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A tragédia do Meco

domingo, janeiro 19, 2014
Acho que não é um exagero se disser que a tragédia do Meco marcou um bocadinho o Natal de todos os portugueses.  Só uma alma muito desligada conseguiu ficar indiferente ao que se passou. Nos dias em que os corpos estavam desaparecidos pensava muito naqueles miúdos. Onde estariam, como estariam. Mas pensava ainda mais nos pais, na provação que estariam a passar, em como seriam aqueles dias de espera insuportável, com um desfecho mais do que previsível. Olhar para o mar, saber que um filho nosso está lá, não poder fazer nada a não ser esperar que o mar se decidisse a devolvê-los. Não tenho grande influência junto de Deus, mas dei por mim a pedir por eles. Ontem à noite fiquei presa a uma reportagem da CMTV sobre o acidente e ouvi alguns dos pais falarem pela primeira vez sobre o que aconteceu. Foi de partir o coração. Alguns dos miúdos eram filhos únicos e, por isso mesmo, alguns daqueles pais perderam o sentido de viver. É absolutamente triste e devastador ouvir um pai perguntar “agora vou viver para quê? Para quem?”. Ouvi-lo dizer que agora “os dias dividem-se entre menos maus, maus e horríveis”. Ou ouvir uma mãe dizer que sempre que a noite cai fica mergulhada numa tristeza profunda, porque era a essa hora que ligava à filha, todos os dias. O Mateus estava a dormir ao meu colo e eu só conseguia apertá-lo e apertá-lo mais. Não há nada que possa restituir a calma e a alegria à vida destes pais, mas o facto de não saberem ao certo o que se passou naquela noite não os deixa começar o luto devido. Há tantas dúvidas, tantas coisas mal explicadas. O que é que os filhos faziam na praia àquela hora? Porque é que deixaram os telemóveis em casa? Porque é que o dux era o único com telemóvel e como é que o mesmo não se molhou? Porque é que ele foi a casa arrumar as coisas todas dos colegas? Porque é que não fala? Porque é que os pais dele não falam? A única coisa que se sabe é que aquele encontro era uma espécie de retiro da comissão de praxes, para testarem e preparem praxes para aplicar aos alunos mais novos. A minha opinião sobre as praxes não é nova: acho uma anormalidade. Acho que não fazem sentido nenhum, em formato nenhum. Não faltarão defensores a dizer que é uma tradição linda, que se fazem amigos para a vida, que as pessoas ficam mais desenvoltas e trá lá lá, que eu acho que há outras maneiras de fazer amigos e ter uma vida social mais rica. Na reportagem ouvi duas miúdas da Lusófona, amigas de uma das vítimas, e que também andam metidas nestas coisas das praxes. Fiquei aterrorizada, parecia que estava a ouvir membros de uma seita. Dizia uma delas que as praxes preparam as pessoas para a vida, para o mercado de trabalho, que as ensinam a respeitar hierarquias. Questionada sobre o tipo de coisas que se fazem nestes retiros, respondeu que não tinham nada de mal, tudo perfeitamente inofensivo e nada perigoso. E deu um exemplo: “faziam-nos rastejar para ir buscar um copo de água. Era uma coisa simbólica, aquele copo representava o nosso curso e nós temos de fazer tudo pelo nosso curso”. Ora bem, uma miúda que acha perfeitamente normal rastejar por um copo de água porque alguém  a manda, que acha que isso a prepara para a vida, diz muito sobre a lavagem cerebral que estes jovens devem levar. Já um dos pais disse que no ano passado, também num destes retiros, os miúdos foram largados no meio da serra da Arrábida, à noite, e agora desenrasquem-se. Uma vez mais, sem telemóveis. Achava que os escuteiros é que faziam coisas destas. Ou os militares. Estudantes universitários, no âmbito de praxes, é uma novidade. Depois temos a questão do respeito pelo dux. A hierarquia.  O expoente máximo das praxes. O mesmo dux que agora se remete ao silêncio. Que não apareceu no funeral de nenhum dos amigos. Nem se fez representar (tudo coisas ditas pelos pais das vítimas, não sou eu que estou a inventar). A única pessoa que poderia esclarecer o que realmente se passou e que não o faz. Acredito que esteja a sofrer. Acredito que esteja traumatizado por ter perdido os amigos daquela forma. Mas os pais perderam os filhos e isso é incomparável a qualquer outra dor. Não gosto de especulações, menos ainda de teorias da conspiração, mas é mais do que óbvio que alguma coisa estranha se passou naquela noite. Que se saiba, que falem, que quebrem a merda dos pactos de silêncio (isto não é um filme do Harry Potter, é a realidade) e que sejam homenzinhos. Os tais homens que dizem ser preparados pelas praxes.

364 comentários:

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Sandra G disse...

Mais uma coisa, fiz parte da comissão de praxe, e as nossas praxes eram brincadeiras e jogos engraçados, pintávamos a cara, sim mas se nos diziam que tinham problemas de pele, respeitávamos isso, fiz o curso em cinco anos, nunca fiz parte da Associação , só integrava o grupo da comissão de praxe nessa altura. Sempre respeitei as pessoas. E sempre me opus a praxes mais estúpidas, se ganhava a maioria eu simplesmente não participava dela. Mas claro nem todos pensamos da mesma maneira, infelizmente as pessoas sentem-se bem é humilhar os outros, eu como não sou assim, nunca o fiz.E quando pintava a cara perguntava sempre se podia!! Mas isso sou eu!

Anónimo disse...

Os "Dux" da nossa vida são aqueles que se recusam a crescer e que querem prolongar e prolongar a sua estadia pela universidade... È certo que essa pessoa nunca maia vai dormir descansada na vida. Mas e aqueles pais???? esses sim nunca mais voltarão a ter vida. Estranho e muito, o fato de não o fazerem falar para que esses pobres pais possam perceber aquilo uqe têm direito, o porquê dos filhos terem morrido naquela noite naquele sitio...

Anónimo disse...

Obrigada ao querido Anónimo pela correcção gramatical, mas principalmente pelo incentivo de ir já a correr inscrever-me no centro de emprego. Pergunto-lhe a si...tem trabalho? tem trabalho estável? a sua profissão deve ser extraordinária e certamente deve pertencer a alguma categoria superior para ridicularizar psicologia! Por acaso não sou de psicologia e não vejo onde e porquê encaminhar as pessoas logo para o centro de emprego. É de certeza um bom portuguesinho de mente pequenita! Ser hater é muito triste, e deve ter estado a comentar afincadamente todos os post só para dizer que não gosta! Já agora só é praxado quem quer, e entretanto vi a reportagem, e eles nem eram caloiros

Anónimo disse...

Também vi a reportagem e acabei por ter de desligar. Chorei muito. Ninguém merece passar por tal sofrimento. Pobres pais e avós. Espero que haja uma explicação em breve.
Ana

Anónimo disse...

Com todo o respeito, mas quer tenham morrido afogados quer tenham morrido com a força das ondas o que é certo é que infelizmente morreram. O Dux por muito traumatizado que esteja sobreviveu e pode continuar a vida dele.
Ainda bem que o Dux pode mudar de casa, mudar de universidade e mudar de vida, e até se pode tentar suicidar... é sinal que está vivo. Há 6 jovens que infelizmente não podem... porque morreram numa brincadeira nao esclarecida, incentivada por um sujeito que se achava Doutor! Mas Doutor do quê?

brmf disse...

é verdade que ng é obrigado a participar na praxe, mas existe uma coação psicológica a fazê-lo. é mais ou menos como dizer que uma mulher só é vítima de violência doméstica porque quer. Não, não é.

Anónimo disse...

De facto, quem praxa, e por exemplo obriga a rastejar com um copo de água, que significa o curso, etc etc... é muito inteligente. Não é uma imposição de ideais. Claro que não!

Anónimo disse...

Nem consegui ler metade dos comentários...tamanha burrice!!!!! Quer me crer que maior parte dos comentários vêm de pessoas que nem pensam em ser pais quanto mais tentar perceber qual a dor que os pais dos falecidos estejam a sentir. Quais praxes quais carapuça...qual preparação de vida, quais amizades mais fortes ou o raio parta que para aqui foi escrito. Se as praxes fossem uma preparação assim tão grande quem não atende uma universidade e não fizer parte dessa "praxe" não está preparado para viver....aiii que realmente o nosso país está bem entregue!! O que interessa aqui a porcaria das praxes...não é mais preocupante apenas perceber o que se passou para que os pais possam fazer o luto? Que deus me livre de sofrimento tamanho como o de perder um filho...sou mãe sim e por isso acho que maior parte deste comentários não foram redigidos por pessoas em semelhantes circunstancias.

Anónimo disse...

Por mero acaso uma pessoa que faça parte de comissões e afins dentro de uma universidade/faculdade/politécnico tem todo o direito de acrescentar esse seu cargo num CV para que possa mostrar um pouco da responsabilidade que teve... não sei se sabe mas até miúdos de uma escola secundária que façam parte de uma comissão de estudantes tem mais vantagens em entrar numa universidade do que os outros... mas isto foi só um a parte...

Anónimo disse...

"...mas ninguém é obrigado a nada.." - As coisas não são bem assim! O que fazem a quem diz que não quer fazer alguma das praxes?! Mandam ficar de 4 (gatas) e berram até mais não. Para uma pessoa de 18/19 anos que não conhece ninguém não será a situação mais favorável para se sentir confiante.

Adriana disse...

Pipoca, gosto muito do seu blog, mas confesso que por vezes não podia discordar mais daquilo que escreve.
Primeiro, não acho plausível associar esta triste tragédia à praxe. Pelo que percebi, os jovens nem sequer eram caloiros, logo, não poderiam estar a ser praxados. Contudo, mesmo que estivessem efetivamente a ser praxados, deveriam ter consciência e discernimento para perceber o perigo do que estavam a fazer. Ninguém é obrigado a absolutamente nada na praxe. Os doutores ordenam, mas só obedece quem quer. Se por algum motivo alguém não se sentir confortável a fazer algo, ninguém o vai obrigar a fazê-lo. Se existe a posição anti-praxe, por alguma razão é.
Segundo, acho extremamente injusto que estejam a depositar toda este pressão no dux. Sim, foi o único que sobreviveu. Sim, é o único que pode contar o que se passou. Mas e daí? Já se colocou na pele do dux? Já pensou o quanto estará a ser difícil para ele? Afinal ele viu os seus amigos morrerem diante dos seus olhos... É claro que a dor de um amigo não se compara à dor de um pai ou de uma mãe, mas a verdade é que por vezes passamos por situações tão traumatizantes, como é o caso, que somos incapazes de reagir, somos incapazes de expressar o que quer que seja. Não me parece que se trate de um pacto de silêncio, como disse, mas sim de um jovem que está aterrorizado com tudo isto, que nunca será o mesmo, que provavelmente deve desejar a sua própria morte tal é a culpa que sente. Como tal, acho que devemos algum respeito ao dux também, acho que devemos dar-lhe espaço. A Pipoca como mãe compreende perfeitamente o lado dos pais das vítimas, mas como mãe não deveria também compreender a posição do dux? Já pensou que o dux também é filho de alguém? Que também tem um pai e uma mãe que provavelmente estarão a sofrer com o estado em que veêm o seu filho? Só espero que o rapaz nunca leia este seu texto, é que parece-me que por vezes as pessoas não pensam no peso das palavras. O dux sobreviveu, mas naquela noite poderia ter ficado no mar como os outros...

Vânia disse...

Sou estudante do IPS, tenho 25 anos, e este é o meu ultimo ano de curso, (atenção que estou no 3º ano, mas nunca chumbei)...

Fui praxada e já praxei e tudo não passou de coisas banais que só vivendo por vezes é que se sabe se é ou não humilhante... é claro que cada pessoa interpreta como quer... o que para mim pode ser apenas uma dança e canção parva para outro pode ser visto como um acto de humilhação... no IPS os caloiros são conhecidos por estefanilhos por o instituto estar inserido onde está... e de seguidas temos os Charrocos, Veteranos e Bocageanos/Todianas em honra à nossa cidade...

Conheço pessoas que não foram as praxes por opção e nada lhes aconteceu, alias a meu ver acabam por ter o mesmo direito que os outros (sendo que apenas discordo no uso do traje) quanto a reclamar, a ir as jantares e a queima das fitas.
Compreendo quem é anti-praxe pois se não se sente à vontade para aquelas brincadeiras então não se deve sujeitar a tal,

Mas não se pode esquecer que o caloiro/estefanilho tem sempre os seus direitos...SIM porqur eles têm direitos,

Agora desculpem mas chamar de burros/ignorantes ou dizer que quem faz parte da comissão são os que faltam ou não têm respeito pelos professores já é abuso... NÃO É VERDADE

Entrei tardiamente para um curso superior porque não tinha condições psicológicas nem monetárias para entrar com 19 anos (altura em que sai do secundário), e participei nas praxes por prazer e por divertimento, mas isso não faz de mim burra... esforço-me todos os dias para passar e tirar boas notas e não é por brincar 1 semana por ano que sou menos inteligentes que aqueles que não participam...

E só para terminar pergunto a todas as pessoas que se dizem ANTI-PRAXE: se um dia os vossos filhos quiserem ser praxados/praxistas e quiserem pertencer a comissões e afins o que lhes vão dizer/fazer????

Aos familiares das vitimas os meus mais sinceros sentimentos...

Ao João espero que fale para que se deixe de especular mas apenas no tempo que se sentir bem..

à pipoca e ao Mateus muitos beijinhos

Anónimo disse...

Ao anónimo das 18:59: Fazer declarações de amor a estátuas ou pessoas tem graça? Não tem mal? Para mim não tinha graça nenhuma, até me sentia envergonhada! Cada um sente as praxes de maneira diferente!

Anónimo disse...

Para a menina que se diz membro ativo da ULHT. Primeiro que universidade é essa?
E segundo com tanta contradição já se está mesmo a ver quem é a besta. Está a concorrer a dux?!
Dividem-se em hierarquias e promovem a igualdade? Deve ter chumbado a português pela certa.
Nivelam egos?!
Que triste que você é. Deve ter dinheiro a rodos, anda a gastá-lo em matrículas e não está a aprender nada.
Mais valia sair da faculdade e ir apanhar alfinetes com luvas de boxe. Pelo menos tinha tempo para pensar nas baboseiras que escreveu.
Ana

Anónimo disse...

Hum, suicidio coletivo? Será? Uma pessoa que apela ao bom senso e pede inclusive para que nao sejam feitos filmes, mas a propria teve esta teoria...

Anónimo disse...

Pipoca, em primeiro lugar duvide sempre do que aparece no Correio da Manhã, sou (ou fui) colega de um dos rapazes que faleceu, o último a aparecer, e na segunda-feira o Correio da Manhã já o dava como morto, tendo trocado as identidades.

Vejo muita gente a falar na praxe, mas acham que é essa a questão? Existe praxe bem feita e praxe mal feita, existe quem concorde e quem discorde, e sempre vai existir. Esta pode ter sido uma praxe que correu mal, mas o que todos sabemos de facto (e não por teorias baseadas em meios-factos) é que veio uma onda com uma força muito superior ao normal e que uma das pessoas teve a sorte (ou azar) de sobreviver, perdendo os restantes amigos.

Acho muito engraçado ver as pessoas a dizerem que são burros, irresponsáveis, que provavelmente estavam a beber. Conheciam alguma das pessoas? Eu conhecia e era uma pessoa inteligente, simpática para todos e extremamente responsável. Nunca tomaram uma decisão irreflectida na vida e depois pensam 'que sorte que eu tive'? E falo de coisas tão simples como atravessar a estrada fora da passadeira, correndo o risco de ser atropelado, pode acontecer a qualquer um. Tentar arranjar desculpas e culpados (não falo dos familiares e amigos, apenas pelos comentários que vejo) apenas vos serve para acreditarem que a vocês nunca vos aconteceria porque são todas as coisas que acham que estes jovens não eram. Independentemente dos contornos, foi uma tragédia. Afectou familiares e amigos, deixem as vossas teorias de lado e sejam mais solidários, tanto com o tão falado 'Dux' como com a memória dos restantes.

