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Quem tem medo do colesterol? EU! (e vocês também deviam ter)

sexta-feira, março 22, 2019

A hipocondríaca que vive dentro de mim passa a vida a ter pesadelos com doenças e pensa que qualquer sintoma, mesmo que seja uma unha encravada, tem potencial para ser fatídico. Uma amiga minha, médica, diz que só vou morrer lá para os 90, tamanho o estado de alerta em que vivo. Verdade que estou sempre em stress, a imaginar o pior, mas verdade também que estou muito atenta a tudo o que se passa neste corpitxo. Não corro para as urgências à mínima coisinha. Aliás, a última vez que corri, há duas ou três semanas, foi mesmo porque já não estava a dar mais. Cheguei lá com uma faringinte aguda (à qual a médica se referiu como "que desgraça que vai para aqui") e siga para uma semana de antibiótico. Tau!

Passo a vida a dizer que o meu presente de Natal de sonho era assim uma semanita num hospital com free pass para fazer toooooodos os exames e análises que quisesse. Só mesmo para confirmar que estava tudo ok. Mas pronto, enquanto esse dia chega e não chega, vou arranjando estratégias intermédias. Há uns meses, achei que era importante fazer um check-up pós-gravidez. Fui à médica e pedi o pacote de análises mais completo, um daqueles que vem descrito em 86 folhas. Como sempre, estive em stress até receber os resultados, sempre a achar que iam detectar uma qualquer doença rara, mas não. Tudo ok. Excepto... o colesterol. Verdade que o meu colesterol está sempre a atirar para o altito, mas desta vez ultrapassava os 200. Ahhhh, alerta, alerta!



Claro que não é preciso ser uma neurótica das doenças, como eu, para saber que o colesterol elevado não é uma coisa fixe. Mas será que tudo o que se diz é verdade? Será que não há por aí uns quantos mitos em torno do colesterol? Tipo“ah isso do colesterol é só para velhos” ou “tens colesterol porque só comes porcarias” não correspondem assim tanto à realidade quanto isso. Enfim. Deixo-vos alguns mitos que descobri sobre o colesterol para que não paniquem da próxima vez que forem fazer análises e entretanto vou só ali enfardar mais um pacote de bolachas (calma, são daquelas de arroz com sabor a cartão, não se enervem).

Nem todo o colesterol é mau
Sempre que falavam em colesterol associava o termo a um problema de saúde gravíssimo que tinha de ser imediatamente controlado. Em parte, isto até é verdade, mas é preciso perceber que existem dois tipos de colesterol, um bom e um mau.  Primeiro, existe o LDL, que é o tipo de gorduras que ficam acumuladas nas nossas artérias e podem causar problemas de saúde se não for controlado. Por outro lado existem as HDL, que são as lipoproteínas que transportam as gorduras que estão nos tecidos do organismo para o fígado, para que este as possa eliminar. É por isso que a chamam de colesterol bom, mas acho que deviam mudar o nome para colesterol fofinho.

O colesterol só afeta as pessoas mais velhas
Durante muito tempo acreditei que só as pessoas da idade é que tinham problemas de colesterol. Mas não! Olhem para mim: 25 anos e entupida de colesterol, quem diria? Há inclusive um estudo do Instituto Nacional de Saúde, feito em 2015,que concluiu que 53% das pessoas entre os 35 e os 44 anos têm o níveis de colesterol elevado ou tomam medicação. Portanto, meus amigos, esqueçam lá isso de ser uma coisa só para os pais e para os avós, sim?

Temos colesterol alto porque comemos mal
É verdade que a alimentação que fazemos tem um impacto significativo nos nossos níveis de colesterol, mas até as pessoas com uma alimentação super saudável e cuidada podem ter os níveis mais altos. Isto porque o colesterol alto pode ser um problema hereditário que os nossos pais, avós ou até irmãos tiveram, em algum momento, e a genética, essa coisa maravilhosa, fez com que tivéssemos também. O meu pai sempre teve o colesterol elevado, mesmo sendo super cuidadoso com a alimentação, por isso acho que a mim também me saiu na rifa.

Não há cura para o colesterol elevado
Pessoa hipocondríaca como sou, acho que todas as maleitas que apareçam no meu corpo são para a vida e que nunca me vou desfazer delas. Acontece que, no caso do colesterol, a coisa até tem uma solução. Primeiro, tenho de deixar de ser uma lontra e começar a mexer este corpinho e fazer algum desporto. Segundo, tenho de deixar o vício do chocolate e outras gordices, uma verdadeira blasfémia e uma tortura, mas lá terá de ser. 

