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A tragédia do Meco

domingo, janeiro 19, 2014
Acho que não é um exagero se disser que a tragédia do Meco marcou um bocadinho o Natal de todos os portugueses.  Só uma alma muito desligada conseguiu ficar indiferente ao que se passou. Nos dias em que os corpos estavam desaparecidos pensava muito naqueles miúdos. Onde estariam, como estariam. Mas pensava ainda mais nos pais, na provação que estariam a passar, em como seriam aqueles dias de espera insuportável, com um desfecho mais do que previsível. Olhar para o mar, saber que um filho nosso está lá, não poder fazer nada a não ser esperar que o mar se decidisse a devolvê-los. Não tenho grande influência junto de Deus, mas dei por mim a pedir por eles. Ontem à noite fiquei presa a uma reportagem da CMTV sobre o acidente e ouvi alguns dos pais falarem pela primeira vez sobre o que aconteceu. Foi de partir o coração. Alguns dos miúdos eram filhos únicos e, por isso mesmo, alguns daqueles pais perderam o sentido de viver. É absolutamente triste e devastador ouvir um pai perguntar “agora vou viver para quê? Para quem?”. Ouvi-lo dizer que agora “os dias dividem-se entre menos maus, maus e horríveis”. Ou ouvir uma mãe dizer que sempre que a noite cai fica mergulhada numa tristeza profunda, porque era a essa hora que ligava à filha, todos os dias. O Mateus estava a dormir ao meu colo e eu só conseguia apertá-lo e apertá-lo mais. Não há nada que possa restituir a calma e a alegria à vida destes pais, mas o facto de não saberem ao certo o que se passou naquela noite não os deixa começar o luto devido. Há tantas dúvidas, tantas coisas mal explicadas. O que é que os filhos faziam na praia àquela hora? Porque é que deixaram os telemóveis em casa? Porque é que o dux era o único com telemóvel e como é que o mesmo não se molhou? Porque é que ele foi a casa arrumar as coisas todas dos colegas? Porque é que não fala? Porque é que os pais dele não falam? A única coisa que se sabe é que aquele encontro era uma espécie de retiro da comissão de praxes, para testarem e preparem praxes para aplicar aos alunos mais novos. A minha opinião sobre as praxes não é nova: acho uma anormalidade. Acho que não fazem sentido nenhum, em formato nenhum. Não faltarão defensores a dizer que é uma tradição linda, que se fazem amigos para a vida, que as pessoas ficam mais desenvoltas e trá lá lá, que eu acho que há outras maneiras de fazer amigos e ter uma vida social mais rica. Na reportagem ouvi duas miúdas da Lusófona, amigas de uma das vítimas, e que também andam metidas nestas coisas das praxes. Fiquei aterrorizada, parecia que estava a ouvir membros de uma seita. Dizia uma delas que as praxes preparam as pessoas para a vida, para o mercado de trabalho, que as ensinam a respeitar hierarquias. Questionada sobre o tipo de coisas que se fazem nestes retiros, respondeu que não tinham nada de mal, tudo perfeitamente inofensivo e nada perigoso. E deu um exemplo: “faziam-nos rastejar para ir buscar um copo de água. Era uma coisa simbólica, aquele copo representava o nosso curso e nós temos de fazer tudo pelo nosso curso”. Ora bem, uma miúda que acha perfeitamente normal rastejar por um copo de água porque alguém  a manda, que acha que isso a prepara para a vida, diz muito sobre a lavagem cerebral que estes jovens devem levar. Já um dos pais disse que no ano passado, também num destes retiros, os miúdos foram largados no meio da serra da Arrábida, à noite, e agora desenrasquem-se. Uma vez mais, sem telemóveis. Achava que os escuteiros é que faziam coisas destas. Ou os militares. Estudantes universitários, no âmbito de praxes, é uma novidade. Depois temos a questão do respeito pelo dux. A hierarquia.  O expoente máximo das praxes. O mesmo dux que agora se remete ao silêncio. Que não apareceu no funeral de nenhum dos amigos. Nem se fez representar (tudo coisas ditas pelos pais das vítimas, não sou eu que estou a inventar). A única pessoa que poderia esclarecer o que realmente se passou e que não o faz. Acredito que esteja a sofrer. Acredito que esteja traumatizado por ter perdido os amigos daquela forma. Mas os pais perderam os filhos e isso é incomparável a qualquer outra dor. Não gosto de especulações, menos ainda de teorias da conspiração, mas é mais do que óbvio que alguma coisa estranha se passou naquela noite. Que se saiba, que falem, que quebrem a merda dos pactos de silêncio (isto não é um filme do Harry Potter, é a realidade) e que sejam homenzinhos. Os tais homens que dizem ser preparados pelas praxes.

364 comentários:

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Nadinha de Importante disse...

Alguma coisa estranha se passou, não foi só um simples acidente. Uma praxe levada ao limite?! Sempre me questionei sobre o que se passou.

Sou totalmente anti-praxe, estudei numa faculdade sem tradição nenhuma académica, cá trajes, praxes, nada disso. Não é por isso que estou mais ou menos preparada para a vida.

Acho bem que os pais se constituam assistentes, para poderem questionar o único sobrevivente sobre o que se passou. Porque, senão fala é porque alguma coisa se passou.

nadinhadeimportante.blogspot.pt

Anónimo disse...

Sabes uma coisa??? Todos nós e em diversas alturas da nossa vida temos as chamadas "diarreias mentais". Esses miúdos tiveram uma, agora o que se passou na realidade nunca vamos saber, até pq se o "dux" falar, ele irá contar a sua versão dos factos, se é verdade ou não isso nc iremos saber. Que sirva de um infeliz exemplo, de as pessoas não irem para a praia de noite, nc sabemos se podemos ser engolidos literalmente por uma onda cavaleira... Qto as praxes, fui praxada e nc me senti mal.

Inês disse...

Pipoca, compreendo perfeitamente a sua comoção perante tal tragédia. Os jovens que morreram eram sensivelmente da minha idade e é impossível não pensar que podia ter sido eu, ou qualquer amigo meu...arrancados deste mundo de uma forma tão violenta e com ainda tanto por viver. Faz-nos ver as coisas de outra perspectiva, não faz? Tem aquele efeito de 'reordenar prioridades'. Não pude evitar emocionar-me de cada vez que aparecia uma notícia sobre os corpos, quando ainda estavam perdidos por esse mar. E, à semelhança da Ana, não podia evitar pensar naqueles pais e no que deviam estar a sofrer. Não há nada neste mundo pior que perder um filho, e acredito que os respectivos pais tenham completamente perdido o Norte da sua vida. Quanto às praxes, tenho uma opinião ligeiramente diferente da sua. Já praxei, mas nunca das maneiras que descreve. Tremo, só de pensar em sujeitar pessoas a qualquer um dos 'desafios' que aí escreveu. Para mim isso não é praxe, é apenas estupidez e arrogância misturada com um forte desejo de subjugar os outros...mas lá está, a praxe é daqueles assuntos altamente discutidos e cada instituição é diferente da outra portanto não vale a pena alongar-me. Por fim, só queria deixar a minha opinião (extremamente pessoal e especulativa dado não o conhecer) quanto ao rapaz sobrevivente; Se fosse eu a ir com as ondas, a voltar com vida, a ver os meus amigos morrer e eu ser o único sobrevivente...credo. Penso que, como ele, também não sairia de casa. Cairia numa letargia tão profunda que provavelmente não seria capaz de fazer mais nada. Claro que as famílias precisam de respostas...mas pelo que li muitas querem apenas um 'bode expiatório' para conseguir atribuir culpa a algo...de que (supostamente) ninguém tem culpa. Na altura das buscas, o rapaz apareceu na praia e houve imediatamente desacatos entre ele e as famílias. E (novamente) se fosse eu, não sei até que ponto teria coragem de enfrentar as famílias, enfrentar os olhares, os 'porque é que tu sobreviveste e o meu filho não?!'. As famílias precisam de respostas sim, até porque há pormenores estranhos no caso mas todo esse processo devia ser tratado através de um (ou mais) psicólogo(s) e dando muito apoio ao rapaz que ficou...pode ser que assim ele se 'abra' e explique a todos o que se passou de facto naquela fatídica noite. Peço desculpa pelo comprimento deste comentário mas, lá está, acho que esta história nos afectou a todos um pouco e gostaria de deixar aqui a minha opinião. Espero que as famílias consigam, algum dia, ter paz e 'closure'. Cumprimentos

Anónimo disse...

Não percebo o que leva alguém a culpabilizar o sobrevivente pelo que aconteceu ou pela forma como se tem comportado desde então. Naquela noite todos eram adultos e todos estavam ali de livre e espontânea vontade. O dux até poderia ter dito directamente para os amigos entrarem dentro de água com as capas que isso não o faria mais ou menos culpado da situação. As pessoas tinham a capacidade e a liberdade de dizer que não. Acho perfeitamente normal que o rapaz se queira resguardar e evitar confrontos com familiares e meios de comunicação social. Ah, e já agora, nunca fui a um funeral e não foi por isso que deixei de sentir a perda das pessoas que morreram.

Anónimo disse...

Estes pais precisam de saber o que se passou para conseguirem fazer o luto!
Fui praxada e praxei! E uma praxe levada ao limite julgo que não pode ter sido, visto que segundo percebi o que ali acontecia era uma espécie de reunião entre os responsáveis pelas praxes, logo, não existiam caloiros só veteranos/doutores (o que quer que lhes chamem), posto isto uma praxe não era!

Um grande beijinho aos familiares destes jovens e outro para si Pipoca e para o Mateus :)

Unknown disse...

:( Pipoca, sabe onde podemos ver a reportagem?

Joana Felício disse...

Não sou de comentar estas coisas, pois acho que cada um tem a sua opinião e acho que devemos respeitar isso.
Mas neste caso, também me toca a mim.
Acho que não devem meter em causa a praxe. É verdade que faz parte do caminho académico, mas ninguém é obrigado a nada, existe a posição anti-praxe para alguma coisa. Faço parte da comissão de praxes sim, posso dizer que tenho orgulho nisso e que em certa parte é verdade que nos prepara para a vida académica, é na praxe que conhecemos as primeiras pessoas quando entramos na faculdade, é na praxe que criamos os primeiros laços de amizade e que começamos a nossa vida social académica. Como disse anteriormente, ninguém obriga ninguém, os caloiros são praxados porque querem, podem sempre declarar-se anti-praxe.
Nesta tragédia do Meco, perdi uma grande amiga, uma irmã. Talvez daí este post me ter tocado mais e me ter aventurado neste comentário. Acho que ninguém sabe o sofrimento dos outros, cada um sente as coisas à sua maneira e sabe o quanto sofre. Mas o facto de especularem coisas sobre pessoas que não querem falar à imprensa acho isso ridículo! Todos temos o direito à nossa privacidade e se o Dux ou mesmo o João (o rapaz que sobrevivei) não querem falar nem prestar declarações não têm nada que os criticar ou julgar. É um momento difícil para todos nós, acho que deviam respeitar isso. As pessoas vivem de especulações, não façam disto um filme de acção. Todos nós amigos e familiares das pessoas em questão já tivemos o nosso momento de terror. Não se metam a inventar pactos de silêncio e coisas que não existem. Respeitem o silêncio de quem o quer, respeitem a privacidade das pessoas, mas acima de tudo respeitem a nossa perda.
Peço desculpa para algum inconveniente.
Cumprimentos.

Anónimo disse...

Uma tragédia :(

Mas há uma ressalva a fazer em relação às praxes: só é praxado quem quer. É voluntário. E nem todas as praxes são assim, tudo depende da academia, faculdade,...

Há quem goste e quem não goste por isso deixemos quem gosta ir e quem não gosta não vai. Se eu estivesse a ser praxada e me pedissem para ir para a beira do mar à noite eu não ia.

Agora esse dux é que tem de falar, não pode simplesmente descartar-se de responsabilidades.

apipocamaisdoce disse...

Claro que ele não é culpado nem eu disse que o era. Não acredito que tenha apontado uma arma à cabeça da cabeça dos colegas para fazerem o que quer que fosse. E, pelo que ouvi dos pais, eles também não querem culpabilizar o dux, querem apenas saber o que se passou, o que me parece legítimo. De qualquer forma, e sendo ele a "autoridade" máxima naquele âmbito específico, alguma responsabilidade, mais não seja moral, lhe deverá ser imputada caso tenha ordenado aos colegas que fossem para a água (se é que foi isso que aconteceu). Quanto a faltar ao funeral de amigos tão próximos e não enviar ninguém em sua representação, pensava que nestas coisas das tradições académicas havia altos valores envolvidos. Como a amizade, o companheirismo, a lealdade, a confiança. Afinal não. Só há pactos de silêncio estúpidos e muito convenientes. Ele não precisa de vir para a comunicação social dizer o que aconteceu. Nem sequer precisa de se apresentar pessoalmente em frente dos pais. Pode arranjar alguém que, de forma recatada e respeitosa, explique o que aconteceu naquela noite. Ou vai passar o resto da vida a fingir que foi só uma onda maior que os levou a todos menos a ele?

Anónimo disse...

Tenho a idade dos jovens que morreram e também tenho seguido as notícias sempre com o coração apertado. Não imagino o sofrimento dos pais e dos irmãos. Espero que consigam de alguma forma encontrar alguma paz (por mais difícil que seja). Precisam de saber o que realmente aconteceu de forma a conseguir "começar o luto" e só o rapaz que sobreviveu lhes pode dar isso. Embora passado tantas semanas, já ninguém vai acreditar muito na versão que ele apresentar (quer seja verdade ou não).

Ana

Mel disse...

Eu acho "a praxe linda", acho que é forma de se conhecer gente nova (principalmente quando chegamos a uma cidade onde não conhecemos ninguém, somos tímidas e bichinhos do mato), acho que pode dar uma banhada de humildade a algumas pessoas (mas também me parece uma raridade). Para mim foi uma forma de conhecer pessoas, fazer amigos, conhecer os meus novos colegas e flirtar com os doutores. A praxe que eu conheci na maior academia do nosso país não tinha nada que ver com esta merd@. Isto é uma seita. Nunca fiz nem me submeteria a nada de perigoso. Simplesmente ridículo. Não mais ridículo do que achar que o Dux é que tem a culpa. Ele não manda. Todos crescidinhos, fizeram o que fizeram por vontade própria. Estes jovens acham que devem uma tal lealdade à praxe que podem arriscar a vida! E não contam o que aconteceu em nome desse sigilo e lealdade. Devido ao um pacto de silêncio que se está a sobrepor ao dever ser, ao justo e à magoa dos pais. A falha do dux começou pelo incentivo a estes comportamentos e terminou no silêncio absurdo.

Mas como alguém já o disse, todos nós já fizemos asneiras. Todos já tomaram a decisão errada. Foi o que fizeram aqueles jovens.

E não há nada no sentido de ter sido o Dux a arrumar as coisas dos colegas. O que se sabe é que a maioria das coisas estavam arrumadas nos respectivos sacos e a casa limpa.

E sabe-se que sete mulas decidiram subverter o propósito da praxe, esperando que tudo corresse bem, porque toda a gente sabe que as coisas más só acontecem aos outros. Eles sabia ao que iam e percebe-se isso tanto pelo que dizem os demais colegas (que são ritos de passagem e crescimento e que já foram largados numa serra) como pela mensagem que uma das meninas enviou a uma amiga, onde dizia que esperava sobreviver àquela noite. Não sobrviveu, nem ela nem 5 amigos. Umas horas de adrenalina, excitação e parvoíce sobrepuseram-se à vida deles.

E já agora, acerca do sobrevivente: estava seco o seu telemóvel porque... ele é (era) o Dux, logo não é praxado.

Este silêncio tem que ver um fim, para que os pais deixem de fazer macaquinhos na cabeça e tentem, na medida do possível, dar a volta. Sofrer menos. Sei lá comentar tal dor!

S. disse...

Concordo plenamente com o que a Ana escreveu. Não consigo compreender como é que jovens que já deveriam distinguir entre o certo e o errado, defende a humilhação que é a praxe. "Ah e tal estou muito mais preparada para a vida depois de me terem mandado rastejar até um copo de água"; "Assim aprendi a respeitar a hierarquia". Respeito não se aprende através da humilhação, muito pelo contrário. Fiz a minha vida académica sem ser praxada e sem praxar e ainda assim fiz amigos para a vida, coisa que nunca aconteceria com alguém que me quisesse humilhar. Mas devo ser eu que tenho os valores todos trocados e tive uma educação completamente disfuncional. Não acho que se pretenda culpar o sobrevivente, mas sim compreender toda esta tragédia que espero que faça com que muitos se questionem sobre a verdadeira necessidade da existência da praxe nos moldes em que ela existe.

Parisian Bird disse...

Não sou contra a praxe mas percebo a opinião da Pipoca. Fui praxada (e diverti-me bastante pelo simples facto de nunca ter ocorrido abusos) mas depois do meu primeiro ano nunca praxei ou envolvi-me em algo minimamente relacionado à praxe. Acho que perdeu-se rapidamente aquele "encanto".

Tenho realmente muita pena dos pais porque vivi de perto uma situação bastante idêntica e realmente é algo difícil de se superar.
Acredito que o sobrevivente não tenha sido o grande culpado pela morte dos companheiros mas, acho que eventualmente deveria explicar minimamente o que se passou. Não são só os familiares das vítimas que precisam saber o que aconteceu, o próprio rapaz precisa "deitar tudo cá para fora" de forma a que ele próprio possa tentar seguir em frente com a sua vida.
Não sou nenhuma psicóloga mas pelo menos é assim que eu vejo as coisas.

Patricia disse...

Faço parte da Universidade com mais história neste país, a Universidade de Coimbra e sim sou a favor da Praxe e deixa-me triste que numa situação como esta aquilo que realmente preocupa é chamar a atenção para o terrível que a Praxe é! Aceito a opinião de cada um e não obrigo nem nunca obriguei ninguém a ser a favor da Praxe, no entanto, não posso aceitar que a denigram desta forma. Fui muito feliz a ser praxada e nunca me senti ridicularizada, muito pelo contrário. Sempre tive noção do que era aceitável e nos momentos em que estavam a ir contra o meu pensamento soube dizer que não e fui respeitada por isso. Também tenho noção que coisas más acontecem em Praxe, mas por favor não generalizem. Aquilo que aconteceu nesse dia, como é óbvio também me tocou, são jovens da minha idade e de certo com tantos objetivos e vontade de viver como eu, mas vamos deixar-nos de tretas e tentar ignorar o acontecimento tentando acima de tudo denegrir a praxe e não procurar a verdade desta história. Coimbra tem a maior tradição praxística do país e garanto que não é decidida em fins de semana na praia. Como já disse aceito que é contra a Praxe mas exijo que aceitem e respeitem quem é a favor que é tudo menos o que está a acontecer perante esta situação mas claro é sempre mais fácil fugir à verdade.

ana sofia santos disse...

não entra nas praxes só quem quer?
pelo menos onde andei nunca ninguém obrigou a nada
agora a noite numa praia e se calhar com bebida a mistura é meio caminho andando para dar asneira.
muitos viram loucos quando estão fora da asa dos papas e depois olha dá-se

Mel disse...

