
Feitas as contas, e como diz a Caty (aquela que diz kispo e que eu tive de aturar quase um ano), valeu a pena por tudo. Pela cidade; pela pós graduação de elevadíssimo grau de dificuldade e que até já foi elevada ao título de "ah-belas-férias-em-Madrid"; pelas conversas noite fora, para dar a volta às insónias; pela música no bar lá de baixo, que me fazia abanar o chão do quarto, e que começava sempre com o Could You Be Loved, do Bob Marley, seguido do "táime gôs bái, sô eslôli", da Madonna; pelos amigos novos (sobretudo os que a Caty me "emprestou"); por uma paixão de caixão à cova; pela gata Laura e pelos seus cinco gatinhos; pela (re)descoberta do Frank Sinatra, da Billie Holiday, da Nina Simone; pelo assumir, após anos de negação, que gosto dos espanhóis e da música deles (viva Amaral, La Oreja de Van Gogh, Rocío Jurado, El Canto del Loco, Coti, o flamenco, e olé!); pelo frio de rachar, pela neve, pelas horas no sofá, debaixo do edredon, com o aquecedor ao máximo, pacotes e pacotes de Smarties e horas perdidas em frente ao televisor a vibrar com o Gran Hermano, Dónde Estás Corazón?, Salsa Rosa, Corazón de Invierno/Primavera/Verano, Ana Rosa, and so on; pela paella, pela tortilla, pelo jamón, pelo queijinho, pelos pequenos almoços a 2 euros no Museo del Jamón, pelas lasanhas do Lidl, pelo peixinho no forno e pelas gomas do Rincón; pelo "hoje é o dia em que a louça se lava amanhã"; pelas visitas quotidianas à Zara, ali tão à mão de semear (e os sapatos, ai os sapatos!); pelo Retiro, pela Plaza Castilla, por Sol, pela Gran Vía, pela Fuencarral, pela Plaza Mayor, pela Almudena, pelo Rastro, pela Chueca, e Malasaña e La Latina; pela voltinha à noite, com passagem obrigatória pela Montera, para apreciar a fauna e pra "desmoer"o jantar;
Ai, ai, Madrid, que te echo de menos...
Sem comentários:
Enviar um comentário
Teorias absolutamente espectaculares