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Escandaleira da semana: a camisola da H&M

quarta-feira, janeiro 10, 2018

Não sei se foi sempre assim, eu acho que é mais desde a existência das redes sociais, mas tornámo-nos numa sociedade que se pela por uma boa escandaleira, por um bom motivo de indignação. Na verdade, nem precisa de ser bom, na maioria das vezes nem sequer o é, só precisamos de alguma coisa para exorcizar os nossos demónios, para transferir toda a nossa raiva acumulada. E todos os dias encontramos uma, às vezes até mais, ao ponto que dá para criar uma rubrica só dedicada a escandaleiras. 

A mais fresquinha, ainda a a deitar fumo, é a da camisola da H&M que
aparecia em alguns sites internacionais da marca. Problema: vestiram uma sweatshirt com a inscrição "coolest monkey in the jungle" num miúdo negro. Ou preto. Não sei se há alguma expressão mais correcta do que outra, por isso vou usar preto, porque é a palavra usada pelos "negros" que conheço. Ora bem, como está bom de ver, caiu TUDO em cima da H&M, mas tudo mesmo, ao ponto de a marca ter retirado a imagem e ter emitido um comunicado a pedir desculpa. Historicamente, "macaco" sempre foi um dos nomes mais usados para insultar pretos, por isso é óbvio que muitos acharam a conotação demasiado ofensiva para ser real em pleno século XXI.

Do que fui espreitando no Facebook, toda a gente achava a coisa ultrajante, altamente insultuosa. Havia quem dissesse que era a H&M a tentar gerar buzz (tenho para mim que nenhuma marca quer ser falada por uma coisa destas, mas...), que não era possível que ninguém tivesse reparado naquilo. Eu - e chamem-me inocente - tenho uma leitura diferente. Tenho a H&M como uma marca conscienciosa, com uma forte política de responsabilidade social, empenhada em defender a diversidade e em abolir uma data de preconceitos. Acho, honestamente, que é uma marca que está atenta a todas essas coisas. E, por isso, acredito também que enfiarem um puto preto numa camisola com a palavra "macaco" foi só uma forma de normalizar a situação, de promover a aceitação e de acabar com um preconceito estúpido, idiota e que reside apenas nas cabeças mais mal formadas. Estratégia arriscada? Claro.

Tenho perfeita consciência da conotação da palavra "macaco" quando associada a um negro, nem estou sequer a fingir o contrário ou a dizer que isto é tudo uma parvoíce. É feio, é pesado, é, sobretudo, imbecil. Mas dizer que uma criança preta não deve usar uma camisola com a palavra macaco ou um desenho do mesmo é querer acabar com o preconceito ou é fomentá-lo ainda mais? Tendo a descair para a segunda opção. Acho que o trabalho deve ser feito no sentido de pôr fim a estes insultos, de fazer com que a palavra macaco seja só isso mesmo, um bicho (quase sempre querido), sem nenhuma conotação racista associada. Se é difícil? Claro que sim, é sempre complicado mudar hábitos ancestrais, mas também já não largamos pessoas para lutarem com leões, por isso é uma questão de ir insistindo. É esse o trabalho a fazer, é isso que temos de passar aos nossos filhos, explicar-lhes que usarem termos destes não é fixe, que ser preconceituoso não é fixe. Educar, educar, educar, mudar mentalidades em vez de acentuar preconceitos.

Perguntava-me uma amiga: "se tivesses um filho preto compravas-lhe a camisola?". A minha resposta foi "não sei". Porque não sei mesmo. Não estando na situação é muito fácil falar de cor e dizer "claro que sim, na boa". Acho que dependeria muito do contexto em que vivêssemos, do entorno dele, do ambiente, de eu saber se ele sofria ou não de algum tipo de preconceito. Claro que a tendência dos pais é sempre para proteger, para os poupar a situações que os possam fazer sofrer. Possivelmente, se na escola todos o chamassem de macaco eu acabaria por escolher a opção mais fácil: não comprar a camisola. Mas, lá está, de que forma é que isso ajudaria a combater o preconceito? Não seria melhor explicar-lhe que era só uma ideia sem sentido, que se ele gostasse da camisola a podia usar, sem qualquer problema? Não seria melhor tentar falar com os pais das criança que gozassem com ele? Se calhar é um ideia um bocadinho lírica, mas acho que se não normalizarmos algumas ideias estamos só a perpetuar preconceitos idiotas. É mais ou menos como aqueles pais que dizem "eu só não queria ter um filho gay para ele não sofrer tanto". Certo. E ajudarmos nós a criar um mundo onde a homossexualidade seja tão natural como a sua sede? Não fará mais sentido?