Nunca fui humilhada na praxe. Às tantas é por isso que consegui fazer amigos. Generalizações. Se fosse assim uma humilhação tão grande acham que os caloiros iam todos felizes, como, pelo menos eu, os vejo ir?

Cada um que prepare os seus filhos' o melhor que saiba e possa, para que sejam jovens que acima de tudo, se respeitem. A partir daqui nada pode correr mal. Há que saber dizer não ao que nos faz mal.

Maria Flor disse...

Partilho exatamente esses sentimentos que descreveu neste post. Vi-me a pedir por pessoas que não conheço, para que os corpos destes jovens aparecessem, no sentido de permitir às famílias iniciarem o processo de luto, que será com certeza doloroso e permanente. E por mais que possa não haver um culpado nesta história, o simples facto de se saber o que aconteceu devolve um pouco de paz a estas famílias. Falo por experiência própria, porque quando perdi o meu herói precisei de assimilar toda a informação possível e existente, mesmo da parte do suposto "culpado", que embora saiba ter tido responsabilidade direta no acidente, e apesar da revolta que continuo a sentir, sempre consegui ter a clareza de perceber que foi de forma involuntária e aceitar que foi isso mesmo, um acidente que poderia ter roubado a vida a ambos. Podia ter reagido de outra forma, seria legítimo talvez, mas nada iria trazê-lo de volta. Não me peçam para falar ou conviver com essa pessoa, mas isso não significa que lhe desejo mal. Ainda assim, ter conhecimento do que se tinha passado foi uma forma de encontrar um pouco de paz, mesmo sabendo de antemão que muitas das perguntas ficarão para sempre por responder. Os se's e os porquê's irão acompanhar sempre o processo de luto. Mas as famílias precisam de ter "descanso". Por mais que nada mude, cabe ao único sobrevivente amenizar a dor dos pais dos seus amigos com aquilo que sabe. Já teve tempo de encontrar uma forma digna e discreta de transmitir essa informação às famílias, nem que fosse através de uma carta ou de um advogado (ninguém pede que faça pessoalmente uma exposição perante todos os familiares diretos). Talvez isso tivesse evitado tamanha mediatização do caso que, como também sei por causa própria, só atrapalha a tranquilidade que os que estão a sofrer precisam. É de lamentar que os familiares o venham a saber apenas por declarações que obrigatoriamente terá que prestar. Seria de dignidade maior, tomar a iniciativa de o fazer, da forma que melhor entendesse.

S* disse...

Li há uns dias, no Público, que uma mãe deixou de comer peixe, porque lhe lembra o mar e não consegue comer algo do mar - do mesmo mar que lhe roubou a filha. É absolutamente arrepiante.

Infelizmente começo a acreditar mesmo que algo de ruim ali se passou. E não me refiro apenas às terríveis mortes.

Anónimo disse...

Prepara para vida? Representa o curso? Ajuda a perceber o respeito pelas hierarquias? É incrível como estes jovens entendem que ganham educação na ida para a universidade. Como se devem sentir os pais ao olhar um filho "bolas, que não te dei valores suficientes para o respeito, que agora tens de obedecer a gente mais velha que tu uns aninhos, para respeitar as hierarquias". É tudo brincadeira na praxe, esta tragédia não o é. É real. Terá sido uma brincadeira que acabou mal? Nunca o vamos saber, porque os que lá estavam foram todos engolidos!

Anónimo disse...

tal como um habitante perto da praia do meco disse "ora quem vem para aqui nesta altura é pedir a morte". Sim tenho pena, eram da minha idade, faleceram em vão mas se calhar foi assim tão em vão?? eles sabiam bem para onde iam, onde esta a consciência destas almas?? conhecendo ou nao conhecendo, deveriam ter medido o perigo. Com praxe ou sem praxe, todos tinham idade para saber o que estavam a fazer, todos tem culpa de terem estado numa praia que ate no verão e perigosa, quanto mais no inverno.

Maria disse...

Sou estudante universitária e cada vez mais sou contra as praxes académicas. É certo que em certas universidades têm um carácter mais lúdico e mais com o objectivo de realmente aproximar os alunos, mas é raro, a maior parte das universidades usa a praxes com o intuito de humilhar os mais fracos e, por outro lado, para a comissão de praxe/conselho de veterano se satisfazer (se é que me faço entender).
Frequentando uma universidade é muito fácil as pessoas estarem inseridas na comunidade universitária e fazer amigos, não são necessárias praxes para isso, e falo por experiência própria, as pessoas acabam por se conhecer todas, seja em aulas, amigos em comum, etc etc.
E este dux não falar, é certo que alguma coisa está escondida e muito bem escondida. Sofrer acredito que esteja a sofrer, culpa acredito que a tenha e falar acredito que será complicado, pois como disse, nisto das praxes há muitos pactos.
Mas que isto servia de exemplo e que se comecem a acabar com esta coisa das praxes ..

Anónimo disse...

Exige???

Anónimo disse...

Se é verdade que a ausência de esclarecimentos quanto ao que se terá passado naquela noite e que a postura do dux é propícia à criação de especulações, também é verdade que todos aqueles jovens que morreram eram dotados de livre arbítrio, que estavam naquele local, a fazer sabe-se lá o quê, porque assim escolheram. A praxe é voluntária e só participa nela quem assim tiver vontade.
Fui praxada e praxei, pois acredito na importância que a praxe pode ter no início e ao longo da nossa vida académica, mas também percebo que quem não passou por essa experiência a ache ridícula, até porque, e ao contrário do que muitos dizem, existem abusos sim, existem praxistas que são uns verdadeiros animais e que transferem as frustrações de toda uma vida para aqueles caloiros, prontos a serem subjugados e a cumprirem escrupulosamente as ordens que lhes dão dadas. Mas também aqui é importante avaliar a capacidade de todos aqueles que são alvos desses abusos de dizer não. É sabido, tal como disse, que a praxe é voluntária, que há imensas pessoas que não foram praxadas e que estão tão bem integradas na vida académica quanto os que foram. Só se sujeita a ser largado sem telemóvel no meio de uma mata à noite ou a rastejar por um copo de água quem assim o escolhe fazer. Por mais questionáveis que estas práticas sejam, a partir do momento em que se aceita cumprir com as ordens que nos são dadas, somos os responsáveis pelas consequências das mesmas.
Por tudo isto, não me parece justo que coloquem sobre os ombros do dux a responsabilidade única pela infeliz morte daqueles jovens. Percebo que para os pais esta seja uma estratégia de coping para lidar com a dor imensa que devem estar a sentir neste momento e que,certamente, os acompanhará para a vida, que na ausência de respostas este seja o pensamento mais imediato, mas parece-me também imprescindível que façamos uso da nossa capacidade crítica e pensemos que foram aqueles jovens escolheram ir ao tal retiro e que muito provavelmente até foram autorizados pelos seus pais a fazê-lo, e que, lamentando muito ou pouco a morte dos colegas, o jovem sobrevivente deverá estar a passar por um momento de enorme angústia, mais que não seja porque, ao que tudo aponta, poderá ter sido o responsável por desencadear dos acontecimentos que levaram a morte daqueles jovens. Mas na minha opinião, isto não faz dele o único responsável pelas mortes, não me parece que ele tenha atirado com os miúdos para a água ou que lhes tenha apontado uma arma à cabeça para que fizessem algo. Eles escolheram fazê-lo e, infelizmente, correu muito mal. Tanto para os que partiram desta triste forma, como para os que cá ficaram, familiares, amigos e o próprio dux.
É importante que seja prestado apoio psicológico ao jovem sobrevivente e sobretudo aos pais, para que estes percebam que a pessoa que culpam por esta tragédia, (provavelmente) foi tão inconsequente e é tão responsável quanto os seus filhos pelas suas mortes. Só quando aceitarem isto é que serão capazes de fazer o verdadeiro luto pelos seus filhos, até lá só estarão a utilizar estratégias para defenderem algo que não tem defesa possível.

Anónimo disse...

O meu primo é amigo dos pais de uma das vítimas de Santiago do Cacem .
E eu pude ver na reportagem como estão desfeitos
Filha e neta única .
Meu Deus que dor .

Unknown disse...

Tanto quanto já ouvi dizer, os pais das vitimas preparam-se para entrar com um processo contra o único sobrevivente, precisamente por ele não querer falar .. Pode não ter culpa nenhuma do que aconteceu mas, verdade seja dita, o seu silencio, por muito grande que seja o trauma, é um tanto ou quanto estranho. É como não sermos culpados por um crime, mas fugirmos para não sermos condenados. E lá está, ninguém lhe pede que va dar uma entrevista à Judite de Sousa, mas aqueles pais merecem uma palavra, nem que seja um ''não consigo perceber o que aconteceu''. Faltam justificações, faltam pormenores duma historia com pontas soltas e que, de uma maneira ou outra, afecta qualquer pessoa. E creio que a grande questão que se coloca nesta historia toda é ''porque raio foram para a praia àquela hora?'' , com todos os detalhes atrelados. Fico à espera de esclarecimentos como, acho, todos os portugueses.

Patricia disse...

Sim, exijo. O que falta neste mundo é aceitação da opinião dos outros, e na minha opinião devemos começar a exigi-lo! Ter opinião é um direito e respeitá-la é um dever

Anónimo disse...

Tentasse o dux ir ao funeral ou mandar alguém em sua representação e a esta hora já estava/estavam enterrado(s) como os colegas. É preciso pensar um bocadinho antes de dizer coisas deste género, Ana. Respeito muito a sua opinião, mas já vivi de perto uma situação, que apesar de ter contornos diferentes, é muito similar a esta que descreve, e posso garantir-lhe que a pessoa em causa só não saiu desfeita e pronta para ir ao hospital do funeral do rapaz que morreu porque felizmente havia por perto quem conseguisse manter a cabeça fria. E mais, perante a atitude dos pais dos jovens que morreram e aquilo que tem sido dito na comunicação social, era assim tão importante para estas famílias que o tal dux estivesse presente? Pessoalmente, e estando na mesma situação que eles, estaria a lixar-me para os tais valores de amizade, companheirismo, etc e tal se algo do género acontecesse à minha filha. O que eu queria era não ter que ver, nem pintado a ouro, a pessoa em quem eu depositava parte da responsabilidade por aquilo que aconteceu. Sinceramente, até consigo conceber a não ida do dux ao funeral como uma forma de respeito por aqueles pais. Quanto ao facto de não ter explicado até então o que se passou, bem isso já é outra história...

Anónimo disse...

Nunca gostei de praxes, não participei nesses rituais ridículos e fui olhada de canto pelos outros colegas. Na minha opinião, do que assisti e continuo a assistir, imensos jovens quando vestem o traje académico sentem algum tipo de poder (estranho) mas é verdade. Não estou a dizer que são todos, mas muitos pensam que tem poder com aquela capa ridícula e não passam de uns fracos. Sim fracos, porque só se sentem fortes, importantes, vaidosos, sei lá mais o quê, ao humilhar os outros. Quanto a este caso, existem vários pormenores no mínimo estranhos. Não levarem telémovel, a casa ter sido incrivelmente limpa e os objetos pessoas de cada um ser posto em sacas com o nome por fora. Depois de uma tragédia destas quem é que se lembra de limpar a casa??? Só mesmo alguém que tem algo bastante grave a esconder.

Inês disse...

Eu concordei em ser praxada mas confesso que não gostei muito da experiência. Certos veteranos levavam a coisa um bocado ao extremo e humilhavam os caloiros e pediam coisas descabidas, acabei por desistir quando me pediram para segurar um isqueiro aceso enquanto cantavam, quando me queixei que me estava a queimar, disseram "paciência". Não quis mais fazer parte da praxe, mas também certos colegas não se importaram. Não saber a história toda claro que dá muito que pensar.
Só espero que os pais alguma vez consigam arranjar alguma paz de espírito, nem quero imaginar a dor de perder um filho.

Anónimo disse...

Sabes que o dux pode praxar quem quiser, incluindo pessoas da comissão de praxes, não sabes? E pelo que se sabe, já era habitual haver rituais desse género, como aquele em que foram para a Arrábida... não é preciso ser-se caloiro ou whatever para o dux fazer o que quer que seja

Mel disse...

Não vale a pena falar de praxe nem dar opinião sobre praxe.
Só posso dizer é que muito do que tem vindo no correio da manhã é mentira e que inclusivamente uma família foi obrigada a reconhecer o corpo duas vezes por uma notícia errada da parte deste jornal.
E se há coisas estranhas? Sim. Mas de repente tudo cair em cima do sobrevivente, a exigir que ele fale também não me parece uma ideia com pés e cabeça. Afinal, este também perdeu a namorada, perdeu os amigos.
Compreendo que os familiares queiram saber o que se passa, mas o que vai na alma do João ninguém sabe, e ninguém parece querer saber.

Fernanda disse...

Exige???!!! A praxe realmente preparou-a para a vida!Não, não exige! Não tem idade, não tem poder para exigir coisa nenhuma aos outros! Durante anos não houve praxe, não houve queima. Tirei o meu curso nesse tempo e aprendi, apesar disso a respeitar os outros. E não exigo nada dos outros, a não ser respeito por mim própria (mas também respeito!). E, sim! Há praxes muito estúpidas e que já causaram muito mal (vá ler o que se passou aqui há uns anos atrás) como estúpido é beber até ficar em coma alcoólica durante a queima. Também deve preparar para a vida, não?

Isabel de Miranda disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Deu ontem às 23h na Cmtv..."Especial CM: Mistério da Tragédia no Meco" na Meo dá para ver, na Zon não sei. Talvez proncurando do site da CM...

Anónimo disse...

Esta "praxe" cheira a ritual maçónico...

Anónimo disse...

Pode exigir que respeitam, mas nunca que aceitem. A liberdade individual é garantida a todos pela CRP.O facto é que as praxes são inúteis e volto a repetir: I N Ú T E I S! São meios de humilhação dos ditos caloiros e que mais não são do que o uso indevido de uma pseudo-autoridade que assenta em quê? Querem conviver? Estabelecer laços? Força, isso faz-se bem sem praxes. Na minha faculdade não há praxes e não foi por isso que não se estabeleceram laços e vínculos. E a tradição não é sinónimo de razão. O facto é que os miúdos morreram e ele não abre a boca.

Anónimo disse...

Como amiga de uma das vítimas, acho que devia, no mínimo, exigir do sobrevivente que ele contasse o que se passou! E se eu fosse pai, mãe, irmã, amiga de alguma das vítimas não descansaria enquanto tal não sucedesse. Só ele saberá explicar o que aconteceu e por fim, até para seu próprio bem, a especulações. Até porque, o Ministério Público está a proceder a investigações, o que significa que, no limite, caso haja alguma responsabilidade do sobrevivente este pode vir a ser constituído arguido e ser julgado por isso. A ver vamos o que reservam os próximos episódios. Quanto às praxes, tanto haveria por dizer... Fui praxada na faculdade e acho, honestamente, que se não tivesse ido não iria sentir que tivesse perdido alguma lição de vida... Eventualmente perderia algum tema de conversa sobre esse assunto, mas para quem anda 5 anos na faculdade deve certamente levar bem mais qq coisa do que uma simples história do dia da praxe! Acho até que calha bem relembrar que já houve mortes em Portugal por situações de "praxe"...

Anónimo disse...

Pipoca, desde que se começaram a saber mais alguns pormenores deste infeliz acontecimento desconfiei que pudesse ter sido alguma praxe que correu mal. Sei que há praxes bem feitas, divertidas e tal, mas esse não era o caso da da minha faculdade, por essa razão só fui durante 1 semana e foi mais do que suficiente para perceber que aquilo não era para mim (pelo menos aquele tipo de praxe) - curiosamente, no meu ano de caloira lembro-me que houve um problema qualquer com a praxe da Lusófona.
Na quarta li uma notícia (http://www.publico.pt/sociedade/noticia/nunca-me-passaria-pela-cabeca-perderassim-um-filho-levado-por-uma-onda-1619665) que me deixou com muitas questões relativamente a este caso...e ontem fiquei a saber que o único sobrevivente não explicou nada do que se passou naquela noite e realmente isso é estranho...porque se não se passou nada de mal porque não explica, pelo menos aos familiares, aquilo que se passou? Só espero que os familiares consigam alcançar alguma paz...não consigo sequer imaginar a dor que estão a sentir!

Só um aparte, durante muitos anos andei nos escuteiros e tenho bastantes amigos escuteiros de outros agrupamentos. Tanto nas actividades do meu agrupamentos como em actividades regionais nunca nos deixaram desamparados no meio do monte, nunca! Tínhamos sempre algum responsável (chefes) por perto e nunca nos tiraram os telemóveis. Com isto não quero dizer que não há por aí agrupamentos que façam isso, mas por acaso não conheço nenhum!

Inês disse...

Força Jana P! Ignorem a imprensa sensacionalista e espero que eventualmente encontrem alguma paz. Cumprimentos

Sara disse...

Sempre fui contra as praxes. Cada um é livre de fazer o que quer, mas eu sempre disse que um dia que fosse para a faculdade jamais seria praxada. E assim aconteceu. Declarei-me anti-praxe. Infelizmente há muita gente que não tem respeito pelos outros e por ter sido a única pessoa a declarar-me anti-praxe, fui posta de parte, rotularam-me. Disseram que teria de ir ao auditório e dizer a alto e bom som que me declarava anti-praxe. Simplesmente disse que não o faria. Já o tinha dito uma vez e para mim era mais que o suficiente. Então disseram que não era merecedora do traje. Jamais poderia trajar e participar na queima das fitas. Chorei muito. Mas nada me moveu. Mantive convictos os meus ideais. Não me arrependo. Trajei e participei na queima das fitas. No entanto, uma mocinha que estava no dia em que me declarei anti-praxe, veio junto de mim e disse "não devias estar aqui, não mereces". Respondi que merecia estar ali tanto quanto os outros a que se submeteram às humilhações das praxes. Acabei o meu curso, ponto. Qualquer pessoa merece estar aqui. Virei-lhe as costas e fui "curtir" o meu dia.
Há praxes e praxes. Há pessoas e cobardes que por vestirem um traje e uma capa com emblemas julgam-se os reis do mundo.

A história do Meco é uma incógnita. Que não foi uma reunião "normal" já todos percebemos. O problema é que quem cá ficou não é capaz de dar a "cara". Tendo culpa ou não, só ele sabe. Mesmo que não tenha, tem culpa por não dar uma satisfação aos Pais dos seus amigos. Cobardia, pura e dura. Pactos de silêncio? Tretas... o pior silêncio é o que acompanha estes Pais. O silêncio da noite de 15 de Dezembro.

Sara

Maria disse...

