontamentos antes do feriado

- Será que, até quinta-feira, poderiam construir um novo centro comercial aqui nas imediações? É que já não posso com as lojas das Amoreiras. Obrigada.

- Agora só para os senhores de negócios, vamos lá: podem passar um dia, só um dia, sem mencionar a sigla OPA? Acham que conseguem? Hmmmmm?

- Para os meus vizinhos de cima: amanhã, que é FERIADO, não se importariam, se não for incómodo, claro está, de MANTER OS PUTOS CALADOS E LONGE DE QUALQUER INSTRUMENTO MUSICAL até aí às quatro da tarde?

- Estou escandalizada com o preço dos brushings. É que já não se faz um bom brushing por menos de 15 euros! É só lavar e esticar (o cabelo!), não é preciso grande ciência! E, por favor, poupem-me a qualquer piadinha com a palavra brushing, que enervada já eu estou!

-Ah, e não se esqueçam de ver o Celtic. Sim, porque o Benfica já nem vale a pena.

Divirtam-se, meus grandes queridos! A colorful holiday!

I hate tuesdays


Belíssima terça-feira. Greve do metro. Nevoeiro. Uma perna dormente à conta de um pára-arranca de duas horas. Meia hora estagnada em frente ao estádio do Sporting (ainda são desconhecidos os efeitos que isto poderá ter em mim). Menos 4 ou 5 litros de gasolina no depósito. Uma crise de nervos. Dez minutos a praguejar furiosamente contra os grevistas. Fome, muita fome, que a torrada do pequeno-almoço já lá ia há muito. E o que me anima mesmo, mesmo, mesmo, é pensar que é véspera de feriado. E que há festarola logo à noite. E diz que vai ser gira que só ela. La Boom de L'Impermeable, é o tema. Só se entra de gabardine. E não se pode tirar. O que vai por baixo, só eu e Deus é que sabemos! Infelizmente, a festinha é privada. Oooohhhhhhhh!

A menina quer









Anyone?

E tudo os recibos verdes levaram...

Hoje recebi um daqueles fwds maravilhosos (como só os fwds sabem ser) subordinado ao tema "pára de te queixar do teu trabalho". É que não podia ter vindo em melhor dia. Não que me queixe do meu trabalho. Gosto do que faço, das pessoas com quem trabalho e, de momento, não me apetece fazer outra coisa. Mas hoje a minha raiva contra as entidades do costume está ainda mais acesa. Sou uma nulidade assumida em tudo o que diz respeito a IRS, Segurança Social, recibos verdes e outras merdas que tais. E cada dia descubro uma novidade. Sempre má, pois claro, porque desta gente não se espera outra coisa. Pois que hoje descobri que para além dos 150 euros mensais para a Caixa de Jornalistas (vulgo Segurança Social, vulgo grandessíssimos-inúteis-cambada-de-usurpadores-que-já-faltou-mais-tempo-para-me-barricar-aí-e-mandar-isso-tudo-pelos-ares), ainda tenho que descontar 20% do valor de cada recibo verde para o IRS. Que agradável, não é? Ah, e tal, dizem que depois é tudo devolvido, mas EU QUERO O DINHEIRO É AGORA!!! Grrrrrrrrrrr! Estive a fazer as contas assim por alto e cheira-me que me sai mais rentável ficar em casa a olhar para o meu belíssimo tecto.
Crianças deste país: se estão a pensar ir para jornalismo, atentem no caso da vossa amiga Pipoca! Eu podia ser uma mulher com classe, eu podia usar sapatinhos Marc Jacobs, eu podia vestir Dolce & Gabanna, podia vestir Gucci, podia vestir Dior. Mas não! A seita dos recibos verdes leva-me tudo! Por isso, criançada, esqueçam o jornalismo e dediquem-se a qualquer coisa mais rentável. Tipo prostituição de luxo. Isso sim, diz que está a dar.