Quanto ao silêncio do rapaz, conseguem imaginar a culpa que sente? Dizem que ele nem sequer teve a dignidade de ir ao funeral, pois eu também não fui. Não é por essa razão que tenho mais ou menos respeito pela família ou pela memória dele, não passa um dia em que não pense no que aconteceu, simplesmente não consegui reunir coragem para enfrentar uma despedida. Porque na sexta-feira, a última vez que lhe disse 'bom fim-de-semana' estava longe, muito longe, de imaginar que seriam as últimas palavras que trocaríamos.

Anónimo disse...

Sim sim, coitadinho dele. Queria ver se fossem os vossos filhos a desfazerem-se lentamente no mar. Pessoas: mesmo por ter havido um sobrevivente é que pode contar-se esta história. É uma vergonha que este "superior hierárquico" ainda não tenha dado qualquer explicação às famílias dos seus "subordinados" MORTOS. Seja Homem e não homenzinho. Ridículo.

Anónimo disse...

Ensinam que a vida não é fácil?? Nivelam egos?? Comecem por nivelar os vossos! E já agora aproveitem que estão na universidade e aprendam a falar e a escrever correctamente, pois é coisa que se percebe que não sabem. Uma grande confusão a segunda metade desse texto. Aliás, se a maioria de vós tiver o mesmo nível de discurso e articulação que as meninas da reportagem da CMtv... que Deus nos ajude. Meta isto na sua cabeça: o seu nível é fraco. Vergonhosa representação daquilo que são os nossos universitários. Seria até cómico se não fosse trágico.

Anónimo disse...

5 estrelas, é exactamente o que penso. Cambada de gente burra, até assusta.

Sílvia disse...

Ok, ok, ok, eu vou contribuir também (com um comentário)!!
Pipoca, que coisa mais feia, valer-se de temas polémicos, praxe e tragédias e dor alheia, para aumentar as visualizações e comentários do blog!
Já sei que o blog é seu, fala do que quer, mas se fosse a mãe de um dos miúdos mortos, ou do sobrevivente, não ia gostar de ver especulação (tanto do post, como depois dos comentários que estaria à espera de receber) à volta do assunto... Está entregue à polícia, que é quem deve investigar realmente o assunto. Como se costuma dizer, quem está de fora racha lenha!
Mas entendo essa "sede de sangue" do povo, eu própria quero saber o que se passou (!), assim como entendo que tenha que fazer render o peixe aqui no blog. Mas uma coisa é entender, outra é chegando o momento da verdade calar-me porque não é nada comigo!

Anónimo disse...

Muito bem Márcia, gostei.

Sofia disse...

Ui, li coisas aqui que até custam a engolir. Acho que se deviam informar primeiro sobre o que é A praxe (sem 's' no fim) e sobre tudo o que representa e significa.
Podia ficar aqui a escrever milhões de coisas sobre este assunto, a defender a praxe e tudo o que me ensinou mas penso que isso não faria diferença nenhuma. Cada um tem a sua opinião e ninguém é mais do que ninguém para especular e julgar o que quer que seja.
O que nós vos pedimos não passa de respeito. Vocês - desde jornalistas a bloggers, passando por todas as pessoas que comentam este assunto de forma pública - não fazem mais do que inventar coisas. Coisas essas horríveis que se escrevem nos jornais só para vender que não têm qualquer pingo de verdade. É absolutamente horrível chegando mesmo a ser ridículo.
Falarem do Dux dessa maneira só mostra o quão mal informados estão sobre o assunto. Não falem do que não sabem, limitem-se a respeitar porque infelizmente respeito é o que faz falta nesta sociedade.

Anónimo disse...

Então se fosse uma das suas filhas a morrer neste contexto, a senhora pensava da mesma forma? Achava injusto culpar alguém, querer respostas? Tem a certeza? Pense bem.

Anónimo disse...

Este tipo de perdas, que envolvem filhos únicos, remete-me sempre para o velho ditado "quem tem um (filho), não tem nenhum"... Deve ser uma dor indescritível a desses pais...

Anónimo disse...

É mesmo isso que eu penso!
Imagino que perder um filho é a pior coisa do mundo, mas nem sempre há culpados de tudo.
E sinceramente... tenho pena daquele sobrevivente!

Mafalda Beirão disse...

A questão é precisamente essa - muito se especula pelos meios de comunicação e pouco é verdade.
Eu conheço o caso e infelizmente perdi uma pessoa lá. E tudo isto dos meios de comunicação me choca, porque elevam isto a um exponente ridículo de coisas que são o maior disparate. E o pior de tudo é que toda gente compra o que a comunicação social escreve e que assume como realidade. Eu compreendo que assim seja, mas há que ter noção que nem tudo o que foi dito até agora corresponde à realidade.
Pensem antes que o João jamais terá descanso. E que tudo isto já é uma tortura suficiente. Agora crucificarem-no por nem ter ido aos funerais? Poupem-me. Até a mim me custou ir e "só perdi um amigo", quanto mais ele que irá carregar esta cruz para sempre.

Anónimo disse...

aplaudo de pé tummytuck e o anônimo das 10 40... e não e que tem mesmo razão? ass: uma estudante universitária deslocada que observa justamente o que foi aqui escrito quando regressa a 'santa terrinha' nas férias do natal!

Anónimo disse...

Fequentei a faculdade de medicina do porto, fui praxada mas não praxei, não faz o meu genero. na minha faculdade eram proibidas pinturas faciais e tudo o que pudesse estragar roupas ou cabelos...
Cantavamos e brincavamos muito... Accho que os jovens se devem divertir e aproveitar esses anos, dado que depois a vida se torna mais dura. Não venham é inventar... Praxes e queimas são desculpas para forrobodó, não lições para a vida.

Anónimo disse...

Por amor de deus! Agora aqui a questão é a praxe e não eles terem morrido? Se eram da comissão de praxe sabiam bem em que estavam metidos porque para ser da comissão é preciso andar lá sempre, ter dedicação e saber como funciona. Se eram finalistas e responsáveis de cada curso, já tinham uma determinada posição na hierarquia e podiam bem não fazer (issso até os caloiros podem). A meu ver tinham era que usar a cabecinha... esse é o problema..não é a praxe..mas sim a mentalidade de cada um, independentemente de estar vestido com um traje ou de calças de ganga. Ninguém é obrigado a nada a menos que lhe tivessem apontado uma arma o que não me parece o caso

marta disse...

Gostava só de acrescentar k o sobrevivente sendo vítima de toda esta tragédia também, tendo responsabilidade e culpa no sucedido tem obviamente k responder por isso, não é raro acontecerem homicídios por negligência ou homicídios involuntários a pessoa pode não ter intenção mas tem culpa, e tendo, tem de ser responsabilizado.
Temos pena, é uma vítima tb, nunca + será 1 pessoa normal, remorsos, culpa o k seja, mas tem de ser homenzinho e aguentar com as consequências. A começar por ajudar a apurar a verdade perante as famílias das vítimas k têm agora as suas vidas destroçadas.
Só acho k isto deveria servir de lição a quem se serve das praxes para humilhar e ridicularizar os outros, os frustrados k o fazem exercem esse poder sobre os outros pk não têm + nenhuma forma de se valorizar a não ser armando-se em superiores e isso acaba com a definição pura de praxe, infelizmente há mtos assim....

Marta

Anónimo disse...

Esta criatura de Deus pensou verdadeiramente que vinha aqui fazer uma figuraça a defender as suas crenças "académicas", tentando "corrigir" a figurinha triste que as colegas fizeram na TV. Ironicamente, apenas conseguiu comprovar as suspeitas de muitos de nós acerca da fraca capacidade intelectual destes membros "académicos". Por favor jovem universitária da ULHT, volte e continue a presentear-nos com a sua brilhante capacidade de argumentação. No meio de toda esta tragédia até faz bem rir um pouquinho para desanuviar.

Nossa Senhora da Procrastinação disse...

Não eram caloiros.

Anónimo disse...

Fiquei sem palavras quando ouvi aquelas duas miudas, na reportagem, a falarem das praxes. Tinham acabado de perder uma amiga mas mesmo assim conseguiam valorizar as praxes. Meu Deus, como estão enganadas!

Tenho uma filha, que acabou o curso há 2 anos. Não concordando com certas praxes e achando que isso não ia dar certo para o lado dela mas mesmo assim resolveu aderir. Só durou 2 dias a ser praxada. rapidamente acabou com aquele martirio. Não se assumiu anti-praxe, pq não o é, só que não concordou como as coisas se estavam a desenrolar. Teve coragem,enfrentou quem tinha de enfrentar, e disse o que tinha a dizer: não precisa de ser praxada para ser inserida na faculdade, não precisa de ser praxada para fazer amigos, quem escolhe os amigos dela é ela, não precisa de ser praxada para que a respeitem,não precisa de ser praxada para que a oiçam, não precisa ser praxada para ser uma grande amiga,não precisa de ser praxada para manter os valores e principios e mto menos não precisa de ser enxovalhada e
humilhada para tirar o curso que os pais pagam.
Foi facil? Não.... mas tenho mto orgulho na filha que tenho. Não são todas que conseguem enfrentar e dizer NÂO.
Não foi mais praxada e nem praxou. Não nos moldes que lhe exigiam.
No Meco foi lamentavel o que se passou e nem consigo imaginar a dor dos pais. É certo que os miudos deveriam ter idade para saberem ao que iam, mas tb é verdade que é preciso ter coragem para dizer NÂO, a alguem que se julga um lider. E se este ou estes lideres acham que para fazer diferença na sociedade é necessario ir tão longe como colocar a vida de alguem em perigo, acredito que a partir deste momento a palavra remorso jamais se afastara de suas vidas.
Espero que este acontecimento sirva de lição.

Anónimo disse...

e eu agora pergunto: que raios de valores pretendem transmitir vocês, das privadas, na praxe, numa universidade sem história e sem tradição acadêmica, que não há qualquer esforço no secundário para obterem as notas exigidas três anos depois que vos permitam a entrada no curso superior? igualdade,respeito, hierarquias e nivelamento de egoísta? e só pagar uns 2000 euros por mês ao reitor e irem as aulas, pelo amor da santa! outra questão: envolvendo ou não as praxes nem entrando pelo caminho a favor/contra/a culpa e das praxes pergunto eu: porque não podem ser praxados no recinto da universidade? para nao saberem o que andam a fazer?u fui praxada, não me arrependi, não quer dizer que tenha concordado com tudo o que aconteceu,recusei fazer algumas coisas com as quais nao concordei mas foi TUDO realizado dentro do campus. ninguém precisou de ir para a praia a noite,Seja baixa ou 'alta' patente. a única coisa que fizemos fora da universidade foi quem quis ir ao pedi paper pela cidade de Lisboa. repito: a única coisa. e fomos acompanhados pelos 'trajados' (nao chamo doutor a ninguém até ter o doutoramento terminado, peço desculpa, lol). da me piada porque se calhar ouvimos sempre 'ah as piores praxes são talvez as de Coimbra , tem mais tradição acadêmica' e o que oiço, dizer nao faço a mínima ideia se e verdade ou nao. mas depois. vêem sempre estas alminhas iluminadas das privadas falar que precisam de ter tradição acadêmica e mimimi e a sua mui ilustre universidade tem altas patentes mimimi e promove os maiores valores.... tretas. vocês estão se a cagar se os 'caloiros' são integrados ou nao, se tem problemas ou não, se passam dificuldades ou não, dentro ou fora do ambiente universitário ou das praxes ou do que quer q seja. já vi muita gente a falar de praxes e do respeito por hierarquias superiores e blablabla. mas agora o que esta para aqui fala... parece-me simplesmente estupidez e uma grande lavagem cerebral com fortes tendências para seitas maliciosas. que gente tão perturbada meu deus. minha cara, uma ultima pergunta: se e das 'altas patentes' da comissão de praxe da ULHT está a acabar o curso nao esta? que faz a passear se pelos blogues a uma e meia da manha? não tem mais nada eu ir estudar? não tem exames agora? ou quer acumular mais uma matriculazinha para se armar em importante em Setembro próximo quando receberem de novo os 'caloiros'?

Anónimo disse...

Quem lhe garante que não foram as vítimas arrumar as suas coisas antes de irem para a praia?

Anónimo disse...

Por mais que esteja sensibilizada com o texto da Pipoca, a imputabilidade de culpa moral é demasiado vaga. Cada um tem a sua.
Quanto à imputabilidade criminal,só se ficar provado que ele agiu com intenção de atingir o bem juridico da vida humana de pessoa já nascida ou a integridade física destes jovens. E como até ao momento não se conseguiu aferir o que aconteceu, deixemos o rapaz lidar com a morte à sua maneira.
Note que eu sei ver com os olhos do coração, mas o coração não nos pode desviar da razão.
Um dia que tenha um tempo leia Faria Costa e o entendimento que ele faz das Causas de Exclusão da Ilicitude. Até lá deixo-lhe uma questão. Supondo que o rapaz conseguia salvar apenas um dos amigos, deveria ser punido por não ter conseguido salvar os restantes?

Um bem haja para si e não leve a mal a minha opinião mais penalista,

Charlotte disse...

@ carina obrigada pelo seu "ponto terceiro"! Falou-se na praxe, e pronto.. é o caos! Já foi referido que não era praxe. Ponto. Fui praxada.. nunca praxei! Mal cheguei a Coimbra li o código da praxe.Há gente estúpida, e há gente que segue o código, que existe! Aconteceu uma tragédia, é um facto.. mas ninguém sabe o que aconteceu. Portanto é esperar que o João fale, ou esperar por respostas concretas! Se se tivessem encontrado ali para consumir drogas, certamente ninguém faria este alarido..mas "ah é a praxe que é uma estupidez!".
A morte é uma mer@#, ainda por cima desta forma, e com essa idade! Mas apontar o dedo é sempre o mais fácil.. O rapaz vai falar quando tiver que ser! Paz.. é o que as pessoas precisam agora!

Unknown disse...

Se estudantes da Lusófona depois deste caso continuam a dizer que praxes preparam as pessoas para a vida, é bom que os pais deles apliquem o dinheiro que gastam nas propinas em psicólogos. Os jovens que faleceram no Meco com as supostas praxes que lá faziam ficaram a saber que as últimas praxes deles lhes ensinaram que só temos uma vida. Que este caso sirva de exemplo para os próximos.

Anónimo disse...

nesse caso o rapaz que sobreviveu nao obrigou os outros a irem mexer no tractor. essas pessoas tinham livre arbítrio. neste contexto do meco, no tipo de 'irmandade' ou praxe ou raio. fosse aquilo nao se sabe ao certo se os outros foram obrigados ou não ou se foram de livre vontade mas estavam com receio. respeito e votos de silêncio? este menino nao esta traumatizado. e só mais um que pensa que pode mandar nos outros e utiliza as suas frustrações para tal. nesse caso que descreveu, o rapaz que sobreviveu, para você saber tantos pormenores, alguma coisa deve ter tido.e. este do meco, nada diz por medo e porque sabe que tem culpas no cartório e porque sabe que o que realmente se passou fazia parte de um segredo e vai ficar muito mal visto e pode ser culpado até pela forma como se pode vir a descobrir finalmente o que ocorreu. este aqui fecha se em casa feito cobarde. então não era o dux supostamente a autoridade máxima lá do pedaço da lusófona? seja homem e agora assuma as suas responsabilidades nem que seja finalmente para as famílias terem paz.e. eu estou a dizer falar só com as famílias, ninguém precisa de conferências de imprensa. como teve oportunidade de ler aqui ou ver na reportagem, os próprios pais e que o dizem: a verdade nao vai trazer os filhos deles de volta. mas ao menos que a verdade venha aos e cima. eles querem saber! se vale de alguma coisa? se os pais pedíram na tal reportagem, alguma coisa deve valer então! esse rapaz que descreveu no seu exemplo viu os amigos serem mortos a sua frente, nao os obrigou a fazer nada, não era o chefe deles. este tal de dux tinha a mania que mandava nos outros, que aquilo era uma seita que metia segredos e pactos de silêncio e provavelmente não viu nenhum dos outros a ser levados pelo mar porque estava escuro como breu, não sofreu como nenhum dos outros sofreram nos seus últimos momentos de vida porque não sei se sabe mas esclareço a cara anônima que a morre por afogamento e a pior que se pode imaginar. nao e rápida nem indolor. não sabe do que não fale.e este tal de João Gouveia vai ter que falar,a. bem ou a mal. nunca foi dito que ele iria ser arguido, ele vai ser ouvido no estatuto de testemunha, que era o que devia ter sido logo constituído pela polícia. aprenda a ler e veja as notícias com mais rigor e atenção. pense um bocado antes de atirar comentários estúpidos como esse para o ar
as minhas preces estão com as famílias. ninguém imagina a dor que estão a passar e muito menos se deve supor que basta dizer 'há acidentes acontecem nada se pode fazer para evitar. deixam lá estar o culpado traumatizadinho fechado em casa que o menino está a sofrer muito' porque com certeza isto nao cabe na cabeça de ninguém que possa amenizar a dor de ninguém.

