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Um mês de Benedita

terça-feira, agosto 14, 2018

Há um mês eu estava a chorar. Podia ser mais cedo, podia ser mais tarde, a hora é indiferente. Provavelmente eu estaria a chorar, porque foi assim que passei o dia - esse e os seguintes - desde que a Benedita nasceu e a levaram para a incubadora. Eu já sabia que ela ia nascer mais cedo, a probabilidade de isso acontecer era grande, estava preparada, não era novidade. Mas a única maneira de se sobreviver a uma gravidez, sem enlouquecer, é varrer da mente todas as coisas que podem correr mal, e que são tantas. Não é fingir que elas não existem, é só fintar o cérebro para que se dedique a funcionar de forma exclusivamente positiva. Sendo uma pessimista nata, fui tentando pôr isto em prática. E, por isso, a hipótese de ter um bebé e de o levarem logo de seguida para uma incubadora, não estava nos meus planos. Mas foi o que aconteceu. A pediatra da Benedita começou a preparar-me ainda antes da cesariana, "olha que ela deve precisar de ficar internada três ou quatro dias", mas achei sempre que não, que mesmo sendo prematura ia nascer fresca e fofa, pronta para a vida, tal como o irmão. Só que afinal não.

No bloco de partos pude olhar para ela um ou dois minutos, talvez menos. Depois levaram-na e começaram os dias mais difíceis da minha vida.
Ter um bebé e não poder ficar com ele, a inspeccioná-lo até ao mais ínfimo pormenor, é de dar cabo de nós. Fui para o recobro, depois para o quarto, e aquela sensação de vazio não me largava da mão. Nem do coração. No meu quarto não havia berço, não havia um bebé, já nem sequer  havia uma grávida. Só mesmo alguém acabado de ter um filho e sem ninguém para dar colo. Queria vê-la, mas só me deixavam levantar dez horas depois da cesariana. Que aproveitasse para descansar, diziam-me. Mas eu não queria descansar, como é que eu podia descansar sem pôr os olhos na minha filha, sem saber ao certo como estava? Queria pegar em mim e largar a correr para a neonatologia, só para poder olhar para ela. Não podendo ir eu, pedia ao pai que fosse, que lhe fizesse companhia, afligia-me a ideia de a ter lá sem ninguém. Da primeira vez que voltou, com o telemóvel carregado de fotos, avisou-me que talvez me fizesse impressão. Não quis saber, quis ver na mesma. E o coração voltou a partir-se quando a vi, tão pequenina, com fios a sair por todo o lado.

Fui vê-la ao final da tarde, quando finalmente me deixaram levantar. Engoli as dores, engoli o choro e fui. Da minha cama à incubadora era preciso passar por sete portas. Não as contei naquele momento, mas fiz a viagem tantas vezes que acabei por me dar conta disso. Ao chegar, o primeiro impacto foi brutal. A incubadora, as máquinas, os monitores, os alarmes e ela ali, mínima, no meio daquele aparato todo. Não podia pegar-lhe, mas podia pôr a mão dentro da incubadora e fazer-lhe festinhas nos bocadinhos de pele que tinha à mostra. Não chegava, era pouco, mas era o que podia ser.

Enquanto estive na maternidade, as noites eram o mais difícil. De dia distraía-me com as visitas que recebia e com as idas à incubadora. Mas à noite ouvia os bebés a chorar nos quartos do lado e ficava devastada, porque o meu não estava ali. Fazia logo uma novela mexicana na cabeça: imaginava-a a chorar na incubadora, a achar que tinha ficado sozinha no mundo, que a mãe a tinha abandonado e isso dava cabo de mim. Acordar para essa realidade todos os dias também não era fácil. E se havia momentos em que estava mais animada, a maior parte do tempo sentia-me consumida pela tristeza. Ao segundo dia uma enfermeira apanhou-me a chorar com a cara encostada à incubadora. Não me disse nada, mães a chorar são o prato do dia numa unidade de neonatologia, mas perguntou-me se queria ajudar a mudar a fralda. E eu percebi que era a forma de me acalmar a tristeza. Mudar uma fralda é uma coisa básica e sem grande interesse num recém-nascido normal, mas que demora para aí meia hora num "incubado". E quando não podemos ter contacto nenhum com o nosso bebé, até mudar uma fralda nos parece incrível. A meio do processo, quando foi preciso mudar o lençol, a enfermeira perguntou-me se queria agarrar na Beni. Foram cinco ou dez segundos, sem sequer a tirar da incubadora, mas foi a primeira vez que pude pegar-lhe e foi o melhor momento até ali. Gostei, sobretudo, da sensibilidade da enfermeira, que percebeu a minha tristeza e arranjou forma de a atenuar. Um ou dois dias depois, deixaram-me deitar a bebé no peito por uma ou duas horas, para fazer contacto pele com pele, e pensei seriamente arrancar-lhe os fios todos e fugir com ela. Até porque depois disso puseram-lhe um cateter e não pude voltar a pegar-lhe durante uma semana.

