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Escandaleira da semana: a camisola da H&M

quarta-feira, janeiro 10, 2018

Não sei se foi sempre assim, eu acho que é mais desde a existência das redes sociais, mas tornámo-nos numa sociedade que se pela por uma boa escandaleira, por um bom motivo de indignação. Na verdade, nem precisa de ser bom, na maioria das vezes nem sequer o é, só precisamos de alguma coisa para exorcizar os nossos demónios, para transferir toda a nossa raiva acumulada. E todos os dias encontramos uma, às vezes até mais, ao ponto que dá para criar uma rubrica só dedicada a escandaleiras. 

A mais fresquinha, ainda a a deitar fumo, é a da camisola da H&M que
aparecia em alguns sites internacionais da marca. Problema: vestiram uma sweatshirt com a inscrição "coolest monkey in the jungle" num miúdo negro. Ou preto. Não sei se há alguma expressão mais correcta do que outra, por isso vou usar preto, porque é a palavra usada pelos "negros" que conheço. Ora bem, como está bom de ver, caiu TUDO em cima da H&M, mas tudo mesmo, ao ponto de a marca ter retirado a imagem e ter emitido um comunicado a pedir desculpa. Historicamente, "macaco" sempre foi um dos nomes mais usados para insultar pretos, por isso é óbvio que muitos acharam a conotação demasiado ofensiva para ser real em pleno século XXI.

Do que fui espreitando no Facebook, toda a gente achava a coisa ultrajante, altamente insultuosa. Havia quem dissesse que era a H&M a tentar gerar buzz (tenho para mim que nenhuma marca quer ser falada por uma coisa destas, mas...), que não era possível que ninguém tivesse reparado naquilo. Eu - e chamem-me inocente - tenho uma leitura diferente. Tenho a H&M como uma marca conscienciosa, com uma forte política de responsabilidade social, empenhada em defender a diversidade e em abolir uma data de preconceitos. Acho, honestamente, que é uma marca que está atenta a todas essas coisas. E, por isso, acredito também que enfiarem um puto preto numa camisola com a palavra "macaco" foi só uma forma de normalizar a situação, de promover a aceitação e de acabar com um preconceito estúpido, idiota e que reside apenas nas cabeças mais mal formadas. Estratégia arriscada? Claro.

Tenho perfeita consciência da conotação da palavra "macaco" quando associada a um negro, nem estou sequer a fingir o contrário ou a dizer que isto é tudo uma parvoíce. É feio, é pesado, é, sobretudo, imbecil. Mas dizer que uma criança preta não deve usar uma camisola com a palavra macaco ou um desenho do mesmo é querer acabar com o preconceito ou é fomentá-lo ainda mais? Tendo a descair para a segunda opção. Acho que o trabalho deve ser feito no sentido de pôr fim a estes insultos, de fazer com que a palavra macaco seja só isso mesmo, um bicho (quase sempre querido), sem nenhuma conotação racista associada. Se é difícil? Claro que sim, é sempre complicado mudar hábitos ancestrais, mas também já não largamos pessoas para lutarem com leões, por isso é uma questão de ir insistindo. É esse o trabalho a fazer, é isso que temos de passar aos nossos filhos, explicar-lhes que usarem termos destes não é fixe, que ser preconceituoso não é fixe. Educar, educar, educar, mudar mentalidades em vez de acentuar preconceitos.

Perguntava-me uma amiga: "se tivesses um filho preto compravas-lhe a camisola?". A minha resposta foi "não sei". Porque não sei mesmo. Não estando na situação é muito fácil falar de cor e dizer "claro que sim, na boa". Acho que dependeria muito do contexto em que vivêssemos, do entorno dele, do ambiente, de eu saber se ele sofria ou não de algum tipo de preconceito. Claro que a tendência dos pais é sempre para proteger, para os poupar a situações que os possam fazer sofrer. Possivelmente, se na escola todos o chamassem de macaco eu acabaria por escolher a opção mais fácil: não comprar a camisola. Mas, lá está, de que forma é que isso ajudaria a combater o preconceito? Não seria melhor explicar-lhe que era só uma ideia sem sentido, que se ele gostasse da camisola a podia usar, sem qualquer problema? Não seria melhor tentar falar com os pais das criança que gozassem com ele? Se calhar é um ideia um bocadinho lírica, mas acho que se não normalizarmos algumas ideias estamos só a perpetuar preconceitos idiotas. É mais ou menos como aqueles pais que dizem "eu só não queria ter um filho gay para ele não sofrer tanto". Certo. E ajudarmos nós a criar um mundo onde a homossexualidade seja tão natural como a sua sede? Não fará mais sentido?

Olho para a foto da H&M e vejo um miúdo querido numa sweat normal. Claro que não vi esta foto antes da polémica se ter instalado, não faço ideia se teria feito a tal associação preconceituosa, penso que não. Mas acho que não veria a coisa com maldade, mal intencionada. Pela parte que me toca, "macaco" é só um dos muitos nomes que chamo, carinhosamente, ao Mateus. Também o chamo de texugo, pinguim, porquinho, ratazana. Mas, lá está, o Mateus é branco e não há nenhuma ofensa nem nenhum preconceito ligados aos nomes que lhe chamo. Quando é um puto branco, são só coisas queridas. Não podemos fazer com que para um miúdo negro também seja assim?

239 comentários:

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Anónimo disse...

Concordo contigo. Sinceramente acho que as pessoas que viram maldade e racismo nesta situação, são as principais racistas. Tal como disseste olho para a imagem e só vejo um miudo com uma camisola. Infelizmente vivemos num Mundo em que tudo é ofensivo, tudo é discriminação. Já agora, pedirem para a marca apresentar desculpas e retirar a imagem também foi, neste caso, discriminação positiva. Porque se fosse um miudo branco com a mesma camisola de certeza que já ninguem se tinha indignado. Ver problemas onde eles não existem, ou querer provocar ruido só porque sim é só estupido.

Sara disse...

Finalmente algum bom senso pela Internet.
Quando soube da polémica tive exactamente a mesma reacção... Não será mais racismo e discriminação ver a imagem e achar que o miúdo não pode usar aquela camisola?
Infelizmente as pessoas tanto falam e barafustam que acabam por cair no ridículo.

Anónimo disse...

No Reino Unido é comum chamar as crianças “monchey” de forma carinhosa, brancas, pretas e amarelas.... a polémica parece-me exagerada. Se calhar não punha a camisola à venda em locais como Portugal em que chamar macaco tem tanto a conotação negativa que tem

Anónimo disse...

A questão é que as palavras não são neutras e têm uma história de uso. Assim, quando associada a um menino negro, a palavra macaco transporta consigo toda um peso social, cultural e político (negros associados a macacos, selvagens, menos civilizados etc.. pensar nos EUA, mas também na nosso contexto colonial), o que não aconteceria se fosse um menino branco e usar a mesma roupa com a mesma frase.

Anónimo disse...

Acho que parte da polémica advém da comparação com a camisola vestida pelo modelo branco, com as palavras "especialista em sobrevivência" estampadas.
Para quem não viu:

https://www.dn.pt/mundo/interior/uma-camisola-uma-crianca-negra-e-a-palavra-macaco-9031355.html

apipocamaisdoce disse...

Eu acho que se o modelo preto usasse a camisola “especialista em sobrevivência” também não seria difícil associar-lhe uma data de preconceitos.

Patricia Alexandre disse...

Concordo
quem se ofende com tal situação é quem faz o preconceito...

apipocamaisdoce disse...

Exacto, daí a minha questão: porque não tentar normalizar o uso da palavra “macaco” em vez de acentuar todos os estigmas e preconceitos que lhe estão associados?

Anónimo disse...

Eu quando vi esta sweat achei-a genial para dar ao meu irmão a quem sempre chamei macaquito (por andar sempre aos saltos de um lado para o outro e a trepar às coisas). E foi esta a interpretação que fiz sem sequer reparar na cor do modelo! É uma camisola de miúdo, vestida por um miúdo, com uma frase que retrata o quanto os miúdos são irrequietos. E foi isto....

Anónimo disse...

Concordo e partilho da mesma opinião!!

Unknown disse...

Não posso estar de acordo contigo neste caso. Na nossa sociedade existe racismo estrutural e histórico etc..etc...podes encontrar aqui uma boa explicação http://joaoferreiradias.blogs.sapo.pt/a-tal-campanha-da-hm-110990
O que fazem as pessoas que, numa rua pouco movimentada, vêm um negro, homem, a caminhar em direção contraria? Instintivamente as pessoa agarram a mala, o saco, guardam o telemóvel etc...
Tentar normalizar a coisa com este tipo de campanhas é ser paternalista, como acontece neste caso da H&M. Ninguém é racista até ao dia em que estas questões racistas vêm à baila.

Quando eu tenho duvida se alguma piada, atitude, polemica social é racista, substituo negro por branco e ver como soa...Pipoca se o teu filho fosse gordo, ter-lhe-ias comprado uma camisola a dizer "O elefante mais fixe da selva"? Assim como ser gordo e ter alcunha de elefante é reprovável, também ser negro e ser chamado de macaco não pode continuar a ser socialmente aceite. Não se trabalha para o fim de um insulto, insistindo nesse mesmo insulto.
E quanto à questão do "preto" vs. "negro" devias perguntar a alguém negro como se sente quando alguém que não o conhece utiliza "preto"...Ou como te soa a ti em inglês?
Pois...
Um abraço e bem haja a estas polémicas que desmaquilham a realidade :)

Anónimo disse...

Não posso mesmo avaliar... Não vejo preconceito porque não exista, só não o vejo porque não me visa. Nunca lidei com racismo, nunca fui chamada de macaco, nunca sofri essa pressão para ser superior mesmo que me estejam a ofender e por isso não me sinto no direito de relativizar

Pedro disse...

As polémicas sempre existiram. As redes sociais facultaram foi a capacidade de expressão do comum mortal. Há que saber lidar com isso.
Em relação ao caso concreto eu despedia imediatamente o responsável pela campanha, pela foto, por tudo. É de uma absurda estupidez e ignorância achar que uma coisa destas não ía ter esta repercussão.
Se merece todo este barulho? Não sei. Acho que não.
Mas que foi de uma incompetência brutal lá isso foi.

apipocamaisdoce disse...

Em momento algum no meu texto eu defendo que ser preto e chamado de macaco deve ser socialmente aceite, nem percebo como fez essa leitura. O que eu digo é que a palavra “macaco” tem de ser normalizada é trabalhada até ser completamente inócua e sem nenhum preconceito associado.

Quanto ao uso do termo negro ou preto, expliquei que “preto” é o termo que os meus amigos “de cor” preferem. Desconheço se é assim para toda a gente.

Anónimo disse...

"O que fazem as pessoas que, numa rua pouco movimentada, vêm um negro, homem, a caminhar em direção contraria? Instintivamente as pessoa agarram a mala, o saco, guardam o telemóvel etc...". Eu não o faço, pelo menos não o faço pelo facto da pessoa ser negra... e já fui mais roubada (literal e metaforicamente) por brancos do que por negros...

