G
É bom descobrir no último dia do ano que apesar da distância, das discussões, dos sentimentos de raiva, da sensação de "irremediavelmente perdido", da vontade de gritar até me fazer ouvir, das palavras que não se disseram ou das que se disseram sem se querer, há pessoas que não são nem nunca nos serão indiferentes. Espero ter-te "envergonhado" mais um bocadinho... feliz 2006, com cheiro a V V.
sábado, dezembro 31, 2005
Hasta la vista 2005
Ora bem, acabo de abrir a minha agenda na tentativa de fazer um balanço fidedigno do meu 2005. Assim de repente, numa primeira avaliação geral, diria que foi uma merda, mas pronto, nem tudo foi mau. Aqui vai:
Coisinhas boas (e não necessariamente pela ordem apresentada):
- A conquista do campeonato pelo Glorioso SLB... acho que foi mesmo o ponto alto do ano. Obrigada a quem teve paciência para me aturar essa noite até às cinco da manhã no estádio;
- E, já que falamos de futebol, não posso deixar de referir a derrota do Sporting contra o CSKA na final da Taça UEFA (ah ah ah ah ah ah ah ah);
- A minha crónica n'A Capital, aos domingos :( ;
- A viagem de gajas pela costa alentejana (assim como todos os jantares, e saídas e programas feitos com as babes);
- Os concertos de U2, Rufus Wainwright e Antony and the Johnsons;
- A inauguração da Casa da Música, que é linda;
- A viagem a Barcelona;
- Os textinhos que escrevi para a semana da juventude, da CML;
- Os amigos novos;
- O cartão de cinema King Card;
- O meu iPod lindooooo;
- A ida para Madrid;
- Descobrir que, afinal, gosto muito de comida japonesa;
- A minha tatuagem nova, feita com a Leididi;
- O cd novo da Madonna (hung uuuuuuup);
- Largar a Coca-Cola (ao fim de sete meses tive apenas uma recaída, no dia de Natal, e lá bebi um copinho. Mas já me chicoteei por isso!);
- Descobrir que ninguém morre de amor e que sozinho também se vive bem (por um tempo, só por um tempo!);
Coisinhas menos simpáticas:
- Sem dúvida alguma, o fecho d'A Capital;
- Uma vida afectiva sem o mínimo dos interesses, chatinha que só ela;
- A perseguição do Centro de Emprego (é melhor nem falar nisto, que os senhores têm andado muito sossegados);
- A doença de uma amiga (que já está muito melhor, e que vai ficar boa e que tem o filho mais querido do mundo);
- As amizades que se foram perdendo;
Isto lido assim até parece que 2005 foi um ano muito simpático, com mais coisas boas que más mas, believe it, as más foram muito mais intensas. Quanto a 2006, e tendo em conta que os planos feitos para 2005 foram completamente por água abaixo, não vou fazer qualquer espécie de resolução. Acho que assim tem mais piada.
Ora bem, acabo de abrir a minha agenda na tentativa de fazer um balanço fidedigno do meu 2005. Assim de repente, numa primeira avaliação geral, diria que foi uma merda, mas pronto, nem tudo foi mau. Aqui vai:
Coisinhas boas (e não necessariamente pela ordem apresentada):
- A conquista do campeonato pelo Glorioso SLB... acho que foi mesmo o ponto alto do ano. Obrigada a quem teve paciência para me aturar essa noite até às cinco da manhã no estádio;
- E, já que falamos de futebol, não posso deixar de referir a derrota do Sporting contra o CSKA na final da Taça UEFA (ah ah ah ah ah ah ah ah);
- A minha crónica n'A Capital, aos domingos :( ;
- A viagem de gajas pela costa alentejana (assim como todos os jantares, e saídas e programas feitos com as babes);
- Os concertos de U2, Rufus Wainwright e Antony and the Johnsons;
- A inauguração da Casa da Música, que é linda;
- A viagem a Barcelona;
- Os textinhos que escrevi para a semana da juventude, da CML;
- Os amigos novos;
- O cartão de cinema King Card;
- O meu iPod lindooooo;
- A ida para Madrid;
- Descobrir que, afinal, gosto muito de comida japonesa;
- A minha tatuagem nova, feita com a Leididi;
- O cd novo da Madonna (hung uuuuuuup);
- Largar a Coca-Cola (ao fim de sete meses tive apenas uma recaída, no dia de Natal, e lá bebi um copinho. Mas já me chicoteei por isso!);
- Descobrir que ninguém morre de amor e que sozinho também se vive bem (por um tempo, só por um tempo!);
Coisinhas menos simpáticas:
- Sem dúvida alguma, o fecho d'A Capital;
- Uma vida afectiva sem o mínimo dos interesses, chatinha que só ela;
- A perseguição do Centro de Emprego (é melhor nem falar nisto, que os senhores têm andado muito sossegados);
- A doença de uma amiga (que já está muito melhor, e que vai ficar boa e que tem o filho mais querido do mundo);
- As amizades que se foram perdendo;
Isto lido assim até parece que 2005 foi um ano muito simpático, com mais coisas boas que más mas, believe it, as más foram muito mais intensas. Quanto a 2006, e tendo em conta que os planos feitos para 2005 foram completamente por água abaixo, não vou fazer qualquer espécie de resolução. Acho que assim tem mais piada.
quinta-feira, dezembro 29, 2005
Back
Voltei, volteeeei, voltei de láaa, ainda agora estava no Algarve e agora já estou cáaaa. Pois é, pequenos, estou de volta, depois de uns dias de descanso em frente a uma lareira, com muito doce natalício, e muito chocolate, e uma borbulha gigantesca no queixo...buáaaaa! Em quatro dias despachei a Madame Bovary e já tenho aqui empilhados na secretária mais uns dez livros que quero ler. Isto é que é produtividade! E agora...venha o fim de ano! Afinal, e ao contrário de todas as expectativas, não vou passar em casa entre a mamã e o papá. Percebendo o meu desespero, uma amiga falou-me de uma daquelas festas manhosas, caríssimas e mal organizadas, e então aí vou eu. Mas antes disso ainda terei que fazer um balanço de 2005 e rezar a todos os santinhos para que 2006 seja mais animador.
Voltei, volteeeei, voltei de láaa, ainda agora estava no Algarve e agora já estou cáaaa. Pois é, pequenos, estou de volta, depois de uns dias de descanso em frente a uma lareira, com muito doce natalício, e muito chocolate, e uma borbulha gigantesca no queixo...buáaaaa! Em quatro dias despachei a Madame Bovary e já tenho aqui empilhados na secretária mais uns dez livros que quero ler. Isto é que é produtividade! E agora...venha o fim de ano! Afinal, e ao contrário de todas as expectativas, não vou passar em casa entre a mamã e o papá. Percebendo o meu desespero, uma amiga falou-me de uma daquelas festas manhosas, caríssimas e mal organizadas, e então aí vou eu. Mas antes disso ainda terei que fazer um balanço de 2005 e rezar a todos os santinhos para que 2006 seja mais animador.
sábado, dezembro 24, 2005
Feliz Navidad
Pois é, a Pipoca vai de férias de Natal, mas volta em breve. Até lá, espero descansar em terras algarvias, junto a uma lareirazinha acolhedora, a ver os encantadores programas natalícios e a entupir-me em chocolates como se não houvesse amanhã. Portem-se bem na minha ausência. Desejo-vos um Natal cheio de prendas (que, posteriormente, poderão repartir comigo) e um 2006 em GRANDE! Besos!
Pois é, a Pipoca vai de férias de Natal, mas volta em breve. Até lá, espero descansar em terras algarvias, junto a uma lareirazinha acolhedora, a ver os encantadores programas natalícios e a entupir-me em chocolates como se não houvesse amanhã. Portem-se bem na minha ausência. Desejo-vos um Natal cheio de prendas (que, posteriormente, poderão repartir comigo) e um 2006 em GRANDE! Besos!
sábado, dezembro 24, 2005
Espírito Natalício? Hã, hã...
Uma pessoa pensa que por ser época natalícia a malta anda mais calma, mais amiga, mais dada à paz e ao amor, mas é puro engano. Estava eu hoje enfiada num trânsito de meia noite com a Leididi e a Caty, nesse belo bairro que é Campo de Ourique, acabadas de vir de um belo dum lanche em casa da Chefa Zen, quando dou de caras com um verdadeiro ser troglodita, atrasado mental, chunga, palhaço, grrrrrrrrrrr....ai que nervos! Passo a explicar. Eu estava ao volante do meu baby 206, não é? Estava uma fila daqui a Madrid, ir e voltar cem vezes, em pára-arranca. Está bem que eu estava parada no meio de um cruzamento e que não deixava passar mais ninguém, admito, ok, nisso até podem ter razão. Mas foram só uns segundos, arranquei logo e deixei a malta passar. Então não é que um dos carros que vinha em sentido contrário, pára ao meu lado e começa a rosnar "isto há gente muita estúpida! Tu és mesmo muita estúpida". Sem perceber lá muito bem ao que é que o senhor se estava a referir, esbocei um encolher de ombros, do género "meu amigo, não faço ideia do que é que estás a falar". Então não é que o gajo se passa? De repente larga-me aos berros "sua ganda puta! Faz lá isso outra vez, faz! Anda cá fora que eu dou-te uma estalada". Aí eu pensei, "bem, se é para levar uma estalada se calhar vale a pena saír do carro, que isto não se leva uma estalada todos os dias, ainda por cima de graça", mas deixei-me ficar, até porque estava um frio que não se podia. Lá atrás, a histérica da Caty só perguntava "as portas estão trancadas? As portas estão trancadas? As portas estão trancadas?". Enfim, o que vale é que estávamos à beira do Natal, senão o parvalhão do homem era capaz de ter sacado de um taco e partia-me o carro todo. Ainda assim, ele tinha ar de ser vingativo. Cheira-me que me sacou a matrícula e foi para casa pensar numa maneira de me lixar a vidinha.