Entretanto, o dia que eu temia chegou: foi-me dada alta. De cada vez que pensava que ia para casa e a bebé ficava, largava num pranto, por isso ver esse dia chegar foi aterrador. Por essa altura, já tinha desistido de perguntar quando é que ela iria embora. É uma coisa que se aprende: ao fim de pouco tempo deixamos de fazer perguntas começadas por "quando"- e que são a maioria das nossas perguntas. Quando é que vai para casa? Quando é que lhe posso pegar? Quando é que tira os fios? Quando é que veste a primeira roupa? Quando é que lhe posso dar banho? Quando? Quando? Quando? Percebi que, pela minha sanidade mental, era melhor não criar grandes expectativas, por isso acabei com os "quandos". Queria que ela ficasse bem, sabia que não podia estar a ser mais bem acompanhada do que ali, tinha plena confiança em toda a gente que cuidava dela, por isso não valia a pena consumir-me com datas e prazos. As coisas aconteciam quando tivessem de acontecer. Mas saber que me ia embora era insuportável. Tive alta a seguir ao almoço e instalei-me na neonatologia, onde os pais podem estar 24 horas por dia. Fiquei por lá até às nove ou dez da noite, sempre a adiar o momento de ir para casa. Saí de lá em lágrimas, fui todo o caminho em lágrimas, cheguei a casa e continuei em lágrimas. Porque não é assim que nos imaginamos a chegar depois de termos um bebé. Olhar para o berço, para o carrinho, para todas as coisas que preparámos, e não ter o bebé connosco, é uma coisa duríssima. Foi, sem dúvida, um dos momentos mais tristes da minha vida.

Os dias seguintes foram passados de forma sempre igual. De manhã estava um bocadinho com o Mateus, chegava ao hospital às dez ou onze da manhã, e ficava por lá até às nove ou dez da noite. Nunca dormi lá. Não só porque a Beni estava na incubadora e não lhe podia pegar, mas porque também sentia que era importante ir buscar o Mateus, jantar com ele e tentar dar-lhe alguma normalidade. Chegava sempre de coração nas mãos, ansiosa por vê-la, saber se estava melhor, se tinha passado bem a noite, e as notícias eram quase sempre boas. Todos os dias havia uma pequena coisa para nos animar. Porque na neonatologia tudo é motivo para celebração. "Hoje tirou o tubo que auxilia a respiração, yeaaaaaaahhhhhh". "Hoje comeu sem a ajuda da sonda, yeaaaaaaaaahhhhhh". "Hoje fez cocó, yeaaaaaaaahhhhh" "Hoje vamos dar-lhe o primeiro banho a sério, yeaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhh". "Hoje vai poder vestir um babygrow, yeaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhh". Quando um dos bebés internados atingiu um quilo, houve bolo para celebrar. E é assim que os pais vão sobrevivendo: comemorando todas as pequenas conquistas.

No tempo que a Benedita lá esteve, ajudou-me muito falar com outras mães, conhecer as suas histórias. Conheci gente que já tinha os filhos ali há dois ou três meses, gente que teve filhos com 25 ou 26 semanas e os viu com a vida por um fio, gente que faz do hospital a primeira casa, gente que merece o título de melhor mãe do mundo, mas assim de forma destacada. Ainda assim,  e mesmo estando sempre a conviver com histórias piores do que a nossa, nem sempre é fácil relativizar. Lembro-me de uma manhã, já em casa, em que acordei a sentir-me particularmente miserável. Uma amiga ligou-me e, entre soluços, eu só conseguia dizer "eu sei que há ali bebés que estão em condições muito piores, mas custa-me tanto ver a Beni assim". Não queria ser ingrata, egoísta, pouco empática, mas a verdade é que vivemos com o coração fora do peito enquanto o nosso bebé não vem para casa. Bem, depois disso também, pelo resto da vida, mas é diferente.

