Pub SAPO pushdown

Quartos para estudantes: está tudo doido

quarta-feira, setembro 19, 2018
Quando me candidatei à faculdade escolhi todas as opções de jornalismo que havia no país. Eram cinco, por isso a sexta hipótese foi para a faculdade de Direito de Lisboa. Não era exactamente o que queria mas, se tudo o resto falhasse, era uma opção a considerar, até porque não ia ficar parada um ano. Entre as opções de jornalismo, algumas eram fora de Lisboa. E, apesar de eu querer entrar para a Nova, até não me desagradava a ideia de ir para outra cidade e sair um bocado da asa dos pais. Mas não gostava de saber que isso ia representar mais um encargo para eles Acabou por não ser preciso: entrei na Nova, fiquei em Lisboa, correu tudo pelo melhor. Posto isto, não tenho bem ideia de como funcionava o mercado de arrendamento de quartos na altura. Tinha várias amigas de fora de Lisboa, umas partilhavam quartos, outros tinham casas só para elas, mas acho que era uma coisa relativamente tranquila e com valores acessíveis qb. Muiiiiiito longe do cambalacho de hoje em dia.

Nos últimos tempos saíram imensas notícias sobre a loucura que é conseguir arrendar um quarto, sobretudo em Lisboa. Os preços dispararam completamente
, estão super inflacionados e há muito boa gente a aproveitar-se da necessidade/desespero dos estudantes. Porque se vão para uma cidade diferente da deles, muitas vezes a centenas de quilómetros, é óbvio que precisam de uma casa, não há volta a dar. E então, vá de pedir 400, 500 ou 600 euros por um quarto. Repito: por UM QUARTO, em muitos casos partilhado e ainda com as despesas à parte. Fazendo as contas assim por alto, de quanto é que um estudante deslocado precisa para viver? É que ao valor do quarto acrescem as despesas da casa (água, luz, internet, gás), dinheiro para transportes, dinheiro para comerem e, vá, algum pocket money para também poderem ter alguma vida para além dos estudos. Ah, e sem esquecer propinas, livros e todo o material de que possam necessitar para a faculdade. Estamos a falar de quanto? Uns mil euros por mês? A sério, quantas famílias portuguesas é que podem ter este encargo mensal? Quantas famílias não vão ter de fazer das tripas coração para poderem ter os miúdos na faculdade? Quantas famílias não terão de se endividar ou recorrer a créditos? Claro que os miúdos também podem ajudar, arranjar um part-time, mas há cursos mais exigentes do que outros, nem todos estão desenhados para que os alunos se matem a estudar grande parte do dia e depois ainda tenham de arranjar um trabalho para fazer face às despesas.

Falei sobre isto assim por alto no Instagram e recebi histórias inacreditáveis de alunos ou de pais de alunos que andam na luta para encontrar um quarto. A mais chocante, para mim, foi a de alguém que foi ver uma casa em que pediam 300 euros por um quarto. O preço parecia relativamente acessível, mas claro que escondia marosca. A casa era um T4: três dos quartos eram para quatro pessoas e o outro era para seis pessoas. Ou seja, 18 pessoas enfiadas num apartamento, com duas casas de banho, e cada uma a pagar 300 euros. É fazer as contas: no final de cada mês o esperto do senhorio arrecada 5400 euros. Acho isto ultrajante. Pedi a essa pessoa que denunciasse a situação, porque isto não pode ser legal. Não sei se o fez ou não, mas acho importante que situações destas sejam postas a descoberto.

Isto é só um exemplo, o que não falta por aí é gente a pedir fortunas por quartos mínimos, ou encafuados em caves, ou sem janelas, ou divididos com mais não sei quantas pessoas. E, claro, a preços loucos, muitas vezes com vários meses de caução e sem passarem recibos, sem contrato, sem poderem receber visitas, sem poderem entrar e sair à hora que querem... Os alunos têm de se sujeitar e virar reféns dos senhorios, porque não lhes resta outro remédio. Qual é a outra hipótese? Montarem uma tenda à porta da faculdade? Se calhar o próximo negócio a explorar é esse, o dos parques de campismo, já estou a ver os estudantes a alugarem roulouttes por 600 euros mês no parque da Costa da Caparica. Muitas vezes a solução passa por ir morar para as zonas limítrofes, mas isso faz com que se gaste muito mais tempo nos transportes e se gaste muito mais com deslocações.

Atenção, acho óptimo que quem tenha imóveis possa fazer lucro com eles, nada contra. Mas a grande maioria destas situações, além de ilegais são também imorais, é só um aproveitamento desleal. 400 euros por um lugar num beliche? Num quarto dividido com mais três pessoas? Estão mesmo a falar a sério. Estava aqui a ler uma notícia do JN que diz que no Porto os preços dos quartos para estudantes duplicaram em cerca de quatro anos. Em 2014 rondavam os 150 euros e agora não se encontra nada abaixo dos 300. Já em Lisboa há quartos que podem ir até aos 700 euros. Dizem que é normal, que a evolução natural do mercado, que tudo aumentou, não foram só as casas, mas eu acho isto um pequeno abuso. Em calhando sai mais barato pôr um filho a estudar no estrangeiro. Se calhar é isso, só quando os miúdos forem todos para fora ou, simplesmente, desistirem de estudar por não terem dinheiro para pagar as despesas, é que se começa a pensar a sério neste assunto. 

347 comentários:

  1. A juntar a isso, contratos não existem, ou seja, nem declarar como despesa podem. Começava logo por aí, não faz contrato nem passa recibo, queixa às finanças de imediato

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Pois no meu tempo, ou seja há 8 anos atrás, sem o contrato de arrendamento não recebia qualquer ajuda na bolsa. O problema é que as bolsas são atribuídas muito tarde e muitos estudantes como eu só souberam dessa informação quase no segundo semestre. Os senhorios diziam que uma declaração era o suficiente e no final os lesados são os estudantes.

      Eliminar
  2. Surreal... Tenho um curso universitário porque o tirei na altura em que tirei. Se fosse agora tinha qualquer hipótese...

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Foi imediatamente o que pensei...entrei para a faculdade em 2001. O meu marido em 2005 arranjou emprego em lisboa e pagava por um quarto, bem rasca, 300 euros.Nem quero pensar quanto estarão a pedir hoje em dia pelo mesmo quarto. Alguém tem de intervir nisto!As famílias vão se endividar para licenciar os filhos.

      Eliminar
    2. Credo, eu entrei em 2006, e nos 4 anos seguintes paguei sempre 230€ no Saldanha (com contas dava 270€). O quarto era normalíssimo, nem rasca, nem luxuoso.

      Eliminar
    3. 300 com contas incluidas.E mesmo assim na altura já achava puxado...

      Eliminar
  3. Olá Ana, boa tarde!

    Claro que há situações ridículas e ilegais no meio de toda esta inflação que tem vindo a acontecer no mercado imobiliário nestes últimos anos, mas olhemos para o que acontece em outros países. Nós vivemos em Lisboa, uma capital europeia que cada vez mais suscita interesse tanto a investidores como a turistas. É uma ingenuidade pensar que tudo iria ficar como estava (e mal na minha opinião...rendas antigas de valores tão baixos que davam prejuízo que vez de lucro aos proprietários - que depois ainda tinham que ouvir dos arrendatários que as casas estavam a precisar de obras..pudera! A pagar 50€/mês não há milagres! Uma cidade perigosa e a cair de podre - ninguém me apanhava em Alfama, Martim Moniz etc etc!). Eu tambem tive amigas que vieram de fora para eatudar, algumas alugavam quartos, outras fizeram um esforço e compraram casa...e foi o melhor que podiam ter feito na altura. Nem toda a gente se pode dar a esse luxo? Não! Mas é como em tudo na vida..quem tem dinheiro vive no centro, quem não tem vai para a periferia...nao é ultrajante, não é errado, é a realidade tanto aqui como nas principais capitais europeias. E a meu ver, ainda bem! Claro que casos em que há 15 pessoas a viver em 3 quartos não podem nem devem ser permitidos..mas isto é o mesmo que as pessoas se queixarem das más condições de trabalho.. não aceitas tu, outro há de aceitar! Não devia ser assim? Não! Mas é a realidade! Enquanto houver quem pague por coisas dessas, irá continuar a haver esse tipo de oferta!
    Beijinhos e bom resto de semana!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Está a misturar tipos de rendas. Não é dessas rendas antigas de 50€ que a malta se queixa, é quem tinha um t2 por 700€ e agora custa 1500€. É um quarto que custava 200/300€ e passou a custar 500€ ou mais. Viver fora do centro da cidade como nas outras capitais europeias até poderia ser uma hipótese, se por cá houvesse a mesma rede de transportes.

      Eliminar
    2. Portanto, acha normal existirem apartamentos a mais de 40km de Lisboa, sem grandes condições a 500€ por mês? Isto já é periferia, certo? As pessoas já demoram um pouco a chegar aos seus trabalhos, certo? Sabe que uma pessoa sozinha, com o ordenado mínimo, por muito que queira, não consegue pagar as despesas, certo? Sabe também que neste momento não é fácil comprar casa, certo? Portanto, qual é a sua solução genial para este problema? Irmos todos para fora do país? Interior (onde há emprego mas também não com a remuneração que há nas grandes cidades)? Vivermos todos na rua? Voltarmos aos tempos da revolução industrial em que um apartamento albergava 5 ou 6 FAMÍLIAS?

      Eliminar
    3. Completando o que diz o anónimo das 14:45: já para não falar da diferença de salários entre Portugal e outras cidades europeias.... basta olhar para o salário mínimo nacional e compará-lo com os outros países europeus!

      Eliminar
    4. Isso era tudo muito bonito, se não fosse o caso dos salários em Portugal serem francamente mais baixos comparativamente com outros países, além dos transportes que são caríssimos e os horários de trabalho não serem minimamente compatíveis com longas deslocações diárias. O problema é que até na periferia também está tudo muito caro e, a acrescer o abuso que se paga em supermercados, é insustentável para a maioria das pessoas.

      Pipoca, fica a sugestão de um post sobre as dificuldades em se terem filhos no clima actual (as creches que não têm vagas e são uma fortuna, etc., etc.), acho que seria um tema interessante para debater aqui. =)

      Eliminar
    5. Daniela, aí é necessário fazer uma escolha: ordenado mais baixo e renda mais baixa ou ordenado mais alto e renda mais alta. Eu vivo fora de Lisboa e acho imensa piada ao pessoal que diz que vai viver para Lisboa a ganhar mais... só não fazem é as contas ao fim do mês.