RB

Sofia Fugas disse...

Pipoca não podia concordar mais com a tua posição. Curiosamente também chamo muitas vezes "!macaco" ao meu filho, mas lá está ele é branco por isso não sei se o faria se não fosse. Sei que a palavra tem uma conotação má historicamente quando associada a pessoas negras, mas também acho que o trabalho tem de ser feito na educação das novas gerações para que a mesma deixe de ter essa conotação. Tenho esperança que daqui a 20 anos (o que seria de nós sem a esperança de um amanhã melhor?) a palavra seja tão neutra que signifique só isso, um animal ou um nome fofinho para chamarmos os nossos filhos traquinas, seja qual for a cor da sua pele e nacionalidade. Infelizmente também concordo que as redes sociais andam sempre sedentas de sangue e exploram a máximo este tipo de situações que se fossem olhadas com normalidade não passaria de ser o que é: um miúdo giro com uma sweatshirt cool vestida. bj e Bom Ano!

Carolina Veloso disse...

Sinceramente nem teria reparado. Há coisas mais “revoltantes” nos dias de hoje. Isso é só, como a pipoca disse, pessoas com vontade de se atirar a uma polémica qualquer. Amanhã já tudo esqueceu isso. E logo com a hm que está sempre a fazer publicidade para a integração de diferentes raças e cores nas suas roupas. Acho que há muita gente sem grande coisa para fazer que se ocupa deste tipo de “escandalos”.

Anónimo disse...

Eu sou gorda e comprei uma t-shirt bem gira com o desenho de uma baleia ás bolinhas e lá ando eu feliz da vida no verão com ela vestida.

Unknown disse...

Concordo plenamente pipoca!
E ao saber disto, o que eu entendo é que a marca tentou tudo menos descriminar os pretos. Porque colocou o preto como o rei e o branco como sobrevivente. Ahahah Ironias! Contudo, se pensassem bem, com certeza que iriam surgir mais uma data de criticas por estar uma vez mais a ser racista pois coloca o preto como rei desta selva que é a vida e o branco apenas sobrevive. adoro! Isto realmente tem pano para mangas e o problema não vem da marca, nem do preto, nem do branco, vem mesmo só da cabeça de certas pessoas (felizmente já começa a haver uma mudança de mentalidade aos poucos) e dos seus preconceitos descabidos. Porque existem pessoas boas e más em TODAS as raças!

Anónimo disse...

Antes de mais obrigada Ana por este texto. Trabalho na H&M já faz 5 anos e um dos princípios fundamentais da empresa é o respeito pelo próximo independentemente da raça, orientacao sexual, religião etc. A única coisa que realmente me incomoda é a quantidade de pessoas completamente indignadas com está frase associado a uma criança de raça negra quando maioria da roupa que vestem é produzida por crianças chinesas/ vietnamitas a ganharem 3 cêntimos por hora com horários laborais criminosas. Muita hipocrisia junta quando a prioridade é virem pra as redes sociais debitar asneiras quando nem param para pensar. Enquanto continuarem a associar a palavra macaco a pessoas de raça negra, temos pena, mas o problema está é do vosso lado. Mais uma vez obrigada por este texto esclarecedor

Anónimo disse...

Eu tive as duas percepções, a de normalizar um insulto considerado grave e a de ter sido um erro crasso. Acho que nesta questão temos que considerar o background da palavra, mas sobretudo como uma pessoa de cor a encara. Eu sendo branca não tenho noção dos preconceitos que uma pessoa de cor encontra no quotidiano, portanto a minha opinião vale muito pouco.
Acaba por ser uma situação que se pode extrapolar a qualquer questão relacionada com privilégio; neste caso, a opinião de qualquer pessoa que nunca encontrou este tipo de preconceito não tem validade.

Anónimo disse...

Pode ser que a madona vista a camisola a um dos seus filhos para vermos as reacções, isto a gente nunca sabe.
Quanto a mim, também não sei...

Anónimo disse...

Se a discriminação não serve o propósito de equilibrar a situação a favor dos afetados não se pode considerar positiva.

Unknown disse...

Ironias. Se pensarmos bem a H&M não quis de todo denegrir a imagem dos pretos. Se formos a pensar bem e houver gente que adora meter lenha para a fogueira, pode ver-se como racismo contra os brancos, porque na verdade colocam o preto como o rei desta selva que é a vida e o branco apenas como sobrevivente.
Adoro!
Mas realmente, concordo contigo Pipoca, porque tudo nesta vida são factos e tudo o que surge a partir daí são interpretações e preconceitos que partem de (ainda) uma maioria da sociedade.

Anónimo disse...

A maldade está nos olhos de quem a vê , o ditado é bem antigo e certo.
Eu vi esta foto antes da polémica se instalar e nao fiz associação nenhuma. Vi apenas um miudo giro com uma camisola que lhe ficava bem.
A discriminação começa e passa por todas essas pessoas que levantaram esse mesmo burburinho
Ana

Anónimo disse...

Eu cresci com acesso a todo o tipo de informação e convivi desde muito cedo com diferentes pessoas, se é que alguém pode ser diferente. Aprendi também que de acordo com a teoria da evolução somos todos descendentes do macaco, sejamos brancos ou pretos. Nunca, desde bem cedo, associei a palavra macaco a uma pessoa preta, nunca me foi posto esse preconceito e isso sim é vergonhoso! Nunca em momento algum eu olharia para essa camisola e veria discriminação porque nunca me foram passados tais valores ou atitudes. Acho, sinceramente, que quem olha para tal como forma de discriminação tem em si muito do preconceito social quer seja preto ou branco e isso é que me deixa chocada. Continuamos a apelidar a diferença e não a fazer dela uma coisa que nos distingue enquanto pessoas e nos torna especiais.

Anónimo disse...

Não vi mal nenhum no miúdo nem na camisola adoro a HM pela roupa e pelos funcionários. Deve ser uma das poucas lojas que tem funcionários com mais idade, isto é porque se preocupa com pessoas. E sinceramente acho que deve haver gente que fã vida das polemicas que não existem e que se tem visto cada coisa que mesmo que não haja descriminacao, nem cenas escondidas somos como que chamados à atenção para merdinhas. Mas temos uma Pipoca sem papas na lingua a desmitificar a cena. Gosto muito da maneira inteligente que dizes as coisas.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Isto é uma coisa que já me questionei muitas vezes, que é o perpetuar do racismo e de muitas outras formas de discrimação em geral, porque se dá importância a estas coisas. Estas escandaleiras todas que surgem de vez em quando, só servem para prepetuar isto. Se as pessoas não tentassem ser tanto politicamente correctas, secalhar esta camisola não passaria disso mesmo, de uma camisola. Mas lá tem que vir o povo chamar a atenção de que o miúdo é preto e se é preto e usa uma camisola que diz macaco, será apelidado de macaco. Quem não tinha reparado na cor do miúdo agora repara e é tudo que consegue ver.

Beatriz Pedrosa disse...

Tudo dito!
Sinceramente, não tenho mesmo nada a acrescentar. Acho que não poderias ter posto esta situação toda em melhores palavras e não poderia concordar mais contigo!

Anónimo disse...

Parabéns pela sua sensatez (já a tinha constatado noutras situações)!

Simplesmente Ana disse...

Pipoca, concordo que não devia haver problema nenhum em vestir um menino negro com esta camisola, até porque "monkey" costuma ser um termo carinhos. No entanto, é óbvio que isto não pode ter passado despercebido à H&M e, como tal, acho mesmo que foi para causar alguma polémica.

Anónimo disse...

Isto acontece, porque nós brancos, nunca (ou raramente) temos de fazer este tipo de exercício no nosso dia-a-dia - privilégios.

Uma amiga minha negra, empoderada, linda e poderosa não manda bananas para o filho comer no lanche. Porque dói-lhe sequer pensar que o miúdo possa ouvir algum comentário ou até piadas sobre isso.

Quando responde "não sei" ao se deixaria ou não um filho seu negro usar essa camisola, já responde a muito e explica-se o porquê da polémica.

E já agora, a H&M cheia de consciência desde quando?
Porque isto de apregoar ecologia, para depois usar mão de obra escrava e infantil tem pouco ou nada de consciente ou de eticamente responsável!
Ana

Anónimo disse...

Também eu tenho dificuldade na "designação " e tenho sangue negro e parte da família "mestiça".
Como nasci com a pele completamente clara, bem como os meus irmãos e primos (o meu bisavô paterno era negro e a mulher russa, dividindo a gigante família em morenos de cabelos encaracolados- encaracolados e não carapinha- e louros de olhos azuis), só se sabe das minhas origens quando falo nelas por achar graça a tanta mistura.
O que é certo é que no que respeita a parte mestiça da família ( primo branco casado com prima africana), o caso já é diferente e sinto que é por parte dos filhos que surgem mais complexos e que nunca ninguém sabe a palavra certa.
Nunca tive coragem de perguntar.
Seja como for, a nossa sociedade está a quilómetros luz de saber qual o comportamento a seguir com pessoas de outras raças e/ou etnias. Culpa de quem? De todos, julgo.

Anónimo disse...

Eu sinceramente acho mesmo que ninguém na campanha pensou em tal coisa... que foi absoluta coincidência, não quiseram nem provocar, nem desprovocar, nada, foi absolutamente sem intenção e ninguém notou porque nestas marcas se há alguém sequer que sonhe com o problema antes de ele existir, não avançam. E porque não notaram? Porque provavelmente as pessoas que fizeram a campanha são pessoas como eu, que mesmo lendo a manchete "polémica racismo camisola" não consegui perceber só olhando a imagem!!! Tive de ir ler o interior da notícia, é que é rebuscado como o caraças!!! O problema está em quem vê, não nas coisas. Como já se disse, se fosse a camisola da sobrevivência no miúdo negro, a polémica ainda era maior, as pessoas paranormais que vêem coisas onde eu nem chamada à atenção reparo iam reagir na mesma, se fosse uma camisola com o número 13 na do miúdo negro mas com o número 14 na do branco, também iam reagir..o problema está nas pessoas, não na campanha que, com pessoas destas no mundo, estará sempre presa por ter, presa por não ter,...

Anónimo disse...

A Pipoca poupou-me o trabalho de escrever sobre isto, basta fazer copy paste ;)
Agora a sério: no mundo das crianças, os macacos são animais queridos e engraçados. Eu chamo o meu filho de macaquinho muitas vezes (como alguém disse, não sei se o chamaria se fossemos de outra cor mas pronto) porque trepa a tudo e agarra-se a mim como os macacos bebés se agarram Às mães. Os miúdos gostam de macacos e de dinossauros. É normal que vistam uma camisola sobre macacos. Dizer que o menino da foto não pode usar a camisola é tão ou mais racista...

sushi disse...