Uma pessoa pensa que por ser época natalícia a malta anda mais calma, mais amiga, mais dada à paz e ao amor, mas é puro engano. Estava eu hoje enfiada num trânsito de meia noite com a Leididi e a Caty, nesse belo bairro que é Campo de Ourique, acabadas de vir de um belo dum lanche em casa da Chefa Zen, quando dou de caras com um verdadeiro ser troglodita, atrasado mental, chunga, palhaço, grrrrrrrrrrr....ai que nervos! Passo a explicar. Eu estava ao volante do meu baby 206, não é? Estava uma fila daqui a Madrid, ir e voltar cem vezes, em pára-arranca. Está bem que eu estava parada no meio de um cruzamento e que não deixava passar mais ninguém, admito, ok, nisso até podem ter razão. Mas foram só uns segundos, arranquei logo e deixei a malta passar. Então não é que um dos carros que vinha em sentido contrário, pára ao meu lado e começa a rosnar "isto há gente muita estúpida! Tu és mesmo muita estúpida". Sem perceber lá muito bem ao que é que o senhor se estava a referir, esbocei um encolher de ombros, do género "meu amigo, não faço ideia do que é que estás a falar". Então não é que o gajo se passa? De repente larga-me aos berros "sua ganda puta! Faz lá isso outra vez, faz! Anda cá fora que eu dou-te uma estalada". Aí eu pensei, "bem, se é para levar uma estalada se calhar vale a pena saír do carro, que isto não se leva uma estalada todos os dias, ainda por cima de graça", mas deixei-me ficar, até porque estava um frio que não se podia. Lá atrás, a histérica da Caty só perguntava "as portas estão trancadas? As portas estão trancadas? As portas estão trancadas?". Enfim, o que vale é que estávamos à beira do Natal, senão o parvalhão do homem era capaz de ter sacado de um taco e partia-me o carro todo. Ainda assim, ele tinha ar de ser vingativo. Cheira-me que me sacou a matrícula e foi para casa pensar numa maneira de me lixar a vidinha.
quinta-feira, dezembro 22, 2005
Os 20 mil estão mesmo aí
Grandes queridos, o Pipoca está quase, quase a atingir os 20 mil leitores (obrigada mãe, obrigada pai). Assim sendo, venho por este meio pedir-vos que me enviem ideias originais para a comemoração deste grande evento! O mail é o do costume: apipocamaisdoce@gmail.com
Grandes queridos, o Pipoca está quase, quase a atingir os 20 mil leitores (obrigada mãe, obrigada pai). Assim sendo, venho por este meio pedir-vos que me enviem ideias originais para a comemoração deste grande evento! O mail é o do costume: apipocamaisdoce@gmail.com
quarta-feira, dezembro 21, 2005
Lar, doce lar!
Já nem me lembrava do que era isto de escrever um post e ter à minha disposição todos os acentos do teclado, "tiles" incluídos! Obaaaaaaaa! Pois é, já estou em casa! Lar, doce lar! A viagem correu bem, não houve acontecimentos dignos de registo, não houve vizinhos do lado a ajeitarem-me o casaquinho, nada de nada! Fiz a viagem na paz dos anjos, ainda vi dois filminhos, dormitei, ouvi música...um sossego! E que bom que é chegar a casa e ver a árvore de Natal, e abanar os presentes todos para tentar adivinhar o que serão, e aguardar pelo jantarinho feito pela mamãe, e ter internet no quarto, e um aquecedor quentinho, e as cartas recebidas em cima de mesa, e a Visão das últimas semanas para me pôr a par do que se tem passado, e os restantes sapatos alinhadinhos no armário... there's no place like home!
O último dia em Madrid ficou marcado pela missão "fazer as malas". Depois de um belo repasto em casa do Anjo do Deus (a quem envio, desde já, o maior dos agradecimentos, pelos belos dos bifinhos com cogumelos--- e, já agora, vê se devolves o resto do queijo Brie que deixámos em tua casa!), chegámos a casa à uma da manhã, a cair de sono e a pensar em tudo quanto tinhamos para enfiar em apenas duas malas. Milagrosamente, despachei a tarefa em tempo record (meia horita), conseguindo encatrafiar em duas malas as prendas de Natal, a roupa, os sapatos (umas botas, dois ténis e três sapatos... fui contida) e as outras merdinhas todas! Claro que fechar as malas deu luta, mas eu saí vencedora. Pior sorte teve a minha amiga Caty. Quando me fui deitar, a última visão que tive da sala foi um amontoado de roupa e prendas que não deixava à vista qualquer móvel. Não sei como terminou a aventura, porque vim para Lisboa mais cedo do que ela, mas aposto que muita coisa ficou por trazer. Como se não bastasse, o raio da miúda inventou dores de estômago a meio da noite, pelo que às três da manhã lá estava eu a saltar da cama para ir buscar leitinho com chocolate para a menina! Fiteira! Enfim, agora fico três semanas sem lhe pôr a vista em cima que é um descanso! E agora me vou, que isto não há nada como chegar a casa e dar um jogo do Glorioso na tv!
Já nem me lembrava do que era isto de escrever um post e ter à minha disposição todos os acentos do teclado, "tiles" incluídos! Obaaaaaaaa! Pois é, já estou em casa! Lar, doce lar! A viagem correu bem, não houve acontecimentos dignos de registo, não houve vizinhos do lado a ajeitarem-me o casaquinho, nada de nada! Fiz a viagem na paz dos anjos, ainda vi dois filminhos, dormitei, ouvi música...um sossego! E que bom que é chegar a casa e ver a árvore de Natal, e abanar os presentes todos para tentar adivinhar o que serão, e aguardar pelo jantarinho feito pela mamãe, e ter internet no quarto, e um aquecedor quentinho, e as cartas recebidas em cima de mesa, e a Visão das últimas semanas para me pôr a par do que se tem passado, e os restantes sapatos alinhadinhos no armário... there's no place like home!
O último dia em Madrid ficou marcado pela missão "fazer as malas". Depois de um belo repasto em casa do Anjo do Deus (a quem envio, desde já, o maior dos agradecimentos, pelos belos dos bifinhos com cogumelos--- e, já agora, vê se devolves o resto do queijo Brie que deixámos em tua casa!), chegámos a casa à uma da manhã, a cair de sono e a pensar em tudo quanto tinhamos para enfiar em apenas duas malas. Milagrosamente, despachei a tarefa em tempo record (meia horita), conseguindo encatrafiar em duas malas as prendas de Natal, a roupa, os sapatos (umas botas, dois ténis e três sapatos... fui contida) e as outras merdinhas todas! Claro que fechar as malas deu luta, mas eu saí vencedora. Pior sorte teve a minha amiga Caty. Quando me fui deitar, a última visão que tive da sala foi um amontoado de roupa e prendas que não deixava à vista qualquer móvel. Não sei como terminou a aventura, porque vim para Lisboa mais cedo do que ela, mas aposto que muita coisa ficou por trazer. Como se não bastasse, o raio da miúda inventou dores de estômago a meio da noite, pelo que às três da manhã lá estava eu a saltar da cama para ir buscar leitinho com chocolate para a menina! Fiteira! Enfim, agora fico três semanas sem lhe pôr a vista em cima que é um descanso! E agora me vou, que isto não há nada como chegar a casa e dar um jogo do Glorioso na tv!
terça-feira, dezembro 20, 2005
Querido Papai Noel
Eu sei que já venho um bocado em cima da hora, que a esta hora já o senhor anda aí atarefadíssimo a dar de comer às renas e outras actividades próprias da época, mas só agora tive tempo para lhe escrever, por isso arranje-se! Ora bem, para este ano, tirando aquelas coisinhas básicas de paz no mundo e comida para todos e blá blá blá, há assim todo um conjunto de regalos que eu gostaria de ver no meu sapatinho no próximo sábado à noite. A saber:
- Que o Benfica açambarque o campeonato, a Taça de Portugal e a Liga de Campeoes;
- Que o Cavaquinho ganhe com maioria absoluta e que o Soares seja o candidato de esquerda com menos votos (se puder ser sem votos, era ouro sobre azul);
- Que a temperatura média em Madrid aumente aí uns dez graus (ou que se comece a fazer roupa quente que seja gira!);
- Que surjam homens de jeito na minha vida (ou seja, giros, inteligentes, divertidos, com conversa, com experiência de vida, que nao sejam básicos, nem putos, nem previsíveis, porque desses estou eu fartinha);
- Que o Manolo Blahnik faça saldos de 98%, de modo a que eu possa comprar uns sapatinhos que seja;
- Que os meus amigos me ofereçam um cabaz de Natal que inclua o novo cd da Fiona Apple, o novo perfume da Calvin Klein (Euphoria), aquela ceninha que dá para escutar as músicas do iPod no rádio do carro e os ténis prateados da Nike.
Nao pedi assim muito, pois nao?
