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A confusão que para aqui vai

quinta-feira, julho 19, 2018

Às vezes a pessoa escreve sobre um qualquer tema que lhe parece interessante e, vai-se a ver, e a malta liga zero. Perde-se tempo a pensar naquilo, achamos que pode dar origem a um qualquer debate proveitoso, mas depois nada, pouco ou nenhum feedback. Quase 15 anos depois, ainda me custa um bocadinho perceber o que tem ou não impacto nos leitores, o que lhes prende a atenção, o que os motiva a comentar e a envolver-se (saudavelmente) na discussão. E concluo que sei pouco ou nada. Porque quando faço um post que, à partida, me parece absolutamente inócuo ou que não dará azo a grande conversa, de repente monta-se todo um carnaval e chovem comentários. 

Foi o que aconteceu com este post, sobre acessórios de praia para os miúdos, uma coisa que se queria absolutamente inocente e pacífica. Como sempre, também desta vez fiz uma introdução entre o irónico e o sarcástico, manifesta e propositadamente exagerada, para descrever essa maravilha que é ir com crianças para a praia. Pronto, foi um forrobodó que deu
para tudo: dissertações sobre pedagogia e educação, vários momentos "o-meu-filho-é-mais-educado-que-o-teu", disputas entre os adeptos do "crianças em todo o lado" VS adeptos do "crianças o mais longe possível", teorias/insinuações sobre o estado do meu casamento, gente a dizer que há limites para a ironia (esta aqueceu-me o coração) e até a sugestão de que eu devia ser alvo de um case study, já que é estranhíssimo ter filhos e não curtir crianças até no geral (inédito!). Eu só queria que ficassem a conhecer toalhas de praia e fatos-de-banho giros, como é que de repente se transformaram todos em Freuds de trazer por casa?

Mas pronto, vamos a isto. Ora bem, como dizer isto de forma a não fazer chorar as almas mais sensíveis? É possível, sim, termos filhos e isso não ser factor suficiente para nos fazer adorar TOOOOOODAS as crianças do mundo. Vamos lá, convençam-se: não são todas queridas, fofinhas, amorosas, espertas, bem comportadas, interessantes, divertidas. Exactamente como os adultos. O facto de gostarem dos vossos maridos/mulheres/pais/amigos faz com que gostem de todos os outros crescidos que gravitam à vossa volta? Não? Pronto, então com os putos é o mesmo. Uns são fixes, outros não são, de uns gostamos, outros limitamo-nos a tolerar. É a vida. 

Depois, entrando especificamente no mundo praia. Eu não sei quanto a vocês, mas eu sempre adorei praia. Adoro estar deitada a ler, a ouvir música, ir à água, fazer caminhas de uma hora, degustar bolas de Berlim, estar só a olhar para lado nenhum. Ora com filhos pequenos, tudo isso fica a modos que inviabilizado. Porque eles querem atenção, porque querem alguém que partilhe as brincadeiras, porque precisam de pôr protector, e de comer, e de ir à casa-de-banho, e não podemos distrair-nos, porque há perigos vários à espreita, e temos de levar muito mais tralha, e temos de garantir que não estão a atirar areia aos vizinhos do chapéu do lado. Portanto, não é a mesma coisa. 

Na verdade, praticamente nada na vida sem filhos se mantém igual na vida com filhos. Mas há coisas que nos deixam mais saudosistas do que outras. Para mim, idas às praia encontram-se entre estas coisas, mas para vocês podem ser outras. Tipo, sair à noite, dormir até às quatro da tarde a um sábado, conseguirem ver um filme sem serem interrompidos 47 vezes, poderem ir a um restaurante sem estar sempre a repetir, qual mantra,  "tu-está-me-sossegado-se-faz-favor". Se isso faz de nós piores pessoas, maus pais ou pessoas que querem eliminar as crianças do mundo? Não, faz apenas de nós pessoas que não perderam o discernimento e que mesmo reconhecendo que os filhos são a melhor coisa do mundo, ainda se lembram bastante bem das coisas boas que (também) havia na vida AF (antes dos filhos).

Parece que já estou a ver os argumentos "ahhh, mas se querias manter a tua vidinha tal como estava então não tinhas filhos!" Não, pessoas com fraca capacidade de interpretação da língua portuguesa, não foi nada disso que se disse. Nem é isso que as pessoas, genericamente, sentem. Na verdade, conheço muita gente que sente falta de um ou outro aspecto da vida AF, mas não conheço uma única alma que diga "eh pá, se pudesse devolvia os putos, preferia a minha vida como era". Resumindo: gostamos MUITO dos nossos filhos e a nossa vida com eles é indubitavelmente melhor, mais rica, mais preenchida, mas isso não é incompatível com podermos sentir saudades de algumas coisas. Toda a gente se adapta quando os filhos chegam. Há coisas que temos de fazer por obrigação e que não amamos, há coisas que desconhecíamos e que descobrimos que adoramos, há coisas que só fazem sentido em família e que nos dão mesmo prazer, há coisas que são uma seca descomunal... há de tudo. Mas, para algumas pessoas, parece que é um crime admiti-lo. Ou ouvir outras pessoas admiti-lo. Lá vem o dedinho acusatório: "egoístas", "maus pais", "anti-criancinhas", toooodo um blá blá blá de fazer revirar os olhos.

