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Esta coisa do caro e do barato (ou "vamos lá discutir o sexo dos anjos")

sexta-feira, abril 10, 2015

Mesmo que um dia venha a ser rica, há coisas que tenho a certeza que nunca irei querer. Um Ferrari, um barco, um helicóptero, um T-25 nas Maldivas, vinhos de mil euros a garrafa, cremes com partículas de ouro, concertos privados da Beyoncé. São coisas às quais não ligo, não fazem parte do meu campo aspiracional, não me fazem palpitar o coração, não sonho com elas. Sonho com outras. Mas o facto de não ser capaz de dar dinheiro por elas, mesmo que até o tivesse,  não significa que não lhes reconheça o valor ou não perceba porque é que custam mais do que outras (aparentemente) semelhantes.
Há umas semanas, como disse aqui, estive no ISEG a fazer o curso executivo de Luxury Brand Management. Foram quatro dias tão interessantes como intensivos, com um professor, convidados e colegas muitíssimo inspiradores. Falou-se muito, como é óbvio, de marcas e serviços de luxo e das suas características. E de cada vez que um de nós dizia que estas marcas e serviços têm um preço caro, o professor quase nos espetava facas nos olhos. Ao fim de quatro dias, acho que todos os participantes saíram de lá a saber que um preço caro é diferente de um preço especial. E isto fez-me lembrar as eternas e circulares conversas aqui no blog sobre o que é caro e o que é barato. 

De cada vez que aparece aqui alguma coisa com um "preço especial" lá vem o rol de queixumes. Que é uma parvoíce, que "é já a seguir que vou dar esse dinheiro todo", que "só se eu estivesse maluca é que pagava tanto por isso", que "não percebo o que é isso tem de especial para valer esse preço", que custa um salário mínimo,, que "com esse dinheiro faço as compras do mês ou passo umas belas férias em família em Benidorm" que estamos em crise, que há fome no mundo e blá blá blá. 
Amores da minha vida, vamos lá ver se nos entendemos. Em primeiro lugar, nem tudo no mundo é para toda a gente. É triste, é uma merda, mas a vida é assim mesmo.  Há coisas que serão sempre inacessíveis à maioria das almas (eu incluída, não se inquietem). Mas isso não quer dizer que não valham o preço que é pedido por elas. Podemos não perceber, podemos não aceitar, podemos não gostar, são tudo direitos que nos assistem, mas dizer que é caro é relativo. É SEMPRE relativo. É caro em relação ao quê? É caro para quem?  Uma coisa cara é uma coisa que não vale o dinheiro que está a ser pedido por ela. Por exemplo, pedirem-nos 100 por uma garrafa de água do Luso é caro, porque sabemos quanto ela custa num supermercado e, a menos que venha numa garrafa do mais fino cristal, não tem razão para valer isso. Mas uma Vuitton que custa 1500 euros, um carro que custa 100 mil, um relógio que custa 30 mil, ou umas férias num resort de luxo que custa 2000 euros por noite... não são coisas caras. São coisas que têm um preço especial. Até podemos achar que não, mas têm.
Se uma carteira daVuitton cumpre exactamente o mesmo que uma da Parfois? Claro que sim, a nível funcional são exactamente iguais, ambas servem o mesmo propósito: carregar coisas. Mas depois... depois a Vuitton usa materiais distintos, trabalho manufacturado, artesãos especializados, design único, um atendimento diferenciado em loja, um serviço ao cliente personalizado, sacos e embalagens mais sofisticados, um investimento brutal em marketing, e, claro, todo o peso da sua história, o estatuto, o lado aspiracional. Tudo isso se paga e faz com que se atinja o tal valor especial (não caro). Um valor que podemos não ter ou não estar dispostos a pagar, mas que não significa que não seja o valor justo. 
É por isso que não vale a pena indignarmo-nos com o preço de uma refeição, de uma peça de roupa ou de uma escova de dentes. Essa indústria existe porque há quem a sustente e porque são coisas que, efectivamente, têm valor. Nós podemos não ter dinheiro, mas há quem tenha, há sempre quem tenha (ou quem, como eu, vá tendo a sorte de ter umas borlas, também acontece). 
Há umas semanas, por exemplo, falei de um brunch que custava 30 euros por pessoa, e pronto, montou-se logo a escandaleira. Pessoas a dizerem que por esse preço preferiam ir almoçar não sei onde ou fazer não sei o quê, como se as suas preferências tivessem a mínima relevância para o assunto. Se eu acho caro um brunch que custa 30 euros? Depende. Se for na Padaria Portuguesa sim, se for num hotel como o Epic Sana Lisboa, ou o Altis Belém, ou o Ritz, então não. Porque, lá está, paga-se muito mais do que a comida. Paga-se o atendimento, paga-se o jornal que nos trazem à mesa, paga-se o estacionamento, paga-se as actividades para os miúdos, paga-se o chef que está ali a fazer sushi para nós. Há quem dê valor a isso e pague o que se pede, há quem não dê valor a isso e procure outras opções, mais em consonância com a sua bolsa e as suas preferências. Eu não posso pagar brunches de 30 euros todas as semanas mas, uma vez por outra, quando me apetece uma coisa mais especial, pago. Pago porque posso, porque é só de vez em quando. Mas há muitas coisas  para as quais não tenho dinheiro. Por exemplo, um Porsche Cayenne. Mas não é por isso que vou para a porta da Porsche com cartazes e a berrar que é um ultraje, uma vergonha, como é que é possível venderem carros àquele preço se eu só posso pagar um décimo disso. Seria ridículo, certo?
Como é óbvio e até tonto de explicar, não há uma imposição de compra, nem para o caro nem para o barato. Quando eu falo de um óleo corporal de sete euros ou de uma escova de dentes de 169€ estou simplesmente a dizer-vos que essas coisas existem. Depois vocês logo sabem da vossa vida e de como é que gastam o vosso dinheiro. Para muita gente, 169€ é muito dinheiro, para outras pessoas é um preço razoável, para outras será um preço barato. Ou, pelo menos, um preço que percebem, mesmo que não estejam dispostas a pagá-lo. Comentários como "é já a seguir que vou comprar isso" são só disparatados (até porque, quase sempre, são dirigidos a mim, como se fosse eu a culpada dos valores praticados pelas marcas). Não têm de comprar nada nem ninguém quer saber disso. Mas podem fazer o esforço de tentar perceber que há quem possa comprar, há quem queira comprar, há quem prefira poupar para comprar isso do que outra coisa, há quem não ache caro e há, sobretudo, que perceber o porquê de um valor especial. Depois disto tenho a certeza que seremos todos pessoas muito mais relaxadinhas da vida.

318 comentários:

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Rosa Chiclet disse...

Não poderia concordar mais, para além da excelente escrita e construção do texto. Disseste tudo Pipoca. Parabéns!

Ana disse...

E ainda ninguém veio dizer que se calhar és de direita e, por isso, uma desgraçada? Que num país como o nosso tal e tal é uma heresia? Confesso que quando vi o preço da escova pensei: Jesus, alguma vez? Mas se calhar depois sou capaz de dar 100 euros por um creme de olhos, porque me serve um propósito bem mais interessante. Tens toda a razão no que dizes: e ainda bem que há gente com dinheiro para comprar coisas com preços especiais, porque essas coisas geram muito e bom emprego.

Anónimo disse...

A distinção entre barato e caro, depende sempre, daquilo que cada um está disposto a pagar, consoante as necessidades, preferências e prioridades. Enquanto muita gente não meter isto na cabecinha, a discussão sobre o dinheiro dos outros vai continuar.

Unknown disse...

Concordo perfeitamente até porque foi é uma analise factual.. agora quero ver a escandaleira que se vai conseguir fazer... o que se vai conseguir deturpar do post... (sou sincera que há vezes que chego a admirar mais os comentários que o próprio post ... e até onde a estupidez humana pode chegar... e como o podem demonstrar publicamente sem nenhum pudor) Será que se vai voltar às férias em Cabo Verde?!
Beijinhos e Parabéns. .. venham mais posts destes.. . "Muitá" Forte

Anónimo disse...

BRAVO !!

SerenDipity disse...

Esses comentarios fazer parte da nossa queria "mentalidadezinha portuguesa" que esta tao enraizada que ate doi.

Teresa disse...

MUITO BEM ESCRITO!!!

Carolina Bernardo disse...

Dos melhores textos que já por aqui li, não poderia estar mais de acordo!

Anónimo disse...

Mas é preciso dizer que a xodona pipoca é de direita? Não se vê desde os primórdios do blog? De direita a roçar o fascisoide. Qual é a dúvida?

apipocamaisdoce disse...

Que engraçado, ainda no outro dia me acusavam de ser de esquerda e anti Passos Coelho. Decidam-se.

Anónimo disse...

https://www.ted.com/talks/peter_singer_the_why_and_how_of_effective_altruism?language=pt

Não me parece que a questão resida no valor do produto mas sim na ética com que gastamos o dinheiro. Aconselho esta Tedtalk do Peter Singer a quem quiser ter mais elementos para reflectir.
Como é a primeira vez que cimento este blogue e provavelmente a ultima só me falta desejar felicidades à Ana G que tem um filho lindo e abençoado por uma família que o ama.

RaqFCC disse...

Clapclapclap

Anónimo disse...

isto é mesmo conversa de chacha da malta do marketing, "preço especial"...

Anie disse...

Neste ponto de vista concordo que a discussão sobre se é caro ou barato não faz sentido. Agora se tivermos em consideração que algumas marcas ditas de luxo pedem balúrdios pelas peças e depois na etiqueta tem "made in china" ou afins, que pagam muito mal aos empregados e que não acrescentam nada para mim já é passível de ser considerado caro. Depois há ainda aquelas marcas que têm produtos iguais às lojas massivas, mas porque simplesmente têm "exclusividade" e são feitos de melhores produtos pedem mais dinheiro. Como aprendi recentemente uma marca que não acrescente nada de inovador está a par das lojas massivas e se não competir com o preço dessas lojas, sim são caras.

maria do rosario disse...

Para mim, há em si uma alma socialista, que necessita de acompanhamento psicológico...

Paula disse...

faz-me lembrar há uns anos os comentários aos fatos de banho da tua loja. Ficou tudo em ultraje.
Se cada um comprar de acordo com a sua bolsa sem se endividar seriam todos muito mais felizes!
vidademulheraos40.blogspot.com.

Anónimo disse...

Gabo-te a paciência Pipoca...adorei o post :)

Unknown disse...

Ora nem mais! :)

Classe Cappuccino disse...

Muitas vezes quando ouço:
-ah isso é caro
eu respondo: é caro ou nós é que não temos dinheiro?

