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segunda-feira, outubro 02, 2006

Pró que me havia de dar

Ontem, à hora do almoço, acompanhei uma amiga minha à Área, a antiga Casa... para os que não sabem do que é que eu estou a falar (homens), é aquela lojinha cheia de coisas giras para enfeitar a barraca. Andava lá eu contentinha da vida, no meio de candeeiros, e sofás, e velas, e tapetes, quando de repente, e sem nada que o fizesse adivinhar....pimba!, dei por mim a pensar "aaaahhh, que copos tão catitas! Acho que vou comprar meia dúzia para quando tiver uma casa". Pára tudo! É que pára já tudo aqui! Então eu que andei uma vida inteira a lutar contra as prendas para o enxoval, de repente estou a pensar em comprar uns copinhos para a casa que ainda não tenho??? Claro que saquei imediatamente do chicote do qual me faço acompanhar e me flagelei em plena loja, para afastar de mim aqueles pensamentos demoníacos. Recompus-me e segui em frente, pensando que não conto sair de casa dos paizinhos nos próximos 15 a 20 anos, mas a coisa durou pouco. Mas mal me distraí e já estava de novo a imaginar que lindos que ficariam aqueles individuais vermelhos debaixo dos meus pratinhos com uma risca prateada. Mas o que é isto? O que é isto, hein???? O que é que eu vou querer a seguir? Um trem de cozinha? Um faqueiro de 340 peças? Um medidor de tensão? Estou com medo. Qualquer dia dou por mim e estou a chegar a casa com uma arca de madeira. Depois começo a comprar lençolitos de flanela às risquinhas. Toalhas de mesa com motivos natalícios. Pegas de cozinha. Turcos. Naprons. E vou guardando, guardando. De vez em quando tiro tudo para fora, para passar as coisinhas a ferro, e volto a guardar.
Isto ainda devem ser efeitos da amigdalite. Tanta roupa pra comprar e eu a pensar em copos. 'Tá bem, tá!

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