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Meningite B: vacinar ou não, eis a questão

segunda-feira, abril 30, 2018

Se há tema que, para mim, não merece grande discussão, é a vacinação. Ou melhor, a decisão de vacinar ou não um filho. A minha posição não é nova, já falei sobre isso aqui, mas é sempre importante sublinhar, muitas vezes, o "para mim". Porque este, como todos os assuntos, não é consensual, porque há pessoas anti-vacinação, porque há sempre opiniões diferentes. Mas para mim (para mim!), não me passa sequer pela cabeça não vacinar um filho. Acredito que, de forma geral, cada pai tende a fazer o que acha melhor para os seus filhos, e para mim o melhor é isso: dar-lhe todas as vacinas recomendadas dentro e fora do Plano Nacional de Vacinação (PNV).

Na semana passada assinalou-me o Dia Mundial da Meningite e, a esse propósito, fui convidada a participar numa
mesa redonda com o Professor Mário Cordeiro (pediatra e autor do livro "A Verdade e a Mentira das Vacinas"), a Dra Diana Moreira (pediatra e membro da Comissão de Vacinas da Sociedade de Infecciologia Pediátrica da Sociedade Portuguesa de Pediatria) e o Lenine Cunha (o atleta paralímpico português mais medalhado de sempre e que sofreu meningite na Infância). Foi uma conversa mesmo muito interessante e da qual, enquanto "mãe comum" saí muito mais esclarecida.

Não sendo médica nem profissional de saúde, acabo por recorrer ao pediatra do Mateus para tirar dúvidas e tomar algumas decisões. Nomeadamente no que toca às vacinas. Claro que o questiono sempre, claro que procuro obter informações de outras fontes, mas acredito que ele queira o melhor para o meu filho e que perceba infinitamente mais do assunto do que eu. Por isso, se ele me recomenda vivamente que lhe ministre algumas vacinas, é óbvio que confio. E foi isso que aconteceu com a vacina da meningite B. A vacina foi introduzida em Portugal em 2013, precisamente no ano em que o Mateus nasceu, e mesmo não fazendo parte do PNV, mesmo sendo cara (cerca de 300 euros no total das três tomas), não hesitei um segundo em dar-lha.

A verdade é que a meningite B é a meningite bacteriana mais frequente em Portugal (já existe vacinação incluída no PNV capaz de prevenir alguns outros tipos de meningites). Afecta, sobretudo, crianças com idade inferior aos cinco anos, com um pico aos seis meses de idade. Nestes casos, a taxa de mortalidade situa-se entre os 5 e os 14%. Segundo o estudo "Portugal- Win for Meningitis", a meningite é a doença que os pais portugueses consideram ser a de maior risco para as suas crianças, é a que mais os assusta. Eu faço, claramente, parte deste grupo, sempre que o Mateus aparece com nódoas negras ou começa com febre, a sacana da meningite vem-me logo à cabeça. Este é, aliás, um dos maiores problemas desta doença: os sintomas iniciais (febre, sonolência, falta de apetite, náuseas) são muito parecidos com os de uma gripe comum, por isso tendem a ser desvalorizados. E a intervenção, em muitos casos, acaba por ser prestada já tarde, quando a doença já evoluiu. É por isso que a vacinação continua a ser a melhor forma de prevenção.

Houve vários outros dados que achei curiosos neste estudo. Por exemplo:

- Quase 28% dos pais acreditam, incorrectamente, que a vacina contra a Meningite B faz parte do PNV e 48% assume desconhecer quais as vacinas que estão incluídas. É por isso que quase todos os pais inquiridos (97%) sentem que deve ser o seu profissional de saúde (pediatra ou médico de família) a informá-lo sobre todas as vacinas, mesmo que não façam parte do Plano. É o meu caso. Se me perguntarem "o Mateus tem a vacina X ou Y?", a minha resposta é "se o pediatra mandou tomar, então tem". E como eu sei que o pediatra manda mandar tudo e que o miúdo tem o boletim de vacinas em dia, estou descansada. Assumo que devia saber mais detalhadamente todas as vacinas que ele já tomou, mas os miúdos tomam tantas (sobretudo nos primeiros anos de vida) que fica difícil memorizar. Mas acontece o mesmo com as minhas vacinas, assim de cor não sei exactamente quais é que tenho ou não. Lembro-me que quando houve o surto de sarampo no ano passado lá dei por mim a ir repescar o meu boletim (um daqueles com quase 40 anos, praticamente a desfazer-se) para ver se tinha tudo em dia (descobri que tinha a do tétano em atraso, mas quando fui ao centro de saúde para a tomar informaram-me que tinham alargado o prazo por mais uns anos. Óptimo);