Ou:
- ei como é possível ganha sei lá quantos €€€ por mês, ganha mesmo bem
a minha resposta é: ganha mesmo bem ou nós é que ganhamos mal?

Ou ainda
- bolas com esta crise e esteve a passar férias no sitio xpto
lá digo eu : se pudesse como ela, também fazia o mesmo

Sinto inveja? Sinto, claro que sim, mas não infernizo ou ataco ninguém por causa disso, luto (nem que a vida no final me mostre que não deu em nada) para um dia também poder fazer o mesmo.

Pedro disse...

Pipoca, a questão é se o preço da Vuitton vale o material da dita. Claro que não vale, estás a pagar a marca e a ostentação. Essa é a grande verdade...e não custa nada admitir. E eu gosto de marcas, não critico isso. Em relação à LV só critico mesmo o mau gosto, é que aquilo é feio que doi, não consigo perceber a panca.

A questão dos produtos caros é isso mesmo, se valem, pela qualidade, o preço que custam. Uns valem, sem dúvida mas a maioria não vale.

Pedro disse...

Se fosses de Direita seria uma desilusão... ;)

osmeustrilhos disse...

Apesar de na minha opinião muito pessoal e de achar que em muitas de alguns produtos se paga um marketing exagerado, mantendo um estatuto que em pouco se diferencia da concorrência, tendo a não concordar com a Pipoca.
Contudo, acho que atualmente e na situação do país, com as políticas de baixos salários as pessoas estão de tal forma sufocadas que pouco mais resta que uma indignação - mal direccionada- e que se traduz em alguns dos comentários parvos e pouco agradáveis.

Anónimo disse...

Este texto encaixa na perfeição!

http://coisaseoucenas.blogspot.pt/2015/03/o-argumento-da-inveja-pensar-e-tramado.html

Mi♥ disse...

Não costumo comentar, mas tinha que vir concordar a 100%. Temos a mania de rotular como "caro" aquilo que não cabe na nossa carteira. Diferente sim e' pagar-se mais por algo que tem as mesmas caracteristicas, feito por mão de obra barata em paises do terceiro mundo, por exemplo (mas isso ja são outros apartes).
Um aparte: em relação a isto dos comentarios às vezes aplica-se a maxima "para que o mal vença, e preciso apenas que os homens de bem nada façam. E, por vezes o numero de comentarios parvos so e' maior, porque as pessoas que que concordam contigo simplesmente não comentam talvez porque terem mais o que fazer.

Sandra Manso disse...

Sem dúvida, verdade verdadinha. Yep, it's all there! Bom fds Pipoca e pipoquianos!

Unknown disse...

Muito Bom...

Anónimo disse...

Concordo com tudo o que foi escrito neste texto excepto a parte do ''valor justo'' visto que, para quem está dentro da parte produtiva das coisas, sabe que as margens de lucro que muitas marcas colocam são brutais. É um preço especial, se há quem dê esse valor, óptimo. Óptimo para quem vende, óptimo para quem compra que fica, à partida, satisfeito. No entanto não quer dizer que seja propriamente ''justo''.
Acho que tudo isto vai de encontro também a uma base: o valor que nós damos ás coisas. Eu até posso ter uma caneta que comprei ali num supermercado, que me custou 50 cêntimos mas para mim essa caneca pode ter um valor muito maior devido ao uso que eu lhe dou. Podia pagar mais até porque é com aquela caneta (existindo 50 outras de outros valores) que eu gosto de escrever, porque a cor, o risco,a textura e etc. são como eu gosto mais. Se eu tenho umas sapatilhas que custam 100€ e as paguei foi porque entendi que o valor que eu ia dar por elas irá valer a pena mais não seja por gostar tanto tanto delas. Pode parecer supérfluo mas quantas vezes não é assim? Não compro todos os dias, lá está, não posso comprar mas quando posso e compro é porque o valor que lhe atribuo vale o valor que está na etiqueta e é verdade também que se pudesse comprar mais... comprava. Não vale a pena ser hipócrita :)

Anónimo disse...

caro foi esse curso para debitar coisas óbvias, do senso comum

Anónimo disse...

Apologia do caro mas tudo bem: para mim mesmo sendo melhor ( que muitas vezes não é ) a maior parte dos produtos caros não valorizam a peça em si, por exemplo eu JAMAIS daria 1000 e tal euros por um par de sapatos porque não deixam de ser sapatos e para mim há um limite razoável para os comprar.

" O que tem preço não tem valor, o que tem valor não tem preço."

Catarina

Anónimo disse...

Pois podes escrever o que quiseres, e apresentar as teorias que quiseres, que eu continuo a dizer que uma escova de dentes por 169€ é cara. Se me disseres uma mala da marca XPTO, um tablet (e não é dos caros!), um tlm, enfim...Agora, para escova de dentes, 169€ é caro. Porque é uma coisa que facilmente arranjas MUITO mais barato e que, ainda que possa não fazer exactamente o mesmo efeito, se aproxima bastante. Portanto, não me venham dizer que só porque a escova é rosa, ergonómica, girissima ou sei lá mais o quê, não é cara ou só é cara aos olhos de quem não a pode comprar. E ainda estamos num pais livre, onde podemos (e devemos) dar as nossa opiniões livremente. É cara sim, e ainda que possa dar 169€ por uma mala de marca ou por um tablet (como já dei), por uma escova de dentes não daria, porque, é cara!

Anónimo disse...

De tudo o que disseste o Porsche Cayene é o meu preferido...mas garanto-te que o meu mini faz o mesmo efeito :-))) quanto á Vuitton só há uma solução poupar... para quem a quer ter...

Anónimo disse...

Muito bom!

Sandra disse...

Ana, parabéns pelo texto. Super super!

Anónimo disse...

Pipoca, claro que a "culpa" destes preços não é da Pipoca, mas atentem no seguinte: Não será revoltante que as marcas de luxo são assentes, muitas delas, em trabalho quase escravo e até infantil, em que os operários das fábricas não ganham proporcionalmente aos preços de loja?E que os lucros destas marcas nunca reverterão para as melhorias das condições de vida e de trabalho dos desgraçados que trabalham para elas (e não falo dos quadros superiores, evidentemente). O que faz tanta gente ficar indignada com o preço destas coisas é que isso as faz lembrar um facto indiscutível:Se existem estes luxos, é porque há quem possa pagar, e para que haja quem possa pagar, há sempre alguém que passa mal.È demasiado preverso para encarar com naturalidade.Desculpem se os deprimi...

NR disse...

qual preço especial? Uma escova de dentes de 169 euros é caro. Ponto final. É um preço muito acima do que é reconhecido para um produto do género. Depois há quem goste de usar outros termos porque ajuda a vender melhor.

Anónimo disse...

Bom dia pipoca,
Todos os dias leio o seu blog e nunca comentei, mas hoje não resisti.
Parabéns pelo seu post, não poderia estar mais de acordo.
É pior do que não perceber o porquê dos preços especiais é invejar, cobiçar e mal dizer de quem felizmente pode aceder à determinadas coisas com preços especiais.
Embora entenda o sentimento que isso pode provocar a quem tem muitas dificuldades em gerir o frigorífico até ao fim do mês, mas a vida é mesmo assim. Também gostava de ter acesso a determinadas coisas e não posso, contudo não invejo quem possa, pelo contrario admiro. A sociedade está dividida por camadas e todos nós estamos inseridos numa, felizmente para uns e infelizmente para outros.
Quanto ao resto, e ao que tenho assistido por aqui, continua pipoca, sem medos!
Os cães ladram e a caravana passa!
Um beijinho e excelente dia.

Mãe Patinha disse...

Costumo dizer que mil vezes uma carteira da Parfois de Portugal -apesar do francesismo - que uma Carolina Herrera Venezuelana de Carcavelos.
Ah, mas são iguais, eles vendem as sobras, são genuínos mas roubados (adoro a legitimação!), vendem só o que tem ligeiro defeito e que as próprias fábricas lhes vendem pela porta do cavalo e o diabo a quatro.
Não quero saber. Não é a mesma coisa.
O produto pode até ser o mesmo, mas a experiência não. O desejar, namorar e sonhar molhado com aquela mala, entrar na loja, ser mimada, sentir-se bem porque se consegue comprar o que se queria. E andar na rua com a coisa genuína em vez de uma imitação. Não pelos outros, mas porque EU sei que é the real thing. Essa é a experiência. E desengane-se quem pensa que leva coisas destes mundo num qualquer desejo faraonico. Não. Levamos as experiências, as sensações, o frio e o quente na alma. Lembrar-se em que dia comprou Aqueles sapatos, fez Aquelas férias, foi Àquele restaurante. E isso, sim, vale um preço especial. Porque é especial.
Ou então deslizar feliz da vida rua abaixo com uma mala do chinês, até chegar à tasca do Manel enquanto se pensa nas férias na Costa. Porque é especial. Se quisermos.

Anónimo disse...

Obrigada pelo texto até pensava que estava a falar com o Mateus... O que se passa é a forma como escreve e interage com os seus leitores, e a forma pouco transparente com que as vezes escreve publicidade pura e crua, como se fosse algo banal que tivesse experimentado, e ainda fica ofendida com os leitores um pouco mais atentos enfim....

Anónimo disse...

Qual seria o preço que darias a um filho teu? Pois... por muito chocante que possa parecer a pergunta ( infelizmente há países onde se vendem crianças ) mas se conseguires responder a isto talvez entendas a indignação de certas pessoas... ou se calhar nunca vais entender, enfim.

Unknown disse...

Muito bom post. Continue a divulgar os produtos independentemente do preço, quanto mais não seja para estarmos informados de que eles existem. Quem quiser e puder compra, quem não pode ou não quer, não! Nem mais.

Janeiro em Paris disse...

Não podia estar mais de acordo. O caro e barato é sempre relativo e vai da bolsa de cada um. Mas foi uma excelente explicação. Pode ser que sirva para abrirem a pestana e se deixarem de comentários tontos :)

http://janeiroemparis.blogspot.pt/

Anónimo disse...

Um barco é igual a preocupações!
www.markmargo.net (site de celebridades e ensaios fotograficos)

Anónimo disse...