Olho para a foto da H&M e vejo um miúdo querido numa sweat normal. Claro que não vi esta foto antes da polémica se ter instalado, não faço ideia se teria feito a tal associação preconceituosa, penso que não. Mas acho que não veria a coisa com maldade, mal intencionada. Pela parte que me toca, "macaco" é só um dos muitos nomes que chamo, carinhosamente, ao Mateus. Também o chamo de texugo, pinguim, porquinho, ratazana. Mas, lá está, o Mateus é branco e não há nenhuma ofensa nem nenhum preconceito ligados aos nomes que lhe chamo. Quando é um puto branco, são só coisas queridas. Não podemos fazer com que para um miúdo negro também seja assim?

239 comentários:

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Francisco o Pensador disse...

Claudina, discordo de alguns pontos que afirmou. Acho que a Ana soube fundamentar suficientemente bem a sua opinião e eu também concordo com ela. Acho que o preconceito está sobretudo na cabeça das pessoas que vivem o seu dia a dia à pensar nele. Uma pessoa de raça negra não é mais atacada moralmente no meio dos brancos do que seria um branco se ele estivesse no meio dos pretos. O preconceito ataca sempre quem for diferente. Logo que seja preto entre brancos ou branco entre pretos, vermelho, amarelo, gay, cigano, estrangeiro, "caixa de óculos", "dentuças", filho de drogado ou bêbado, gordo, ou até simplesmente mal vestido...ele acaba sempre por pagar por tabela. No passado também eu já sofri Bullying e nem por isso morri por causa disso. Na verdade só me tornou mais forte e mais preparado para a vida. Assim, não creio que a Ana tenha banalizado demasiado esta questão mas mesmo que o tivesse feito não acho que ela seja obrigada a defender o lado de quem afirma ter existido um preconceito da parte da H&M...só para provar às pessoas que não pertence ao grupo das pessoas que são preconceituosas. Vamos com mais calma sim? Cada qual tem as suas fantasias e as suas dores. Se hoje, numa altura em que a Pipoca decide expressar uma simples opinião ela já é acusada de não "fundamentar" devidamente aquilo que diz, amanhã vão querer que ela faça o quê ao certo? Que escreva uma tese de mestrado? ou um parecer jurídico? Coitada da Pipoca...bem diz ela que o povo anda sempre doido por uma boa escandaleira...

Anónimo disse...

Anónimo das 17:11, chama-se a isso descontextualizar. Falta aí o resto da frase, não? Enfim...

Anónimo disse...

Ia-lhe responder, mas o anónimo das 18h29 já o fez. Ainda bem que conseguiu arranjar uma baixa falsa para se poder sustentar. Outras há que engoliram o assédio por não terem essa “opção”. Tenho lá cuidado daquilo que se orgulha. Tanta vergonha alheia.

Anónimo disse...

Senhora, volte a ler o meu comentário com calma para ver se o compreende. Eu não disse que não havia um miúdo e um macaco. Eu disse que o miúdo não é preto e, por isso, não há motivo para indignação.

Mas a senhora continua a bater na mesma tecla. O prloblema não é a associação das crianças a animais. O problema é uma palavra que, em associação com um tom de pele, é insultuosa. Não percebe ou não quer perceber, é lá consigo.

Anónimo disse...