Acho que o preconceito está na cabeça dos indignados. Quando vi a foto não fiz nenhuma dessas associações....enfim. Na mnha opinião, isto ainda fomenta mais o preconceito.

Anónimo disse...

Finalmente alguém que pensa o mesmo que eu! Até me andava a sentir ET!! A verdade é que nesta era o povo pela-se por uma boa indignação, independentemente do motivo e depois segue-se o efeito carneirinhos, tudo a barafustar pelo mesmo......

Anónimo disse...

Finalmente alguém que escreveu exactamente o que pensei. Um miúdo giro, numa camisola gira. Quem vê ali racismo é que de facto é racista e preconceituoso.

Os meus filhos também os chamo de macacos e outros animais mas lá está. são brancos.

Tenho um filho que faz publicidade em catálogos e na verdade, quando fotografam a roupa, por vezes é um bocado ao calhas. Isto fica bem. tira foto, isto fica mal, despe. Vão aos cabides e escolhem a roupa aleatoriamente. Sei que nem todas as marcas são assiim, mas a maioria é.

Quem incita estás polémicas são os maiores racistas.

marta disse...

a sério q vieste defender a H&M? porque não me surpreende??!!..este post é tão mau tão mau q chega mesmo a dar vontade de não voltar a pôr cá os pés..
cada um sabe de si..

Anónimo disse...

Adoro...
Suse Sousa

Ana Cláudia Correia disse...

Concordo plenamente! Finalmente alguém disse uma coisa acertada sobre este assunto, que sinceramente nem devia ser assunto. Por acaso ainda à pouco vi uma publicação sobre este foto e, quem a fez estava todo indignado com a situação. Sinceramente quando vi a foto e comecei a ler o texto, não percebi a razão para tanto alarido, pois o preconceito está na nossa cabeça, não está numa simples frase de uma camisola. Não vejo mal algum na camisola. O que vejo são pessoas que vêm o mal em tudo e que não têm nada para fazer da vida, pois devem de ter uma vida bastante aborrecida, e aproveitam tudo para fazer escandaleira. Enfim.

Anónimo disse...

"E quanto à questão do "preto" vs. "negro" devias perguntar a alguém negro como se sente quando alguém que não o conhece utiliza "preto"...Ou como te soa a ti em inglês?"
Pois conheço muitos para os quais "negro" é a palavra ofensiva. E se pensarmos no inglês "Nigger" é altamente ofensivo e advém precisamente de "negro", enquanto que "black people" não tem nada de ofensivo

Anónimo disse...

Ora aí está... o pessoal do marketing tem que ser muito inocente ou estar a dormir para não perceber onde isto ia dar

Anónimo disse...

A maldade também está na pele de quem a sente... e há situações que para mim são inimagináveis e não fazem sentido, mas como alguém já disse em cima, nós não temos noção dos preconceitos que uma pessoa de cor encontra no quotidiano.

Anónimo disse...

Eu devo ser mesmo "totó", porque a imagem andava sempre a aparecer nas redes sociais e vi que estava relacionado com uma polémica com a H&M, mas olhava, olhava e olhava e não percebia porquê... só depois de ler artigos é que percebi... Acho que o que me aconteceu, é o que deveria acontecer... não ver racismo, preconceitos em tudo o que aparece....
Será que as pessoas a estarem a levantar esta questão, não estão a informar os mais novos (que não tinham esta associação), que os negros são chamados de macacos, embora não se possa fazer porque é racismo? Se não houvesse tanta indignação se calhar muitas crianças, que vão ser adultas, nem faziam esta associação e ia-se desvanecendo no tempo a questão...
É só a minha opinião....

Anónimo disse...

Bem, no Canadá, aonde vivo há 10 anos, “monkey” é um termo que os adultos chamam aos bebés e crianças. Aliás, já vi frases tipo “cutest little monkey” e outras do género em várias camisolas de criança de outras marcas. Na minha opinião, acho que a H&M estava ciente que poderia se expor a este tipo de escândalo ao vestir esta camisola a um menino preto. Porém, gostei da perspectiva da pipoca.

Unknown disse...

Sim, as palavras têm conotações. E o facto de ser preto ou branco também. A questão é que ali não está um menino preto. Está um menino. Ponto! E portanto, sim: ele é o macaco mais cool da selva, como cada menino deve ser. A marca poderia ter optado por um modelo branco e evitar esta polémica toda. Podia! Mas quem a começou é mais racista ou mais discriminatório do que a H&M que simplesmente viu um menino.

Anónimo disse...

O problema está em quem viu ali um problema! Sinceramente olhei para a imagem e não achei nada de anormal. A H&M não deveria ter retirado a publicidade! Se fosse um branco seria o quê? Um macaco albino? Dou-lhe toda a razão, as pessoas gostam mesmo é de uma boa polémica!mesquinhice a mais! E já agora a minha filha é a minha macaquinha, sorte a minha que é branca, porque se fosse preta já teria certamente a proteção de menores à perna!
Ana Sofia

Inês de Almeida disse...

Dizer que toda a gente tem medo de pretos, Sónia Faria, é que me parece um comentário racista e antiquado. Só alguém que nunca saiu da merdaleja e nunca viu um preto é que pode ser idiota ao ponto de pensar que são todos criminosos. Não tente generalizar, já nem todos temos esses preconceitos idiotas. E sim, os pretos que eu conheço preferem a palavra preto a negro (é como black e nigger). Infelizmente ainda estamos a falar disto em pleno século XXI. Nem parece que vivemos num mundo globalizado.

Diana disse...

Chamar porquinho ao Mateus, quando ele tem aquelas bochechas mais lindas e fofas, merece que se chame a CPCJ :-) O meu pai era africano de gema, com pele mais escura que a minha para grande desgosto meu, que pareço branco papel, para não dizer banco lixívia(que é mais o caso da minha mãe). Antes de eu nascer havia pessoas muito importantes para mim da minha família que tinham receio que eu nascesse menos branca. E qdo soube disto +/- há 10 fiquei triste. Sempre gostaram de mim, e se eu não fosse branca não iam gostar? Tentaram que a minha mãe casasse com um varredor de ruas mas que seja branco!!! Não resultou. Mas estas mágoas cá continuam. E qdo começam conversas racistas, digo logo que o meu pai não era branco para ver se também têm coragem de me dizer o que dizem das outras pessoas não branco papel. Tb nunca sei como é melhor dizer, pq para mim somos pessoas. Só que, umas inteligentes e outras não. Obrigada Ana, por pôr o dedo na ferida, mais uma vez.

Anónimo disse...

Polémica absurda e eu acrescento o seguinte: e se quem teve esta ideia for negro?? Já pode ser? Já deixam? Já não é racismo?? que escandaleira idiota. Catarina

Diana disse...

Já viram a publicidade do Zoo de Lisboa, que diz "traga as suas pequenas feras para conhecerm as nossas"? E alguém se indignou?

Ema disse...

Sou negra, o meu marido é branco. Quando começámos a namorar os pais dele disseram-lhe algo do género: "qualquer dia vais passear macacos ao parque". Não se consideram de todo pessoas racistas e possivelmente não conseguiriam ver mal nenhum nesta camisola. Têm uma atitude muito própria das pessoas que viveram durante a época colonial. Mas é racismo. E fere.
Quando passas a vida toda a ouvir a palavra macaco de forma pejorativa, não há como não veres a "maldade" de que tanto aqui se fala. Posso apenas concluir que estas pessoas que aqui comentam nunca foram chamadas de macacas por causa do seu tom de pele.
Este post fomenta a ideia de que a maldade só está aos olhos de quem a vê e desculpabiliza os autores da campanha.
Posto isto. Eu não usaria, nem compraria para o meu filho.

Ema

Cavalheiro do Aeroporto disse...

Golden Globe for The Most Empty Comment: E o prémio vai para...

Cavalheiro do Aeroporto disse...

Isto para ser levado às mais altas instâncias era o miúdo na foto estar a comer uma banana. Fazia abertura de telejornais. Ainda bem que a H&M não se lembrou disso.

Já não tenho paciência para estas polémicas.

Anónimo disse...

Concordo. Não há como "normalizar" isso porque quem usa a palavra nesse contexto não vai mudar de ideia. E não acredito em inocência neste caso. Não é "porque tudo é polêmica", é porque algumas coisas são polêmicas mesmo. Achei péssimo.

Anónimo disse...

Quem se ofende com estas situações são a) pessoas que sabem o que é viver com o racismo sistémico e institucionalizado b) pessoas que reconhecem a existência deste racismo e de sistemas que privilegiam um grupo em detrimento de todos os outros. Não é assim tão difícil reconhecer que esse privilégio sempre existiu e continua a existir. Se nós não reparamos nestas coisas ou não nos sentimos ofendidos é porque nunca tivemos que lidar com estas estruturas, porque nos encontramos do lado dos privilegiados.

Anónimo disse...

Porque não depende de nós, individualmente, proceder a essa normalização (ou desconstrução). Como foi explicado, as palavras não são neutras: constroem-se a partir de sistemas de dominação/exploração/marginalização e ajudam, elas próprias, a manter esses sistemas. Tentar 'normalizar' as palavras sem que exista um reconhecimento da sua não-neutralidade ou da forma como elas ajudam a manter estas estruturas de poder é o mesmo que responder com um "all lives matter" quando alguém grita "black lives matter". Claro que todas as vidas são importantes. E toda a gente poderia ser chamada de "macaco". Mas a questão é que nem todas as vidas foram e são tratadas com o mesmo respeito, e existem razões pelas quais a associação macaco/incivilizado/selvagem é sempre associada a negros, não a brancos.

Anónimo disse...

Exatamente! Preocupa-me que a maioria das pessoas que vejo a relativizar esta questão nunca tenham passado por situações de preconceito racista.

Anónimo disse...

Tenho um sobrinho mestiço, filho de pai branco e mãe mulata a quem sempre chamámos de matumbina, macaca e conguita sem que nunca se tenha insurgido ou vitimizado...aliás, ela mesma promovia estatroca de "carinhos". O meu sobrinho assim que nasceu passou a ser o macaquinho, o quarto dele foi decorado com o tema "selva", com bastante ênfase nos macacos, claro está, e nunca em momento algum alguém se sentiu constrangido ou ofendido com isso (nomeadamente a família materna, de onde vem o gene "macaquinho"!
Este é só mais um daqueles histerismos do sec. XXI, somos todos cada vez mais instruídos e modernaços, mas continuamos com uma mentalidade bacoca e medieval! A Sweat é gira, o miúdo é amoroso e a fazer-se a analogia que querem à força que se faça, é bem engraçada (não consigo ver maldade, só mesmo piada...)

Anónimo disse...

Monkey.

Isabel disse...

Para um menino branco ou preto: nunca compraria a camisola, n faz sentido chamar macaco a ninguem. P mim, claro!

Anónimo disse...