Concordo contigo Pipoca.
Fui uma das que comentei, mas quando submeti o comentário não havia lá nenhum outro, e quando aprovaste o meu era o 100º a comentar o preço... Em minha defesa, o que eu disse foi que eram caríssimas, que preferia gastar 100€ num MEGA jantar num sitio bom. E isso vai de encontro ao que disseste: Até poderia pagar as escovas, mas prefiro gastar o dinheiro noutras coisas. Tal como não gasto dinheiro em concertos ou em maquilhagem. Prioridades... Se acho caro? Acho (podes-lhe chamar especial, pronto), mas eu não sei de que materiais é feita, qual o R&D envolvido etc etc. No entanto, digo que acho caro também porque estranharia muito se houvesse um mercado para essas escovas. Porque, como deves ter aprendido no curso Luxury Brand Management, o preço é relativizado quanto mais se valoriza o produto. E eu não acho que assim em geral as pessoas sejam muito afeiçoadas às suas escovas de dentes... MAS a ver vamos - nada como o mercado para levar essas empresas a praticar descontos e/ou falir e/ou (fingers crossed) ter sucesso. :)
Catarina

Laetitia disse...

Ao ler este texto, recorda-me aqueles tempos idos que uma pessoa não podia ter um carro melhor que levava logo uma boca que era "fascista".
O que cada um faz com o seu dinheiro, é problema seu! É oferecido? Olha, que bom! Agora é preciso vir para aqui descarregar frustrações e inveja? Se calhar devia incentivo para mudarem a sua vida. Digo eu não sei...
Já dizia a minha mãe, os cães ladram e a caravana passa.

http://osofavermelho.blogspot.com

Tyssa disse...

Boa Pipoca! Cada um sabe de si e de suas "capacidades". Se cada um se preocupasse com o próprio bolso, com sua própria vida, a convivência seria muito melhor.

Rita Martins disse...

Como sempre, a Pipoca esclarece tudo da melhor forma. Cada um sabe o que faz ao seu dinheiro, não sei porque é que continuamos a "discutir" estas coisas.

Rita Martins

http://agora-aserio-blogs.sapo.pt

Anónimo disse...

Ter "mentalidadezinha portuguesa" é usar expressões como "mentalidadezinha portuguesa"

Sandra G disse...

Mais nada Pipoca, disseste tudo!! O que para mim tem um preço especial para outro é um preço normal. E isso é mais uma coisa que não vale a pena discutir.Cada um sabe de si, gasta onde quer o dinheiro, dentro das suas possibilidades. Há diferenças, não existe essa coisa da igualdade.O mundo foi criado assim pelo homem.

Anónimo disse...

Completamente de acordo!!!!!

Sandra Marques de Paiva disse...

Um texto deveras interessante e revelador. Quem quiser aprende, quem não quiser que continue a mandar postas de bacalhau. Ah não, não pode ser que o bacalhau é caro!

Marta disse...

Mai nada! Quem pode, pode. Quem não pode (ou não quer), fica a ver...

Anónimo disse...

E conseguir dizer isto tudo, explicar tudo serenamente e tim-tim por tim-tim, é preciso estar muito farta de comentários parvos.
Olha eu, no estado anti zen, anti tolerante que me encontro não era capaz.
Bem dito.
Susana

Margarida et al., disse...

É por textos como este que sigo o teu blog há tanto tempo!
Beijo grande.

Ana Ferreira disse...

Não te canses....ressabiados will be ressabiados....país do "eu posso estar mal desde que ele esteja pior",almas pequenas que não querem compreender e não querem crescer....

Unknown disse...

Sinceramente penso que é bom distinguir-se ainda o bom do barato, pois só faz com que o individuo pense. E claro está, que muitas das vezes podemos fazer de uma peça barata, algo parecido com o bom.Quanto a nós cabe-nos somente saber aplicar o dinheiro e ver até quanto podemos gastar. Quanto a partidos, eu sou esquerda! ahahah. Beijinho

Anónimo disse...

Não sou das que costuma vir para aqui reclamar que é caro, um ultraje de preço etc e tal.
Mas o texto da Pipoca fez-me também pensar em prioridades. Ou seja, o que para uma pessoa pode ser caro, se calhar para mim também o é, mas se for um objecto, bem essencial, ou o que seja, se calhar ando a juntar os tostões para o comprar, mesmo que seja um "luxo" (para mim, claro)
A verdade é que se não fossem pessoas a comprar o caro e o barato não havia mercados e, provavelmente, não havia economia. Se eu gostava de poder ir ao brunch todos os domingos? Gostava. Se gostava de poder ir ao centro comercial e comprar roupa, sem ter de fazer contas se é preferível levar uma camsiola da zara ou duas da primark? Oh então não haveria de gostar? Claro que sim!
Mas é a vida eh eh :)
Muito bom texto Pipoca :)

Entre os meus dias disse...

Essa primeira frase é a maior verdade. Por mais rica que seja vão existir sempre coisas que não quero. Tal como até posso ganhar pouco, mas querer juntar o suficiente para comprar uma coisa que alguém ache "cara". São opções de cada um.

http://entreosmeusdias.blogspot.pt

jo goes to Australia disse...

Os comentários onde de "monta a escandaleira" são resultado de pessoas que vivem a chorar sobre o que o vizinho tem e eles não e perdem tanto tempo com isso que não se focam no seu caminho. "Coisinhas" à parte, grande texto Ana :) Gostava mesmo que voltasses a escrever mais artigo assim:)

Anónimo disse...

O portuguesinho está sempre disposto a criticar o outro quando no fundo o que tem é imensa inveja porque não há português que não ambicione ter muito dinheiro e não fazer nada... E não há portuguesinho que se possa arrogar de nunca ter gasto dinheiro em algo que, para os outros, é desnecessário. Sigo o blog da Pipoca e quando vejo os preços nunca me ocorre "ela já tem ou vai comprar"; encaro sempre como um comentário mais detalhado sobre o produto; um esclarecimento adicional que me pode ajudar a decidir caso até esteja interessada. Nos últimos tempos tornei-me mais adepta do pouco mas bom, principalmente quando dei por mim com a casa a abarrotar de coisas (algumas que já nem me lembrava que tinha) Se compro ou não o problema é meu, como será de cada um - incluindo da Pipoca - se assim o entender. Parabéns pelo post e pelo blog! Sofia.

Anónimo disse...

A-D-O-R-O !! É preciso que as pessoas entendam isto de uma vez, aquilo que A pode comprar se calhar pessoa B nao pode , tao simples quanto isso ! Muito bem dito Pipoca !!

Anónimo disse...

Esclareça lá esta dúvida Pipoca, é de direita ou de esquerda? Eu pessoalmente acho que é de "centro" com tendências à esquerda. Não que isto tenha relevância alguma.
E já agora, ser de esquerda não quer dizer que se fez um voto de pobreza ou que tenha que se ter rastas e fumar ganzas ao pequeno almoço. Nem que se tenha de dar o dízimo todos os meses em prol dos mais desfavorecidos.
Discordo na dicotomia caro/preço especial, mas o professor fez o seu trabalho. Compreendo perfeitamente o que diz e concordo.

BG disse...

Um objecto vale aquilo que cada um está disposto a pagar por ele... por isso, como dizes, ser caro ou barato é relativo. Já vi aqui e noutros locais, claro, coisas cujo preço achei um disparate, mas não disse nada, porque lá está parece disparatada a mim, para outra pessoa não será.

Anónimo disse...

EXCELENTE!

apipocamaisdoce disse...

Também o fez?

Anónimo disse...

Foda se!

Anónimo disse...

As coisas por si só, boas ou más, finas ou vulgares, não têm um preço intrínseco... o seu valor é derivado do conjunto de ofertas que os potenciais compradores estão dispostos a pagar por ela, ponderada pela necessidade do vendedor em efectuar a troca. Se eu tiver uma casa de luxo à venda por 30 milhões e ninguém ma comprar no prazo que eu pretendo, então o preço que estou a pedir é muito alto. Mas no entanto, se estiver disposto a esperar 5 anos para a vender posso inclusivamente fixar o preço nos 50 que alguém há de a comprar. A mesma casa, o mesmo artigo, em circunstâncias diferentes tem um valor distinto. Tudo tem a ver com a lei fundamental do mercado da oferta e da procura.

apipocamaisdoce disse...

Para todas as coisas há sempre uma versão mais barata. Tem malas a 5 euros, telemóveis a 20, tablets a 40. O facto de não estar disposta a dar 169€ por uma escova de dentes não faz com que a mesma seja cara, apenas é uma coisa à qual não dá valor. É claro que há milhares de escovas mais baratas, mas também há mais caras.

marta disse...

"depois a Vuitton usa materiais distintos, trabalho manufacturado, artesãos especializados, design único"..artesãos especializados????? só pode estar a gozar!!!!!!!!!!!

Anónimo disse...

Engraçado que alguns dos produtos das ditas marcas de luxo que já comprei, normalmente tem uma etiqueta made in france, made in italy etc, e não propriamente made in China entre outros países onde se costuma explorar o trabalhador.

Anónimo disse...

"A vida é mesmo assim"???Não se trata de inveja, trata-se de injustiça social!!!È como achar que é legítimo haverem pessoas de 1ª e de 2ª! Não alimentem esta mentalidade!Está errado, achar que é natural e aceitável haver gente com dinheiro para torrar, e que se for preciso, até foge a pagar impostos e contribuíções sociais.Acho lováveis os posts com sugestões low cost, pois todas as pessoas têm o direito de andar cuidadas, bonitas e alegres, e não só as das "camadas" superiores.

apipocamaisdoce disse...

Depende do dia. Se for num daqueles em que está impossível podem levá-lo por sete euros e meio. Bem regateado desço até aos cinco.

Não percebi a relação entre uma coisa e a outra.

Zaida disse...

"I´ve spent $40,000 on shoes and i have no place to live?
i will literally be the old woman who lived in her shoes" Carrie

Anónimo disse...

Convenhamos que quando alguém a meio de um mês já anda a fazer contas para que o dinheiro chegue para tudo, imaginar que alguém se dispõe a comprar uma escova de dentes por 169 euros, é coisinha para no mínimo, lhe desencadear algum asco. Mas enfim, claro que há sempre que compre e que o caro e o barato é relativo. Agora argumentar-se que ainda bem que existem estas marcas e estes preços, pois geram riqueza isso é, no mínimo, desonesto e isso sim revolve-me as entranhas...

Anónimo disse...

Para a Pipoca foi grátis.

Anónimo disse...

E acentos não?

Unknown disse...

Como consultora de beleza independente da Mary Kay ouço isso tudo todos os dias, é caro... respondo sempre que a qualidade /preço é uma das melhores, quantas marcas conhece que lhe dão atendimento personalizado e disponível sempre que precisar?! E sempre com a mesma pessoa. Sim podem dizer que nas lojas conseguem aconselhamento e tem pessoas que entendem de cuidados da pele e de maquilhagem prontas a ajudar e os produtos (alguns) mais em conta.
Mas na Mary Kay tem sessões de aconselhamento de pele, testa os produtos, tira dúvidas, entrega de produtos na hora e no local que pretender. Não precisa de se lembrar que esta a acabar o seu creme e tem de ir a loja, como a consultora é como uma PT ela própria contacta-a de 3 em 3 meses a saber de si...
Com garantia de satisfação, se no inicio ao usar o produto não se adaptar a ele, mesmo estando aberto e usado, a marca troca o produto sem questionar.
Tudo isto como é óbvio paga-se.... e não obtemos o mesmo serviço numa farmácia (raramente podemos experimentar os cremes) hipermercado (nem se fala em experimentar) ou perfumaria.

apipocamaisdoce disse...