Quando os médicos começaram a falar em alta, fiquei um bocadinho dividida. Por um lado, era a o que mais queria no mundo e era sinal de que a Beni já estava bem. Por outro, era o medo de deixar aquela segurança. Os fios e monitores ao início eram absolutamente assustadores. Acho que tive uns 25 enfartes de cada vez que alguma coisa apitava e eu não percebia o que era. Mas, ao fim de pouco tempo, já percebemos porque é que apitam, já sabemos mais ou menos que valores é que são normais, que aquele parâmetro tem de estar acima do valor x, que o outro não pode ultrapassar o valor y, etc e tal. A pessoa sai dali praticamente doutorada em maquinaria de neonatologia. Maquinaria essa que nos dá MUITA tranquilidade e que, desgraçadamente, sabemos que não vamos ter em casa. Nem isso nem a equipa incrível que acompanha os bebés. Eu passava a vida a dizer que queria muito ir para casa mas poder levar as máquinas, os médicos, as enfermeiras e as auxiliares e enfiá-los todos num quartinho, só naquela de me sentir mais segura.

Todas as pessoas com quem me cruzei na unidade de neonatologia do Hospital de Cascais foram absolutamente incríveis. E todos os dias eu me maravilhava com a dedicação que oferecem aos filhos dos outros. Decididamente, é preciso ter vocação para trabalhar ali. Porque não só tratam de bebés em condições muito especiais, como tratam dos pais, também eles em condições especiais e a precisar tanto de colo. Não houve um dia em que não me perguntassem como é que me sentia, se precisava de alguma coisa, se me podiam ajudar de alguma maneira. E ver o mimo que davam à Benedita, o cuidado com que a tratavam, era a única coisa que me deixava ir para casa todas as noites com o coração um bocadinho mais sossegado. E regressar na manhã seguinte com os níveis de coragem recarregados, prontos para mais um dia que nunca se sabe muito bem como vai correr. A única coisa constante, que não mudava, era o carinho, a dedicação, o profissionalismo, o positivismo e a simpatia com que me recebiam sempre. Com que tentavam atenuar os meus medos infinitos. Com que respondiam às minhas dúvidas. Com que me diziam a palavra certa quando me sentiam em baixo. Com que me faziam rir quando a minha vontade era chorar 24 horas consecutivas. Com que pegavam na Beni  e me faziam sentir que não podia estar em melhores mãos. Se não desabei por completo, a toda àquela gente o devo. E concluí que é humanamente impossível agradecer tudo aquilo que fazem pelos nossos filhos. Pelo menos de forma proporcional. Porque tudo parece pouco e ridículo quando comparado ao trabalho gigantesco que fazem ali todos os dias. Sempre felizes, disponíveis e atenciosos (mesmo quando, por dentro, nem sempre se sentem assim). Ainda assim, agradeço uma vez mais e acho que vocês são os maiores.

Agora que tenho a Beni aqui a dormir ao meu lado e em que posso estrafegá-la com abraços e beijinhos sempre que me apetece, parece que foi numa outra vida que passámos por isto. Mas não foi. Foi há pouco mais de duas semanas que saímos do hospital e foi também, sem dúvida alguma, a experiência mais dura da minha vida. Também por isso tenho estada afastada do blog. Senti que me foi roubado tempo com a Beni e, por isso, tenho estado a tentar recuperá-lo, completamente focada nela. Além disso, também me apeteceu sentir um bocadinho "normal". A maioria das mães desliga-se dos seus trabalhos, vive as licenças de maternidade em pleno, gozam os bebés. Mas quem vive no mundo virtual, não pode desligar-se com a mesma facilidade, há sempre aquela necessidade de estar a actualizar blogs, facebooks, instagrams, mostrar cada passo que se dá para que não se percam seguidores. Se calhar alguns leitores desistiram de mim neste último mês, fartaram-se de vir aqui e não encontrar nada de novo, mas precisei mesmo de fazer esta pausa. E só hoje, que a Benedita faz um mês e está tudo mais calmo, tive vontade de contar o que nos aconteceu. Aos poucos, o blog retomará o seu ritmo normal, mas sem grandes pressas, até porque é Agosto e está tudo mais entretido a desfilar biquínis e a enfardar bolas de Berlim (alerta inveja). De resto, vou estando pelo Instagram, que é mais instantâneo e fácil de actualizar.