Posto isto, deixem-me lá achar que a praia com putos é muito mais secante. Gostam de fazer castelos na areia durante sete horas consecutivas? Gostam de não conseguir sentar o rabo na toalha durante mais de três minutos consecutivos? Gostam de alombar com o brinquedame todo deles? Gostam de ter de estar sempre em modo radar, não vão eles lembrar-se de desaparecer entre a multidão ou atirarem-se para a água assim à maluca? Pronto, óptimo, fico genuinamente feliz por vocês, juro que sim, também gostava de partilhar esse vosso positivismo. Mas, para já, para já, continuo a preferir ir sozinha, com a minha cadeirinha, o meu livro, as minhas cenas. Umas vezes dá, outras não, é o que temos. Mas não se enervem, hã?

PS.: quanto aos temas "educação" e "comportamento na praia", se calhar fica para outra altura. Mas dizer que já obriguei o Mateus a ir pedir desculpa por ter feito uma pá voar praticamente contra a cabeça de uma senhora e ela ter ficado super incomodada, do género "por amor de Deus, é só uma criança", como se fosse eu que estivesse errada. E acho mesmo que o grande problema de muitos pais é este, verem os pequenos monstrengos em modo selvagem, encolherem os ombros e pensarem "oh, coitadinhos, são só crianças adoráveis, precisam de correr, levantar areia, atirarem-se em bomba para a água, berrar desalmadamente e transformar a vida das outras pessoas num pequeno inferno. São só crianças. Fofinhos". 

282 comentários:

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Anónimo disse...

Vocês têm noção de que são cunhadas das vossas cunhadas, certo? :D

B. disse...

Também não posso ter filhos e nem me lembrei desse facto quando li o post da Pipoca. Não os tenho, tive que ajustar os meus sonhos e projectos de vida e adoro as crianças dos outros, os post's da Pipoca sobre os filhos (e os da Cocó tb!) e a felicidade dos outros na construção das suas famílias. Não vamos limitar as mães nas suas emoções e palavras, só porque não podemos viver o mesmo, isso não nos ajuda em nada. Felicidades para si, do fundo do coração.

Anónimo disse...

Oh! Ide dar banho ao cão!!

Anónimo disse...

Anónimo das 20h20: lembras-te?? Não neste contexto, "porra". Informe-se antes de comentar. De nada.

Anónimo disse...

Eu não nasci adulta, mas nasci e cresci com EDUCAÇÃO e REGRAS. Que é coisa que às vezes falta em muita criancinha.

Anónimo disse...

Anónimo das 00h04, que coisa descabida. Quero ver quem lhe vai pagar a reforma e a velhice...

Anónimo disse...

Outro dos males é escrever frases em caps lock. É...

Anónimo disse...

Gosto da minha sogra e ela de mim, já a cunhada...sonsa

Anónimo disse...

exacto.
tanta gente a odiar crianças, esquecem-se que já foram uma e que certamente fizeram as suas patifarias.

Anónimo disse...

Obviamente que toda a gente ama mais as "suas pessoas" que os restantes milhões com quem partilham o planeta :P mas isso não faz delas pessoas que odeiam pessoas. É normal só sentirmos empatia/amizade/amor por um número reduzido das centenas de pessoas com quem nos vamos cruzando ao longo da vida, seja na escola, trabalho, tempos livres, etc. Tal como é normal não sentirmos essa empatia por muita gente com quem nos cruzamos. Acho que isso não merece uma afirmação de "odeio pessoas".

Anónimo disse...

Já passei por situações semelhantes e nessas oportunidades aproveito sempre para dar uma "ajudinha" às mães/pais que estão a fazer (e bem) o seu trabalho!
Jamais diria: "Oh! São crianças!".
Digo sempre: "Muito obrigada pelo teu pedido de desculpa! A mãe/pai tem muita razão, deves ouvir sempre o seu conselho."
Os miúdos por norma sorriem e voltam às suas brincadeiras e os pais recebem o apoio e solidariedade que tanta vezes nos falta como sociedade.
Sou mãe de duas meninas, a minha mais nova é uma "pirata" (para não dizer outra coisa) e agradeço que não me desvalorizem (ou pior, me desautorizem) quando eu estou a educá-la. O civismo ensina-se e, por vezes, um bocadinho de reforço positivo por parte de quem nos rodeia é imprescindível.
Como dizem os ingleses, "it takes a village" :)

Anónimo disse...