Se chega a meio do mês a fazer contas é porque ganha pouco ou faz uma má gestão do orçamento mensal. Independentemente do motivo, continuo a não perceber no que é que incomoda ou revolta alguém ter mais dinheiro para gastar, numa escova ou no que seja. A ideia de uma sociedade equitativa é utópica, haverá sempre profissões mais bem pagas, haverá sempre quem tenha mais e quem tenha menos . Continuo a achar, como sempre, que o ideal seria querermos mais para as nossas vidas, em vez de desejar que os outros estejam tão mal como nós.

Anónimo disse...

Opá eu também não percebi a relação.
Mas Pipoca se o Mateus daqui a uns anos vir este comentário, rifa-te :P

Elisa Pinho disse...

Muito bom mesmo.

Anónimo disse...

Camadas superiores? 1ª e 2ª? Mas onde é que você vive, na redacção do Avante?
"natural e aceitável haver gente com dinheiro para torrar" então se trabalho para isso, se me matei a estudar e a ter as melhores notas da turma e a viver de trabalhecos e a fazer sacrificios e a cultivar-me para arranjar um bom emprego e não posso gastar o MEU dinheiro porquê? Tenho de o dar aos mais pobres porque senão EU sou injusta? Até posso fazer caridade, mas até isso é pessoal, uma escolha MINHA do que faço com o meu dinheiro! Não sou mais do que quem não tem, valemos a mesmíssima coisa, mas eu posso comprar coisas que eles não podem - porque posso, e compro com certeza. E não, não fujo aos impostos ou outras contribuições, 50% vai directinho para o estado. Injustiça social onde?

Anónimo disse...

Se calhar se usasse os sapatos todos os dias durante 1000 dias, e ainda estivessem em boas condições compensaria o que pagou por eles.
Para mais, 1000/1000=1€ por utilização dos sapatos

Anónimo disse...

Ahem.. o mini é "barato", então

Anónimo disse...

Acho que a pipoca não está a vender escovas...
Mesmo assim, é caro para SI. Concordemos no ponto de nem tudo ter o mesmo valor para todos.
Além disso, se a marca prometesse livrá-la/o de cáries para o resto da vida continuava a ser caro?

Anónimo disse...

ATÉ QUE ENFIM QUE ALGUÈM ME COMPREENDE! É revoltante mesmo.Não se trata de inveja, trata-se de asco pela mentalidade "a vida é mesmo assim, quem te mandou não nascer com o rabo para a lua?". O Homem fabrica as injustiças e depois vêm dizer que é uma questão de sorte ou destino.Todos sabemos que só aumenta o dinheiro de quem já o tem, como que num circuito fechado.Quem está de fora, trabalha, mas não consegue pagar as contas

Anónimo disse...

E teclados de computadores estrangeiros já ouviu falar?

Catarina disse...

... ãh??? ... eu, de certezinha que não entendi!! .. elabore melhor a coisa, por favor!!

Catarina disse...

... mesmo!! ... embora triste!! ...

Anónimo disse...

Deve ser por isso que as fábricas na Europa estão todas a fechar e a China a ficar mais poderosa económicamente, estando, inclusive a comprar essas marcas...

Anónimo disse...

Boa resposta Pipoca! :p

Anónimo disse...

Ho meu Deus
Então agora as pessoas já não podem gastar o dinheiro que ganham matando-se a trabalhar da forma que lhes aprouver!!
Justiça social??? Agora o Estado tem que fornecer escovinhas de 170€ tambem aos pobrezinhos?? Já não chega os milhares (milhões?) que subsistem do Rendimento Mínimo de Inserção sem sequer tentarem arranjar emprego

E digo mesmo mais, JUSTIÇA SOCIAL é adaptar o que se dá a quem precisa MESMO. Uma escova de dentes electrónica não passa de um gadget, facilmente substituivel por uma escova manual que permite "andar cuidada".


Ana

Anónimo disse...

Às vezes..

Anónimo disse...

Acho que nunca vou entender mesmo. Às vezes não vale a pena

Anónimo disse...

Ah, não, a pele que usam saiu ali do talho da esquina, só lhe bateram com o rolo da massa e está pronta para fazer uma mala.

Patrícia disse...

AHAHAHAH Pipoca 1 - Anónimo 0

Anónimo disse...

A questão é que uns ganham pouco precisamente para que outros enriqueçam e possam comprar artigos de luxo.
Como poderemos sequer sonhar em melhorar de vida se as oportunidades escasseam para quem não tem capital para investir???

Anónimo disse...

Sempre ouvi dizer que o barato sai caro, e é verdade! Até nos medicamentos isso acontece em que os genéricos não fazem o mesmo efeito.
Nos bons carros, sapatos, bolsas e afins, é tudo igual... Duram e duram. E não é que são mesmo bons? E ser bem atendido, não vale?
Eu pessoalmente "como com os olhos", compro o que posso, não roubo nem deixo de pagar o que quer que seja para comprar uma boa carteira por exemplo. E dou por mim a reviver o flute de champanhe que me ofereceram na chanel em Paris, a contemplar as caixas de embrulho da LV, a sonhar com o dia que regressarei às Maldivas... Em contrapartida não sinto nostalgia das férias em cabo verde, das bolsas que comprava (caras) na parfois e duravam uma semana..
Quem pode compra, quem não pode paciência!

Anónimo disse...

Até concordo com quase tudo.
Mas, relativamente aos comentários do post da escova de dentes, realmente as pessoas só estavam a dar a sua opinião pessoal sobre o preço. Não li nenhum comentário do género: "ninguém vai comprar estas escovas porque são caras para toda a gente".
Infelizmente, talvez a maioria das pessoas, tenha achado caro para si e para o seu orçamento familiar pessoal, mas não devemos interpretar isso como inveja ou nada que se pareça. Acho que é apenas um reflexo do mercado actual. Conclui-se que realmente a maioria das pessoas, considera este um produto caro.

Ana Sá disse...

Mas por que razão é que as pessoas se incomodam tanto com o que o vizinho do lado tem? Porque não olhamos para o que temos e o que podemos fazer para ter mais? Porque razão o meu vizinho que pode ter uma casa xpto e um carro xpto e uma escova de dentes xpto, não vai ter só porque o país está em crise? Que compre muito em Portugal, isso move a economia. A realidade é que existem pessoas a passar mal e sobrevivem com muita dificuldade. O Anónimo 11:03, também vai passar mal, podendo até ter uma vida minimamente mais satisfatória, porque isso pode causar "algum asco" à pessoa que vive com dificuldade?
Meninos e meninas, preocupem-se com a vossa vida, não com as dos outros que não traz em nada felicidade para a sua.

Filipa disse...

O que a Pipoca ainda não percebeu é que o target do seu blogue não é aquele que gostaria que fosse. Se tiver 1% de visitas que compram essa escova de dentes, deve ser muito. E isso passa-se com a escova de dentes, como se passa com o brunch e com as férias com os PT, e etc, etc., etc.

Anónimo disse...

O único problema é a falta de dinheiro e isso transtorna as pessoas que estavam habituadas a um nível de vida mais descontraído! A Ana não tem culpa, mas sendo este um espaço público, os comentários aqui vertidos reflectem essa angústia e até algum veneno. Qualquer pessoa que trabalhe directamente com o público percebe que as pessoas estão diferentes e não é porque estão mais lúcidas, mas porque estão mais desgastadas e mais amargas. Por isso é que posts como "vai quase dar ao mesmo" são tão bem recebidos, porque criam a ilusão de consumo a pouco custo. Quando compramos uns sapatos, também compramos um sonho e deixamo-nos levar! Como se uns LBT nos transformassem na Carrie a passear-se por NY...e todas sabemos que não é verdade! Há peles maravilhosas que nunca sentiram o toque de um sabonete quanto mais de um creme, há dentes branquérrimos que nunca viram uma escova. Quando adquirimos um bem de consumo, pensamos que compramos a beleza, a juventude, o status...é isso que pagamos, os nossos próprios sonhos!!
Talvez a sociedade fosse diferente se fosse mais altruísta! Por exemplo: se a cada escova de dentes vendida a 169€ correspondesse uma contribuição, com uma pequena percentagem para que as crianças pudessem ter direito a bons habitos de higiene oral nas escolas...,há uma pedagogia de solidariedade que o mercado actual não sabe captar/adoptar e esse frio escapar à realidade, por vezes é consternante! Ok! Só compra quem quer ou quem tem dinheiro pode comprar, ou nem tudo no mundo é para todos...Todos sabemos que assim é, mas as empresas deviam ser capazes de dar a volta e fazerem-nos acreditar que a "malta do graveto" também tem coração e que cada banquete que realiza está associada uma boa causa!

Anónimo disse...

A sério? É uma injustiça social algumas pessoas ganharem mais que outras? A sério?

Anónimo disse...

Não concordo com tudo o que escreveu no texto.
Está certo que há coisas que valem a pena pagar e cada um sabe o que quer e gasta o dinheiro como bem quiser. Mas depois há outra coisa que é a noção. Dou um exemplo, há uns meses descobri um tumblr que mostrava instagram de miúdos ricos (passo o link: http://richkidsofinstagram.tumblr.com/ ) Basicamente são miúdos a demonstrar o que têm e que acham que não tem é estúpido e os pobres são estúpidos. Num mundo em que o 1% mais rico detém metade da riqueza, é normal que as pessoas se "revoltem" com demonstrações de opulência. Eu não acho que toda a gente deveria ganhar o mesmo nem nada disso, mas acho que existem enormes desigualdades sociais. Por isso não é uma questão de inveja, não é uma questão de "ah quem me dera ter essa escova, quem me dera ter essa mala, etc". É mais estar a pensar "quem me dera ter dinheiro para alimentar-me, os meus filhos, comprar-lhes roupa, comprar os manuais escolares, etc" e depois ver este tipo de coisas. Deprime uma pessoa. Claro que as pessoas não devem ser impedidas de mostrar o que têm e o que gostam, mas têm de se preparar para receber algumas críticas. Porque é que o vídeo da Pepa caiu tão mal? É simplesmente ter noção do sítio onde vivemos e do clima social. Se estivéssemos num país nórdico provavelmente estas questões não se colocavam.