E agora deixem-me lá ir, que as fraldas não se mudam sozinhas.

248 comentários:

«O mais antigo   ‹Mais antiga   201 – 248 de 248
Anónimo disse...

Se insultar alguém que não conhece por ter uma postura diferente não é ser malcriada, não sei o que será. Era suposto perceber algo sobre bebés se nunca convivi com um? Não mudo uma linha do meu comentário original, até porque aprendi algo com algumas das respostas que recebi. É o que acontece com pessoas que não vivem no meio de cegueiras e histerismos ;)

Anónimo disse...

Percebo o que quer dizer, mas não concordo, de todo, que seja necessário ser mãe para sentir as coisas de outra forma.
Não tenho filhos, e secalhar até estou longe disso, no entanto o texto fez-me chorar.
Porque me pus no lugar do outro, porque sou mais sensível, porque tenho compaixão, "N" coisas... Que acho terem bem mais a ver do que propriamente o ser ou não mãe.
Conheço mulheres, mães, que dificilmente se emocionariam com um texto ou experiência. Tem a ver com a essência de cada um.
Felicidades para si *

Anónimo disse...

Também é enfermeira e vai ter um vencimento base de 2800€!? Viva o SNS!!!!!!

Anónimo disse...

o anonima das 07:03, eu nao sou a anonima inicial mas fiquei sem perceber o seu raciocinio

diz que é "sinal que não percebe nada do que diz e isso irrita-me". a anonomia sabe tudo de todos os assuntos? é que eu quando nao sei pergunto. parece-me perfeitamente natural que se a senhora não é mae, então nao percebe nada disto e por isso está a perguntar a quem percebe: uma mae como a pipoca. Eu tambem quando nao sei fazer o IRS pergunto ao contabilista, e estranho seria se ele ficasse irritado comigo de eu nao perceber nada de finanças.

"informe-se fora das redes sociais", ora entao onde sugere que a anonima vá questionar isto? às amigas que já sao maes? mas a anonima até pode ser jovem e nao ter amigas que ja sejam maes. Ou entao pode nao ter ninguem com confiança para perguntar. é muito mais facil nas redes sociais colocar este tipo de questao sob anonimato do que o fazer pessoalmente. Neste caso, mesmo ela sendo anonima foi insultada por si, imagine que até é amiga dela e ela fazia a questao pessoalmente....havia de ser bonito

Susana disse...

Respondendo à Cris M: sendo em Oeiras, pode contactar o Centro de Apoio ao Animal, no jardim de Oeiras, que eles certamente irão tentar encontra-lo e apanha-lo para o levar ao veterinário. A câmara de Oeiras tem um serviço muito bem "oleado" de CED (captura, esterilização e devolução ou adopção) para controlar as colónias de gatos de rua. O telefone deles é 211947147. Também aproveito para fazer publicidade à página de facebook "Oeiras pelos animais" onde divulgam campanhas de adoção quer de cães como de gatos, no concelho de Oeiras. Se não conseguir contacta-los telefonicamente, eles também respondem por mensagem no facebook. Boa sorte e bem haja por estar de olho nesse gatinho/a.

Filipa disse...

Sim, claro que é possível. Existem armadilhas para capturar esse tipo de gatos com ajuda de comida para depois poderem ser observados e tratados. Infelizmente a associação da qual sou voluntária só atua na zona de Coimbra, mas de certeza que se pesquisar associações na sua área de residência, encontra quem a ajude...

Cavalheiro do Aeroporto disse...

Daqui para a frente só pode correr tudo melhor. Vai correr tudo melhor.

Anónimo disse...

Pipoca passei recentemente pela mesma experiência. A minha bebe teve 1 mes internada na neonatologia. O seu texto descreve perfeitamente as emoçoes que sentimos. Somos mães sem bebé para cuidar o que nos parte o coração. Todos os dias uma parte de mim ficava na neo quando me vinha embora. Desejo tudo de bom para a princesa.

Pipoco Mais Salgado disse...

Um grande abraço muito empático para si.

Unknown disse...