Quando eu era pequenina chamava-se a um menino reguila e mexido de "terrorista", hoje em dia também essa palavra tem agora uma conotação bem pior que tinha na altura em que não se falava tão frequentemente em ataques terroristas. Frequentemente ouço chamar a crianças "pirata" que segundo a priberam significa:
1. Pessoa que cruza os mares para roubar os navios. = CORSÁRIO
2. Navio de piratas. = CORSÁRIO
3. Pessoa que rouba bens de outrem. = LADRÃO
4. [Figurado] Pessoa que enriquece à custa de outrem por exacções violentas.
5. Pessoa sem escrúpulos.
6. [Informal] Sujeito ardiloso. = MALANDRO
Isso quer dizer que seria considerada uma má pessoa se oferecesse uma camisola com um desses adjetivos a uma criança fosse qual fosse a cor da sua pele?
Continua a espantar-me existirem este tipo de polémicas em volta de uma coisa tão simples como uma palavra. De início nem percebi porquê tanto escândalo. Já se parava de fazer escândalos na internet com tudo e mais um par de botas.
Se acho a campanha muito esperta?! Nem por isso, agora daí a ser ofensiva!!! É uma sweat, apenas uma sweat com inscrições. Acho tão ofensivo quando haver uma camisola para senhoras a dizer vaca. Se comprava? Nem por isso, mas fazer disso um escândalo destas proporções... que exagero!

Alexandra disse...

🙌👏👏

Anónimo disse...

Os "negros" que conheço, também se referem a eles como "pretos"...

Anónimo disse...

Cool! :)

Anónimo disse...

E se fosse uma menina lorinha de olhos azuis e uma sweat com a frase "Coolest cow in the world"? O problema é o verde...aquele verde não fica bem a ninguém (e a conotação negativa de alguns animais, que não têm culpa nenhuma da cabeça tola dos humanos)

Anónimo disse...

Anda tudo maluco. À falta de melhor e mais que fazer entretêm-se com isto. Faz lembrar todas as puritanas que agora acusam de assédio sexual tudo o que mexe. Essa é outra. As pessoas deitam-se com quem querem ou será que puseram uma pistola na cabeça dessas senhoras agora tão ultrajadas??? Tenham juízo e preocupem-se com a fome e a doença que grassa no mundo e deixe-me de merdas de "lana caprina".

Inês disse...

Adoro macacos e chamo macaquinho a um dos meus primos pequenos, por ele ser querido e brincalhão. Ser macaco é fixe, ser o mais fixe de todos é ainda melhor.
Sinceramente não vejo a sociedade a ir para a frente. Sou muito atenta aquilo que digo em frente a miúdos. É horrível ouvir dos próprios pais ou avós comentários racistas, xenófobos ou misóginos e tentar corrigi-los.
Ainda não tenho filhos, mas uma das razões que me faz querer ter é o desafio de educar um humano, e torná-lo socialmente evoluído

killyourbarbies disse...

As "puritanas que agora acusam de assédio sexual tudo o que mexe" (pelo contexto, presumo que se esteja a referir aos escândalos de assédio em Hollywood) são mulheres que tiveram finalmente coragem para falar, porque alguém teve a coragem de o fazer primeiro. É um efeito de dominó. Se elas estão a acusar de assédio "tudo o que mexe", é porque há muito assédio naquele meio. A culpa do número elevado destes casos não é de quem acusa, é mesmo de que assedia.

Anónimo disse...

Agora as pessoas que sabem reconhecer quando uma imagem é problemática, e que estão a par daquela pequena coisa chamada "contexto cultural" e, sei lá, "história", é que são as racistas. Que útil.

E óbvio que o problema não seria o mesmo caso fosse um menino branco, uma vez que, como é óbvio e a própria Pipoca, com a qual supostamente concordou, o afirma, o termo "macaco" não é sistemicamente usado para insultar e rebaixar meninos daquela cor.

Enfim...

Anónimo disse...

Talvez porque essa normalização deva partir de membros do próprio grupo, se assim o decidirem, em vez de uma grande instituição exterior e generalista, sob pena de, neste último caso, se continuar simplesmente a fomentar uma relação desigual de poder.

Anónimo disse...

Já ganhou looool

Anónimo disse...

@Diana Balona Esse exemplo de racismo contra brancos, vem de alguém que nasceu ontem, e como tal nunca leu um livro de história, histórias (Tarzan era o quê, mesmo?...), ou viu umas notícias, não foi? O que dizer?... Parabéns por já saber mexer num computador tão nova?...

Céus.

Anónimo disse...

Ai é certo? Portanto, se eu lhe der um estalo, a maldade está na sua face por estar no caminho da palma da mão? Que útil.

Anónimo disse...

Nádia, muitas das que acusam agora,na altura deu-lhes jeito, ou duvida disso? Acha mesmo que elas fizeram o que não queriam?? Tinham é que ter tido coragem de perder papéis nos filmes e denunciar o assédio. Não 30 anos depois. Primeiro ganharam o dinheiro nos filmes e agora vêm acusar?? Faz-me lembrar as "figuras públicas" do nosso país. Quando lhes dá jeito até mostram a roupa interior, quando alguém faz algum comentário a dizer que não gosta de algo, cai o Carmo e a Trindade. Valha-nos Deus que temos direito à nossa privacidade!!

Anónimo disse...

Concordo na teoria com a postura da Pipoca. Mas o problema é que antes de normalizar a palavra "macaco", de forma a que qualquer criança possa usá-la numa camisola sem pesos e conotações negativas, para tal é preciso fazer um trabalho mais de fundo e de raiz na sociedade. É preciso desconstruir e combater uma cultura que infelizmente ainda está muito marcada pelo preconceito. O racismo está nos nossos dias, não é só história. Enquanto isso não mudar, o peso destas palavras e os efeitos colaterais de uma criança ser associada às mesmas nunca serão neutros.

Rafaela Castelbranco disse...

Pipoca o mundo seria perfeito com pessoas como tu. Embora tivesse ficado chocada com a campanha, consigo perceber bem o teu ponto de vista e sinceramente foste a única pessoa que argumentou isto muito bem 👏🏽 👏🏽👏🏽
Fiquei sinceramente fã.
As redes sociais sim são locais onde podemos “exorcisar” muitas coisas, tal como tu também utilizas para nos mostrar o teu “mundo”.
Beijinhos

Anónimo disse...

Ui, sim. Deve ter-lhes dado imenso jeito ter de suportar os avanços, humilhações e perseguições sexuais do patronato, de modo a não perder o emprego corrente, empregos futuros, ficar com o nome queimado, e não serem responsabilizadas de perturbar a produção de filmes que não raras vezes ascendem aos milhões de dólares e afectam a vida de centenas de outros trabalhadores.

Quando se fala sem se saber... dá nisso.

Anónimo disse...

Acho engraçado ler aqui comentários com "eu não vejo" ou "para mim não" ou "aos meus olhos nadinha"!

Pessoas: ISTO NÃO É SOBRE VOCÊS, nem sobre os vossos sentimentos!
O racismo social e estrutural existe! Todos os dias, a todas as horas! Ele fere, discrimina e até mata!
Por isso, sim, ofende. E não, a H&M não é inocente - como alguém escreveu mais acima, falamos da mesma empresa que usa mão de obra infantil e que prefere ter fábricas no Bangladesh, onde pouco paga, nem condições laborais assegura aos funcionários só para produzir mais barato!

Anónimo disse...

O principal problema do racismo é exactamente o facto de as pessoas continuarem sistematicamente a falarem nele. É óbvio que historicamente falando ele existiu, mas fará sentido continuar sempre a trazer esse assunto em situações que claramente não tentaram penalizar ou discriminar ninguém? Eu cresci com pretos, brancos, amarelos, vermelhos, cor-de-rosa e efetivamente para mim são todos pessoas. Nunca discriminei ninguém pela sua cor de pele, religião ou sexo. Portanto quando digo que quando olhei para a imagem apenas vi um miúdo com a camisola, foi exatamente isso que vi. Quem escolhe ver outra coisa é que se calhar deveria fazer uma reflexão e pensar se é correto em pleno século XXI continuar a achar que faz sentido associar essa palavra à conotação negativa de outrora. Felizmente as coisas evoluem e as mentalidades mudam. Pelo menos é nisso que escolho acreditar.

CC disse...

A H&M é uma das minhas marcas preferidas, principalmente pelo facto de oferecer moda, acessível, a mulheres de vários tamanhos e várias carteiras. Isto para mim é bastante inclusivo. Acho que a polémica da camisola é um não—assunto, mas reconheço o seu potencial enquanto fait—divers. Está na moda ser indignado. E as marcas serão sempre castigadas por isso. Lembram—se do pijama azul às riscas da Zara? A mim, parece—me que foi uma atitude natural, fotografar modelo X com roupa Y. E como diz a minha querida irmã, a maldade está nos olhos de quem a vê.

Anónimo disse...

A pior parte de mim às vezes deseja que mulheres que fazem estes comentários um dia sejam verdadeiramente assediadas (assim do género “olha aqui para a minha pila e decide onde queres que a enfie mesmo que não te apeteça”) para a partir desse dia em vez de dizerem alarvidades mostrarem alguma compaixão por outras mulheres que em momentos desses, ou piores, se calaram... por vergonha, por estarem numa situação de inferioridade, por, por, por,... depois a parte melhor de mim pensa que não, nenhuma mulher deve passar por isso, nem estas que dizem estás alarvidades, talvez um dia lá cheguem, mas mesmo que não cheguem não merecem isso.

Anónimo disse...

Eu concordo com o teu ponto de vista Pipoca. Creio que devemos relativizar algumas coisas e ensinar os nossos filhos a fazê-lo. E é como dizes, educar, educar, educar! Creio que nos dias de hoje as pessoas tendem a exacerbar tudo, sem balizar as coisas, sem critérios e a generalizar. Se não ensinarmos aos nossos filhos valores e que existem situações pelas quais não se devem deixar afectar, a nossa sociedade não muda. É mais fácil falar? É! Mas se todos tentássemos melhorar e seguir esta linha, as coisas poderiam ser diferentes no futuro.
Ah, e eu também sempre chamei o meu filho de macaquinho e teria comprado a camisola. Ele achou-a super engraçada, apesar de ser mulato.

Anónimo disse...

“Porque se fosse um miudo branco com a mesma camisola de certeza que já ninguem se tinha indignado.” E pronto, parabéns pela burrice, fim do seu comentário... claramente não sabe do que fala.

Sandra G disse...

Concordo contigo!! As palavras não têm maldade a cabeça das pessoas está cheia dela.
Uma das minhas melhores amigas chama-me macaca, é carinhoso!! Vamos sim educar os futuros homens e mulheres de uma forma diferente.
Bjs

Anónimo disse...

Respeitando a tua opinião, (que por acaso até não partilho) a unica pergunta que me ocorre é a seguinte: racismo ou não, como é que a HM não antecipou "a escandaleira", e achou isto boa ideia?? Isso é que eu gostava mesmo de saber...