F disse...

Defende uma sociedade em que todos tenham o mesmo estrato social???? a pessoa que, apesar de vir uma familia modesta, estuda, tira curso superior, com sacrificio, consegue um bom emprego e ganha bem, tem de estar no mesmo estrato social daquele que nunca fez nada na vida, deixou a escola no 9º ano, vagueia pelas ruas, não quer arranjar emprego e vive do rendimento mínimo? Se uma pessoa quer ter um bom nivel de vida tem de lutar para isso, para depois poder gastar o dinheiro onde bem entender! Não é injustiça social!!!!! Não sou rica, e não ando a torrar o dinheiro por aí...mas já comprei malas e sapatos chanel, Louis vuitton, entre outras marcas de luxo, porque se quero, poupo, e acho que vale a pena gastar esse dinheiro, porque me irá dar prazer ter coisas dessas! não peço dinheiro a ninguém....poupo o meu e compro! e compro porque quero e posso!

Anónimo disse...

Pode não ter a etiqueta mas muitos são lá feitos, ou acha que não?

Anónimo disse...

Isso depende muito da marca e do produto. As marcas de luxo produzem, efectivamente, em França e Itália, mas também produzem na China, na Índia, no Paquistão, etc.

Pitada de Limão disse...

Nem mais!

Anónimo disse...

Adoro quando chego ao blog e vejo mais de 50 comentários. Já sei que deu bronca. Apetece-me ir logo buscar um balde de pipocas para ver as bombas a rebentar :D

Anónimo disse...

Completamente de acordo!

Ana Maria Heleno disse...

Não sei se gostei mais do texto, se deste comentário, Pipoca. Well done!

"Continuo a achar, como sempre, que o ideal seria querermos mais para as nossas vidas, em vez de desejar que os outros estejam tão mal como nós." - pois é isto precisamente que também não percebo. Muita gente parece estar mais preocupada com querer o mal dos outros do que o seu próprio bem.

Anónimo disse...

Mãe Patinha, esclareça-se antes de falar. Não cuspa assim para o ar sem saber o que diz.
Nem as carteiras Parfois são feitas em Portugal, nem as Carolina Herrera são feitas na Venezuela.

Anónimo disse...

A Pipoca é obviamente neoliberal! De direita, portanto... Qual é a dúvida?

DP disse...

sim, a maior parte (com excepções claro) dessas marcas caras fabricam os produtos nos mesmos países, nas mesmas fábricas, com a mesma mão de obra mal paga, com os mesmos materiais que outras marcas! O preço é pela marca, não pela qualidade.
Há coisas mais caras porque são melhores, duram mais, são diferentes, compreendo essa diferença. Mas não compreendo quando há 2 coisas iguaizinhas e uma custa 10€ enquanto a outra custa 500€ só por ter o logótipo de uma marca...

Anónimo disse...

Adorei a resposta Pipoca. És a maior! ahahahhaha

Unknown disse...

Ler e refletir sobre estes comentários dava para fazer uma tese de sociologia

Anónimo disse...

Oh god! Vou só ali dar um tiro na cabeça e já venho..

Anónimo disse...

Catarina, a questão é: quem é que quer saber como a Catarina gosta de gastar o dinheiro???? Acha que enriqueceu as nossas vidas com essa informação sobre a sua preferência?

Anónimo disse...

Ai Ai! Ainda vais ter a SS a bater-te à porta! =)

Em relação ao anónimo de cima, coma um açúcarzinho, tá.. isso não está nada bom!

Catarina Pereira disse...

Pipoca...disseste tudo!!! Eu, como tu, não ligo a concertos individuais e casas em cima do mar azul e muito menos se és de direita, esquerda ou mais centrada! O que me interessa é poder ler um texto muito bem escrito e me identificar e, acima de tudo, ver que não sou a única que assim penso! E claro que se pudesse, na garagem tinha um Panamera ou um Rolex no pulso mas como servem tanto como os que tenho e uso, ainda não me senti na necessidade de tal fantasia!! ;-) Sou apologista de pouco mas bom em vez de muito e mau!!! E sim, também sonho e desejo (e um dia vou conseguir) ter uma Louis Vuitton!! Mas não porque é da moda e blá blá blá, mas sim porque é reconhecida a qualidade delas, dos artesãos, da própria marca....e sim, tal como a Pipoca disse, a da Parfois também serve mas não é a mesma coisa....sou franca, apenas me aborrece quando o homem lá de casa se põe com argumentos como "dar 1000€ por uma mala..." aí passo-me!! E quanto custa um IPhone? E dura quanto tempo? Normalmente uns anitos até os da maçã se lembrarem de o encolher 2 mm e adicionar 3 novas funções maravilha....e a boa da LV continua...como as pilhas Duracell!!!

Ana disse...

Criticar valores altos e achar que eles nao fazem sentido parece ser muito facil e uma pratica comum... o que seria interessante era ver as pessoas a pensar mais nos precos incrivelmente baixos e como e que se chegam a eles. Isto incomoda-me imenso. Eu percebo que ha pessoas que nao podem viver sem estes precos, mas nao consigo deixar de pensar no sacrificio de quem os produz para que possam ser vendidos a precos que sao tao baratos que deixam de ser justos... isto sim e um problema.

Anónimo disse...

Já cá faltava o BE!

Ana Jesus disse...

Pipoca querida da minha vida "internética", ainda te dás ao trabalho de responder a certos comentários? Não vale a peeeeeeeeeena ;) Gostei muuuuuito do teu texto, muito bem escrito, muito bem estruturado, com uma boa linha de raciocínio, amei!! Só não entende quem não quer! Só implica quem quer! Às vezes vêm dizer: "não é por inveja que falo, é a minha opinião", mas sinceramente acho que é mesmo por inveja que falam, por raiva mesmo das pessoas que podem dar-se ao luxo de poder gastar dinheiro em certas coisas, dinheiro esse que custa muito a ganhar para outras! E eu, digo já, não tenho dinheiro para gastar em malas Chanel, e nem dava 170 euros por uma escova (já nem me lembro bem do preço) mas, epa, se alguém pode dar, pois que dê, mas o que temos nós a ver com o que os outros fazem ao dinheiro!! O mais que me pode dar é uma pequena (grande) inveja por não ter dinheiro para gastar em coisas que realmente gostaria de gastar e soltar assim um "ai gordurosa que eu também queria fazer esse cruzeiro", mas daí até ser uma de mal com a vida e amaldiçoar a pessoa, e criticar até ao tutano só pq eu não posso e o outro pode, vai um graaaande diferença. Mas estar aqui a dizer isto a quem não quer entender, é o mesmo que dizer a missa ao meu cão...!! Beijos :)

Anónimo disse...

Adoro estas vítimas da sociedade que desculpam o seu insucesso com o sucesso dos outros. Coitadinhos, são uns pobres e oprimidos, enquanto o resto da sociedade os explora e compra coisas "caras" e eles não podem porque "a vida é difícil". Eh pá, mexam-se. Quantas e quantas pessoas (eu incluida) não nasceram em famílias perfeitamente normais (sem 5 apelidos sonantes e sem muitos 00000 na conta bancária) e fizeram pela vida e hoje estão bem? Mexam-se! Eu entrei para o mercado de trabalho em plena crise (2010) e, desde então, apenas estive 1 mês sem trabalhar e tive sempre empregos em que ganhei mais de mil euros limpos. E, por causa da miséria em que tanta gente vive, parece que tenho de me sentir uma capitalista ricaça por auferir este salário "megalómano", fruto do meu trabalho e mérito. Sempre procurei as melhores oportunidades, nunca me quis contentar com o pertencer à "geração sem remuneração", sempre enviei o meu CV para os sítios de topo (em Portugal e no estrangeiro), que eu sabia que me iriam pagar aquilo que eu mereço pelo meu mérito e qualificações e sempre consegui essas posições (mesmo tendo de mudar de cidade umas vezes, de passar por processos de recrutamento exigentes, de trabalhar noutras línguas para além do Português, etc). E não pretendo ficar parada à sombra da bananeira por estar a ganhar isto bem antes dos 30 e com um contrato sem termo... daqui a uns anos volto ao mercado de trabalho e vou procurar algo ainda melhor (e sei que vou conseguir). Ao invés de tantos que conheço que preferem continuar no marasmo em que sempre viveram, a criticar as compras "caras" dos outros e não darem um passo para melhorar aquilo por que tanto se vitimizam...

Brenda disse...

Há pessoas com comentários mesmo infelizes! Nossa, que "biolência" não deve isto ser para a sua cabeça Pipoca!

Melissa_C disse...

Discordo a 100%.
Infelizmente há muitos bens de consumo que não valem metade do preço que têm, como aquelas lamparinas Berger que por 60€ fazem o mesmo que um AmbirPur de 6,50€ faz tão bem, ou aquelas malinhas de lona da Longchamp que uma pessoa atira a tralha lá para dentro e a mala fica toda caídona e com um ar deselengante porque nem um fundo de jeito a Longchamp sabe fabricar.
Há objectos que têm o preço que têm porque vendem estatuto, vendem uma marca e uma história, e há pessoas que infelizmente preferem endividar-se ou prescindir de segurança financeira para comprarem esse tal estatuto. Infelizmente estatuto é algo demasiado fútil e vazio para valer a pena pagar por ele. E há muita gente que compra porque quer parecer mas que na realidade não tem capacidade financeira para (caso da maior parte da população). Gastam dinheiro em coisas da marca mas depois o carro avaria e é uma choradeira porque o arranjo são 1.000€, surge uma despesa de saúde maior e não há dinheiro para pagar, a casa precisa de obras e não há verba para elas, estão 30 anos endividadas para pagar casa e quando morrem ainda deixam dívidas para os filhos...
Naturalmente que cada um sabe do seu dinheiro e das suas finanças mas há muitos produtos que não valem mesmo o preço que têm. Quer pela funcionalidade, quer pela qualidade que têm. E só quem é extraordinariamente rico (poucos) pode realmente dar-se ao luxo.

Anónimo disse...

Ó gente que por aqui anda a reclamar de preços: dizer à Pipoca que não deve escrever sobre algo que vocês não conseguem ou não têm interesse em comprar porque é "caro" (ou porque o país está como está, e ter noção, e o raio que vos parta) é como dizer a alguém que não deve comer um palmier coberto porque vocês estão a fazer dieta.
Se está acima das vossas possibilidades, se não vos agrada, passem à frente. Não são o público alvo. É o que eu faço com os posts sobre roupa de desporto e havaianas (ODEIO padrões excessivos, demasiadas cores, e andar com os dedos dos pés de fora).
E mais uma coisa, dizer à Pipoca sobre que assuntos/productos ela deve escrever (ou não) é de um descaramento incrivel. Nenhum de vocês paga um tostão pelos conteúdos que a Pipoca escreve, mas no entanto acham-se no direito de decidir o que pode aparecer no blog.
Pipoca, admiro-te a paciência. E os Louboutins. Mas mais a paciência.