- Apesar de a meningite ser a doença que mais preocupa os pais portugueses, 30% assume não conhecer ou não ter bem a certeza de quais as forma de contrair a doença, 18% desconhece os sintomas associados, 68% não sabem que existem diferentes estirpes de bactérias causadoras de meningite e 70% afirma não saber o suficiente sobre as mesmas e sobre os danos que a doença pode causar:

- Apesar de a vacina contra a meningite B não fazer parte do PNV, praticamente todos os pais (86%) dizem estar disponíveis para pagar por uma vacina que proteja os filhos de uma possível meningite;

Eu enquadro-me, obviamente, nestes 86%. Se gasto dinheiro em tantas coisas supérfluas, parece-me mais do que óbvio que dinheiro gasto em vacinas é muitíssimo bem empregue, é um investimento na saúde do meu filho. E sim, a vacina da meningite B é efectivamente cara, há muitas famílias portuguesas que precisam de fazer grandes piruetas orçamentais para poderem gastar 300 euros em vacinas mas, como dizia o professor Mário Cordeiro, "os pais devem pensar em como é que é possível poupar dinheiro". E deixava um exemplo: em vez de quando um bebé nasce comprarem uma data de coisas que não fazem falta nenhuma (quilos e quilos de roupa, brinquedos, etc), podem investir esse dinheiro em vacinas ou pedir a familiares que lhas ofereçam. "Eu aos meus netos, como presente de nascimento, ofereço as vacinas que não fazem parte do PNV. É um presente útil e para a vida", contou.

Não deixa de ser triste que uma vacina, algo que pode realmente fazer a diferença na vida das crianças, esteja dependente de factores económicos. É de lamentar que uns pais possam pagar e outros não. Eu posso, mas e quem não tem meios? Vê-se obrigado a privar um filho de uma coisa tão essencial? Não sabia e fiquei feliz por saber que algumas juntas de freguesia oferecem essas vacinas aos seus bebés, mas não são todas.  É por isso que a inclusão no PNV é importante. 

Apesar de nenhuma vacina ser obrigatória (algo que muita gente desconhece), é óbvio que é algo que é altamente recomendável. Para nossa protecção e para a dos outros, os tais que não têm acesso e que podem beneficiar da imunidade de grupo (quanto mais gente vacinada houver, menor as probabilidades de as doenças se propagarem). É uma questão de saúde pública, por isso, ao decidirmos não vacinar uma criança, devemos ter consciência que a nossa decisão não afecta apenas a nossa criança, mas muitas outras. O Dr. Mário Cordeiro diz que não vacinar uma criança é sinal de negligência e maus tratos e, apesar de parecer uma afirmação demasiado forte e chocante, eu tendo a concordar. Acho realmente que, nos dias que correm, com toda a informação disponível, é uma atitude irresponsável. Verdade que há casos específicos, como as crianças que fazem reacções extremas às vacinas (choques anafiláticos, por exemplo), mas até essas podem ser vacinadas, em ambiente hospitalar devidamente controlado.

Posto isto, informem-se, informem-se e informem-se. Acho que tudo o que envolva a saúde dos nossos filhos merece que nos questionemos. No caso específico da meningite, podem obter mais informação junto do vosso profissional de saúde, mas também em prevenirameningite.pt, um site criado especificamente para alertar para a doença e reforçar a importância da vacinação. Podem até fazer um quiz, para ver se estão devidamente informados sobre o assunto. Eu acertei nove em dez, nada mau. =)



69 comentários:

  1. Viva! Obrigada pelo tema! Já vacinei há cerca de um ano a minha filha. Dei-lhe as vacinas todas (até da varicela) menos a da Hepatite A. O pediatra disse-me que era mais para pais que vivem em África.