Anónimo disse...

concordo! bom senso 0. só desculpas para o traumatizadinho não levam as culpas que efectivamente lhe cabem

Anónimo disse...

Jana P.
O facto de "cada um ter a sua opinião" não invalida que casos terríveis como este deixem de ser discutidos. Aliás, o histório de mortes de colegas seus nas praxes em Portugal justifica que este assunto envolva a opinião publica em geral.

Desculpa, mas a "privacidade" do "dux" termina quando o que está em causa é a morte de irmãos ou filhos de outrém. Ele tem esse dever e esperemos que o faça quando poder.

Por fim, e porque considero obsoleto explicar a alguém que diz "ter orgulho em pertencer a uma comissão de praxe" a ignobilidade de tal prática deixo o meu testemunho:
estudei numa faculdade sem tradição académica, terminei o meu curso no tempo; fui a festas e fiz férias com colegas e amigos; havia entre-ajuda no nosso curso (e eramos bastantes); tenho capacidade crítica e sou capaz de construir uma opinião fundamentada;e após 5 anos de fim de curso mantenho amigos que conheci na faculdade e que são os meus melhores amigos!! Considero me preparada para a vida.

Anónimo disse...

o membro da comissão de praxe voltou tenham medo....!

Anónimo disse...

Atenção, aqui o processo deve-se apenas ao silêncio... Os pais merecem saber em que contexto perderam os filhos, se há quem possa assim o fazer.

Anónimo disse...

"Ó papá, paga-me o curso, que eu sou burro que nem um urso!"?? A sério? Maturidade zero! Ora então diga-me lá que curso tirou? Eu ando numa privada por opção, porque o curso era melhor do que na publica mas tinha nota para entrar se quisesse. Além disso, e apesar de não ter de justificar o que quer que seja, eu trabalho para pagar o curso, assim os meus pais não têm de suportar o encargo financeiro.
Ah e com o que já aprendi no curso (muito!) consigo detectar uma certa azia da sua parte.

irina.simoes88 disse...

Duvido, mas as competências sociais que desenvolvi foram importantes para deixar de ser uma miúda tão tímida e melhoraram muito a minha vida profissional e pessoal :) Não consegui o tal trabalho como caixeira, mas consegui outro que também é bom.

Anónimo disse...

Já vi e revi aquela reportagem e por mais que tente, não consigo perceber aquelas duas miúdas, que acham rastejar para ir buscar um copo uma coisa muito boa. A mim parecem-me aquelas típicas tótós do secundário que fazem de tudo para serem integradas, não importa no quê, desde que sejam. Mas o pior de tudo é saber que estas não são caso único, há milhares e milhares de carneirinhos e é por isso que eu tenho tanta vergonha de pertencer a esta geração. Deixem mas é se ser ridículos e ganhem amor próprio.

Mel disse...

Anónimo, o Dux não manda, na verdade. Ele diz "façam" e os outros fazem, se quiserem. Foram para o Meco para isso, para obedecer cegamente à tradição.

Mel disse...

Mas ele não limpou a casa. Ele foi com a polícia à casa arrumar as coisas dos amigos.

E quanto ao resto, eles fizeram asneira! Os 6. Este sobreviveu mas não vai pagar pelas asneiras dos outros. E todos os pais dizem que os filhos eram super responsáveis. Acredito, eu também sou e assim seria descrita pelos meus pais, a quem nunca dei dores de cabeça. Ainda assim, já fiz asneiritas que eles desconhecem porque não tiveram grandes consequências. Sorte a minha. E a deles.

Mel disse...

A sério que ainda não percebeu que a os doutores podem ser praxados pelos hierarquicamente superiores?

Anónimo disse...

Concordo a 100% com a Ana. Acho impressionante que se venham defender as praxes, quando 1º normalmente (para não dizer quase sempre) vão para além dos limites da dignidade, 2º são praticadas por "doutores" que algumas vezes até são os últimos a acabar o curso e os primeiros a ir para o desemprego (vai-se lá saber porquê) mas que por acaso até adoram o sentimento de poder sobre os outros (poder que não têm para dirigir a própria vida). Não concordo com nenhum dos argumentos pró-praxe que oiço por aí e leio aqui, parece-me conversinha de seita religiosa sem qualquer inteligência emocional ou social (e sim andei na universidade). A única explicação para tudo isto é que o cérebro humano se mantém adolescente até aos 24 anos (como dizem as publicações científicas) e daí a dificuldade em avaliar situações de risco, como a que se passou. Porque não se entende como 7 "jovens adultos" (e talvez até 8) não perceberam que o mar é especialmente perigoso e frio no inverno, nem que a roupa académica molhada pesa. Acredito que houve consenso na prática que levou ao destino fatal destas pessoas, talvez até um pouco de "peer pressure" e, na cabeça de muitos "adolescentes", correr riscos em conjunto fortalece o sentimento de grupo. Parece-me que neste caso os únicos inocentes são os pais e familiares, para eles uma palavra de apoio. Porque em relação aos "jovens adultos" de hoje, são produto da sociedade que temos e que está todos os dias nos jornais, com o máximo de direitos mas sem qualquer responsabilidade.

Anónimo disse...

Com 23 anos não deve ter assim tantas matrículas...

Rita disse...

É incrivel como dedicaste mais de metade do que escreveste ao que alguns chamam de "praxes". Um mês depois os mesmos que reclamam e que dizem que é inadmissivel o sobrevivente ainda não ter dito nada, são os mesmos que contam as suas teorias sobre o que aconteceu, como se estivessem a falar na 1ª pessoa.
Mais importante do que falar do que alguns dão o nome de "praxes", é saber o que realmente aconteceu e isto pode ou não estar directamente ligado a "praxes".
Não venham os peritos falar de "praxes" quando não sabem o que isso é e se baseiam no que lêem e ouvem.
Muitos dizem que a dor de perder um filho é algo transcendente. Acredito, não é preciso passar por isso para o perceber. Mas percebam também que alguem que enventualmente colocou inconscientemente a vida de 6 colegas em risco e que, infelizmente desta vez, deu para o torto, também sofre. E isto agora não tem nada a ver com o que foi aqui dito, mas os comentários que se apanham nas noticias do JN e CM são o espelho da merda da hipocrisia de que padece a maioria das pessoas. "Ai se fosse comigo"; "ai se fosse eu"; "tenho a certeza que aconteceu isto", desde ameaças de morte, promessas de porrada, supostos "pactos de silencio" que têm toda a credibilidade porque vem escrito no jornalisto de merda que é o correio da manhã.
Reflitam sobre isso e guardem a hipocrisia para outra altura.

Anónimo disse...

Entendo a frustração de todo o país por ter acontecido tal tragédia e ninguém saber bem o que realmente se passou. No entanto, acho que o que se está a passar nas redes sociais ultimamente é um absurdo. Não é a fazer novelas ou a julgar quem quer que seja,ou o que quer que seja, que se vai chegar a uma conclusão do sucedido. Como aluna da Lusófona do 1º ano (a ser praxada) digo desde já que nada de mal acontece nesse tipo de actividades e que nunca fomos obrigados a fazer algo que não queríamos. Defendo a ideia que muitos aqui acham ridícula: Na praxe, realmente, não só se aprende a ter respeito por quem é superior como APRENDE-SE A SER UNIDO NUM GRUPO. É esse o objectivo da praxe, e não a humilhação que muitos pensam. Ali ninguém é humilhado e mesmo quem se sentir assim pode sempre dizer "não". Mas isto é algo que nem todos percebem. No entanto, não entendo porque depositam tantas certezas que houve praxe envolvida. pergunto: estiveram lá ou só dizem isso porque leram nos jornais?
Os meus sentimentos á família, não imagino o que estão a passar mas acredito que a verdade virá ao de cima.

Anónimo disse...

Aí é que está, não eram caloiros. Eram todos finalistas, uns de licenciatura e outros de mestrado. E faziam todos parte da comissão de praxe. Não iam ser praxados, iam resolver o que fazer para praxar os outros.
Só o facto de terem de alugar uma casa longe, em pleno Dezembro chuvoso e frio, já é sinal de falta de responsabilidade e juízo.

Anónimo disse...

Isto tudo a ser verdade é muito triste. Sobreviver a algo do género, e com esta pressão, só o deve desejar ter morrido também. Nisto ninguém pensa. Os pais do rapaz só querem agora o seu filho, que muito possivelmente, nunca mais será o mesmo.

Anónimo disse...

Praxes...a maior palhaçada académica! Serve para pessoas fracas e estúpidas se evidenciarem e mostrarem que "mandam", pessoas armadas cheias de mania que acham que podem controlar e mandar fazer! Foi assim que eu vi as praxes quando entrei para a faculdade! E não, não fui praxada, eu disse "não!" e fiz amigos na mesma, tenho amigos na mesma, sou sociável na mesma, e fui muito bem preparada para o mundo do trabalho!!! Tenho pena que existam estudantes com medo e que se sujeitam a tudo!!!

Filipa Sousa disse...

É um "confronto" completamente amigável entre o ISCTE e a FCUL, duas universidades que partilham os mesmos valores em praxe!

Anónimo disse...

Completamente de acordo!

Anónimo disse...

O pior é que alguns foram escritos sim por mães assumidas. Hipocrisia: é fácil falar quando se trata dos filhos dos outros.

Anónimo disse...

MAS AINDA N PERCEBERAM QUE NINGUÉM QUER SABER SE PRAXARAM OU FORAM PRAXADAS??? O post n é sobre isso, escrevam os testamentos no vosso diário das praxes!! Ninguém quer ler isso!! Boringgggg!! Cambada q se acha o máximo por chumbar constantemente, são o máximo, mas só mesmo dentro das paredes da Fac.!!

Ninguém sabe o q o rapaz está a passar, mas também n percebo o silêncio:( pobres famílias. (Lembro-me de ouvir o helicóptero nessa noite e achar estranho, mal poderia pensar )

Anónimo disse...

Não é a mesma, esta sabe escrever! Por fim boas notícias ;)

maria disse...

Em Coimbra, em 1969, por motivos bem mais sérios foram presos alguns estudantes e outros incorporados disciplinarmente no serviço militar. Não consta que alguém tivesse morrido mas a Academia decretou luto académico. Durante muitos anos não houve festa académica, nem praxe...

Anónimo disse...

Oh menina das praxes e membro da comissão de praxes, não sei se deu conta mas faleceram 6 pessoas por causa de uma praxe. Ainda assim quer continuar a defender as praxes, e o quão contribuem para o crescimento pessoal e preparação para o futuro?
Oh menina cresça!
Já reparou quantas pessoas há pelo mundo que não prosseguem com os estudos, e por conseguinte nao são praxadas, e que estão muito melhor preparadas para a vida e para o mundo real do que uma jovem universitária que andou a pé no meio da serra e ficou com bolhas nos pés ou que atingiu o clímax quando chamou bestas aos estudantes do 1.º ano.

Andreia F. disse...

PARA QUE RAIO SERVEM AS PRAXES? (CARTA ABERTA)
"Então, e o senhor Reitor nunca foi praxado? Não me diga que nunca lhe deram um berro, Pois, grande sorte a sua! Menos sorte tive eu. E, era bem pequena. Foi a minha mãe. Não! Foi o meu pai. Bem, para dizer a verdade, não me lembro bem. Ralhavam comigo só porque fazia asneiras ou só porque não lhes obedecia. Pais maus, os meus! Não sei se sou a mesma depois disso.
Para que raio servem as praxes? Sim, senhor Reitor, para que raio servem as praxes? Tortura pura! Tortura imposta por uns quantos energúmenos que, só por terem mais matrículas do que os caloiros se acham superiores. Malvados! Só porque têm mais experiência, mais sabedoria, melhor conhecimento acerca das pedras desse caminho, a que se dá o nome de percurso académico, acham-se superiores… Malvados! Pois é, constou-me que, esses animais que andam por aí a praxar são capazes de coisas como colocar os caloiros em fila, dar-lhes a perceber que a vida é feita de hierarquias que às vezes os obrigam a engolir sapos, calar, olhar para o chão e não ter possibilidade de sair quando, na verdade, seria essa a sua vontade. Então, e quando os colocam a cantar em coro o hino de curso? Conseguem ser tão chatos que, mesmo quando já os caloiros o sabem de cor e salteado, são capazes de os obrigar a treinar outra vez. Estava a ver se me ocorria o nome a que se chama isso… Já sei! Persistência e perfeccionismo. Malvados! Isso não se ensina a ninguém…
Mas continuando com a temática em questão, para que servem as praxes, senhor Reitor? Não me explica? De verdade, sei pouco dessas coisas… até porque, só cheguei a veterana. Calma! Pode parar já por aí. Não lhe admito que faça juízos de valor sobre a minha pessoa. Afinal de contas, o senhor não me conhece. Cheguei a veterana porque sim. Do alto do seu cargo, já devia saber que vidas são vidas e que, as vidas não são todas iguais.
O que os praxantes, no fundo, tentam retratar é o mundo cão. E, acautele-se, senhor Reitor, porque dias piores virão e, não falo de praxes. Falo-lhe do estado da economia mundial. Isto está negro. Tão negro quanto as capas que trajam os seus alunos. Esses alunos, digo, animais, que pagam propinas a cada ano que passa.
Temos que ser duros, senhor Reitor! Temos que ser duros… Diga-me, sinceramente, quem vai preparar estes jovens para os tempos que se avizinham? Os professores? Os pais, que teimam em levantar as suas vozes contra esses animais que praxam os seus filhos? Afinal, quem vai preparar os jovens para não caírem em estado depressivo de cada vez que lhe forem fechadas portas? Quem os prepara para a falta de auto-estima, de que vão sofrer, quando se aperceberem que um novo tipo de escravidão está por aí a instalar-se? Diga-me, senhor Reitor!
Está na praxe quem quer.
Na praxe aprende-se a não desistir à primeira dificuldade, aprende-se a ser persistente, aprende-se a ser assertivo, aprende-se a cooperar, aprende-se a respeitar, aprende-se um conjunto de coisas que só com o decorrer de uma vida teríamos possibilidade de aprender, caso não passássemos por esta etapa. Mas, mais do que tudo, a praxe serve para aprender a errar. E, com os erros aprende-se muito.
Senhor Reitor, a praxe serve para que os pais aprendam que os seus filhos já têm idade para levar pancada da vida, sem que eles tenham que sair em sua defesa. A praxe serve para criar ratos. E, digo ratos no sentido de esperteza. Sabe, senhor Reitor, por mais que a escola nos ensine – e, ensina, com toda a certeza –, nada nos prepara melhor do que a escola da vida. E, veja lá que, a essa, nem sequer é preciso pagar propinas.
Nota final: Ando na vida académica há 8 anos – não são meia dúzia de meses – e, NUNCA mas NUNCA ninguém me obrigou – ou eu obriguei enquanto praxante – ninguém a fumar ou a beber. Posso até garantir-lhes que quando saía à noite e os meus colegas me diziam para beber um copo, nunca o bebi. E, sabem porquê? Porque não bebo. Nunca me deixei levar por isso. Sabem porquê? Porque tenho as minhas convicções. Mas, isso, não se aprende na praxe. Revejam-se os valores familiares."