Anónimo disse...

Pois para mim o burro é você que em pleno ano de 2018 prefere continuar a atribuir conotação negativa a uma palavra quando associada à cor da pele.

Anónimo disse...

Mas a verdade é que os pretos são parecidos com os macacos e sinceramente não acredito que uma cadeia de lojas de tão grande dimensão tenha usado isso inocentemente. É só a minha opinião.

Anónimo disse...

Quanto é que a H&M lhe pagou? É que só pode. Quem no seu perfeito juizo acha que uma multinational faz campanhas ingénuas??? E esta senhores foi genial, aposto que as vendas dispararam em flecha.

apipocamaisdoce disse...

Infelizmente não me pagaram nada. Mas achar que a H&M não é uma marca inclusiva é mesmo desconhecimento de causa. Ou querer só ter má vontade.

Anónimo disse...

Mas e porquê a palavra macaco e não leão ou pantera outra qual? Se fosse um miúdo branco também usariam a palavra macaco? São só as minhas questões.

Anónimo disse...

Os negros que conheço e são muitos não gostam que os chamem pretos mas sim de negros ou africanos. Aceitam ser chamados de pretos se forem pessoas de confiança e sendo um termo carinhoso, se forem desconhecidos e em forma de insulto não gostam.

Francisco o Pensador disse...

Suponho que a cor verde da camisola também seja um preconceito contra o Sporting, o Shrek ou a Greenpeace...

Acho que esta gente está toda a precisar de trabalhar...ou então de mais sexo na sua vida, agora falta saber...

Anónimo disse...

Acho difícil, enquanto branca ocidental de classe média alta, ter uma opinião muito vincada sobre certos temas. Mas, e embora não tenha percebido o problema da primeira vez que vi a imagem, porque jamais associaria uma pessoa negra a um macaco, percebi quando li o post do questlove que há ainda um longo caminho a percorrer. E a sua opinião vale, neste tema, muito mais que a minha (se estivéssemos a discutir os direitos reprodutora das mulheres ou discriminação de género já a minha galeria muito mais). E depois lembrei-me quando, há pouco tempo, ouvi uma pessoa de 30 anos referir-se a um grupo de negros exactamente como macacos. Nem percebi de início a que ou quem se referia. Desde então já o ouvi outras vezes. Por isso acho que ainda estamos longe de ser uma palavra inócua. Infelizmente.

sam disse...

ahahahahahahahahah

Anónimo disse...

Eu gosto de "até acho piada quando me chamam macaquinha!! qual é o mal?!!". Conclusão altamente provável: must be white.

Isto de ver para além do próprio umbigo e pôr-se na pele e na realidade do Outro...

Anónimo disse...

A H&M cometeu um erro crasso, como a maioria das marcas comete: Pedir desculpas e retirar a imagem. A camisola existe, esta a venda, vai ser vestida por crianças de todas as cores independentemente se hienas histéricas nas redes sociais queiram ou nao. Enquanto as marcas se rebaixarem ao ponto de validarem estas histerias colectivas com pedidos de desculpas vamos cada vez mais assistir a este retrocesso civilizacional.

Anónimo disse...

Essa normalização das palavras tem de partir das pessoas que foram magoadas pelas mesmas, neste caso as pessoas negras. Não pode vir das mesmas pessoas que a usaram para insultar.

BG disse...

Exato! E se a mensagem a passar era esta que a pipoca diz, deviam estar preparados para polêmica e manter até ap fim, não retirar a foto!

Anónimo disse...

Não tem nada a ver com "preferir". A conotação negativa EXISTE, ponto final, e é ainda usada para hostilizar, diminuir e humilhar indivíduos do grupo em causa, desde tenra idade e ao longo da vida, e não desaparece só porque você, como outros aqui, se podem dar ao luxo de ignorarem o peso que este tipo de palavras tem.

Anónimo disse...

Pessoas isto nao é sobre voces? esta a querer dizer o que mesmo? que os leitores da pipoca nao sao possiveis alvos de racismo? Ou seja para si os leitores da pipocas sao todos brancos? Afinal tenho que lhe dar razao, o racismo social existe e anda por aqui bem vincado. Ganhe juizo!!

Anónimo disse...

Por acaso viram o que dizia a camisola laranja no menino branco? O expert da selva!! Foi tambem isto que gerou a indignacao e nao sendo negra nao posso opinar porque so eles vivem na pele milhares de vezes ao dia a discriminacao porque ela existe assim como ainda existem paises em que ha escravatura de negros!

Anónimo disse...

Conte-me mais sobre o facto da H&M ser uma marca inclusiva!

"A sueca H&M e a britânica Next foram as únicas marcas que admitiram ter encontrado crianças refugiadas sírias a trabalhar nas fábricas dos seus fornecedores da Turquia. A denúncia foi feita pela organização sem fins lucrativos Business and Human Rights Resource Centre (BHRRC) e divulgada pelo jornal britânico The Independent."
https://www.dn.pt/sociedade/interior/criancas-sirias-encontradas-a-trabalhar-nas-fabricas-da-hm-e-next-5012769.html

"Outlets such as H&M can sell hoodies for as little as $25 because Cambodian women (almost all the workers are women) will sew for roughly 50 cents per hour."
https://www.salon.com/2015/03/22/the_slave_labor_behind_your_favorite_clothing_brands_gap_hm_and_more_exposed_partner/

Anónimo disse...

Eu também nunca repararia. No entanto, a minha língua materna não é o inglês, e nunca ouvi "monkey", como insulto. Para a outra metade do mundo, com inglês como primeira língua e consciente da discriminação racial que existe, até fere a vista, colocarem uma camisola destas num menino negro. Experimente ver uma criança negra com uma vestimenta estampada a dizer "o macaco mais fixe da selva". É horrível. Quando é na nossa língua, é mesmo insultuoso.

Anónimo disse...

Eu também quando vi a foto do miúdo, não associei de imediato, à questão racial. Porém, quando vi que havia uma outro foto (do catálogo da marca) em que se insurgia um outro menino, este de pele clara, a ostentar uma camisola a dizer "especialista em sobrevivência na selva", julgo que se deu um "click". Não me venham dizer que juntando as duas fotos, não fariam esse julgamento, porque não acredito. A Pipoca é a primeira a reconhecer que, muito provavelmente, não saberia o que fazer com a dita camisola caso o Mateus fosse negro. E sim: a maldade está na cabeça de cada um, mas se está agora nas nossas - perante esta situação - tem a ver com a carga social e discriminatória que estas adquiriram ao longo da História. Não se indignar com este hipotético "lapso" da marca (até podia ser a Zara ou a Dior), é e foi, no minímo, desnecessário.

Anónimo disse...

Eia, pensei o mesmo. Mas olhe que quase pior é ver leitores dizerem que nunca repararam na camisola no miúdo, que a polémica é criada do nada... Gente: para mim tb era um anúncio sem nada a reparar, tive tb que ler com atenção o texto da polemica pois, nem da foto do puto, nem do título, conseguia ver algo de errado. Depois de ler a noticia, percebi: para uma vítima (ainda que potencial) de racismo, ou para um racista (como o são muitos nórdicos ) é bem explícito. Como já disse acima, imaginem um menino negro a envergar uma camisola com os dizeres em português "o macaco mais fixe da selva".

Anónimo disse...

Boa Ema. Vai ter que ensinar a Diana das 15h36m.

Anónimo disse...

Ofereça-lhe uma camisola que diga em português "O Macaco mais Fixe da Selva" e mande-a assim para a escola.

Anónimo disse...

E mais nada!

Anónimo disse...

Ana, desculpe, mas fiquei curiosa... Onde compra a sua roupa, ou maior parte dela?

Anónimo disse...

Então e se a camisola que diz "expert da selva" fosse a do miúdo preto? Iam ver racismo nessa associação na mesma, liga lo de forma negativa a algum animal. Quem fez essas associações numa também faria na outra.

Anónimo disse...

E já agora uma lavagem de imagem loja. Aquilo parece um supermercado com todos todos os tamanhos (10 de cada num) expostos a encher chouriços. Aumentaram muitos os preços,não acha???? A zara tem preços idênticos e bate 10 a 0 a vossa marca. Por isso, as vendas tem vindo a descrescer. Pq será????

Anónimo disse...

Adoro a campanha do zoo de Lisboa. Oups estou a chamar macaco ao meu filho. Lol

Anónimo disse...

Lutar contra o preconceito é que é retrocesso civilizacional? Tá.

Unknown disse...

Olá, sou mãe de uma criança com Trissomia 21 e apesar de não ser óbvio a minha postura é a mesma da Pipoca. É essa que uso com a minha filha, desmistificar. Nada tem a vêr a côr da pele com a trissomia, mas em termos de descriminação, inclusão tem algo de parecido nas atitudes. A minha filha tem um canal no youtube, e logo na capa a frase é muita clara quanto â diferença dela. Sim, somos todos diferentes...mas ela tem 3 cromossonas na celula 21 o que a faz com algumas caracteristicas conhecidamente diferentes, porque não assumir? Ao assumir estamos a desmistificar também. um macaco é um animal simpático, e um preto é efetivamente preto, e nada de mal tem em ter a pele preta, tal como os nordicos parecem umas "lendeas" com a pele muito branca e eu que tb sou muito branca com um escaldão pareço um "camarão cozido" pior que os "bifes". Há tanto por onde pegar e tanto por onde largar. Não me choquei porque nem liguei, nem pensei dessa forma. Mas com a minha filha divirto-me muito a mostrar e assumir a sua trissomia! Tem algumas coisas dificeis mas tb tem tantas de muito bom!!!! Agora encontrei uma t-shirt que diz: normal people scare me! morri a rir e comprei de imediato! Ela usa toda contente e as pessoas riem, porque estamos a brincar e desmistificar. Também por isso começamos um canal no youtube, onde é ela a protagonista, sem medos! https://www.youtube.com/channel/UCwYStBdMEjzkK1gbutxnMew?view_as=subscriber
Vale a pena ver o canal da Leonor Belo, ela é TOP! e efetivamente é a monguinhas mais LINDA DO MUNDO!!!!!! bjs da mãe babada

Anónimo disse...

Pois...deu um click. Talvez tenha sido o barulho da lâmpada a fundir...

Anónimo disse...

Não sei como é a questão racial em Portugal. Sou brasileira. E sei que aqui a discriminação existe sim! É pior, é uma discriminação disfarçada de tolerância.
O racismo existe e acho que apenas as pessoas que nunca sentiram o preconceito na própria pele não veem nada de mais nessa campanha publicitária infeliz.

Anónimo disse...

Simplesmente porque, ainda hoje, muitas pessoas usam a palavra "macaco" para ofender pessoas negras.

Anónimo disse...

Seu irmão é negro? Já foi chamado de macaco de maneira pejorativa?

Anónimo disse...

Ana, você é negra?

Filipa disse...