Como me parece óbvio, a Pipoca nunca abordará este tema, pelo menos diretamente... É que vocês corajosas (not) comentam todas como anónimas, ela não o faria.

Anónimo disse...

Eu estou convencida que o mal deste mundo é tanta gente escrever no computador com o CAPS LOCK sempre ligado.

Anónimo disse...

Fui engolida por quem? Oi? Está a ver? É por pessoas como você que eu não gosto de pessoas! Mas sabem que mais? Vivam a vossa vidinha que eu cá vivo a minha! E sim, provavelmente não iria de gostar da maioria das pessoas que comentou esta resposta! Mas não se ralem, nem todos têm de gostar de vocês! (Tanta a gente a precisar de ser adorada, tão triste!)

Parece mal dizer-se que que não se gosta de pessoas não é? Que chato não seguir padrões =)

Solange Ribeiro disse...

A sério que já há polémica aqui de novo??? Por causa de uma hipotética distribuição de cartazes? A sério? Alguém que ofereça uma férias sem net á Pipoca, se não ela frita!!!! Credo pessoas....

Anónimo disse...

Cara S., quando esses hotéis não forem "normais" e tiverem espaços e programas 18+ é normal que não possam entrar crianças tal como nas discotecas, bares, etc, agora enquanto forem exactamente iguais a todos os outros e for só para "não incomodar" além de ilegal é inaceitável. Ou o que me diz se existissem hotéis com entrada proibida a 65+...Uma coisa é serem vocacionados para determinadas faixas etárias outra coisa é existirem proibições com base em "incómodos"

Anónimo disse...

Às pessoas que não gostam de pessoas, deduzo que também ninguém goste de vocês. Quam não tem amor/empatia para dar dificilmente o receberá. Deve ser muito triste viver com esse azedume. Muito amor no coração é que desejo a todas!

Anónimo disse...

Lindo Diana, é isso mesmo que eu faço com o meu filho ....

Anónimo disse...

Been there, suffered that.

Anónimo disse...

Anónimo das 19:07, fiz o mesmo há 4 anos atrás e foi a decisão mais difícil da minha vida. Na altura estava no segundo ano de um curso de 6 anos e não sabia sequer como ia arranjar os fundos para o terminar. Na altura, nem sequer era bem visto por essa religião que eu tirasse um curso superior, muito menos um tão exigente. No entanto, acabou por correr tudo bem e hoje posso dizer que sou mais feliz do que alguma vez fui em toda a minha vida. Ganhei uma família nova, muito amor e terminei o meu curso. Claro que tenho imensa pena de os meus pais serem assim, e desejo muito que um dia queiram voltar a fazer parte da minha vida. Mas sim, sou mais feliz agora, sem o controlo e intolerância e ideias tacanhas do século passado do que era na altura, quando vivia uma vida com a qual não me identificava minimamente só pelo medo de perder os meus pais.

Anónimo disse...

Eu adoro crianças no geral e sinto que o propósito da minha vida é ser mãe. Sou das que fica embevecida quando vê um bebé, sorrio para crianças alheias quando elas se metem comigo também, acho até que tenho particular jeito na interação com elas. Isso não me impede de achar que há crianças demoníacas, sem educação, ou que não me apeteça correr uma data de putos à chapada de vez em quando.

Os meus vizinhos têm idades compreendidas entre os 12 e os 6 anos, são 4, e são uns selvagens. Não me deixam dormir, não posso estar sossegada na minha própria casa. Não me incomoda nada que façam barulho típico de brincadeiras, que corram pela casa deles e se oiça na minha, que cantem, que falem mais alto. São crianças, fazem barulho, têm muita energia e sou da opinião que as crianças não são mini adultos para estarem sempre sossegadas e caladinhas. Só que há limites. Berros intermináveis de raiva uns contra os outros, insultos de filho da p*ta para cima e para baixo, mais berros, e os pais impávidos e serenos, seja a que horas for. Começam às 7 da manhã e só acabam a gritaria quando vão para a escola. Quando regressam, começa tudo de novo, até irem dormir. Isto é a minha vida diária. Se começo a gostar cada vez menos de crianças? Não. Destas em particular apenas e a culpa nem é delas. Os pais deixam-nas berrar e insultarem-se daquela forma sem fazerem nada, portanto a culpa é de quem não os educa e não os trata com amor, de quem não dá o exemplo.