Anónimo disse...

Metam uma coisa nos neurónios: o traje é ACADÉMICO (de quem tira um curso!), não tem nada, mas NADA a ver com praxe!

Anónimo disse...

Também estudei em Coimbra e concordo a 100% com o que "mais um blog de gaja" disse. Também fui praxada mas no meu curso eles não abusam muito e nunca me obrigaram a fazer nada que não quisesse. Mas caso isso se tivesse verificado, iria dizer que não porque felizmente vivemos num país livre e ninguém pode obrigar a fazer o que não quereremos. Em relação à tragédia do meco, não digo que o tal dux seja responsável por homicídio como aqui já foi dito, mas acho que tem o dever moral de dizer pelo menos aos familiares das vitimas o que aconteceu...
Vanessa

Anónimo disse...

Se fosse minha irmã, ele ia falar, nem que lhe apertasse o gasganete (salvo seja!).

Anónimo disse...

Mas desde quando é que ser praxado/praxar os caloiros enriquece a nossa vida académica? Sou estudante universitária e como tal não consigo compreender a estúpida tradição das praxes. A maior parte dos alunos que são praxados, quando lhes perguntamos o porquê de ali estarem dão a simples resposta do ''se não for praxado, não posso praxar''... basicamente fazem-no para poderem humilhar jovens no ano seguinte.
Não fui praxada, nunca em dia algum me senti ''menos que ninguém'' ou senti a ''falta da BONITA tradição'' (aka humilhação feita pelos veteranos para eles se divertirem um bocado com as tristes figurinhas feitas pelos caloiros) por não ter sido praxada.
A faculdade é muito mais do que as praxes... E isso das amizades? Argumento completamente estúpido e de falta de noção. Fiz muitos e bons amigos na faculdade sem ter que levar com ovos em cima e beber até desmaiar.

O que aconteceu no Meco é um mistério, com o qual não podemos, de todo, especular.

Anónimo disse...

Oh Maria... desculpe lá mas o orgulho de vestir um traje académico certamente não advém das praxes e sim do facto de ter conseguido chegar até ao ensino superior, o facto de honrar os sacrifícios dos meus pais com o bom aproveitamento académico e de terminar o curso com a certeza de ir exercer uma profissão que aprendi com esforço e dedicação... esse é o significado de envergar o traje para mim, é o único que faz sentido a meu ver... ou será que eu me enganei e que afinal a Universidade não serve para formar profissionais qualificados e sim para ter mais desculpas para sair à noite e prolongar a adolescência? Fui praxada e não sou contra elas quando devidamente organizadas, acho que deveriam ser mais fiscalizadas para "brincadeiras" destas não acontecerem, por favor estamos a falar de vidas!! Só não consigo imaginar o sofrimento destes pais...

Anónimo disse...

ahaha! Lindo! Verdade verdadinha! Tummytuck e anónimo das 10.40, 100% verdade!

Anónimo disse...

A Lusófonoa não está mal em matéria de antigos alunos, o mais velho tem 23 anos? Assim, quase me sinto burra, saí do mestrado com essa idade...

Anónimo disse...

Boa noite,
Vi a reportagem da CMTV
Fui praxada e praxei. Já lá vão 12 anos. Se me orgulho disso...não! Mas naquela altura parecia o certo. Eram brincadeiras para rir e fazer rir. Nada demais. Se comissão de praxe é reunir no jardim e decidirem que brincadeiras fariam no dia seguinte então nós também tínhamos uma.
Hoje vejo as coisas de outra forma. A vida ensina muitas coisas.
Mas percebo que quando se chega a um sítio novo que n se conhece ninguém o importante é integrar-se. O medo de qualquer caloiro é sentir-se excluído. Não é fácil declarar-se anti praxe principalmente em universidades pequenas.
Mas é saudável alguém precisar praxar para se sentir valorizado?
Digo já que nunca ouvi falar nas comissões de praxes alugarem casa para terem reuniões secretas, nunca ouvi falar em relatórios que tenham que ser entregues ao “chefe”. Nunca ouvi falar que a comissão de praxe é sujeita a praxe para provarem que merecem aquele lugar.
Nunca ouvi falar de nada parecido. Para mim não passa de estatuto que deve ser muito valorizado e cheio de privilégios neste meio universitário e que aumenta a autoestima de muita gente á custa da subjugação dos outros.
Mas se existe mais coisas destas por ai, tão elaboradas, realmente deveria haver regularização da praxe. Dá a sensação de uma seita realmente.
Naquela noite, provavelmente seria mais uma prova parva (tal como a que falaram da Arrábida) que correu mal. Aquela mensagem “vamos ver se sobrevivo LOL” indica que sabiam que iam para um desafio.
Infelizmente todos aprendemos com os erros. Quem sofre são os que cá ficam. Os meus cumprimentos ás famílias e até ao dux que deve estar a sofrer em silencio.

Anónimo disse...

Aproveito esta publicação para deixar um relato da minha convivência com estas actividades académicas. Sou estudante da academia do Porto, e na minha faculdade, a praxe está bem enraizada, sendo que a grande parte dos alunos do meu curso têm uma ligação a praxe, com mais ou menos intensa, eu incluía.

Logo no meu primeiro dia de faculdade, os doutores, a comissão e essa gente toda, vieram ter connosco, alunos do primeiro ano. De seguida discursaram filosoficamente, disseram-nos que a praxe nos preparava para a vida, que nos preparava para o mercado de trabalho, que ali iríamos aprender a respeitar as hierarquias e que ali faríamos amigos para a vida. Ou seja, a verdadeira lavagem cerebral a que todos os estudantes do primeiro ano são sujeitos.

E com esta lavagem cerebral, temos o primeiro problema: Centenas de jovens, 17/18 anos, chegam a uma faculdade onde não conhecem ninguém, alguns nem da cidade são...e a praxe enchem-lhes a cabeça com aquelas ideias. E isto acaba por entrar, da quantidade de vezes que é repetido, e as pessoas acreditam mesmo! Eu própria acreditei.. só que entretanto cresci, e apercebi-me que eram ideias idiotas...

Enquanto caloira nunca fomos sujeitos a praxes violentas ou perigosas.

A pior aconteceu quando estava no segundo ano. E só com esta tragédia me apercebi do perigo que corri. Apesar de já ser "doutora" (ahahah) era praxada na mesma, à noite... e aconteceu que:

ESTIVE DENTRO DO MAR... e eu mais uns quantos do meu ano. Estávamos de costas para o mar, de mãos dadas uns com os outros, em linha.

Os "superiores" iam-nos fazendo perguntas, se alguém errasse, tínhamos que dar um passo para trás, portanto cada vez mais para dentro de água... Para a pipoca ter uma ideia cheguei a ter a água pelos joelhos!
Lembro-me que já estávamos em Março ou em Abril, portanto não estava frio, nem o mar estava perigoso... mas nada justifica terem-nos feito aquilo, podia ter corrido mal.

E eles faziam com que concordássemos com aqueles rituais, porque exerciam sobre nós pressão psicológica, coisas como se não fizerem X não podem fazer Y. Mais uma vez a lavagem cerebral

Com a passar do tempo, eu fui deixando a praxe de lado, fiquei farta e não me faz falta nenhuma! Agora quando os vejo aos berros com os caloiros ou a gritar alto e bom som bastantes palavrões, até fico incomodada, e penso: "andei a fazer aquelas figuras tristes!"

Bem, para finalizar, queira dizer que decidi partilhar a minha experiência porque me revi um pouco na história do Meco.
As praxes perigosas são uma realidade! Quando soube da tragédia, pensei logo: Mandaram os jovens estar na água (ou demasiado perto dela).

tummytuck disse...

Pelo nível gramatical percebe-se perfeitamente que não está a tirar um curso superior, "Roberta".

Obrigada pela sugestão - um psicólogo! Como é que nunca me tinha lembrado? (Viu a escrita impactante? É o que se aprende num curso superior.)

Unknown disse...

Meus caros anónimos, não sei em que Universidade andaram (nem me interessa saber). Falo do que sei: na minha (Universidade do Porto), o Dux não era apenas quem mais matrículas tinha, também era quem mais cursos completos, licenciaturas e mestrados, tinha.

Anónimo disse...

Choca-me cada vez que passo por grupos de caloiros rodeados de meia dúzia de palhaços SEMPRE de garrafa de cerveja na mão com postura autoritária e um ar altivo - e não estou a falar apenas da forma como se dirigem aos caloiros.Estou a falar da forma como lidam com quem se cruzam. Comportam-se com uma atitude de superioridade relativamente a tudo e a todos.É o que dá as pessoas irem para a universidade por estatuto e não porque querem aprender!Bando de gente ignorante que desde cedo mostra o que quer fazer na vida: humilhar,dominar,rebaixar e coagir os que se encontram numa posição mais frágil.Cobardes!

Anónimo disse...

As praxes são brincadeiras estúpidas feitas por gente estúpida. Fui para a faculdade já era casado, com emprego, casa, etc, etc. Alguns putos estúpidos ainda tentaram praxar-me. Só lhes dei um olhar à matador e desistiram antes de sequer tentar. Cresçam e estudem e deixem-se de merdas.

Rafaela Carvalho disse...

Não sei o que aconteceu mas sendo pouco mais velha do que eles, foi uma história que mexeu comigo, achando no entanto, estranho desde inicio o q poderiam os miúdos estar a fazer na praia do Meco ainda por cima aquelas horas da noite, mas confesso que praxes foi a ultima coisa q me passou pela cabeça, inicialmente pensei q fosse alguma doideira causada por álcool e drogas, e más decisões dado o "judgement" deles estar influenciado por isso. Triste terem perdido a vida por uma decisão tola, talvez própria da sua imaturidade, triste a altura em que foi, triste para os pais que tenham que passar por isso. Ainda não sou mãe mas da-me medo só de pensar que algum dia um filho meu possa ser irresponsável ou possa não ter noção do perigo a este ponto. Parece que quando somos jovens, perdemos a noção do perigo, achamo-nos quase imortais, que nada nos pode acontecer. Não acho que se deve culpar o rapaz que sobreviveu, tudo bem pode ter dado uma má ideia, se foi isso que se passou, mas quem somos nós para o julgar? Quem somos nos para crucificar o pobre coitado que ficou cá para aguentar com tudo isto, deixem por um bocadinho de ver tudo isto como uma praxe e voltem a vê-lo como uma tragédia, é verdade que ele ainda n falou, é verdade que ainda ninguém da faculdade foi capaz de explicar o q afinal se fazem nos convívios da comissão de praxes, mas será que somos todos capazes de por um bocadinho não ver o pobre coitado que teve a sorte (ou azar!) de cá ficar como um bicho de sete cabeças, que como se não bastasse ter que aguentar com a culpa que deve sentir às costas, ainda ter "meio mundo" a apontar-lhe o dedo?
Eu sei que a curiosidade é um bichinho horroroso, e que acima de tudo o que todos nos temos é curiosidade em saber o que lá se passou, mas vamos ter calma, quando se sentir preparado para isso ele irá falar.

Rafaela Carvalho disse...

Não sei o que aconteceu mas sendo pouco mais velha do que eles, foi uma história que mexeu comigo, achando no entanto, estranho desde inicio o q poderiam os miúdos estar a fazer na praia do Meco ainda por cima aquelas horas da noite, mas confesso que praxes foi a ultima coisa q me passou pela cabeça, inicialmente pensei q fosse alguma doideira causada por álcool e drogas, e más decisões dado o "judgement" deles estar influenciado por isso. Triste terem perdido a vida por uma decisão tola, talvez própria da sua imaturidade, triste a altura em que foi, triste para os pais que tenham que passar por isso. Ainda não sou mãe mas da-me medo só de pensar que algum dia um filho meu possa ser irresponsável ou possa não ter noção do perigo a este ponto. Parece que quando somos jovens, perdemos a noção do perigo, achamo-nos quase imortais, que nada nos pode acontecer. Não acho que se deve culpar o rapaz que sobreviveu, tudo bem pode ter dado uma má ideia, se foi isso que se passou, mas quem somos nós para o julgar? Quem somos nos para crucificar o pobre coitado que ficou cá para aguentar com tudo isto, deixem por um bocadinho de ver tudo isto como uma praxe e voltem a vê-lo como uma tragédia, é verdade que ele ainda n falou, é verdade que ainda ninguém da faculdade foi capaz de explicar o q afinal se fazem nos convívios da comissão de praxes, mas será que somos todos capazes de por um bocadinho não ver o pobre coitado que teve a sorte (ou azar!) de cá ficar como um bicho de sete cabeças, que como se não bastasse ter que aguentar com a culpa que deve sentir às costas, ainda ter "meio mundo" a apontar-lhe o dedo?
Eu sei que a curiosidade é um bichinho horroroso, e que acima de tudo o que todos nos temos é curiosidade em saber o que lá se passou, mas vamos ter calma, quando se sentir preparado para isso ele irá falar.

Anónimo disse...

parece me saber muito a Cara Rita. conte nos então a sua versão, iluminada e absoluta verdade que todos nós teremos que absorver de modo a nós tornarmos tão iluminados como a menina, e evitarmos cair na enfermidade da 'hipocrisia de merda' (que me parece que já a consumiu, não se vacinou, olhe...). cheira-me que e mais uma das que levou uma lavagem cerebral da lusófona

Anónimo disse...

nao bebe nem fuma... se soubéssemos o facebook desta criaturinha e por lá andássemos a ver os álbuns caia o Carmo e a trindade... faça mas e a carta aberta ao centros e emprego criatura de deus

Anónimo disse...

Concordo inteiramente com a opinião da "mais um blog de gaja".
Eu recusei a praxe, mas recusaram a minha recusa até quase me pegar ao murro com os praxistas.
Não comprei traje precisamente porque esteticamente não gosto dele e porque os praxistas achavam o traje um símbolo seu e eu não queria ser confundido com um projecto de fascista (a mentalidade da praxe é tendencialmente a do fascismo).

ocni

Anónimo disse...

As pessoas devem ter responsabilidades. Ninguém culpabiliza esse tal dux, apenas ficava muito bem aparecer no funeral. Eu por exemplo nunca faltaria a um funeral de um amigo. E porque é que haviam de bater no miudo? não percebo essa ideia. Isto de não aparecer e não falar apenas transmite insegurança e alguma culpabilidade no assunto. E digo mais, admira-me muito as autoridades não o terem feito falar ainda. Houve mortes, portanto terá de haver respostas. Se esteve lá só terá de falar. Não é só a responsabilidade perante os pais, trata-se de responder perante a

Anónimo disse...

policia judiciária.....

Anónimo disse...

Na realidade não é assim tão simples. Se há vitimas mortais tem que haver investigação. Quanto a contar a sua versão dos factos, todos os criminosos o fazem isso e não é por isso que a verdade deixa de vir a lume. Parece que houve mais alguém na praia a ajudar... as coisas dos alunos foram logo levadas para a Lusófona. Só por estes comportamentos já indicia algo mais grave que um acidente. Portanto espero bem que se leve este assunto até às ultimas instâncias, se for necessário, para que os pais tenham conhecimento do que se passou na realidade e também para que haja punição se for caso disso.

Anónimo disse...

Falou-se aqui em "orgulho em praxar". Que tipo de orgulho pode sair daí? Não chego lá. Quem quer estudar, estuda e pronto. Enquanto outros passam anos nas faculdades a praxar e a gastar o dinheiro dos pais. E falam também em "preparação para a vida", sabem lá vocês o que é a vida...... Olha, os pais das vitimas é que vão ter uma vida.... triste

Anónimo disse...

Exatamente... o "sobrevivente" não molhou os pézinhos.

Anónimo disse...

Está o país bem entregue com estes doutores. Cambada de acéfalos que se deixam humilhar... só pessoas sem personalidade permitem isso.

Anónimo disse...

Ser praxada para conhecer pessoas!!!??? Que falta de personalidade... Na prostituição também se conhece muita gente...

ANA disse...