      Eliminar
    6. Um exemplo sobre periferia e preços mais baixos: sou natural de uma vila do Ribatejo a 50km de Lisboa (que prefiro em detrimento das cidades periféricas por ser, ainda, completamente segura). Há T1s a menos de 300 euros, o que é ótimo. Mas... o passe de autocarro fica a €135 por mês. Para um casal são €270. Se em vez de autocarro decidirmos comprar um carro há todas as despesas inerentes, que nunca teria em Lisboa. Portanto, a diferença acaba por não ser assim tão grande.

      Eliminar
    7. Ora aí está, partilho da sua opinião!

      Eliminar
    8. O valor das creches é surreal!!como podemos ter mais de um filho hoje em dia?só se comermos batatas com batatas todos os dias. IPSS a pedirem 280 mensais???é de loucos mas é a realidade. É triste pensar que talvez um segundo filho não virá por este tipo de coisas...enfim

      Eliminar
    9. Então imagine uma creche que não é ipss... De 500€ para cima.

      Eliminar
    10. Tem bom remédio...colocar os filhos numa IPSS. Têm um tecto maximo.E asseguro lhe que não são 500 euros

      Eliminar
    11. Esta é a verdadeira selecção natural. Voltamos ao tempo em que só estuda quem tem dinheiro. Quem não tem... fica difícil no actual cenário!

      Eliminar
    12. Até poderia concordar com a OP SE e so se estes proprietários fossem completamente legítimos, e pagassem os seus impostos. Agora da forma que está nem se pode falar em mercado livre; os senhorios praticam os preços que praticam não só por " poderem " (sendo que há procura para tal) mas por não haver distinções e regulamentos diferenciados para os diferentes tipos de pessoas e carteiras que procuram acomodações. Não é praticável pedir o mesmo preço por um quarto de estudante e por um quarto para uso ocasional (turistas).
      Se assim não fosse, os estudantes começavam a esgotar os empreendimentos turísticos especialmente na área de Lisboa.

      Eliminar
    13. Eu percebo o que diz e sabe também qual é o grande problema:centralização. Exemplo o Infarmed sai de Lisboa para o Porto. Sai da primeira maior cidade para a segunda maior do país. Descentralizar era deslocar sei lá para a Guarda Covilhã ou seja um meio mais pequeno e ajudar a desenvolvê-lo. O mesmo se aplica a Universidades e afins. O país não se resume a Porto e Lisboa.

      Eliminar
    14. É porque há pessoas a pensar como o anónimo que prega a aceitação da realidade que as coisas estão como estão - e provavelmente ficarão piores. Normalizar a exploração. Toda a gente acha lindo esta coisa do neoliberalismo até que acabam prejudicadas por ele.

      Eliminar
  4. Fico a aguardar os comentários dos proprietários, diverte-te imenso ler o que dizem em sua defesa.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Os proprietários dizem "se o imóvel é meu e há possibilidade de, faço o que bem entendo e pratico o preço". O surreal é só agora se olhar para o centro de Lisboa e quem olha é malta do subúrbio que nunca morou em Lisboa. Há 10 anos só os mais carenciados habilitavam a viver no Intendente, há 15 anos viver em Arroios era horrivel, há 20 anos viver no Areeiro/Campo Pequeno era só drogados e demais. Pura hipocrisia . Viver em Almada ou Vila Franca e apanhar o comboio para Entrecampos não mata ninguém, assim como, viver em Mafra e apanhar o autocarro directo para o Campo Grande. A galinha do vizinho é sempre melhor que a nossa. Quando a galinha é mais gorda é porque alguém lhe deu de comer para a engordar, trabalhou. Se há pessoas tem tem imóveis é porque alguém teve de trabalhar e muito para o pagar, não foram construídos de forma gratuita. Parem de reclamar há sempre uma segunda opção. Não acreditem em tudo o que vos dizem.

      Eliminar
    2. Anónimo das 15:25, as pessoas que têm imóveis também os tinham há 10 anos, ou mesmo há 6, com rendas decentes, e certamente que também os conseguiam pagar. Podem dar as voltas que derem, mas o que está a acontecer baseia-se na ganância pura e falta de sentido de comunidade. É um salve-se quem puder execrável.

      Eliminar
    3. Anonimo das 15:25, concordo consigo! No Porto passa-se o mesmo. Viver no centro do Porto à 10 ou 15 anos atrás? Válha-nos Deus! Isso era para pobre e carênciado! Era só dogrados e prostitutas... Agora é só indignados das periferias que não conseguem arrendar/comprar casa no centro para lhes ficar mais barato sair a noite...

      Eliminar
    4. O problema é quando a procura se torna muito superior à oferta. Com o acréscimo do turismo surgiu a necessidade de criar alojamento para os mesmos, e os Airbnbs desta vida fizeram a sua parte: criar condições que facilitam a proliferação do AL, retirando essas casas do mercado de arrendamento de longa duração. Deste modo, o preço do pouco arrendamento de longa duração que resta cresce exponencialmente. O que me surpreende é haver sempre gente disposta a pagar os valores absurdos que se estão a praticar e não podem ser só estrangeiros.

      Eliminar
    5. Há t2 no concelho de Vila franca e longe do comboio a 650€. Quem ganha o smn como paga uma renda destas?

      Eliminar
    6. Anónimo das 15:25

      Eu moro a 10min de carro do meu trabalho e não tenho transportes. Quanto mais vir de Mafra e Vila Franca de Xira que tem transportes limitados....
      Nem todos nós temos segundas opções porque nem todos trabalhamos em Lisboa
      Em Sintra encontrar um t1 a menos de 600€ é milagre... e sintra é bem periferia de Lisboa...

      Eliminar
    7. Eu pago 600€ por um T2 na Póvoa de Santa Iria. Para ir trabalhar para Queluz pago 69€ de passe e esta manhã demorei 2h a chegar a Queluz. A periferia também está cara e o nosso sistema de transportes é terrível quando temos que estar 30min ou mais à espera de um comboio ou de um autocarro.

      Eliminar
  5. E as casas? Estou à procura e não acho normal que um casal que ganha €2000 por mês (que, não sendo nada por aí além, não é mau tendo em conta a precariedade atual dos jovens) não consiga encontrar nada em Lisboa. Sim, podemos (e vamos) procurar na periferia, mas como alguém que passou os últimos sete anos a ir e voltar de Lisboa diariamente, demorando 3h por dia, gostava de viver a experiência de estar perto do trabalho.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Anónim@ 14:34, boa sorte com a procura na periferia. É que depende.
      Eu também queria mudar de casa. Vivo na zona de Oeiras, num T1 e procurei T2 por estes lados mas estão a pedir cerca de meio milhão de Euros por apartamentos T2 ainda em construção. A mesma coisa ou pior, à medida que se vai em direção a Cascais.
      Em Carcavelos, onde agora está a Universidade Nova SBE, o preço das casas disparou de tal forma, que um T2 usado vai para cima de 250 mil Euros.
      Se é assim para comprar, para alugar segue a mesma tendência.
      Como alguém já referiu aqui, é a pur(t)a da ganância.
      Para já, desisti. Vou ficando pelo T1 e pouco espaço.

      Eliminar
    2. No nosso caso, são 5000 euros por mês e não é possível viver em Lisboa numa casa decente. Temos 1 filho e gastamos 2 horas por dia nas deslocações com ele... Adorava que a Pipoca falasse da questão da casa, sobretudo agora que já comprou...

      Eliminar
    3. Bom, €5000 por mês e não conseguir viver em Lisboa numa casa decente já me parece mau planeamento ou muitos empréstimos. No nosso caso, ganhamos €2000 os dois mas não temos filhos, empréstimos, carros, seguros, zero encargos.

      Eliminar
    4. 20.53

      Entra na sua casa mensalmente 5mil euros e não consegue encontrar casa em Lisboa? Não sei qual a sua definição de decente mas até eu que sei que sou exigente nisto das casas não teria qualquer dificuldade nessa tarefa, tem noção do plafond que tem?

      Eliminar
    5. Por favor... na minha casa agora entram 3500€/limpos por mês, mas até há pouco tempo entravam 2700€ e já vivemos em Lisboa há 8 anos a conseguir poupar metade do que ganhamos todos os meses. E diz que com 5 mil não conseguem?!

      Eliminar
    6. Com 5000€/mês não consegue viver em Lisboa? Temos mais ou menos esse valor a entrar em casa, vivo em Lisboa (embora não no centro), tenho 3 filhos em colégios e uma casa bem decente...

      Eliminar
  6. Esses anúncios são públicos, é uma.pena que não haja fiscalização para ver se passam recibos e cumprem com suas obrigações.
    Eu estudei em Lisboa de 97 a 2001, partilhava uma casa em Alcântara com mais 3 raparigas, cada uma no seu quarto, 2 wc. A casa não era nova mas decente e, se bem me lembro, renda e contas dava o equivalente a uns 250€ por mês. Um mundo de distância do que leio nas notícias hoje em dia...

    ResponderEliminar
  7. Não é problema que afecte só os estudantes. Mestrado concluído, felizmente consegui trabalho na minha área, mas estou numa empresa onde ganho pouco mais de 600€. Com um ordenado de 600€, não consigo pagar um quarto de 400€ em Lisboa (ou mais), caso contrário não como, não me visto, não vou ao médico (e só estou a falar de necessidades básicas).

    Solução? Ir para fora de Lisboa. O subúrbio é um mundo!
    Fica longe? Fica. Perco cerca de 2h diárias a fazer piscinas? Sim. O passe dos transportes é caro? Sim.
    Mas pelos 400€ que gastaria em Lisboa por um quarto partilhado, consegui um T2 em Cacém que divido com o meu namorado.
    Vejamos, 400 : 2 = 200€, passe = 60€, despesas : 2 =30€
    Total = 290€

    Não se pode querer ter tudo. Ou se mora em Lisboa e se aguenta os preços, ou se vai para o subúrbio (com todas as consequências negativas associadas a isso) mas consegue-se sobreviver.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Mestre a ganhar 600 Euros?! Estou chocada… Ainda dizem que os Lisboetas ganham mais??? Ein??? Continuo a achar que somos mais bem pagos nas cidades mais pequenas...

      Eliminar
    2. Essa justificação também já não pega muito. Logicamente, havendo tanta pressão e procura na cidade de Lisboa, as pessoas começam a deslocar se para os subúrbios, o que faz com que também aí os preços comecem a aumentar. O que já se faz sentir em zonas como a Amadora ou partes da Linha de Sintra, é só ver os anúncios de apartamentos para essas zonas. Faz me confusão o modo como muitas pessoas falam deste assunto, como se a cidade de Lisboa não pertencesse às pessoas e como se a habitação não fosse uma necessidade básica e um direito de qualquer cidadão. Não é uma questão de não aguentar os preços em Lisboa, é uma questão de não aguentar os preços em lado nenhum e de os preços correntes do arrendamento estarem completamente desfasados dos salários reais da maioria dos portugueses.

      Eliminar
    3. Problema de portugal? Pessoas com mestrado a aceitar trabalhar na área por 600€.