É de facto muito triste o que se passou com estes jovens... No entanto, o que eu vejo nestas notícias todas são ataques constantes às praxes... Faço parte da cidade com maior história e tradição académica, Coimbra, e não podia ter mais orgulho nisso!! Claro que há praxes abusivas, mas se não soubermos dizer não a abusos na praxe como vamos saber dizer não, na vida futura, a um patrão mais abusivo?? Ainda sou caloira, nunca sofri uma única praxe abusiva, tenho os melhores doutores do mundo, e a melhor família académica... Aliás, a minha madrinha é das doutoras mais exigentes a praxar, no entanto sempre que precisei de desabafar, chorar as saudades de casa, falar do que quer que fosse, tive-a sempre lá... Há doutores e veteranos abusivos?? Suponho que sim! Montes deles... Como em tudo na vida, há pessoas parvas em todo o lado, mas cabe aos ditos "caloiros" saber dizer não, quando a praxe vai contra a sua integridade física e moral.. Já disse não a algumas coisas na praxe, e não é por isso que fui humilhada ou posta de parte, bem pelo contrário!!!! Tenho o respeito de todos os meus colegas/doutores tal como eles têm o meu respeito, a praxe é para ser levada a brincar mas sem sermos uns paus mandados, e é isso que muitas pessoas não sabem fazer... Por isso, sim! De certa forma, a praxe prepara-nos para o futuro! Acho bem mais abusivo o valor das propinas! Isso sim, é um abuso!!!!!
Sou estudante de Comunicação Social, na ESE de Coimbra, mas sinto-me um pouco triste com a vertente anti-praxe que se tem tomado em relação a isto... Provavelmente estes jovens fizeram o que lhes apeteceu, já vi muito doutor e doutora, ou caloiros fazer coisas parvas por vontade própria, quando o álcool não dá para mais, talvez esta seja a explicação mais lógica para o que se passou!
Pipoca, percebo a tua posição claro, mas há praxes e praxes, não podes julgar todas da mesma maneira, eu tenho feito coisas bem divertidas, como dar abraços grátis no DV de Coimbra, isto é abusivo? A mim não me parece... Espero que estes pais encontrem as respostas que procuram para puderem ter um pouco mais de paz...

Anónimo disse...

Tenho 50 anos e fiz a minha licenciatura no IST que desde sempre teve grandes tradições académicas. Não praxei, mas vi praxar. Mas no "meu tempo" as praxes eram salutares e eram para brincar. Uma das praxes que faziam às raparigas era obrigá-las a fazer uma declaração à estátua do Bensaúde, fundador do IST, e depois beijá-lo na boca. Outra era fazer um relógio de cuco com quatro pessoas. Estas praxes não faziam mal a ninguém, não sujavam, não humilhavam e não matavam. Sou completamente anti praxe nestes moldes. Não concordo que se façam amigos para a vida, não concordo que nos preparem para a vida. A vida é muito mais do que isso. Claro que as pessoas podem dizer que não querem ser praxadas, mas muitas são fracas de espírito e querem desesperadamente ser aceites e querem integrar um grupo.
Claro que se deve respeitar a dor das pessoas, mas como amiga e "irmã" de uma dessas infelizes não tem pelo menos curiosidade de saber a verdade, ou pelo menos a verdade do dux? É que a verdade verdadeira (desculpem a redundância) ficou no mar do Meco naquele dia fatídico.
E já agora, se as praxes preparam para a vida como diz, não acha que as pessoas já tinham idade suficiente para se aperceber da perigosidade do que iam fazer? É que aquela praia já é perigosa no Verão com bom tempo. Agora no Inverno...
Desejo-lhe as maiores felicidades na sua vida académica e espero que tenha tirado a lição da sua vida com esta desgraça. A vida é que nos prepara com os seus impoderáveis, não são as praxes.
Também tenho filhos, e a minha filha foi praxada este ano, o pior que lhe aconteceu foi jantar com as mãos atadas e rolar na relva. Chegou suja, mas viva!
IM

Anónimo disse...

Inteiramente de acordo com o post. Não existe maior dor, do que aquela que se sente quando se perde um filho. É um "bocado" de nós que nos é "arrancado". Fui estudante universitária e não entendo de que forma as praxes contribuem para a "preparação para a vida". Presumo que a maioria dos "comentadores" não é mãe/pai. Tendo em conta a existência de um sobrevivente, deveria existir uma forma "de o obrigar" a falar sobre o que aconteceu naquela noite, tendo em conta, que tudo o que disser será a versão dele. Os mais merecem essa explicação para perceberem (se é que isso é possível) o que se passou com os seus filhos. Alguns comentários revelam uma total ausência de valores e ética.

Maria disse...

Fui praxada, e nunca fui obrigada a nada! A praxe é voluntária! Ainda sou caloira e sempre que recebo uma mensagem a dizer que em tal dia vai haver praxe, vou de livre e espontânea vontade, porque gosto! Não me sujeito a ser humilhada por ninguém, e nunca, nenhum dos meus doutores tentou humilhar quem quer que fosse! Quem não quer ser praxado declara-se anti-praxe e acabou, tenho várias pessoas na minha turma que são anti-praxe e no entanto nunca foram postos de parte quando há jantares ou convívios de curso!!! Tenho a dizer que fiz o melhor grupo de amigos da faculdade, graças à praxe! Tenho padrinhos fantásticos que me apoiam sempre, sou praxada com orgulho porque sei que nunca me tentaram humilhar, e se tentassem eu sei dizer não! A primeira coisa que me disseram quando cheguei à ESE de Coimbra foi: "Quando acharem que a praxe vai contra os vossos ideais, digam não! Não tenham medo, não vão sofrer represálias por dizerem não, a um doutor!" Por isso, sim! A praxe ensina-nos muita coisa...

Anónimo disse...

Eh muito bonito falar em vontade e alegria dos caloiros mas se um deles decidir declarar-se anti-praxe eh posto de parte mesmo que seja de forma mais ou menos obvia. em alguns cursos e faculdades ate avisam que ha uma especie de exclusao. a vida academica girar ah volta de praxes e fazer acreditar que o nosso sucesso pessoal e social vai depender disso eh absolutamente aterrorizante. podem fazer-se amigos, ir para os copos, namorar e tanto mais sem permitir humilhaçoes. o que para uns eh humilhaçao e ate castrador e que causa vontade de desistir daquilo tudo...para outros, eh muito engraçado e muito in e muito fixe e faz ser muito popular. qtas pessoas que sao praxadas nao farao um enorme sacrificio para serem aceites? Tal como para pertencer a um ou outro grupo social na escola. Sei bem que ha praxes e praxes mas nenhuma das que tive e tenho conhecimento, tem valor construtivo , edificante como apregoam. fazer depender a vida academica desse conjunto de brincadeirinhas muito pouco uteis, engraçadas e nao longe do ridiculo no pior sentido da palavra, eh mesmo absurdo.

Anónimo disse...

Exige?????????
Resposta: Não exige. A menina quanto muito, GOSTARIA...
Assim já conversamos. Claro que temos que nos respeitar uns aos outros, e começa logo por não se exigir. Pede-se respeito e educação. Mas isto só a vida a vai ensinar. Pelo tom deve ser muito novinha. A vida vai encarregar-se de lhe mostrar muita coisa.
A menina é de Coimbra, eu de Lisboa (IST), e existem praxes engraçadas e praxes completamente despropositadas.
E existem pessoas que ridicularizam as outras sim senhora. E nem toda a gente sente da mesma maneira. Se me mandassem rastejar por um copo de água, seria uma grande humilhação. A sua colega de comentários diz que a prepara para a vida e a ensina a respeitar hierarquias. Como vê, opiniões!
IM

Anónimo disse...

Quando entrei na faculdade fui ao primeiro dia de praxes. Na minha faculdade não há muita tradição de praxe mas ainda assim aquilo que fizemos (tirando as pinturas na cara e esse tipo de coisas) foram jogos inocentes e divertidos que nós permitiram conhecer os futuros colegas. No segundo dia de praxe tivemos uma aula-fantasma e de seguida fomos para os jardins período a faculdade, aí em grupos mais pequenos, fazer novamente alguns jogos. Não fui a mais dias de praxe por opção própria e não fui posta de parte por causa disso.
E hoje, licenciada ao fim de 4 penosos anos, reconheço que a praxe não foi aquilo. A praxe foi cada dia que passei na faculdade, cada exame que fiz, cada oral, cada noite mal dormida, cada tristeza ou alegria. Somos praxados durante a faculdade, durante o curso, para que possamos sair de lá preparados para enfrentar a selva que é o mundo. Isto sim é uma praxe!
Para mim tudo o que ultrapasse isto é ridículo. É ridículo que as pessoas se submetam a este tipo de coisas e que obedeçam a alguém por motivo nenhum aparente. Bem sei que os fundamentalistas vão dizer que é tradição e mimimi mas esse argumento não procede, a tradição não justifica nada.
O que se passou no meco foi lamentável e logo nesse dia comentei com uma amiga que não tinha sido um mero azar, tinha sido algo mais.
Espero do fundo do coração que suas famílias consigam alguma paz nas suas vidas e essa paz passa, decerto, pela descoberta da verdade!

Inês disse...

"(...) o Dux ou mesmo o João (...)" mas não são a mesma pessoa??

Anónimo disse...

Desconhecia estes pormenores da tragédia. O dux ser o único com telemóvel, não estar molhado, ter sido o único sobrevivente e agora não dizer uma única palavra acerca do que se passou... Lembro-me de ter ouvido numa notícia que o rapaz sobrevivente foi o único que conseguiu sair do mar mas, afinal, parece que nem chegou a entrar. Se fosse apenas uma reunião entre os membros da praxe, não era preciso deslocarem-se até a praia de madrugada. Podiam tê-la feito em casa, a qualquer hora. Parece-me óbvio que foi apenas mais um episódio de praxes sem limites e com consequências muito trágicas. E o dux deve ter, com certeza, culpa nisto. Por isso se mantém calado e assim há-de continuar.
No meu ano de caloira cheguei a ir 3 vezes à praxe e não aguentei mais. Sou completamente anti-praxe, são ridículas, um abuso e parece-me haver qualquer coisa de doentio nas pessoas que só se conseguem divertir com humilhações, sexo, álcool e figuras tristes.




teardrop disse...

Pipoca, acabei por não ver a reportagem ontem, mas conto fazê-lo hoje. Concordo com tudo o que foi escrito! Não sou anti-praxe porque felizmente na minha faculdade eram muito ligeiras, mas vejo coisas que não compreendo e não me fazem sentido. Não foi por ter uma praxe levezinha que defendo menos o meu curso, não tem mesmo nada a ver!

Monica*TH* disse...

Com certeza ontem não acompanhou a reportagem na CMTV, porque se a tivesse visto não estava a gastar teclas para dizer tanta barbaridade junta. Ontem falaram na tentativa de suicídio do "Dux" e em momento algum ouvi os pais, primos ou avós das vitimas culparem quem quer que fosse. A única coisa que eles querem é saber o que se passou para poderem fazer o luto e visto que o "Dux" foi o único sobrevivente é completamente natural que as perguntas sejam dirigidas a ele. Mais, os pais sabiam sim que os filhos tinham alugado a casa e já era comum estes fins de semana, ontem uma das mães referiu que a filha lhe tinha ligado a dizer que já estavam alojados e que estava tudo bem logo esse seu argumento não me parece muito válido, quer dizer, já não estamos a falar de crianças. Até que ponto uma mãe pode controlar a vida de um filho de 22/22/23 anos? A maior parte das vezes os filhos nem sequer dizem a verdade ou dizem apenas uma parte. Dizem que vão para casa da Maria estudar e afinal até estão em casa do Manuel, isso é IMPOSSÍVEL de controlar a menos que os meninos tenham chip. Por acaso, houve uma tragédia, mas podia ter corrido tudo bem e se calhar até hoje os pais não sabiam desta "seita", que é o que me parece ser.
Para terminar deixo-lhe uma pergunta: como é que alguém que viu os amigos serem engolidos por uma onda (o Dux) e se diz muito traumatizado sai do hospital e a primeira coisa que faz é ir à casa alugada limpar e separar os pertences? Muito estranho não? Olhe, espero que nunca me aconteça, mas se algum dia me vir em alguma situação tão traumática espero ter a racionalidade e agilidade que ele teve. Por favor, não atire areia para os olhos

Anónimo disse...

Existem praxes e praxes. Sendo eu aluna da universidade de coimbra e sendo este o meu primeiro ano, acho importante aparecer nos primeiros dias de praxes pois chega-se a uma cidade onde não se conhece ninguém e isso é uma forma de conhecer. Sei que há faculdades que o tema deles de praxe é simplesmente humilhar os caloiros, mas tenho de referir que a universidade de coimbra vai contra essas humilhações e as praxes servem para unir os "doutores" e os caloiros. Criei várias relações com as pessoas mais velhas do curso e nunca me senti humilhada em caso algum.

Maria disse...

Acima de tudo, o que existe em Portugal é um problema cultural.

Só quem esteve, ou mantém contacto, com países mais desenvolvidos (os nórdicos por exemplo) é que se apercebe de como a formação de carácter e personalidade é muito diferente nestes países e nos de 3º mundo (como é Portugal).

É esta submissão, ir com o "rebanho", "se os outros têm, eu também tenho que ter", "a galinha da vizinha é melhor que a minha, mas não deixa de ser uma grande cabra", que afecta grande parte dos portugueses e que nos deixa a todos com um grande percurso a percorrer.

O querer azambarcar tudo à colectividade em vez de contribuir para a colectividade, mostra como todos estes episódios de crise de valores e económicos estão MUITO associados.

Nenhum pai deveria perder um filho por motivo nenhum, mas muito menos por um comportamento estúpido. Tenho o coração apertadinho por estes pais.

Mel disse...

Olhe eu vivi muito a tradição académica e digo-lhe que não está certo. Imagino que isso possa acontecer nos meios académicos mais pequenos (digamos que há menos com quem criar laços), mas não acontece na generalidade dos casos. Fui praxada e praxei. Mas cansei-me depressa e deixei-me disso. Não porque não fosse giro mas porque eu não tinha tempo para fazer tudo o que achava giro e fiz opções.
Não fui posta de parte. Tive amigos que, enquanto caloiros, se declararam anti-praxe e só eram excluídos ... da praxe. De tudo o mais participaram.

Anónimo disse...

Pois a mim a primeira coisa que me disseram quando me quis negar a uma praxe nessa escola foi "depois não podes vestir o traje"...e eu, idiota, lá fui, quando o que devia ter feito era cuspir na cara da "doutora" que me disse isso. (vim, no ano seguinte a saber que só era "doutora" porque era burra e como tinha mais matriculas que nós (santa inteligência) podia-nos praxar...ah e talvez coadjuvasse o facto de ser namorada daquele que foi o presidente da associação de estudantes que deu o maior desfalque daquela instituição)...Realmente, dão uma preparação do caraças as praxes...upa upa...deve ser por tamanha preparação que eu terminei o curso e essas alminhas (a doutora e o doutor) ainda lá continuaram...a aprofundar a sabedoria...

Anónimo disse...

Sinceramente não percebo porque é que insistem a puxar a praxe para este assunto. Seja o que for que tenha acontecido, a responsabilidade de entrar na água é das próprias pessoas e de mais ninguém. Em relação ao sobrevivente, acho absolutamente indecente que uma pessoa que tenha "visto a morte" e que se tenha safado não tenha o direito de lidar com a situação seja da maneira que for. Os pais perderam os filhos, mas ele viu a vida escorregar-lhe pelas mãos, sem dúvida deve ser uma experiência traumatizante. O próprio rapaz pode sentir-se de alguma forma culpado pelo que aconteceu, por ter sido o único sobrevivente. Dêem-lhe espaço, por favor. Respeitem o silêncio dele. Não vai ser o conhecer da história daquela noite que vai tirar um bocadinho que seja da dor que os pais estão a sentir.

Anónimo disse...

Não acompanho esta tragédia a par e passo, por isso pergunto: como sabem que o João não fala sobre o que aconteceu? O Ministério Público deu alguma conferência de imprensa informando-nos disso? Ele não relatou os factos ao MP? Sabem se o João se encontra mentalmente bem ou se se encontra medicado?
Tanta coisa que, por vezes, pensamos que sabemos, e afinal, não sabemos nada.

Claro que os pais nunca aceitarão que os seus filhos morreram por uma má decisão, por isso, é urgente encontrar alguém a quem culpar, numa tentativa de acalmar a dor que, sabemos de antemão, nunca irá passar. Mas a do João, dificilmente, também irá passar. Será para todos uma cruz a carregar.

Unknown disse...

Tanto drama por uma má escolha de palavras da Patrícia!!! Talvez exigir seja um termos muito forte mas percebo aquilo que ela quis dizer... Da mesma forma que os anti-praxe devem ser respeitados e ratata também acho que os prós-praxe o devem ser. E por amor de Deus mas o argumento do "é muito novinha para exigir o que quer que seja" é para lá de ridículo...pode ser novinha mas pelo menos sabe escrever ao contrário da Fernanda que tirou o curso e blablabla e escrevo exijo com g!!!!!

Sem dúvida que é um tema sensível e que há praxes deveras estupidas mas acho que não é preciso virem com fundamentalismos nem teorias porque ninguém sabe o que aconteceu... pode ter sido uma praxe que deu para o torto, o que é muito provável, mas também pode ter sido outra coisa qualquer... há muitas peças deste puzzle que não encaixam.

Anónimo disse...

A minha praxe não passou de pedipaper's para ficarmos a conhecer uma cidade nova, uns jantares com direito a começar pela sobremesa e café e umas cantorias ensaiadas para levar no cortejo. O "pior" foi um batismo com direito a água de bacalhau mas apenas pulverizada. E no final foram os "doutores" que asseguraram que chegamos a casa salvos de vergonhas. Para não irmos a cheirar assim nos transportes públicos até nos levaram nos próprios carros a casa. quando era para "rebolar" na relva iamos à casa de banho voltar a roupa ao contrario para que conseguíssemos voltar a casa sem passar vergonhas. Pintaram-me as unhas com as cores do curso mas asseguraram-se que quem desenvolvia alergias não pintava. Acho estas historias dignas de filme de terror e agora percebo porque é que gostava de ir à praxe. Porque serviu exclusivamente para o seu propósito, integrar-nos numa cidade nova numa escola nova e com pessoas novas de forma. divertida e saudavel.
O que aconteceu nuca se saberá, O sobrevivente é unico pode contar o que quiser, ainda que queira dizer a verdade. Uma coisa é certa, eram todos adultos e certamente não haveriam armas apontadas à cabeça deles a obrigá-los seja ao que for. Uma historia triste com um final trágico para todos. O sobrevivente não estará muito bem certamente. Cabe talvez às direcções das faculdades tomarem alguma atitude relativamente ao que são as praxes e impedir que coisas absurdas como largar alguém no meio da serra seja permitido. Isso não são praxes, isso é só estupidez.
Sentimentos às famílias que não recuperarão mais o que perderem.