Fui uma bebé prematura que os meus pais também tiveram de deixar aos cuidados da neonatologia. Durante os meus 26 anos de vida (mais nos últimos 10 anos, crescidinha) ouvi falar da aflição que foi, do sufoco de dois pais de primeira viagem a verem a filha ligada a tudo quanto era máquinas (e sem preparação... nada indicava que deveria ser assim). Garanto-lhe que a única coisa que os bebés prematuros sentirão depois dessa experiência será o eterno amor dos pais. Não se lembrarão da dor ou da luta que travaram, mas saberão o quanto os seus pais deram tudo deles para que fossem para casa com os seus novos (e mais verdadeiros) amores. Um grande beijinho e continuação de um crescimento saudável e maravilhoso para a Benedita e toda a sua família 😘 Obrigado pela partilha ❤

Anónimo disse...

Quero te dizer em Português... “Fo**** “ És GRANDE !! Não sei explicar o que senti ao ler este texto um grande respeito e admiração por tudo e pelo teu sentimento e amor á pequena Beni !! Desejo vos a maior força e benção a vocês e a todas as esquipas de todos os dias cuidam de bebés como a tua ❤️🙏🏼

Carla disse...

Desejo-lhe as maiores felicidades! Aproveite todo o tempo com os seus pequeninos que isso é o mais importante. Nós cá estaremos a aguardar as primeiras peripécias da Pipoca com a Beni, mas tudo a seu tempo.

Anónimo disse...

Embora entenda muito bem pelo que passou a Ana, também não acho tão estúpida assim a questão colocada.
É preciso partirem logo para os insultos e ataques?! Não acho isto normal.

Clélia Stephanie disse...

Chega a ser irónico que o primeiro comentário que faça ao seu Blog tenha que ver precisamente com a razão pela qual criei o meu. Por mais estranho que lhe pareça, o Arrumadinho e a admiração que demonstra pelo trabalho desenvolvido pela Pipoca, foram o ponto de partida para começar a escrever sobre alguns episódios da minha vida em forma de desabafo, isto após ter frequentado um Workshop ministrado pelo Ricardo.

Uma historia semelhante a esta que nos conta foi o começo do meu Blog, (se tiver tempo) entenda tudo aqui: https://cleliastephanie.blogs.sapo.pt/temperos-da-minha-vida-1-11962

Um beijo muito grande para todas as mães que mesmo sem saberem, são umas verdadeiras GUERREIRAS!
PARABÉNS AOS PAPÁS

Anónimo disse...

Que coisinha tão linda a Bene😊🐣

Anónimo disse...

Eu sei bem o que é viver esta realidade. Vivemos durante 57 dias na neonatologia. Ter alta e deixar a minha pequena numa incubadora foi devastador, senti dores como se me tivessem esmagado todos os ossos do corpo. Ter dúvidas, e se...eu chegar lá e ela não estiver lá porque não aguentou..e se..será que vai ter sequelas? e que sequelas? A minha guerreira quis vir ao mundo com 29 semanas, agora já tem 2 anos e tem crescido bem. Eles são uns guerreiros. Parabéns e muitas felicidades.

Sonhadora disse...

Igual por aqui, há o dia em que ele nasceu e que deram lugar aos dias mais difíceis da minha vida, e há o dia da alta e da alegria de traze-lo para casa.

Sonhadora disse...

Chorei ao reviver a minha experiência nas tuas palavras, Pipoca. Foi a experiência mais difícil da minha vida, mas, felizmente, correu tudo bem.
Força para a pequena Beni e família.
Um agradecimento especial ao SNS, aos bons profissionais e humanas que cuidam dos nossos filhos e fazem de tudo para diminuir a nossa dor.

Anónimo disse...

Olá Pipoca, daqui uma mãe e sua leitora que viveu o mesmo há um ano e meio, tive uma bebé com 35 semanas e baixo peso.
Senti como minhas as suas palavras - é duro e violento e chora-se muito a passar por uma experiência como esta.
Quando entrei na Neo pela primeira vez havia um cartaz que dizia "o primeiro dia é o mais difícil" - acho que de facto esse foi o pior dia da minha vida, mas a partir daí foi sempre a subir.
Hoje está uma pipoquinha (chamo-lhe assim :) ) muito espevitada, sem qualquer sequela. O mesmo vai acontecer com a sua Benedita. Pipoca, muita força e coragem.

_ Gil António _ disse...

Boa tarde:- Grande mãe e bebé lindíssimo. Sem dúvida a melhor PIPOCA...
.
* Quero amar-te agora *
.
Tenha um domingo muito feliz

Sandra disse...