      Eliminar
    4. Carolina Veloso, o que sugere? No meu caso, pude dar-me ao luxo de esperar um ano, após o mestrado, até encontrar algo que considerei digno. Mas quem não pode? As pessoas não aceitam porque querem, sujeitam-se porque é isso ou não conseguir comer. Na minha opinião tem muito mais valor quem aceita trabalhar na área por €600 até aparecer algo melhor que eu, que preferi viver às custas dos pais para não descer do pedestal.

      Eliminar
    5. se não aceitar não come

      Eliminar
    6. Anonimo das 15:12, habitaçao é uma necessidade basica, habitaçao no centro de Lisboa não é uma necessidade básica...

      Eliminar
    7. O que é um mestrado pós bolonha senão uma licenciatura que teve que ser transformada em mestrado? Uma desvalorização completa dos diplomas

      Eliminar
    8. Sim... 600€ para alguém com um mestrado a trabalhar na área é mau. 580€ para alguém também com mestrado mas num call center é bem melhor.

      Eliminar
    9. A diferença é que para o call center só devem pedir como habilitações o 12°ano, logo mesmo que tenha um pós doutoramento não lhe pagam mais por isso.

      Eliminar
    10. Anónimo19 setembro, 2018 16:30: Com certeza que não, e a minha resposta passava também por esse ponto. Mesmo as zonas não centrais de Lisboa ou zonas como a Amadora ou Linha de Sintra já têm preços incomportaveis para a maioria das pessoas. Isto porque a pressão na cidade de Lisboa é tantaqie obviamente a procura nos subúrbios sobe desmesuradamente também. Além disso, e sabendo que sempre haverão zonas mais caras e outras menos devido a vários factores, compro de todo esse argumento do vão simplesmente viver para outro lado. A cidade é de todos nós. E se as pessoas saírem da cidade, resta o quê? O caráter que Lisboa tem desaparecera e o turismo também irá sofrer com isso.

      Eliminar
    11. Lol Carolina.
      Talk about desfasamento da realidade.

      Eliminar
  8. E quem começa a trabalhar ? Acabei agora à faculdade e acredita que o drama também não é mais pequeno...
    Estudei em Coimbra, uma cidade um pouco mais barata e tendo entrado há 5 anos atrás o panorama era diferente!
    Mas agora que acabei o curso e os empregos estão todos centralizados, Porto ou Lisboa, e não sendo de nenhuma dessas cidades vejo-me obrigada a alugar quarto... 750€ num estágio profissional (com sorte! Contando que o subsídio de alimentação é jeitoso) e quartos a 300/350€ (Com MUITA sorte!) ... O que sobra?Vejamos: saí de casa por isso agora tenho de suportar a minha alimentação e quem diz alimentação diz shampoo, detergentes, (que essas porcarias são caras para caraças!), roupa (que uma pessoa tem de vestir), e ainda acrescentar o passe, porque para viver no centro 400€ de quarto não chegavam...
    E ao fim do mês a que conclusão chego? Que tenho de fazer das tripas coração se quero ver os meus pais uma vez por mês...

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Enquanto os nossos governantes acharem que Portugal é Lisboa e Porto...

      Eliminar
  9. Enquanto continuarmos a ser coniventes com o chico-espertismo isto não só vai continuar assim como piorará. A denúncia devia ser sempre o 1º passo. Por isso é que há tanta corrupção, evasão fiscal e outras ilegalidades no nosso país: não há consequências ou responsabilização. Em alguns países nórdicos, se alguém souber de práticas ilícitas, mesmo por parte de conhecidos, denuncia porque a lei é para todos e é para ser cumprida. Aqui, quando sabemos de tramóias ainda somos capazes de perguntar como é que a pessoa fez, para fazermos igual. Se a maioria o faz então nós também podemos fazer porque já está a modos que legitimado. Sempre que me contam episódios destes, a primeira pergunta é: "tentaste fazer/fizeste queixa?". Na maior parte dos casos, "para quê? Não vale a pena".

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Mas qual é a ilegalidade de alugar um quarto por 600€ ou uma cama por 300€. Não questiono por defender essa prática, mas sim porque gostaria mesmo que existisse uma ilegalidade. No entanto não conheço nada na lei que o defina como tal. E não estou a falar de não passarem recibo, porque isso tanto é ilegal com rendas a 100€ como a 1000€.

      Eliminar
    2. Exactamente, Carla.

      Eliminar
    3. Não tenho a certeza do que vou dizer, porque nunca o fui verificar, mas, quando pedi ao meu senhorio factura do quarto que arrendei na faculdade, ele respondeu-me que não podia porque o arrendamento de fracções de uma casa não é possível. Disse-me ele que, legalmente, não é possível arrendar apenas um quarto.

      Eliminar
    4. O problema é mesmo não passarem recibo.
      Qualquer rendimento tem que ser declarado. As rendas de casas, como rendimento, têm a obrigação de ser declaradas.

      Eliminar
    5. É possível passar rendas de quartos (experiência própria).

      Eliminar
  10. o que acho mais estranho no meio de tudo isto é que não me parece que o nível de vida dos portugueses tenha melhorado assim tanto. Não dei conta de terem aumentado ordenados, acho apenas que tenha diminuído o desemprego. No meu caso no mesmo emprego que estava em 2009 trago agora menos dinheiro para casa. Por isso e por não conhecer assim tantas melhorias nos ordenados dos portugueses não entendo esta loucura de aumento de preços de casas, quer para compra como para arrendamento. Não compreendo esse valor desmesurado que pedem pelos quartos dos estudantes nem isso tudo e pergunto-me por quanto tempo isto demorará sem que o sistema colapse... E nem sou uma pessoa negativa, só não compreendo o que vejo acontecer à minha volta...

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Diminuiu o desemprego mas também os ordenados. Agora há menos desemprego mas quantas pessoas recebem mais do que o ordenado mínimo?

      Eliminar
    2. Exatamente. Estes aumentos não são proporcionais ao aumento do nível de vida, num país onde o ordenado mínimo é tão baixo. Isto vai ter que levar uma ganda volta...

      Eliminar
    3. Exactamente . O problema é tanto impreco das casas como os ordenados. Fossem os ordenados proporcionais, o preço das casas não me chocaria. Mas não são, os ordenados portugueses baixaram imenso. Mas lá esta, há exemplos aqui na caixa de comentários de quem aceita o ordenado mínimo para trabalhar na área com um mestrado. Assim os portugueses nao vão longe. Ou aliás vão longe para encontrar quem os valorize: mudam de pais.

      Eliminar
    4. OH Xô dona Carolina Veloso, Eu não sei se o seu dinheiro cai do ceu ou se lhe lhe é dado por familiares ou amigos, mas para mta boa gente o dinheiro é uma coisa que se ganha trabalhando, e por incrível que pareça as vezes temos que baixar a cabeça e aceitar aquilo que nos é dado para podermos viver. Hoje são 600€ mas amanha poderão ser 6000.00€. cabe me a mim fazer me a luta.

      Eliminar
    5. Tb não entendo que a comunicação social esteja constantemente a dizer que o nível de vida esteja melhor.Licenciei me num curso de saúde em 2005 e ganhava cerca de 1300 limpos.Hoje em dia trago menos 300 euros para casa!!! e durante anos trabalhei 20 horas mensais de borla!!farta deste país.

      Eliminar
    6. Mas a inflação dos preços nada tem a ver com o poder de compra dos portugueses, mas sim com a explosão do turismo em lisboa e o elitismo que o centro neste momento têm. Grande parte destes preços absurdos de que falam são em edificios e habitações que sofreram um forte investimento e foram totalmente habilitadas e são vocacionadas para turistas e estrangeiros a viver em portugal, óbviamente que a oferta começa a ser pouca e a procura é muita e os donos dos buracos imundos, de quem não investiu uma palha começam a aproveitar as subidas de preços.
      Tristes são os que aceitam viver em buracos e pagar um balurdio ao invés de viver numa casa com belissimas condições nos arredores.
      Notinha: não, não sou proprietária de uma dessas habitações para arrendar. Felizmente comprei casa aos 28 anos nos subúrbios (credoooo), viver no centro de Lisboa nunca foi a minha cena.

      Eliminar
    7. Flávia Pires, sabe que nem todos têm carta e carro para viver confortavelmente nos subúrbios, certo?

      Eliminar
    8. E dizer que quem prefere viver num apartamento mais pequeno no centro é triste... bem, a mim parece-me só que se valoriza coisas diferentes das Flávia. Eu valorizo poder ir a pé/de metro para todo o lado, ter o Jardim da Gulbenkian ou da Estrela ali à mão, estar perto dos cinemas, sair de noite para ir beber café ao Starbucks, etc... coisas que só consigo em Lisboa. Nos subúrbios poderia ter uma casa melhor, mas a qualidade de vida, como a entendo, seria bem pior.

      Eliminar
    9. A minha cena é poder ir a pé para o trabalho e nem pegar no carro durante a semana, ter tudo a uma distância máxima de 15 min a pé (escolas, hospital, piscina, ginásio, supermercado, farmácia, lojas, lavandaria, bancos, etc) e não perder 3h em deslocações por dia, todos os dias, durante 40 anos.

      Eliminar
    10. Tipico pensamento português. A qualidade de vida que fala em lisboa como cinemas ou jardins só existem em grandes centros porque neste país é tudo demaseado compactado no centro da cidade. Eu moro numa grande cidade europeia e os serviços públicos, nomeadamente hospitais, universidades localizam-se nos vários extremos da cidade. Não existe esta obcessão com O "centro".

      Eliminar
    11. Anónimo das 00:50, então mas sou eu que penso assim ou é assim que é de facto? Se há esta obsessão com o centro é porque é no centro que está tudo. Ah, e eu gosto muito da zona de Cascais, mas e os transportes péssimos para lá?

      Eliminar
  11. "Dizem que é normal, que é o crescimento natural do mercado, que tudo aumentou..." Grande verdade mas quem o diz esquece-se que a maioria dos ordenados dos contribuintes deste pais estagnou e é impossível acompanharem o crescimento de mercado e o estilo de vida sem a corda à garganta enquanto não forem revistos a maioria dos ordenados deste pais.
    É preciso acordarem para a vida...

    ResponderEliminar
  12. devia ser ilegal alugar por esses valores, devia haver um limite. nao tem lógica q o ordenado minimo seja 580 e hajam quartos a alugar por esse valor praticamente! e nao estou a falar de lisboa ou porto, estou a falar de Braga! ainda hoje vi uma suite para arrendar por 500! Acho ridiculo!