Anónimo disse...

Eu conhecia uma das raparigas, e acho sinceramente estranho todo o desfecho daquele retiro. Eu própria fui sujeita a praxes, e fui porque quis. Mas NADA que me tenham pedido para fazer me fez pensar duas vezes. Eram coisas mínimas, que passavam por exemplo por ir ditar um poema de amor inventado á pressão a um dos nossos veteranos, com palavras como "sanita" e coisas do género que, em situações normais, não fariam sentido existir num poema. Coisas giras, para nos rirmos. Se me tivessem sujeitado a algo que me fizesse recear pelo meu bem-estar (e em situações extremas, recear pela vida) jamais continuaria. Porque as praxes existem com o sentido de "integrar", e quem abusa desse poder então não sabe o verdadeiro conceito do espírito académico. Eu soube de uma faculdade em que, no meu ano de caloira, os veteranos colocaram os alunos enterrados em estrume, apenas com a cabeça de fora para respirarem, com a desculpa da simbologia do crescimento. Poupem-me!
Quanto ao que aconteceu no Meco, creio que todos estao a pensar no mesmo, e infelizmente parece-me a mim que seja o mais provável: bebedeira.
Sendo eu da idade da maioria deles, e olhando para a minha geração, basta pensar: vão passar o fim de semana fora, supostamente para planear futuros eventos de praxes ou whatever... descem à noite até um bar para tomar um café e conversar um bocado (o único relato que foi concedido aos pais, antes da ida dos filhos para a praia)... ora, sendo pleno Inverno, e sendo a Galé uma zona horrivelmente fria, não seria preferivel combinar o que quer que fosse no bar? Para descerem até à praia, de noite e em pleno Inverno, e apelando ao senso da minha geração, lamento informar que a ideia muito provavelmente foi agarrarem em bebidas alcoolicas do Pingo Doce (bem mais baratas do que nos bares, como se sabe) e irem despejá-las goela abaixo para a praia.

Anónimo disse...

Completamente de acordo! Ninguém sabe ao certo o que se passou mas sabemos que todos eram adultos e na plena posse do livre arbítrio... É que só falta dizerem que o Dux, essa sumidade, os foi buscar a casa dos pais pela orelha!

Lamento a dor das famílias, não consigo imaginar dor maior; mas se alguém disser para eu me atirar para dentro de um poço e eu o cumprir, a culpa e a responsabilidade é minha e não de quem me mandou!

tummytuck disse...

Amigos para a vida, o cara***. Acabem a Faculdade e nunca mais se falam.

Copos de água que signifiquem o curso? Peta. A Lusófona é privada. Basta pagar a mensalidade, que acabam o curso.

Respeitar hierarquias? A única hierarquia com a qual vão contactar é o Centro de Emprego. E este comunica por carta.

O DUX é o gajo que passa o curso todo sem f***r.

Anónimo disse...

Pois não....é só preciso não ter personalidade e deixar....

Anónimo disse...

Com certeza não viu a reportagem que passou na CMTV, de outro modo não estava a gastar teclas para dizer tanta barbaridade junta.
1. Ontem na reportagem frisou-se a tentativa de suicido do "Dux";
2. Ninguém (pais,avós, primos etc) em momento algum culpou o Dux, os pais apenas querem respostas sobre o que aconteceu para poder fazer o luto e visto que só há um sobrevivente, é mais que natural que as perguntam sejam feitas ao mesmo;
3. Mais uma vez se tivesse visto a reportagem e tivesse ouvido os testemunhos dos pais também sabia que estes fins de semana já eram normais, eles sabiam sim que os filhos tinham alugado a casa supostamente para preparar as praxes do próximo ano. Ligaram aos pais a dizer que já estavam alojados e que estava tudo bem. Nada se pergunta? Ora bem, se já não era a primeira vez e visto que já são jovens adultos,bons miúdos, segundo dizem com boas notas que razão teriam os pais para os proibir ou para desconfiar? Para além de mais os pais podem ter feito perguntas mas como sabe os filhos só podem ter dito meia verdade não? Que controle é que os pais têm sobre isso? Só se andarem com um detector de mentiras ou se puserem um chip aos filhos. Provavelmente o que se passou naquela noite, passou-se em muitas outras só que nunca correu mal até aquele dia. O que vão os pais fazer? Guardar os meninos numa redoma de vidro? Pf...

Para terminar deixo-lhe uma pergunta: Sabe qual foi a primeira coisa que o Dux fez quando saiu do hospital? Dirigiu-se à casa, limpou tudo e separou os pertences dos colegas em sacos de plástico, parece-lhe um ato de alguém que está traumatizado por ver os amigos serem engolidos por uma onda?
Espero que nunca me veja num episódio traumático, mas se me acontecer espero ter tanta agilidade e racionalidade como ele teve. Pf, não me atire areia para os olhos

Patricia disse...

Fernanda tenho o direito de exigir desde o dia em que nasci, não é a idade que dita o poder que temos de exigir ou não. Tenho tanto direito de exigir dos outros como os outros têm de exigir de mim. Aquilo que eu exijo não é que gostem da Praxe, como disse, respeito quem não gosta mas exijo sim que respeitem a minha opinião. E a meu ver não é respeitada quanto vejo pessoas tentar denegrir algo sem qualquer tipo de lógica. Querem apontar críticas tudo bem, mas façam-no com fundos de verdade. Quanto ao assunto da queima isso é querer puxar conversa que não é para aqui chamada, são opiniões. Por fim, volto a referir que sei e tenho noção que há quem passe dos limites não preciso de ler nada porque tenho conhecimento de causa.

Dg disse...

Não querendo entrar muito nesta batalha de quem é a favor e de quem é contra a praxe acho que devo partilhar a minha experiência em relação a este assunto. Fui praxada tal como a maioria dos meus amigos, mas não fomos todos praxados da mesma forma.
Posso dizer que nunca me senti humilhada e se alguma vez isso acontecesse nem dava uma segunda oportunidade aos doutores e ia logo embora. No entanto tenho colegas que foram e que, por opção deles, decidiram continuar em praxe.
Isso de dizerem que a culpa de alguém ser humilhado é da praxe já devia ter acabado há muito tempo, a culpa é de quem o faz. Os meus doutores, que posso dizer que actualmente são meus amigos, foram humanos, ao contrário de muitos outros que andam aí com a mania que mandam alguma coisa por terem duas hierarquias a mais do que um bicho e que tratam as pessoas como nem os animais devem ser tratados. No entanto na praxe só é humilhado quem quer, todos têm a opção de pegar nas suas próprias perninhas e ir embora!
Em relação ao sobrevivente percebo que todos queiram ouvir o que ele tem para dizer mas acho que o importante agora é deixar que ele tenha o seu espaço até se sentir pronto para falar com os pais das vitimas.

Mónica disse...

Concordo a '200%' contigo!

Maria disse...

Ana, vi a reportagem, emocionei-me e dormi mal. Não há ninguém que consiga imaginar a dor daquels pais. Não me sai da cabeça que foi ele que os mandou para a água e nem quero imaginar como é que ele vai carregar essa culpa para o resto da vida. Ao menos que fale, que conte a verdade. Sempre é um bocadinho de peso que lhe sai de cima.

Anónimo disse...

Mas desde quando é que se praxam finalistas? Desculpem lá, mas esta história está muito mal contada.

Anónimo disse...

oi?

Maria disse...

Pois, mas isso é o seu caso!! Foi o que se passou consigo! Nem todas as praxes são assim... E nem todos os veteranos são burros, para que conste! O meu padrinho tem 6 matrículas mas está a acabar a 2ª licenciatura, não se pode generalizar! E o assunto das praxes é extremamente generalizado! Não sei como são as praxes nas outras cidades, mas sei que em Coimbra a primeira coisa que os doutores ensinam é a dizer não, e a não irmos contra os nossos princípios! Tal como já disse, tenho colegas que são anti-praxe, e não é por isso que são postos de parte, nem se sentem postos de parte.. Simplesmente não são chamados para as actividades praxisticas e obviamente não vão poder praxar nunca, o que é mais do que óbvio, se não passaram pela praxe não têm moral para praxar! A questão do traje é muito simples: qualquer pessoa pode adquirir um traje e vesti-lo, mas o traje faz parte da tradição académica, se não fazemos parte da tradição académica (entenda-se, a praxe) que sentido faz vestir o traje? Só porque é bonito e nos fica bem? Que orgulho há em vesti-lo? Ah e tal ando na universidade e visto uma fatiota jeitosa... Não tem sentido algum!
Qualquer caloiro praxado, anseia por vestir o traje e para ter a capa traçada pelos padrinhos, na monumental serenata assim que soarem as primeiras notas da guitarra portuguesa, isto sim é tradição! O traje faz parte da tradição, tal como as praxes, está interligado... Só quem vive na totalidade o espírito académico, é que sente a verdadeira essência de vestir um traje, oficialmente!! Mas qualquer pessoa pode vestir o traje, até o "Manel da Tasca" a única coisa que muda é o sentimento ao vesti-lo, o orgulho em envergar um traje académico!!

Anónimo disse...

É verdade! Muitas das praxes são ditas como voluntárias, i.e., vamos às praxes sem ter que ir "obrigatoriamente " a todas, mas depois acontece que se não se for a todas somos assunto de conversa por isso. Há praxes e praxes e a maioria delas passam os limites.. Já me calhou ter de estar de 4 e ficar com grandes nódoas negras nos joelhos, ao ponto de até com calças de ganga aquilo que doía

Anónimo disse...

Na minha opinião o dux tem a sua parte de responsabilidade. Ele ou a comissão de praxe, mas quem inventou o "saltar ondinhas" com toda a certeza deveria ser responsabilizado. Sou a favor da praxe, do tipo de praxe que assisti em coimbra...onde não havia submissão ou humilhação extrema, onde se respeitava o ser humano. Desde então, vários foram os relatos que ouvi nos media sobre praxes que correram mal. E é por isso que não devemos responsabilizar a praxe, mas sim as pessoas que criaram determinado ritual na praxe, como este que é completamente estúpido. E o dux que não aparece e não fala às autoridades e que provavelmente "decretou" que ninguém podia falar, sabe quem estava envolvido na criação deste ritual. Por outro lado também sei que eram todos adultos, sabiam para o que íam e etc...mas é óbvio que se não aceitassem não eram aceites, não eram vistos da mesma forma! Estes rituais de passagem são quase uma forma de coação!!Estas pessoas sofrem pressão psicológica!! E alguém tem de ser punido pelo que aconteceu. Não deverá ser o dux, mas sim toda a comissão. Ou indo mais além, a própria lusófona.
E ao contrário do que alguns disseram, acredito que a verdade vai tirar alguma dor aos familiares. Se é suficiente para voltarem a sorrir...não acredito...mas talvez durmam melhor à noite, com menos questões e especulações.

Rita disse...

É deveras um desfecho triste e percebo a dor das famílias, mas culpar um colega só porque ameniza a dor ter alguém como "responsavel" pelas mortes é simplesmente errado.
Eu fui praxada e adorei, mas também me recusei quando achava que as praxes não faziam sentido. E ninguém me ia obrigar a nada!! Por isso acho que todas as pessoas que foram praxadas sabem as "regras" e sabem que a última palavra é do caloiro - não se pode obrigar ninguém a nada! Se as vitimas eram da comissão de praxe sabem isso melhor que ninguém. Por isso acho que não podem meter a culpa em cima do único sobrevivente porque se eles foram para a praia, foi porque quiseram!
Mas enfim, é um assunto que dava pano para mangas, mas enquanto não se souber a verdade tudo o que se diga não passam de puras especulações.

Sara disse...

Para mim foi uma praxe que correu mal. Se realmente há culpados então na minha opinião foram todos, desde toda a comissão de praxes, incluindo quem infelizmente perdeu a vida ao sobrevivente, a universidade e os próprios pais. Nesta altura pouco importa mas faz-me imensa confusão como alguém sabe que a filha foi largada no meio do nada e deixa a mesma continuar a participar neste tipo de comissões ... Isto se eles realmente entraram na água para serem praxados, pode ter acontecido muita coisa ...

Em relação ao João Gouveia, ninguém conhece o quadro clínico do mesmo, ninguém pode afirmar que ele está apenas traumatizado e a sofrer pela morte dos amigos. Qualquer indivíduo que sobreviva a uma tragédia passa por um processo de luto e aceitação bastante complicado. As coisas não são tão simples como ele está traumatizado passou um mês e tem de falar. Ele ou a família, basta saber se o João consegue falar com a família. Eu não acredito. Por algum motivo é que há muitos sobreviventes que acabam por cometer o suicídio.
Ninguém é obrigado a participar nas praxes. Acho que tudo passa pelo bom senso de quem faz e de quem se sujeita a tal. Ambas as partes têm de ter a noção e a coerência do que é aceitável ou não. A responsabilidade é de todos. Eu não participei nas praxes porque para mim não fazia nem faz sentido. Fiz amigos para a vida na mesma, e, não há nada que nos prepare para o mundo do trabalho. O respeitar ou não hierarquias, ou seja o que for é dos valores que vamos adquirindo ao longo da vida.
Infelizmente o que aconteceu não vai servir de exemplo, prova disso é o discurso das amigas de uma das falecidas. Agora todos não fazem isto ou aquilo, todos afirmam que não vão ao limite, mas, não é preciso entrarem no mar do Meco para morrerem. Basta andarem a correr feitos totós ao sol e com tijolos nas mãos, fazerem não sei quantas flexões para se sentirem mal e morrerem. Há uns anos atrás morreu uma rapariga durante as praxes. Supostamente foram atividades simples.
Espero sim que as direções das universidades tenham mais mão nestas comissões repletas de imaturidade.

Agora é esperar que tudo se resolva pelo melhor e que os familiares das vítimas encontrem a paz incluindo o sobrevivente.

Unknown disse...

Uma tragédia :s
http://uglyfashionexperience.blogspot.pt/

Joana Felício disse...

Inês, não pertenço à faculdade deles, era amiga de uma das raparigas, mas não de faculdade. Quanto à "hierarquia" deles estou por fora do assunto

Mary disse...

As pessoas adoram especulações, conspirações, filmes... Enfim.
Não sei porque raio há-de o rapaz ser obrigado a falar. Embora haja um processo aberto a polícia já disse que não há quaisquer indícios de crime.
Ele tem de falar por causa do sofrimento dos pais? E o sofrimento dele não conta para nada? É um ser humano que viu 6 amigos morrerem na sua frente. Um familiar dizia que todos os dias ligam para ele, para os pais, para a família... Mas que raio é isso? Só porque são família e ele é amigo, acham-se no direito de desvalorizar o sofrimento do rapaz?
E aguardar não? Uma familiar dizia que já passou um mês e é suficiente e que ele já pode falar... Será que depois de um mês ela já está recuperada? Não pois claro, e porque há-de o rapaz de estar?
E sendo que isto é um caso que teve grande repercussão na comunicação social é mais um forte motivo para o rapaz não querer falar, aparecer.
Aguardem, por mais duro que seja. Mais 1 mês, 2 o que o rapaz precisar para a consciência dele resolver ir falar, que tenho a certeza que acabará por ir. Ligar para ele todos os dias, para a família, para os pais, só vai piorar o estado do coitado! Eu sei que o sofrimento dos pais que perdem filhos é provavelmente o pior do mundo, mas isso não desvaloriza nem menospreza o sofrimento dos outros!

Daniela Dias Teixeira disse...

O pacto de silêncio dos restantes estudantes é também altamente revoltante. Como é que não percebem que isso é uma tremenda falta de respeito pela memória dos colegas que morreram e dos pais que sofrem com as dúvidas?

Anónimo disse...

Não costumo comentar, mas leio bastante o que aqui se passa.

Fui praxada e praxei, numa universidade com muita tradição académica, onde não só o nosso curso nos pode praxar. Praxes mais exageradas, no meu curso, não tínhamos; tínhamos apenas coisas vistas por mim como engraçadas: como fazer declarações a estátuas ou a quem passava na rua; fazer de sombra e imitar transeuntes e uma vez, lá muito por gracinha, andámos de velinhas na mão a cantar umas coisas em latim, com os praxados, pelas ruas da cidade à noite... pode parecer exagerado, mas fartávamo-nos de rir, inclusive os praxados. Ninguém foi maltratado nem eu concordei alguma vez com isso, mas confesso que outros cursos abusavam e foram feitas muitas queixas... ainda assim, nada chegou ao exagero de largar pessoas em sítios desertos, andarem dentro de água a fazer fosse lá o que fosse ou colocarem-se em situações perigosas... o máximo que nos podia ter acontecido enquanto praxávamos era alguém ser tímido e não conseguir imitar as novelas ou fazer declarações ou de sombra ou ter medo do escuro quando andámos todos em grupo pelas ruas da cidade... Não creio que ficassem traumatizados, pois muitos, coitados, já fugiam dos cursos deles para serem praxados pelo meu pois divertiam-se e ficavam à vontade... Sou a favor da praxe, mas haja LIMITES!!! Coisas levadas ao extremo desse modo, quanto muito, com tropas especiais, como os Comandos, Rangers ou Legião Estrangeira...e isso já depois de muita preparação, coisa que estes jovens não teriam certamente.

E reafirmo, sou a favor de praxe, mas praxe para mim significa brincar e integrar os caloiros, nunca fazer coisas que humilhem, tanto é que, com os nossos praxados, fazíamos jogos à semelhança dos jogos tradicionais e o que referi acima. Mais do que isso, para mim, não é praxe! É humilhação, é abuso, é risco e nunca terá bons resultados para ninguém.

Quanto ao Dux, acredito que esteja a sofrer, mas deve falar. Se tem culpa ou não, não sei nem sou ninguém para apontar o dedo, mas "quando um não quer, dois não fazem"... se a tem, não a tem sozinho. Mas agora deveria falar, até para acabar com a angústia e a ansiedade das famílias que não sabem o que aconteceu, o que deve ser pior que horrível...

É a minha opinião. Vale o que vale. E espero que me entendam.

Carla Sofia

Ana disse...

Não é possível ficar indiferente a esta tragédia. Seis jovens vidas perdidas de forma tão misteriosa, parece um caso de CSI. Esse rapazinho "dux" vai ter de falar, a bem ou a mal!

Serenity disse...