Cris, um beijinho para si e que corra tudo bem. Eu sendo mãe, sei que amo o meu filho mais do que tudo. Mais do que a minha vida. É esse o amor da sua mãe. Boa sorte!

Anónimo disse...

http://apipocamaisdoce.sapo.pt/2014/07/um-ano-de-amor-maior.html
Não te esqueças (segunda filha e mãe de dois filhos)👌

Anónimo disse...

É mesmo assim, Pipoca... a dor de não a ter junto de nós no quarto, o não poder pegar ao colo, o ir para casa e deixá-la na neonatologia... é uma dor imensa! Infelizmente não senti o mesmo apoio por parte de todos os profissionais da neonatologia do hospital onde a minha nasceu. Felizmente, e ao fim de 16 dias internada, deram-lhe alta no dia 23 de Dezembro, mesmo a tempo de passar o Natal em casa. E apesar de a ver crescer feliz e saudável, nada apaga aqueles 16 dias da minha memória. Aproveite muito a Beni, apareça aqui no blog quando puder ou lhe apetecer que nós entendemos. E entretanto, vamos acompnando no Instagram.

Anónimo disse...

Ainda bem que correu tudo bem :)
Sou mãe mas tive a sorte de nunca passar por isso, mas sinto empatia por esta situação. Ainda bem que já passou.
Aproveite bem o seu bebe porque como sabe daqui a uns meses já não querem tantos mimos. (eu mae de um de 3 anos e um de 2 meses também estou a aproveitar).

Anónimo disse...

lembro-me tao bem do "quando" deixar de fazer parte das perguntas, ate mm na nossa cabeca deixa de existir, pq desistimos ou pq é apenas um mecanismo de defesa.

Bailarina disse...

Há questões que só se percebem depois de se passar por elas, há problemas que só são problemas porque nunca se conheceram realidades aterradoras. Aposto que este sofrimento que a família passou os vai tornar mais fortes, menos preocupados com merdinhas, darão apenas importância ao que vale a pena.
Muitas das pessoas que debitam trampa nas redes sociais e nas vidas dos que as rodeiam mereciam uns dias no IPO, nos serviços dos HUC ou mesmo um filho na neo.
E sim escrevo isto perfeitamente consciente do que estou a escrever, há pessoas que mereciam ter alguém muito doente para dar valor ao que vale a pena. Também gostava que não fosse preciso tal sofrimento para que as pessoas ficassem melhores pessoas, mas já perdi a esperança.
Tudo de bom Ana e família, muitos dias felizes vos esperam.

Anónimo disse...

Para uma pessoa como eu, que há anos que está a tentar ter filhos e não consegue, é um sentimento um pouco agridoce ler este texto. Naturalmente que respeito a dor da Pipoca e da sua família, e acho que qualquer mãe ou pai não deveria passar por uma situação destas. Mas depois tenho aquele lado do cérebro, que me diz "quem me dera ter sido eu a passar por isto". Significava que tinha tido um filho e que, apesar do susto inicial, tudo agora estava bem. É muito difícil para quem quer muito ser mãe, lidar com as dores que têm os que são pais em relação aos seus filhos. Para nós, parece que não há dor maior do que, de facto, não conseguir sequer ser mãe! São sentimentos muito antagónicos. Bem haja Pipoca e volte logo.

Anónimo disse...

Anónima das 22:29, passei exacamente pelo mesmo. Na ecografia morfológica descobrimos uma má formação grave, que impossibilitaria qualquer viabilidade de vida. Também tive acompanhamento na MAC e mais tarde na Estefânia. Um beijinho!

cris disse...

Parabens

Anónimo disse...

Ainda bem que há "essa gente defensora dos animais" porque eu não os ajudo. Lamento. Não os trato mal (e por isso não quero nenhum porque sei que não tenho tempo para lhe dar o lar que merecia) mas também não os vou buscar à rua... Há quem o faça, tal como eu me preocupo com assuntos que não interessam a outros...

Karla disse...

Olá Pipoca

O mais importante é que já está tudo bem e agora é ter ânimo e muito amor para dar a essa Pipoquinha linda....
Claro que o mano (não me enganei pois não? é mano) também é um Pipoquinho lindo que necessita de muitos miminhos da mãe.

Eu tenho um casal (2 e 5 anos) melguinhas comó caraças mas são o meu coração, são a minha vida, a minha luz, os meus grandes amores....