Já não há paciência para tanto drama. Hoje é com uma camisola, amanhã é outra coisa qualquer. Belos tempos estes em que vivemos... ou não. Em que uma pessoa não pode dizer o que quer que seja, sobre diversos temas, sem que caia o carmo e a trindade! Fazem polémica com, e por, tudo.
Espero estar bem enganada, mas por este andar acabamos é todos, novamente, sem direito à opinião própria.
Parece que a m*rd@ da camisola dizia "por ser preto sou um macaco" os miúdos são todos uns autênticos macacos da selva! Irrequietos, engraçados e traquinas, que é isso que o macaco enquanto animal representa também, sabiam?!
A palavra é usada para ofender pretos? É. Por pessoas parvas, que sempre existiram e sempre vão existir. Foi a intenção aqui? Não. O que é que a marca ganharia com isso? Nome na lama, camisolas retiradas de venda e com isso € perdido, parcerias canceladas (e novamente € perdido), enfim, uma série de coisas que nenhuma marca deseja.
Preocupem-se, e façam-se ouvir, com coisas sérias e importantes! O mundo agradece. Caso contrário é este mesmo mundo doente que estamos "a criar" que fica para os vossos filhos (pretos, brancos, amarelos) viverem!

Anónimo disse...

Não mas eu sou gorda e já fui chamada de miss piggy de forma pejorativa e não deixei de usar uma sweat com a imagem da mesma por causa disso. É um miúdo com uma sweat quem não consegue ver isso sem se centrar apenas na cor de pele da criança é que está a propagar preconceitos.

Anónimo disse...

Quantas meninas aqui já não compraram uma t-shirt com a foto de uma modelo, que nas suas cabecitas fúteis a acharam parecida com elas próprias?

Anónimo disse...

Anónimo das 18:05, não se trata de passar pela minha cabeça. Sou professora do ensino básico (1º ciclo). Essa conotação de preto/macaco existe já nestas idades. Claro que nós professores tentamos educar para que assim não seja, mas como deve calcular não temops 100 % de controlo sobre o comportamento dos miúdos.

Rafaela Castelbranco disse...

Se sentiu racismo diga apenas isso, que foi vitima de racismo. Quando coloca o ao contrário, vem dar força a todas estas escandaleiras.
Racismo é racismo e todos nós deveríamos mais vezes ler a sua definição que essa é universal.

Rafaela Castelbranco disse...

Também não percebi. A definição é universal e acima de tudo bilateral. É aqui que vemos como a humanidade ainda não está preparada e como somos bem domesticados e manipulados, até na forma como nos expressamos.
É uma linha muito ténue.

Diana disse...

Anónimo 10 janeiro ás 23.57, a publicidade está muito gira. E ninguém se ofendeu :-) que se saiba. 2 comentadores lá para trás irritaram-se mas não passou disso... as usual

Diana disse...

Não, somos todos filhos de Adão e Eva e o mundo foi criado em 7 dias. Não se vê logo? :-) E somos todos baptizados, casados, vamos à missa e depois andamos aqui a destilar venenos e ódios. lol

Diana disse...

Falar mal do Shrek é que não! Mau! Eu já desfilei pelo Bairro Alto num carnaval vestida de Fiona toda pintada de verde e com um vestido volumoso. Nesse ano tb ganhei um concurso de máscaras. O Shrek é dos bonecos mais queridos de sempre da animação.
Mas concordo, muita falta de trabalho e de sexo nestas vidinhas, Francisco.
A Pipoca podia juntar estes anónimos todos num meeting "O óleo que fez rebentar os milhos".

Diana disse...

Vivem. Pq na altura se dizia "pretos". São as mesmas pessoas que dizem que o Salazar devia voltar, para pôr ordem nisto. Um senhor a quem devemos ser um país de 1ª tera desenvolvido e sem estas mentalidades.

Diana disse...

Lembrei-me agora, o meu pai mestiço, trabalhou em plataformas de petróleo a chefiar franceses, na altura. Muito racismo sofreu ele coitado pq estava hierarquicamente acima. Mas se o meu pai já morreu há 34 anos e isto aconteceu antes, já era tempo de o mundo ter evoluído um bocadinho. Mas não.

Anónimo disse...

Diana, leia o meu comentário novamente com atenção e vai ver que nem eu disse que não havia um miúdo com um macaco, nem o problema é associar crianças a animais.

Pensa, honestamente, que se ao lado do macaco estivesse um miúdo preto de boca aberta, seria igual? O problema é a palavra macaco ser insultuosa quando associada ao um tom de pele específico. Se a senhora não compreende, ou prefere continuar a pensar que a indignação é por tratar as crianças por macaquito, é lá consigo.