Eu sei que já venho um bocado em cima da hora, que a esta hora já o senhor anda aí atarefadíssimo a dar de comer às renas e outras actividades próprias da época, mas só agora tive tempo para lhe escrever, por isso arranje-se! Ora bem, para este ano, tirando aquelas coisinhas básicas de paz no mundo e comida para todos e blá blá blá, há assim todo um conjunto de regalos que eu gostaria de ver no meu sapatinho no próximo sábado à noite. A saber:
- Que o Benfica açambarque o campeonato, a Taça de Portugal e a Liga de Campeoes;
- Que o Cavaquinho ganhe com maioria absoluta e que o Soares seja o candidato de esquerda com menos votos (se puder ser sem votos, era ouro sobre azul);
- Que a temperatura média em Madrid aumente aí uns dez graus (ou que se comece a fazer roupa quente que seja gira!);
- Que surjam homens de jeito na minha vida (ou seja, giros, inteligentes, divertidos, com conversa, com experiência de vida, que nao sejam básicos, nem putos, nem previsíveis, porque desses estou eu fartinha);
- Que o Manolo Blahnik faça saldos de 98%, de modo a que eu possa comprar uns sapatinhos que seja;
- Que os meus amigos me ofereçam um cabaz de Natal que inclua o novo cd da Fiona Apple, o novo perfume da Calvin Klein (Euphoria), aquela ceninha que dá para escutar as músicas do iPod no rádio do carro e os ténis prateados da Nike.
Nao pedi assim muito, pois nao?
terça-feira, dezembro 20, 2005
One day to go
Ahhhhhhhhhhhhh...menos de 24 horas para voltar à terra mae! É já amanha que me espera mais uma agradável viagem de autocarro (arrghhh)...acho que me vou embebedar, talvez assim o tempo passe mais depressa...ou talvez seja expulsa... Tenho saudades de comidinha boa, já nao aguento mais os únicos 8 pratos que sabemos fazer e que comemos ciclicamente. A esta altura do campeonato os jantarinhos fora sao apenas uma miragem, um delírio, um luxo ao qual nao nos podemos permitir. Buáaa! Também tenho saudades do 206 azulinho... saudades de descer até à garagem e saber que ele está lá para mim, pronto para o que der e vier. Estou a ponto de ter uma overdose de metro e de autocarro. Para compor o ramalhete, fui apanhada nas teias dessa grandessíssima sonsa que dá pelo nome de "gripe". Desde ontem que a minha cabeça ameaça explodir a qualquer momento. Onde é que anda a mae para me fazer um cházinho quente e umas torradinhas, heeeeeeeeeinnnn? Hoje quando ela me ligou contei-lhe das minhas maleitas, na esperança de ouvir umas palavrinhas reconfortantes, mas nada! Apenas um "vê lá se nao ficas com febre", tipo "vê lá se nao vens para Lisboa doente e nos pegas a gripe a todos". Quero ir para casa... :(
Ahhhhhhhhhhhhh...menos de 24 horas para voltar à terra mae! É já amanha que me espera mais uma agradável viagem de autocarro (arrghhh)...acho que me vou embebedar, talvez assim o tempo passe mais depressa...ou talvez seja expulsa... Tenho saudades de comidinha boa, já nao aguento mais os únicos 8 pratos que sabemos fazer e que comemos ciclicamente. A esta altura do campeonato os jantarinhos fora sao apenas uma miragem, um delírio, um luxo ao qual nao nos podemos permitir. Buáaa! Também tenho saudades do 206 azulinho... saudades de descer até à garagem e saber que ele está lá para mim, pronto para o que der e vier. Estou a ponto de ter uma overdose de metro e de autocarro. Para compor o ramalhete, fui apanhada nas teias dessa grandessíssima sonsa que dá pelo nome de "gripe". Desde ontem que a minha cabeça ameaça explodir a qualquer momento. Onde é que anda a mae para me fazer um cházinho quente e umas torradinhas, heeeeeeeeeinnnn? Hoje quando ela me ligou contei-lhe das minhas maleitas, na esperança de ouvir umas palavrinhas reconfortantes, mas nada! Apenas um "vê lá se nao ficas com febre", tipo "vê lá se nao vens para Lisboa doente e nos pegas a gripe a todos". Quero ir para casa... :(
segunda-feira, dezembro 19, 2005
Notícias cá do burgo
O vizinho Resú reapareceu, a gata voltou a miar e os vizinhos de cima retomaram a sua actividade sexual de um modo bastante intenso. Acordei com a parva da mulher a berrar desenfreadamente e juro que me apeteceu ir lá bater à porta e perguntar: "desculpe, é aqui que estao a ter sexo? Importavam-se de ir para outra divisao da casa que nao fique mesmo por cima do meu quarto? É que estou com um dor de cabeça daqui a Beja, o ranger do colchao nao ajuda e os berros da senhora muito menos. Façam-me lá esse jeitinho e vao-se comer para outro lado, sim? Ou entao tentem outra posiçao, assim menos ruidosa". Anormais.
O vizinho Resú reapareceu, a gata voltou a miar e os vizinhos de cima retomaram a sua actividade sexual de um modo bastante intenso. Acordei com a parva da mulher a berrar desenfreadamente e juro que me apeteceu ir lá bater à porta e perguntar: "desculpe, é aqui que estao a ter sexo? Importavam-se de ir para outra divisao da casa que nao fique mesmo por cima do meu quarto? É que estou com um dor de cabeça daqui a Beja, o ranger do colchao nao ajuda e os berros da senhora muito menos. Façam-me lá esse jeitinho e vao-se comer para outro lado, sim? Ou entao tentem outra posiçao, assim menos ruidosa". Anormais.
sexta-feira, dezembro 16, 2005
Procura-se vizinho desaparecido
O nosso vizinho do lado chama-se Jesus (diz-se “Résu”) e é um grande querido. Temos um pátio comum onde nos costumamos encontrar de quando em vez e lá trocamos dois dedos de conversa. As únicas coisas seguras que sabemos é que é jornalista e vive sozinho com uma gata. E depois há todo um conjunto de coisas sobre as coisas especulamos: temos para nós que o senhor é gay, porque anda pela casa envolto num robe vermelho com uns chinelinhos a condizer, passa a vida a varrer o pátio, e cheira-me que abusa sexualmente da gata. No outro dia ouvi-a a miar de um modo aflitivo e logo de seguida veio a voz dele a dizer “callate”. Enfiiiiiiim, longe da minha pessoa estar para aqui a lançar boatos sobre aquilo que nao sei, mas se puderem mandar uma brigada da Uniao Zoófila eu acho que nao se perde nada!
Mas pronto, o que me está a preocupar verdadeiramente é nao pôr a vista em cima do Résu há já uns dias. É que, parecendo que nao, uma pessoa afeiçoou-se àquele personagem meio sinistro, que está sempre a perguntar se precisamos de alguma coisa, sempre pronto a ajudar, mas que tem ali um je ne sais quoi de psicopata. Que o diga a minha amiga Caty, que passa a vida a sonhar com ele... incluindo que ele entra no nosso quarto para nos matar... e que está nú (o senhor é careca e gorducho, for God sake)!. Há uns tempos ele disse-nos que ía para o Líbano em trabalho, mas desconfiamos que nao é esse o motivo para o seu súbito desaparecimento. Anteontem vimos entrar no apartamento dele um jovem que trabalha no bar que fica por debaixo de nós, com um ar muito suspeito. As hipóteses que nos parecem mais fiáveis sao:
a) O Resú deixou-lhe a chave para que o outro fosse lá dar comida à gata (o que levanta, desde logo, um grave problema diplomático, porque ele bem que nos podia ter pedido a nós, que somos as suas vizinhas mais próximas, quase íntimas, diria mesmo...se for esta a versao fico magoada, a sério que sim);
b) O Resú tem um caso com o gajo do bar, ao ponto de já lhe ter dado a chave de casa e tudo... assim nao tem que abusar da gata e nao arranja problemas a ninguém;
c) O Resú alugou-lhe um quarto: nao se sente tao sozinho e sempre tem com quem partilhar as despesas, que isto de alugar um apartamento em Madrid está pelas horas da morte!;
d) O gajo do bar matou o Resú e a gata e enfiou ambos cortadinhos às postas no congelador.
A minha amiga Caty está plenamente convencida que o Resú está morto e, pelo sim pelo nao, acha que o melhor que temos a fazer é fingir que nunca o conhecemos e, acima de tudo, nao fazer perguntas, tipo “olá... é o novo vizinho? Entao e que é feito do Resú? Mudou-se?”. Nao, nestes casos a discriçao é a melhor arma. E nem que nos cheire a carne putrefacta, nem que vejamos sangue a escorrer por debaixo da porta dele nós abriremos a nossa boquinha. Nós nao vimos nada, nós nao sabemos de nada, nós nem sequer somos espanholas, calha bem!! “Quién? Résu? No entiendo! Es que no hablo español!”.
O nosso vizinho do lado chama-se Jesus (diz-se “Résu”) e é um grande querido. Temos um pátio comum onde nos costumamos encontrar de quando em vez e lá trocamos dois dedos de conversa. As únicas coisas seguras que sabemos é que é jornalista e vive sozinho com uma gata. E depois há todo um conjunto de coisas sobre as coisas especulamos: temos para nós que o senhor é gay, porque anda pela casa envolto num robe vermelho com uns chinelinhos a condizer, passa a vida a varrer o pátio, e cheira-me que abusa sexualmente da gata. No outro dia ouvi-a a miar de um modo aflitivo e logo de seguida veio a voz dele a dizer “callate”. Enfiiiiiiim, longe da minha pessoa estar para aqui a lançar boatos sobre aquilo que nao sei, mas se puderem mandar uma brigada da Uniao Zoófila eu acho que nao se perde nada!