Há sim crianças mal educadas e até más, como também há adultos assim. Tenho pouca tolerância para birras, berros e má educação, dos filhos dos outros e certamente dos meus, um dia. Não é por adorar crianças que deixarei que façam tudo o que querem. Crianças são futuros adultos, precisam de regras, de aprender, senão serão adultos sem educação. De pequenino é que se começam a aprender certas regras básicas, portanto não é olhar para o lado e assobiar, "porque são só crianças". Hoje são só crianças mas são os adultos de amanhã. Não há nada de mal em gostar de crianças mas não ter paciência para aturar as crianças dos outros ou querer ter alguns momentos ou algumas experiências sem crianças.

Anónimo disse...

Pipoca és a maior. Enerva as mulheres pensarem que têm sempre de demonstrar uma faceta de super mães/mulheres. Já não há paciência. Não a conheço de lado nenhum, não sou de comentar, mas acho que chega um ponto que precisamos de nos unir e fazer sentir a quem está desse lado a escrever que são pessoas normais, com dias felizes e menos felizes, com paciência ou com falta dela.
Força :)

Cavalheiro do Aeroporto disse...

Não percebi a parte dos homens. Defeito meu com certeza.

Anónimo disse...

so vou dizer uma coisa...vim de ferias da praia com o meu filho e se pudesse deixava-o em casa e ia eu já a correr para a praia gozar de 1h de sossego! Alias nestas ferias, "as minhas ferias" eram 2h/dia aquando da sesta do puto!!

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Clap,clap,clap!

Anónimo disse...

Tão fofinhos. Vão abraçar ladrões e violadores e tais que outros já que gostam tanto de pessoas :)

Anónimo disse...

O primeiro anonimo deve viver num mundo de fantasia. Se tds os pais gostassem dos filhos nao havia criancas abandonadas, nos lares... e aqueles q sao abandonados ainda bebes nos caixotes de lixo?

Claro q nao sao a maioria, mas q os ha sim ha.

O meu pai abandonou-nos qd eu tinha 12 anos e a minha irma 5 anis. Arranjou outra mulher e ela queria começar uma vida nova, do zero, sem crianças de casamentos anteriores. Sei q hoje têm 3 filhos e ele nunca mais falou p mim. O amor q ele tinha/tem por essa mulher foi mais forte q o q tinha pelas filhas. A minha irma tentou procura-lo e ele so se encontrou c ela ás escondidas p a mulher nao saber...

Eu tenho mt receio de ter filhos pq nao ligo mt a crianças, n tenho qq instinto maternal e tenho medo de nao gostar deles. Mas o marido quer mt... vamos ver

Anónimo disse...

Concordo com o comentário inicial. Eu não sou muito social, tenho meia dúzia (se tanto) de amigos e sou bem feliz assim. Não tenho paciencia para conviver com muita gente e normalmente estou no meu canto, mas isso não faz com que eu não goste de pessoas. Acho um exagero dizer que se odeia pessoas, quando nenhuma delas nunca me fez mal algum. Simplesmente dispenso a sua companhia...

Anónimo disse...

Sei o que isso é, tenho três filhos, dois meninos, educados de modo igual. Um é pausado, percebe e acata, o outro é agitado, reage com birra, raiva e gritos a qualquer contrariedade ou chamada de atenção. Para nós é difícil, porque o tentamos educar da melhor forma e não vemos resultados. Já passei essa fase da vergonha no espaço público e quando vejo outros pais na mesma situação só sinto empatia, e até lhes tento esboçar um sorriso, pois sei o quanto custa ter miúdos “resistentes a regras”. Sobre quem, em momentos de “crise”, olha de lado ou fica muito incomodado com o chilique do meu filho, só posso dizer que temos pena, que o espaço público é um espaço de convivência plural, que alguns miúdos precisam do seu tempo para se acalmar, que não sabem da missa a metade e que provavelmente lhes falta muita empatia pelo outro. Eu gosto de muito pessoas gosto muito de crianças e penso que o mundo seria bem melhor se todos, como sociedade, fossemos mais tolerantes, sobretudo com quem ainda está a aprender a ser gente.

Anónimo disse...

Xinapá se tantas pessoas pensam isto de crianças eu nem quero imaginar o que pensam dos VELHOS!!!!!
já As pessoas são de facto tao egoístas.

Anónimo disse...

Se fosse assim, não se podia falar de nada porque haveria sempre alguém incomodado com a situação. Estão a falar de ovos? Calem-se, que sou alérgica. Viagem ao Brasil? Shiiiiu, não tenho dinheiro para isso. Crop top? Ninguém fala disso, que não tenho corpo para usar.

Já nem vou entrar pelo lado do humor negro. Isso então nem devia existir para si.

Anónimo disse...

