Cá em casa eu sou uma verdadeira fundamentalista da electricidade. O que é que isto significa? Que boa parte dos meus dias são passados a berrar "quem é que deixou esta luz ligaaaaaadaaaaaaaaa?". Ando sempre a desligar luzes pela casa toda, sou absolutamente controladora, e acho que há poucas coisas que me irritem tanto como chegar a casa, ver uma luz ligada numa qualquer divisão e não estar lá ninguém. Juro que não percebo isto. Para mim sair do quarto, ou da sala, ou da cozinha e desligar a luz é tão natural como entrar no carro e pôr o cinto de segurança, por isso não me entra na cabecita que isto não seja um procedimento normal para TODA a gente. Mas pronto, se calhar sou só eu que moro com as pessoas mais despassaradas do país. Ou então é porque a conta da luz está em meu nome e sou sempre eu a primeira a bater com os olhinhos na pequena fortuna que temos para pagar a cada mês.
Eu acho que, genericamente, toda a gente gostaria de gastar menos em electricidade. Uma boa fatia do orçamento familiar vai directamente para isso e estima-se que 7,3% dos portugueses têm atrasos nas facturas de energia (um número que sobe para os 15,5% em solteiros com crianças). Mas, verdade seja dita, será que estamos a fazer tudo o que podemos para poupar? É porque eu acho que não estou. E nem é por desinteresse, é mesmo por não saber como o fazer ou nunca me ter informado devidamente sobre o assunto. Percebi isto na semana passada, no lançamento da iniciativa "Gaste menos em energia... e mais em si", promovida pela Comissão Europeia. Quando me passaram para as mãos um papel com dicas sobre poupança de energia, percebi que não sabia nada do assunto. E, pior, que há várias coisas muito simples que podem ser feitas. Querem alguns exemplos?
- Se evitarmos o modo stand by dos aparelhos podemos poupar até 50€ por ano;
- De cada vez que abrimos o forno quando ele está ligado, gastamos 20% do calor e energia;
- Por cada grau centígrado que reduzimos no ar condicionado, estamos a aumentar o consumo de electricidade em 11% (whaaaaaattt?? Fiquei chocada com esta);
- As ventoinhas de tecto podem reduzir a temperatura até 5 graus e gastam muito menos electricidade;
- Quando compramos um novo electrodoméstico devemos olhar atentamente para a etiqueta de energia EU. Os equipamentos mais bem cotados podem ser até 60% mais eficientes.
Enfim, são apenas alguns exemplos, mas já fazem bastante diferença. Esta e muitas outras dicas podem ser descobertas no roadshow "Eficiência Energética", que já passou por diversos países, que já esteve no Parque das Nações e que rumará ao Porto de 4 a 8 de Outubro. Levem os miúdos e aprendam, em família, a poupar energia, porque isto tem impacto não só na factura, mas também na climatização das vossas casas e, claro, no meio ambiente. Em Portugal, cerca de 20% dos cidadãos não conseguem manter as suas casas devidamente aquecidas, e isto pode ter a ver com coisas como mau isolamento das portas e janelas, humidade ou inflitrações, o que faz com que se vejam obrigados a consumir mais energia. Nesta exposição itinerante, que acontece dentro de um camião que funciona como uma casa interactiva, podem aprender sugestões de eficiência energética nas paredes interactivas, e participar em concursos e outras actividades educativas. Saibam mais aqui e vão estando atentos ao meu Instagram, que partilharei por lá mais algumas dicas úteis sobre este assunto.
3 comentários:
Pipoca parece-me que essa percentagem (20% dos cidadãos que não conseguem manter a casa devidamente aquecida) não traduz a realidade portuguesa. Pelo menos onde moro as pessoas preferem investir na aparência da habitação (jardins, churrasqueira's, ...) em detrimento do conforto.
Catarina
https://www.flash.pt/moda-e-beleza/tendencias/detalhe/os-9-penteados-que-nos-tornam-imediatamente-mais-novas?utm_campaign=Newsletter&utm_content=4515956972&utm_medium=email&utm_source=modaebeleza_on
Pipoca parabens pelas linhas que escreveu :)
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Teorias absolutamente espectaculares