Mas pronto, o que me está a preocupar verdadeiramente é nao pôr a vista em cima do Résu há já uns dias. É que, parecendo que nao, uma pessoa afeiçoou-se àquele personagem meio sinistro, que está sempre a perguntar se precisamos de alguma coisa, sempre pronto a ajudar, mas que tem ali um je ne sais quoi de psicopata. Que o diga a minha amiga Caty, que passa a vida a sonhar com ele... incluindo que ele entra no nosso quarto para nos matar... e que está nú (o senhor é careca e gorducho, for God sake)!. Há uns tempos ele disse-nos que ía para o Líbano em trabalho, mas desconfiamos que nao é esse o motivo para o seu súbito desaparecimento. Anteontem vimos entrar no apartamento dele um jovem que trabalha no bar que fica por debaixo de nós, com um ar muito suspeito. As hipóteses que nos parecem mais fiáveis sao:
a) O Resú deixou-lhe a chave para que o outro fosse lá dar comida à gata (o que levanta, desde logo, um grave problema diplomático, porque ele bem que nos podia ter pedido a nós, que somos as suas vizinhas mais próximas, quase íntimas, diria mesmo...se for esta a versao fico magoada, a sério que sim);
b) O Resú tem um caso com o gajo do bar, ao ponto de já lhe ter dado a chave de casa e tudo... assim nao tem que abusar da gata e nao arranja problemas a ninguém;
c) O Resú alugou-lhe um quarto: nao se sente tao sozinho e sempre tem com quem partilhar as despesas, que isto de alugar um apartamento em Madrid está pelas horas da morte!;
d) O gajo do bar matou o Resú e a gata e enfiou ambos cortadinhos às postas no congelador.
A minha amiga Caty está plenamente convencida que o Resú está morto e, pelo sim pelo nao, acha que o melhor que temos a fazer é fingir que nunca o conhecemos e, acima de tudo, nao fazer perguntas, tipo “olá... é o novo vizinho? Entao e que é feito do Resú? Mudou-se?”. Nao, nestes casos a discriçao é a melhor arma. E nem que nos cheire a carne putrefacta, nem que vejamos sangue a escorrer por debaixo da porta dele nós abriremos a nossa boquinha. Nós nao vimos nada, nós nao sabemos de nada, nós nem sequer somos espanholas, calha bem!! “Quién? Résu? No entiendo! Es que no hablo español!”.
quinta-feira, dezembro 15, 2005
Jantarinho de empresa
Eu sabia que este estágio ia começar a ser útil e rentável. Pois que ontem foi o jantar de Natal aqui da empresa. Talvez arrependidos pela forma má e vil como nos tratam, lá tiveram a gentileza de nos convidar. Confesso que aceitei a medo, nao fossem os senhores lembrar-se de me apresentar a conta no final, e como o jantar era num hotel fiquei, compreensivelmente. de pé atrás. Por outro lado pensei “tu queres ver que eles nos estao a convidar para depois ficarmos lá a lavar a louça?”. Mas nao. Aparentemente, o convite foi sentido e lançado do fundinho do coraçao. Às nove lá estávamos nós, eu chiquíssima nas minhas calças de ganga modelo casual chick, de salto alto prateado... bem, aqui tenho que fazer uma pausa para contar, com uma lágrima no canto do olho, que a minha toilette nao estava tao bem quanto poderia estar, porque o meu blazer verde...snif... de veludo... snif snif... comprado no outlet da Zara por 20 euros (mas que custava 60, atençao), se rasgou nas costas... buáaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa! E nao foi um rasgaozinho daqueles insignificantes, que se tratam com meia dúzia de pontos. Nao, foi um buraco praticamente de cima abaixo. Graças a Deus que me dei conta da calamidade antes de ir para o jantar, senao lá se iam as minhas possibilidades de ascender dentro da empresa. Depois fiquei a pensar que talvez o devesse ter levado na mesma... dava assim um ar de coitadinha, que nem um casaquinho tem em condiçoes, e sempre podia ser que eles revissem a minha condiçao de nao assalariada. Mas pronto, eu sou mais eu e lá abdiquei do blazer de veludo. O que me deu cabo do outfit por completo, porque já nao estava em casa e já nao pude pôr algo mais elaborado. Ainda assim, dentro do género básico eu estava muito bem, muito segura de mim.
Ora bem, voltando à janta propriamente dita. Quando chegámos ao hotel constatámos que nao era o jantar apenas com o pessoal da agencia, mas sim o jantar da Maratona de Madrid. Medo, muito medo! Tenho a dizer-vos que os corredores sao pessoas muito.... digamos... sui generis. Diferentes, pronto! Havia lá gente muito sinistra e que (tal como eu) davam ar de nao comer há três dias, só para açambarcarem tudo e mais alguma coisa naquele jantarOs meus planos de alpinista social foram abortados assim que soube que nao ficaria sentada na mesa do chefe. É que já me estava a imaginar a roçar o pezinho na perna dele, por debaixo da mesa, e no dia seguinte chegava ao trabalho e já nao era estagiária, era a dona desta merda. Mas nao...sentaram-me juntamente com as outras estagiárias e com outro pessoal da empresa sem qualquer cargo de interesse. Mas eis senao quando descubro que o menino sentado ao meu lado era, nada mais nada menos, que o filho do big boss. Ah ah! E que a menina sentada ao lado dele era a namorada, e que por acaso também aqui trabalha. Azarucho dos grandes! Enfim, desisti de tentar assediar quem quer que fosse e concentrei-me na comida. Afinal, era para isso que eu ali estava, para colmatar as carências alimentares sofridas ao longo de dois meses em Madrid. Pois que eu comi as entradas, a sopa, o peixe, o belo do naco do lombo, as sobremesas e ainda bebi um chá e champanhe! Toma lá!!!!! A parte melhor estava para vir: a entrega de medalhas aos maratonianos (nao brinquem comigo, estava lá um senhor que correu 25 maratonas!) e o sorteio de prendinhas. Azarada como só eu consigo ser, calculei logo que nao me ia tocar nada, mas eis senao quando sacam o último papelinho, o último de todos, e anunciam “39”. Siiiiiiiiiiim, siiiiiiiiiiiiim!! Era eu!!! Ok, o prémio nao era excitante, um relógio Adidas modelo Raul (oba...), mas o simples prazer de contrariar a minha tese de que sou uma azarada ao jogo já valeu bem a pena. Claro que tendo sorte ao jogo, isso implica azar, muito azar noutros campos, mas pronto, isso já nao é novidade para ninguém, nao é?
Eu sabia que este estágio ia começar a ser útil e rentável. Pois que ontem foi o jantar de Natal aqui da empresa. Talvez arrependidos pela forma má e vil como nos tratam, lá tiveram a gentileza de nos convidar. Confesso que aceitei a medo, nao fossem os senhores lembrar-se de me apresentar a conta no final, e como o jantar era num hotel fiquei, compreensivelmente. de pé atrás. Por outro lado pensei “tu queres ver que eles nos estao a convidar para depois ficarmos lá a lavar a louça?”. Mas nao. Aparentemente, o convite foi sentido e lançado do fundinho do coraçao. Às nove lá estávamos nós, eu chiquíssima nas minhas calças de ganga modelo casual chick, de salto alto prateado... bem, aqui tenho que fazer uma pausa para contar, com uma lágrima no canto do olho, que a minha toilette nao estava tao bem quanto poderia estar, porque o meu blazer verde...snif... de veludo... snif snif... comprado no outlet da Zara por 20 euros (mas que custava 60, atençao), se rasgou nas costas... buáaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa! E nao foi um rasgaozinho daqueles insignificantes, que se tratam com meia dúzia de pontos. Nao, foi um buraco praticamente de cima abaixo. Graças a Deus que me dei conta da calamidade antes de ir para o jantar, senao lá se iam as minhas possibilidades de ascender dentro da empresa. Depois fiquei a pensar que talvez o devesse ter levado na mesma... dava assim um ar de coitadinha, que nem um casaquinho tem em condiçoes, e sempre podia ser que eles revissem a minha condiçao de nao assalariada. Mas pronto, eu sou mais eu e lá abdiquei do blazer de veludo. O que me deu cabo do outfit por completo, porque já nao estava em casa e já nao pude pôr algo mais elaborado. Ainda assim, dentro do género básico eu estava muito bem, muito segura de mim.
Ora bem, voltando à janta propriamente dita. Quando chegámos ao hotel constatámos que nao era o jantar apenas com o pessoal da agencia, mas sim o jantar da Maratona de Madrid. Medo, muito medo! Tenho a dizer-vos que os corredores sao pessoas muito.... digamos... sui generis. Diferentes, pronto! Havia lá gente muito sinistra e que (tal como eu) davam ar de nao comer há três dias, só para açambarcarem tudo e mais alguma coisa naquele jantarOs meus planos de alpinista social foram abortados assim que soube que nao ficaria sentada na mesa do chefe. É que já me estava a imaginar a roçar o pezinho na perna dele, por debaixo da mesa, e no dia seguinte chegava ao trabalho e já nao era estagiária, era a dona desta merda. Mas nao...sentaram-me juntamente com as outras estagiárias e com outro pessoal da empresa sem qualquer cargo de interesse. Mas eis senao quando descubro que o menino sentado ao meu lado era, nada mais nada menos, que o filho do big boss. Ah ah! E que a menina sentada ao lado dele era a namorada, e que por acaso também aqui trabalha. Azarucho dos grandes! Enfim, desisti de tentar assediar quem quer que fosse e concentrei-me na comida. Afinal, era para isso que eu ali estava, para colmatar as carências alimentares sofridas ao longo de dois meses em Madrid. Pois que eu comi as entradas, a sopa, o peixe, o belo do naco do lombo, as sobremesas e ainda bebi um chá e champanhe! Toma lá!!!!! A parte melhor estava para vir: a entrega de medalhas aos maratonianos (nao brinquem comigo, estava lá um senhor que correu 25 maratonas!) e o sorteio de prendinhas. Azarada como só eu consigo ser, calculei logo que nao me ia tocar nada, mas eis senao quando sacam o último papelinho, o último de todos, e anunciam “39”. Siiiiiiiiiiim, siiiiiiiiiiiiim!! Era eu!!! Ok, o prémio nao era excitante, um relógio Adidas modelo Raul (oba...), mas o simples prazer de contrariar a minha tese de que sou uma azarada ao jogo já valeu bem a pena. Claro que tendo sorte ao jogo, isso implica azar, muito azar noutros campos, mas pronto, isso já nao é novidade para ninguém, nao é?
quinta-feira, dezembro 15, 2005
Só uma mulher sabe...