LOL resumindo, devemos procriar se quisermos. Ponto. Nem fazê-lo porque achamos que o mundo precisa de gente, nem deixarmos de o fazer porque achamos que o mundo tem gente a mais. São dois argumentos demasiado simplórios e rasos para justificar a opção de se procriar ou não.

Anónimo disse...

Não tem que desesperar com isso… É tão normal. Trabalho com crianças e é normal que existam fases dessas, continue a ser assertiva e verá que vai passar.

Anónimo disse...

que sensatez! gostei muito :)

MT

Anónimo disse...

é verdade que ha canalha horrivel...eu ja os vi, por ai.ahahahahahahahah! :)

MT

Anónimo disse...

Pipoca,já te leio há algum tempo,mas, embora lesse coisas que não concordasse, sempre respeitei e continuarei a respeitar as opiniões.No entanto, senti que desta vez tinha de dizer algo.Tenho um filho de 19 anos. Eu e o meu marido sempre quisemos ter filhos,imaginando(não sabendo)que nada mais seria igual.E assim foi. No entanto, sabíamos que nos tínhamos de adaptar à nova situação.Fizemos muitas coisas a três. Divertimo-nos sempre.A praia,as viagens. Ver séries que foram sempre diferentes.Mas fizemos sempre um esforço para o educar no sentido de se ir adaptando às diferentes situações.Agora, sendo um adulto,temos orgulho no homem que se tornou,mas já tenho muitas saudades de tudo por que passamos.É frase feita,mas aproveitem cada bocadinho,pois não demora nada e vão poder fazer praia à vontade,ir ao cinema e dormir sem fim....VIS

Anónimo disse...

A sério? a única coisa que retiveram foi "... Lisboa..."?

Unknown disse...

Acho que a vida com crianças é sempre diferente todos os dias conforme as fases e a idade em que estão. E também conforme o estado de espírito deles e o nosso. Há dias na praia ou no jardim (por exemplo) que correm muito bem, outros normalmente e outros que são um tédio. Às vezes estou cansada e deixo a minha filha a brincar nos insufláveis com monitores enquanto leio um pouco ou fico a lanchar sossegada. Outras vezes adoro ir com ela ao jardim e fazemos um piquenique que corre muito bem. Às vezes ela está cansada e birrenta, outras vezes muito querida e obediente.
Detesto empurrá-la no baloiço, embora já me tenha habituado mais. Adoro contar-lhe histórias. Adoro fazer puzzles com ela. Detesto quando depois do banho foge molhada para cima da cama. Abomino que não me deixe dormir. Não gosto que queira ser sempre ela a escolher as roupas. Adoro apanhar estrelas do mar com ela na praia (nas praias ao pé de Lisboa :)) e se vocês fossem mais queridas, até vos dizia onde fica essa praia). Adoro tudo na praia com ela (no ano passado não corria tão bem), no entanto, gostava de estar no mar o tempo que me apetecesse e de ler muitos capítulos de um livro e não o posso fazer (mesmo com ajuda) e, obviamente, isso custa-me um pouco.
Resumindo: a vida com filhos não é melhor e nem pior que a vida sem filhos: é totalmente diferente! Temos momentos sublimes, momentos mais cansativos, mais complicados, momentos assim-assim :) e temos pouco tempo para nós. Estamos presas. Bem ou mal estamos presas, com o tempo contado, limitado. Com preocupações, com sentimentos de culpa também. Mas, isto não invalida a alegria que sentimos com eles. basta ouvir o riso dobrado deles que parece que o nosso coração fica quentinho. É uma frase um pouco parola, só que optei por escrevê-la, pois é o que sinto mesmo.
É bom não ter filhos, é bom ter. Depende da nossa mentalidade, do nosso espírito. E volto a dizer: há dias..! :) Não trocava a minha filha por o que tinha antes, como é óbvio, no entanto, acho que nós mães que temos todos este sentimento de alegria (acredito que sim) devíamos ser menos hipócritas e admitir que há dias infernais (ou mais difíceis para ser mais politicamente correcta) e que ser mãe, ainda que gratificante, é duro. E é isto que a Ana tenta vos dizer. Deixem-se de floreados, deixem de ser lollipop. Falem das coisas com mais profundidade, mais reflexão, menos superioridade. Partilhem experiências, dicas. Sei que preferem ir para os fóruns das mães fazer perguntas, só que a meu ver aqui também seria interessante. E neste caso era só para trocar ideias sobre a roupa e acessórios de praia. Só isso.
E deixo-vos uma pergunta já um pouco batida, porém ainda polémica: vão-me dizer que cuidar de uma criança é sempre uma maravilha?! Ou vocês são as melhores mães do mundo ou nem sequer são mães e apenas querem criticar e ser do contra, pois não têm simplicidade e maturidade para aceitar a realidade da vida?!
Desculpem se escrevo muito. Se levo tudo muito a sério. Sei que para muitas pessoas que aqui escrevem é um tédio, que nem sequer me conseguem acompanhar. Paciência. Felicidades para todas nós: mães...ou não...