Anónimo disse...

Anónimo das 20:06, novamente, não é o insulto que se quer normalizar, nem neutralizar, nem naturalizar, nem porra nenhuma. É a própria da diferença, que as pessoas insistem em sublinhar, em assinalar. É isso que dá lugar, logo em primeira linha, a qualquer tipo de descriminação: olhar para a diferença. É essa a raiz de todo o problema, antes do insulto, antes da agressão, antes seja do que for - isso são consequências.
E a mim espanta-me realmente que se possa por em hipótese que a HM, internacional multimilionária com os melhores profissionais de marketing ao seu dispor e a quem, naturalmente, não escapa nada, muito menos coisas desta natureza, tenha esquecido, não tenha reparado, que lhes tenha escapado. E muito menos que pretendessem insultar. Eles só pretendiam, parece-me tão evidente, normalizar, naturalizar, neutralizar a diferença, reduzi-la à sua insignificância. Repito, a diferença. E não o insulto.

Anónimo disse...

Anón. 11 Jan. 23:34: Que comentário mais certeiro o seu. Apoiado a 100%!

Um dos habituais irritados disse...

De facto, gostar da campanha do zoo é sinónimo de chamar macaco, urso, golfinho ou flamingo aos filhos. E pior, com intenções insultuosas...

As pessoas ouvem-se? O problema não é chamar macaco às crianças, gente! O problema é chamar macaco aos pretos como insulto!

Uma marca conceituada, com responsabilidade social, e nórdica, uma zona muito dada ao racismo e xenofobia, espetar com a camisola num miúdo preto é assim a modos que estranho. Podiam estar cheios das melhores intenções, mas há que ter 2 dedos de testa. O mundo está cheio de grunhos sempre prontos a ver aprovação para as suas ideias preconceituosas em qualquer lado, nem que seja numa campanha publicitária.

Anónimo disse...

Óptimo texto. Exactamente o que me vai na alma em relação a esta polémica. Ou seja, não podendo falar por quem sofre deste perconceito especifico, isto para mim não tem mal, porque macaco é um dos nomes que chamo carinhosamente ao meu filho... Mas lá está, não sendo comigo não posso saber.

E na onda da homossexualidade, não suporto malta que me diga "não tenho nada contra homossexuais mas preferia que o meu filho não fosse." Perconceito ponto final.

Não querendo ser armada em não preconceituosa, eu tenho um filho e tou me genuínamente nas tintas para a orientação sexual que ele tenha. O que não significa que não tenha alguns perconceitos na minha cabeça, há certas coisas que preferia que o meu filho não fosse, como benfiquista (lol), toureiro, etc. e acredito que num mundo ideal eu não me iria importar com nada, mas pronto, para lá tento caminhar :)

Anónimo disse...

Mas será que ninguém perguntou à mãe ou pai deste menino se sentiam ofendidos por o filho envergar esta camisola numa publicidade? Não me digam que eles não leram? Se eles não se sentiram ofendidos porque carga de água anda para aqui tudo às turras?? Ainda não perceberam que é tudo muito subjectivo? O que ofende este indivíduo pode não ser ofensivo para outro indivíduo? Está dependente do meio onde crescemos, das pessoas com que lidamos, da nossa cultura, tenho amigos pretos que me chamam "pula" (branca) e chamam "bumbo" (preto) a outros pretos. A cor é branca e é preta, para mim são cores, só. Há racismo e discriminação em todo o lado é verdade, mas aquilo é só uma camisola de criança pá, relaxem!

Anónimo disse...

E um facto - nao uma opiniao - que a palavra "macaco" foi e ainda e utilizada para insultar as pessoas de raca negra. E e um insult particularmente grave: as pessoas de raca negra sao sub-humanos, nao evoluiram como os de outras racas.
Ha pouco tempo, um clube italiano foi sancionado (pelo menos, acho que foi) porque os adeptos atiraram bananas e imitaram macacos cada vez que um jogador negro da equipa adversaria tocava na bola.
As palavras tem historia e significado para alem do literal e quem nao percebe isto e pura e simplesmente ignorante ou finge-se ignorante para justificar nao ver mal na camisola.