Passatempo Pipoca- o resultado

E pronto, depois de horas e horas passadas a analisar minuciosamente as centenas de frases recebidas, tenho o prazer de anunciar que o grande vencedor de um magnífico kit Pipoca foi....txaraaaaaaaaaaaannnn... Mak, do blog O Bom, O Mau e o Vilão, com o seguinte textinho:

"O dia de Pipoca não podia ter começado pior. Sonolenta, confundiu um tubo de pasta de dentes que, não se sabe bem porquê, tinha deixado no frigorífico e tomou-o pelo seu queijo Philadelphia, erro de que só se apercebeu depois de ter comido meia torrada. Enquanto se arranjava rapidamente, tentando que a pressa não fosse inimiga da maquilhagem perfeita, viu que a campaínha da porta soava incessantemente. Depois de esperar, sem sucesso, que o carteiro, a seita dos folhetos ou fosse lá quem fosse, desamparasse a loja , resolveu irabrir a porta. Era uma encomenda. Ao que parece alguém tinha enviado um orfão do Bangladesh, mas pelos vistos havia um engano na morada. Pipoca não esperava isto e já estava a desesperar. O carteiro, que se recusava a perceber o seu ponto de vista, não percebia que ela não tinha nada a ver com orfão e obrigava-a a ir devolvê-lo à Estação dos Correios mais perto (mas só a partir das 11h). Ao olhar para o relógio, Pipoca percebeu que nunca chegaria a tempo da audição para os Pauliteiros de Miranda para que tanto tinha ensaiado .Enquanto deu o tubo de Philadelphia (e não a pasta de dentes) ao jovem bangladeshiano que muito caladinho o comeu até ao código de barras sem reclamar, Pipoca pensava: “Isto não fica assim. Vou resolver este mistério, nem que tenha quecomer as minhas galochas...”"

Muito bem! A Pipoca gostou muito! Agora é favor mandar a sua moradazinha para o mail do costume, para receber o seu kit.

A Pipoca decidiu ainda atribuir as seguintes menções honronsas (sem direito a kit, claro está!):

"Albano e Olímpia, um casal de pauliteiros de Miranda, estavam de férias no Bangladesh quando, durante um belo lanche à base de pipocas, leite de cabra, fruta da época e tostas com queijo Philadelphia, Albano espreitou para a rua e ao ver que chovia a cântaros, meteu a mão à testa e constatou que se tinha esquecido das galochas na casa de banho do aeroporto".- Inútil

Pela graxice:

"Apesar de por vezes bater nos homens com o ritmo dos pauliteiros de Miranda, o Pipoca é tão fácil de ler como de barrar é o queijo Philadelphia - daí que a sua dimensão esteja para muitos blogs como a Índia está para o Bangladesh: as visitas são mais que muitas, mais de 100 mil, e as próximas 100 mil bem podem deixar as galochas de lado porque posts que metam muita água é coisa que, à partida, nunca irão encontrar"- Raiuga

Apontamentos para o fim de semana

- Rezar a todos os santos para que não chova. Se chover...bom, que chatice, lá terão que ir as minhas estilosas leitoras comprar umas galochas trendy...como as minhas!


















- Caso a chuva insista e ache que ainda não causou inundações suficientes, recomendo uma passagem pela Fnac para aquisição do belíssimo cd de Joan As Police Woman. Depois é só ficar em casa toooodo o fim de semana. A ouvir, e ouvir, e ouvir... E vão-me ficar tão agradecidos por vos ter recomendado este belíssimo álbum que até me vão querer oferecer um bilhete para o concerto de Miss Joan, segunda-feira, no Santiago Alquimista. São uns queridos, estes meus leitores!

- Relembro que as inscrições para o passatempo Pipoca continuam abertas até domingo. A escolha vai ser altamente complexa, dada a qualidade das frases e textos já recebidos.