Apesar de nao ser de minha autoria, resolvi traduzir e partilhar com vocês um mail que recebi. Pode ser que assim nao voltem a dizer "vá-se lá perceber as mulheres!".
Só uma mulher sabe...
- Passar a vida inteira a lutar contra o seu próprio cabelo;
- Comprar uma camisa que nao combina com nada mas que, pelo preço, tinha mesmo que ser comprada;
- Saber de cor quem se casou, quem se divorciou e quem se despediu;
- Ter uma mala que parece o necessaire da avó do James Bond, de tantas coisas acumuladas e incríveis que lá se podem encontrar;
- Falar de coisas que os homens nem sequer sonham;
- Ser tratada como uma idiota pelos mecânicos;
- Fingir naturalidade durante um exame ginecológico;
- Chorar que nem uma madalena quando o pai do Rei Leao morre e deixa o filhote ao abandono;
- O poder de umas calças de ganga ou de um body bem justinhos para aguentarem a estructura do corpo;
- Ter crises existenciais, crises conjugais, crises de identidade e crises de nervos;
- Ser mae solteira, mae casada, mae divorciada... e mae do marido;
- Ver um jogo de futebol (só para fazer companhia ao namorado);
- Comer uma caixa inteira de chocolates porque brigou com o namorado e ainda por cima ficar mal disposta e ainda mais chateada por ter dado cabo da dieta;
- Ouvir todo o santo dia "mulher ao volante, perigo constante";
- Depilar as pernas (e nao só) a cada 15 dias... com cera!
- Romper as meias no meio de uma festa;
- Sentir-se pronta a conquistar o mundo quando está a usar um baton novo;
- Sentir-se realmente infeliz porque nao tem nada de jeito para vestir (independentemente de ter o armário cheio);
- Chorar na casa de banho, aproveitando para se ir vendo ao espelho;
- Descobrir que a sua relaçao e que o mundo acabaram... e depois perceber que afinal era só o famigerado síndrome pré-menstrual;
- Usar uma cinta apertada para disfarçar a barriga;
- Dançar, cantar e caminhar nas nuvens só porque "ele" ligou ou mandou uma mensagem;
- Discutir, só para poder fazer as pazes;
- Dizer que nao, para que ele insista bastante, e depois acabar por dizer que sim;
- Esperar pelo marido na cama quando ele está na sala a ler A Bola;
- O milagroso poder curativo de um beijo, de um gesto ou de uma palavra querida;
- Ser santa, filósofa, mestra, médica, psicóloga, redentora, administradora, cozinheira, árbitro, organizadora... e sempre sem pensar nela primeiro!
- Chorar, extasiada de felicidade e rir, completamente furiosa.
Enfim... só uma mulher sabe o que é ser mulher!
Apesar de nao ser de minha autoria, resolvi traduzir e partilhar com vocês um mail que recebi. Pode ser que assim nao voltem a dizer "vá-se lá perceber as mulheres!".
Só uma mulher sabe...
- Passar a vida inteira a lutar contra o seu próprio cabelo;
- Comprar uma camisa que nao combina com nada mas que, pelo preço, tinha mesmo que ser comprada;
- Saber de cor quem se casou, quem se divorciou e quem se despediu;
- Ter uma mala que parece o necessaire da avó do James Bond, de tantas coisas acumuladas e incríveis que lá se podem encontrar;
- Falar de coisas que os homens nem sequer sonham;
- Ser tratada como uma idiota pelos mecânicos;
- Fingir naturalidade durante um exame ginecológico;
- Chorar que nem uma madalena quando o pai do Rei Leao morre e deixa o filhote ao abandono;
- O poder de umas calças de ganga ou de um body bem justinhos para aguentarem a estructura do corpo;
- Ter crises existenciais, crises conjugais, crises de identidade e crises de nervos;
- Ser mae solteira, mae casada, mae divorciada... e mae do marido;
- Ver um jogo de futebol (só para fazer companhia ao namorado);
- Comer uma caixa inteira de chocolates porque brigou com o namorado e ainda por cima ficar mal disposta e ainda mais chateada por ter dado cabo da dieta;
- Ouvir todo o santo dia "mulher ao volante, perigo constante";
- Depilar as pernas (e nao só) a cada 15 dias... com cera!
- Romper as meias no meio de uma festa;
- Sentir-se pronta a conquistar o mundo quando está a usar um baton novo;
- Sentir-se realmente infeliz porque nao tem nada de jeito para vestir (independentemente de ter o armário cheio);
- Chorar na casa de banho, aproveitando para se ir vendo ao espelho;
- Descobrir que a sua relaçao e que o mundo acabaram... e depois perceber que afinal era só o famigerado síndrome pré-menstrual;
- Usar uma cinta apertada para disfarçar a barriga;
- Dançar, cantar e caminhar nas nuvens só porque "ele" ligou ou mandou uma mensagem;
- Discutir, só para poder fazer as pazes;
- Dizer que nao, para que ele insista bastante, e depois acabar por dizer que sim;
- Esperar pelo marido na cama quando ele está na sala a ler A Bola;
- O milagroso poder curativo de um beijo, de um gesto ou de uma palavra querida;
- Ser santa, filósofa, mestra, médica, psicóloga, redentora, administradora, cozinheira, árbitro, organizadora... e sempre sem pensar nela primeiro!
- Chorar, extasiada de felicidade e rir, completamente furiosa.
Enfim... só uma mulher sabe o que é ser mulher!
terça-feira, dezembro 13, 2005
Leituras
Com os Cem Anos de Solidao já quase, quase a acabar, decidi que 2006 será o ano ideal para ler os grandes clássicos da literatura mundial. Sim, é chegada a hora de deixar de lado a Ragazza, a Maria e a Ana Mais Atrevida e de me dedicar a leituras mais sérias e maduras. Assim sendo, aqui vos apresento a minha listinha que, espero que compreendam, nao garanto que venha a ser lida num só ano. Se tiverem sugestoes a acrescentar, mandem vir. E se já leram algumas das obras abaixo indicadas digam de vossa justiça, porque se forem realmente intragáveis é coisa para esquecer. Sim, porque uma coisa é querer ler coisas boas, outra é apanhar seca. Nao cheguemos a esse ponto!
D. Quixote de La Mancha- Cervantes
As Viagens de Gulliver- Jonathan Swift
Os Miseráveis- Victor Hugo
Ana Karenina- Tolstoi
O Processo ou A Metamorfose- Kafka
Madame de Bovary- Gustave Flaubert
Alice no País das Maravilhas- Lewis Carroll
O Monte dos Vendavais- Emily Bronte
O Retrato de Dorian Gray- Oscar Wilde
Ivanhoe- Walter Scott
O Vermelho e o Negro- Stendhal
Os Três Mosqueteiros- Alexandre Dumas
A Volta ao Mundo em 80 dias- Julio VerneO Jogador- Dostoiévski
Com os Cem Anos de Solidao já quase, quase a acabar, decidi que 2006 será o ano ideal para ler os grandes clássicos da literatura mundial. Sim, é chegada a hora de deixar de lado a Ragazza, a Maria e a Ana Mais Atrevida e de me dedicar a leituras mais sérias e maduras. Assim sendo, aqui vos apresento a minha listinha que, espero que compreendam, nao garanto que venha a ser lida num só ano. Se tiverem sugestoes a acrescentar, mandem vir. E se já leram algumas das obras abaixo indicadas digam de vossa justiça, porque se forem realmente intragáveis é coisa para esquecer. Sim, porque uma coisa é querer ler coisas boas, outra é apanhar seca. Nao cheguemos a esse ponto!
D. Quixote de La Mancha- Cervantes
As Viagens de Gulliver- Jonathan Swift
Os Miseráveis- Victor Hugo
Ana Karenina- Tolstoi
O Processo ou A Metamorfose- Kafka
Madame de Bovary- Gustave Flaubert
Alice no País das Maravilhas- Lewis Carroll
O Monte dos Vendavais- Emily Bronte
O Retrato de Dorian Gray- Oscar Wilde
Ivanhoe- Walter Scott
O Vermelho e o Negro- Stendhal
Os Três Mosqueteiros- Alexandre Dumas
A Volta ao Mundo em 80 dias- Julio VerneO Jogador- Dostoiévski
sábado, dezembro 10, 2005
Medooo...
Isto de estar aqui no cyber a ouvir as conversas dos outros é do melhor que há. Adoro quando estao cá brasileiros que acham que sao os únicos que falam português e que mais ninguém entende o que estao a dizer. Já assisti a bonitas discussoes de namorados, que acabaram com a menina a chorar baba e ranho, já assisti a conversas melosas com muitos "amô, tô morrendo dji sôdádjis, viu?". Neste momento, ao meu lado, está uma brasileira aí de 50 e tal anos, no engate. Sim, no engate! Tem a webcam ligada e cheira-me que está a falar com gajos que nunca viu na vida. Acabei de a ouvir dizer "Jorge, cê tem uma voz muito lindaaa....cê tá mi namorando!". Medo, muito medo! A senhora é muito horrível e já devia ter idade para ter juízo.