Beijinhos e muitas felicidades :)

Anónimo disse...

Ativista vegan, parte dos anonymous for the voiceless e animal save, faço voluntariado numa escola de crianças com necessidades especiais e na unidade oncológica de um hospital. Uma coisa não impede a outra. Se pensar bem, para se sentir amor e compaixão por um animal ao ponto de ir onde for preciso para o salvar é preciso ter-se um coração muito bom. E isso costuma estender-se por outras áreas, não estagna.

Ella Morgan disse...

Fico feliz por ter corrido tudo bem com a tua pequenina.
São posts como estes que nos fazem ver e perceber o verdadeiro valor de uma família.
Parabéns pela bebê! Muita força!

4 reizinhos disse...

Dia 4 de Agosto fez quatro anos que deixamos a neonatologia. É uma data que nunca esquecerei e que faço questão de celebrar todos os anos. Ainda hoje me recordo da sensação de sair do hospital acompanhada. De deitar os meus pequenos na cama deles. De lhes dar o primeiro banho no nosso lar. Depois de 33 semanas de uma gravidez de sustos constantes e de 24 dias de angústia na neonatologia foi inacreditável.

Anónimo disse...

E a Beni não entra na rubrica: ""Coisas que vem cá parar a casa"?

Anónimo disse...

Fiqui em lágrimas... Descreveu de tal forma pormenorizada e sentida, que foi impossível nao me emocionar. Também sou mãe e nem imagino o quanto deve ser duro irmos para casa, sem o nosso bebé. O mais importante é que já recuperou e já podem disfrutar dessa pintainha maravilhosa.
Ha certas alturas que temos mesmo deixar pensar na nossa profissão e pensar só na família.
Sejam felizes os 4!
Beijinhos Vânia O.

Anónimo disse...

Não vejo o mal do comentário do anónimo para desatarem a insultar. Tristeza.

Unknown disse...

Sei que todo essa dor valeu a pena. Tenho dois filhos e correu tudo bem com o nascimento, mas sei avaliar que quem passa por tal nunca mais fica a mesma pessoa. Mamã desejo tudo de bom para vocês ❤

Unknown disse...

Só paradizer que os teus seguidores continuam todos cá :D
Cá e no insta!

Parabéns por tudo!
Vai correr tudo bem <3

Anónimo disse...

As pessoas são tão inteligentes que não perceberam aquilo que o anónimo quis dizer. O que ele quis dizer é que tornou-se cada vez mais comum haver quem queira defender os direitos dos animais (apesar de, paradoxalmente, apreciarem touradas) e cada vez menos comum haver quem queira defender os direitos das outras pessoas. É como se os animais passassem a ser gente e as pessoas passassem a ocupar o lugar dos animais.

Anónimo disse...

A malta pode esperar mas as contas, essas, não esperam por ninguém e tem que ser pagas.

Anónimo disse...

Aquilo que publicas, quis você dizer, porque não há forma de saber se tudo aquilo que vemos aqui publicado é escrito por ela.

Anónimo disse...

Calma minha gente. A anónima só quis dizer que hoje em dia tornou-se mais comum defender os direitos dos animais do que defender os direitos dos seres humanos. É como se tivesse havido uma troca de papeis. Os animais passaram a ocupar o lugar das pessoas e as pessoas o lugar dos animais.

Anónimo disse...

15:19 e 22:20 - Se conseguirem interpretar (pois parece que não conseguem), verão que não é isso que foi escrito...foi um triste ataque a quem gosta de animais.

Slarateixeira disse...

Muito obrigado

Anónimo disse...

Revi-me tanto no seu texto.
Também passei por situação semelhante. Pela separação ainda no bloco operatório do meu filhote.
Nada nem ninguém nos prepara para a tristeza, para o vazio da separação e para a angústia dos dias que vão passando, para o dia em que se tem alta médica, mas não se quer ter...

Quatro anos volvidos, olho para o meu filho feliz, forte e saudável.

E assim será consigo!

O pior já passou! ;)

Blog da Maria Francisca disse...

De lágrimas nos olhos...
O melhor do melhor para a Benedita, pais e mano.
Um grande beijinho Pipoca

blogdamariafrancisca.blogspot.pt

Pró menino e prá menina disse...

Que a Benedita continue a crescer linda , saudável e cheia de amor

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