Mariana Lopes disse...

Olá! Haja paz na praia :) movimento babysitting na areia, bora lá? :)

Anónimo disse...


Anónimo19 julho, 2018 09:50

Oh filha nao te atrevas a mexer neste tema, pq eu outro dia que reclamei de uma merd@ de um presente q recebi da CUnhada no natal quase fui aqui escalpelada por uma querida leitora ahahah A dizer-me que eu é qeu nao era boa nora e boa cunhada, sendo que as mantive durante varios verões muito bem hospedadinhas minhas custa, sim nao as custas do meu marido, qdo eu morava de frente para a praia. Entao ca nao se pode falar nem de crianças, sogras CUnhadas e afins :P

Anónimo disse...

Não sei porquê toda esta azafama. Desde os inícios dos tempos que as pessoas gostam da sua família (uma parte pelo menos) e dos seus amigos e estão-se a cagar para tudo o resto.

Anónimo disse...

Porque assim já podem falar mal da vizinha em casa e antigamente eram obrigadas a ter que ir para a rua...

Anónimo disse...

Mas tb não fale das dificuldades de ser mãe pq está a desrespeitar quem queria filhos e não pode ter. Aliás, este texto começou pela visão menos colorida da parentalidade.... Pronto não fale de filhos e problema resolvido.. Nem de dinheiro, nem de trabalho (seca!! ) nem de moda (pode ofender as gordas ou magras nem de política nem de futebol, nem de animais. Olhe fale de lã ... Acho que neutro qb Boa sorte

Anónimo disse...

Depois de ler estes comentários, fico surpreendida e até levemente irritada com a quantidade de pessoas que diz “odiar crianças” ou “não gostar de pessoas”. Não gostar de pessoas?! Houvesse um pouco mais de tolerância e a vida seria tão mais fácil...

Anónimo disse...

Então como fazemos? Deixamos as crianças ser livres e fazerem tudo o que querem? Que lindo, uma ideia muito bonita, sim senhor. Viva a liberdade, não queremos robôs nem adultos em miniatura. É deixá-los crescer sem os manietar, pois. Quando é que vão aprender a ter maneiras e a respeitar o espaço (mental e físico) dos outros? É em adultos? Deixem-me rir... Quantos de vocês, adultos tão progressistas e prá-frentex, se querem deparar com adultos que cresceram a fazer o que queriam sem regras? Quantos de vocês querem trabalhar com alguém assim, hã?

Anónimo disse...

A minha respeita-me muito e tenta agradar-me... Tem tudo para dar certo mas os anos passam e eu continuo a sentir-me constrangida quando ficamos a sós xD

Anónimo disse...

Bem, esta malta que se abespinha com uma frase como esta, as ruas de Lisboa, devia desligar a Internet e gastar o q poupa em Terapia.

Anónimo disse...

Gosto muito do blog, da ironia da pipoca mas o que gosto mesmo MUITO e o que me faz sempre cá voltar são estas "maravilhosas" discussões!
E já agora acrescento que nunca gostei de crianças mas amo a minha filha! E gosto de a ver feliz na praia mas também gosto MUITO de ir sozinha e poder relaxar! Ah e também não gosto de estar na praia a ouvir birras, levar com areia... assim como também não gosto de câezinhos a ladrar, o som irritante das bolinhas a bater nas raquetes de madeira, entre outras coisas... Gosto mesmo é de estar na praia a ouvir o som do mar! Será assim uma coisa tão estranha e descabida?

Anónimo disse...

Mas ninguém está aqui a defender que a canalha ande aí à solta feita uma manada de búfalos!!
Quem tem filhos SABE que tem de controlar os fedelhos! As pessoinhas é que andam todas sensíveis, se um rabo de fralda de 8 meses chora já é um incómodo e devia estar fechado em casa até que lhe cresça o botão "mute".

Anónimo disse...

Eu não gosto de pessoas, olha pra mim, sou tão exótica!! Penso tão fora da caixa!!

Anónimo disse...

??? Mas uma coisa é impeditivo da outra? Não tenho paciência nenhuma para crianças, mas adoro idosos, adoro os meus avós e passar tempo com eles, assim como costumo fazer voluntariado com idosos. Não percebi o raciocínio

Mel disse...