Unknown disse...

Não poderia estar mais de acordo consigo.
Enquanto isso vai-se discutindo o sexo dos anjos e uns vão ofendendo os outros.
Lamentavelmente é uma perda de tempo.

Anónimo disse...

No geral, ninguém quer o mal dos outros. As pessoas querem é menos desigualdade social.

Anónimo disse...

Acho que o anónimo queria referir-se à escravidão infantil que algumas marcas fazem.

SN disse...

O preço dum produto pode ser escandalosamente caro como escandalosamente barato.
Escandalosamente caro por sabermos que o que pagamos não é custo de investigação, nem de preço de mão de obra ou matéria prima, é, acima de tudo, muita margem para a marca. Vendem poucos produtos, ganham muito dinheiro.
Escandalosamente barato quando o baixo preço do produto implica explorar pessoas :condições de trabalho precárias, longas jornadas de trabalho remuneradas a tostões, trabalho infantil.
Escândalo total quando, quando as marcas de luxo produzem os seus produtos escandalosamente elevados nas mesmas fábricas das marcas que vendem produtos escandalosamente baratos.
No fundo, estamos sempre lixados.

Anónimo disse...

Tenho total admiração por quem "apesar de vir uma familia modesta, estuda, tira curso superior, com sacrificio, consegue um bom emprego e ganha bem", porque é bem difícil consegui-lo num país em que os "bons empregos" só são acessíveis a filhos e amigos das "camadas" superiores.Não critico quem lutou para conseguir estar numa boa situação, tenho é pena daqueles que trabalham e não ganham mais, porque têm patrões forretas para os ordenados por os considerarem um mau investimento.Também sou contra o facilitismo social para os que não trabalham porque não querem.Mas há tanta gente que quer trabalho, e até estudou, e não consegue...Que pena essas pessoas não poderem dizer"não peço dinheiro a ninguém....poupo o meu e compro! e compro porque quero e posso!"

Anónimo disse...

Eu também chego ao fim do mês já apertadinha da vida (tenho propinas para pagar), mas graças a Deus que existem pessoas com poder de compra, caso contrário não teria um único cliente na loja onde trabalho! Vejo todos os dias realidades económicas muito diferentes da minha, e acreditem, é quando fico mais feliz. É sinal que no fim do mês provavelmente vou ganhar mais um bocadinho!

Inês M.

Anónimo disse...

Caro e' o preco que a AGM paga por ter um blog bem sucedido: sempre sob escrutinio e criticas constantes

Anónimo disse...

Pipoca depois destes comentários aparvalhados todos, já não deves pensar que tens os leitores mais fofinhos do mundo pois não?? Que gente mais parvaaaa meu Deus!! E aquela do filho e tal do preço...mas que é isso?? O post é tão explícito quanto ao barato e o caro e ainda assim continuam a bater na mesma tecla!

Unknown disse...

Pipoca um conselho....não perca tempo a explicar coisas a pessoas que simplesmente só estão interessadas em criticar e dizer mal de tudo e de todos.

Tertúlia da Susy disse...

Estou 100% de acordo, o que é caro para uns pode não ser para outros e isto é a prova de que gostos não se discutem e cada um faz do seu dinheiro aquilo que bem entender.
Bom fim de semana, bjs

Anónimo disse...

Efectivamente o barato e caro e relativo ... e conforme a noção de qualidade de qualquer pessoa e as suas ambições pessoais. Eu p.ex acho que ganho pouco mas ganho mais que o ordenado mínimo e vejo pessoas que o ganham e compram telemóveis (p.ex Iphone) que custam mais que o seu ordenado de um mês... mas é a ideia de cada um... e se não gosto que mandem "papaias" donde gasto o meu dinheiro tb não vou fazer..agora não me venham com as tretas das injustiças sociais.... injustiça social é uma pessoa deficiente (p.ex numa cadeira de rodas) receber reforma de 250 euros para a sua vida, em que têm fraldas para comprar, medicamento, etc etc... não tem facilidade em arranjar emprego e têm todas as incessibilidades deste país.. mas no entanto a etnia cigana recebe aos 1000 euros (como já vi a receberem nos ctt) e não contribuem em nada para a sociedade ( a não ser na criminalidade) ahh e a segurança social ainda lhes dá vales e cabazes... e ainda este natal receberam o bolo rei ainda eu nem tinha recebido subs. natal já eles o andavam a comer ( trabalho ao pé de um "condomínio" desta etnia e presencio estas coisas ao vivo) ISto é que é injustiça social minha gente!!!

Anónimo disse...

Olhe que nem todos os pobrezinhos vivem do Rendimento de Inserção e nem todos estão sem emprego, tendo por isso, SIM, direito à indignação.E NÃO, não querem escovinhas de 170 € para si, mas o básico que está ameaçado nos dias de hoje para tanta gente...Fico triste com tanto egoísmo...

Anónimo disse...

O que é que interesse para o conteúdo deste blog e os temas nele tratados se a Pipoca é de esquerda ou de direita? E o que é que os srs. leitores têm que ver com isso?

Álex disse...

louvo-lhe a tentativa de educação das massas ou das jovens tontas ou daquela enorme quantidade de gente que gosta de falar mal sem pensar ... santa pachorra ! e bom trabalho! (bem explicado)

Anónimo disse...

Eu sou professora de Filosofia(era) e quando lecionava dava no 10ºano um tema que era a Os Valores e a Relatividade dos mesmos. O que eu lecionava aos alunos era tão parecido com o que escreveu que até fiquei abismada.
Claro que os alunos que eu tinha à minha frente ficavam escandalizados quando eu dizia isso, porque na escala de valores deles(são muito jovens e conhecem pouco da vida) falar numa escova de dentes que custa perto de 170 euros era como soltar para as costas deles uma caixa com escaravelhos comedores de carne. Ficavam super incomodados e até deveriam achar que eu era uma tiazorra de cascais, quando eu simplesmente estava a falar da RELATIVIDADE dos Valores.
Falar do que é Caro e do que é Barato é tema sempre controverso, e sobretudo falar em coisas caras e em coisas baratas quando se está num país em crise económica e que arrasta consigo uma incomoda crise de valores ainda é pior.
Vou guardar o seu artigo e se algum dia voltar a dar aulas vou lê-lo aos alunos e sempre será uma "outra" voz que não a minha.

a pinhoca disse...

Segundo algumas alminhas devíamos viver a nossa vida enfiados nos 300. Quem pode e quer, excelente, quem não pode e não quer, óptimo. Quem quer e não pode, arranja outras soluções, sonha, poupa, frustra-se. Há várias hipóteses e a última é capaz de ser a pior.

Não estamos a falar de uma necessidade, de um bem essencial que tem aquele preço. É uma escova (para mim é uma escova/vibrador, desconfio).

Álex disse...

pescadinha de rabo na boca: A Pipoca escreve o que escreve e tem uma audiência X (idade, poder económico, classe social, grau académico... ...) e por isso deixa de poder escrever sobre certos temas ou emitir certas opiniões suas porque não atingem o target? (!!!) Ou, porque é como é, e tem o blog que tem, tem essa audiência? Tontice...

Anónimo disse...

Saiu do seu bolso? Opá deixem lá a rapariga, fazer os cursos que quiser. Sendo ela a pagar ou seja oferta, não nos sai do bolso, tanta resmunguice

Anónimo disse...

Tanto drama que para aqui vai! Se existem marcas de luxo e produtos caros é porque têm e vão continuar a ter sempre alguém que possa comprar esses artigos. É simples! Se dava 169€ por uma escova de dentes? Não, mas há quem dê! Não se pode "condenar" esse tipo de cliente por poder adquirir artigos de luxo ou artigos que a nosso ver não vale aquele valor, mas para ele vale. Para mim é simples ;)

Anónimo disse...

Esses produtos sao para gente rica, ou que viva bem. Tipo, não me faz diferença nenhuma ver gente rica com malas de milhares de euros.

Faz-me impressão é ver gente com ordenados tipo 700 euros a ter prioridades como comprar malas de milhares de euros, ou mesmo a comprar esse tipo de produtos. Mas pronto, são as opções de cada um.

Anónimo disse...

Os genéricos não têm o mesmo efeito em si. Eu uso genéricos desde que foram disponibilizados e, em mim, cumprem a função esperada.

Anónimo disse...

wait.. what?

Anónimo disse...

Tambem adorei e concordo! parabens!

ervilhinha iluminada disse...

Nesta coisa de preços tudo é relativo.. Neste caso relativo às nossas posses.
Por exemplo: vou comprar batatas fritas da marca Matutano em vez de comprar batatas fritas da marca branca do continente. Têm preços diferentes, há quem diga que é tudo a mesma treta, mas quem come e quem compra decide se gosta mais do sabor de uma ou de outra marca, ou se até é tudo igual. Para mim não é igual e prefiro pagar mais uns trocos por algo que gosto mais (sabor) a que posso inconscientemente atribuir a qualidade, não sendo realmente o reflexo disso. Eu prefiro ir só jantar uma vez por mês fora e ir a um restaurante que sei que vou ter uma óptima experiência (seja pela boa comida, espaço cosmopolita, etc), mas se pudesse ia todas as semanas e pagava 50 € por pessoa. Mas percebo esse valor e reconheço que é diferente do que ir jantar ao shopping e comer uma porra qualquer que atiraram para a "chapa", isso para mim não é comida é desenrascanso, prefiro comer em casa. Agora como é óbvio não podemos comparar a durabilidade de uma mala Parfois a uma mala Louis Vuitton isto porque a última dura uma vida inteira e ainda passa a outras gerações, uma Parfois dura 1 ano (com sorte!). Por isso os diferentes valores que os produtos "custam" estão diretamente ligados a toda a qualidade e experiência que eles proporcionam e isso reflete-se diretamente no preço. Cada um faz o que quer com o seu dinheiro! Ponto.


http://ervilhinhailuminada.blogspot.pt/

Anónimo disse...

O preço é relativo mas o valor também. E o "valor real" e o "valor percebido" também são coisas distintas.

Anónimo disse...