- Já agora, quando rezarem a todos os santos para que não chova, rezem também para que o Glorioso SLB ganhe...ou que não perca por muitos, pelo menos! E, não querendo abusar muito da vossa paciência, se pudessem dar um jeitinho nas vossas orações para que eu ganhe o Euromilhões, isso então era a loucura.

Have a nice weekend!

Uma saia mini para olhares máximos

Acho que desde que voltei de Madrid que não usava uma mini-saia. E já me arrependi ao ponto de não voltar a repetir a experiência nos próximos cinco a sete meses. Acho que me tinha esquecido de como os homens, em geral, -e os portugueses em particular- perdem a noção da realidade perante uma mini-saia. Dei por mim a mandar vir com o condutor de um camião parado ao meu lado e a quase perguntar a um senhor, numa loja, se tinha algum problema na vista que o impedisse de desviar os olhos das minhas pernas. Senti-me verdadeiramente incomodada. Mas o que verdadeiramente me incomoda é que os homens reajam assim a QUALQUER mini-saia, independentemente do corpo que a leva posta. Pode ser uma texuga de metro e meio e pernas roliças (o que não é, DE TODO, o meu caso, mas pronto) que eles vão ficar ali, embasbacados. É que esta dualidade de critérios é que me irrita, me magoa, diria até!

Se num dia...

...choveu o mesmo que num mês, parece-me que estamos conversados até Dezembro, não?

Como juntar Elsa Raposo e Lavoisier num mesmo post (ele há coisas fantásticas, não há?)

Elsa Raposo acabou com mais um namorado. Aaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhh! (vozes de espanto, de surpresa, de "como é que é possível tal coisa, uma mulher cujos namoros nunca duram menos de 5 a 7 anos?"). Ainda há pouco tinha despachado um actorzito qualquer (depois de, muito inteligentemente, ter tatuado o nome dele no pulso) e já me está a pôr outro a andar. E este namoro prometia. Já durava há três meses e até tinham ido a Fátima e tudo abençoar a relação. Enfim, estou aqui que não posso de tanta tristeza. Vá lá que desta vez a gaja foi mais esperta e fez apenas uma tatuagem temporária com o nome do seu mais que tudo. Já começa a saber o que é a que a casa gasta! Eu não sei é como é que aquela mulher ainda tem espaço no corpo para tatuar o nome de mais um namorado! Sim, ok, vai fazendo e apagando. Quem deve andar feliz da vida com ela é a indústria das tatuagens e a das remoções a laser. Têm a vidinha feita à conta da Elsa Raposo!
E a propósito disto, ontem dei por mim a pensar que o meu nome é óptimo para ser tatuado por um namorado. Imaginem, se acabássemos ele podia sempre aproveitar a tatuagem que já tinha e arranjar uma nova namorada cujo nome acabasse em "Ana". Uma Jo"ana", uma Lu"ana", uma Sus"ana", uma Mari"ana", uma Di"ana", uma Jord"ana". É escolher! É que um nome que, não desfazendo, se adapta muitíssimo bem a novos casos, nem sequer era preciso removê-lo! Já dizia o Lavoisier (a quem aproveito para mandar um grande beijinho no caso de me estar a ler): nada se perde, tudo se transforma!

Para que não digam que vão daqui sem aprender nada

Longe de mim querer vir para aqui com laivos de Edite Estrela, mas alguém tem que educar o povo e pôr fim aos maus tratos à língua portuguesa. E desde já lanço aqui um apelo: se há associações de apoio à criança maltratada, à mulher maltratada, ao animal maltratado, porque não à língua portuguesa maltratada?? E se passassem multas de cada vez que um português manda uma daquelas que faria Camões dar voltas na tumba, era ver o PIB a crescer a olhos vistos! Bom, sejamos objectivos. O que aqui me traz hoje são duas expressões que me fazem urticária de cada vez que as ouço (como foi o caso de hoje). A saber:

- "Uma coisa não tem nada A HAVER com a outra"- ahhhhhhhhhhhhhhhhh! Errado, errado, errado!!! É que nem com a porcaria do "assim se fala em bom português" a malta lá vai! "Uma coisa não tem A VER com a outra". Estamos entendidinhos??? Se eu disser que não tenho "a haver" quer dizer que não tenho nada "a receber" de outrém! Estão a ver a diferença? A ver? A haver? Hmmmm?