Foi uma tragédia a morte daqueles jovens, mas também acho uma tragédia sobreviver-se a tal coisa, a ver os amigos a morrer e ser alvo de um linchamento na praça pública. Eram todos finalistas, não eram? Então não estavam a ser praxados, mas sim a ensaiar praxes ou qualquer outra coisa. Eu percebo e lamento o sofrimento das famílias. Um filho não se substitui mas a perda de um filho único é sempre especialmente dolorosa. Mas é necessário deixar a investigação decorrer e não acusar o sobrevivente com teorias da conspiração. Eu percebo que falte forças a qualquer sobrevivente de uma tragédia para ir aos funerais dos amigos e enfrentar as famílias. É humano e eu também não sei se teria coragem para o fazer, mesmo sem culpa nenhuma na ocorrência. Mas não percebo como é que uma só pessoa obriga tantos a entrar no mar numa tempestade. Sinceramente, fui estudante universitária e, tanto enquanto caloira como finalista, se alguém me mandasse entrar no mar em tais circunstâncias, mandava-o àquele sítio e ia-me embora com quantas pessoas conseguisse arrastar comigo (e telefonava ao INEM). Aqueles que participaram eram adultos, não eram? Por terem morrido deixam de ser responsáveis pelas suas escolhas? Sinceramente, espero que haja uma investigação apurada feita pelas autoridades competentes, mas ainda que perceba a dor das famílias dos mortos, também penso que a dor do sobrevivente também deve ser respeitada e que ele não é obrigada a vir falar às famílias e à comunicação social do que ocorreu. Deve é falar à polícia, ministério publico e outras autoridades envolvidas na investigação. A mais ninguém é obrigado a falr. Se calhar estou a ser muito inocente, ao preferir acreditar que se tratou de um triste acidente, até prova em contrário... Mas eu já tive 20 e poucos anos e ainda me lembro das dinâmicas de grupo que aconteciam. Pessoas super responsáveis, no grupo certo (ou errado) na hora certa (ou errada) faziam as coisas mais estapafúrdias! Eu escapei a muita coisa porque tive outras responsabilidades que me impediram de viver muito da vida académica, mas sei do que se passava . E não era tudo à volta das praxes! (apesar de ser também contra elas). Para as famílias desejo que obtenham todas as respostas de que necessitam. Para o sobrevivente espero que tudo não tenha passado de uma infeliz tragédia sem responsabilidade dele e que a verdade o liberte das especulações. Sinceramente não vi a reportagem de que falas, só li a do Público, mas penso que há vários motivos compreensíveis para que o rapaz se esteja a resguardar que não impliquem que seja culpado. E assim só ouvimos 1 parte da história, o lado das famílias dos mortos, compreensivelmente revoltadas e em sofrimento pelas suas perdas.
Ana

mariana disse...

Para quem quiser ver, aqui está o link:

http://cmtv.sapo.pt/atualidade/detalhe/especial-tragedia-no-meco-sms-alerta-para-praxe-de-risco.html

Anónimo disse...

A pipoca nunca deve ter andado na praxe. Acho que quem já andou é que tem argumentos para dizer bem ou mal porque sabem o que é. Outra coisa a universidade lusofuna é uma vergonha e parece-me que a praxe deve ser igual nessa casa.

Unknown disse...

Bem, eu lembro-me um veterano qualquer ter chegado ao pé de mim e dizer "caloira, vá-me buscar um café!" e eu responder algo como "Por alma de quem?". E fiz muitos amigos na faculdade... Enfim!
A história está mal contada e é, sim, bastante suspeita.

www.prontaevestida.com

Manuela Marques disse...

Diz que a praxe é linda, que dá para conhecer pessoal, que fazemos amigos para a vida, que é útil quando estamos numa nova cidade, blá blá blá blá blá.

Tretas.

Então os ditos "doutores" (lol!) não têm criatividade para organizarem outras formas de os caloiros se conhecerem e se integrarem na comunidade universitária?! Só assim em 5 minutos consigo lembrar-me de mil maneiras mais eficazes. Idiotas.

ACORDEM!
A maioria dos "doutores" (lol!) só querem sentir-se superiores, humilhar-vos e rirem-se à pala das tristes figurem que os caloiros consentem fazer. E consentem em nome de quê ou de quem?? Nunca percebi.

Urge agir rapidamente nesta merda de tradição que cada vez mais se enraíza nas nossas universidades...

Anónimo disse...

Há praxes e praxes. E também há gente que não percebe o que é a praxe. A praxe, que devia consistir em fazer amizades, ter desafios engraçados, etc, acabou por, em muitos casos, ser um conjunto de atos desumanos para os caloiros. Desde imitar atos sexuais a mergulhos no rio à noite. E os "pobres" caloiros devem levar uma lavagem cerebral de tal forma que pensam que se não fizerem aquilo não vão ser integrados e não são dignos de estar ali. Enfim, há que saber dizer não. Concordo com tudo o que disseste!

Anónimo disse...

Nada do que descreveu é Praxe. O que eu lamento é que se apelide de praxe o comportamento imbecil e tantas vezes criminoso de gente sem nível, sem princípios e sem educação. Praxe não é nada disto.

Rita

SN disse...

Não se trata de desvalorizar o sofrimento dele. Mas o seu silêncio levantou suspeitas. Se tivesse acontecido o que inicialmente se pensou, que estavam perto do mar e que uma onda os levou, duvido que não tivesse testemunhado isso mesmo de imediato.
Émais que legítimo os pais quererem saber o que aconteceu. Nem compreendo que alguém entenda que os pais devam resignar-se ao simples facto de que os filhos morreram e pronto.
Até porque se forem confirmadas as suspeitas levantadas, de rituais muito idiotas, é informação oportuna para outros estudantes e seus pais.
Não se trata de desprezar o sofrimento do dux. Mas ele terá de enfrentar a realidade, até para poder ultrapassar este infeliz episódio.

Anónimo disse...

O que é que é mais ruim que uma morte? O que é que quer dizer com isso? Foi só uma boca mandada para o ar?

DV disse...

Eu fui praxada quando estava na faculdade e a coisa mais terrível que tivemos que fazer foi almoçar um dia com palitos em vez de talheres. É um bocado ridículo dizer que se fazem amigos para a vida, ou que a praxe ajuda a perceber as hierarquias (tipo aprender a respeitar miudos que sao alunos como nós, apenas uns anos mais velhos?!) mas não posso dizer que esteja marcada negativamente - ou positivamente. Gostei de ter ido a praxe, fiquei a conhecer mais pessoas, e até acho giro existirem praxes quando se chega a um novo emprego. Na minha opinião, isto que aconteceu não é nenhuma praxe, são ideias estúpidas que surgem porque os alunos que praxam têm liberdade para fazer o que lhes apetecer. Acho que as comissões de praxe e as faculdades deviam ser completamente responsabilizadas.
E o rapaz que praxou, acredito que esteja a passar um mau bocado. Mas se foi, de facto uma situação de praxe, e eles entraram na água porque ele lhes disse, então claro que ele deve ser reponsabilizado....

DV disse...

Só para dizer que achei o teu comentário o mais genial de sempre :-P

Anónimo disse...

Ana, conheço o senhor de um café onde o João trabalhou durante algum tempo e ele diz que o rapaz não come, não dorme só chora. Agora explique me como é que o rapaz neste estado pode falar com quem quer que seja!
Pais perderam os seus filhos, e isso deve ser a maior dor do mundo, mas e o sofrimento deste rapaz não conta? Deve estar farto de se culpabilizar pelo que aconteceu, este rapaz está marcado para a vida e não tem culpa de nada! Os 5 jovens que perderam a vida eram todas maiores de idade e responsáveis pelos seus actos. O rapaz vai desabafar quando estiver preparado e está no seu direito.

Anónimo disse...

Faço parte de uma comissão de praxe. Tenho 21 anos, estou lá há dois, o meu curso é de 5 anos, tou no 4º, tenho boas notas, e sei que a praxe não tem absolutamente nada que ver com isso. A praxe, desde o dia em que pisei o relvado da minha faculdade e me mandaram fazer uma cadeia de DNA (sim, porque são este tipo de praxes que há na minha faculdade... somos um bocado cromos, lamento...) que conheci uma das minhas melhores amigas que estava a fazer de uma base azotada ao meu lado.
Ora, não digo que quem não é praxado não faça amigos. Porque os faz. Eu fiz muitos, uns pelas praxes, outros pelas aulas, outros pelas festas, outras pela tuna... Enfim. Tanta coisa.
Agora, o motivo porque sou praxista e porque faço parte da comissão: para não haver abusos. Não, não sou omnipresente e não consigo estar em todo o lado, mas os meus miúdos sabem que se podem dirigir a mim se alguém pisar os seus limites. Sem qualquer tipo de represália.
Na minha comissão também organizamos cerimónias académicas para os outros anos, desde a queima da sebenta, à imposição de insignias por mérito, e a queima das fitas (queimamos de facto uma fita, com tudo o que de mau nos aconteceu ao longo dos anos). E este percurso só é vivido com intensidade no seu todo. Desde ser praxado, a vestir pela primeira vez o traje académico, a observar (temos um ano de hiatus), a praxar, a receber uma insignia pessoal, a queimar o que de mau nos aconteceu... Podia estar aqui todo o dia a falar sobre a Praxe (com P maiúsculo, não das praxes com o minúsculo). A Praxe não é só atormentar miudos de 18 anos... Pelo menos, não é para mim.
Quanto ao facto de eles estarem possivelmente a ser praxados (os da comissão de praxe). Pode ter acontecido. No inicio do ano, depois de integrar a minha comissão de praxe, fui baptizada (num género de uma fonte). Este baptismo consistiu pura e simplesmente em acolher-me e dizer "Bem-vinda, vais ter trabalho pela frente". Não vou comparar com um baptismo religioso, mas conseguem fazer um certo paralelismo.
Por isso, espero que não tenha havido um rapaz que se lembrou de fazer uma coisa deste género em mar batido. Espero mesmo do fundo do coração.

Anónimo disse...

Maria, só uma correcção: em Coimbra não há traje académico, há capa e batina para os homens e fato para as mulheres.
De resto, estamos tão de acordo!

Rita

Filipa Sousa disse...

Sou membro de uma comissão de praxe do ISCTE, sou totalmente a favor da praxe. Claro que há comissões e comissões, mas a única coisa que no ISCTE é permitido fazer são jogos de integração dos putos, que nada têm de mal ou de humilhante. Não conheço como funciona a Lusófona, mas não me parece que seja culpa da praxe o que aconteceu aqueles jovens. O que aconteceu foi falta de responsabilidade de alguém que é maior e vacinado. Acho estranhas estas interrogações que ficam por esclarecer, e alguma razão deve haver para que ninguém as esclareça... Os meus mais sinceros sentimentos aos familiares destes jovens :(

Anónimo disse...

"vamos às praxes sem ter que ir "obrigatoriamente " a todas, mas depois acontece que se não se for a todas somos assunto de conversa por isso." este pensamento e o pensamento de "na praxe tenho que fazer tudo o que me mandarem" é que tornam muitas das praxes péssimas neste pais, as pessoas têm que ter atitude firme, têm que fazer o que acham melhor sem pensar no que os outros pensam.

Praxei e fui praxada, disse que não a muita coisa que não concordei em fazer, ouvi não de muitos caloiros e aceitei-o da melhor maneira, a praxe tem uma hierarquia, assim como as empresas, mas se nós não gostamos de alguma coisa temos o direito a dizer o que pensamos e até temos o direito de vir embora quando quisermos, temos é que acreditar em nós próprios e naquilo em que acreditamos.

Quando a esta tragédia, não falo porque acho que há muita coisa para explicar....apenas digo que deve ser horrível toda esta situação para a família das vitimas.

Anónimo disse...

Praxe?! NENHUM DELES ERA CALOIRO!

Anónimo disse...

Fernanda, muito feio usar a idade como factor para poder ou não exigir alguma coisa. Idade nunca significou maturidade nem nada do género. Tenho 21 e exijo que me respeitem, e respeitar-me a mim implica respeitar aquilo em que acredito e defendo, pois também respeito crenças e opiniões alheias. Fui praxada na maior universidade do país, a universidade de Coimbra, cheia de tradições e NUNCa fui obrigada a nada, inclusive e beber. Bebe quem quer e muitas vezes a culpa de bebedeiras recai sobre os doutores porque não querem admitir perante os pais as suas acções. Praxei e nunca obriguei os meus caloiros a fazerem nada que fosse contra os seus princípios. Sim, há praxes muito estúpidas, mas também há a tendência estúpida de pessoas alheias ao que se passa actualmente generalizarem.
Patrícia

Anónimo disse...

Que grande confusão aí vai Sara! Pelo que descreve não deve ter estudado em Coimbra.
O "traje" como lhe chama, é o expoente máximo da Praxe, e por isso, quem se declara contra a Praxe, não deve sequer querer usá-lo. É básico.
Agora, esses comportamentos absurdos a que muitos chamam praxe, nada tem a ver com Praxe, por isso ainda bem que o usou e que se divertiu na queima (mais uma instituição da Praxe, mas isso agora não interessa nada)

Anónimo disse...

Em Coimbra não há "dias de praxe"! Em Coimbra não se vai "as praxes"! Em Coimbra a Praxe está compilada num Código da Praxe Académica, que todos podem consultar. Em Coimbra há sempre Praxe, a não ser na Queima das Fitas em que a mesma é suspensa.
Sugiro que se informe junto de quem sabe de Praxe e que compre um Código.

Anónimo disse...

A praxe até pode ser a razão do encontro que antecedeu a tragédia, mas não foi a sua causa. Mas claro que se compreende que pessoas que sempre estiveram relutantes às ditas "tradições académicas" - que, na minha opinião não são nada disso -, aproveitem este infeliz incidente para este tipo de associações e de atribuições de culpa. Infelizmente os únicos responsáveis pagaram as suas más escolhas com a vida. E atenção, a má escolha não foi integrarem-se na praxe. Foi sim estarem naquele local, naquele momento, possivelmente já bastante alcoolizados. Podemos dar todos a nossa opinião, podem culpar a praxe quantas vezes quiserem. Não foi e decerto que não será a última vez que morrem jovens à noite na praia. Infelizmente estes estavam trajados. E infelizmente isso deu origem a associações infelizes como a dos "membros de seitas". Só sente quem vive e percebo e respeito as opiniões de quem não viveu. É verdade que esse discurso ridículo da utilidade da praxe prá vida profissional é passado. Mas também é verdade que quem tem dois dedos de testa não o vai "passar". Eu não passo porque sempre o achei estúpido. Nem faço ninguém rastejar por um copo de água. Mas também não vim para aqui desmistificar o que quer que seja nem tentar convencer os descrentes, até porque este assunto é sobre muito mais do que isso. É sobre um grupo de jovens que, durante o inverno, foi uma noite para a praia. Também já o fiz, naquela praia por sinal, e também podia ter corrido mal.
Enfim. Acho que pelos familiares, amigos e - sobretudo - pelo próprio sobrevivente, as pessoas deviam ser mais comedidas a dar opiniões.

Anónimo disse...

Na hierarquia, quem tem mais matrículas pode praxar (e já agora proteger) quem tem menos matrículas.

Anónimo disse...

A última palavra não é a do caloiro. A última palavra é a da PESSOA.

Anónimo disse...

Muito bem dito.

Anónimo disse...

São revoltantes alguns dos comentários! O que está em causa não são as praxes! É a morte de seres humanos! Qual é parte que não percebem? Os pais querem "entender" o que se passou naquela noite e a única forma disso acontecer é o dito sobrevivente "abrir" a boca. Com todas as dúvidas que irão prevalecer. Tenho medo da sociedade que está a "emergir". ALGUNS jovens nem sabem o que andam a fazer na vida, quer durante a vida académica, quer depois dela. Quando arranjam emprego nem as regras básicas de uma vida em sociedade têm, tais como, um simples "bom dia", "obrigada", "desculpe", "por favor".

Catarina disse...

Pipoca, não querendo entrar em discussões, convido-te apenas a visitar o ISCTE na primeira semana de praxe, pode ser que a tua opinião mude um bocadinho :)

Anónimo disse...

Eu ando numa privada que tem um grau de exigência bastante superior à maioria das universidades publicas e não é por pagar mais que acabo o curso mais depressa e menos qualificada. Certamente não sabe do que fala...

Anónimo disse...

se vamos dizer que a praxe é estúpida, porque um ser teve a infeliz ideia de ser imbecil, e por em risco outros, então temos que dizer que a população portuguesa é estúpida porque um homem matou a mulher em confins-de-baixo. não se pode tomar o todo pela metade. é triste o que aconteceu? é, sem dúvida. devia ter sido evitado? devia. mas quê, se não fosse 'em modo praxe', se tivesse sido um conjunto de jovens que tinham decidido ir dar um mergulho à noite depois de umas cervejas, já era certo? já era aceitável? não era, lamento. é triste que as pessoas ouçam 'PRAXE' e entrem logo no modo 'vamos dizer mal. vamos meter as culpas ali, que é mais fácil'. as coisas não funcionam assim.
se o tal dux devia ser responsabilizado? devia. mas também tem que ser acompanhado. porque até as piores bestas da humanidade que se encontram nas prisões têm direito a acompanhamento.
vamos ser mais moderados e ver as coisas como elas são. há quem use as praxes para desculpar puras atrocidades, há, infelizmente, há. mas não é por aí que temos que tirar conclusões só por se ouvir essa palavra.
aliás, por algum motivos vamos para a faculdade com 18 anos (ou perto disso). já temos uns aninhos em cima, já sabemos distinguir o certo do errado. ninguém é obrigado a fazer nada. não concorda com o que lhe pediram? usa as perninhas, levanta-se, e sai. ninguém é obrigado a nada, somos cidadãos livres (enquanto isso não pagar imposto, claro).

Anónimo disse...

Olá Pipoca, estudo em Coimbra, aliás até sou finalista este ano. Fui praxada e praxei. Em nenhuma praxe que estive vi cenas ofensivas. Sempre que acontecem estes casos abusivos de praxe em Coimbra, como um que aconteceu na faculdade de psicologia cá em Coimbra, a nossa associação prontificasse imediatamente a agir, e esclarecer o assunto pois rege-se por ter a única praxe verdadeira deste país, que tem como principal objectivo dar a conhecer Coimbra, e estabelecer ligação entre caloiros e praxantes. Prácticas abusivas são realizadas por quem não conhece a verdadeira praxe, tradição de Coimbra, da Universidade de Coimbra, sendo uma tradição centenária. Este caso do Meco, acrescenta-se ao caso do instituto de Macedo de Cavaleiros e do instituto do politécnico de Coimbra, ou seja praticados em institutos, por alunos que inventam "prácticas" quase sempre abusivas! É preciso esclarecer este assunto, e culpar quem tem de ser culpado.

Anónimo disse...

já explicaram acima que podiam ser finalistas, fazer o pino usarem a capa cheia de emblemas. o dux pode praxar doutores de todos os anos, inclusive finalistas e membros da comissão de praxe. não estavam a ensaiar nada. o dux na tradição acadêmica e a figura máxima. nem que seja por ter mais de 6 chumbos em cima porque só se alcançam tais cargos acumulando umas 10 matrículas num curso de máximo dos máximos 5 anos lol

Anónimo disse...

Maria, a instituição a que me referia era a ESEC...
Concorda portanto que é necessário ser praxado para honrar o traje...para o sentir verdadeiramente...? Poupe-me.
Espero que tenha contudo percebido a que figuras ilustres da tão estimada escola me referia...já que me parece desconhecer o bastante da tradição secular académica Conimbricense...Para leitura deixo este artigo do jornal "A Cabra" para que que possa perceber a que me refiro: se as praxes corressem tão bem (em Coimbra) não era necessário fiscalizá-las.