Anónimo disse...

Mandavas o teu filho com uma t-shirt que dissesse "Pequeno Burro"? O burro é só um animal e é fofinho. Mas lá está a sociedade ensina que pessoas pouco inteligentes são burras. Com toda a polémica só se fala da h&m é como aquela frase "falem mal de mim, mas que falem" marketing puro.

Anónimo disse...

Pipoca, a mãe da criança já se pronunciou sobre essa polémica.
https://shifter.pt/2018/01/hm-racismo-macaco-mae-da-crianca/

Anónimo disse...

Desculpe, eu queria ter escrito "alguns pretos são parecidos"...

Anónimo disse...

A comparação com a palavra "puta" não é ridícula; vem precisamente do facto de, historicamente (e presentemente), as MULHERES serem subjugadas em relações de poder desequilibradas onde, tipicamente, parte do desequilíbrio parte de insultos e ideias pré-concebidas como essa.

Anónimo disse...

Oh Pipoca, já se esqueceu daquele jogador de futebol negro, a quem as claques racistas atiraram, precisamente, BANANAS?! Era a chamá-lo de galinha ou de rinoceronte, por acaso?

Anónimo disse...

E se calhar a/o senhor/a percebeu logo, precisamente por ser racista mas afirmar ser o contrário! Se fosse o meu filho e o chamasse de macaco? Ou se o meu filho fosse amarelo e o chamasse de rato? Lá está, o preconceito está na cabeça de cada um e enquanto as pessoas virem mal onde ele não existe, questões como estas nunca irão ser erradicadas.

Anónimo disse...

o preconceito esta na cabeca de cada um? ;) diga isso a um preto ;)

Anónimo disse...

eu do que gosto nestas polémicas é ver a rapidez com que os tolerantes, inclusivos, adeptos ferrenhps do pc e mimimi, saltam à jugular de quem se atreve a ter uma opinião diferente da deles...

Anónimo disse...

e dizer que os nórdicos são racistas não é preconceituoso nem nada...

Anónimo disse...

já eu acho que a maior besta quadrada aqui és tu.

Anónimo disse...

Vamos lá a pôr ordem no galinheiro(as galinhas são bichos fofinhos, ok?)chamam ou não macacos aos pretos? Tá tudo dito, então.

Anónimo disse...

Pois. Já a sua nunca se acendeu. Comentário só infantil.

Anónimo disse...

Vestir uma camisola a dizer cachalote a duas crianças, uma magra e outra obesa é a mesma coisa?

Gisela Pina disse...

Pipoca...nem vou ler os comentários para não me sentir tentada a responder explicando a algumas pessoas o Racismo. Partilho da tua opinião quanto à H&M e entendo que o objectivo da campanha “pudesse” ser desdramatizar estes tipo de conotações, normalizar e bla bla bla. No entanto, isto é feito para miúdos que, em contexto escolar, sofrem discriminações diariamente... e não falo só de negros...são os gordinhos, os meninos que usam óculos ou aparelhos, etc. Imagino o que é um menino preto chegar à escola com essa camisola...(pode parecer divertido porque se está a borrifar e para ele é “normal”) nunca mais o vão chamar de outra coisa que não macaco!!! Entendem???! Seria o mesmo que um gordinho chegar com uma camisola com um Elefante....São crianças que podem não entender essa mensagem subjacente. Para mim, esta campanha está errada não só pelo racismo mas pelo incentivo ao bullying.

Anónimo disse...

Agarrar-me à carteira quando vejo um negro?? Sóna, a Sónia é que precisa de ser menos racista.
Eu agarro-me à carteira se me sinto ameaçada por qualquer razão, e muitas vezes concerteza que injustamente (um sem abrigo e também sem maldade, ou uma pessoa que escolhe um determinado estilo que a mim me mete medo estupidamente...etc), mas nunca pelo tom de pele!! Que absurdo.

Anónimo disse...

E que tal "vaca"? "A vaca mais leiteira do curral". A Pipoca usava?

Ana disse...

Concordo inteiramente. Nao vejo maldade nenhuma na campanha. Ainda bem que nao sou a unica a pensar assim!

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