Depois, é começar a tomar um suplemento para ver se isto vai ao sítio. Na farmácia aconselharam-me a tomar o Arterin, um suplemento com levedura de arroz vermelho que é rica em Monacolina K, uma estatina natural que ajuda a manter e a estabilizar os níveis de colesterol. Basta um comprimido por dia para começarem a sentir algumas diferenças. 




Estima-se que o colesterol elevador cause um terço de todas as doenças cardiovasculares em todo o mundo. Só em Portugal, quase 70% da população tem níveis de colesterol iguais ou superiores a 190. A minha ideia não é assustar-vos, mas sim lançar aqui o alerta, porque isto  não é uma brincadeira e conceitos como enfartes, AVC, hipertensão ou diabetes também não. Vamos controlar esse colesterolzinho? Hmmmm?



Post em parceria com Arterin

24 comentários:

  1. Pipoca os medicamentos para o colesterol chegam a ser piores que o mesmo. Comam bem saudável façam desporto e assim ajudam a regular os níveis de colesterol que muitas vezes tem uma carga genética. O stress também o pode aumentar...

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    1. Não sabe o que diz. Leia as evidências científicas sobre o tema e não acredite no que dizem na TV. Aqui está um bom artigo com fontes/estudos/análises - https://www.scimed.pt/geral/evidencia-cientifica-sobre-o-tratamento-colesterol-estatinas/

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    2. Joana, uma grande parte da população acha que os medicamentos são o demónio. Meus amigos nem tudo se cura só com boa alimentação, exercício, chá verde, Yoga e chakras alinhados.

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    3. Não concordo com a demonização dos medicamentos, mas quando algo pode ser resolvido adoptando um estilo de vida mais saudável devemos utilizar esse recurso. Naturalmente, a mudança de hábitos exige mais esforço do que tomar comprimidos, mas vale bem a pena!

      Recomendo o trabalho do Dr. Spencer Nadolsky, um médico de família que trabalha muito com pacientes obesos e que tem tido imenso sucesso com esta abordagem.

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  2. Normalmente associamos o colesterol a pessoas com excesso de peso. Eu sou uma dessas pessoas, com um peso bem acima do que deveria estar. E nas últimas análises tinha o colesterol abaixo do limite mínimo. O que também não é muito positivo.

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  3. Pois, eu fazia aquelas análises simples do colesterol total e tendia para o alto, acima dos 200. Resolvi fazer análises mais específicas e afinal o que está a elevar a contagem no meu caso é o HDL que está bem acima do que aparece na escala como normal. O meu cardiologista disse que é excelente e acredito que esteja associado a factores genéticos, já que não faço dieta específica para ter este valor.

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  4. compra no celeiro borututu com alcachofra (um xarope) e segue as recomendações da embalagem… e tudo ficará bem

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  5. Pipoca, não tem nada que ver com o post, mas já terminaste de ver o documentário sobre o desaparecimento da Maddie? Vais fazer algum post sobre o assunto? Gostava de saber a tua opinião. Beijinho

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  6. Pipoca, esse medicamento é daqueles que depois tens que fazer para sempre??

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  7. Tenho idade para ser tua avó,tenho tendencia de colestrol alto e tomo medicação há mais de vinte anos.No entanto ha pouco tempo apanhei uma medica nova no centro de saúde,( estava a substituir a minha medica)que me disse que se eu fosse sua doente não tomava qualquer medicamento,pois os efeitos do mesmo são piores, principalmente para o fígado,do que os benefícios. Considerando no meu caso que tenho os outros valores dentro do normal.

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  8. O assunto da hipercolesterolemia, está envolto em grande polémica, onde nem os cardiologistas conseguem ter uma opinião comum.
    Esta associação entre o colesterol elevado e as doenças cardiovasculares, remonta a meados do século passado, aquando a realização das primeiras patologias aos trombos, onde verificaram que estes eram constituídos por colesterol, fibrina e plaquetas, entre outras coisas. Desde então surge uma campanha "anti-colesterol", fomentada principalmente pelas farmacêuticas. A titulo de curiosidade, sabiam que as estatinas são o grupo farmacológico mais vendido em todo o mundo?????? E regra geral, este tipo de tratamento é crónico, o que em última análise, representa um grande negócio para as farmacêuticas.
    Os grandes agressores à saúde dos nossos vasos, são o sal e o açúcar! O colesterol é o pobre bombeiro que vai lá tentar apagar o fogo, mas se agressão continua......
    Não sou contra este tipo de medicamentos, pois cada caso é um caso, e há que ter sempre em outos factores de risco, como a obesidade, HTA, história de enfarte, etc...
    O mais importante será sempre um estilo de vida saudável e activo, com uma alimentação variada.
    Para os interessados em aprofundar esta controvérsia: recomendo o livro do Drº Manuel Pinto Coelho: Colesterol, mitos e realidade

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    1. E também pesquisar o Dr. Lair Ribeiro, um afamado cardiologista e com estudos sobre o mito dos malefícios do colesterol.