A minha vizinha costuma dizer "quem compra ruim pano compra duas vezes ao ano"
Isto não quer dizer que tudo o que é "barato" é mau e tudo o que é "caro" seja bom. Mas às vezes as coisas são mais caras por alguma razão. Ainda que, na minha opinião, muitas vezes se pague a marca (se é que me faço entender) e não propriamente a qualidade. Mas felizmente, hoje em dia temos um mercado e uma oferta vastíssimos com preços competitivos, pelo que, as pessoas que lhes sobre mês no final do dinheiro (como eu) não fiquem a ver navios. É claro que uma pessoa que receba um ordenado mínimo não pode fazer uma vida luxuosa.
Não concordo com o que aí foi dito de todos recebermos o mesmo. Não é justo, para quem estudou e trabalhou uma vida inteira para ter um bom emprego, mas também é verdade que muita gente se esforça e trabalha e tem uma miséria de um ordenado. De quem é a culpa? Na minha opinião do governo, por ter uns salários minimos miseráveis.

No entanto,não é a Pipoca que dita os preços do mercado e da indústria, por isso, não percebo a revolta de muita gente. Sim, se calhar a Pipoca até tem um boa vida. Mas e qual é o mal? é porque lutou por ela. E até deve receber montes de coisas grátis? E então? Hoje em dia montes de blogers recebem coisas para testarem e partilharem com os leitores? É publicidade? Sim.

Eu, pessoalmente, não vejo mal nenhum nisso.
Acho que as pessoas têm de começar a deixar de pensar que elas só estão bem se os outros estiverem pior.
O meu ordenado é uma treta, mas costumo dizer: eu não quero que os outros ganhem menos, eu quero é ganhar mais.

Resto de boa semana a todos :)

Anónimo disse...

ahahah

Anónimo disse...

Clap, clap, clap

Anónimo disse...

Esse discurso formatado é sinal que o curso cumpriu a sua função. :) O objectivo final será sempre vender produtos de luxo e para isso esse discurso é impecável até porque retira a culpabilização que alguém poderia sentir em gastar um montante elevado num determinado serviço ou objecto. E é isso que se quer. Pessoas felizes e a dormirem bem de noite. O caro e o barato são relativos. Como tudo na vida. Como o bem e o mal. E no entanto quando entramos em situações extremas as coisas deixam de ser em tons de cinzento e começam a ficar mais a preto e branco. Há coisas caras. Vamos chamar os bois pelos nomes. «Especial» é uma palavra que se usa quando não se quer dizer nada em concreto. Há coisas que não valem o dinheiro que se pede por elas. Mesmo que fossem feitas dos materiais mais nobres, com os artesãos mais qualificados... e mesmo que esses artesãos tivessem direito a dois meses de férias pagas, bom ordenado e reforma garantida (não têm). Mesmo nesse mundo ideal em que se pagaria o fabrico das coisas a um preço justo, os preços de revenda são inflacionados demasiado. E não é pelo valor das coisas. O que vendem é apenas e só o estatuto. Uma pessoa que compra algo que 99% da população nao consegue adquirir não é porque o item é melhor, nem porque é mais confortavel, nem nada disso. Porque geralmente nem é. Coisas estupidamente caras servem um unico proposito... para separar as pessoas que as usam do resto. Para ostentação e nada mais. Não digo que nao deva haver coisas mais caras e mais baratas, claro que sim, mas há um limite. Não ha um limite de mercado, mas há um limite ético (no mundo ideal pelo menos deveria haver). E isso depende da consciencia de cada um. Como há gente que não tem nenhuma, vai haver sempre gente que ostenta para mostrar que tem e que pode. E por isso vai haver sempre gente a criticar. É a vida. Cada um é livre de fazer o que quer, portanto as pessoas também sao livres de se indignar. E não há preços «especiais». Há merdas com preço justo, com boa relação qualidade/preço, e há coisas caras. Coisas estupidamente caras. Mesmo que lhe metas uma camadinha de verniz por cima e lhes chames especiais :)

Unknown disse...

Que me desculpem alguns dos comentadores, mas o que vejo aqui beira a hipocrisia nua e crua!!!
Qual de vocês, se vos aparecesse oportunidade de terem um salário fabuloso, numa óptima empresa e com óptimas condições, o recusaria?
Tendo capacidades para tal trabalho, só um enorme imbecil o recusaria!

E mais, aceitando o dito trabalho, qual de vocês iria dedicar parte do fabuloso salário a ajudar "quem precisa". Talvez num mês, porque a seguir "é meu e eu mereço".
E quem não compraria a seguir aquelas coisinhas que viu durante tanto tempo e nunca pode comprar??? Todos!!!

Por isso, não me venham, com falsos moralismos!!
Todos gostamos de ter dinheiro!! Todos gostamos de beber um café, ir a um bom restaurante, ou passar umas boas férias para aliviar o stress!!
Nem todos podem pagar umas boas férias fora do país ou dentro.
Então porque não deixam de beber café e poupam esse dinheiro para dar a quem não tem???
Não! " o café faz-me falta!"
Hipócritas!!

Teresa disse...

Assino por baixo!!!!!!

Anónimo disse...

Já toda a gente sabe que o caro e barato é relativo. Mas como é óbvio a maioria dos seus leitores não tem possibilidades para comprar uma escova tão cara ( estamos em Portugal onde o salário mínimo são 505€) por isso não percebo o seu espanto quando tem comentários a achar artigos demasiado caros. Claro que são caros, quando temos opções mais em conta igualmente eficazes é legítimo acharmos o artigo caro. Por isso o melhor seria adequar as suas borlas aos seus leitores e não a si. Concordo que ache espetacular experimentar uma escova de 169€ à borla, mas vir expor o artigo num blog lido maioritariamente por portugueses, não esteja à espera que va toda a gente a correr comprar uma igual.

Anónimo disse...

Pipoca, sou tua seguidora assídua. Gosto do teu trabalho... Da tua assertividade e ainda mais da tua paciência. Podes responder ao meu comentário em vez de responderes a quem vem aqui só tentar por o estaminé de pantanas? Há comentários pertinentes, porque os há (e opiniões diversas), depois há aqueles que não fazem sentido absolutamente nenhum. Não percas o teu tempo. Diz-me boa tarde e é tudo muito mais agradável :D

Anónimo disse...

Caro anonimo das 11:11,
Sim, é verdade, a sociedade está dividida em camadas. E quando digo camadas, não estou a menosprezar alguém mas é um fato. E tem que haver lugar para todos.
Entendo que não perceba a expressão, mas antes de sair a "disparar" deveria reflectir um pouco mais e ver o comentário com mais profundidade e não tão superficialmente.
Continuo achar que o que uns acham caro para outros não é assim tanto, porque as bolsas são diferentes. Ainda assim, ninguém tem nada a ver com isso. Se me apetecer comprar um produto cujo valor seja demasiado para os outros o problema é meu.
Se quiser aprofundar a questão " das camadas" leia sobre o assunto, ou se tiver disponibilidade faça uma pôs graduação em Sales management no ISEG mais propriamente na disciplina "cultura organizacional" e logo entenderá o que eu quis dizer.
Mas cuidado que as pós-graduações são caras, ou melhor, têm preços especiais e tudo depende do valor que cada um dá em frequentar e investir nesse tipo de produto.
Ai pipoca, e eu que estava tão sossegada hoje...

Anónimo disse...

Uau!!! Fico parva com cada comentário...
Pipoca, aplaudo-te de pé!! Disseste tudo o que me vai na alma!
Acho que muitos comentários que aqui escreveram se deve a dor de cotovelo. Aposto que muitos(as) queriam todas as coisas de que falaste mas simplesmente não têm poder monetário para isso. E qual é a melhor forma para curar dor de cotovelo? Diminuir a importância das coisas e dizer 'cruzes, nunca na vida pagava esse dinheiro por uma escova de dentes ou por uns sapatos XPTO'! Meninas e meninos, assumam o que sentem! Agora criticar quem pode pagar é muito feio!
Eu tenho uma bolsa e carteira LV e adooooooro! Prefiro dez mil vezes usá-las 365 dias por ano do que ter dez ou vinte (ou trinta) bolsas e carteiras da Parfois ou outras marcas. Por acaso foram oferecidas pelo marido, mas prefiro uma prenda destas de 3 em 3 anos e não ter mais nenhuma nos anos intermédios do que ter coisas que para mim seriam insignificantes duas ou três vezes por ano.
O que é de valor para uns pode não ser para os outros. Cada um sabe de si. Tenham vergonha de andarem sempre a criticar a Pipoca por nos apresentar coisas caras (ou não). 'Se não gostam, não comam'.

Ana

Anónimo disse...

Ainda há pouco vi uma reportagem sobre as marcas de luxo, por exemplo, o perfume Chanel n5 custa por volta de 120€ por 100ml, o preço de saída de fabrica é de 5€, sendo que 3,5€ era pelo frasco, então fica a pergunta, pagamos o trabalho ou a marca?

Anónimo disse...

Também não percebo muito bem o porquê de algumas pessoas se sentirem incomodadas com o que os outros podem comprar. Se eu quiser também ando a passear uma Vuitton, claro que passo fome o resto do mês, mas aos olhos dos outros, que não sabem o que se passa dentro da minha casa, parece-lhes que vivo à grande! E esta é a realidade não só do povo português (como muitos portugueses teimam em difamar-se a si próprios) como de muitos outros no resto do mundo! Há quem viva de aparências. O facto da minha colega andar sempre com roupas de marca não significa (obrigatoriamente) que tem mais dinheiro que eu, significa apenas que tem outras prioridades.

Só tenho a dizer que certos comentadores fazem-me lembrar o Castelo branco... Muita parra e pouca uva...

Anónimo disse...

Meu Deus. Ah ah ah!!

Sempre Mais Mulher Blog disse...

O problema não é das coisas caras...é da falta de dinheiro!

http://adorosercomosou.blogspot.pt/

Anónimo disse...

Xiiii!!! Tantos "Je suis Charlie".
Tanto respeito pela opinião alheia...

Anónimo disse...

Anónimo das 12:07 tenha calma, não se revolte contra a Catarina, relaxe, conte até 10 que isso passa...

Anónimo disse...

Sim, porque toda a gente sabe que os trabalhadores que fazem as peças para marcas de luxo ganham super bem.A maior parte trabalham em sweatshops iguaizinhas às que produzem roupas da zara ou da H&M

Maria Freitas disse...

Tão simples quanto isso.

Anónimo disse...

A que ponto ridículo se chega... É claro que a grande maioria dos genéricos não têm as mesmas qualidade dos demais medicamentos. Alguma diferença têm que ter para os médicos serem pertinentes ao referirem que ALGUNS medicamentos não podem ser substituídos por genéricos. Mas pergunto: era sobre isto que estava a Pipoca a falar?...

Anónimo disse...

Gostei muito do teu post, de certos comentários nem por isso, HAJA PACIÊNCIA! Cada um faz com o seu dinheiro o que quiser!
Como é que aguentas???