    ResponderEliminar
  13. É preciso contextualizar com a localização. Esse quarto da imagem é em Alvalade que já se sabe que é das zonas mais caras de Lisboa. Tenho um amigo que alugou um quarto em Benfica, perto da estação de comboios por 250. A casa é boa, tem 3 quartos individuais, cada um alugado a um estudante. Não se pode generalizar.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. 600€ por UM quarto é abusivo, seja em que zona for. Tendo em conta que a casa tem cinco quartos, se cada um custar os mesmos 600€ euros estamos a falar de um custo total de 3000€. Ninguém arrendaria a casa por esse valor.

      Eliminar
    2. Pipoca "600€ por UM quarto é abusivo" , dar 3000€ por uma malita é normal? Ai ai, pode-se comprar uma malita, uns sapatos, mas já não e pode alugar um quarto....

      Eliminar
    3. Verdade, mas também ha que ter em conta que alugar casa a estudantes por norma significa despesas acrescidas de manutenção para o proprietário. è diferente de alugar a casa a um casal/familia.
      Julia

      Eliminar
    4. é abusivo, talvez.. Mas o preço ajusta naturalmente com a lei da procura-oferta. Se estiver bem localizado e tiver procura e alguem o alugar é o preço justo. Se ninguem alugar o senhorio desce o preço. É preciso também contar com os riscos e custos. Passando recibo esse senhorio vai pagar 28% de impostos, 28%!. Com a nova lei, o inquilino pode estar 6 meses sem pagar renda até se poder iniciar uma ordem de despejo. Depois conte com mais 2 anos, dinheiro perdido em advogados e tribunais. O senhorio fez um investimento em decorar e equipar a casa, se o inquilino destruir tudo, talvez a caução nem cubra os estragos. É pouco pratico morar longe da faculdade? e os milhares de portugueses que andam durante horas nos trasnportes e transito? Lisboa esta na moda os preços estão inflacionados... Casas centrais com piscina e baratas queremos todos :)

      Eliminar
    5. Eu mudei-me há cerca de um ano para Madrid e o máximo que vi foram quartos - com custos incluídos - a 500€ em zonas consideradas nobres ou centrais da cidade. E aqui ninguém discorda que 500€ por um quarto é abusivo, seja em que zona for. A partir do momento em que eu consigo encontrar um quarto aqui pelo mesmo preço que amigos meus estão a pagar por um no Porto, é um abuso, sim. Tendo em conta não só o salário mínimo, mas a falta de qualidade de vida (nomeadamente transportes) que não temos em Lisboa/Porto.

      Eliminar
    6. Amigo/a, €600 por um quarto deve dar direito a happy-ending.

      São 7200€ por ano, provavelmente sem pagar impostos. Fazendo as contas aos 28%, são €2000 a menos que vão para o Estado (€2000 em impostos que é aquilo que muito boa gente paga ao trabalhar durante um ano a fio), para que se possa investir em escolas, cresces, apoio à terceira idade, transportes públicos, etc etc etc.

      Eliminar
    7. Concordo Pipoca. Hoje em dia tendemos a achar que viver em Alvalade (ou noutras zonas igualmente boas) é um luxo! Qual luxo?? É uma boa zona, sim, central, sim, mas porque raio se há-de pedir um preço desses por um QUARTO?? Nada justifica isto na minha opinião.

      Eliminar
    8. Viva a diarreia mental, anónimo das 16.14!

      Eliminar
    9. Anónimo19 setembro, 2018 16:14, Acha que quem compra malas de €3000 tem problemas com preços de aluguer de quartos? O que é que uma coisa tem que ver com outra? Uma Vuitton é essencial para alguém?

      Eliminar
    10. O anónimo das 16.14 é a causa dos problemas que temos. Por pessoas tão ignorantes, tão limitadas, tão "chica-espertas", tão invejosas. É tão mas tão imbecil o que disse e a comparação que fez, que nem me vou dar ao trabalho de lhe responder com fundamento visto que, claramente, não teria capacidade para perceber.

      Eliminar
  14. O Porto agora, ainda assim, está mais barato que Lisboa há 20 anos (nem acredito que já vão 20!). Pagava 250€ - quarto individual é certo - num apartamento que dividia com mais uma pessoa - outras despesas à parte, mas o preço já era amigo porque a minha colega de casa conhecia os donos.
    tudo o que procuramos na altura era em piores condições (ou velho, ou só quarto...) e mais caro (lembro-me ver aguas furtadas, t0 a 600€, por exemplo)

    ResponderEliminar
  15. É tudo muito lindo, dizer ah e tal eu nao pagava, mas sinceramente as pessoas por vezes nao têm escolha e sacrificam-se. Já nao sou estudante e alugo casa, sendo que na minha cidade no momento praticamente nao ha casas para alugar. Sucede que cmo ha imensa procura e pouquissima oferta é um escandalo os preços que se praticam.

    Eu nao sei onde isto vai parar, ja que cheguei a ver um anuncio de apartamento para alugar, com proposta de valor por carta fechada!!!

    Com a instabilidade que se ve nos empregos, comprar é pouco apetecivel, e é preciso ter dinheiro de lado para entrada e outras questp«oes como escrituras e impostos e o diabo a 4.

    Estamos tramados, sobrevi-se. No caso dos estudantes, so tenho a dizer que hoje em dia, tirar um curso superior, volta a ser só para alguns.

    MT

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Infelizmente comigo foi assim, tive de adiar o sonho da universidade, pois era impensável para mim colocar os meus pais na penúria por minha causa. Obrigatoriamente teria de sair de casa para ir para a universidade por falta de transportes públicos na zona onde vivo. Somadas todas as despesas, cheguei à conclusão de que não dava, ainda por cima na altura os meus pais estavam no desemprego. Já passaram 11 anos, e é algo que ainda me custa, mas não desisti do sonho, vou guardando dinheiro de parte para que um dia consiga cumprir esse objetivo.

      Eliminar
    2. Faça isso, nunca é tarde. Conheço diretamente casos de percursos parecidos que acabaram em sucesso profissional. Basta não desistir ( e muito esforço, claro ).

      Eliminar
  16. Eu morei em Lisboa 11 anos até ao dia que, na ultima casa onde morei, a minha senhoria diz me que precisa da casa para o filho, e eu tendo em conta a situação disse que sim ia procurar casa. ahh, tinhamos acabado de renovar automaticamente por mais dois anos. Isto era Setembro 2016, o AUGE, do Airbnb e etc... procurei casa.. vi buracos e anexos por 1000Eur... casas mais ou menos remodeladas por 1500eur.. enfim, por ai fora... Até que optei por mudar me da margem norte para a margem sul (Barreiro). Comprei um apartamento novo a estrear por 82.500Eur no centro do Barreiro. ATENCÃO: a estrear!!!! Se adoro morar na ouyra margem) Não! Mas nao sendo possivel ter qualidade de vida em Lisboa sem andar a contar os trocos, esta foi a melhor opção.
    P.S - A casa nao era para o filho e sim para o AIRBNB !!!!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Pena não se ter aconselhado com um advogado...

      Eliminar
    2. Infelizmente já foi tempo que a margem sul era relativamente barata, um T2 novo desse lado já passa dos 200mil, e num prédio normal, não é um condomínio e eu pergunto me, são casas para pessoas normalissimas, de classe média, que vivem dos seus ordenados, mas quem consegue ter a entrada, mais os valores de impostos para dar por uma casa dessas? Quem raios anda a comprar T2 a 250mil no Infantado, ou nas Colinas do cruzeiro? Não são os ricos, que eles não moram em Odivelas ou Loures, juro que adorava perceber afinal a quem andam a vender os construtores casas ainda em planta

      Eliminar
    3. Devia ter procurado antes de ter dito que sim, ou pelo menos estar atenta às notícias. Eu também andava em casas arrendadas com o meu marido há 7 anos, com contratos de 1 ano automaticamente renováveis (ou seja, todos os anos nos podiam mandar embora) e fizemo-nos à vida. Comprámos casa em Lisboa no ano passado, procurando com calma e antecipando uma eventual ida forçada ao mercado em condições desfavoráveis. E estamos muito contentes com a nossa escolha, especialmente porque a cada trimestre os preços continuam a aumentar...

      Eliminar
    4. Infelizmente na altura não me aconselhei bem de facto e depois tambem sou sozinha pelo que tinha que tomar uma decisao rápida..

      Eliminar
  17. Olá Ana,
    Sou da Ilha Terceira, alem deste 1000 e tal euros mês, somado mais a passagem aérea, muitos destes estudantes nem vem a casa no natal, para poderem vir na pascoa ou vice-versa.

    beijinhos

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Ia falar mesmo da situação das ilhas. Deslocar um aluno para o continente é quase impossivel. A juntar a estas despesas de casa/comida/água/luz, há ainda o preço ridiculo das viagens. O meu irmão está em Lisboa a acabar o curso, e trabalha em part-time. Não vem a casa desde Setembro do ano passado e passou este ano a juntar para tentar vir no natal.. quase mil euros por uma viagem pagos esta semana. Para território nacional!! É só ridiculo.

      Eliminar
    2. Por favor... Com os voos low cost dá para ir aos Açores por 20€ ida e volta! Ainda hoje falei com um colega de lá que me disse que passou a ir muito mais vezes (todos os meses). Para já não falar que os residentes têm comparticipações e o reencaminhamento inter-ilhas.

      Eliminar
    3. Para os Açores não sei, mas faça lá uma pesquisa para ir á Madeira no natal. Assim a ir a 20s e voltar logo antes ou após o ano novo. Boa sorte com as low cost. Durante o ano até encontramos bons preços, agora pesquise por época de férias escolares mais perto da data (não podemos marcar com 6 meses de antecedencia, nunca se sabe datas de exames, aulas etc) e depois falamos....

      Eliminar
    4. Anónimo das 22:13,
      Diga-me por favor onde encontra tais viagens!
      É que já deixei de ir a casa no Natal (sou da Madeira) porque os meus pais não tinham quase 500 euros para adiantar (sim, porque tudo bem que recebemos o reembolso mas primeiro temos de ter os tais 500 euros).
      Por favor, informe-se mais um pouco em relação a esta situação antes de falar :)

      Eliminar
    5. A primeira anónima falou dos Açores e foi isso que referi. Há inúmeros voos ao longo do ano a 20€ ida e volta, sim e o reencaminhamento para as outras ilhas é gratis.

      Eliminar
  18. Não sei se sera assim, atenção que eu não procuro quarto para arrendamento, ou se é a comunicação social que espalha um bocadinho o pânico. Sei de um apartamento em Benfica (ok não está novinho, nem mobilado) mas muito bem localizado, T2 duplex com sótão, que talvez possa ser aproveitado para um 3quarto, por 750€, e sei que está vago há algum tempo.
    Quando fui para Lisboa estudar, arrendei um T2 com 3 amigas, nesta mesma situação, equivalente mesmo e paguei mais. Há 20anos!
    Susana

    ResponderEliminar
  19. É o pais que temos. O governo não dá às universidades públicas verbas para que se construam campus universitários com residências para os estudantes. As universidades que optaram pelo regime de fundação, podem sempre contar com o apoio do mundo empresarial e fazer esse caminho (Univ. Nova na Parede). Mas é um longo caminho a percorrer. Alugar um quarto em Nova Iorque, Paris… não é menos do que em Lisboa. Aqui o mercado está a inflacionar muito depressa mas enquanto não se construírem residências universitárias isto nunca vai terminar e a tendência é manter e piorar.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Finalmente alguém com um comentário válido! É isso mesmo!!