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    2. Lol so que, ao contrario de charlatoes como esse doutor, a medicina baseia-se em factos e em estudos e TODOS dizem o mesmo.. quanto mais baixo o LDL menor o risco de eventos cardiovasculares! Se quiser envio-lhe alguns estudos para se entreter

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  9. Tudo menos o médico Pinto Coelho que, segundo, consta já tem uma data de processos disciplinares na ordem dos médicos - https://www.publico.pt/2018/08/16/sociedade/noticia/medico-manuel-pinto-coelho-acusa-ordem-de-perseguir-quem-tem-um-pensamento-cientifico-diferente-1841236
    Aqui vai um bom artigo (com fontes e estudos) que desmonta esse livro - https://www.scimed.pt/geral/colesterol-mitos-realidade-analise-antecipada/ .

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  10. Pipoca experimente o jejum intermitente e claro, coma bem e faça exercício. Vai ver que não precisa de medicamentos!

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    1. Mais uma dieta da moda...

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    2. Jejum não é dieta....

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    3. Da moda ou não a mim deu resultado e repare eu escrevi experimente a não adote. Cada caso é um caso e poderá resultar no caso da Pipoca...infelizmente estes tipos de medicamentos sempre estiveram na moda não deixando espaço para as pessoas experimentarem outras formas de se alimentarem e de viverem a sua vida. Este anónimo deve ser médico...diga lá, também vai para as Caraíbas com ajuda das farmacêuticas!? Eu já me vi livre de médicos há muito tempo!!!!!

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    4. Jejum intermitente não e uma dieta...
      Tudo o que comemos é o que se chama dieta, jejum e não comer, logo não é uma dieta.
      Pesquise por autofagia!

      https://youtu.be/ptm8jfOpbKc

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    5. Jejum intermitente resulta para algumas pessoas, para outras não. Se a primeira refeição do dia for o almoço e comermos a dobrar, então não vai servir de nada. Convém conhecermo-nos e ao nosso corpo antes de embarcarmos em algo assim.

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    6. Dieta, regime alimentar, estilo de vida, chamem o que quiserem, mas ultimamente para muita gente virou uma moda (mesmo que haja quem faça há mais de 20 anos) agora só se fala nisto. Há uns tempos era paleo, ou zero açúcar... Há sempre uma tendência não vale a pena negar.

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  11. Faltou explicar que a interpretação e decisões terão que ser sempre individualizadas, tendo em conta o risco cardiovascular global de cada pessoa.
    O limite do colesterol total é 190 mg/dL. O do LDL para uma pessoa saudável será 115 mg/dL, mas por exemplo numa pessoa com hipertensão arterial será 100 mg/dL e numa pessoa com diabetes será 70 mg/dL.
    Portanto, numa pessoa que não tenha mais fatores de risco cardiovascular, a necessidade de terapêutica é discutível. Pelo contrário, numa pessoa com alto risco, é obrigatório atingir os respetivos valores-alvos pois a evidência diz-nos que ao fazer isso estamos a evitar eventos como enfartes e AVCs.
    Se as estatinas têm efeitos secundários? Têm, como quase todos os medicamentos. Daí ser necessário acompanhamento médico, para monitorizar a terapêutica. Além disso, a terapêutica antidislipidémica já não se resume a estatinas.
    Quanto ao post propriamente dito, que é obviamente publicitário, relativamente aos suplementos à base de monacolina K, começam a existir alguns estudos a mostrar evidências de redução do colesterol, no entanto, tratando-se sempre de reduções pequenas. Assim, muito provavelmente não será suficiente para pessoas com outros fatores de risco cardiovascular. E apenas poderá constituir uma alternativa, nomeadamente, para quem seja intolerante a outras terapêuticas.
    Além de tudo isto, os suplementos não passam pelo crivo de regulamentação do Infarmed, pelo que não sabemos se o produto corresponde sequer ao rótulo.

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Teorias absolutamente espectaculares

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