O modelo preto?? Mas vocês vivem na porra do tempo das colónias?
Tanto racismo disfarçado, a comecar pela trampa de argumento "quem se ofendeu foram os verdadeiros racistas". Quem se ofendeu foi quem tem de ouvir merda como ser chamado de preto, macaco, volta para a selva/tua terra, etc.

Neste momento, partidos neo-nazis defendem etno-estados, incluindo o partido nazi português. Em Portugal, bestas quadradas fingem que Portugal
não foi o maior responsável pelo tráfico de escravos no mundo. Mas o que interessa é escrever um longo texto sobre o quão pateta é protestar porque uma marca vestiu um menino negro com uma camisola a dizer macaco.

Porque já não existe racismo, não é?

Anónimo disse...

É incrível como as pessoas gostam de falar daquilo que não têm conhecimento (incluindo muitos comentários aqui). Sou defensora de que todos temos direito a dar a nossa opinião, mas quando não se tem conhecimento aprofundado de um tema é pertinente não tocar no assunto. Pipoca fiquei super curiosa para saber qual o teu ponto de vista sobre esta questão e vim ler...fiquei decepcionada porque nem sequer foste capaz de fundamentar a questão...porquê? Porque não sabes do que estás a falar e foi bem claro nas várias vezes que tu mesma utilizaste as palavras “não sei”. Eu sou preta e sei bem o que sinto se me chamam de macaca. A educação para a diversidade não é só dizer a criança que a camisola que veste a dizer macaco não tem problema nenhum, não é só ir dizer ao pai e mãe da criança branca para alertar o filho das palavras que profere (as crianças são racistas porque são ensinadas a ser, ninguém nasce racista). O racismo propaga-se também através da comunicação ao nosso redor e passa por determinadas marcas não atribuírem conotações negativas associadas a determinados grupos étnicos. Se foi ou não intencional, não sabemos (logo não devemos falar sem saber) mas devem eles ter o cuidado de não ferir sucetilidades. O que mais concerne nas questões raciais é que não é só uma questão de bullying na escola, é algo a lidar o resto da vida em diferentes circunstâncias (escola, faculdade, emprego) onde és sempre colocado à prova mesmo quando tentamos ignorar comentários, olhares, etc...não espero que compreendas porque não o vives na pele. O fato de a pessoa ter amigos pretos não significa que não seja racista nem que não tenha comentários racistas (não te estou a chamar de racista), mas as expressões que usas com eles e eles permitem é porque és amiga mas isso não o podes fazer com todos. Que sejas inteligente o suficiente de não achares que conheces os pretos só porque tens amigos pretos. Que sejas inteligente o suficiente em não chamar os pretos “pessoas de cor” se realmente te consideras uma pessoa que não vê as pessoas pela cor, caso contrário seríamos todos de cor (ou então não porque o branco supostamente é ausência de cor embora o consideramos uma cor). E que sejas ainda mais inteligente para não falar de temas que não conheças e principalmente que não saibas fundamentar. Infelizmente falaste de forma tão banal e que eu no teu lugar teria ficado quieta!
Para quem gosta de ler e aprofundar conhecimentos saiam um pouco da vossa zona de conforto e procurem ler sobre a educação para a diversidade. Educamos os filhos com materiais didáticos para que tenham um bom desenvolvimento e porque não introduzir a educação para a diversidade nas atividades que desenvolvemos com os filhos...um desafio Pipoca a ver se trazes um tema destes para o teu blog onde possas também incentivar os teus leitoras a procurarem educar-se para a diversidade. Bem haja!!! Claudina Correia

MJ disse...

Isto mostra uma falta de nocao da realidade impressionante:
"Tenho a H&M como uma marca conscienciosa, com uma forte política de responsabilidade social, empenhada em defender a diversidade e em abolir uma data de preconceitos.3

Anónimo disse...

Exatamente! Perfeito o seu comentário!

Anónimo disse...

Não penso assim. O preconceito não está na cabeça dos indignados, Infelizmente. Está na sociedade, agride, ofende.
Não sou negra, mas sou homossexual e sinto a discriminação.
Muitos amigos escondem a própria homossexualidade para não se sentirem oprimidos. No entanto, os negros não têm sequer essa opção...

Anónimo disse...

Só há cerca de 2 anos é que despertei para esta realidade, infelizmente e desde aí tenho evitado comprar na H&M, assim como na Primark, Zara e as outras lojas do grupo Inditex.

O que complica MUITO e me obriga a gastar mais dinheiro, mas em compensação compro menos e peças de melhor qualidade. Há muitas marcas, gosto por exemplo da molett e da The REFORMATION.

Pode encontrar mais marcas aqui e pela Internet fora :)
http://visao.sapo.pt/opiniao/bolsa-de-especialistas/2016-01-05-Moda-Consciente-10-marcas-responsaveis-e-com-estilo

Anónimo disse...

WHITE PRIVILEGED. Brancos indignados porque o racismo está na cabeça de quem vê uma imagem. Que vergonha de caixa de comentários!

Anónimo disse...

Mas é uma mulher adulta e bem resolvida :) com crianças poderá ser diferente!

Anónimo disse...

Não, não, "monchey" mesmo, como um diminutivo de "monkey", assim mais ao fofinho, mais ao querido, como em português não me ocorre agora assim exemplo que demonstre. E não sou eu o anónimo das 12:41, só me enerva que o pessoal, de útil, não tenha nada para acrescentar, mas ande aí de espingarda em punho a ver se apanha os outros na curva. Enfim.

Anónimo disse...

"Porque não depende de nós, individualmente, proceder a essa normalização (ou desconstrução)." Depende, depende. Pois depende é precisamente de nós.

Anónimo disse...

"Mas a verdade é que os pretos são parecidos com os macacos e sinceramente não acredito que uma cadeia de lojas de tão grande dimensão tenha usado isso inocentemente. É só a minha opinião." WHATTTT?? Os pretos são parecidos com os macacos? A sério que em pleno século XXI ainda tenho de ler coisas destas com tamanha ignorancia??

Anónimo disse...

Vai buscar! :)
O que eu gosto de gente assim arejada da mente, fresca, verdadeiramente livre de preconceitos.
Um clap clap clap para si, Made by Pepper!

Anónimo disse...

Marta, compreende que ninguém a tem aqui amarrada, não compreende? Ah, pronto!

Anónimo disse...

Começo por dizer que não sou racista nem preconceituosa. Sou branca e tenho sobrinhos mulatos. Tenho homossexuais na família. Tudo na boa. Acho sim que essas camisolas deverão ser retiradas. O racismo existe, o bullying existe. Expliquem-me porquê macaco no menino preto e expert da selva no menino branco. A mensagem das camisolas entendo: castanho= macaco, laranja=leão ,eventualmente um tigre . Ainda que não sendo racista entendo que haja sensibilidades feridas porque são séculos de preconceito e abusos que não se apagam assim de repente.

Anónimo disse...

"Pessoas: ISTO NÃO É SOBRE VOCÊS, nem sobre os vossos sentimentos!"
Pois, mas deve ser.
Primeiro, porque não sabe quem esta do lado de lá de cada ecrã, bastando uma breve visita acima para ver que, sim, é sobre os sentimentos de muitas destas pessoas.
E depois, deve ser, sim, sob o ponto de vista de cada um, para cada um, aos olhos de cada um. Assim mesmo, individual, no singular, em particular. TEM que ser sobre cada um para que, um dia, eventualmente, o que se espera que seja em breve, seja sob o ponto de vista da sociedade e aos olhos da sociedade, construída por cada uma das singulares pessoas, que isto DEIXA-DE-SER-PROBLEMA!
Pensem antes de começarem a dizer alegremente merda boquinha-indignada fora e ainda por cima em maiúsculas. (E sim, poupem-se e dispensem-se à chatice, eu sei que escrevi em maiúsculas, foi de propósito, sim?, foi ironicamente, foi a brincaaaar.)

Anónimo disse...

"Baleia", "Burro/a", "Urso/a", "Macaco/a"...quem já não ouviu isto?

Não tem mal nenhum?

É para banalizar?

H I P O C R I Z I A!

Vamos parar de comparar pessoas a animais e de fingir que não existe racismo, desprezo e ódio entre os Seres Humanos.

Num Mundo perfeito a HM não teria esta ideia.

Anónimo disse...

Confirmo Anónimo 21:15. Também não gosto de ser chamada "preta" por desconhecidos e pelo que sei o mesmo acontece com familiares e amigos também negros.

Anónimo disse...

"Nigger" em inglês é totalmente ofensivo, enquanto que "black people" não... Também tenho amigos pretos e que dizem pretos, não negros. Eu sou branca, não sou bege ou clara e nem tenho pele de leite... Sou branca. Ponto. Os pretos são... pretos. Mas pior, muito pior do que chamar alguém de negro, é dizer "de cor". Isso sim é que é altamente ofensivo, quanto a mim! Se um preto é uma pessoa "de cor", então os brancos também o são, porque que eu saiba ninguém é transparente!

Quanto à sweat nem sei muito bem o que pensar... Talvez devêssemos todos nós, independentemente da nossa cor de pele, comprá-la e usá-la para que a palavra "macaco" não passe exatamente disso, um animal que é fofo e muito "cool"!
Catarina

Anónimo disse...

Eu até diria que acho bom sinal que a H&M não tenha percebido o que ia acontecer, porque é sinal que ninguém viu o miúdo negro de forma diferente do branco e vestiram uma camisola que lhe ficava bem sem pensarem muito nisso mas tenho medo que me batam. Eu sei que existe racismo, eu sei que existe discriminação, mas será que o primeiro passo para acabar com ele não é normalizar as coisas? Não estar a ver à lupa as camisolas que os meninos vão usar a ver se vão ser ofensivas para alguém? Os macacos existem e vão sempre existir, macaco não é uma palavra que possa ser eliminada para sempre (como por exemplo escarumba ou monhé, palavras muito ofensivas que podem nunca ser usadas). Macaco é um animal querido pelas crianças e daí muitos pais chamarem os filhos de macaquinhos e haver camisolas com essa palavra, tal como há camisolas com muitos outros temas que agradam Às crianças. Eu acho bom que a ninguém tenha ocorrido a potencial ofensa, é sinal que nunca ocorreu Às pessoas que fizeram isto usar a palavra como uma ofensa para um negro.
A quem diz que isto não é sobre as pessoas a quem nunca ocorreu a ofensa, lamento mas é. Quando as ofensas deixarem de ocorrer a toda a gente, acabam as ofensas certo? é assim que funciona.
(sim, já sei, sou branca, tenho de estar é calada. Também nunca fui vítima de violência doméstica e consigo entender as vítimas, coisas da vida...)

Diana disse...

Oh Anónimo de 10 janeiro ás 22.38, ensinar-me o quê? A respeitar as pessoas coisa que o anónimo não sabe? O que é que referi diferente da Ema?