Não há ambientes que sejam mais adequados para hetero do que para homossexuais. No entando, há ambientes que são mais ou menos adequados para as crianças. Além disso, as crianças não são adultos pequenos/em miniatura. Além de terem necessidades diferentes, comportam-se de forma diferente. Por muito que ame as suas crianças e não se veja ir para lado nenhum sem os seus filhos (quer os tenha quer seja apenas o que prevê para futuro), um lugar onde haja crianças é habitualmente mais barulhento mas, mais do que isso, é mais difícil de impor regras e fazê-las cumprir. Se um adulto fizer barulho excessivo pode ser expulso. Mas o "barulho excessivo" dd uma criança pode ser apenas o normal para... uma criança, feliz e divertida.

Btw, que raio é um gay a ser explícito. Darem beijos na boca na rua? Como 99% dos casais heterossexuais?! "Eu não sou preconceituosa mas..."

O hotel fechou e ainda bem. Espero que tenha falido. Isso é fomentar, sem mais, a intolerância, o preconceito e a discriminação. Tudo aquilo contra o que tantas gerações lutam diariamente.

Anónimo disse...

"Lembraste daquilo que dizias sobre os gilhos dos outros?" é este o contexto e é lembras-te.

Anónimo disse...

Uma coisa que tb nao percebo é dizer que a vida com filhos é melhor. Como também aquelas que estao sempre a dizer que a vida com filhos é uma bosta MAS "adoro os meus filhos". Vamos todas assimir desde já PODE-SE NAO GOSTAR DESTE OU OUTRO ASPECTO DA MATERNIDADE E ADORAR DE PAIXÃO OS FILHOS NA MESMA. Uma coisa n tem a ver com a outra. E a vida nao fica pior nem melhor com filho - fica DIFERENTE. Peace, im out (micro on the floor).

Anónimo disse...

Muuito mais tabaco, esta voz (em minúsculo) tem aparecido qual cogumelo

Anónimo disse...

Eu não critico as criancinhas que continuam aos gritos depois de os pais intervirem. São miúdos, às vezes nao dá para controlar.
O que critico é o deixar fazer, do género "enquanto chateias os outros não me chateias a mim", cada vez mais comum.
Se tenho uma criança a cargo vou pelo menos tentar controlar o comportamento.

Anónimo disse...

Eu não percebi a parte das mal amadas.

Anónimo disse...

Gostei. Nós os homens quando queremos fazer criticas destrutivas e tratar mal as outras pessoas, também temos por hábito acusar os outros de serem homens mal amados, ignorantes ou...mulheres...

Uma vez fui tão agressivo que cheguei mesmo ao cúmulo de chamar alguém de Marta...

Anónimo disse...

Adoro quando as pessoas começam a dizer:"Oh meu Deus as pessoas"...como se elas não fossem pessoas também...

Anónimo disse...

Patrícia, quem a ouvir ainda julga que o sarcasmo e a ironia que caracterizam a escrita da Ana já está a ser divulgado na televisão, rezado na missa e ensinado nas escolas...

Anónimo disse...

Pipoca, compreendo que tenhas a melhor opinião de ti própria mas deves mesmo achar que todas as pessoas que por aqui passam acompanham o teu blog desde sempre e absorvem cada palavra que dizes...

Sílvia Melo disse...

Ao anónimo das 23:08 que refere:

"Anónimo 17h27, acha que o facto de dizer que não gosta das pessoas em geral, é uma boa forma de revelar a sua boa formação/educação e o entendimento que tem sobre respeitar o próximo?

Sim, não é engano, acabaste de ser engolida. Temos pena..."

Essa capacidade de argumentação tem de ser melhorada. Respeitar o próximo é aceitá-lo da forma como ele é. Não fazer ao outro aquilo que não queremos que nos façam a nós.

Em que parte do comentário que criticou é que se pode verificar que o autor desrespeita alguém? Aliás, se calhar o seu comentário é que se vira contra si, porque para uma pessoa ter consciência do estado actual da Humanidade, é realmente preciso ter uma boa formação e um intelecto mais desenvolvido.

O facto de ter respondido utilizando a segunda pessoa do singular, pode, imagine só, ser considerado uma falta de respeito, já que não conhece a pessoa que está a abordar. O facto de ter respondido "temos pena..." é também um indicador de que o objectivo é sair por cima na conversa e rebaixar o outro. Isso também pode ser considerado uma falta de respeito.
O facto de alguém afirmar que não gosta do modo de ser das pessoas em geral não é uma falta de respeito para com essas mesmas pessoas. É, simplesmente, expressar uma opinião. (e na minha opinião, bastante válida.)

Anónimo disse...

CONCORDO PLENAMENTE com este post, está tudo dito!!!
Muita gente tem dificuldades em interpretar português e também muitas vezes não têm mais nada que fazer senão postarem comentários parvos, pessoas frustradas, enfim, haja paciência...

Anónimo disse...

Concordo :D :D

Anónimo disse...