      Eliminar
  20. Em terra de cego, quem têm olho é rei. Ditado antigo que retrata os cegos que nós somos, todos, todos os que pagam impostos certinhos, o que têm casa arrendada com recibo, os que declaram os bens, os que só solicitam o que é seu de direito. E depois há outros, os reis da cocada preta. Os que compram e vendem sem declarar, os que trabalham sem recibo, os que arrendam sem recibo e os que pelos vistos tiveram direito a uma casa, que não era casa e que ardeu.
    O país que temos com a mentalidade que temos.
    .
    SandraJorge

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Os cegos não são os certinhos, que percebemos o bem comum.
      Os cegos são os chicos espertos, que acham que quando roubam/ fogem aos impostos estão a prejudicar uma entidade - o Estado!
      Na verdade prejudicam-nos a todos, piorando as condição de vida geral.

      Eliminar
  21. O rapaz que, este ano, entrou com a média mais alta (em engenharia civil na universidade da madeira) é um repetente nessas andança de acesso ao ensino superior. No ano passado entrou com excelente nota no Técnico, em Lisboa mas viu-se obrigado a desistir pelo facto da mãe não ser capaz de fazer face às avultadas despesas, nomeadamente o arrendamento de um quarto. É muito triste que se desperdicem potenciais profissionais de topo por estes motivos!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Ele não pareceu muito importado com o facto de ter de voltar para a Madeira (nada contra).

      Eliminar
    2. Anónimo,

      E se não abrisse o curso na Madeira? Deixaria de estudar ou teria de optar por outro curso qualquer. E não percebo o que é que facto de estar feliz por ficar "em casa" tem a ver com a problemática?!?!?

      Eliminar
    3. E acha que não devia ser o estado a valorizar esses talentos e a garantir que não se perdem providenciando bolsas de estudo a quem efectivamente as merece? Diga-me por favor em que medida é que o senhorio vai beneficiar da formação do jovem? É que confesso que não percebo o argumento...

      Eliminar
    4. Supostamente foi lhe proposto um quarto em residência mas como era partilhado e ele gostava de se organizar sozinho acabou por não ser opção.

      Eliminar
    5. Mas, em princípio teria bolsa de mérito, não? Pelo menos das propinas livrava-se e depois exiate sempre o subsidio escolar, quando os pais não têm rendimentos suficientes.

      Eliminar
    6. " Gostava"
      Todos temos preferências, mas há que definir bem as prioridades

      Eliminar
    7. Fui o primeiro anónimo a comentar. Primeiro, se o técnico fosse o único, ele teria a oportunidade de ficar numa residência mas preferiu voltar à Madeira porque não queria partilhar quarto. Depois de voltar à Madeira, foi-lhe oferecido um quarto (casa?) para ficar sem qualquer encargo e ele preferiu a Madeira. Agora eu pergunto: acha mesmo que ele foi embora muito importado?

      Eliminar
  22. Pagava há 20 anos mais do que 750 euros por um t3??

    ResponderEliminar
  23. Olá Ana, estudei em Salamanca (Espanha) que é uma cidade universitária que tem milhares de estudantes e que hoje em dia tem muitos estudantes portugueses, durante o curso vivi em duas casas diferentes e os custos eram bem mais baratos do que o absurdo com que nos deparamos em Lisboa e não só. Nas duas casas em que vivi eram casas novas em condominio fechado num dos quais até piscina tinha, e só dividia a casa com mais 2 raparigas, todas nós pagávamos de renda 150€ sem despesas e mesmo com as despesas não passava dos 200€/250€. E todas as pessoas que conheci que viviam em casas alugadas nenhuma pagava um absurdo de renda e todas casas com condições e muito bem localizadas. Se todas estes senhorios conseguem manter as rendas a este preço como é possível as pessoas dizerem que cá as rendas aumentaram pela evolução do mercado. Não compreendo como é possível praticarem estes preços, é triste pensar que muitas pessoas tenham ficado sem ir para a Universidade ou que tenham entrado em cursos que não queriam para ficar em casa porque os pais não têm possibilidades de suportar todas as despesas, sem falar das pessoas que estão a trabalhar que recebem ordenados do mesmo valor de uma renda. É triste vivermos num país com uma mentalidade tão pequenina.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Não se pode comparar Salamanca com Lisboa, Salamanca é tipo Coimbra, não é a capital de Espanha.

      Eliminar
    2. A mera justificação "Lisboa é uma capital" poderia até servir não fosse o caso de, por exemplo, os preços de Lisboa estarem hoje acima de outras capitais europeias, como Madrid ou Bruxelas (onde, de resto, a qualidade de vida - e não me refiro *apenas* aos salários) é incomparavelmente superior à de Lisboa ou qualquer outra cidade portuguesa.

      Eliminar
    3. E em Coimbra um estudante consegue esses preços? Duvido.

      Eliminar
    4. Não se pode comparar mas mais vale mandar os miúdos para lá. Ainda têm a vantagem de ter a experiência de estudar no estrangeiro.

      Eliminar
    5. Sim, conseguem-se esses preços em Coimbra.

      Eliminar
    6. Segundo essa lógica então também podem mandar os filhos todos para o leste europeu, é mais barato que nas terrinhas em Portugal. E ainda vão de férias visitar os miúdos 🙄

      Eliminar
  24. Lei da oferta e da procura. Podemos queixar-nos e tal mas a verdade é que se os preços estão assim, é porque alguém alinha neles. Ninguém pode criticar os senhorios/donos por quererem lucrar com os seus imóveis e se os inquilinos não conseguem pagar, então terão de se sujeitar e ir viver para a periferia. Se mesmo assim não quiserem ir para a periferia, podem ir para outra cidade mais barata.
    Eu sou senhoria e mantenho os preços como os tinha há 13 anos atrás mas quando tiver oportunidade, se vejo que o mercado continua a subir, vou subir também os preços (se ainda não o fiz, é porque as pessoas que lá estão dentro se mantiveram).
    No entanto, concordo com todos vocês quando dizem que se devem legalizar as rendas não declaradas. Porém, se existe grande fuga aos impostos, é em muito devido ao tamanho dos mesmos (quase um terço da renda).
    P.S.: Não sou/vivo na zona de Lisboa e passo recibos de renda.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. De acordo! :)

      Eliminar
    2. o imposto é 28%

      Eliminar
    3. Os proprietários poderão com certeza fazer o que quiserem com o imóvel que é a sua propriedade, desde que se enquadre dentro das atuais leis. Até podemos achar imoral e desprezível, como eu acho, mas não passa disso. A questão aqui tem mais a ver com a inação do Estado perante esta loucura. Se a habitação é um direito de todos, é dever do Estado regular para que todos possam ter acesso a ela. Claro que vão sempre haver pessoas com mais poder de cora capazes capazes de superar rendas maiores e outras não, vivendo em zonas menos centrais. Mas não é essa a questão. A questão é que a especulação imobiliária está a afecar o futoro das familias e em particular o futuro de uma geração inteira que não conahue suportar os preços das rendas atuais com o salários baixos que ganham.

      Eliminar
  25. Há pouco mais de 3 anos, vim viver para Aveiro e arrendei um quarto por 180€ com despesas. Há uns dias vi o anúncio desse mesmo quarto e estavam a pedir 280€ com despesas. Claro que, comparando com Lisboa, são preços baixos mas também nas pequenas cidades se notou esse aumento absurdo de preços.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Pequena, GRANDE, cidade! Ahahaha, brincadeira.

      Eliminar
  26. E vamos lá olhar para os ordenados... Cada vez ganhamos menos e o poder de compra só sobe... Nem quero imaginar o futuro...

    ResponderEliminar
  27. Infelizmente é uma realidade que me assiste. Estou a pagar 450€ por um quarto para o meu filho em Lisboa. Está a ser muito difícil mas ainda vou tendo os meus pais que me vão ajudando se assim não fosse não sei se iria conseguir. Quando comecei a procurar quarto para ele à 2 anos atrás achava que não iria ser bem assim e que conseguiria algum em conta procurando com tempo mas não foi bem assim, o que aconteceu foi desesperante os dias iam passando e encontrávamos de tudo, quarto no sotão, sem janelas, com soalhos levantados ou cheios de bicho e com cozinhas minúsculas para um elevado nº de pessoas. Com o aproximar da data tivemos de nos render e alugar mesmo mais caro mas com o mínimo de condições. Mas o pior mesmo é quando a meio os senhorios para conseguirem aumentar o preço dos quartos dizem aos miúdos que vão ter de sair porque querem vender o apartamento, estes e os pais ficam aflitos como é óbvio e acabam por aceitar a chantagem e chegam a acontecer aumentos exorbitantes.

    ResponderEliminar
  28. Se há situações de aluguer ilegais e insalubres denunciem-se. Mas isso não tem nada a ver com dinheiro! 18 pessoas num T4 com 2WCs nunca é aceitável... nem por 300€ nem por 30€!
    No entanto, ressaltam neste tipo de posts/comentários vários problemas, nomeadamente:
    - Falta de rede de alojamento estudantil;
    - Falta de habitação a preços aceitáveis: e.g. casas camarárias, casas do estado;
    - Falta de rede de transportes funcional.
    Nenhum deles é da responsabilidade dos senhorios resolver. Eu não sou senhoria mas acho uma piada do caraças a esta ideia de que o senhorio tem que co-financiar o alojamento. Já pensaram que somos muito rápidos a reclamar do lucro dos privados mas que nos calamos bem caladinhos quando o estado nos anuncia mais uma taxa, mais um imposto, mais qq coisa para nos sacar cada vez mais dinheiro e funcionar cada vez pior?
    Em vez de esperarmos que um privado faça as funções do estado (ver acima) devemos exigir do estado que cumpra as suas funções!

    ResponderEliminar
  29. Se os senhorios declarassem os valores que ganham, estavam no direito de pedir o que quisessem. É assim que funciona a oferta e a procura. o indecente é pedirem estes valores todos por baixo da mesa. Há 15 anos estudei em coimbra e no 1º ano paguei por um quarto nojento o mesmo que depois paguei a dividir a renda de um apartamento aceitável entre colegas. acho que ainda é o que resulta melhor: arrendar casa com alguém e dividir. a filha da minha colega de trabalho está em lisboa a pagar 350 € por um quarto que é um luxo mas alugaram a casa em junho. de qualquer das formas os preços estão uma maluqueira e não é só em lisboa.