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  2. Muito interessante sim senhora mas para a próxima limpa os teus sapatos porque ainda estavam sujos do "baton" das tuas seguidoras...

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  3. É a primeira vez que comento, porque queria agradecer falar sobre este tema. As correntes anti-vacinas que têm surgido são muito preocupantes, não só pelas graves consequências mas também pelo facto de serem baseadas em irracionalidade. Obrigada por usar a sua plataforma para falar de forma aberta e informada sobre um tema tão importante. :)

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  4. Preciso desses sapatos na minha vida!!! Pode dizer-me de onde são?

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  5. Publicidade a vacinas! No boundaries?!?

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    1. Não estou a fazer publicidade. Estou a dar a minha opinião sobre o assunto. Cada um que faça o que quiser.

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    2. A AGM nem falou na marca! Que mania!

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    3. Perguntinha, se me permite. Quando não se sente bem e vai ao médico, quando o dr. lhe passa uma receita, pergunta-lhe, indignada, se ele é patrocinado?

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    4. Vontade de implicar! No boundaries?!?

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    5. E mesmo que fosse publicidade, qual o mal de alertar para a importância da vacinação? Vai dizer que as leitoras que defendem e bem a vacinação são compradas pelas farmacêuticas?

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  6. Olha Pipoca como tu disseste isto é um assunto não consensual mas da minha parte preferia mil vezes não levar vacina nenhuma , pois não confio lá muito naquilo que me injectam nos braços, pode parecer parvoíce mas por exemplo quando levo a vacina do tétano penso sempre que estou de alguma forma estão a meter lá para dentro o próprio do tétano e por acaso já me disseram que isso nem previne muito pois se for parar ao hospital com uma ferida de prego enferrujado voltam a dar-me a dose da tal vacina. Então para que ter sido vacinada?? Há muita coisa coisa em Medicina que é feita para "vender", por exemplo também já li que usar óculos piora a condição de miopia , conheces alguém que melhore as dioptrias quando usa sempre os óculos?? Pois é...é sempre a aumentar pois os olhos habituam-se cada vez mais aquela "muleta". Loucuras dirão alguns mas não sei não... A Medicina também acaba por ser um negócio. Catarina

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    1. 😂😂😂😂 não sei se ria não sei se chore. Vou-me abster de comentar quase tudo, mas só uma pergunta: alguém lhe disse alguma vez que os óculos eram um medicamento/cura/algo que iria melhorar a visão? (For real que fico parva com algumas coisas)

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    2. Anda a ver muitos filmes de teorias da conspiração...

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    3. Os óculos não curam a miopia da mesma forma que a insulina não cura a Diabetes tipo I. Daí não decorre que o uso de óculos seja responsável pelo aumento da miopia.

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    4. Tenho comigo uma R-E-C-E-I-T-A passada por um médico oftalmologista de óculos, se isto é alimento esclareça me a sra...

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    5. Mais valem as vacinas, do que as sequelas de doenças como a meningite. Em África luta se pela vacinação e em certos países só se entra com as vacinas em dia. Apesar de não serem obrigatórias, a maioria das entidades empregadoras exige a vacinação em dia.

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    6. Ignorância assustadora!
      (Pipoca, percebo que queira respeitar a liberdade de expressão de todos, mas no seu lugar simplesmente apagaria todos os comentários anti-vacinação deste estilo que aqui viessem parar. Não deve ser dado palco a argumentos absurdos de quem fala sem ter a mínima noção do que diz, sob pena de se propagarem ideias completamente erradas sobre este assunto - que diz respeito a todos! O facto de haver pessoas como esta senhora, que não se vacina e não vacina os filhos, põe toda a restante comunidade em risco.)

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    7. Catarina, e a terra é plana.

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    8. Anónima das 17.00, sabe o que é a miopia? É uma deficiência da visão em que a imagem se forma antes da retina. Isto é a razão porque os míopes desfocam a imagem ao longe e vêem bem ao perto. As lentes que os míopes usam são divergentes (distância focal negativa) de modo a focar ao longe. E o olho é o orgão do corpo humano que cresce até aos 26 anos, daí a razão para a miopia aumentar até uma determinada idade. Se quiser cura, tem que se sujeitar a uma operação. O seu comentário é totalmente de uma pessoa ignorante. Espero ter ajudado.