Anónimo disse...

http://www.acabra.net/artigos/mais-fiscalizao-na-praxe-coimbr

tummytuck disse...

Anónimo das 23:44:

"Ó papá, paga-me o curso, que eu sou burro que nem um urso!"

tummytuck disse...

Não, anónimo das 23:44... Não faço ideia do que falo. É por isso que o digo em forma de comentário.

Vá, vá estudar, que isto não são horas de se andar a torrar a mensalidade, com textos mundanosl

tummytuck disse...

ahahahahahhaha

Maravilhoso!

Eu tenho uma grande amiga que mandou um veterano ir "comer um grande cagalhão!" Ninguém se meteu mais com ela.

Anónimo disse...

Como estudante, como jovem de 21 anos, tenho a dizer que acho as praxes lamentáveis e sem qualquer conteúdo positivo. Deviam ser formas de integração, deviam gerar-se pela diversão inofensiva e a única coisa que acontece (na maior parte, sem querer generalizar) é humilhação gratuita por "doutores" que andam há 7 anos a fazer um curso de 3 e que ainda se dão ao luxo de chamar burro a caloiros e exigir que o tratem por senhor doutor.
Tenho muita pena por estes jovens, sinto imenso compaixão pelos pais e espero que se faça justiça e que a verdade chegue para pelo menos estes pais conseguirem fazer o seu luto.
Adorei o texto e parabéns pelo trabalho no blogue, fiquei fã à pouco tempo mas já sou assídua! ;)

Anónimo disse...

Eu só não percebo é como ele estando assim tão mal foi limpar a casa e separar os pertences em sacos plásticos com nomes

Hp disse...

Bem, é preciso entender que este indivíduo que assistiu a tudo, com culpa ou sem culpa, estará também a sofrer. Quanto mais não seja porque sobreviveu, porque concerteza caiu na real da grave situação que todos criaram e que só ele sobrou para contar. Agora imaginem também a dor dos pais desta criatura. É mais que lógico que o silencio para j tenha de imperar... Mas obviamente que deverá dar explicações a quem de direito, quanto mais não seja para ajudar os pais das vítimas a fazerem o seu luto descansados.

Anónimo disse...

http://cmtv.sapo.pt/atualidade/detalhe/joao-miguel-gouveia-resiste-a-forca-do-mar-no-meco.html atentem e escutem alminhas. escutem antes de começarem a defender o menino. ligou de uma cabine telefônica para a polícia quando tinha o telemovel seco. sai do hospital e 'inventa' que vai dormir para a casa alugada do Meco enquanto limpa a casa e os pertences de outros. abram os olhos por favor. quem não deve nao teme! de dizer a verdade e de ser honesto. praxe ou nao praxe o areal e enorme. porque tinham que estar eles junto a onde as ondas rebentam? a praxe ou conversa ou convívio nao podia ser feito no areal mais acima? tinha que ter areia molhada especial por alguma razão em particular? ninguém foi obrigado a nada penso eu mas estes jovens já deveriam ter capacidade para discernir o que e válido e aceitável e que se pode fazer sem incorrer em riscos do que e simplesmente estúpido, como ir para uma praia deserta com ondas no escuro sem ver nada, sem saber onde põem os pés, que extensão de areal tem a frente e atrás e quão próximos estão do mar. ele não foi ao funeral porque teria medo da reacção dos familiares? se não se sentia capaz de ir falar com a família, deveria ao menos ter tido o bom senso de prestar uma última homenagem aos amigos, nem que fosse assistir de longe ao funeral. era um sinal de respeito. supostamente eram todos amigos nao e? se não sabia se as famílias o queriam lá, porque não mandou perguntar por terceiros se a sua presença seria bem-vinda? se calhar até poderia ter sido. era amigo dos filhos/as daqueles pais. volto a dizer: quem não deve, não teme

Anónimo disse...

palmas! melhor post deste blog. Parabens Ana

Serenity disse...

Vou só acrescentar uma coisa, porque estu a ver a reportagem da CMTV. Ele não "limpou a casa" sózinho. A polícia foi buscá-lo ao Hospital para ele ir buscar , com eles e um familiar, as coisas de todos à casa de férias. Acho é que era dispensavel um dos comentadores diabolizar isto. Ele foi lá com a polícia, a pedido da polícia.

Anónimo disse...

A praxe há-de ser sempre um assunto polémico. Fui praxada, embora nunca tenha praxado (por opção). Não concordo que a praxe nos prepare para a vida nem que se desenvolvam grandes amizades através da mesma. Ou cais em graças junto dos trajados ou então és só mais um. Não fiz amigos nas praxes, aliás nem reconhecia os meus colegas nem tão pouco os trajados, porque passava o tempo de olhos no chão. A praxe não é sinónimo de integração, muito pelo contrário. Quem se declara anti-praxe, na minha faculdade pelo menos, fica impedido de participar em qualquer cerimónia academia incluindo jantares de curso que deveriam ser, somente, um momento de convivio entre colegas.
Mas, independentemente de tudo o que acabei de dizer, ninguem é obrigado a nada. Eu recusei algumas praxes porque iam contra os meus príncipios e garanto que nem que me ameaçassem expulsar da faculdade eu me sujeitava a ser apanhada por uma onda. Só quem esteve lá é que sabe os contornos da história. Tenho pena do rapaz que sobreviveu. Ninguem devia passar pelo sofrimento de perder seis pessoas de quem gostava, acredito que ele deve sentir-se culpado somente por ter sobrevivido. Mas a família merece saber o que aconteceu, longe dos holofotes, numa conversa franca, com psicólogos e apoio para ambas as partes. Nem que seja para haver o minimo de paz no meio desta tragédia.

Anónimo disse...

ora, se falasse, os pais dos 6 jovens que faleceram não precisavam de se constituir assistentes do MP para averiguarem e interrogarem no perante a lei sobre o que se sucedeu naquela noite ja que o menino só está fechado em casa. informe-se e nao seja ignorante caro anônimo.
L.M

Mais um blog de gaja disse...

Maria, dizes e bem que não se deve generalizar e logo a seguir dizes que em Coimbra a primeira coisa que os doutores fazem é ensinar a dizer "não". Permite-me dizer-te a ti: não generalizes.
Sou natural de Coimbra e sou estudante da Universidade de Coimbra, apesar de neste momento estar noutro país. Não sou anti-praxe, fui praxada e quero praxar mas não gostei da minha praxe. A praxe praticada no meu curso foi vazia e despropositada. Houve 2 vezes em que me recusei a participar em atividades praxísticas: a 1a foi quando me mandaram "simular que vou ao cu" a um caloiro. Tive de me justificar 20 vezes sobre o motivo que a mim me parece óbvio: além de ir contra os meus valores, vai contra o código da praxe da UC. A 2a vez que me recusei a participar foi quando jogaram ao macaquinho do chinês... com posições sexuais. Nem sequer havia doutores suficientes para, de acordo com as regras, mobilizarem a quantidade de caloiros que ali estava. Mais uma vez, o código foi desrespeitado . A novidade desta vez foi que vieram 3 doutoras arrogantezinhas e de nariz empinado perguntar-me aos berros porque é que não participava. Disse simplesmente que "não participo em praxes de teor sexual", a resposta imediata? "Tá de 4 caloira". Assim fiz e se fosse hoje já não fazia. Estive de 4 quase 10 minutos, depois disso levantei-me e fui embora.

Depois desse dia notei uma mudança de atitude de toda a gente para comigo, incluindo da parte dos colegas do meu ano. Comecei a ser vista como "aquela que se acha melhor que os outros", a "manienta", a "que não respeita o curso nem a tradição" entre outras pérolas. Tenho 3 ou 4 amigos do meu curso e não me aproximei de nenhum deles graças à praxe. A praxe no meu curso anda muito à volta do "está de 4" e do "canta as músicas do curso", altamente divertido e ensinador de lições para a vida, certo? Não. A praxe no meu curso, a partir de certa altura, começou a ser uma “praxe por vingança”, uma desculpa para chatear as pessoas de quem menos se gostava. Que lindo, não é?

Não gostei da praxe no meu curso mas sei que a praxe pode ser uma coisa divertida para todos, é por isso que quero praxar; mas não quero praxar ao lado das pessoas que me praxaram a mim porque não tenho qualquer tipo de afinidade com elas e não me identifico com aquele tipo de praxe. Nem quero.

Acredito que a ti te tenham ensinado tudo bem e que te tenhas divertido, mas não generalizes ao dizer que "em Coimbra é assim" porque mais do que de instituição para instituição, as coisas variam de curso para curso. E há cursos que por algum motivo têm uma maior concentração de bestas quadradas.

O "traje", que em Coimbra não se chama traje, pretende simbolizar a igualdade entre todos os estudantes, que é coisa que não existe na UC. E não deixa de ser curioso que um símbolo de igualdade, um símbolo que pretende extinguir as desigualdades entre estudantes, custe 300€, mas isto até é hipócrita da minha parte, visto que tenho Capa e Casaco.

Ao contrário do que afirmas, a Capa e Batina nada têm a ver com a praxe. A pasta sim, é um símbolo da praxe. E faz sentido usar Capa e Batina quando não participas na praxe. A tradição académica não é só a praxe. No Orfeon Académico, quando atuam, todos os membros têm Capa e Batina; no entanto, nem todos são a favor da praxe. Cuidado ao dizer que "o traje” faz parte da tradição académica e que "tradição académica" é sinónimo de "praxe". Não é só isso, daí a Capa e Batina não serem exclusivas da praxe.

Mais um blog de gaja disse...

Quanto ao acontecimento de que a Pipoca fala no post, acho que deviam mandar os "pactos de silêncio" para o inferno. Isto é a vida real, não é a praxe.Estes jovens faleceram e tinham famílias que os amavam acima de qualquer "tradição académica". O mínimo que se exige do sobrevivente, é que fale com as famílias e lhes conte o que se passou, o que presenciou. Claro que é muito traumatizante perder os amigos desta forma mas não é a fugir das suas famílias que se resolve. Ele não foi o único que perdeu. Aliás, ele se calhar foi quem menos perdeu.

Anónimo disse...

Como membro ativo da PRAXE académica da ULHT, venho então transmitir alguns dos valores. Talvez as colegas não tenham sido bem explicitas. Não se rasteja para ir buscar um copo de água. O objetivo não é a humilhação e o ridiculo, muito pelo contrário. Estamos divididos em hierarquias, para que dentro de cada hierarquia se formem laços de união. Defendemos a igualdade acima de tudo, exigimos o respeito pelo que está ao nosso lado, seja ele como for, ensinamos que a vida não é facil e por isso temos sempre que ultrapassar o que achamos não sermos capazes de fazer. Tenho muitas bestas/caloires meus, que nem conseguem gritar falar alto, enquanto que tenho outros com imensa mania, o que faz que a praxe sirva como uma balança, em que nivelamos egos, retiramos manias, elevamos egos de quem seja mais cabisbaixo e baixamos dos que pensam ser superiores. No final, tudo é feito com um objetivo. Tudo é feito com um sentido, a igualdade e o respeito por uma tradição, acima de tudo. Amizades e integração, não precisam da praxe académica. Agora defender uma tradição, o convivio, deixar de parte o vicio constante de estar conectado e de apenas comunicar por telemóvueis.... COMUNICAR entre cada hierarquia, para que se possam entender os pontos comuns e os pontos mais fracos entre eles, entre grupo. Tenho a dizer que NO MEU FIM DE SEMANA, fui para uma serra, tinha bolhas nos pés e FIQUEI proibida de andar. se sair dali, de fazer o resto da atividade, isto, decisão tomada pelas pessoas que faleceram. Tenho vos a dizer que NUNCA nenhuma hierarquia fica sem ser observada, sem sabermos onde e como está. Acidentes acontecem. METAM ISSO NA VOSSA CABEÇA! se fosse um grupo de surfistas, já não havia problema. Se fosse um grupo de caminheiros, também não. Como são trajados, já é só especulação, não falo de vós, mas da comunicação social, a qual está constantemente a bombardear com suposições, ridiculas.

@ carina disse...

Existem aqui muitos pontos que fogem ao assunto principal...
primeiro: o que é que queima e bebedeiras são chamadas para o assunto? Queima, Fitas, concertos, festivais, acampamentos, festas há em todo lado, em todo lado há bêbados e comas alcoólicos. Nesses momentos cada um bebe aquilo que a sua consciência entende, não entendo a ligação com o assunto em causa.

segundo: uma dada senhora refere "Não tem idade, não tem poder para "exigir" coisa nenhuma aos outros!". Ora minha senhora, para além da falta de aptidão na interpretação do português, isto que não entendeu o que a Patrícia escreveu, deve saber que a sua liberdade termina quando a liberdade do outro começa e nesse espaço existe uma linha que separa esses dois campos que é o respeito. E o respeito exige-se quer se tenha 8 anos quer se tenha 80.

terceiro: marcando a minha posição sou a favor da praxe, gosto da praxe, praxei e fui praxada mas RESPEITO quem não goste, não ache piada e amigos como antes. No entanto se alguém me conseguir explicar o que é que a praxe tem haver com a tragédia no Meco, eu agradecia! aah porque foi referido que um grupo de jovens foi para a praia supostamente discutir assuntos de praxe. Relativamente a isto tenho a dizer que já discuti muitos assuntos de praxe e nunca fui engolida por uma onda. Adiante.
Só porque a palavra praxe veio à baila, meu deus que terror foi tudo por culpa da praxe, devia ser abolida!! Pelas informações que já foram dadas, ali ninguém estava a ser praxado, estava a haver supostamente uma reunião de praxe e não venham dizer se não houvesse praxe, não havia reuniões, eles não estariam ali, não eram engolidos pelo mar bla bla bla. Pois se não houvessem carros, não havia acidentes, não havia mortes e o Angélico ainda estaria entre nós. Isto para se ter dois dedos de testa e não misturar assuntos (continuando a respeitar quem não gosta da praxe e a acha desnecessária.)

Anónimo disse...

É muito feio especular, mas sempre tive a ideia que aquilo também tinha alcool à mistura. E toda a gente sabe que por mais juizo que se tenha, quando se está com os amigos, não se é aquilo que se é ao pé dos pais.
Quem sabe o rapaz está calado, para não ter de dizer àqueles pais isso mesmo?
Tinham entre 21 e 24 anos, já ninguem era caloiro. Estavam ali porque queriam. Era Dezembro, já nem deviam haver praxes activas. Deviam era estar a preparar-se para os exames e não para tornarem o Natal e o resto da vida dos pais, num terror.
Podem vir insultar-me, mas é triste ver a falta de juízo de alguma desta juventude.

Anónimo disse...

"Defendemos a igualdade acima de tudo" mas estão divididos em hierarquias?!

Estrelinha disse...

Começo a achar que é preciso reforçar as aulas de português no nosso país e principalmente a parte de interpretação de textos. Não sei onde é que no comentário feito pela S* diz que há algo pior que a morte, a única coisa que é dita é que algo ruim se passou e isso é aquilo que muitas pessoas pensam neste momento.

Roberta disse...

Tummytuck um psicólogo irá ajudá-lo e escreve uma pessoa que está a tirar um curso e não,não é numa escola de burros que nem ursos.

Anónimo disse...

Que grande treta. Quer dizer que quem não é praxado ou não praxa, não pode usar traje? Vai dar uma curva pah. O traje não tem nada a ver com a merda da praxe. Quantos e quantos alunos usam traje e não fazem parte dessa cambada de gente com complexos de inferioridade? O traje é um simbolo do universitário e não do praxador!

Anónimo disse...

E quem são vocês para "elevar egos de quem seja mais cabisbaixo e baixar os que pensam ser superiores"? Parece-me a mim que quem pensa ser superior aqui são vocês, com essa vossa hierarquia de mandar nas "bestas" - só o nome como tratam os alunos do primeiro ano diz tudo. Um número de matrículas a mais faz-vos superiores? Haha! Estou no último ano do meu curso, nunca fui praxada, mas curiosamente, aqueles que vejo hoje na praxes, são os mesmos que via quando entrei... Curioso... Superioridade em quê? Inteligência?

Anónimo disse...

O comentário do anónimo da 01:30, a ser verdade, é de deixar qualquer um de cara à banda.
"NO MEU FIM DE SEMANA", "tenho muitas bestas/caloiros meus", entre outros.
Mas o que é isto? Que gente é esta? De onde é que saíram estas aberrações?
Esta pessoa diz pertencer à "PRAXE académica da ULHT" e vem aqui "transmitir alguns dos valores". E depois brinda-nos com um texto "cheio" dos tais valores, princípios, e tudo o que tornará qualquer jovem num adulto mais maduro, responsável e seguro de si (Ou então não)
Isto só pode ser alguém a gozar. Não existem pessoas assim tão est... "fraquinhas de mente" (mesmo sendo da tal comissão/seita/whatever da ULHT não podem ser assim tão mauzinhos).
Vão mas é estudar e preparar-se para acabar o curso na altura devida.

Anónimo disse...

"Sabes que o dux pode praxar quem quiser"
Mas quem deu autoridade a esse dito "dux" para poder mandar praticar actos suicidas a outros colegas??...e depois recolhe-se no seu canto acobertado pelos pais e restantes comparsas no manto de silencio deixando os desesperados pais dos mortos na ignorância do que se passou nessa noite.
É de loucos!!!

Anónimo disse...

Então é o MP que não faz o seu trabalho!
Deixem o rapaz em paz, que também não deve estar nada bem. Não vejo em que é que saber se os filhos se atiraram para dentro de agua, ou se foi a onda que os veio apanhar, vai ajudar os pais a fazer o luto. Se os corpos nunca aparecessem, ai sim seria mais dificil.

Anónimo disse...

A polícia tem de investigar e interrogar o sobrevivente. Se foram obrigados a entrar no mar por qualquer dux ou atrasado mental, trata-se de um homicídio involuntário, portanto é crime!

Anónimo disse...

O João (já paravam de lhe chamar dux, o rapaz tem nome), parece que teve um azar do caraças. O azar de estar vivo! Sobrou para culpar, para atirarem sobre ele todas as dúvidas, todas as especulações, todas as criticas, todas as culpas, ...
Se tivessem morrido todos, não havia história para contar, tinha sido uma tragédia, ponto. Agora sobrou ele, que tem obrigatoriamente que se sentir culpado, que se moer, que falar, que contar, ...
No meio disto tudo há depois todo o mediatismo. Jornais que não querem informar, mas sim, estrapular toda a informação, publicar sem saber.
Se me tivesse tocado a mim, no lugar daquelas familias e daquelas amigas da familia, não tinha dado uma unica declaração. O que tivesse a fazer ficaria entre mim, e quem de direito dissesse respeito.
NAda de jornais, nada de televisões a filmarem homenagens, nada!