Isto de estar aqui no cyber a ouvir as conversas dos outros é do melhor que há. Adoro quando estao cá brasileiros que acham que sao os únicos que falam português e que mais ninguém entende o que estao a dizer. Já assisti a bonitas discussoes de namorados, que acabaram com a menina a chorar baba e ranho, já assisti a conversas melosas com muitos "amô, tô morrendo dji sôdádjis, viu?". Neste momento, ao meu lado, está uma brasileira aí de 50 e tal anos, no engate. Sim, no engate! Tem a webcam ligada e cheira-me que está a falar com gajos que nunca viu na vida. Acabei de a ouvir dizer "Jorge, cê tem uma voz muito lindaaa....cê tá mi namorando!". Medo, muito medo! A senhora é muito horrível e já devia ter idade para ter juízo.
sexta-feira, dezembro 09, 2005
Sweet 25
OH...MEU...DEUS... Em menos de um mês atingirei a bonita idade de 25 anos...um quarto de século... medo, muito medo. No entanto, e como me parece um número bastante simpático, aqui deixo algumas dos objectivos a cumprir durante os meus 25 aninhos de vida:
1- Mandar de vez à merda todas as pessoas que foram otárias comigo (e só nisto se gastam três ou quatro meses). A sério, ando numa fase em que me apetecer pregar uns gritos valentes aos diversos idiotas que me foram passando pela vida ao longo de todos estes anos... se puxarem muito por mim ainda divulgo aqui no blog a minha lista negra! Vocês nao me provoquem, heinn?
2- Fazer uma daquelas viagens de sonho que há tanto almejo (Rio de Janeiro, Paris...);
3- Reclamar quando nao gosto de algo, em vez de andar a engolir sapos;
4- Arranjar um namorado de jeito, só para variar um bocadinho, e ter uma relaçao madura (ah ah!);
5- Ler algumas obras que constituem uma verdadeira falha na minha cultura literária (já deitei maos à obra e comecei a ler os Cem Anos de Solidao, do Garcia Marquez, por imposiçao da senhora Leididi);
6- Comprar menos peças de roupa mas de melhor qualidade (o mesmo se aplica a sapatos);
Lembrar-me-ei de mais em breve.
OH...MEU...DEUS... Em menos de um mês atingirei a bonita idade de 25 anos...um quarto de século... medo, muito medo. No entanto, e como me parece um número bastante simpático, aqui deixo algumas dos objectivos a cumprir durante os meus 25 aninhos de vida:
1- Mandar de vez à merda todas as pessoas que foram otárias comigo (e só nisto se gastam três ou quatro meses). A sério, ando numa fase em que me apetecer pregar uns gritos valentes aos diversos idiotas que me foram passando pela vida ao longo de todos estes anos... se puxarem muito por mim ainda divulgo aqui no blog a minha lista negra! Vocês nao me provoquem, heinn?
2- Fazer uma daquelas viagens de sonho que há tanto almejo (Rio de Janeiro, Paris...);
3- Reclamar quando nao gosto de algo, em vez de andar a engolir sapos;
4- Arranjar um namorado de jeito, só para variar um bocadinho, e ter uma relaçao madura (ah ah!);
5- Ler algumas obras que constituem uma verdadeira falha na minha cultura literária (já deitei maos à obra e comecei a ler os Cem Anos de Solidao, do Garcia Marquez, por imposiçao da senhora Leididi);
6- Comprar menos peças de roupa mas de melhor qualidade (o mesmo se aplica a sapatos);
Lembrar-me-ei de mais em breve.
sexta-feira, dezembro 09, 2005
Eu nao quero ser chata, mas...
Segundo o Diário de Notícias "o País parou para ver a vitória do Benfica frente ao Manchester United e a RTP1 obteve um resultado expressivo na quarta-feira com um share de 31,3 pontos percentuais, ficando à frente da TVI (29,7 por cento) e da SIC (23,4). Curiosamente, o jogo foi mais visto no Grande Porto (29,5 por cento) do que na Grande Lisboa (23,1)."...
Cá para mim a malta do Norte estava a ver como é que se joga à bola a sério!
quinta-feira, dezembro 08, 2005
As coisas de que tenho saudades
- Da mae, e do pai e das comidinhas boas;
- Dos cafés, e cinemas, e jantares e saídas e conversas com as gosmentinhas;
- Do carro e de ouvir música enquanto conduzo;
- Do Tejo e do mar e da ponte;
- De tomar um chá no cimo do Sheraton ou um café na Linha d'Água;
- De passear na Baixa e comer um croissant na Benard;
- De ir jantar ao japonas da Costa com as babes;
- De ir à Luz ver o Benfica (preferencialmente a ganhar);
- Do Lux e do Bairrinho;
- De receber mensagens queridas ao adormecer e ao acordar;
- Do Colombo e do Vasco da Gama e de qualquer outra loja que esteja aberta para além das 8 da noite;
- Do hamburger roquefort do Movies e do bife com molho de cerveja da Portugália;
- De ver televisao em português;
- De surpresas boas;
- Dos lanchinhos no XP;
- Da mae, e do pai e das comidinhas boas;
- Dos cafés, e cinemas, e jantares e saídas e conversas com as gosmentinhas;
- Do carro e de ouvir música enquanto conduzo;
- Do Tejo e do mar e da ponte;
- De tomar um chá no cimo do Sheraton ou um café na Linha d'Água;
- De passear na Baixa e comer um croissant na Benard;
- De ir jantar ao japonas da Costa com as babes;
- De ir à Luz ver o Benfica (preferencialmente a ganhar);
- Do Lux e do Bairrinho;
- De receber mensagens queridas ao adormecer e ao acordar;
- Do Colombo e do Vasco da Gama e de qualquer outra loja que esteja aberta para além das 8 da noite;
- Do hamburger roquefort do Movies e do bife com molho de cerveja da Portugália;
- De ver televisao em português;
- De surpresas boas;
- Dos lanchinhos no XP;
quarta-feira, dezembro 07, 2005
Milagreiro SLB
Em primeiro lugar, e porque só me apetece gritar mas nao posso porque estou num cyber e dava jeito nao ser expulsa.... BENFICAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!
Pois é, meus amigos, acabo de vir de um bar irlandês onde estive a ver essa grande equipa que dá pelo nome de SLB a dar cabo dos nojentinhos do Manchester! Foi lindo, lindo, lindo! É claro que sofremos um golo INJUSTÍSSIMO logo aos seis minutos, e que tive de ouvir os sonsos dos ingleses a festejar, e que por (breves) momentos roguei pragas ao Nuno Gomes por o senhor se ter esquecido que é jogador de futebol e que devia fazer algo mais do que se limitar a saltitar alegremente pelo campo, e que estive quase a pregar uns sopapos numa inglesa que passou o jogo a guinchar "GO, ROONEYYYYYYYY" (e juro que era mesmo a guinchar, nunca tinha ouvido uns agudos assim)... mas pronto, depois o Glorioso empatou, eu acalmei-me e pude regorgitar os bocados de cachecol que já tinha comido furiosamente! Quando o Benfica marcou o segundo foi a loucura. Uma pessoa pensa que é a única tuga nesta terra, mas depois vai-se a ver e há um montao deles. E é nos jogos de futebol que se revelam, estao lá todos caídos! A segunda parte foi, decididamente, para esquecer. Apanhei uma carga de nervos tao grande e berrei tanto que vou estar em convalescença nos próximos dias! Quero ver quem é que me paga a medicaçao!
Voltando aos portugueses e à minha tese sobre" homens giros=tugas", eis que estávamos nós bem instaladas a ver o jogo quando entra um rapaz com muito, muito bom ar. Assim que desatou a gritar pelo Benfica, percebemos que era um dos nossos. Eis senao quando entra outro, ainda mais giro, e se junta ao que já lá estava. Primeiro pensamento: "merda, sao gays". Sentaram-se assim a modos que demasiado perto um do outro e eu vi a minha vidinha a andar para trás. Quer dizer, a primeira vez que encontro dois homens giros, ainda por cima ao mesmo tempo, e ainda por cima portugueses, vai-se-me a ver e os gajos sao maricas. A sério, nao há justiça neste mundo! Mas no decorrer da partida fomos constantando que os miudos eram demasiado machos para poderem ser gays. Gay que é gay nao vibra assim com futebol, nao canta "glorioso SLB" com voz máscula, nao chama nomes feios ao árbitro. Se fossem mesmo gays, na melhor das hipóteses comentavam as pernas do Cristiano Ronaldo (que esteve armado em parvo o jogo todo... aquilo de andar metido com prostitutas afectou o miudo) ou o tecido do equipamento do Benfica, nao é? Eu só estava à espera que o Benfas marcasse mais um para largar a distribuir abraços efusivos, e tentar uma aproximaçao assim como quem nao quer a coisa, mas nada! Mas nem sequer foi preciso, porque quando o senhor árbitro apitou o final, um dos meninos veio ter connosco e disse "encontramo-nos cá no próximo jogo, já sabem". E pronto, foi o quebrar do gelo! Ficámos logo ali a discutir se preferiamos jogar contra o Real ou contra o nao sei das quantas, e daí para o "entao mas o que é que estao cá a fazer em Madrid?" e daí para a troca de números de telefone com os dois meninos arquitectos (ah, pois é). Foi um tirinho! E ainda dizem que o Benfica nao faz milagres!