    ResponderEliminar
  30. Tenho um apartamento alugado a 5 minutos do metro da Amadora por 500 euros. Sim, a zona não é das melhores, mas o prédio é recente, 4 assoalhadas enormes e cozinha equipada. Os inquilinos são super maus pagadores, pagam a renda mas a prestações durante o mês. Estou emigrada e a renda não chega para pagar as despesas todas, empréstimo, condomínio, IMI, esgotos, seguro… Dava-me jeito mudar de inquilinos, mas tenho medo de não conseguir alugar facilmente. Está declarado nas finanças.

    ResponderEliminar
  31. Ainda por cima os pais pagam exorbitantancias de rendas para os filhos quando terminarem os cursos irem trabalhar nos Macs e Burguer Kings! Mais vale ir logo trabalhar, just saying...

    ResponderEliminar
  32. O meu filho mais velho foi estudar para Oxford, UK. Paguei por semestre 6000 libras (entretanto o valor já duplicou), por mês o quarto ficava por 600 libras e ainda lhe enviava outro tanto para as despesas do mês.
    Concordo com tudo o que dizem mas parece-me que o sistema lá é bem mais justo, todos os estudantes têm direito a um empréstimo bancário para pagarem a universidade e começam a pagar esse empréstimo mal arranjem um emprego a ganharem mais de 36000 libras por ano. Ao fim de 30 anos (não tenho a certeza deste tempo) se não tiverem pago o empréstimo este é perdoado.
    Quanto a mim, os estudantes são responsabilizados pelas suas despesas, todos têm oportunidade de estudar, a faculdade tem um valor justo (100€ por mês não paga o que ela custa cá...) e quanto mais tempo demorarem a fazer o curso, mais pagam.
    Se cá fosse implementado um sistema assim, quem pudesse pagava, quem não pudesse pedia empréstimo e com certeza haveria mais dinheiro para construir melhores instalações universitárias, bibliotecas, refeitórios e dormitórios.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Aplausos para este comentário!

      Eliminar
    2. Sim, eu adoraria começar a trabalhar e ja ter um empréstimo...

      Eliminar
    3. 36000 libras ano hahahahah… Só se for em Londres e já quase senior no emprego. Preços absurdos por um quarto mal amanhado. Se viver na periferia, só 5000 vão para os transportes, sei do que falo, vivo a 42 minutos de comboio de Liverpool Street Station. Mas concordo com o empréstimo para pagar a Universidade, quando começar a pagar a prestação mal se nota. Todos têm direito a um bom futuro.

      Eliminar
    4. 100€/ mês não pagam o que custa cá?!
      As minhas propinas davam cerca de 72€/ mês (1000 e poucos euros por ano)

      Eliminar
    5. E até parece que viver em Londres é espectacular! Todos os meus amigos que lá estão, licenciados, com bons CVs, a trabalhar em bons cargos e a ganhar muito mais que eu em Lisboa, têm uma qualidade de vida igual à minha ou pior. A maioria vive em casas partilhadas ou pequenas, se conseguem estar próximo do trabalho de um estão longe do outro membro do casal que tem de fazer 1h em transportes para cada lado, tudo o que são actividades de lazer são caras, etc.

      Eliminar
  33. Infelizmente o mesmo se passa noutros países. Quando o meu irmão foi estudar para Uppsala na Suécia acabou mesmo por viver num parque de campismo nos primeiros meses. Foi muito duro, não havia casas (a qualquer preço)... Cá estamos a ficar iguais e nada de se construir residências universitárias.

    ResponderEliminar
  34. Arrendei um T2 em Telheiras por 1000 euros. Pagava 28%/mês ao Estado, ou seja, ficava com 720 euros/mês. Desses 720 euros, pagava 80 euros de condomínio. Ou seja ficava com 640 euros. Desses 640 euros pagava o IMI, que dividindo por 12 meses resultava num lucro de 600 euros, ou seja 7.200 euros/ano. Os inquilinos, um casal sem filhos e sem pets, ficaram 1 ano nesse apartamento, que estava semi-mobilado. Quando saíram, no mês passado, a mobília que estava nova foi directamente para o lixo, paguei 1000 euros ao pintor para pintar a casa toda e tive que substituir a sanita que estava rachada, quase a partir. Contas feitas, gastei aproximadamemte 1.700 euros com pintura, cama e colchão, 1 sofá, 2 cadeiras, 1 candeeiro, sanita e canalizador. Ganhei 5.500 euros, que dá a módica quantia de 458,33 euros/mês. Ainda não recebi a taxa de utilização de esgotos para pagar.
    Mil euros por um T2 em Telheiras é caro? Caro é arrendar o apartamento, aturar os inquilinos, ganhar cabelos brancos a gerir obras e gastar um dinheirão no cabeleireiro!!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. E esqueci-me do seguro!
      Portanto é fazerem as contas e pensarem duas vezes se as rendas estão caras ou se os proprietários devem fazer caridade com os imóveis nos quais investiram muito dinheiro para ter.

      Eliminar
    2. Também eu tinha um T1+1 na Reboleira arrendado por 250€ tudo legal, agora para conseguir por lá a miúda tive que investir mais de 1500€, só ficou o chão e alguns móveis de cozinha, até as portas tinham buracos.

      Se alguma vez aquele apartamento voltar ao mercado de arrendamento, além de subir bem a renda e exigir 3 meses à cabeça, também irei exigir uma boa caução para obras, e se não quiserem dar o que peço, fecho a porta e aproveito para quando for passar uns dias a Lisboa...

      Eliminar
    3. Já ouvi muitas histórias de horror sobre maus inquilinos!

      Eliminar
    4. Uma caução de 2000 euros previne muitas situações.

      Eliminar
    5. Eu acho um absurdo haverem pessoas sem condições mínimas para viver dada a inflação. Acho tão absurdo que recentemente aluguei um apartamento(bem localizado e em boas condições) e só aumentei 50 euros ao valor que arrendo há muitos anos. Poderia aumentar mais mas não tenho essa lata. Mas também digo o mesmo, não compensa ter casas a arrendar. Já passei por várias situações péssimas, às vezes até me questiono se eram mesmo pessoas que lá viviam ou se eram animais. Não têm o mínimo respeito pelas coisas, estragam tudo, furam tudo o que é portas e azulejos, deixam sempre as paredes em estado lastimável cheias de furos, louças da casa de banho partidas, portas e vidros das janelas completamente riscados, mudam os candeeiros e depois tiram antes de sair e não voltam a colocar os antigos (nem pelo menos deixam no apartamento), o chão todo riscado. ...já para não falar da falta de limpeza. Levo a concluir que as pessoas são muito pouco cívicas, e isso irrita-me profundamente.

      Eliminar
    6. Proprietária, o problema é acharem que tudo o que recebem de rendas deve ser lucro. Eu também acho uma chatice mas, com o meu ordenado, tenho de pagar impostos, contas e imprevistos que possam aparecer e o dinheiro efetivamente recebido é bem menor do que gostaria.

      Eliminar
    7. Mas quem é que vai dar €2000 de caução? Enfim...

      Eliminar
    8. Anónimo20 setembro, 2018 08:23, a Proprietária explicou todos os impostos, contas e imprevistos que paga. Claro que no final disso tudo pago, terá de ter lucro e tem de planear a renda que cobra de acordo com esse lucro.

      Eliminar
  35. Já não é só Lisboa que está assim, a especulação estendeu-se ao resto do país...
    Em Leiria, por exemplo, os quartos já começam a rondar os 300€...
    O anúncio mais escandaloso que já vi era um quarto para rapariga, a 300€, para dividir A CAMA DE CASAL com outra rapariga!!!!!

    ResponderEliminar
  36. Eu pago 750 para um cubículo em Lisboa e tenho de estar contente, pois quando acabar o contrato sabe-se lá o que me espera! Queria ter mais um filho, mas não cabe nem mais um peixinho. E não obrigado, não quero ir viver para fora e perder mais 2 horas do meu dia em transportes. Provavelmente abandonarei o meu trabalhinho e vou viver para bem longe de Lisboa, esta maravilha à beira mar plantada, que outrora foi dos portugueses

    ResponderEliminar
  37. Empresas como a Uniplaces, que prestam um serviço miserável aos inquilinos e que são vistos como deuses das Start ups vieram alavancar ainda mais os preços dos quartos para alugar. Isso, aliado ao facto de Portugal ser um país muito apetecível para estudantes em Erasmus, deu cabo do resto. Neste momento, o problema não abrange só Lisboa. Com a abertura da Nova em Carcavelos, os preços na periferia vão subir ainda mais e não se ouve o governo a falar em mais residências universitárias ou em incentivos para estudantes que queiram ir para o Interior. Uma vergonha.

    ResponderEliminar
  38. É deplorável a situação que se vive no Porto e em Lisboa. No meu caso, estudo na Universidade do Minho, o que me fez ter que arranjar quarto em Braga. Por cá, os preços dos quartos parecem autênticas pechinchas... por 150€ arranjamos um quarto com excelentes condições.
    Ainda assim, a associação académica já tem vindo a alertar para os aumentos que se estão a notar aqui na cidade relativamente aos quartos dos estudantes.
    Não há família que aguente pagar essas rendas exorbitantes. Alguma coisa terá de ser feita com a maior celeridade possivel.

    http://cidadadomundodesconhecido.blogspot.pt

    ResponderEliminar
  39. Meus amigos lanço aqui esta sugestão! Informem-se lá dos preços praticados em Beja! Sim,Beja!!! Informem-se sobre os preços de casas para alugar quer a estudantes ou não, e de casas para vender...aposto que ficam de boca aberta...
    kisses

    ResponderEliminar
  40. Hum, se alugasse o quarto que tenho a mais em casa, ainda me ajudava nas despesas da casa e conseguia fazer um preço bem mais simpático!