- "Na MINHA opinião PESSOAL"- ora havia de ser na opinião pessoal de quem se não na sua? Não me irritem, hein???? Vocês não me ponham nervosa que eu sou uma pessoa doente!

Voltarei em breve com mais pérolas da nossa língua tão matreira.

Para mais tarde recordar!

Passatempo Pipoca

Companheiros, amigos, palhaços deste circo que é a vida:

O Pipoca Mais Doce está quase, quase a atingir os 100 mil visitantes, esse número redondinho e simpático. E como eu até sou uma mãos largas, um coração de manteiga, estou disposta a comemorar o acontecimento lançando aqui um belíssimo passatempo.

Álaber: isto é simples, só têm que construir uma frase que meta as palavras "pipoca(s)", "galochas", "queijo Philadelphia", "Bangladesh" e "pauliteiros de Miranda". Depois é só mandar para o mail apipocamaisdoce@gmail.com até ao final da próxima semana e prontinho. Um júri distinto e mestre na área de juntar palavras idiotas numa mesma frase, elegerá a melhor. Só uma poderá ganhar um belíssimo kit Pipoca, mas bonito, bonito é participar.

Se ouço...

...um agricultor que seja a dizer "ah, isto se calhar já é chuva a mais, temos as culturas ensopadas", vamos ter chatice. É só para avisar.

E o rabinho lavado com água de rosas, nã0?

"Quase metade dos espanhóis, 45,7%, quer a união entre Portugal e Espanha, com a maioria a defender que o novo país deve chamar-se Espanha, ter Madrid como capital e manter o regime monárquico, de acordo com uma sondagem."

Assim sim

Finalmente, um anúncio que uma gaja pode dizer "ora aqui está, sim senhor, bem apanhado". Gosto do novo anúncio da Ok Teleseguros. Gosto, pronto! Finalmente deixaram de lado aquela sonsa daquela Marta (que eu não quero ser má língua, mas uma mulher cuja vida é perguntar "em que posso ser útil?", não me venham cá dizer que não é fresca!) e vá de pôr um bando de homens giros como figurantes. Meus caros amigos da Ok Teleseguros, se for garantido que em caso de avaria me enviam um daqueles senhores altos e espadaúdos do vosso anúncio, torno-me a vossa melhor cliente e é ver-me a esvaziar pneus e a derrubar semáforos como se não houvesse amanhã! Quanto à deslavada da Marta, que tem a lata de aparecer no final a dizer "se eu fosse a si aderia já", ela que deixe mas é de se armar em espertinha que ninguém quer conselhos duma pirosa como ela.

Still in Nouvelle Vague's mood...



Dance With Me...

Balanço do weekend

- Euromilhões, nem vê-lo (o que é que eu disse??);
- M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O concerto dos Nouvelle Vague (isto se me olvidar do facto que durou apenas uma hora e que eles começaram aquela merda com mais de metade do pessoal ainda na rua, numa fila que ia mais ou menos até Beja);
- Trabalho, trabalho e mais trabalho;
- Overdose de sushi;
- Pé de dança com as babes, no Napron, onde assisti a um dos melhores momentos de dança de todo o sempre, protagonizado por um senhor Kefrô que não quis saber dos negócios e, de tiara a piscar na cabeça, vá de abanar o esqueleto, em movimentos devera sensuais;
- A infeliz percepção de que o Outono se instalou de vez...

É hoje!