Em primeiro lugar, e porque só me apetece gritar mas nao posso porque estou num cyber e dava jeito nao ser expulsa.... BENFICAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!
Pois é, meus amigos, acabo de vir de um bar irlandês onde estive a ver essa grande equipa que dá pelo nome de SLB a dar cabo dos nojentinhos do Manchester! Foi lindo, lindo, lindo! É claro que sofremos um golo INJUSTÍSSIMO logo aos seis minutos, e que tive de ouvir os sonsos dos ingleses a festejar, e que por (breves) momentos roguei pragas ao Nuno Gomes por o senhor se ter esquecido que é jogador de futebol e que devia fazer algo mais do que se limitar a saltitar alegremente pelo campo, e que estive quase a pregar uns sopapos numa inglesa que passou o jogo a guinchar "GO, ROONEYYYYYYYY" (e juro que era mesmo a guinchar, nunca tinha ouvido uns agudos assim)... mas pronto, depois o Glorioso empatou, eu acalmei-me e pude regorgitar os bocados de cachecol que já tinha comido furiosamente! Quando o Benfica marcou o segundo foi a loucura. Uma pessoa pensa que é a única tuga nesta terra, mas depois vai-se a ver e há um montao deles. E é nos jogos de futebol que se revelam, estao lá todos caídos! A segunda parte foi, decididamente, para esquecer. Apanhei uma carga de nervos tao grande e berrei tanto que vou estar em convalescença nos próximos dias! Quero ver quem é que me paga a medicaçao!
Voltando aos portugueses e à minha tese sobre" homens giros=tugas", eis que estávamos nós bem instaladas a ver o jogo quando entra um rapaz com muito, muito bom ar. Assim que desatou a gritar pelo Benfica, percebemos que era um dos nossos. Eis senao quando entra outro, ainda mais giro, e se junta ao que já lá estava. Primeiro pensamento: "merda, sao gays". Sentaram-se assim a modos que demasiado perto um do outro e eu vi a minha vidinha a andar para trás. Quer dizer, a primeira vez que encontro dois homens giros, ainda por cima ao mesmo tempo, e ainda por cima portugueses, vai-se-me a ver e os gajos sao maricas. A sério, nao há justiça neste mundo! Mas no decorrer da partida fomos constantando que os miudos eram demasiado machos para poderem ser gays. Gay que é gay nao vibra assim com futebol, nao canta "glorioso SLB" com voz máscula, nao chama nomes feios ao árbitro. Se fossem mesmo gays, na melhor das hipóteses comentavam as pernas do Cristiano Ronaldo (que esteve armado em parvo o jogo todo... aquilo de andar metido com prostitutas afectou o miudo) ou o tecido do equipamento do Benfica, nao é? Eu só estava à espera que o Benfas marcasse mais um para largar a distribuir abraços efusivos, e tentar uma aproximaçao assim como quem nao quer a coisa, mas nada! Mas nem sequer foi preciso, porque quando o senhor árbitro apitou o final, um dos meninos veio ter connosco e disse "encontramo-nos cá no próximo jogo, já sabem". E pronto, foi o quebrar do gelo! Ficámos logo ali a discutir se preferiamos jogar contra o Real ou contra o nao sei das quantas, e daí para o "entao mas o que é que estao cá a fazer em Madrid?" e daí para a troca de números de telefone com os dois meninos arquitectos (ah, pois é). Foi um tirinho! E ainda dizem que o Benfica nao faz milagres!
segunda-feira, dezembro 05, 2005
"O problema nao és tu..."
Se eu tivesse que me doutorar em alguma matéria seria em qualquer coisa como "as frases mais usadas quando se quer acabar com alguém". A sério, já ouvi tantas ao longo da vida que estou pronta a compilá-las e a lançar um livro. Vai ser um sucesso. A mais batida é, sem dúvida, "o problema nao és tu, sou eu!". Adoro! É assim uma tentativa altruísta de pôr fim à coisa e de nos deixar a pensar que a outra pessoa é que é, sem dúvida, a má da fita. Claro que eles (sim, porque sao sempre os homens a recorrer a esta tirada brilhante) poem aquele ar de coitadinhos, de "desculpa eu ser tao má pessoa ao ponto de nao poder andar com alguém tao bonzinho como tu", mas assim que viram as costas e nos deixam a chorar baba e ranho, a primeira coisa que pensam é "ok, desta já me safei, venha a próxima".
A minha última relaçao (que acho que nem chegou ao estatuto de namoro, dada a rapidez da coisa) foi das mais originais no que toca a desculpas. Pode-me ter magoado por ter sido posta a andar, mas ao menos o rapaz usou frases que eu nunca tinha ouvido, como "gosto de ti, mas tenho a sensaçao que nao vai dar" (uma Maya, é o que é!) ou "nao gosto que as pessoas me tratem tao bem, porque depois habituo-me e elas acabam comigo". A sério, isto nao merecia um premiozinho qualquer? É que sao verdadeiras pérolas da arte de bem acabar!
Outra que eu também aprecio bastante é o "nao sei o que é que mudou, mas já nao sinto o mesmo". Meus amigos, quando alguém vos disser isto, em 90 por cento dos casos é porque há outro/a no pedaço! Por isso nao se deixem endrominar, nem percam o sono a tentar perceber porque é que ele/a deixou de gostar, ou o que é que vocês terao feito de mal. Muito menos se joguem aos pés da pessoa amada a jurar que vao mudar, que tudo será diferente, porque quando a frase "nao sei o que é que mudou" é proferida, é porque já nao há volta a dar, e quanto mais insistirem pior é o efeito (digo eu, que sou especialista neste assunto).
Outra frase comummente utilizada é o "nao estou preparado para uma relaçao". Ora bem, se nao estao preparados para uma relaçao porque é que fazem tudo para que a outra pessoa acredite que sim? É que só se saem com esta quando a pessoa já está pelo beicinho e nao há nada a fazer. Se nao estao preparados deixem-se estar sossegadinhos no vosso canto e nao venham dar cabo da vidinha a pessoas que, como eu, estao efectivamente preparadas para uma relaçao! Mas pronto, coitados, está-lhes no sangue, diz que tem a ver com o instinto, só estao bem a fazer asneiras.
Igualmente boa (para mim é mesmo das melhores) é a "sabes, saí há pouco tempo de uma relaçao e está-me a assustar gostar de ti" (frase gentilmente cedida por um amigo, cujo nome nao vou citar para nao lhe criar problemas!). Nao é a frase mais querida de todas? É que ao mesmo tempo que diz que gosta da pessoa, está suavemente a dar-lhe um chuto no rabo, com a desculpa de que ainda nao está pronto para voltar a gostar de alguém. Nao é bonito? Está claramente ao mesmo nível da "nao gosto que me tratem assim tao bem".
Depois há o velhinho "és uma pessoa muito querida e gosto imenso de ti, mas...". Esta dá-me cabo dos nervos. Se há coisa que me faz passar a sério é dizerem-me que sou "querida", ou "muito querida" ou, pior que tudo, "demasiado querida". Quando ouço isto há que reunir toda a calma que há no mundo, contar até 230 em voz baixa e rezar para nao explodir. Quando alguém usa como desculpa para nao gostar de nós o facto de sermos "muito queridos", dá vontade de sacar de uma metralhadora, perfurá-lo com 30 balas e perguntar de seguida "e agoras, já gostas mais de mim?".
Se se lembrarem de mais mandem. Quero ver se começo a ser eu a usar estas frases, porque ser sempre eu a ouvi-las também já cansa.
Se eu tivesse que me doutorar em alguma matéria seria em qualquer coisa como "as frases mais usadas quando se quer acabar com alguém". A sério, já ouvi tantas ao longo da vida que estou pronta a compilá-las e a lançar um livro. Vai ser um sucesso. A mais batida é, sem dúvida, "o problema nao és tu, sou eu!". Adoro! É assim uma tentativa altruísta de pôr fim à coisa e de nos deixar a pensar que a outra pessoa é que é, sem dúvida, a má da fita. Claro que eles (sim, porque sao sempre os homens a recorrer a esta tirada brilhante) poem aquele ar de coitadinhos, de "desculpa eu ser tao má pessoa ao ponto de nao poder andar com alguém tao bonzinho como tu", mas assim que viram as costas e nos deixam a chorar baba e ranho, a primeira coisa que pensam é "ok, desta já me safei, venha a próxima".
A minha última relaçao (que acho que nem chegou ao estatuto de namoro, dada a rapidez da coisa) foi das mais originais no que toca a desculpas. Pode-me ter magoado por ter sido posta a andar, mas ao menos o rapaz usou frases que eu nunca tinha ouvido, como "gosto de ti, mas tenho a sensaçao que nao vai dar" (uma Maya, é o que é!) ou "nao gosto que as pessoas me tratem tao bem, porque depois habituo-me e elas acabam comigo". A sério, isto nao merecia um premiozinho qualquer? É que sao verdadeiras pérolas da arte de bem acabar!
Outra que eu também aprecio bastante é o "nao sei o que é que mudou, mas já nao sinto o mesmo". Meus amigos, quando alguém vos disser isto, em 90 por cento dos casos é porque há outro/a no pedaço! Por isso nao se deixem endrominar, nem percam o sono a tentar perceber porque é que ele/a deixou de gostar, ou o que é que vocês terao feito de mal. Muito menos se joguem aos pés da pessoa amada a jurar que vao mudar, que tudo será diferente, porque quando a frase "nao sei o que é que mudou" é proferida, é porque já nao há volta a dar, e quanto mais insistirem pior é o efeito (digo eu, que sou especialista neste assunto).