"Mas quem deu autoridade a esse dito "dux" para poder mandar praticar actos suicidas a outros colegas??"

MAS ESTAS PESSOAS SÃO ESTÚPIDAS! Epa arranjem uma vida em vez de andar a especular sobre a vida de outrem e sobre o que aconteceu! É que segundo parece esta gentinha que vem para aqui dar a sua opinião sabe mais que até o proprio sobrevivente... já se fala em actos suicidades. Manquem-se

Anónimo disse...

Bom dia. Lamento por tudo o que aconteceu e espero sinceramente que se chegue a uma conclusão.
Sobre as praxes, teria mto por dizer. Tenho uma filha que acabou o curso há 2 anos. Só foi praxada 2 dias, chegando ao limite disse: BASTA!
Não foi facil. Quem está do outro lado, não aceita um BASTA ou NÂO.
A minha filha conduziu mto bem toda a situação mas tb pq tem uma personalidade mto forte e não teve receio dos "Generais".
Ela estava ali para tirar o curso ao contrario de mtos meninos que fazem parte dessa comissão e que a unica finalidade era humilhar.. Ela não precisou disso para fazer amigos, se integrar na faculdade ou para ser boa aluna. Não precisou disso para marcar a diferença. A diferença é feita com os valores e os principios que eu lhe transmiti. O facto de dizer BASTA trouxe-lhe mtas proibições, até o simples facto de ir jantar com a turma. Nunca obedeceu.. Foi a quantos jantares quiz e lhe apeteceu. Fez os amigos que achou que devia de fazer. Enfrentou sempre esses meninos. Hoje tem o curso e o facto de não querer ser praxada em nada contribuiu para a sua vida.Só tem pena que mtos não tenham a coragem de fazer o mesmo. Não se considera anti-praxe, não concorda, é com os metodos utilizados, quando colocam em jogo a parte psicologica da pessoa, a humilhação,o espezinhar, o cuspir para cima.....
Neste caso a praxe não serve para nada a não ser para o aluno se anular simplesmente.

Anónimo disse...

Isso mesmo Sara. Tb convivi com isso. Não é facil, mas basta marcarmos a nossa posição.Ao dizermos Não, somos proibidos de mtas coisas. Uma delas é não usar o traje, não participar em jantares de turmas e........por ai fora. Desobedeci a tudo. Não eram eles que me pagavam alguma coisa. Não precisei das praxes para ser a rapariga que sou hoje.Pelo contrário. Fiz mtos amigos e fiz sucesso na universidade pela minha maneira de ser.

Fiona disse...

Fui aluna universitária e choca-me verdadeiramente ler esta e tantas outras histórias em que o tema da praxe vem à luz do dia. Conforme já foi referido num comentário anterior, a praxe é algo que existe com a conivência de todos numa instituição universitária. Não vale a pena ninguém vir deitar areia para os olhos e dizer que não se sabe por sabe-se! É claro que também acredito que a totalidade dos acontecimentos não se saibam (e confesso que fiquei chocada com a referência à parte dos alunos serem largados na serra da Arrábida, tão perigosa que é tanto de dia como de noite, sem forma de comunicarem com ninguém). Toda esta história, e principalmente todo o silêncio do dux me choca... Mas espero que, muito dentro em breve, se venham a saber os verdadeiros motivos para todo este silêncio que espero que não tenham contornos ainda mais graves do que aqueles que aquela história já tem neste momento...

Fiona disse...

Este comentário diz tudo sobre a juventude de hoje e concordo plenamente com o que aqui foi dito. É esta juventude que segue os supostos líderes máximos da praxe de forma cega que são o futuro do nosso País. É esta juventude que não tem o mínimo respeito por ninguém, sejam professores da faculdade, sejam idosos ou crianças na rua ou sejam os próprios pais, que são o nosso futuro. É assustador como parece que sofreram uma lavagem ao cérebro e que conseguem dizer coisas como o que foi referido pela Pipoca no post ou pelo autor deste comentário. É assustador como podem pensar que rastejar na direcção de um copo de água é capaz de os tornar melhores adultos e de estarem mais bem preparados para as dificuldades do mundo do trabalho. Acho assustador estas mentalidades de pessoas que se querem fazer de adultas e de detentoras de toda a razão. No meu ponto de vista, existem demasiados contornos mal contados nesta história. É certo que ninguém esteve lá para ver e perceber os verdadeiros contornos do que se passou naquela praia. Apenas as vítimas levadas pelo mar e o Dux é capaz de dizer o que se passou. É certo que o velho ditado de "quem conta um conto, acrescenta-lhe um ponto" é sempre bem verdade, em qualquer que seja a história mas... Que existem demasiadas coisas estranhas nesta história, lá isso existem e é demasiado estranho que apenas uma pessoa tenha sobrevivido nas imediações de um tão revolto como aquele que existia naquela noite... Demasiadas coisas estranhas...

Framboesa (uma diva de galochas) disse...

Eu fui praxada mas coisas inofensivas tipo cantar e fazer coreografias, todos riam, todos se divertiam...Para mim isso é praxe...tudo o que va a mais, é ....estupido.Quanto ao que aconteceu no Meco, tenho também tantas duvidas....e tanto dó dos pais e familiares e amigos dos que faleceram.

Anónimo disse...

Hoje não pude deixar de comentar, porque fiquei abismada com o que escreveste.

Não sei se a tua intenção foi essa, mas como podes ver nas centenas de comentários que recebeste (não li todos), a tendência foi de responsabilizar de alguma maneira o desgraçado do rapaz que sobreviveu. Dizes que a única coisa que sugeriste foi que o rapaz explicasse o que aconteceu aos pais, mas nas entrelinhas lê-se alguma coisa mais, e isso atesta-o o tom dos comentários de quem concorda contigo.

Esse tipo de atitudes compreende-se de quem está dilacerado pela dor (inimaginável) de perder os filhos. Quer-se sempre responsabilizar alguém, canalizar o sofrimento para um bode expiatório qualquer.

A entrevista do CMTV (mas tratando-se do CM há que dar o desconto do sensacionalismo) foi uma completa vergonha. Vergonha porque praticamente acusaram o João (com o nome dele a ser atirado repetidamente para o ar) de ser responsável pelas mortes dos colegas, e de não ter explicado o que se passou. Ora, o João não deve nada ao Correio da Manhã, deve-o sim ao MP que depois comunicará aos pais (com apoio de psicólogos, de advogados, do que entenderem) o que eles necessitarem de saber sobre a morte dos filhos. Colocar um miúdo de 22 anos em frente a pessoas que o responsabilizam pela morte dos filhos, epá, a mim não me parece muito saudável. Mas isso sou eu.

Aquilo que se passou acho que é claro para toda a gente. Um grupo de jovens decidiu juntar-se e fazer uma parvoíce qualquer radical - como o fazem centenas de jovens todos os anos, seja em contexto de praxe ou não - e enfrentar o mar de Inverno, celebrar um ritual, seja lá o que iam fazer. A maioria morreu, o João sobreviveu (o estúpido).

Foi arrumar as coisas dos amigos logo que saíu? Epá, se calhar todos eles levavam umas drogas leves (ou pesadas). Isso confere-lhes culpa? Vai aliviar o sofrimento dos pais? Se calhar foi arrumar as coisas dos amigos movido por alguma necessidade de fazer alguma coisa na sua impotência, de encontrar algum sentido naquilo tudo. Se calhar, não sei. Mas também não tenho de saber. Nem os jornalistas têm de saber. Nem tu tens de saber. Gostavas, mas não tens.

O que os pais querem ouvir é que os filhos foram de alguma maneira obrigados a cometer aquela estupidez. É bastante menos doloroso que assumir que um filho nosso se entregou voluntariamente ao perigo. Mas todos nós já fizemos palermices, eu incluída, que podiam ter corrido pior. Foi uma fatalidade, uma tristeza, uma perda desnecessária; podiam ser os melhores miúdos do mundo, os mais bem educados, não interessa, uma má escolha ditou o desfecho. Mas isso não muda as pessoas que eram, tão amadas e queridas pelos amigos e familiares.

Prova de que eles sabiam os riscos é a tal SMS tão propagandeada pelo CMTV...

Agora, acreditar que um miúdo de quem eles eram na realidade amigos os obrigou a fazerem o que quer que seja, e usar esta tragédia como arma anti-praxe parece-me de uma maldade e oportunismos atrozes.

Fui praxada, não praxei, mas achei todo aquele ambiente engraçado, nunca vivi nem assisti a nada verdadeiramente humilhante. Todos os abusos devem ser reportados, castigados e proibidos, evidentemente. Respeito quem é anti-praxe, mas não compreendo a relação tão causal que estabeleceram com a tragédia do Meco. Oportunismo, mais uma vez.

Isto podia ter acontecido da mesma maneira ao grupo anti-praxe da Lusófona que fosse para Sagres beber cervejas na praia. Mas enfim - oportunismo, pela 3ª vez.

Para finalizar, dizer apenas que o desgraçado que sobreviveu também tem família. Se fosse da minha, era já processo movido contra a tal brilhante reportagem do CMTV.

Como não é, resta-me a minha humanidade para lamentar aquilo que lhe aconteceu, aquilo que ainda lhe vai acontecer, e para esperar que os pais dos miúdos que morreram (e que espero, onde estejam, que estejam em paz) consigam de alguma maneira, no final de tudo isto, encontrar algum sentido na vida.

Ana F.

Anónimo disse...

Na minha universidade quem não foi praxado apenas não pode participar em actos de praxe. Pode ir a jantares de curso, aliás no meu curso muita gente não foi praxada e não falha um jantar. Eu participei na praxe e gostei bastante, o meu curso é pequeno e desde cedo desenvolvi amizade com os meus colegas (caloiros e veteranos), conheci a cidade com eles, ajudaram-me a encontrar casa...

Anónimo disse...

Não pude deixar de comentar esta publicação. Sou praxista e com muito orgulho, e custa-me ver o conceito de praxe reduzido na opinião de uma pessoa, aliás, várias pessoas que claramente não sabem do que falam.
Da praxe não faz parte a humilhação nem o desprezo, apesar de estes estarem presentes nas mais variadas situações ao longo da nosssa vida. E talvez seja isso que a rapariga tentou exemplificar com o exemplo, algo infeliz, do copo de água.
Se acho que a praxe nos prepara para determinadas situações futuras? Sim, acho. Se acho que há pessoas que não são praxadas e igualmente se desenrascam na sua vidinha e levam uma vida social deveras preenchida? Pois claro que acho, é um facto. Há que lembrar que somos todos diferentes, há quem seja mais seguro de si, confiante, ativo, despachado, há outros que não, que são mais tímidos, inseguros. E um facto é que a praxe nos ajuda a desenvolver um espírito de conquista, de persistência. E falo do que sei, não do que ouço dizer, porque o senti na pele.
A praxe é uma tradição bonita e respeitável, com um objetivo saudável. É um caminho que todos os estudantes universitários estão livres de experimentar, repito, livres. É um meio de fazer amizades para a vida, um conceito desconhecido para determinados comentadores, de desenvolver espírito de equipa e entreajuda, valores claramente em falta. E sim, fazemos coisas ridículas, com a plena consciência do quão ridículas são. Resultado?! Umas boas gargalhadas.
Dito isto, e ao contrário de muitos leitores, se a situação era de praxe e houve realmente uma tarefa que os "obrigaria" a entrar na água trajados, a culpa é claramente do rapaz que ocupava o lugar de dux facultis. Dele, e não da praxe. Atribuir a culpa a uma tradição parace-me algo cobarde. Dentro ou gora da praxe há pessoas sem noção, estúpidas e egoístas que não olham a meios para um pouco de divertimento e gozo. É triste esta triste nódoa numa prática tão nobre. Infelizmente, os jovens de hoje em dia são vazios de conteúdo, umas eternas crianças. Álcool à mistura e pronto.
Não foi ao funeral. Compreendo. Não mandou um representante. Compreendo. Não tem nada que mandar. Funeral é para amigos, para quem ama, para quem vai sentir a falta. Não me parece que o que importa a aqui é "ficar bem". Deixemo-nos de hipocrisias. Com certeza o rapaz está num sofrimento inexplicável e se a especulação de facto se confirmar vão ser dias horríveis que o tempo em pouco ou nada vai ajudar. Claro que o dos pais será incomparavelmente maior. Mas o dele também merece ser respeitado. A culpa é dos piores fardoa a ser carregados. Mas todos erramos, e o, suposto, erro dele teve consequências gravíssimas, infelizmente.
Dito isto, mostro-me verdadeiramente triste com esta situação, e espero que sirva de lição e corretivo às falsas praxes que tantas instituições fazem, mas também, às atitudes individuais de muitas pessoas , praxitas ou não.

Anónimo disse...

Já fui aluna universitária e por isso sei bem do que falo... As tradições universitárias são bonitas e merecem ser preservadas. A entrada na universidade é, sem dúvida, um momento marcante na vida de qualquer estudante bem como a primeira vez que se veste o traje. No entanto, não se deve utilizar o momento de recepção aos caloiros para descarregar frustrações de alunos mais velhos (que por lá andam, muitas vezes, há um número de anos que ultrapassa claramente o tempo de duração do seu curso) nos jovens que chegam a um mundo completamente novo com a desculpa da praxe. Não vamos agora defender a praxe de olhos fechados e esquecer todas as histórias que, todos os que já fomos alunos universitários, bem conhece de situações humilhantes de que alguns foram alvo. Não podemos agora querer fechar os olhos e defender este ou aquele lado da história de forma cega.

Agora dizerem que a praxe serve para desenvolver "um espírito de conquista" e "de persistência" ou "um meio de fazer amizades para a vida, um conceito desconhecido para determinados comentadores, de desenvolver um espírito de equipa e de entreajuda, valores claramente em falta"... Tenho de discordar. Parece-me que a praxe está longe de ser o melhor veículo para a aquisição de valores como o espírito de equipa ou a entreajuda. Existem outras formas, com muito maior valor para o País do que a praxe, que o fazem e que constroem cidadãos para vida e que estão muito longe da praxe. Não me parece que situações regadas a álcool permitam ganhar valores que tornem os jovens melhores cidadãos, mais conscientes da realidade da sua sociedade.

Não misturemos hábitos de praxe com o ganhar de valores. Não é assim que se ganha formação ou valores. Ok, poderá criar-se um determinado sentido de defesa entre os caloiros face ao que enfrentam... Ou espírito de grupo entre os "veteranos" que se dedicam a estas andanças... Agora desenvolvimento de valores... Estamos muito longe dessa realidade...

Anónimo disse...

Estes comentários são simplesmente inacreditáveis. Meu deus, vocês não sabem ler? Igualdade não implica inexistência de organização(hierarquização). Sou membro de praxe de una faculdade de Medicina. Os membros da praxe têm boas notas, médias excelentes, bom aproveitamento escolar e profissional. Não somos burros nenhuns. Deixem de ser comodistas e de associar prave a burrice, preguiça, falta de estudo, álcool, droga e tabaco. Desafiem-se a ver para além do óbvio. É tão bom culpar alguém pela nossa falta de sentido crítico. Qualquer dia todos os " analfebetos" são praxistas. Novidade, não é preciso ser praxista para passear os livros pela universidade e prolongar uma estadia vazia na mesma. Acontece no liceu, porque não aconteceria no ensino superior?
Enfim, opiniões lavadas pela comunicação social numa sociedade cada vez mais desprovida de conteúdo e completamente normalizada

Anónimo disse...

Teoria (ou não) da conspiração n° 56.742

Foram para praia do Meco, para um ritual de passagem a uma hierarquia superior, por escolha do Dux todos tinham de ser "baptizados" no mar, em Dezembro. Então lá foram eles todos juntos para mostrar que estavam prontos a passar ao "nível superior". O Dux ficou a ver se os seus súbditos(ops, amigos) estariam a sua altura.... FIM

Isabel Pires disse...