Aaaaahh...sexta-feira! Olha o fim de semana já tão pertinho, a acenar! Claro que aqui a escrava da escrita vai ter que trabalhar, mas só a ideia de "fim de semana" dá-me logo um novo alento. Esta semana devo ter produzido aí uns 5o0 mil milhões de caracteres, mas tudo bem, eu aguento... não é para isso que me pagam fortunas?
Hoje é sexta-feira 13... e dia de Euromilhões. É hoje, meus amigos, é hoje! Estou confiante que é HOJE que me volta a não sair nada! Como diz a sábia Leididi, se as doenças são aquela coisa que pensamos que só acontece aos outros, mas que acabam por nos tocar a nós. O Euromilhões, por sua vez, é aquela coisa que achamos que nos pode tocar a nós, mas que só acontece aos outros.
Estamos até desconfiadas que o Euromilhões é um mito urbano e que nunca ninguém ganhou nada. Tenho para mim que a entidade que organiza isto contrata figurantes que, de quando em vez, SIMULAM ter ganho o Euromilhões. Depois vai lá a televisão, fazem-se de muito contentinhos, "veja lá que tinha uma vida tão humilde- mas muito honesta e limpinha- e agora tenho este dinheiro todo, que nem sei que lhe faça".
Aliás, agora que penso nisso, eu acho que nunca se conheceu a cara de um vencedor do Euromilhões! Querem todos permanecer no anonimato, e tal e coisa. A questão é que eles não aparecem porque NUNCA ninguém ganhou o Euromilhões. E se, por acaso, algum infeliz calha a acertar na chave milionária, pimba, é logo eliminado por uma qualquer organização secreta.
Se eu não aparecer por aqui nos próximos tempos é porque ganhei o Euromilhões. E me limparam o sebo!

Acho que alguma desgraça...

...está para acontecer ao meu estimado carro. Primeiro, entornaram-lhe comida, o que faz com que pareça que estou a entrar numa enorme caldeirada de lulas, tal é o cheiro que emana. Depois disso, foi um taxista que foi contra um carro estacionado mesmo ao ladinho do meu. Por último, vai uma pessoa a conduzir contentinha da vida e vem um cão a correr sabe-se lá de onde e enfia uma cabeçada numa das portas do meu baby 206. Até fez "bonc". Deve ter doído, mas ao menos não fez mossa. É coisa para deixar a carroça na garagem nos próximos tempos.

Há um ano a esta hora...

... mais coisa menos coisa, estava a chegar a Madrid. Uma entrada não tão gloriosa e chique quanto o esperado, já que a carripana do Príncipe (que tão amavelmente nos levou até lá), decidiu pifar mesmo à chegada, e foi ver-nos a empurrar a carrinha rua fora no Bairro Alto lá da zona, num Sábado à noite. Depois foi acartar com os cerca de 300 kilos de bagagem para a nossa casinha de paredes azuis e tentar pôr ordem na barraca.
Feitas as contas, e como diz a Caty (aquela que diz kispo e que eu tive de aturar quase um ano), valeu a pena por tudo. Pela cidade; pela pós graduação de elevadíssimo grau de dificuldade e que até já foi elevada ao título de "ah-belas-férias-em-Madrid"; pelas conversas noite fora, para dar a volta às insónias; pela música no bar lá de baixo, que me fazia abanar o chão do quarto, e que começava sempre com o Could You Be Loved, do Bob Marley, seguido do "táime gôs bái, sô eslôli", da Madonna; pelos amigos novos (sobretudo os que a Caty me "emprestou"); por uma paixão de caixão à cova; pela gata Laura e pelos seus cinco gatinhos; pela (re)descoberta do Frank Sinatra, da Billie Holiday, da Nina Simone; pelo assumir, após anos de negação, que gosto dos espanhóis e da música deles (viva Amaral, La Oreja de Van Gogh, Rocío Jurado, El Canto del Loco, Coti, o flamenco, e olé!); pelo frio de rachar, pela neve, pelas horas no sofá, debaixo do edredon, com o aquecedor ao máximo, pacotes e pacotes de Smarties e horas perdidas em frente ao televisor a vibrar com o Gran Hermano, Dónde Estás Corazón?, Salsa Rosa, Corazón de Invierno/Primavera/Verano, Ana Rosa, and so on; pela paella, pela tortilla, pelo jamón, pelo queijinho, pelos pequenos almoços a 2 euros no Museo del Jamón, pelas lasanhas do Lidl, pelo peixinho no forno e pelas gomas do Rincón; pelo "hoje é o dia em que a louça se lava amanhã"; pelas visitas quotidianas à Zara, ali tão à mão de semear (e os sapatos, ai os sapatos!); pelo Retiro, pela Plaza Castilla, por Sol, pela Gran Vía, pela Fuencarral, pela Plaza Mayor, pela Almudena, pelo Rastro, pela Chueca, e Malasaña e La Latina; pela voltinha à noite, com passagem obrigatória pela Montera, para apreciar a fauna e pra "desmoer"o jantar;