Anónimo disse...

Agora é que se disse tudo: doutores (lol!) que andam há sete anos a fazer um curso de três e que ainda se dão ao luxo de.... vergonha alheia :p

Anónimo disse...

Há muita boa gente que ficaria parva da vida com o que o ser humano é capaz de fazer em estado de choque.
Não estou a arranjar desculpa, estou a pôr uma hipótese no ar pois não estou dentro do caso.

Anónimo disse...

Comentário 5 estrelas.

Anónimo disse...

Após ter lido todos estes comentários venho também eu dar a minha opinião acerca da praxe. Frequentei a faculdade em Coimbra, não fui praxada mas vi praxar. E a minha posição é anti-praxe. Passo a explicar porquê. Algumas praxes são de facto humilhante e esta questão de termos de respeitar a hierarquia não faz qualquer sentido para mim. Um dia que eu vá ter um patrão eu vou ter de o respeitar mas nunca me deixar humilhar por ele! O mesmo se passa com os "doutores" da faculdade (que nada têm de doutores a não ser que sejam doutorados!!) respeito SIM ser humilhado e rebaixado para ser aceite NÃO. Conheci caloiros que não gostavam de ir para a faculdade com medo da praxe, com medo de serem excluidos...que raio de faculdade é esta que em vez de haver espírito de entre ajuda existe espírito de exclusão em relação a alguns alunos? Por isso optei por não entrar neste espírito de que tantos académicos têm orgulho mas que tantos alunos fazem sofrer. Sai da faculdade tão bem preparada para o mercado de trabalho como os meus colegas que foram praxados, isso tem a ver com o conteúdo do curso não com o conteúdo da praxe.

A outra questão é o traje. Foi comentado em cima que quem não aceita ser praxado não pode trajar... isso foi-me dito também a mim... mas afinal o traje não representa a igualdade de oportunidades entre classes sociais? Trajados somos todos iguais sejamos brancos, negros, ricos ou pobres...afinal que tem isto a ver com as praxes?

Acho que as praxes seriam interessantes se fossem de facto uma forma de integrar caloiros...organizar passeios pelas cidades (que são desconhecidas a um grande numero de estudantes que vêm de fora), conviver em harmonia e entre-ajuda, organizar grupos de estudo entre colegas mais velhos e mais novos...isso sim seria interessante e eu nunca vi nada disso...via pessoas de 4, canções ordinárias, caloiros a ceder mesas a veteranos só porque sim...se isto não é humilhação não sei como lhe chamar...

Em relação ao meco, bem na minha opinião foi mais uma praxe estúpida como muitas que existem no país com uma diferença apenas, esta correu mal e outras felizmente correram bem. Não culpabilizo o rapaz que sobreviveu porque cada um de nós tem livre-arbítrio e faz as suas escolhas com consciência mas não posso deixar de referir que a falta de responsabilidade destes miúdos foi grande... alguns pais pensam que os filhos nunca entrariam na água por iniciativa própria porque eram responsáveis e etc...não concordo...aqueles 7 miúdos foram de facto irresponsáveis e sem noção do perigo a que se sujeitaram... eu só espero que os nossos jovens aprendam com esta situação. mas sabem que mais? pelos comentários das amigas na reportagem da CMTV estes muidos vao continuar a fazer este tipo de coisas porque eles têm orgulho, porque é fix e porque sou altamente bem visto dentro da faculdade e das comissões de praxes...é assim a nossa juventude.

Um beijinho a tdos. =)

Anónimo disse...

Uau.... vocês vivem mesmo num mundinho à parte. Menina, a universidade é para estudar, como vão essas notas? Como dizia alguém num outro site, quando acabarem os vossos cursos (ao fim de uns 5 ou mais anos apesar de apenas necessitarem de 3), o único superior hierárquico que vão ter é o Centro de Emprego, e esse contacta por carta. Mas enfim, talvez as bolhas nos pés tenham sido uma boa preparação para as futuras horas em pé, na fila do IEFP. Vão mas é estudar e deixem-se de manias.

Anónimo disse...

Só para acrescentar que eles não desceram só até a praia, eles andaram 7 ou 8 km a pé, é que as noites de Dezembro até são convidativas a passeios.
Acho estranho é o Dux não ter sido de imediato colocado a interrogatório pelas autoridades. Quando tive um pequeno acidente de carro ( a pendura) fui chamada na semana seguinte à esquadra.
Acho estranho e suspeito o silêncio do jovem.
Marta

Anónimo disse...

Este post está uma comédia, tive de voltar a ler para acreditar. Mas que grande complexo de superioridade que estes meninos e meninas têm. Mas quem raio vos qualificou para formar o caracter dos outros? Grande choque vos espera quando caírem na realidade...

Anónimo disse...

Ensinam que a vida não é fácil?? Nivelam egos?? Comecem por nivelar os vossos! E já agora aproveitem que estão na universidade e aprendam a falar e a escrever correctamente, pois é coisa que se percebe que não sabem. Uma grande confusão a segunda metade desse texto. Aliás, se a maioria de vós tiver o mesmo nível de discurso e articulação que as meninas da reportagem da CMtv... que Deus nos ajude. Meta isto na sua cabeça: o seu nível é fraco. Vergonhosa representação daquilo que são os nossos universitários. Seria até cómico se não fosse trágico.

Mário André disse...

só novidades por estes dias...
http://www.jn.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Set%FAbal&Concelho=Sesimbra&Option=Interior&content_id=3640585

Anónimo disse...

Bem... Tenho um reparo a fazer e pelo vistos ninguém o fez.
Todos sabem que muitas pessoas bebem, fumam e ingerem diversas substâncias, para diversos fins...
Ninguém sabe se os jovens estariam no efeito de alguma coisa... O que é muito normal nos dias de hoje, com aquelas idades...
Porque é o q o dux guardou os pertences dos colegas (e sabe-se lá mais o quê) ?? Queria esconder alguma coisa? Não queria criar problemas devido a algo menos bom? Estaria com medo de que??
Todos nós já fomos a festas, aniversários, noites aqui e ali, festivais e sabemos perfeitamente o que acontece!
Não estou a dizer que os estudantes o fizeram, mas pode haver essa possibilidade...
Ao certo ninguém sabe o que aconteceu...

irina.simoes88 disse...

Também vi essa reportagem extremamente tendenciosa e feita sem tacto nenhum. Nada de novo, para o meio de comunicação em questão.

Um raciocínio lógico leva-me a acreditar que alguma ordem para que entrassem no mar tenha sido dada pelo Dux e que, por essa razão, ele tenha sido o único a não ser levado. Mas, claro está, isto não passa de especulação e, mesmo que se tenha passado desta forma, os outros seis eram maiores e vacinados e dotados de discernimento próprio.

Fui praxada e praxei por 4 anos. Nunca fiz nada que não quisesse enquanto caloira e, mais tarde, tive um cargo alto na tal da hierarquia, que me trazia mais dores de cabeça do que diversão. Semanas de praxe para preparar e algumas (poucas) situações consideradas abusivas para gerir. A mais complicaca que tive foi quando alguns doutores tiveram de ser castigados por porem caloiros a correr depois da hora do almoço e que, por isso, se sentiram mal.

A mim, a Praxe só trouxe coisas boas e, sim, posso dizer que a minha vida Académica teria sido muito mais pobre sem ela - menos amizades, menos risos, menos momentos que me emocionaram como poucos. As generalizações são perigosas e de mau gosto, tal e qual a reportagem em questão.

Anónimo disse...

Vi agora nos jornais online que existe mais gente envolvida na tragédia. Ao que parece o dux não foi o único sobrevivente.

Anónimo disse...

Que falta de juízo...

Anónimo disse...

O que a leitora quis dizer foi que : a morte por si só é terrivel. Mas há mortes e mortes. Há aquelas que acontecem acidentalmente( no qual não se verificam culpados) e aquelas que são uma incognita, não sabendo o que aconteceu, se existiu crime ou não. Espero que tenha percebido.

Anónimo disse...

Concordo inteiramente! É só há pouco tempos ok?

Anónimo disse...

Acho ridiculo quando as pessoas dizem que ele tem direito ao silencio. Que tem direito á sua privacidade. Que tem direito a isso tudo. ( Num caso gravissimo como este ) Acho ainda mais ridiculo a falta de sensibilidade das pessoas ao fazerem tal afirmação. Coloquem a mão na vossa consciencia e reflitam, sejam coerentes e acima de tudo não façam afirmaçoes tão descabidas e inoportunas. Gostaria apenas de colocar uma questão: se uma das vidas que se perdeu no dia 15 de Dezembro, no mar, fosse O VOSSO FILHO, e se na vossa cabeça sucedessem inumeras questoes, todas elas sem respostas, diriam: Temos que ter calma... coitado do rapaz, está traumatizado... Os nossos filhos MORRERAM, ele continua vivo... Mas coitadinho, precisa de espaço.. Vamos respeitar. Fariam isso? Pensariam assim? Digam-me, vá!

Anónimo disse...

Cara amiga, como é que afirma que defendem a igualdade "acima de tudo" quando antes diz que se DIVIDEM, reforço, em HIERARQUIAS, ambos antónimos de igualdade? Laços de união dentro de CADA hierarquia? Laços de união formam-se numa comunidade onde todos têm os mesmos direitos e deveres, todos se respeitam e se entre-ajudam e todos estão ao MESMO NÍVEL. Não onde as pessoas são divididas em classes, cada uma com poder superior à outra. Isso é desigualdade e ela é uma das principais causadoras de problemas por este mundo fora.
Como é que uma tradição é usada como que uma identidade para elevar e baixar ego?
Como é que uma tradição que tem como principais funções criar amizades e integrar os novatos, exclui os mesmos de parte de actividades que lhes proporcionam isso mesmo?
Acidentes acontecem, claro. Mas também, acidentes evitam-se. Certo?
Este triste acontecimento devia servir de alavanca para, no mínimo, repensarem bem naquilo que a praxe defende e nos efeitos que ela realmente causa. É tudo muito bonito, tudo muito responsável, tudo muito respeitador e defensor da igualdade. Mas estão DIVIDIDOS em HIERARQUIAS e quando tragédias como esta acontecem, é dito que "acidentes acontecem".
Com tanta organização, regras e detalhes, essa praxe teve uma grande falha de comunicação entre as tais hierarquias. Se tivesse havido uma boa discussão sobre a prevenção de acidentes nas praxes, parece pouco provável um grupo de pessoas escolher a madrugada de uma noite de inverno para as ir praticar para junto do mar sem a supervisão de um profissional competente, tal como um nadador salvador.
Não seria má ideia rever os valores da praxe.

Anónimo disse...

o dux não foi com as ondas, segundo consta :\

Anónimo disse...

"Mais um blog de gaja" falou e disse muito bem. Todavia, discordo do sentido da praxe. Nada mais revela do que simples arrogância, falta de respeito e hipocrisia. Se querem tanto sentir a "autoridade" vão para a Tropa! Quantos desses "meninos" que pensam que mandam nos outros foram à Tropa? Provavelmente nenhum... e porquê? Por medo da autoridade... Por medo do respeito que lhes incutem pela dita "hierarquia"! Se fossem inteligentes ficavam todos em casa e não andavam na Universidade a mandar nos outros quando muitos nem escrever um português decente sabem! Revolta-me ouvir dizer que a Praxe na Universidade é essencial como a água é para o corpo! Então ninguém se criava na Universidade, querem ver?!? Mas nenhum teve a coragem de ir prestar serviço ao país quando fizeram 18 anos, curiosamente... Mas querem implementar esse regime meio "bootcampista" na Universidade quando nem dignos são de lá pôr os pés e ainda se orgulham de repetirem vezes sem conta disciplinas básicas. É o estado em que vai a juventude deste país, que como ela, vai de rastos até ao copo de água e acha isso um acto heróico! Heróico teria sido ele entrar no mar para salvar os colegas que terá mandado entrar no mar, eventualmente. O líder não manda, vai com quem lidera! Isso sim é companheirismo! Tenho dito!!! E quanto às especulações? Bem... quem cala, consente, certo? Houvesse declarações e talvez não houvesse especulações, digo eu!

Anónimo disse...

Li alguns comentários, não consegui ler todos, mas a serio que ao contrario do que disseram que a reportagem nao trouxe nada de novo...claro que trouxe. Viram aquelas duas alunas a falar?? Pareciam saídas da Coreia do Norte com o grande líder Dux. Aquelas pessoas morreram mas eu já não sei bem que sentir...tanto cocó de galinha na cabeça, como é possível?? Escrever relatorios para o Dux corrigir?? Preparar para a vida?? Tinha medo do mar mas se a mandassem ir ela ia?? (ao velho estilo atirar a um poço...) Enorme respeito e atenção pelo que o Dux dizia?? Estas são as mesmas pessoas que respeito e atenção aos professores é nulo...são as mesmas que acordar para teóricas às 8 da manhã nem pensar mas estar na faculdade às 7:30h para as praxes, é vê-las chegar; as mesmas que não sabem o básico nem querem saber sobre as matérias do curso que escolheram, mas sabem de cor todo o código de praxe e paneleirices. Isto é tudo uma palhaçada, esta gente vive num mundinho ridiculo e futil, dizem só babuseiras, os seus cerebros estão de férias, perderam opinião própria..e caramba, não estamos a falar de crianças, estamos a falar de gente adulta que não tem um pingo de auto-decisao e bom senso e noção de porra nenhuma. Pobres pais, é tudo..a história está a mexer comigo em particular porque tenho a idade deles e tenho filhos, e um receio enorme de que um dia eles se tornem nos espantalhos que agora estamos a descobrir que andam a brincar aos faz-de-conta.

Alexandra disse...

Parece-me que isto das praxes, e toda a conversa em torno do assunto praxe, está a distrair as pessoas. O que importa aqui é que morreram pessoas. Há pais que ficaram sem filhos, avós sem netos...E por isso é essencial saber o que aconteceu naquela noite. E por isso, mesmo que também esteja a sofrer e traumatizado, é imperativo que o sobrevivente (e já há quem diga que não é o único sobrevivente da tragédia) fale e explique o porque de certos comportamentos. Porque morreram pessoas. Praxe ou não praxe, dux ou não dux, isso é ruído de fundo.

Anónimo disse...

É isso mesmo Pipoca, subscrevo tudo o que escreve pessoas com 22 anos que precisam de aprender a respeitar a autoridade e saber que as coisas da vida se conseguem com trabalho e com esforço????? Isso chama-se educação a Universidae deve dar instrução e cultura o resto já deviam ter aprendido em casa. E na minha opinião não é porque pessoas manifestamente piores que eles lhe dão pancada e os humilham que vão aprender. E Dux O QUE É ISTO?????que denominação mais feudal (é literalmente feudal) que autoridade moral tem esta gente para andar a humilhar seres humanos?

Anónimo disse...

Pipoca, parabéns por este texto. Muito elucidativo!

Também vi a reportagem, e de facto notou-se que há muitas questões e dúvidas a pairar. Penso que aqueles pais só terão sossego quando descobrirem o que se passou na verdade.
Não é uma questão de culpa ou não culpa do Dux, mas de respeito para com os pais das vitimas, para que possam saber o que aconteceu e fazer o seu luto convenientemente.
Se as praxes preparam tão bem, como diziam as entrevistadas, então qual é o problema do Dux em falar?
Ass. Ana Almeida

Anónimo disse...

No meu tempo de faculdade, o Dux era eleito de entre os estudantes que tínham mais matrículas.
Ou seja, o aluno mais burro, que se arrasta anos a fio pelo corredor da faculdade, é que prepara os outros para enfrentar as dificuldades da vida?...

A. Boavida disse...

Se estao a sofrer pelos amigos imaginem a dor dos pais, que merecem uma explicaçao para fazerem o seu luto e apaziguar( mesmo q sej apouco) a sua dor!! Portanto fosse praxe ou nao, se foi a culpar não é so do Dux pois nng é obrigado a nada e eles se ja eram veteranos sabem disso, portasnto quem nao deve nao teme e devia falar! se nao quer falar com mais nng, fala com a mae com o pai com a policia seja com quem for mas aliviem a dor a esses pais e familiares!!

Anónimo disse...

e os pais nao perderam ?
sinceramente! amizades que amizades !?
acabem com as praxes sem limites de uma vez ...parvos

Anónimo disse...

O melhor comentário de todos foi o do Tummytuck! Há um certo tipo de pessoas dentro dos estudantes universitários que parece crer piamente que aqueles são "os melhores anos das suas vidas" e levar demasiado a sério o que é tirar um curso, praxar, viver a vida académica. É só mais uma fase, amigos. Passa como qualquer outra e não é assim "such a big deal". Depois tornam-se naqueles deprimentes que têm 35 anos e ainda vibram com a Queima das Fitas e nunca saíram da terrinha de onde estudaram, onde ganham 500€ num estágio do IEFP e vivem (ainda) à mama dos pais. Que tristes.

Anónimo disse...

"prontificasse"

Acho que alguém devia mas era voltar a ser caloira e, como praxe, escrever "prontifica-se" 100 vezes num quadro...

Anónimo disse...

Finalista.. psicologia... Coimbra...

Em vez de estares tão preocupada com as praxes: já te inscreveste no Centro de Emprego?

Anónimo disse...

Completamente! Se repararem, é sempre pessoal do mais frustrado que existe (burros, repetentes, gordos, feios) que enturma nessas praxes de humilhar o outro. Uma coisa são brincadeiras com piada, outra é mandar "pôr de 4" ou gritar aos ouvidos das pessoas, ou dizer "oh caloiraaaaaa! Venha aqui fazer XYZ". Estudei em Coimbra e felizmente nunca alinhei em nada disso, mas quem via fazer essas coisas eram sempre os mais frustrados. Que já lá andavam quando eu entrei e que ainda não saíram de lá (e eu já, há 3 anos lol).

Anónimo disse...

Só o ler "Como membro ativo da PRAXE académica da ULHT" no início do comentário fez-me não querer continuar sequer a ler o mesmo. Cambada de inúteis que povoam as privadas detse país. Estuda e aprende a esforçar-te por alguma coisa que não seja rebaixar um tipo que, por mero acaso, nasceu 1 ano depois de ti e por isso é teu "caloiro" e depois podes vir dar uma opinião.

Anónimo disse...

"mais tarde, tive um cargo alto na tal da hierarquia"

Acho que isso será algo muito útil para o teu CV quando te estiveres a candidatar a caixeira de supermercado, ou empregada de loja :)

Anónimo disse...

Subscrevo inteiramente este comentário.

Anónimo disse...

Ahah completamente! O Dux é um idiota qualquer que conseguiu aquele "tacho" (sim, porque este é pago pela associação académica) para ir repetidamente chumbando e inspirando as novas gerações com os seus mui nobres ensinamentos. Basicamente é o maior loser da Universidade, gozado por todos os que têm 2 dedos de testa!

Anónimo disse...