Estudei numa faculdade que não tinha e julgo continuar a não ter tradição de praxes. Felizmente. Não vejo qualquer interesse nas praxes e, sem qualquer problema, digo que as considero uma aberração.
Este caso, apesar de ser mais mediático pela dimensão das consequências trágicas, não é a única situação que, de há uns anos a esta parte, é noticiado por más razões. E, também por isso, permito-me reforçar que considero que as praxes são uma aberração.
Agora, quanto ao facto de o sobrevivente entender ou considerar estar em condições de falar ou não falar numa fase em que ainda não tinha sido aberto pelo MP o inquérito-crime, parece-me inútil emitir opiniões. Qualquer que seja a responsabilidade, incluindo a componente moral, desse elemento, para que serviria ele falar sem que o processo estivesse devidamente instruído pelos órgãos judiciais? Falaria para quem e para quê? Esperar-se-ia que o julgamento fosse feito na praça pública? O sobrevivente, independentemente da responsabilidade que tenha neste caso, não tem direito a remeter-se ao silêncio, até que seja convocado pelos órgãos de Justiça, para prestar declarações? É junto dessas instâncias que deve falar. O contrário até poderia ser prejudicial para o desenvolvimento do processo e apuramento dos factos.
Este comentário não tem qualquer ponta de intenção de desvalorizar a dor dos familiares, que obviamente compreendo e respeito. E é em nome desse respeito que entendi escrever, para expressar que, por muito que nos custe, não devemos deixar que a emoção turve e se sobreponha à realidade.

Unknown disse...

Quando temos jovens que estudam na Lusófona e dizem que as praxes preparam para a vida, depois de saberem o que aconteceu aos colegas... Se as praxes preparam alguém para a vida, então cabe aos pais dessas alunas e restantes que partilham da mesma opinião e que lhes pagam as propinas para investirem também num psicólogo. Em relação aos 6 jovens que provavelmente também partilhavam da mesma lição de vida, e se a causa da tragédia deveu-se a praxes, eles somente retiraram uma lição: que só temos uma vida. Talvez esta tragédia sirva de exemplo num futuro próximo para todas as faculdades que levam tradições académicas ao limite da condição humana.

MargaridaPD disse...

Há uma terrível insensibilidade por parte da maioria das pessoas que acha que se sobreviveu está bom para falar, e nunca pensei em ver essa insensibilidade neste blog.
O facto de ele não falar pode não ter nada que ver com o facto de se ter passado "alguma coisa" naquela noite. O que se passou é que os amigos todos morreram e ele ia morrendo também, e o "pior" para a consciência dele é que sobreviveu. é a chamada culpa do sobrevivente, que muitas vezes acaba em suicídio. ele está em estado de choque, não vai falar enquanto ele próprio não se conformar com o que aconteceu, se alguma vez vier a falar sequer.

e há Praxe e Praxe, não falo pela Praxe dos outros e esse assunto nem vem à baila. não é a legitimidade da Praxe que está em causa. mas uma coisa fique clara, ninguém é obrigado a estar vinculado à Praxe, toda a gente pode desistir a qualquer momento em qualquer instituição. Se vai até ao fim é porque quer.

E o que eles estavam a fazer numa praia conhecida pelas correntes fortes, na pior altura do ano, à noite, prende-se com inconsciência e uma possível bebedeira, não com a Praxe

Anónimo disse...

Concordo com tudo o que escreveu! Não tive ainda oportunidade de frequentar qualquer universidade mas sempre fui completamente 'Anti-Praxe'! Não consigo olhar para elas como forma de inclusão ou como ritual de aprendizagem/passagem ao que quer que seja. Nada que um part-time para pagar as propinas não resolva e, quanto a mim, de forma mais eficaz! Quanto à tradição como desculpa usada para as manter vivas... As touradas também o são e não é isso que as torna menos desprezíveis, aos meus olhos!

Pertenço à mesma faixa etária dos 6 jovens que perderam a vida naquele dia, partilhando parte da minha vida escolar com um deles, um jovem responsável e com os pés assentes na Terra levado assim da vida, veio uma onda e puff... Partiu! O que acredito, pelo que tenho ouvido da família deste jovem, é que a insistência das famílias no inquérito ao sobrevivente nada tem que ver com a necessidade de culpabilizar alguém, inclusive defendem que qualquer um daqueles jovens participou no fim de semana e no que quer que tenha acontecido naquela noite de livre vontade (até que se prove ou não o contrário), o que precisam é de saber o que aconteceu concretamente e como morreram os seus filhos, os seus netos, os seus irmãos...
Claro que quanto mais tempo passam sem esclarecimentos mais se agrava a sua angústia e aumenta a sua revolta, não por verem o sobrevivente como culpado mas pelo 'diz que disse', pelas pontas soltas, pelas contradições do que se diz às famílias e do que se diz aos colegas de faculdade, pelo pacto de silêncio de um número de jovens supostamente preparados para fazer face às suas responsabilidades e enfrentar as consequências dos seus actos, num acto que só demonstra o contrário disto e um total desrespeito pela dor destas pessoas. Será isto que as praxes ensinam? A ser leais às Comissões a qualquer preço?
Se a posição do único sobrevivente tivesse sido diferente (não duvidando de forma alguma do seu sofrimento, eu no seu lugar ter-me-ia quase certamente junto a eles) nada destas questões provavelmente se colocariam neste momento, e em vez de dedos apontados teria 6 famílias gratas e disponíveis a apoiá-lo.
Não há nada que os traga de volta, não há-de haver Natal nenhum em que não se lembrem da forma como perderam os filhos no Natal de 2013 e do tempo que o mar levou a devolve-los, não hão-de haver dias de aparecimentos, enterros, missas, homenagens que passem sem as lágrimas a cair e o peito a doer... Mas que haja o conhecimento necessário a que estas famílias não passem todos estes dias, durante longos anos, a questionar ''Foi hoje que perdi o meu filho, levado por uma onda... Mas porquê, como?''

Anónimo disse...

Vânia, pelo que tenho percebido o que os pais querem saber é 'Como?' e 'Porquê?'. Mesmo que a verdade seja: o seu filho bebeu mais do que devia e tomou o que não devia, tendo tomado de seguida a decisão de entrar no mar (caso tenha sido isso que aconteceu).
Penso que dadas as circunstâncias não importa muito a 'vergonha' que possam vir a ter ou não, caso tenha sido por isso que foi limpar e arrumar a casa naquela altura. Os pais só precisam de saber a verdade, seja ela qual for. Custa muito acreditar que de 7 jovens nenhum tenha tido o bom senso como disse um dos pais de dizer 'Epah, o mar está perigoso não vamos para ali, vamos fazer isto aqui'.
Não posso falar por todos mas conhecia um e nem quis acreditar quando percebi que uma das pessoas desaparecidas era X. Tenho a mesma idade destes jovens. Apesar de nunca me ter passado pela cabeça que esta pessoa pudesse estar sob o efeito de álcool ou drogas, uma vez que não tinha nada a ver com o seu perfil, à medida que o tempo vai passando e mais duvidas se vão instalando, não descarto essa possibilidade, tal como acredito não o fazerem os familiares. Como disse, só precisam de saber a verdade seja ela qual for! E isto não seria só benéfico para as famílias, como para o sobrevivente! Seria talvez fundamental que o fizesse para ter um pouco de paz...

Anónimo disse...

Os pais tentaram falar com ele ou com quem o representasse... em vão!
Os pais também já disseram que entendem que o Dux esteja a sofrer com tudo isto, não mais que eles obviamente!
Os pais também assumem que os filhos ali estavam de livre vontade!

Anónimo disse...

Eu cá sou bem novinha também, fui colega de escola de um dos jovens que perdeu a vida nesta tragédia, e digo-lhe que essa coisa de ninguém querer saber do que vai na alma do jovem que sobreviveu não é verdade, nem de longe nem de perto. Tanto não é, que as famílias esperaram um mês para 'cair em cima do sobrevivente' como diz! Quanto a mim, parece-me que esperaram o tempo que podiam... Chegaram ao momento em que não tem mais capacidade para esperar, e precisam de respostas para viver o luto sem 'ses, comos, porquês'...

Anónimo disse...

Excelente opinião esta. Isto estende-se a tudo neste pobre país. Mais do que pobres de dinheiros somos pobres é de espírito! Nem todos os países ditos desenvolvidos têm bons valores mas de facto alguns são exemplos por estarem anos luz adiantados. Por cá é isso mesmo: ir com o rebanho! Ser-se diferente causa muita comichão e ser-se melhor é meio caminho andado para se ser tomado por tolo e para se ser ridicularizado pelos chicos-espertos que abundam. Evoluam gente! "Comissão"de Praxe???? Mas qual comissão, minha gente?! E que posto importante é esse... ui ui... Tenham juízinho mas é nessas pobres cabecitas e acordem para o mundo, criancitas! Os vossos pais mandam-vos para a universidade para estudarem não é para serem patetas. Para aprender a se integrarem já tiveram a creche, o jardim de infância, a primária, o secundário, etc. etc. e tal! Por respeito aos jovens q ñ regressaram daquelas águas, tenham vergonha e não defendam mais aqui a estupidez q são as praxes! Sabemos que as miudinhas que aqui vieram afirmar-s como defensoras das ditas cujas praxes talvez fossem demasiado pitas ou talvez ainda nem nascidas para se lembrar q já houve praxes neste país q mataram pessoas. Ah pois é, já todos s esqueceram?! Mas é verdade. E logo aí deveriam ter sido proibidas para sempre! Os argumentos são sempre os mesmos mas contra factos... Lá porque alguns s safaram bem nas praxes não justifica que se continue porque por cada um que até não se importa há uns quantos que ficam traumatizados para sempre. Bullying em versão pseudouniversitária, é o que é! Palermóides.

Anónimo disse...

eu não sou contra as praxes, elas são um meio de integração. Não podemos generalizar que as praxes são más, problema está na organização das praxes feita pela faculdade.

Anónimo disse...

"comissões e afins" ligadas à Universidade é muito diferente de fazer-se parte de uma comissão de praxe, ou exercer algum cargo ligado a esse mundo. Tabalhei uns tempos como advogada numa sociedade de advogados em Lisboa e no recrutamento valorizam experiências extra-curricular que tenhamos tido, do género, praticar algum desporto, fazer parte dos escuteiros, ter estado na comissão de finalistas do secundário e organizar eventos ou viagens, etc... neste grupo não se inclui "ser um acéfalo que decidiu ser o rei dos acéfalos e liderar uma comissão de praxe". Adorava ver alguém por isso no CV ou mencionar numa entrevista e ver a reacção dos empregadores :D um conselho: aquilo que vos parece fazer imenso sentido enquanto estudantes e parte do mundinho a que pertencem, muitas vezes vale 0 quando acabam o curso e têm que enfrentar o mundo real. Isso das praxes é uma dessas coisas.

Anónimo disse...

"Há 6 jovens que infelizmente não podem... porque morreram numa brincadeira nao esclarecida, incentivada por um sujeito que se achava Doutor! Mas Doutor do quê? "

Tem noção que esta espécie de retiro era precisamente para que os jovens que morreram e o dux discutissem os aspectos da praxe e implementar novas ideias para os caloiros vindouros? Ou seja, a "maldade" que alegadamente o dux cometeu contra os jovens que morreram, eles iam cometer contra outros caloiros no futuro. Porque é disso que se tratam as praxes. Parece que agora o tal dux é o culpado de tudo e foi ele que lavou a cabeça dos que morreram e os obrigou a alguma coisa. Acredite que se eles tivessem sobrevivido, estavam a fazer o mesmo a outros no futuro e a tragédia podia acontecer a esses outros, aí seria justo também culpá-los? Não é justo culpar ninguém, todos tiveram culpa, foram inconscientes e garotos e tomaram uma atitude irreponsável... por acaso, um sobreviveu, mas isso não o faz nem melhor, nem pior que os outros.

Anónimo disse...

Sobre a praxe: estudei Direito, em Coimbra e já vivia nessa cidade antes de entrar para o curso, por isso já estava familiarizada com as tradições académicas. Nunca me apelaram minimamente, nem nunca "sonhei em andar trajada" (como ouvi muita gente a dizer), por isso já tinha como mais ou menos certo que não iria participar na praxe ou sequer usar o traje quando entrasse para a Faculdade. Entrei e, nos primeiros tempos, ainda participei em algumas "praxes", do género, na primeira semana, no final das aulas, ir com os meus colegas e os "doutores" e ir a alguns jantares de curso. Acho que essa minha "integração" durou para aí o primeiro mês, porque rapidamente me apercebi que aquilo era de uma frustradice tal, à qual eu não queria pertencer. Basicamente, as pessoas dividem-se em duas categorias: a dos "doutores" (a maioria do 2o ano, mas ainda com cadeiras do 1o para fazer, por isso até tínhamos aulas com eles), pessoal altamente frustrado, a grande maioria de terreolas pequenas que parece ter aproveitado a oportunidade de estar nessa urbe gigante que é Coimbra (lol) para se afirmarem. Na sua grande maioria raparigas, feias e gordas, de voz estridente, que parecem conseguir naqueles momentos a única oportunidade da vida de mandarem em alguém e serem "boas" nalguma coisa. Do outro lado, os caloiros, esses frustrados em potência, que também vêm das terreolas, não conhecem ninguém, pouco contacto parecem ter tido com o sexo oposto ou com a bebida e ficam loucos de finalmente poderem estar "livres" e à solta neste ambiente e alinham em toda a porcaria que lhes propõem. As "amizades" que são construídas é mandá-los fazer coisas, gozar com eles e beber. Nunca vi aquelas pessoas falarem de alguns assuntos, terem algo em comum para além da frustradice.

E agora, adivinhem lá? Eu tenho imensos amigos que fiz na Faculdade, que já tinha antes, ou que fiz depois. Fiz o curso nos 4 anos em que era suposto e com uma boa média + Mestrado a seguir e saí da cidade e fui trabalhar noutras coisas (em Portugal e no estrangeiro). Eles, ainda estão em Coimbra, demoraram uns 6 ou 7 anos a fazer o curso com uma média miserável, estão a trabalhar num boteco qualquer de advogados na Baixa a receber 0€, dependem dos pais, nunca saíram de Portugal e ir a Lisboa já é uma cena transcendental, todos os anos ainda vibram com a Queima e com as noites do Parque (apesar de aquilo ser sempre igual e já lá terem ido uns 10 anos seguidos), são na mesma gordos e feios e uns frustrados que nunca evoluíram ou passaram daquele mundinho "académico" em que quem é mais velho e grita mais é quem manda. São uns tristes!

Anónimo disse...

Sim a praxe prepara para a vida, vida dominada por obediências (maçónicas), e hierarquias bem definidas e secretas

Anónimo disse...

Por acaso, achei que, na melhor das hipóteses, era Psicologia. Assim sendo, restam-lhe Serviço Social ou Ciências da Educação, pelo que o meu conselho de uma inscrição atempada no Centro de Emprego até é reforçado! Não espere pela última Queima, ou terá todos os seus colegas à frente na fila a fazer o mesmo e depois nem como caixa arranja alguma coisa.

Sim, tenho trabalho e, espante-se, não fui praxado :) sabe que "só arranja emprego quem merece, e entretanto vi os seus comentários, e você nem é uma dessas!" :)

Anónimo disse...

Esta Carina deve ser daquelas que anda orgulhosamente com um penico e uma chupeta na mão na Latada... figuras tristes de que qualquer um se deve orgulhar porque... É A PRAXE!!! lol

Anónimo disse...

IPS? Que é isso? Mais um formador de desempregados/ex-praxistas?

Instituto dos Praxados Solitários!

Unknown disse...

Boa tarde, antes de mais adoro o blog, costumo gostar de tudo o que escreve, mas isto revoltou-me de certa maneira e não consigo ficar calada. Opiniões são opiniões e valem o que para cada um tem que valer e nem me devia importar com as parvoíces que já li nestes comentários todos contra as praxes...primeiro que tudo é importante que saibam que, NINGUÉM é obrigado/forçado a ser praxado, só é praxado QUEM QUER. tudo bem que as praxes mudam de universidade para universidade e felizmente estou numa em que me orgulho de poder dizer que raramente existem abusos, a tradição é linda sim, a questão é que temos de vincar essa tradição com respeito pelos outros, a praxe não é humilhação, e quando há, que existem sempre uns parvalhecos que acham que são superiores, isso pode muito bem ser reportado a quem está a comando das mesmas. Depois acho que sinceramente, se nunca foram praxadas nem sentem o que nós sentimos no espiríto académico não podem dizer grande coisa, podem opinar obviamente somos todos livres de o fazer mas epá...não sabem o que é passar por isso. E já é muita invenção dizerem que essa tragédia foi por causa das praxes, já não posso ouvir isso, epá praxe é uma coisa, ninguém é metido em situações de perigo, isso são brincadeiras fora do contexto universitário, não queiram acender lume onde não tem material para o fazer.