Anónimo disse...

sem problema algum, ele é de facto o macaquinho mais fixe da selva...porque aos meus olhos não é ofensa nenhuma, não é preconceito, não é maldade...aos seus talvez, mas o problema está em si...( e é muito pouco inteligente achar que se estiver em português passa a ser "mais" ofensivo...lá está...é a sua cabeça que está mal resolvida)

Anónimo disse...

Isto é sobre todos...não acham que partir do principio que algué é branco só porque não se importa que lhe chamem macaquinho não é preconceito? não cabe nessa cabecinha iluminada que existam pessoas evoluídas que não levem como ofensa chamarem-lhes de macaquinho e serem negras?!?! O que eu sinto sobre este assunto é menos válido do que sente um negro só pq sou branca?!?! Então isso é o quê?

Anónimo disse...

...hummm, ora bem...conta a Teoria da Evolução humana que o homem e os primatas (os macacos...) possuem um ancestral comum...algures no tempo, um primata deu origem ao Humano) e ao Chimpanzé, somos assim portanto, uma espécie de parentes, o que não acontece com os felinos...é por isso que se associam os macacos aos humanos (para mim uma questão de espécie, sem qualquer associação a raça)

Anónimo disse...

Não se deve normalizar o que não é normalizavel. E um insulto racista não o é. As imagens das outras camisolas, vestidas por crianças brancas, remetem para aspetos valorizantes - expert, por exemplo. Logo, houve, de facto, uma normalização do insulto, creio que sem má intenção, só do género "somos tão cool que, para nós, isto não é insulto, nem pensar '. Mas, lá está, de boas intenções está o inferno cheio. E se não se deve normalizar a publicação dos panfletos racistas do Céline, também não se deve normalizar isto. Ou então vistam a camisola a uma criança branca.

Anónimo disse...

Depois de ler tanta coisa, continuo a pensar que as pessoas gastam demasiado tempo a tecer comentários sobre tudo e sobre nada, sem verdadeiramente conhecerem outra realidade, que não a sua.

Sou branca e vivo num país africano, portanto sou uma minoria por aqui. Já muitas vezes me chamaram “a branca” e disseram outras “coisas” em dialeto. Já várias vezes fui descriminada.

Sim, por aqui existe muito racismo, mas ao contrário…

Mas voltando ao tema aconselho, a quem tiver algum interesse sobre a evolução da espécie humana, a consulta da informação disponibilizada pelo The Cradle of Humankind World Heritage Site:

http://www.maropeng.co.za/content/page/pathway_to_humanity
http://www.maropeng.co.za/content/page/the_age_of_emaustralopithecus

E ainda a informação da National Geographic:

https://news.nationalgeographic.com/2015/09/150910-human-evolution-change/

Anónimo disse...

Quando vi que esta imagem era polémica, tive de olhar 50 vezes para perceber onde estava o erro. O preconceito está na cabeça de cada um. Não vejo mal nenhum na criança usar a camisola com essa frase.

Anónimo disse...

Essa comparação nem faz sentido. Se ao lado do macaco aparecesse um miúdo preto, também tinha havido indignação, pode crer.

Como os criativos não se meteram em aventuras, essa campanha era genial. O problema não é associar crianças a animais.

Anónimo disse...

Eu chamo de 'urso/ursinho' e de 'macaco' a familiares meus, tal como também chamo de 'pulga' e 'piolha' a minha irã é prima respectivamente. São alcunhas carinhosas que em nada os ofende.
Acho que nós duas de hoje as pessoas são demasiado sensiveis/ofendinhas, que, sem problemas de carácter real e ocupações que as mantenham entretidas, encontram em tudo e mais alguma coisa razões pra criticar e brandar aos céus. Juro que já não há paciência pra tanta santidade, moralidade, etc!
Para mim não passa de uma simples camisola!! Tal como há tantas à venda aos anos com caras de animais destinadas a crianças ou adultos! É só agora se lembram de atirar pedras? Só porque o miúdo em si calhou de ser de cor? E se fosse branco? Ou chinês? Ou indiano??? É roupa de criança gente!!
Quem não gosta não compra! Por certo a HM não vão meter ninguém as portas da loja a apontar armas as pessoas e a obrigá-las a comprar a dita cuja!!!
Com tanta coisa mais importante com nos importarmos e darmos valor, vamos chatear-nós com uma simples camisola? E sei que vai haver uma cambada de gente a atirar pedras a isto, mas querem saber? Como diz a canção 'Tou nem aí!'
Beijinhos a todos e a um mundo com menos 'ofendinhas/os'!
Joana

Anónimo disse...

Muitos parabéns, Cláudia! :)

Anónimo disse...

Clap, clap, clap!

Claudina, muitos parabéns pela forma clara e educada com que expôs a sua opinião. Concordo plenamente com os seus pontos de vista: só quem passa por elas é que sabe porque simplesmente sente na pele e isso faz toda a diferença. É como o provérbio: quem está no convento é que sabe o que lhe vai dentro.

Anónimo disse...

Ah, valente! Valentes!
Leonor e Mamã 15 - 0 Sociedade

Anónimo disse...

Não confunda conceitos. Não se está a querer, ninguém mentalmente saudável quer, normalizar o insulto. Quer-se normalizar (ou neutralizar, que é melhor) a diferença.

E não lhe parece realmente que não se vestirá a camisola a uma criança branca, pois não? Compreendem que não está ninguém no caixa das H&M mundo afora, ao melhor estilo fiscal de linha, a dizer "Desculpe, Sra. caucasiana, leva essa camisola na mão, espere, a quem pretendia vesti-la? Ah, ao seu filho caucasiano? Pois que não, minha senhora, não, tenha lá paciência, leve aquela ali que diz "expert", que foi pensada especificamente para o seu menino de pele alva, está bem? Esta só se vende a pretos. Ah, era para um filho de um amigo preto? Ah, pois, terá de me acompanhar ali, mostrar a fotografia do macaquinho, devidamente autenticada por notário ou advogado, e assinar aqui esta declaraçãozinha de interesses, está bem? Pronto.".
Ou melhor ainda, que nenhuma criança negra no mundo vai olhar para a camisola e dizer, naturalmente, que gosta e quer vestir ("porque é verde" e a criança gosta, "porque tem um carapuço" e a criança gosta, "porque o Joel na escola tem uma parecida"), ao que lhe será tornado pela mãe como resposta "Pois, meu filho, mas não podes, porque a camisola e a marca que a disponibilizou no mercado está a insultar-te com ela.".
E é assim que se vê que o racismo não está na camisola, está na mente de quem olha para ela e lhe empresta o racismo. Não é a camisola, é a pessoa, que reconhece o racismo porque a idade da inocência e em que todos éramos iguais já lá lhes vai. Não é a camisola. É a pessoa. E esse é que é o problema, não é outro.

Anónimo disse...

Desculpem lá porque não vestiram a mesma camisola a um miúdo preto ecavum miúdo branco ? Julgo que o entendimento seria outro. Eu se fosse o responsável bda campanha teria feito isso mesmo . Vestiria a camisola ao menino branco. Não somos todos a evolução deste anmal 😂?

Anónimo disse...

mas vestir a camisola a uma criança branca não é racismo também? porque é que um menino não pode vestir a camisola que quiser? por ser negro não pode usar a camisola do macaco?

Anónimo disse...

O que significa racismo, mas ao contrário?

Anónimo disse...

O que eu acho é que se não fizessem tanto alarido à volta do assunto, hoje já ninguém se lembrava.

Anónimo disse...

Mas aposto que quando se referem aos brancos tratam-nos por esse mesmo nome - brancos! Conhecendo ou não.. Por que é isso mesmo que somos, brancos!

Ana Garcia Rosado disse...

Oh paá! Eu uma vez não comprei um babygrow para o meu recém-nascido que dizia "Iam a little donkey". Agora se dissesse "soy um ursinho" ou "sou um macaquinho" acho que já comprava.
Oh que maltinha tão sensível e exagerada.Chiiiiça!

Anónimo disse...

Desculpe Ana 10 janeiro, 2018 19:25, mas o racismo não existe apenas de brancos/claros para pretos/negros, o contrário cada vez mais se faz notar, portanto isso de dizer que não é sobre "nós" é para rir só pode... isto é sobre todos!

Anónimo disse...

Exactamente Ema, esta foi o post mais consciente. O pessoal de tom de pele clara nunca saberá isso.

Anónimo disse...

Para si pode não ser ofensa. Agora imagina o miúdo na escola poderia ser vítima de bullying

Anónimo disse...

Anónimos das 19.20 e das 20.02 não falem do que não sabem. O meu diretor resolveu ser estúpido comigo. Para não me chatear e ter que recorrer a um advogado, meti baixa e ele agora que vá à fava. Mas ainda vou mais longe: vocês acham realmente que aquelas senhoras são todas "santinhas"? Não me digam que ainda acreditam no Pai Natal.

Anónimo disse...

Porque não é o seu filho, negro. Simples assim.

Anónimo disse...

Assino por baixo

Anónimo disse...

O que significa racismo, mas ao contrário?

Anónimo disse...

Pessoas que se queixam e não tiram o rabo do sofá para lutar pelas causas em que acreditam... Sem perceberem acabam por fomentar ainda mais o racismo. Ou já pensaram como se sentiu o miúdo pela sua foto que tirou com tanto gosto ter sido retirada do site?

Anónimo disse...

Não depende de vocês porque têm preconceito. O preconceito está na cabeça de cada um.

Anónimo disse...

Isso seria muito bonito, se não fossem os adultos os primeiros a usar a palavra "macaco" para insultar pessoas negras.

E não, a culpa dos problemas existirem, não é de quem não os ignora.

Anónimo disse...

"sorte a minha que é branca"

Como é que eu adivinhei...

Anónimo disse...

A sério?... Clueless.

barcelence disse...

Sou o Anónimo 10/01/2018 22:40 Caro Anónimo, sim, soa mais ofensivo quando a expressão está na nossa língua materna. Nessa parte, tenho a cabeça bem resolvida. E dizer que, sem problema algum, vestia à criança uma camisola com os dizeres "O Macaco mais fixe da Selva", soa a pura negação.

barcelence disse...

Ensinar-lhe o quê, Diana? Tudo. Ainda por cima, acha que teve uma opinião igual à da Ema?! Não, em tudo diferente. Começa, aliás, por concordar com a Pipoca, cujo post a Ema refutou, e bem.

Anónimo disse...

Anónimo das 14:18, não estou a ver a mãe da criança a dizer-lhe não compres porque a marca te está a insultar, mas estou a ver a mãe (ou o pai, olha a discriminação de género, eheh..) a dizer não compres se não queres que os outros miúdos da escola te chamem macaco.

barcelence disse...

Oh Anónimo, cabeça de abóbora ( só pode ser o das 22:36 ), ninguém nos obriga a frequentar um tasco - e pagar! - o que nem por isso nos impede de demonstrar o descontentamento ou a falta de gosto, um dia em que café saia mal tirado. É simples.

Anónimo disse...