Penso que a questão da praxe não passa de uma desculpa.....não se trata de uma comissão da praxe, pois esta neste tipo de eventos não é apenas o dux que leva os caloiros a um retiro (ainda para mais à noite), mas sim os veteranos e doutores do curso (o dux faz apenas de acompanhante) (sei do que falo porue já fiz parte da direção da comissão da praxe, e nunca se tratou de magoa, muito menos de matar caloiros....sim faziam-se coisas ridiculas, mas nunca ninguem saiu magoado)...A Pipoca falou bem quando disse que estava a ver alguém quep ertencesse a uma seita...Uma fraternidade como nos filmes/séries americanas, Já consideraram essa hipotese e a hipotese de suicídio em massa?

Patrícia F. disse...

Concordo. Não mudava uma vírgula a este texto. É isto mesmo. Os meus parabéns!

Anónimo disse...

O que vale é que quem praxa / é praxado nunca viu nada ofensivo, nada humilhante.
Engraçado, na faculdade onde estudo (Letras em Lisboa) sempre que há praxes vejo coisas ofensivas e humilhantes. Se é assim em Letras, onde nem sequer há um grande alarido em relação às praxes, imagino nas outras. Pessoas que praxam: vocês não são a maçonaria. Não são especiais ou superiores, enxerguem-se.
Acho que com 18-25 anos as pessoas sabem estabelecer amizades sem andar a rastejar e a gritar caralhadas. Não precisamos desta parvoíce.

Anónimo disse...

Jogos, a sério? Então o que é isto? http://www.youtube.com/watch?v=VKdVwlZ3_u0

Anónimo disse...

Sou mãe e ontem ao ouvir aqueles pais a dizer que iam por um processo crime contra o sobrevivente mexeu comigo.
Ele também é filho de alguém. Teve a sorte (ou será o azar) de sobreviver e agora tem de levar com tudo em cima?
Esquecem-se que se ele for constituído arguido não é obrigado a falar coisa nenhuma. Aposto que sendo arguido é que nunca falará mesmo, porque a melhor defesa é o silêncio!

Bem perto de mim aconteceu um acso de genero - morreram 4 miudos e só um sobreviveu, numa brincadeira parva de pegarem num tractor.
A culpa foi de quem? De todos, já que foram todos juntos fazer a estupidez. Mas os outros pais moveram-lhe um processo crime!!! Tive imensa pena do rapaz, sinceramente. Ele já se sentia culpado o suficiente, não culpado por todos, mas culpado por não ter pensado. Pensava: porquê sobrevevi só eu? E estar ali preso debaixo do tractor com os outros amigos mortos???
Os pais dos outros, vizinhos e "amigos" não o podiam ver, tanto que os pais e ele, se mudaram e tudo.
Ele sobreviveu aquela desgraça, mas nunca mais foi o mesmo.
Acho que lá no fundo ele preferia ter morrido com os amigos.

Neste casos penso o que faria eu enquanto mãe? Pois, é dificil saber, porque só quando sofremos na pele é que podemos saber, mas penso que só gostava de ter o discernimento que me permitisse não arruinar mais vidas.

Claro que o caso mudava de figura se falarmos de adultos vs crianças. Mas todos da mesma idade, todos assumiram a estupidez, porque deve ser responsabilidade quem teve a sorte (?) de não ter morrido??

Claro que não sei os meandros do que aconteceu no Meco, mas se realmente foram todos a tomar uma decisão e só um deles sobreviveu... não acho justo responsabilizá-lo.

Ah e tal porque não fala? Cá para mim por duas razões: está traumatizado e está aconselhado para não o fazer.
Tud o que ele disser será usado contra ele e já vimos que os pais dos outros querem um culpado. Se fosse meu filho, também não falaria... e se fosse eu a perder um filho, alguém me fizesse ver isto!

Anónimo disse...

Excelente comentário!

Ana disse...

E com tanta pressão e necessidade de o culparem e obrigarem a falar, daqui a uns dias não e admira que deixemos de ter um sobrevivente nesta tragédia.

Patrícia F. disse...

LOL mas que autoridade moral têm vossas excelências para "nivelar egos"? Menina, cresça e apareça. A menina é ridícula e passa uma imagem deprimente dos estudantes universitários. Isto é uma aberração!

Se eu tiver filhos vou educá-los desde logo a respeitar terceiros e, sobretudo, a não ser arrogante, que é o que vocês todos são. Vou ensinar-lhes que não é uma farda que dá estatuto, vou ensinar-lhes que não é preciso berrar com alguém e chamar-lhe besta para mostrar autoridade ou poder. Mas, sobretudo, vou ensiná-los a saberem dizer que não e a assumirem as suas convicções sem medo de serem rejeitados pela carneirada (que, regra geral, é burra e nao é exemplo) e que não é necessário ser-se humilhado para arranjar amigos porque os amigos são outra coisa que não isso.

Por tudo isto, não precisarão da palhaçada das praxes para nada!!! Porque a preparação para a vida é, acima de tudo, em casa, pelo exemplo dos pais. E, além disso, quem é que no seu perfeito juízo veste de livre e espontânea vontade aquele traje horroroso?

Sobre este texto da Pipoca, só quero dizer que está muito bom e que diz tudo o que penso.

Eu tenho medo de um país em que a maior parte dos estudantes universitários pensam como esta pessoa que, claramente, levou palmadas a menos na infância.

Escrevi isto tudo só para não escrever unicamente uma expressão que começa com "para o" e termina com uma palavra cujas letras finais são "alho", que foi a primeira coisa que me veio à cabeça quando acabei de ler estas declarações aberrantes.

Anónimo disse...

Nunca comentei nada apesar de visitar este blog diariamente mas desta vez não consigo não o fazer. Respeito as pessoas que são anti-praxe e se verificasse que na minha faculdade ela era de mau gosto também o seria mas à praxes e praxes e eu acho que essa distinção tem de ser feita. Vi a reportagem e emocionei - me bastante com aqueles pais que estão em sofrimento diariamente. Acho que o rapaz tem de esclarecer as coisas para aqueles pais recuperarem alguma paz e deixarem de criar especulações. Não sei se o que aconteceu tenha sido em âmbito de praxe mas acho que podia ter acontecido com um grupo de amigos normal que tivessem a ideia de ir para o pé do mar naquela noite.

Unknown disse...

Na minha opinião o telemóvel estaria seco porque o mesmo nunca entrou na água, provavelmente quando o Dux entrou na água terá deixado o telemóvel na areia, não sei porque tantos filmes em relação a esse aspecto. O porquê de ele ter levado e os outros não... Bem também aqui não vejo nada de anormal, às vezes as coisas tem explicações mais simples que os filmes que criamos na cabeça.
Outro aspecto que também tem suscitado muita controvérsia, é o aspecto de ele ter ido limpar a casa depois de sair do hospital eu e o meu marido somos da opinião que o mais provável será que na casa estariam artigos ilícitos ou vestígios de comportamentos que provavelmente envergonhariam os miúdos e as próprias famílias e o rapaz com consciência e em boa fé terá limpo para preservar as famílias e a memórias dos mesmos (há bem pouco tempo o meu primo de 21 anos suicidou-se e assim que a casa foi liberada o meu pai e tio foram lá limpar a casa e tiraram toda a pornografia e outras coisas mais graves para que a minha tia não encontra-se quando lá fosse.).
Em relação a terem entrado mar adentro, o único motivo que me ocorre é estarem sobre o efeito de alguma coisa ou suicídio colectivo porque ninguém no seu juízo perfeito entra no mar naquelas condições.

Anónimo disse...

Não consigo ver a reportagem completa... queria ver as declarações das estudantes mas não encontro o vídeo...

Rita

Anónimo disse...

Nunca comentei aqui mas este caso já está tão mexido que já se diz tudo decidi só esclarecer alguns pontos.
1- Não acreditem em tudo o que se diz na televisão... O Dux estava molhado sim simplesmente ele estava em pé e de costas para as ondas e por isso não foi levado como os outros que estavam sentados e de frente
2- O telemóvel dele estava seco porque estava dentro do barrete de Dux longe deles
3- Nenhum deles morreu afogado, alguns tinham agua nos pulmões mas não era a suficiente para os matar. Dos que sei promenores morreu um que a força das ondas lhe partiu a coluna, outro que a capa o estrangulou e outra contra as rochas.
4- O Dux já se tentou suicidar 3 vezes desde o que se passou, desistiu da faculdade e teve de mudar de casa devido á perseguição das pessoas.... Colegas da lusofona disseram (e eu ouvi) que se ele pusesse os pés na faculdade matavam-no ... Faz sentido não ir a funerais não é?
5- Se os pais querem que ele fale que falem com ele em vez de irem para os jornais, ele já prestou declarações a policia a policia e que não as divulgou.
6- Para quem não conhece praxe.... Ninguem faz nada que não queira fazer, na praxe há o direito de dizer que não e mesmo que o Doutor praxante seja um imbecil e continue a mandar há sempre a hipótese de se levantar e ir embora. Ninguém obriga ninguém a nada e isso não é só na praxe é sempre.
É facil quando se é contra algo culpar automaticamente isso.

Anónimo disse...

Tão gira, esta jovenzita! Defendem a comunicação? Tão bonita, essa comunicação, a chamar bestas aos seus "inferiores"!! Quantos caloiros têm voz na sua praxe? E que seres tão superiores são vocês, quando as mais altas patentes são declaradamente os mais burros de toda a universidade? Respeitem o momento, no limite remetam-se ao silêncio em vez de virem defender uma suposta tradição que só consegue ter eco quando ocorre alguma desgraça!

Anónimo disse...

A minha praxe consistiu basicamente numas pinturas, umas cantigas e um peddy paper à cidade de Lisboa - a qual não conhecia. Por isso, gostei, por isso achei útil e me ajudou muito!
Mas sei que a maioria garante mais humilhação que divertimento e acolhimento.
Há uns anos também um caso grave se passou nas praxes, em Famalicão e até hoje ninguém sabe exactamente o quê, ninguém foi responsabilizada, mas um aluno morreu... é muito importante reflectir sobre isto!

Azevedo disse...

Também tenho 2 filhos e um já andou 6 anos na Universidade e foi praxado e também praxou. Eu sofro pelos pais que ficaram sem os filhos, pois imagino- me a mim.
Eu fiz o 78º curso de Comandos, 1982/83 (não fui voluntário), tinha 21 anos, fiz as mais diversas provas , algumas bem difíceis, mas usei sempre a cabeça.
Aqui o grau académico deveria funcionar.

Gata disse...

O que costuma preparar para a vida é estudar e trabalhar. Mas sempre houve e sempre há-de haver quem sinta prazer em humilhar os outros. Quanto aos pais dos jovens que faleceram, nem imagino o sofrimento, mas será que aqueles jovens foram obrigados ou entraram na água porque decidiram?

Márcia disse...

Não sou amiga de nenhuma das pessoas que me praxare. Quem é amigo, ou quer ser um novo amigo, não humilha. Também disse "não" quando achei que estava a ser demais. Porque os jovem que morreram não disseram não? Porque aceitaram colocar a vida em risco? É isso que não entendo...

A praxe prepara para a vida? Ensina a ser pau-mandado, a engolir a nossa opnião...só se for isso. Nem hoje que estou a trabalhar digo "sim" a tudo o que o chefe pede...temos de pensar no que nos estão a pedir, se é possível cumprir o pedido e saber dizer não dando uma alternativa. Temos de usar a nossa inteligência, que lá por não ser chefe não significa que não tenha opnião.

No JN diz que foi um ritual de praxe...um ritual de praxe numa noite de alerta vermelho.
http://www.jn.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Set%FAbal&Concelho=Sesimbra&Option=Interior&content_id=3639660

Estudante universitários, quando forem chefias não tratem os vossos colaboradores como caloiros do 1º ano, só vos fica mal...sinceramente acho que quem gosta deste tipo de praxe só treina a arrogância.

Espero que este mistério se resolva... e que os culpados sejam julgados.

Os "Dux" não são aqueles seres supremos da inteligência que têm mais matriculas que os anos do curso? Que espetáculo! Que admiração de pessoas! Bravo! Vocês são o futuro do país! clap clap clap (estou a ser irónica...)

Anónimo disse...

Ana, estou totalmente de acordo com o que escreveu. Também andei na faculdade, já saí há 14/15 anos, entrei há 20. Lembro-me perfeitamente do primeiro dia que fui à secretaria, logo após ter saído a colocação. Fui interceptada por duas raparigas trajadas, que me pintaram a cara contra a minha vontade, mesmo depois de ter dito que tinha uma pele extremamente atópica e de reacções extremas a agressões ou a produtos mais agressivos... Acha que atenderam à minha conversa??? Fui pintada na mesma e tive que tolerar a reacção da minha pele nos dias seguintes. Claro que na primeira semana de aulas não fui, porque era a semana das praxes. Quando comecei a frequentar as aulas verifiquei que os trajados, que pertenciam à associação e afins eram os mais idiotas com a mania não sei de quê. Nunca convivi com essa gente, não tive padrinhos e não me fizeram falta, tenho os meus de baptismo :). A minha integração foi óptima e ainda hoje tenho o meu grupo de curso, ninguém relacionado com associações e afins... Há vida para além disso, e o melhor é ignorar essa gente que não faz nada e faz cursos em 10 anos ou no tempo normal à custa dos outros e de privilégios que lhes são concedidos por pertencerem a essas 'seitas'.... Não entendo o problema deste rapaz não falar, já se viram casos em que há sobreviventes e são eles que contam como se passou, no caso parece que a pessoa em questão não vivenciou os mesmos perigos e estava numa situação 'a salvo' do que aconteceu, porquê??? Porque é que não o diz sem medos, se tal não foi propositado ou não foi ele o mentor dessa brincadeira? Não se sabe, ele não fala...

Anónimo disse...

Independentemente de ser culpado ao não, este dux dificilmente conseguirá paz de espírito ao longo da vida.

Maria dias disse...


As praxes só servem para que os mais burros e anormais imponham o seu respeito já que de outra forma nunca o conseguiam

Anónimo disse...

Sou mãe de filhas que, em universidades diferentes, foram praxadas e praxaram. Os seus mestrados concluiram-se no tempo normal, sem precalços e com boas notas...ou seja, com praxe ou sem praxe, o que importa é a responsabilidade de cada um. Como mãe e talvez porque as idades das vitímas e do sobrevivente se aproximem das das minhas filhas, segui a tragédia de forma sentida e rezei pelo aparecimento de cada corpo.Quando se começou a falar em "culpados", achei injusto...como já foi dito, todos gostavam e abraçavam a praxe, foram voluntariamente para um fim de semana onde se iria passar "algo", pagaram ou pagaram-lhes a casa...mesmo que se tenham metido na água a mando do dux....foi uma terrível fatalidade com que este vai ter que conviver...sobreviveu, mas a vida dele vai ser consumida por culpas que não acho que tenha, não vai voltar a ser o que era...como também não o vão ser as famílias...um terrível acidente que fez não 6 mas 7 vítimas...

@ carina disse...

Burro e anormal é aquele que à base do insulto tenta impor os seus ideais.

Anónimo disse...

Não poderia estar mais de acordo em tudo o que disse! Mas infelizmente o ser humano precisa sempre de um bode espiatorio para aliviar a sua dor e quando ele não é de carne e osso, culpa Deus!

Não estou a defender ninguém, fui muito mais praxada do que praxei mas nem por isso deixei de honrar o meu curso. Gostando ou não é como a politica, cada um com a sua mentalidade e escolhas.

Deixo apenas um abraço sentido aos familiares das vitimas que efectivamente perderam tudo para o mar...

Valor Local disse...

Levaram os caloiros para a beira mar, para fazer alguma parvoice, que se tivesse sido feita em Agosto não teria as mínimas consequências, mas no "calor do Inverno" a força do mar é incomparável, e infelizmente aconteceu o que aconteceu. Admito que não esteja a ser fácil para o único sobrevivente. Acho esta história demasiado penosa.

Sandra G disse...

Mas o que andam a fazer com a tradição das praxes??!!! Entrei para a Universidade à para ai uns 22 anos( aiiiiiiiii socorro tanto tempo, credo..... :( ), e não havia nada disso, havia sim uma brincadeira com as pessoas, fui praxada e praxei, mas sempre com coisas inofensivas. Agora retiro de praxes, o que é isto??!!! É na praxe que vão aprender a serem homens e mulheres, a aprender a respeitar hierarquias, mas o que é isto??!! Estou parva com isto. Adulteraram completamente a tradição da praxe. Enfim. Há uma coisa que muita gente já perdeu o respeito uns pelos outros, não é a respeitar as hierarquias, mas o principio básico respeitar as pessoas todas! Quanto ao que se passou um acidente estúpido, e esse Dux....... bem vai ser difícil para ele viver com essa culpa para o resto da vida, os outros morreram mas a vida dele não vai ser fácil, a sua consciência, essa não o vai deixar repousar.

Anónimo disse...

Parabéns pela sua lucida argumentação, estou 100% de acordo, infelizmente só quando a “tragédia bate á porta” é que se acorda para a realidade………………por tudo isso acho as praxes uma aberração uma “alegria disfarçada”……..
Geração perdida ou quase????????????????????
Latada, ponto alto na semana da Recepção ao Caloiro: Beber até cair para o lado………………… literalmente

Todos os agentes são coniventes……………. desde o reitor da faculdade, pais, alunos........

Eu felizmente tive a possibilidade de estudar na universidade, não foi assim há tanto tempo, tive um dia de praxe, apenas dancei pintado perante uma plateia de colegas.

Perdoem-me a revolta, mas como ex- professor de uma escola secundária em que alguns alunos chegavam ás minhas aulas bêbedos. Os pais obrigavam-nos a beber vinho logo pela manhã....... tomei conhecimento do seguinte cenário grotesco: um pai batia no filho de cinto, obrigando-o a beber………Curiosidade: esse pai era cabo da GNR

Esta minha experiência é bem capaz de calar a boca a muitos “inegrumes” que povoam as universidades, e acham da maior “normalidade” encher os “caloiros” de álcool………triste cenário……….. vou mais longe, grande parte deles no 1º ano passeiam os livros á custa dos seus paizinhos, só terminam o “curso” passados seis ou mais anos

As vivências de cada um de nós, como seres humanos determinam as nossas opiniões sobre determinado tema, e este caso é flagrante

Anónimo disse...

Os familiares querem e têm o direito de saber minimamente o que aconteceu. A Mel, como obviamente já se percebeu, ainda é novinha e não tem filhos para fazer uma comparação tão absurda entre perder um filho ou perder uma namorada e/ou amigos. E quanto ao que vai na alma do João e que ninguém quer saber é que ele teve o discernimento de sair do hospital e ir acompanhado à casa onde estiveram arrumar os pertences de todos os seus "amigos"... Já diz o ditado: com amigos assim ninguém precisa de inimigos... Que o queira defender porque o conhece ou porque é próxima dele tudo bem mas não queira deitar areia para os olhos das pessoas sff.

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