Cumprimentos para todos, e já agora, agradecimentos pelo óptimo blog que tenho vindo a ler :)

Anónimo disse...

Carina no que respeita ao terceiro ponto do seu comentário, os factos indicam para o contrário. A reunião de orientação praxes já teria ocorrido, já que os jovens tinham tirado o sábado e o domingo para esse efeito. Era uma espécie de "retiro praxeiro". Nenhum dos jovens à excepção do dux tinha bens pessoais consigo, andaram cerca de 7 km à pé à 1 da manhã. Pergunta para reflexão: Nenhum destes factos tem qualquer semelhança com praxes?

Anónimo disse...

Uma pessoa não pode querer fazer parte da tuna da sua universidade e não ser a favor de praxes? Se sim, pode participar mas só se não vestir capa e batina, ou é logo excluído?

Anónimo disse...

O problema destes miúdos é que ainda não vivem no mundo dos adultos, se é que lhe podemos chamar assim. Estão mais para o secundário que para o mercado de emprego, têm as prioridades trocadas, perdem tempo com coisas e a defender coisas que não merecem a pena nem ajudam em nada este país que se afunda na tristeza e na revolta. Aliás, ajudam a promover a humilhação dos outros, disfarçada de brincadeira hierárquica. Uns enxovalham, outros aceitam ser enxovalhados. Quais os piores? Com que tipo de mentalidade seguem para o mundo profissional? Se valorizam tanto as hierarquias porque não seguem então uma carreira militar? E depois ainda há os que exigem! Ó menina, porque não aproveita para EXIGIR que se acabem com estas práticas disparatadas e perigosas que nada têm a ver com estudos, conhecimentos ou formação académica? Porque não aproveita para EXIGIR uma resposta do restante corpo académico sobre o que aconteceu? Porque não aproveita para EXIGIR que o único sobrevivente conhecido até agora esclareça as famílias das vitimas mortais sobre o que se passou, visto ter sido ele o tal "responsável hierárquico" que planeou o tal ritual? Porque não aproveita para EXIGIR que os estudantes deste país ESTUDEM, se tornem pessoas formadas, honestas e respeitadoras do próximo sem que haja necessidade de rituais idiotas e vazios que tantas vezes se têm revelado mais perigosos (para o físico e para a mente) que outra coisa qualquer? Como é possível um estudante universitário perder tempo a defender idiotices destas? No meio de toda esta tragédia o que a preocupa é que denigram a Praxe?? Se quer exigir alguma coisa de alguém, há causas bem mais nobres e importantes a que pode dedicar a sua efeverscência, o país agradece. Praxe é NADA, não faz falta, a vida continua sem ela, os estudantes continuam a estudar e as universidades a existir. Praxe é, quanto muito, uma arma perigosa nas mãos de alguns idiotas ou mal intencionados. Não vale a pena! Lembrem-se que um dia os vossos filhos vão passar por isso e que nem todos os rituais de praxe são tão giros, divertidos e preparadores para a vida (trá lá lá) como aqueles que vocês conheceram e tanto defendem. Acabámos de ter mais uma triste prova disso.

Anónimo disse...

Ri muito, obrigada por este comentário inteligente e divertido!

Anónimo disse...

Mas alguem foi lá para ver o que aconteceu?
Alguém está a ser praxado naquela universidade?
Pois bem, como isto aconteceu a jovens, todos dizem que eles são irresponsáveis e a culpa disto é das praxes ...se fossem pessoas mais velhas já tinha sido um acidente, pois garanto aqui que estes jovens tinham muito mais cabeça e responsabilidade do que certos "adultos" que há na rua. A praxe nunca matou ninguem, posso afirmar isto porque fui praxada por uma representante que morreu nesta tragédia ! Digo aqui com muito orgulho que ela dedicou-se a 100% ao nosso curso e que era das pessoas mais amáveis e responsáveis que conheci. Infelizmente isto aconteceu, mas não foi praxe... e nenhum caloiro estava presente só para não restar dúvidas, REPITO NÃO HAVIA CALOIROS PRESENTES .
Respeito a opinião de quem é anti-praxe, mas peço que não falem porque realmente não viveram a praxe... por mim só as pessoas que vivem uma praxe podem dizer o que quiserem. Realmente é pobre da parte de algumas pessoas acusarem os jovens de irresponsabilidade e etc... Peço que não falem do que não sabem. As praxes não é beber e ser rebaixado, a praxe é muito mais que isso, é algo que nenhum estudante consegue explicar, mas que quer mais e mais, e lutar pelo o curso. As nossas praxes não passam só por rebolar no chão e gritar pelo curso, nós fazemos acções de solidariedade e isso nunca é reconhecido, porque é um facto bom e na "na boca da comunicação" a praxe é sempre um facto mau, para além de tudo o que fazemos na praxe, há algo mais importante, são laços de amizade e sentimentos que criamos com várias pessoas, inclusive pastranos, trajados e representantes. Há muito orgulho da nossa parte e a partir de agora peço respeito pela família das vitimas, pela faculdade e pelos amigos !

Anónimo disse...

NÃO HAVIA CALOIROS !!!!

Anónimo disse...

só uma ressalva... os amigos não fazem coisas daquelas, não considero o Dux amigo dos jovens que morreram. Acho que muito provavelmente foi o mentor de irem todos para o mar e vai ter que viver para toda a vida com esse peso na consciência.

Anónimo disse...

Estudantes sejam seres adultos,pensantes e exerçam o livre arbítrio ! Estes grupos de praxes mais os aproxima de seitas do que de estudantes a SÉRIO.

Anónimo disse...

Inês, desculpe mas e a família do sobrevivente? não acha que é nestes momentos que temos que ser solidários? e que a nossa dor tem que ficar para 2º plano!
quanto a haver famílias à procura de um bode expiatório não foi com essa ideia que fiquei de tudo o que li, ouvi e vi! Fiquei com a ideia sim que apenas querem saber porque e como os filhos morreram!

Anónimo disse...

Inês, desculpe mas e a família do sobrevivente? não acha que é nestes momentos que temos que ser solidários? e que a nossa dor tem que ficar para 2º plano!
quanto a haver famílias à procura de um bode expiatório não foi com essa ideia que fiquei de tudo o que li, ouvi e vi! Fiquei com a ideia sim que apenas querem saber porque e como os filhos morreram!

Anónimo disse...

"a praxe, a praxe, a praxe, a praxe, a praxe, a praxe, a praxe, a praxe, a praxe, a praxe, a praxe, a praxe,a praxe, a praxe, a praxe, a praxe, a praxe, a praxe, a praxe, a praxe, a praxe, a praxe, a praxe, a praxe(...)"
Olhe, menos, muito menos. A menina ainda não percebeu que o que está em causa não é a porcaria da praxe mas sim a dor dos pais que precisam de saber o que se passou para terem alguma paz? Que gentinha.

Anónimo disse...

Sou a anónima do dia 20 de Janeiro, das 9:43. Era disto que falava, esta pessoa parece saída da Coreia do Norte...ainda bem que eu fui praxada, para ser autorizada por si a falar da praxe. E só digo que estou muito certa mesmo que se esta comentadora e restantes amigos levassem tão a sério o curso e o conhecimento como levam a praxe (posso escrever praxe com letra minúscula ou é-lhe ofensivo??).....é que nem têm noção do ridículo que se tornam da forma como falam de algo que devia ser apenas uma brincadeira...algo que devia ser o acessório do curso..mas falam como se não tivessem entrado na faculdade, tivessem entrado na praxe, e bem, o curso e o conhecimento, esses sim são um acessório ao qual só se liga umas semanas...as dos exames.

Anónimo disse...

Tenha ido ou não com as ondas, se é ou foi "dux", não sei porquê faz-me lembrar um nome nazi, deve ou deveria ter coragem para enfrentar todas as dificuldades da vida, Não é ele um dos que prepara os outros para vida? Francamente!... acabem com essa porcaria toda. Façam sexo, já agora sexo seguro, deixem-se de praxes... praxes! hummmmmmmmm não é coisa boa não! Mas o "dux" ou "dux's" devem de ser chamados à razão e se algumas culpas tiverem, que paguem para aprenderem.

Anónimo disse...

aqui está a prova que as praxes da Lusófona nos levam ao limite !!!
Isto ninguém fala nem ninguem elogia....
Agradecida ! VEJAM: http://videos.sapo.pt/AhsJwkfMKyegreFmIZR3

Anónimo disse...

Obrigada por partilhar mas tudo isso só adensa o mistério. Entao se foi um acidente porque é que os colegas lhe desejam a morte? Se ele afinal até estava mais perto do mar do que os outros, como é que nao foi levado?
Se os pais das vítimas nada sabem e eles próprios sentem a necessidade de especular entao as autoridades t^em de assumir responsabilidades nisso.

(peco desculpa pela falta de acentos, etc mas estou a utilizar um teclado no estrangeiro)

Anónimo disse...

Como contribuinte, e dada a conjuntura económica, acho que o Estado deve ser ressarcido de todos os custos provenientes desta brincadeira deliberada de garotos que já deviam ter idade para ter juízo. Considero dinheiro bem gasto numa missão de busca e salvamento levada a cabo pela Marinha para, por exemplo, salvar pescadores que sofrem um ACIDENTE no mar. Considero obrigatório que nesta situação não se tenha descansado até recuperar os corpos das vítimas. Mas considero também que, a confirmarem-se as suspeitas de que a proximidade das vítimas à EXTREMA ondulação da madrugada de 15/12 aconteceu no decorrer de uma praxe, então os custos dessa missão são um encargo dos responsáveis da praxe.
Pode ser que assim comecem a ter juízo... ou a ver o windguru com mais frequência.

Anónimo disse...

Mas a praxe que estavam a fazer de "dar uns passos atrás" em direção às ondas por cada resposta errada que davam ao dux foi um ato de homicidio involuntário. As famílias devem levar este fulano a responder a tribunal e toda a comissão de praxe. Por causa de "rituais de iniciação" estúpidos acabaram com a vida de 6 jovens. Depois veêm as ameaças dos cobardes vestidos de preto a "mandarem calar" os estudantes. Tudo isto define bem os ideais da praxe: prepotência, estupidez e censura. Resultados: 6 mortos, 6 famílias destruidas. A mim ninguém me cala!

Anónimo disse...

"rapaz sobrevivente" - Sobrevivente é aquele que sobrevive a algum evento em que a sua vida tenha estado efectivamente em risco. Não é o caso, pois foi ele que meteu os outros em risco. É certo que o fizeram de livre e espontânea vontade, e até podiam saber perfeitamente ao que iam, isso não invalida nem apaga o resto. Estamos perante um caso de homicídio por negligência ou no mínimo, exposição ao abandono. O Sr. Amnésia tem culpas no cartório, e o pacto de silêncio deixa isso bem patente. Resta saber se não existiram mais evolvidos que estejam a ser encobertos...

Anónimo disse...

Vou ter que me repedir, mas tem que ser. Dizerem que o Dux foi um dos sobreviventes é simplesmente uma afronta e um insulto à inteligência das pessoas. Como é que ele pode ter sobrevidido a algo, se a sua vida nunca esteve em risco?! É mais que óbvio que ele não entrou na água sequer... Não posso dizer que ele tenha sido O culpado, mas é mais do que evidente que ele tem culpas no cartório...

Kikas disse...

Concordo com quase tudo o que disse. Eu também tive a "felicidade" de andar numa Faculdade aonde as praxes eram meramente simbólicas, aliás só me lembro de ir a com a cara pintada e em "fila indiana" a cantar desde a Faculdade até à cantina, nada de especial nem de marcante. Infelizmente no restante "mundo universitário" a praxe é uma tradição e obrigação, é uma forma de integração/interacção nesse novo mundo, e tal como já ouvi dizer "uma preparação para a vida futura e para a vida social académica".
Fiquei muito chocada com o trágico destino destes caloiros, e realmente também pensei muito nos pais, no que estavam a sentir e sobretudo como se irão lidar com essa dor para o resto da vida. Um filho é um filho, é uma parte de nós, é um ser insubstituível, é uma perda e uma dor que nada, ninguém, nenhum medicamento, nenhum psicólogo irá conseguir tratar ou curar.... Nunca! Nunca!
Quanto ao Dux, esse rapaz irá sofrer e lidar com este peso na consciência a vida inteira, ele já tem a "sentença" dele marcada. Sim sobreviveu! É verdade não foi aos funerais dos colegas e não enviou ninguém em sua representação, mas pensem bem e metam-se no lugar dele: vocês iriam? Vocês compareciam ao funeral de um amigo cuja morte foi indirectamente causada pelos vossos actos? Como acham que iriam reagir os pais dos jovens do Meco à sua presença? Não me parece que iriam reagir muito bem, eu no lugar deles não reagiria.
Mas estamo-nos a esquecer que nos dias que correm os jovens de 20 e poucos anos têm a mentalidade que nós tínhamos aos 14/15 anos, acham que nada lhes acontece, que são imbatíveis e indestrutiveís em tudo o que fazem ou irão fazer, fomos nós que os criámos agora temos que nos aguentar com as consequências de jovens/crianças mimadas que pensam que o Mundo está e foi feito para eles!!
Tenho mesmo muita pena dos pais dos jovens do Meco, perderam a razão de viver..... Mas também não culpo o Dux, porque tal como já disse, ele irá cumprir a sua "sentença" a vida inteira......

mmiranda8389 disse...

Toda a gente que pertence a praxe sabe perfeitamente o que se passou no Meco,se quiserem eu explico.pertenço faculdade de engenharia da universidade do porto fui praxada ha uns quatro anos.....o que acontece durante esta altura,e que existe um ritual de iniciaçao aos caloiros que e ir ao mar no inverno,tomar uma banhoca e uma brincadeira e e suposto ser totalmente inofensivo....nng e na verdade obrigado a entrar, nng e obrigado a participar e quem vai ja sabe exactamente para o que vai....so vai quem quer.....Nao quero por isto dizer que n tenho pena das pessoas que perderam a vida nesse incidente mas sei com toda a certeza que n foram obrigados a nada......acho que ha por parte da imprensa um certa especulaçao e vontade de arranjar noticias onde n as efectivamente ha......agora a praxe e um organizaçao com regras,n e feita de qualquer maneira....agora o que aconteceu foi que essas seis pessoas mediram muito mal as consequencias foram apanhados por uma onda mais forte que os arrastou e nos vemos isso acontecer em muitas praias durante o verao......agora n podemos condenar uma organizaçao secular por aquilo que meia duzia de inconsequentes fazem.....querem e culpar o pobre do sobrevivente......quando na verdade nng e obrigado sequer a participar nas praxes......Aos restantes que foram praxados contra a vontade, com caras pintadas e etc....meus amigos entao como diz a minha mae "qualquer um faz farinha de voces" e tenho dito!

Anónimo disse...

Senhor "ex-professor de uma escola secundária", se quiser esclarecer o que são "inegrumes", agradecia!

Anónimo disse...