Pois claro que sim...e porque não dá o exemplo e começa a tolerar um bocadinho mais as pessoas que dizem "odiar crianças" ou "não gostar de pessoas"? não acha que isso faria de si uma pessoa bastante mais coerente?

Anónimo disse...

Nasceu adulto/a, Anónimo 12:48.

Anónimo disse...

Anón 20/07 00:10, não se justifique, por aqui todos os comentários são susceptíveis de indignar os "indignsdinhos" da vida, os que se picam por tudo e nada . .enfim ums tristeza , há que destilar o veneno e as frustrações, que melhor cenário que o blogue pipiquiano?!? É assim desde 200...😉

Anónimo disse...

Eu tenho certeza que os meus pais não me amam. O que mais há é pais que não amam os filhos e que se arrependem de os ter tido.

Office Judge disse...

O sururu que se gerou por se falar em Lisboa e não no resto do país....debater/comentar sobre o próprio tema do post passou completamente para 2º plano....

Anónimo disse...

Anónimo das 15:07: já mandei calar uma nas consultas do hospital porque falava tão alto que ninguém conseguia ouvir os médicos a chamar as pessoas... ficou horrorizada. Pois, temos pena. No entretanto o meu filho de 3 anos estava sentadinho à espera da vez dele a brincar com carrinhos em vez de fazer a barulheira que ela fazia... e depois são as crianças que são isto e aquulo (não, o meu filho não é uma criança calma e sossegada)

Anónimo disse...

tão bom, é isto tudo. mesmo. sou mãe de dois e penso igual!

Anónimo disse...

Mas uma a dizer "As pessoas são egoístas" como se ela fosse...Marciana, será?

Anónimo disse...

Sou assistente de bordo, todos os dias voo com colegas diferentes, algumas já mães. Sempre que digo que não me vejo a ser mãe e que algumas das crianças que entram nos aviões são o meu melhor contraceptivo cai o Carmo e a Trindade. A realidade é esta: os pais não tem paciência, deixam os miúdos fazerem o que querem dentro da cabine, eu já não aviso miúdos, dirijo-me directamente aos pais (e depois levo respostas como "eu paguei por isso aguente-se" mas esquecem-se que todas as outras pessoas que ali vão dentro também pagaram e não têm de levar com aquilo 4/5/10 horas).

Se gosto de crianças? Algumas. Se não quero ter filhos? É uma opção minha como qualquer outra opção que se tome. Sou um monstro porque expresso a minha opinião? Não me parece. Acho que os pais devem ser responsabilizados quando não se preocupam que um filho que está ao seu lado está a perturbar o descanso dos outros? Sim, sim e sim. Isso faz de mim má pessoa? Não de todo.

Cris M disse...

Independentemente de opiniões mais extremadas do que outras, continuo a achar, mesmo sem ter filhos, que o importante é não só o bem estar das crianças pelas quais são responsáveis mas, acima de tudo, os pais devem ser os seus guias, passarem-lhes valores, ajudarem a construir um carácter.
É certo que não há nenhuma fórmula mágica mas se há algo que importa, é aprender com erros que os nossos pais fizeram ou melhor ainda, não repetirmos erros que vemos os outros fazerem.
Posto isto e quando (ou se houver) disponibilidade da Pipoca, apoio um debate neste blog sobre parentalidade vs. educação.
É um tema fundamental e muitas vezes fraturante mas tão importante nesta nossa evolução.

Anónimo disse...

Eu acho que nao gostar de pessoa é desumano, é uma aberraçao.
Uma coisa é dizer que nao se gosta , ou mesmo odeia, de determinados comportamentos de todos nós, humanos, agora nao gostar da propria especie é é contranatura.

Anónimo disse...

O que isso vai resultar é que o seu enteado vai ser muito mais bem educado/criado do que o seu filho. O seu tiro sai-lhe pela culatra.

Anónimo disse...

Concordo, sinceramente até me vêm as lagrimas aos olhos, só leio odio, odio, odio, sem parar.
Acho que as pessoas nem têm conciencia do que estao a dizer e do impacto dos seus pensamentos.

Anónimo disse...

19:07 fico triste por si. Espero que a vida lhe dê muito amor e que a possa de algum modo compensar essa perda em vida. Um abraço

Anónimo disse...

Vida AF = Vida As Fuck

Anónimo disse...

Muito bem escrito.

Sou mãe de dois. Adoro-os. Cansam-me. Divertem-me. Cansam-me. Aprendo com eles. Esfrangalham-me os nervos. São os maiores amores. Fazem birras assustadoras. Preciso deles. Preciso de tempo sem eles.

enfim.....I feel you em todas as temáticas do texto.

Anónimo disse...

Senhor…
Tanta gente sem nada para fazer...

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Teorias absolutamente espectaculares

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