Não. Se não são negras/os, a viver na sociedade portuguesa actual, isto não é sobre nenhum/a de vocês. Deal with it.

barcelence disse...

"Respeito pelo próximo"... no conceito de "próximo", cabem trabalhadores da Tunísia, Bangladesh, China e Portugal, só por exemplo?...

Unknown disse...

Acho tudo isto um exagero,O meu marido é preto (sim preto e não de cor como muita gente gosta de florear).Tenho um filho mulato e compraria a camisola sem problemas,as palavras têm a conotação negativa que as pessoas lhe dão,ainda ontem falava sobre o assunto com o marido e ele ainda disse que se o nosso miúdo usasse a dita camisola ele mandava fazer uma a dizer coolest gorila in the jungle. As mesmas pessoas que tanto se mostram indignadas devem pertencer ao mesmo grupo que quando falo sobre o meu marido é quando o conhecem pessoalmente dizem Ah mas nunca disseste que era de cor ou ele é um preto mas não é preto ou é um preto branco...Sim muito bom...Todos dias agradeço ter a família que tenho sem qualquer problema quanto á raça nem perdemos tempo com estas indignações hipócritas fingidas

Anónimo disse...

Anónimo11 janeiro, 2018 15:08
Era isto que ia escrever. Já se referiram a mim N vezes como branca - e sou, que nem lula - e levei a mal? Não! Porque raio o termo "branco" não tem mal e "preto" tem? Alguém que me explique sff, que eu juro que não entendo. Já não sei como me referir, porque tudo é racismo/insulto/critica, isto caso seja necessário diferenciar/identificar a pessoa em alguma situação e não só porque sim, obviamente.
Negro para os que não conhecemos, preto para os que conhecemos, é assim? A sério que a minha pergunta não tem ponta de ironia! Mas eu sinto-me ridícula a discutir uma coisa destas, parece que estou num século qualquer antes de cristo.

Anónimo disse...

"mas vestir a camisola a uma criança branca não é racismo também?"

Não, não é. "Macaco" não é um insulto usado sistematicamente contra pessoas brancas, de modo a inferiorizá-las e desumanizá-las.

Mas esta gente vive toda na Lua?...

Anónimo disse...

Obrigada pela sugestão.
Anon. 23:25h

Anónimo disse...

Anónimo das 17:29,
Sem ofensa, porque foi educado, realmente, mas está? É que se isso é sequer coisa que possa passar pela sua cabeça, pela cabeça de alguma mãe, pela cabeça de alguém... Isso é mesmo triste.

Anónimo disse...

Sabe, Anónimo das 17:32, e permita-me:
É porque se continua a referir aos "negros a viver na sociedade portuguesa actual" que coisas como estas continuam a ser um problema.
Porque sabe, Anónimo, custe-lhe muito ou pouco, terá de, nem que seja no seu íntimo, aceitar que é mais um dos que contribui para que proliferem expressões como "negros a viver na sociedade portuguesa actual", ainda que a intenção seja boa.
A segregação de ideias e de mentes e de expressões é o próprio Anónimo que o está a fazer. O racismo também é o anónimo que o está a perpetrar, com uma diferença absolutamente absurda e infundamentada que quer marcar e impor. Porque sabe, contra o racismo e contra a discriminação, temos TODOS a mesma cabeça em cima dos ombros. Todos.
E isso, para quem quer tão agressivamente expressar um ideal contra o racismo, é só profundamente ignorante. E triste. Muito ignorante e triste.

Diana disse...

Anónimo e barcelense, eu tive uma experiência semelhante à da Ema. E vocês têm filhos? Já foram vocês ou os vossos filhos alvos de bullying? Eu vestia a camisola, e eu sou responsável pelas minhas acções. A HM será responsável pelas suas. E vocês os dois idem. As opiniões são como as cuecas cada um com as suas. E cada um faz o que quer. Felizmente vivemos em liberdade, a Ema não vestiria e tem todo o meu respeito por isso.
O que falta aqui perceber é que isto é um espaço onde podemos dar opiniões e não fazer julgamentos. Senão seria o "Pipoca decide". Que tal Ana, agora que a Sra PGR estará de saída?

Diana disse...

Faça lá uma pesquisa no google por zoo publicidade e veja lá se não aparece um miúdo e um macaco?
Aqui fica o link
http://www.veterinaria-atual.pt/na-clinica/jardim-zoologico-lanca-campanha-destinada-a-familia/

Anónimo disse...

Aqui quem definitivamente fala do que não sabe, é você. Não é por você ter feito não sei o quê ao seu director, que as vítimas de assédio laboral passam a ser culpadas, porque não reagiram como você quer. Nem a hipótese de que algumas acusações sejam falsas, resulta em que todas aquelas senhoras sejam demónios, nem que o problema não existe. Dada a quantidade de generalizações simplórias e infantis que debita, eu diria que o Pai Natal passa mais por esses lados.

... ou sempre posso apontar que você também não deve ser grande flor que se cheire, ao usar-se de baixas fraudulentas em vez de seguir os trâmites correctos...

Anónimo disse...

Reconhecer a existência e a voz de "negros a viver na sociedade portuguesa actual", não é o problema. Já "brancos a viver na sociedade portuguesa actual", achar que estão na posição de decidir o que pode ou não ser ofensivo para outrem, e serem completamente míopes quanto ao próprio privilégio, anulando por completo as atrás mencionadas vozes, é, sim, um problema. E não: reparar nisto não é "racismo contra brancos", ou asneira similar que queiram inventar para esconder a própria miopia.

Ninguém quer saber que nomezinhos queriduxos te chamam na intimidade. Deal with it.

Anónimo disse...

Isto realmente, a maldade esta mesmo na cabeça de cada um e na maneira que cada um vê as coisas. Nesta foto, com esta camisola, eu vejo simplesmente um puto cheio de atitude e ainda a gozar consigo mesmo e com os outros, cheio de humor. Mas claro, não será a mesma coisa um puto vestir uma camisola destas ou um homem feito, porque o homem saberá responder à letra se para com ele forem ofensivos, o puto não. Nesse sentido, confesso que não seria fácil, para mim, decidir se filho meu, se fosse preto, levaria uma camisola destas para escola, justamente por não querer que ele fosse alvo de gozação, e todos nós sabemos quão cruéis as crianças conseguem ser umas para as outras. Agora, acho que esta história do racismo, começa logo com estes eufemismos parvos do "negro", "de cor", "africano". Ora bem, não me parece de todo ofensivo, caracterizar uma pessoa como preta. Tal como não me parece ofensivo caracterizar uma pessoa como branca. Qual é a questão aqui?? Os pretos não nos chamam brancos? Caramba, tudo tem de ser dito com pinças ultimamente, andamos todos cheios de fernicoques parvos, nada se pode dizer hoje em dia. Aqui há uns anos, toda a gente dizia que "está uma bicha enorme de carros". Hoje, cai mal dizer tal coisa, porque, "alguém" decidiu importar o termo brasileiro, de que bichas são os homossexuais. Então, agora só se pode dizer "fila". Há coisas que não me entram na cabeça, é tudo tão polido, tudo tão politicamente correcto, tudo tão cheio de manias, tudo serve para arranjar dramas e, como diz a Pipoca, escandaleiras. A Bennetton fez, durante anos, campanhas ditas "chocantes", e vejam lá se não ajudaram a abrir mentalidades. Está na hora de nos deixarmos de eufemismos, há que não ter medo das palavras. Tudo dentro da educação, do respeito mútuo e da sábia convivência em sociedade, mas deixem-se de merdas e vivam!

Anónimo disse...

Ahhh adoro estas teorias fabulásticas ... A todas e todos que dizem ser um exagero às reacções das pessoas indignadas : posso chamar-vos os nomes todos que me apetecer que vocês não se ofendem , correcto ? Ladrões, mentirosos, manipuladores, vigaristas, etc etc etc , porque não é verdade , não se hão-de importar , correcto ??
Mudando um pouco o assunto, não percebo porque tantos portugueses , se indignam com os impostos ( e com certeza, muitos dos que não se indignam com esta situaçao do macaco, com toda a certeza, já se indignaram com um imposto que pagaram ) . Os impostos são o contributo para um estado sobreviver ... não se indignam ...

Anónimo disse...

Pessoalmente achei que esta comentadora não disse nada de nada. Fala como se não houvesse pretos racistas, e bem sabemos que não é assim. Há racismo em todo o lado, de brancos, pretos, amarelos e verdes ás pintas se for preciso. A comentadora até pode já ter sido alvo de racismo, mas, acha que nos países africanos os brancos não sentem esse racismo também? Estas hipocrisias irritam-me profundamente.

Anónimo disse...

Anónimo das 14:18,eu não confundi conceitos. Poderia, aliás, ter dito "naturalizar", que é o termo científico. E insisto - não é assim que se acaba com atitudes racistas.

Anónimo disse...

Oh, anónimo... eu estava em vias de lhe escrever uma resposta enorme a mostrar-lhe o quanto é ignorante. Mas depois vi que escreveu por duas vezes, seguidas, como quem se quer afirmar, “deal with it”. E pronto... não creio que alguma vez vá responder. Cada um é para o que nasce, e quem nasceu para dois...

Diana disse...

Está senhora se calhar viveu lá, não?

Anónimo disse...

Privilégios de brancos. Olhar para esta imagem e não perceber a conotação é meramente um privilégio de gente caucasiana. Vamos então normalizar e vestir as bloggers com uma t-shirt a dizer "a mais p#ta cá da net" ou um gay com "o veado mais fofo"... Ignorar não é solução, evitar ofender, sim. Há muita cultura, muita História, tal como a Pipoca refere, chamar macaco a um preto não é o mesmo que chamar a um branco. Quem não entende isto, não sente. Não podemos apoiar este boicote a uma empresa que cometeu um erro enorme, assim como apoiamos o #timesup e a violência doméstica e o casamento gay? Só porque não somos todos pretos, não podemos ser solidários com quem se sente discriminado há 500 anos?

Anónimo disse...

Se calhar não percebeu porque o seu cérebro não chega lá...

apipocamaisdoce disse...

A comparação com a palavra “puta” é ridícula. Uma puta é uma mulher que vende o corpo, não tem nenhum outro significado, por isso não estou a ver a ligação. Um macaco é um bicho. E a ideia é que seja só isso mesmo, sem nenhuma conotação negativa ou preconceituosa.

Anónimo disse...

Lá por não se não se lembrarem não apaga o sucedido. Que atitude mais infantil.

apipocamaisdoce disse...

A comparação com a palavra “puta” é ridícula. Uma puta é uma mulher que vende o corpo, não tem nenhum outro significado, por isso não estou a ver a ligação. Um macaco é um bicho. E a ideia é que seja só isso mesmo, sem nenhuma conotação negativa ou preconceituosa.

Anónimo disse...

Gente sem nada para fazer!

Na Inglaterra costumam chamar as crianças de “little monkey”

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