Acho que esta "tradição" das praxes pode ser traduzida como sede de poder, que é do que mais se vê em todo o lado, infelizmente. Os caloiros chegam as universidades sem conhecer ninguem, nao querem ficar atras de ninguem entao vão entrando nas "brincadeiras". Ao estilo do "não és homem não és nada" e vão-se humilhando, fazendo o que os outros querem, pensando sempre que quando acabar vão ser "tão bons" ou "tão importantes" quanto os que os praxaram. E que vão ter o mesmo poder que eles têm quando foram "doutores"... E hoje em dia, com as licenciaturas de 2 anos, vejo pessoas que estao no 2º ano com grandes atitudes de valentia a praxar os do 1º, sem que haja qualquer diferença no nivel de experiencia, sabedoria ou seja o que for entre os dois. No fundo... é sofrer humilhações durante um aninho para depois já poder ter o rei na barriga e exercer a falta de respeito sobre o outro (sejam apenas brincadeiras ou casos mais graves como este, só quem nao tem respeito por si mesmo e pelo outro entra neste jogo de "tu fazes o que eu quero, porque já fiz o que outro quis".
Fiz 2 licenciaturas em duas universidades diferentes, areas diferentes. Não participei nas praxes de nenhuma delas e não me senti menos ou mais que ninguem por isso. Simplesmente, quando no dia das inscrições se aproximaram e me "mandaram" estar lá no dia seguinte as tantas horas, nao fui. Porque não conhecia aquelas pessoas de lado nenhum, porque não ia de livre vontade dirigir-me a um sitio para ser humilhada, porque tinha mais que fazer com o meu tempo do que andar a fazer figuras no meio da rua. E essencialmente porque fui para a universidade para fazer um curso. Ia ter colegas e se alguns iriam ser meus amigos para a vida era uma escolha que podia ser feita fora do ambito da "sagrada" praxe.

Anónimo disse...

É quase como perguntar quem é que deu as redeas dos nazis ao hitler, e porque é que ele tinha assim tanto poder para mandar fazer o que fez?... todos os que se amedrontam têm culpa: o primeiro a dizer "sim, senhor", o outro que vai acatar o que o primeiro lhe disse e todos os que "respeitam a hierarquia". É ainda mais ridiculo quando essa heirarquia é formada no topo por alunos tao bons, que já lá andam há 5, 6 ou mais anos para acabar o curso de 3. Mas vá, provavelmente são os que acabam com um barril de cerveja mais rápido, e logo, são grandes senhores

Anónimo disse...

Todos os que para aqui vêm defender a praxe, deixem-se de merdas: só a aguentaram para descarregar a frustração nos caloiros do ano seguinte. Aplaudo quem precisa disso para se sentir alguém na vida.
Talvez devessem começar a pensar em ocupar o tempo na Universidade com aquilo que foi o objectivo de lá entrarem: estudar e tirar um curso. É que, até ver, a estupidez ainda não é um pré-requisito para entrar e ter sucesso na Uni. Até ver.

Anónimo disse...

Conclui a minha licenciatura há 20 anos. Adorei o tempo da universidade. Fiz amigos que guardo hoje e para sempre. Foi um tempo de muitas aventuras e viagens. Conheci o meu marido. Construí uma carreira que me realiza e dá prazer. Sou mãe. Hoje vivo e trabalho fora de Portugal, empurrada pela minha sede de aventura.
Faltei a semana da praxe. Com 18 anos já achava aquilo estúpido, hoje com 41 ainda o considero mais.
Na universidade, acima de tudo, estuda-se.
Esses Dux sempre foram péssimos alunos, que por lá andavam há muito tempo a gastar o dinheiro dos pais. Eram sempre os maiores palermas convencidos que eram os maiores, e continuam a sê-lo.
Proíba-se de uma vez essa parvoíce. Não serve para nada e já causou várias mortes.
É simples.
O meu coração está com os pais dos que morreram.

Anónimo disse...

E a Lusofona continua aberta? Que vergonha de instituição. Não se pronunciam? Ainda há quem pague para frequentar aquilo?

Espero que o assunto seja investigado e apuradas responsabilidades. Morreram 6 pessoas, é sério.

Anónimo disse...

Infelizmente não são só as praxes.E o que me dizem dos milhões de euros gastos nas queimas?Para isso há dinheiro.Para as propinas,faz-se greve!
A Universidade de Vila Real tem por ano para a queima das fitas,um milhão de euros.Álcool,sexo,drogas e rock N Roll.E ainda se queixam das propinas..

Anónimo disse...

Lamento a perda de 6 jovens adultos a caminho da sua integração activa na sociedade e não de praxistas.
Ninguém na praxe é pago e o Dux não é eleito entre os mais burros (nem sequer entre os que têm mais matriculas).
Recomendo que estudem um pouco de história e compreendam o papel social e político da Praxe e talvez entendam o porquê de esta se ter tornado o bode expiatório desta tragédia.
E lamento desde já o meu comentário, não porque não acredito no conteúdo mas pelo tipo de resposta mesquinha e "desinformada", com um toque de mágoa/inveja aparente, que possa espoletar.
(há uma razão de a maioria das respostas ser anti-praxe e o facto de esta ser "uma seita lavadora de cérebros" não é uma delas!)

Anónimo disse...

O facto de não se fazer representar (porque não pelos próprios pais?) com muito medinho de possíveis ataques, é covardia e desrespeito pelo sofrimento alheio...nada mais...(mas também, quem disse que ele tinha respeito pelos colegas se os humilhava e os sujeitou a praxes de risco, não é assim?)...um Dux covarde como são quase todos, sublinho quase ...pelos vistos, a porcaria das praxes não o fizeram digno e forte o suficiente para enfrentar o pior da vida ... é uma pena...

Anónimo disse...

As praxes não ajudam os caloiros a crescer como pessoas ... pelo contrário, torna-os pessoas piores, dependentes do alcool e drogas, arrogantes e mesquinhas, que utilizam tal pretexto para humilhar outros da mesma especíe e sentirem-se os maiores ... ´Quem entra nesse jogo voluntariamente quer ser igual ou pior, fazem os ditos sacrifícios para subirem na vida através dos conhecimentos sociais, sentem-se os maiores por pertencerem a uma "associação"... coitadinhos... enfim, cresçam e apareçam!!! Tornem-se homens e estudem, que foi para isso que entraram nos cursos! É incrivel como o ser humano continua a precisar de espezinhar os da sua espécie para ser o "maior da aldeia"!!! As pessoas ditas inteligentes não precisam disso!

lúcia disse...

devo ser só eu,porque não fui universitária,mas que formei a minha personalidade com base nos valores que os meus pais me incutiram,que não consigo entender como é que um grupo de adultos se submete às ordens dos bullies (deve estar mal escrito) da comissão de praxe.....estou neste momento a ver a possível reconstituição do que aconteceu naquela noite,na TVI,e as palavras "ritual,hierarquia,hora do diabo" arrepiam-me.Afinal é uma universidade ou uma seita religiosa?os ditos relatórios até incluiam pormenores das refeições que foram feitas.....cada vez se adensa mais a teoria de que,embora de livre vontade,a necessidade de ser aceite pelo grupo de....não vou dizer,posso ofender alguém,falou mais alto e o resultado é uma tragédia que vai,quase de certeza,ficar sem explicação.

Anónimo disse...

Ou não. Em Coimbra mais especificamente no IPC ou ainda mais especificamente na ESAC as praxes acabam em meados de Dezembro com a Real Praxe onde se passa de besta a Caloiro. Nem todas as Universidades são iguais. Nem todos praxam ou são praxados da mesma forma.

Anónimo disse...

Coisas que me intrigam nisto:
1) Pais que sustentam "retiros" aos filhos para tratarem da praxe
2)pais que acham normal os filhos irem passar fins-de-semana fora para resolver assuntos das próximas praxes
3)pais que acham normal os filhos viverem para as praxes.
4)quais os valores destes "adultos" para se exporem a termos de responsabilidade, praxes torturantes... com o único objectivo de poder fazer parte de uma COPA e, assim, ganharem mais poder, autoridade e dominio sobre os caloiros...
isto é que eu não entendo no meio disto tudo e ninguém explica isto, nem fala disto. Ninguém fala dos valores distorcidos que esta malta tinha para ir para ali, sujeitar-se àquilo, simplesmente para poderem praxar e subir na "carreira praxística" (e eu bem sei que isto não é politicamente correcto e sei que os familiares estão de luto)

Quanto às praxes não concordo com elas na forma como estão a ser feitas. Para mim uma boa praxe é obrigar alunos "vadios" assistir às aulas, as campanhas de free-huggs, ir de pijama a um jantar/almoço, as angariações de alimentos/roupa/brinquedos para associações de caridade, ir dar comida a sem-abrigos, recepcionar os caloiros novos, que chegaram a uma cidade nova e não conhecem nada e ninguém, mostrar instalações, avisá-los, auxiliar... isto são praxes que eu vi, nas quais participei... mas também vi as más. Mas eu recusei uma delas, nada me aconteceu... afinal o que fez com que estes "adultos" aceitassem aquilo? Porque quereriam eles entrar numa coisa daquelas? Isso é que eu não entendo. E não sou muito mais velha que essa gente, se calhar até menos idade tenho que alguns deles e não entendo como se sujeitariam aquilo, nem entendo qual o prazer em sujeitar outros a esse tipo de praxes. Assim como tenho a certeza que os meus pais jamais me permitiriam andar a ter uma vidinha em função das praxes... mas isso sou eu e os meus valores, os meus princípios e a minha educação.

Anónimo disse...

Maria, vestir o traje é um direito de todo o estudante universitário, com e sem praxe. O resto são tretas dos praxantes para levarem os caloiros a aderir à praxe.
No meu ponto de vista é ridículo dizer-se que a praxe serviu para conhecer gente nova. Sem praxe, conheciam gente nova na mesma.
Abaixo as praxes!

Rita Beato disse...

Lamento a enorme perda destes pais, destas famílias.
Lamento o natal que passaram e tantos outros que virão, com a pior recordação possivel.

Toda esta questão das "praxes" e esta pseudo seita criada sabe-se lá para quê, revolta-me e choca-me bastante.
Esperava mais de estudantes universitários..... bem mais....

Fui universitária e nunca fui apologista das praxes, sinceramente sempre as considerei meio parvas e muitas vezes, violentas e ofensivas.

Desculpem se ofendo alguém, mas para mim, os alunos com o maior número de matrículas são pura e simplesmente os mais incopetentes. E deixem-se de tretas, eu também fui trabalhadora estudante e não deixei de fazer o meu curso por isso. Não consigo reconhecer qualquer mérito a alguem que acumula matrículas...nem a alguém que tem esse tipo de pessoas como um exemplo.
Mas enfim.... isto é apenas a minha opinião.

Mas o que me revoltou particularmente foi um comentário que aqui li, de alguém que se apresenta como sendo amiga dos jovens falecidos e que aparentemente, acha normal e aceitável o dux estar em silêncio, porque.... também estará a sofrer....
Cara amiga, NINGUÉM, nenhum amigo(a), nenhum(a) colega, nenhum(a) namorado(a) sofre mais esta perda do que um pai e uma mãe!
O luto destas famílias só irá começar a quando se apurar a verdade!

Por respeito, pelos colegas falecidos, pelos pais desses colegas de quem supostamente era amigo e até pelo respeito ao raio do traje académico que veste, o dux tem a obrigação moral e legal de falar.
De contar o que aconteceu.
De permitir a estes pais ter algumas respostas.
De permitir que possam descançar deste martírio e começar o seu luto.

O dux, em nome da sua dor, aumenta a dor dos pais destes jovens.
Sim, tem direito a se resguardar, mas em sociedade, os direitos de cada um, terminam onde começam os do outro. E os pais têm direito a saber o que se passou.
O silêncio só aumenta as desconfianças que recaiem sobre ele.... e sejamos realistas já são muitas....


Rita Beato disse...

Pelo menos o tm dele, não foi de certeza, pois funcionava....

Rita Beato disse...

O dux, neste momento é culpado de apenas uma coisa:
Não falar.
Disso ele é culpado e ao fazê-lo, deixa espaço para especulações, como tal, não se pode queixar das mesmas, pois é ele que as alimenta.

Rita Beato disse...

O you tube está cheio de reportagens sobre o caso.

Rita Beato disse...

Nenhum amigo nem nenhum dux, sofre mais do que os pais e a família.
Dux e amigos, repeitem a dor dos pais e falem!!!!

Rita Beato disse...

"Não vai ser o conhecer da história daquela noite que vai tirar um bocadinho que seja da dor que os pais estão a sentir."
O conhecer da hitória vai permitir o fim do martírio das perguntas sem resposta e vai permitir que aqueles pais possam começar o seu luto!
Não retira dor, mas sossega um pouco.
O "rapaz", como única testemunha, não tem o direito de ocultar informação quando se trata da vida e morte de outros seres humanos.
A vida dele, não é mais importante do que a dos outros. Fale e depois descançe.

Rita Beato disse...

Mary, se fosse um filho teu, ou um teu familiar a morrer desta forma, não falavas assim.
O direito ao silêncio não faz grande sentido, quando se é a unica testemunha da morte de 6 pessoas!!!!
E essas 6 vidas, valiam menos que a do dux?????

Rita Beato disse...

"Sobrou para culpar, para atirarem sobre ele todas as dúvidas, todas as especulações, todas as criticas, todas as culpas, ..."
E numa de Ses.... Se tivesse falado, já não se faziam especulações...

Anónimo disse...

Meus caros comentadores: Einstein dizia: "Só existem de certeza duas coisas infinitas: A primeira:O Universo ; a Segunda: a Estupidez Humana; mesmo assim tenho dúvidas relativamente à primeira !"
As tretas que são ditas em louvor da estúpida prática da praxe são absolutamente irracionais e contra natura tendo em vista o modo como são tratadas as vítimas dessa chamada "integração" na vida académica. As praxes não são mais do que cobardes atos de bullying exercidos sobre os caloiros, com ou sem seu consentimento por uns quantos neo fascistas que se auto intitularam de "Doutores" e a si próprios se atribuíram de poderes de se fazerem obedecer segundo regras e estatutos mais próprios de sociedades secretas satânicas, do que (deveria ser) uma irmandade de apoio e entreajuda estudantil. Parem de dizerem babozeiras e deixem de tentar confundir as pessoas, tentando convence-las que existem boas e más praxes.
MENTEM !!!
A prache é sempre ofensiva porque exercida no sentido de ridicularizar o praxado, (mais fragilizado). E não me venham dizer que o pobre do coitado pode dizer que não, porque se se tentar revoltar ou é ostracizado ou recebe ainda maior castigo. Os nazis também eram assim: obedece e cala; não é preciso pensares, obedece e não refiles porque para pensares cá estão os mais antigos, os "Doutores", Os "Dux" repetentes, maus alunos, bêbados, carrascos dos mais fracos.
"Subir" na hierarquia da prache tem um anzol escondido na ponta. Os que a tudo se sujeitam para conseguir "progredir" em tão infame associação não têm outro fim que não seja ingenuamente contarem que ao sair da Faculdade esses laços de compadrio doentio perdurem e cá fora já na vida real os antigos comparsas, agora eventualmente políticos e influentes, os chamem para um "tachinho de peixe graúdo" alimentado pelos dinheiros dos contribuintes.
Vejam quantos dirigentes estudantis e seus amigalhaços estiveram ou estão no governo e logo se torna evidente a mecânica do "sistema".
Quem defender a prática agressiva, ofensiva da dignidade da pessoa humana utilizada na prache por se prevalecer de uma vantagem, (qualquer que ela seja) sobre outrem só pode ser uma besta e um ser indigno e vil.
Apoiar a prache é diminuir a Democracia, é apoiar a submissão aos que mandam. Para terminar, talvez fosse interessante lerem um pouco do que esta Senhora escreve, e assim comecem, a perceber o que verdadeiramente está em causa-
http://ourwisdomisfullofenigmas.wordpress.com/tag/mariana-barroso-acidente-no-meco/

Anónimo disse...

a sua ignorancia ... quem axa k deu as regras e fez a praxe?
ele sobreviveu, teve tempo de limpar a casa, de mentir, e agora ri-se! mas talvez nao por mto tempo, pois a verdade vem sempre ao de cima. e até da festas em casa. pois é...
é um cobarde, cmgo ele havia de falar. Nem respeita a memoria dos amigos k partiram , nem os familiares das vitimas. mto desumano, e voce pene...kem é o dux? pk se ri?????
Pita

Anónimo disse...

eram jovens. já nao voltam. voce é pai? entao nao fale ...até magoa os k estao a ler. insensibilade.

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