Outra frase comummente utilizada é o "nao estou preparado para uma relaçao". Ora bem, se nao estao preparados para uma relaçao porque é que fazem tudo para que a outra pessoa acredite que sim? É que só se saem com esta quando a pessoa já está pelo beicinho e nao há nada a fazer. Se nao estao preparados deixem-se estar sossegadinhos no vosso canto e nao venham dar cabo da vidinha a pessoas que, como eu, estao efectivamente preparadas para uma relaçao! Mas pronto, coitados, está-lhes no sangue, diz que tem a ver com o instinto, só estao bem a fazer asneiras.
Igualmente boa (para mim é mesmo das melhores) é a "sabes, saí há pouco tempo de uma relaçao e está-me a assustar gostar de ti" (frase gentilmente cedida por um amigo, cujo nome nao vou citar para nao lhe criar problemas!). Nao é a frase mais querida de todas? É que ao mesmo tempo que diz que gosta da pessoa, está suavemente a dar-lhe um chuto no rabo, com a desculpa de que ainda nao está pronto para voltar a gostar de alguém. Nao é bonito? Está claramente ao mesmo nível da "nao gosto que me tratem assim tao bem".
Depois há o velhinho "és uma pessoa muito querida e gosto imenso de ti, mas...". Esta dá-me cabo dos nervos. Se há coisa que me faz passar a sério é dizerem-me que sou "querida", ou "muito querida" ou, pior que tudo, "demasiado querida". Quando ouço isto há que reunir toda a calma que há no mundo, contar até 230 em voz baixa e rezar para nao explodir. Quando alguém usa como desculpa para nao gostar de nós o facto de sermos "muito queridos", dá vontade de sacar de uma metralhadora, perfurá-lo com 30 balas e perguntar de seguida "e agoras, já gostas mais de mim?".
Se se lembrarem de mais mandem. Quero ver se começo a ser eu a usar estas frases, porque ser sempre eu a ouvi-las também já cansa.
segunda-feira, dezembro 05, 2005
Bla bla bla...
Ahhhh, que bem que se está em Madrid... esta gente é que sabe aproveitar a vidinha. Como a semana tem dois feriados, os meninos nao vao de modas e fazem ponte a semana toda! Toma lá! Hoje decidi iniciar-me na aventura "compras de Natal". Mesmo tendo reduzido a lista ao estritamente necessário, tenho que dar prendas aí a umas dez pessoas. É aqui que entra o lado bom de nao ter cara-metade, porque geralmente nessa prenda vai-se logo uma fatia bastante significativa do orçamento. Nao percebo como é que toda a gente se queixa da crise e as lojas estao a abarrotar. É que uma pessoa tem que andar à cotovelada para conseguir ir de uma ponta à outra! Obrigam uma pessoa a perder o nível!
Aproveito a ocasiao para agradecer ao segundo leitor que me enviou uma cartinha, o menino Raiuga Odracir. Vai-se a ver, por detrás de todo aquele mau humor, há um coraçaozinho sensível! Muito obrigada! O seu postalinho de Madrid seguirá dentro de dias. Quanto aos outros, a mensagem do costume: que estes meninos vos sirvam de exemplo!
Ahhhh, que bem que se está em Madrid... esta gente é que sabe aproveitar a vidinha. Como a semana tem dois feriados, os meninos nao vao de modas e fazem ponte a semana toda! Toma lá! Hoje decidi iniciar-me na aventura "compras de Natal". Mesmo tendo reduzido a lista ao estritamente necessário, tenho que dar prendas aí a umas dez pessoas. É aqui que entra o lado bom de nao ter cara-metade, porque geralmente nessa prenda vai-se logo uma fatia bastante significativa do orçamento. Nao percebo como é que toda a gente se queixa da crise e as lojas estao a abarrotar. É que uma pessoa tem que andar à cotovelada para conseguir ir de uma ponta à outra! Obrigam uma pessoa a perder o nível!
Aproveito a ocasiao para agradecer ao segundo leitor que me enviou uma cartinha, o menino Raiuga Odracir. Vai-se a ver, por detrás de todo aquele mau humor, há um coraçaozinho sensível! Muito obrigada! O seu postalinho de Madrid seguirá dentro de dias. Quanto aos outros, a mensagem do costume: que estes meninos vos sirvam de exemplo!
sábado, dezembro 03, 2005
Love Generation
Grandes queridos, o título deste blog é o nome da minha mais recente paixao musical. Depois de ouvir o Hung Up, da Madonna, até quase ter uma overdose, descobri outra musiquinha que gosto muito, muito: Love Generation, do Bob Sinclair. É querida que só ela, dá vontade de dançar de olhos fechados e bracinhos no ar durante duas horas.
"Feel the love generation,Yeah, yeah, yeah, yeah,Feel the love generation,C'mon c'mon c'mon c'mon yeah"
Pois que ontem peguei nos amigos Anjo do Deus e na Caty em lá fomos abanar o esqueleto para a noite Madrilena. Decidimos ir experimentar a Kapital cá do sítio, que é só 40 vezes melhor que a nossa. Sete andarzinhos com música para todos os gostos. Circulámos entre o quinto, com as mais recentes tendências espanholas (mau, muito mau... nao fosse ter passado a música da Shakira umas 15 vezes e aquele andar podia ser eliminado!) e o primeiro, com música a sério, e bailarinas boazonas e nojentas, e muitos efeitos de fumo, e vento e confettis a cair! A loucura! O remix do Love is in the Air foi o ponto alto da noite!
As minhas piores suspeitas confirmaram-se: os espanhois sao feios, muito feios. Cada um que metia conversa connosco era pior do que o outro. O "no hablo español" acompanhado de um arzinho sonso de quem nao está a perceber nada parece ser uma boa forma de os pôr a andar. Está visto que nao é aqui que me safo...
Grandes queridos, o título deste blog é o nome da minha mais recente paixao musical. Depois de ouvir o Hung Up, da Madonna, até quase ter uma overdose, descobri outra musiquinha que gosto muito, muito: Love Generation, do Bob Sinclair. É querida que só ela, dá vontade de dançar de olhos fechados e bracinhos no ar durante duas horas.
"Feel the love generation,Yeah, yeah, yeah, yeah,Feel the love generation,C'mon c'mon c'mon c'mon yeah"
Pois que ontem peguei nos amigos Anjo do Deus e na Caty em lá fomos abanar o esqueleto para a noite Madrilena. Decidimos ir experimentar a Kapital cá do sítio, que é só 40 vezes melhor que a nossa. Sete andarzinhos com música para todos os gostos. Circulámos entre o quinto, com as mais recentes tendências espanholas (mau, muito mau... nao fosse ter passado a música da Shakira umas 15 vezes e aquele andar podia ser eliminado!) e o primeiro, com música a sério, e bailarinas boazonas e nojentas, e muitos efeitos de fumo, e vento e confettis a cair! A loucura! O remix do Love is in the Air foi o ponto alto da noite!
As minhas piores suspeitas confirmaram-se: os espanhois sao feios, muito feios. Cada um que metia conversa connosco era pior do que o outro. O "no hablo español" acompanhado de um arzinho sonso de quem nao está a perceber nada parece ser uma boa forma de os pôr a andar. Está visto que nao é aqui que me safo...
quinta-feira, dezembro 01, 2005
Haja cú prós espanhóis! E viva o 1º de Dezembro!
Muito bonito...feriado em Portugal para comemorar a independência dos nojentinhos dos espanhóis e eu aqui, na terra deles, a trabalhar! É que nao há justiça! Às nove da manha (oito daí!) já eu estava com o meu belo rabinho alapado nesta cadeira. Como de costume, pus o iPodzinho a tocar, que sempre se trabalha com mais ânimo, mas logo se abeirou da minha mesa um dos senhores que aqui trabalha a dizer-me para tirar os phones dos ouvidos. Quer dizer, nao só nao me pagam como querem tornar o trabalho o mais tormentoso possível. Gosto de ouvir música quando estou a escrever, nao percebo no que é que isso pode interferir ou fazer de mim uma má funcionária. Ontem disseram a uma das minhas colegas que se está a pensar gastar um copinho de plástico por dia para beber água, entao mais vale que traga uma caneca de casa. Acho que se fosse comigo tinha largado a rir na cara da pessoa, porque de certeza que só podia ser uma piada. Acho que já faltou mais para nos pedirem cinco euros por dia para usarmos as instalaçoes. Nao há cú! Se me chateiam muito nao me aguentam cá até ao Natal.
Muito bonito...feriado em Portugal para comemorar a independência dos nojentinhos dos espanhóis e eu aqui, na terra deles, a trabalhar! É que nao há justiça! Às nove da manha (oito daí!) já eu estava com o meu belo rabinho alapado nesta cadeira. Como de costume, pus o iPodzinho a tocar, que sempre se trabalha com mais ânimo, mas logo se abeirou da minha mesa um dos senhores que aqui trabalha a dizer-me para tirar os phones dos ouvidos. Quer dizer, nao só nao me pagam como querem tornar o trabalho o mais tormentoso possível. Gosto de ouvir música quando estou a escrever, nao percebo no que é que isso pode interferir ou fazer de mim uma má funcionária. Ontem disseram a uma das minhas colegas que se está a pensar gastar um copinho de plástico por dia para beber água, entao mais vale que traga uma caneca de casa. Acho que se fosse comigo tinha largado a rir na cara da pessoa, porque de certeza que só podia ser uma piada. Acho que já faltou mais para nos pedirem cinco euros por dia para usarmos as instalaçoes. Nao há cú! Se me chateiam muito nao me aguentam cá até ao Natal.