Mariana.

Unknown disse...

Costumo dizer que o pessoal rico não ganha muito, nós é que ganhámos muito pouco!

E queria só dizer que há coisas em que se gasta dinheiro, mas que a médio/longo prazo vale bem a pena. Por exemplo a tal da escova a 100euros para os miúdos. Eles aldrabam na questão de lavar os dentes, e isso é facto. E nessas idades, as cáries aparecem por causa dessa aldrabice. Se uma escova vier alterar isso, já se poupa no dentista, que nos leva à vontade 100 para tratar duas cáries!

Anónimo disse...

PARABÈNS! Comentário inteligente, lúcido e de quem tem uma capacidade de análise muito além dos básicos que dizem "Se posso e me apetece, compro que ninguém tem nada a ver com isso".È que a questão não é mesmo essa: Comprem se quiserem, mas pensem no que está na origem de certos preços e no que está à volta.
Não tem nada a ver com a redacção do Avante.Isso sim, é ser superficial.
Obrigada, comentador das 13.27

Anónimo disse...

Também eu!

Carolina disse...

Tipicamente, os portugueses têm inveja de quem tem alguma coisa, ponto final.
Se formos ao "café da esquina" às três da tarde numa 5ª feira, somos capaz de o ver cheio, cheio de gente que tem preguiça de trabalhar, que está de baixa "porque lhe dói as costas" ou mesmo de gente que desistiu de estudar "porque dá imenso trabalho". Infelizmente Portugal está a atravessar uma má fase, e infelizmente há injustiças e gente que trabalha e que não ganha o "justo". Mas, infelizmente também, há quem não queira trabalhar, quem tenha preguiça e prefira ficar em casa. Gente essa que depois se queixa que o dinheiro não cai ao fim do mês (e tanta gente assim!!!)
Quanto a mim, não olho para o vizinho com inveja "da má", porque isso é ser-se triste e infeliz. Fui educada assim e é assim que vou educar os meus filhos. Eu estudo, trabalho... E esforço-me muito para que possa, um dia, ter uma boa qualidade de vida; viajar (muuuito), e comprar o que bem me apetecer sem ter que dar justificações a ninguém. A isto eu chamo ser-se uma pesssoa feliz e realizada, longe do sentimento de "inveja-triste" que (infelizmente) tanto se vê. Isto sim, é a referida "justiça social"...

Ptgentleman disse...

Caro anónimo, a frase "Há coisas que não valem o dinheiro que se pede por elas" é em si mesma uma contradição: se há pessoas dispostas a comprarem essas coisas então é PORQUE valem mesmo esse dinheiro caso contrário ninguém comprava.

Pensei que isto fosse uma verdade auto-evidente, mas pelos vistos não é... Se é por estatuto, ostenção, whatever, não interessa para a questão que de facto essas coisas VALEM o dinheiro que se pede por elas.

O português ao olhar para esta realidade, dedica-se logo ao seu passatempo nacional: indignar-se; caramba, se a indignação trouxesse riqueza éramos o povo mais rico do mundo!

É de facto uma grande diferença para os que olham para esta realidade e apenas se perguntam: ok, há mercado, como é que posso ser eu a vender a estes tipos? E esses são os povos que geram a verdadeira riqueza e bem estar para si e para as suas sociedades.

Anónimo disse...

Ora aqui está uma grande verdade!!

Joana disse...

Ainda no outro dia, estava a tomar café com uma amiga e ela estava toda indignada porque o seu patrão tinha ido de férias não sei para onde e q tinha uma casa q mais parecia um palácio, eu entendendo essa revolta,mas não me importo que o meu patrão seja um Homem rico, só espero q o seu negócio continue a ter sucesso, porque assim eu tambem terei o meu salário... Ele gasta-o no que quiser e eu naquilo que eu quero e posso. A vida será sempre assim, uns com muito e outros com pouco!

Anónimo disse...

fiz era a sua colega do lado que olhou de alto a baixo.
Aprendeu imenso esta visto, aqui quem comenta o oposto também deve ter ido afinal estava mais que esgotado mas lotado.

Anónimo disse...

a escova trás dentista incluído e livre de caries

Anónimo disse...

ou como se em Itália, França e por aí fora não houvesse exploração laboral, nesses países é tudo chique e ganham todos bem.

Anónimo disse...

Correctíssimo.Era disso que eu falava

Ptgentleman disse...

"Agora argumentar-se que ainda bem que existem estas marcas e estes preços, pois geram riqueza isso é, no mínimo, desonesto"

Por acaso é totalmente honesto!

SN disse...

E não foi assim que concluí o meu raciocínio?

Anónimo disse...

"Coisas estupidamente caras servem um unico proposito... para separar as pessoas que as usam do resto."
Segmentação. Diferenciar o produto por não ser acessível a toda a população.
É imoral? Talvez. É legal? Sim.

Anónimo disse...

Um comentário assertivo e coerente.

Anónimo disse...

A Pipoca daqui a muitos muitos muitos anos deve ter um altar lá em cima à sua espera. É de aplaudir a sua capacidade e paciência em tentar que as pessoas mudem a forma de pensar e analisar as coisas, apesar de se saber de antemão que haverão alminhas que a vão atacar tal leão esfomeado. No caso deste tema, resume-se a: "Se EU e depois EU seguido de 20000 EU's não gosto ou não posso ter ou fazer mais NINGUÉM pode gostar, ter ou fazer e quem o fizer vou criticar e se for preciso rogar uma praga a essa pessoa".
Tenho tanta pena dessas pessoas em que a mediocridade, mesquinhisse, egoismo e inveja fazem desta sociedade difícil de confiar e acreditar que ainda existam pessoas felizes e de espírito livre.

Anónimo disse...

Ó Pipoca não existe relação nenhuma. Gente que vai buscar inocentes para a conversa são psicopatas, incapazes de estabelecerem relações.

Lia Santiago disse...

O problema do preço é que este nunca reflete verdadeiramente o custo do artigo que se compra.
Por exemplo, se analisares a roupa burberries
- é feita no sudeste asiatico,
-é feita nas mesmas sweatshops que a zara,
- contem produtos quimicos nocivos (nomeadamente durante o "print" dos tecidos)
- tem impacto ambiental elevado devido a poluiçao relativa a importaçao e a poluiçao no local de produçao.
(Fonte: Relatorio Greenpeace.)
A burberries é considerada uma marca de luxo graças ao seu merchandising, ao peso da sua historia, e ao preço dos seus produtos. Nao devido a qualidade do produto final.

Se fores ver a marca Repetto, tambem é uma marca de luxo.
- fabricada em frança,
- fabricada por artesaos (pago ao nivel das suas qulificaçoes e com contratos de trabalho),
- elevada qualidade das materias primas,
- impacto ambiental menos reduzido.
Quando compro um produto de caro (quando posso e porque posso), verifico SEMPRE, qual empresa o fabrica e como o fabrica.
Comprar um produto burberries (por exemplo, podia ser chanel que produz nas mesmas condiçoes) esta fora de questao porque nao vou estar a comprar qualidade. Vou estar a ser roubada e a pagar marketing.
Por outro lado, nao tenho problema nenhum em dar 160 euros por uma escova de dentes se a empresa me comprovar a qualidade do produto final (como é feito, onde é feito, a empresa faz CSR, a empresa tem preocupaçoes ambientais,...).
Ou seja, acabo por comprar muito pouco. E prefiro comprar na Zara (uma empresa que tem trabalhado com a greenpeace para melhorar os seus meios de produção) cujo preço reflete melhor os seus custos.
Tecnicamente, se comparares os meios de produçao, um casaco Burberries (ou Chanel), hoje em dia, deveria ter o mesmo preço que um casaco da Zara.

Anónimo disse...

Ana, estás a escrever igual ao teu marido :)) este texto calmo e ponderado podia ter sido escrito por ele, gostei muito.

Frutinha (Desabafos e Coisas) disse...

Ha com cada imbecil...... :O :O

Filipa disse...

Onde é que eu disse que tinha de parar de escrever?
Só estou a querer dizer que é por isso que há o tal coro de que a Pipoca fala a reagir sobre coisas caras. Se o target fosse o que a Pipoca gostaria que fosse, a maioria não questionava o preço e aplaudia estes posts. A Pipoca tem de ser convencer que para este target, na maioria, este tipo de coisas é caro.

F disse...

Para o anónimo das 12:36....deixe-me ver se percebi bem....então para acabar com esse egoismo, é as pessoas que ganham bem ( porque lutaram e trabalharam para isso) deixarem de comprar Chanel e Vuitton e dividirem o seu dinheiro com os outros! isso é que é a justiça social? uns trabalharem para os outros "moinarem"? Give me a break!

Filipa disse...

Ela pode escrever, já não devia era estranhar quando tem este tipo de reações. O público do blogue não é maioritariamente aquele que a Pipoca (e se calhar todos nós, significaria que vivíamos todos muito bem) gostaria que fosse, só isso.

Anónimo disse...

Encontrei na loja seaside uns sapatos com uma etiqueta a dizer fabricado em portugal. Quando olhei para a sola do sapato dizia made in spain. Conclusão, o fabrico, isto é a reunião das peças todas foi feita em portugal, mas a sola, os cordões, etc..., foram materiais feitos noutros lugares. Isso acontece muito para
que não haja imitação do produto. Nessas marcas de luxo acontece que a alça foi feita na China, outra parte na Indonésia, mas a reunião das coisas foi na França.

Anónimo disse...

Mas o que seria deste blog (e outros) sem "as postas de bacalhau"? :-) Está visto que é assunto que rende, caso contrário passava-se à frente!

Moncloset disse...

Não vou ler (muito menos os comentários). Como diz A Gaja: Num Bai Dar! Só de ler o título.... decidi passar à frente! É sexta-feira e está sol! IIUPI!!!

www.moncloset.com

primeirosuspiro disse...

Há, neste mundo, gente muito estranha... Ahahah!

Anónimo disse...

Gostei!! Porque quem ganha menos também pode dar o pouco que tem aos mais pobres, e depois vêm com falsos moralismos!!

Anónimo disse...

Tem de clarificar onde é que se vendem sapatos que, após usados durante 1000 dias, se mantêm em boas condições. Na Vuitton não é, de certeza. Nem na Chanel. Nem em nenhuma marca...
Hoje em dia já nada é feito para durar uma vida inteira. Hoje em dia é tudo feito para ser muito desejado e durar pouco (uma estação, no máximo).

Anónimo disse...

A MARCA! Ponham uma coisa na cabeça, nós pagamos a marca. Não é que concorde (porque não concordo) mas é a realidade, é um conceito simples, não percebo a dificuldade em compreender.

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