    ResponderEliminar
  41. Pipoca leio este blog há vários anos, mas esta deve ser a primeira vez que comento uma publicação.
    Compreendo o que expuseste acima e concordo que essa situação em particular não faz qualquer sentido, porque tal como dizes, o somatório das rendas dos quartos nunca corresponderia ao valor a ser pago por uma família. Claramente o proprietário está numa situação de abuso de poder.
    No entanto, e enquanto filha de proprietários, tenho "em nossa defesa" de expor o seguinte:
    A especulação imobiliária que se tem vindo a verificar nas grandes cidades com principal foco em Lisboa (refiro-me apenas ao caso de PT), deve-se sobretudo à inexistência de construção. A construção civil em PT está parada há anos, e como actualmente a procura é superior à oferta, economicamente está justificada a inflação nos preços.
    Não só neste blog mas também em muitas conversas de café, com amigos, colegas de trabalho (...) oiço a maioria das pessoas queixar-se dos preços das rendas, da dificuldade de obtenção de crédito face aos salários do agregado familiar, etc. Talvez seja também necessário compreender que a manutenção dos imóveis se faz não só com o dinheiro das rendas, que os proprietários também fizeram um investimento para adquirirem tal imóvel e que imóveis novos/totalmente renovados representam muitas vezes quantias superiores a 20.000€ (obviamente aqui dependendo do tipo de imóvel, localização, tipo de remodelação que se pretende fazer, etc.). Há todo um investimento no imóvel que na maioria das vezes parece ser ignorado pelos arrendatários.
    Quanto a passar recibos: é efectivamente verdade que alguns proprietários não se disponibilizam para o fazer, mas também conheço casos em que são os próprios arrendatários a solicitar ao proprietário que não faça porque assim poderão usufruir do mesmo quarto/casa por um valor mais baixo.
    Há um ditado português que bem se adequa aqui "nem tanto ao mar nem tanto à terra". É preciso reconhecer as duas faces da mesma moeda...

    ResponderEliminar
  42. A realidade do mercado imobiliário em Lisboa hoje é absurda e não vale a pena compararem com a situacao de outras cidades europeias. Primeiro, porque este também é um assunto mais que debatido no Reino Unido, Alemanha, Espanha, etc, em relação as suas grandes cidades. Depois porque os ordenados não são comparáveis. Conheço por exemplo a realidade de Munique, que é uma cidade bastante cara, e as rendas em Lisboa quase que já se equiparam as de lá, relativamente aos salários que lá se ganham. Bastante nais altos portanto. Olho para o futuro com grande preocupação porque penso que ETA questão vai pôr realmente em causa o futut de uma geração, que não tem meios para ser independente. No final de contas, emigram e depois podem chamar os turistas para trabalhar por cá para que o país ande para a frente, para ver se resulta.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Não conheço a realidade de Lisboa mas conheço a de Munique. Para além dos 500, 600, 700 que pedem pelos quartos, temos de nos sujeitar a entrevistas para conseguir um lugar numa casa. So partilham a casa contigo se r lamente gostarem de ti.

      Eliminar
    2. Como vê pelo que se tem falado por aqui, esses valores já são pedidos em Lisboa também por um quarto. E o nivel salarial entre Portugal e Alemanha é bem diferente.

      Eliminar
    3. Pois eu também conheço a realidade de Munique e vejo preços de t1's bem acima de 2000€ por mês. Pergunto-me muitas vezes como muitas pessoas conseguem cá viver.

      Eliminar
    4. Este país já não é para os portugueses, Portugal passou a ser uma Cuba(antes da revolução) na Europa ...

      Eliminar
  43. Fica literalmente mais barato ficar todo o mês num hostel do que arrendar um quarto.

    ResponderEliminar
  44. Num país onde o ordenado mínimo não chega aos €600 e alugar um quarto pode custar €700... está tudo dito.

    ResponderEliminar
  45. Na zona onde resido (Vfixra), há t2 em prédios decrépitos a custarem 650€ de renda.

    ResponderEliminar
  46. Estudei em Santarém , até 2010 pagava 125 euros por quarto sem despesas, éramos 3 e mesmo assim foi um grande esforço que fizemos. Isto é ridículo.

    ResponderEliminar
  47. Vou dar o meu exemplo pessoal. Vivo há 5 anos numa casa arrendada na Expo e pago 600€ por mês. É apenas um T1, mas com boas áreas, e considerando a zona que é, até não foi, mesmo há 5 ano atrás, uma renda particularmente cara já para essa altura (posso, aliás, dizer, que foi o T1 mais barato que encontrei na Expo nessa época). Vou em breve deixar esta casa e a senhoria resolveu manter a casa arrendada. A senhoria é impecável, não é nenhuma investidora, é simplesmente uma pessoa que não vive em Lisboa e que queria tirar algum rendimento do imóvel sem, contudo, explorar as pessoas que lá viviam. Contudo, extremamente influenciada pelo senhor da agência imobiliária, a casa está agora para a arrendar por €1.100,00 por mês. Um aumento de quase 50%. Volto a dizer, a senhoria não pretende explorar ninguém e a renda que está a ser pedida, tem a ver com a influência que a imobiliária teve sobre a senhoria, pois certamente em menos de nada a casa voltará a estar arrendada. Porquê? Porque, ridiculamente, há procura para isto. Eu podia, em conjunto com o meu marido, pagar uma renda de €600. Mas jamais poderíamos pagar uma renda de €1.100. Portanto o que neste momento me questiono, é quem são as pessoas que estão dispostas a pagar estas rendas. Porque não é certamente uma pessoa que viva sozinha, e mesmo que seja um casal, é preciso ganhar-se um ordenado líquido muito bom, para ter mensalmente uma despesa destas. Só quando o mercado financeiro colapsar outra vez é que as pessoas se vão aperceber da bolha especulativa imobiliária que se está a criar. Claro que agora é muito bom que os juros estejam negativos, mas quando a taxa de juro voltar novamente a subir (e vai subir!), quero ver como se vão desenvencilhar as famílias que vão ver aumentados os seus encargos com a prestação da casa ao banco em 200€ ou 300€ por mês. O Banco de Portugal já avisou que isto vai acontecer; a Deco já avisou que o nível de endividamento das famílias está de novo a aumentar, potenciado pelo acesso fácil ao crédito. A ver vamos o que reserva o futuro. Mas muito honestamente, não augura nada de bom para o mercado imobiliário.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Parte do problema reside nessa distinção, é que uns querem ser locadores, à medida que outros preferem ser investidores, está na moda. Mas isso passa, as bolhas sempre existiram, a história assim o diz, a próxima também acontecerá.

      Eliminar
  48. Concordo com tudo! Mas fica mais caro ter um filho no berçário/infantário etc..do que na faculdade. Até aos três anos só existe ipss (acho) que facilmente chegam aos 300€. Depois é a pre-primária pública até às 15:00 ou seja, prolongamento a pagar.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Considero que o mercado de trabalho podia ser mais flexivel. Trabalho na Alemanha com uma filha pequena. Desde que terminou a minha licença de maternidade optei por trabalhar a 25%. Sou enfermeira e isso corresponde a 4/5 dias por mês que trabalho aos fins de semana. Deixo a minha criança com o pai. Durante a semana para já está comigo. Quando encontar infantário (algo muito dificil por aqui) revemos a nossa situação. É verdade que ganho muito pouco (1/4 do ordenado base) mas estou a aproveitar a maternidade e a minha filha. Em Portugal seria impensável escolher qual a percentagem a que queria trabalhar.

      Eliminar
    2. Não, não seria impensável. Está previsto no código do trabalho e em que situações deve ser especialmente considerada (trabalho a tempo parcial e descendentes até 12 anos). O problema é a maioria das empresas não cumprir a lei.

      Eliminar
    3. Sim eu sei que a lei prevê a possibilidade de se trabalhar a 50%. O problema são os entraves colocados. É a mentalidade de Portugal.

      Eliminar
    4. Ah esqueci-me de referir que a percentage de horas que o fumcionário trabalha é independente do número de filhos. Qualquer pessoa sem filhos pode trabalhar o número de horas que quiser.

      Eliminar
  49. Também acho escandalosa a situação, é um perfeito aproveitamento de quem precisa de alugar casa. Com o aumento do sector turístico diminui o a oferta de casas e existe aproveitamento e penso q deviam legislar sobre a situação. É de facto mt dinh5vir para estudar ca.
    No caso do meu gostava ele aproveita se intercâmbio bolsas e formas de pagar o curso com empregos temporários e fosse estudar p fora, mas o caminho dos estudos dos filhos não é fácil..

    ResponderEliminar
  50. É a lei da oferta e da procura. Lisboa está na moda, ponto. O Rio de Janeiro há uns anos, também estava na moda, e pagavam-se tranquilamente 800€ ao cãmbio da época, por um quarto num apartamento em Ipanema ou Leblon (melhores zonas da cidade, não há milagres).
    O custo de vida também aumentou e quem é proprietário leva com as carradas de impostos taxadas ao "capital", que este governo de esquerdalhos impõe. IMoral ou não, há que fazer face a isso.

    ResponderEliminar
  51. E Lisboa é suja e cheia de buracos... o que seria se fosse uma cidade impecável!!

    ResponderEliminar
  52. 500€ por um T1 mínimo e super antigo no polo universitário do Hospital São João (Porto). Ridículo...

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Paguei eu e uma colega com a diferença do apartamento ser novo. Sem contrato. Ir a casa?impossível porque as aulas de presença obrigatória terminavam às 20h enquanto que o último autocarro para a terrinha era às 19h. Na altura sem carro ou carta de condução foi a solução que restou...

      Eliminar
  53. Ainda bem que fala do assunto, tenho um filho a estudar em Lisboa,vivo em Ponta Delgada. Há dois anos fui com ele procurar quarto e já na altura os preços estavam inflacionados. Desesperei a procurar. Desde então e estamos a falar no espaço de dois anos a situação piorou imenso. Se calhar denunciar estas situações bem como os muitos que alugam e não passam recibo será a solução.

    ResponderEliminar
  54. Tendo em conta que Lisboa é o lugar do país com mais oferta de trabalho estão a expulsar pessoal qualificado. Mesmo a elite que pode estudar em Lisboa acaba por sair do país. O Passos Coelho tinha razão quando dizia para emigrarmos. Este país é revoltante.

    ResponderEliminar
  55. Muita gente simplesmente também é uma nódoa a procurar. Lamento, mas é a realidade. Não encontram nada para venda "a preços decentes" (comprei um apartamento T3 pequeno todo renovado nas avenidas novas no ano passado por 240 mil, tenho vários amigos que compraram fora do centro por 150 mil este ano - Olivais e Massama), voos para as ilhas custam mil euros (lol), creches privadas no centro só a 500€ mínimo (e eu, antes de engravidar, achava que era assim... Mas agora estou à procura com antecedência para o meu filho e já visitei 4 nas avenidas novas e todas tinham vagas e rondam os 300€/mês - sem alimentação que podemos levar de casa), etc. Há pessoas que só pensam nas coisas em cima da hora e depois é tudo uma complicação...

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Que confusão de comentário. Um apartamento 240 mil euros é caro mesmo em Lisboa, creche a 300 euros sem alimentação é caro em qualquer lado. Vivo no Cartaxo a 45 minutos de Lisboa com óptimas acessibilidade, uma amiga comprou um T3 grande novo por 50 mil euros, paga 80 euros de creche ( e não é ipss) com comida incluída, agora veja o que podia poupar a viver na periferia, se calhar você em comparação com esta minha amiga também teve falta de planeamento e não procurou bem.