Ai, ai, Madrid, que te echo de menos...

Pipoca na rádio

Pois é, meus bons amigos, este vosso humilde blog vai este fim de semana para o ar na Rádio Comercial, no programa




Já este Sábado, às 20h, e Domingo, às 23h, o Pipoca estará no ar durante uma hora, com a leitura de alguns dos muitos textos de grande e reconhecida qualidade aqui publicados ao longo dos anos. A fama, o sucesso, o dinheiro, os Manolo Blahnik cada vez mais perto.

Portugal pode não ser o primeiro em nada...

...mas no que toca a pôr luzes de Natal, meus meninos, ninguém nos bate!

Pró que me havia de dar

Ontem, à hora do almoço, acompanhei uma amiga minha à Área, a antiga Casa... para os que não sabem do que é que eu estou a falar (homens), é aquela lojinha cheia de coisas giras para enfeitar a barraca. Andava lá eu contentinha da vida, no meio de candeeiros, e sofás, e velas, e tapetes, quando de repente, e sem nada que o fizesse adivinhar....pimba!, dei por mim a pensar "aaaahhh, que copos tão catitas! Acho que vou comprar meia dúzia para quando tiver uma casa". Pára tudo! É que pára já tudo aqui! Então eu que andei uma vida inteira a lutar contra as prendas para o enxoval, de repente estou a pensar em comprar uns copinhos para a casa que ainda não tenho??? Claro que saquei imediatamente do chicote do qual me faço acompanhar e me flagelei em plena loja, para afastar de mim aqueles pensamentos demoníacos. Recompus-me e segui em frente, pensando que não conto sair de casa dos paizinhos nos próximos 15 a 20 anos, mas a coisa durou pouco. Mas mal me distraí e já estava de novo a imaginar que lindos que ficariam aqueles individuais vermelhos debaixo dos meus pratinhos com uma risca prateada. Mas o que é isto? O que é isto, hein???? O que é que eu vou querer a seguir? Um trem de cozinha? Um faqueiro de 340 peças? Um medidor de tensão? Estou com medo. Qualquer dia dou por mim e estou a chegar a casa com uma arca de madeira. Depois começo a comprar lençolitos de flanela às risquinhas. Toalhas de mesa com motivos natalícios. Pegas de cozinha. Turcos. Naprons. E vou guardando, guardando. De vez em quando tiro tudo para fora, para passar as coisinhas a ferro, e volto a guardar.
Isto ainda devem ser efeitos da amigdalite. Tanta roupa pra comprar e eu a pensar em copos. 'Tá bem, tá!

Sunday, sweet sunday...


"I think this is the beginning of a beautiful friendship"

Gudelâke

À Princesa e ao Sôtor, que começam hoje nos seus novos (e chorudos) empregos, um grande beijinho de boa sorte e cá ficamos à espera do jantarinho no Eleven! Isto de ter amigos bem colocados é outro nível, de facto! ;)