      Eliminar
    2. Bem acho que depende do gosto de cada um, esse apartamento tem mais de 100m2, todo remodelado num estilo clean, tem elevador, uma varanda pelo menos, ar condicionado etc? É que a esse preço dos que tenho visto a maioria tem 65m2 e uma remodelação fajuta, 3° andar sem elevador, e prédio de tabique, só de pensar nas baratas que isso tem...é que não temos todos as mesmas preferências, há quem fique feliz por largar 240k para viver numa casa de bonecas com mau aspecto.

      Eliminar
    3. Dizer que um T3 de 240 mil nas avenidas novas é caro é mesmo não ter noção dos preços de Lisboa (ou do centro de qualquer capital europeia). Se me disser que 500 mil ou mais, como pedem por muitos atualmente, é caro, ainda aceito! Eu odiaria gastar 1h30 por dia em deslocações, como você e a sua amiga fazem. Odeio carros, trânsito, acho uma perda de tempo e um desgaste diário para algo que faremos durante 40 anos da nossa vida, todos os dias (enquanto trabalharmos). Para já não falar que também gasta em portagens e combustível e que facilmente há um acidente, fica presa no trânsito e demora o dobro do tempo. Eu demoro 10min a pé para o trabalho e a creche fica ao lado! Parece-me que isso é que é ter uma "óptima acessibilidade".

      Novamente, dizer que uma creche a 300€ no centro de Lisboa é caro e também não ter noção. Sabe a quantidade de colégios a 600€ ou mais por mês? E estão todos cheios. A que horas tem de deixar na creche e vai depois buscar o filho essa amiga do Cartaxo? É que eu vou deixar às 9h e às 16h30 estou lá para o ir buscar (tenho horário continuo). Coisa impensável se tivesse de pegar no carro e meter-me no trânsito.

      Apenas digo que ainda há boas opções no centro se se procurar bem, obviamente não serão tão baratas como o Cartaxo ou Beja. E que numa "periferia" mais próxima, como são os Olivais, mais ainda.

      Ao último anónimo: ainda bem que sabe melhor do que eu o aspecto da minha casa 😂 adoro o meu apartamento, tenho vários amigos a viver no centro em apartamentos muito giros e nunca trocaria por uma moradia xpto na periferia.

      Eliminar
    4. Creche privada a 80€/mês com alimentação? Isso nem dá para os gastos! Deve ser daquelas amas de vão de escada...

      Eliminar
    5. Anónimo do apartamento das avenidas novas. Comprou em agência ou a particulares? Caso tenha sido agência diga-me por favor qual foi. Muito obrigada.

      Eliminar
  56. A malta que vive e trabalha em lisboa so pode ser doida. Como é que voces aguentam? Estive aí a trabalhar um ano e desisti. Trabalho em Coimbra e moro numa pequena cidade la perto . Pago 350€ por um T3 com boas areas e garagem, na zona nobre desta cidade. Demoro 20 min a chegar ao trabalho de carro pois nao apanho transito. Ganho 1500€ liquidos, sei q em lisboa ganharia bem mais para as minhas funcoes como alguns colegas de curso. Mas e quanto gastaria a mais? Para mim nao compensa, nem pensar.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Porque em Coimbra eu nunca ganharia isso, nem teria a profissão que tenho e em Lisboa ganho 2 mil líquidos e não demoro 20min de carro para o trabalho, demoro 10min e é a pé 🙂 para além de que Coimbra é uma seca (digo eu que cresci lá e vivi até aos 22 anos).

      Eliminar
    2. Se demora 10 min a pe é porque vive numa zona central. Quanto paga pela casa? Ou melhor, quanto pagaria por um T3 com 190m2?

      Isso de ser uma seca é relativo. Eu nao moro em Coimbra porque acho que é muita confusao, demasiado cidade para mim. Quando quero ir a um cinema, centro comercial ou ter mais escolha de restaurantes vou la, sao so 20 min. Mas para o dia a dia prefiro a minha cidade mais pequena. Sao gostos :-) E ate fiz o curso em coimbra e na altura morava la. Para vida de estudante, sair á noite e tal é fixe, mas p vida de adulto familiar é confusao a mais

      Eliminar
    3. A questão é: quero/preciso de um T3 com 190m2? Não! Por isso vivo num t2 de 85m2, que dá perfeitamente bem para um casal com um filho. Se passamos 8h do nosso dia no trabalho + algum tempo a tratar de assuntos/passear, preciso de uma casa grande onde só estamos um pouco de manhã e depois ao final da tarde/noite para quê? Só ia dar era trabalho a limpar (não temos empregada) :)

      Se acha que Coimbra é muita confusão e demasiado cidade, então certamente iria detestar viver no centro de Lisboa como eu! Eu não quero ter cinema, centro comercial ou restaurantes a 20min de carro. Eu quero nem sequer usar um carro (temos um apenas e mal o usamos, só o temos porque já era do meu marido dos tempos de estudante e dá jeito para ir ao fim-de-semana visitar a família) e ir a pé para todo o lado no máximo a demorar 15min e ter tudo à mão.

      Não sinto confusão nenhuma no meu dia-a-dia, acho que tenho imensa qualidade de vida, precisamente porque temos tudo perto e podemos ir a pé para todo o lado. O nosso filho passa o mínimo de tempo necessário na creche, porque é ao lado dos nossos empregos e podemos deixá-lo antes de entrar e ir logo buscá-lo assim que saímos, podemos ir passear a um jardim antes de ir para casa, passar em qualquer lado a comprar algo que falta e fazer tudo com calma, sem pressas, sem condicionalismos de trânsito. E ao fim-de-semana temos outras zonas da cidade diferentes daquelas onde andamos no dia-a-dia onde chegamos rapidamente de transportes e onde há sempre coisas novas e giras para ver/fazer.

      Eliminar
    4. Coimbra é confusão? Tive a oportunidade de passar lá uma temporada e serviu-me para perceber que temos mesmo que gostar do sítio em que vivemos para sermos felizes. Achei uma cidade feia, cinzenta, degradada e sem nada para fazer. Nem a ganhar €3000/mês lá viveria.

      Eliminar
  57. O estado com os 28% que cobra de mais valias aos senhorios por cada renda, poderia construir residências para estudantes!!

    ResponderEliminar
  58. "Nem todos podemos ser doutores" ouvi isto muitas e muitas vezes mas, com o esforço dos meus pais, consegui tirar o meu curso. Hoje, coloco todos os meses 50€ na conta do meu filho para o caso de estudar fazer parte dos seus planos.

    ResponderEliminar
  59. Ana peço desculpa por fugir um pouco ao tema mas...Alguém me pode explicar porque é que no ensino secundário só os alunos com subsídio social escolar podem receber bolsa de mérito?

    Carolina

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Olá, saí relativamente há pouco tempo do secundário (terminei em 2017), e na escola pública onde andava, as condições eram as seguintes: inicialmente TODOS que tivessem média superior a 14 (e sem nenhuma negativa) estavam habilitados a ter bolsa de mérito (já não me recordo bem do valor sinceramente, penso que eram 500€) e os que tinham apoio social apenas necessitavam de média de 10. Mas isto foi na altura do meu irmão, que andava na mesma escola que eu e é 3 anos mais velho. Na minha altura as condições mudaram: todos tinham direito a bolsa de mérito se tivessem média superior a 16, e os que tivessem apoio social precisavam de ter média de 14 (sem nenhuma negativa). O meu irmão conseguiu ter essa bolsa durante uns 2 anos. Eu por pouco não consegui a média de 16 (foi de 15,6). É pena que a maior parte dos alunos e pais desconheça esta situação, eu tinha conhecimento pq houve uma fase que a minha família tinha apoio social e falaram-nos disto. Pff informe-se porque é uma ótima ajuda, o dinheiro pode ir para os pais ou ficar mesmo numa poupança para a faculdade/estudos fora/mestrado... Média de 14 é relativamente acessível de conseguir.

      Eliminar
    2. A bolsa de merito no secundario serve para pagar os estudos. Semelhante aos EUA onde os alunos com carencia e com boas notas recebem bolsas de estudo da umiversidade. No caso de Portugal no secundario os alunos com carencia economica mas com fraco/medio aproveitamento têm subsidio, o que significa que sao-lhes pagas despesas com transporte, livros, papelaria e cantina. Os alunos com alto aproveitamento em vez de terem estes subsidios recebem directamente um valor mensal, uma bolsa. Em ambos os casos sao formas de ajudar quem tem carencias economicas mas da-se mais dinheiro a quem tem alto aproveitamento.

      Mesmo na universidade ha distincao: para manter bolsa de estudo tem de fazer um minimo de cadeiras por ano e tem x anos de tempo maximo p fazer o curso. Se chumbar perde a bolsa e ate pode ficar na residencia mas tem de pagar o quarto . Quem tem bom aproveitamento tem majoraçao na bolsa de 10%.

      Ou seja, o estado financia quem tem carencias e da sempre mais dinheiro a quem tendo carencias tem tb alto aproveitamento.

      Eliminar
  60. Em 1996, tinha um quarto no centro do Porto. Pagava 100 euros, com tudo incluído e a senhoria ainda deixava sopa feita todos os dias para a malta lá de casa.

    ResponderEliminar
  61. Mas porque raio é que os estudantes têm de ir para Lisboa se não têm condições para pagar as rendas? Até parece que não há universidades fora de Lisboa.
    Nos outros países a situação é igual, ou pior. As rendas nas grandes capitais são sempre mais elevadas.

    ResponderEliminar
  62. O q interessa perceber é qto representa o custo num quarto num salário médio nas principais cidades em Portugal versus Espanha e outros paises da Europa.
    Não importa qto custa. Importa a capacidade de fazer face a esse custo.
    Talvez a UE tenha q assumir as suas responsabilidades de criar equilibrios na Europa

    ResponderEliminar
  63. Sou estudante numa faculdade na cidade mais cara e turística da Roménia (a Roménia não é tão barato quanto as pessoas pensam!) e mesmo considerando que estou numa universidade "privada", os meus gastos anuais são mais baixos do que se estivesse em Lisboa! Não é regra para todos os países mas há situações em que sim, é mais barato ter um filho a estudar no estrangeiro.

    ResponderEliminar
  64. O estado deveria cobrar mesmo os 28% aos senhorios. Fuga devia dar coimas de 10 anos de renda.
    O estado deveria ajudar quem não consegue suportar esses custos, com residências estudantis.
    Quem pode são os mesmos q cobram essas rendas, ie os ricos, logo o estado (nós) não temos q os alimentar.

    ResponderEliminar
  65. Esta caixa de comentários parece os homens a comparar o tamanho das pilinhas...

    ai porque eu ganho 1000€!
    então e eu que ganho 2000€?
    ah mas eu moro no centro de Lisboa e vou a pé para o trabalho!
    como consegue morar no centro de Lisboa, em Odivelas é que é.


    paciência....

    ResponderEliminar

Teorias absolutamente espectaculares

AddThis