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    9. Claro que a Medicina também acaba por ser um negócio. Andam aí os médicos a tentar salvar pessoas, quando se há certezas na vida é que vamos todos morrer!!!! Curam uma doença, controlam outra, vão previnem uma, depois controlam outra... e no fim a gente morre à mesma! Que negócio! Se fossem honestos matavam-nos todos já e agora e ainda poupávamos uns trocos!

      (Agora vou agora ali deitar os meus óculos fora para ver se treino os olhos a verem bem bem outra vez. E vou buscar sanguessugas para me irem tirando a vacina do tétano, perdão, a pura da doença do tétano, beijinhos a todos)

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    10. Uma vacina consiste em injectar no corpo parte da bactéria/vírus (por exemplo a parede, a toxina, de forma inactiva) para ensinar o sistema imunitário a reconhecê-lo (temos células de defesa com memória) de forma a que caso seja exposta à bactéria/virus o corpo desencadeie logo uma resposta tão rápida que a pessoa bem dá por ela. Felizmente, a vacina do tétano é de proteção individual, não influencia a imunidade de grupo, portanto não a faça e depois, quando for parar ao hospital com espasmos musculares e paralesia do diagragma, que não consiga respirar sem um ventilador, que não se consiga mexer porque os seus músculos estão completamente rígidos não se queixe (para quem não sabe, isto é o tétano e tem aparecido com crescente frequencia nas UCI por este país). Falam sempre do “negócio da Medicina”, mas esquecem-se que os outros também são um negócio bem lucrativo com os seus livros, suplementos e programas de TV.

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    11. Eu tenho miopia e uso oculos talvez ha 30 anos,durante todo este tempo nao aumentei quase nada, mal chegou a 1 dioptria.
      Essa mania de generalizar...

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    12. Não sei se sabe, mas as vacinas são os próprios dos "bichinhos" de forma inativa a serem injetados no nosso corpo para que, caso os "apanhemos" posteriormente, o nosso corpo já tenha produzido anticorpos específicos para os combater.

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    13. Sofia Ferreira ainda e lembro do pânico, de com 2/3 anos em dia de festa a minha mãe ser levada para o hospital com um tétano, que ela felizmente reconheceu os sintomas a tempo (ficou com os dentes "presos") pois já tinha estado uma vez "à morte" com um tétano na adolescência, nessa altura perdeu o andar e tudo, que quando leio estas blasfémias quase me torno religiosa para rezar pela alma dos ignorantes...

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    14. Catarina, se as vacinad fossem só negocio acha mesmo que um estado forreta como o nosso ia pagar para dar todas as vacinas do PNV a toda a gente?? Sim porque não paga nada pra ser vacinada!
      Outra resposta para ver se pelo menos fica menos ignorante hoje. Partindo do q ja foi dito pelos comentarios anteriores em que lhe explicaram como funcionam as vacinas, a razao pela qual lhe podem dar a vacina na urgencia do hospital se se espetar com um prego é porque a maioria das pessoas nao leva o boletim de vacinas quando vai ao hospital ou nem sabe se tem a vacina em dia. Aí por uma questão de prevençao dao a vacina, e porque o tétano (como ja explicaram muito bem acima) é uma doença muitissimo dolorosa e mais vale nao arriscar!

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    15. Adoro que não se pode dizer nada sem se ser logo insultado. A anónima das 17:00 tem claramente muitas dúvidas. E acho que estará talvez a aconselhar-se com as pessoas erradas. A melhor coisa a fazer nestas questões é falar com vários médicos. 2as e 3as opiniões acabam por ajudar. O que não convém fazer é basearmo-nos na opinião do amigo do vizinho para tomarmos decisões que envolvam a nossa saúde.

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    16. A ignorância é realmente assustadora...quase mais assustadora que a meningite...

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    17. É realmente triste haver gente tão ignorante em pleno século XXI...

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    18. Caramba, também eu fiquei admirada com as questões da Catarina mas isso nao me dá o direito de a enxovalhar. Como a Pipoca referiu, há muitas pessoas que não estão devidamente infirmadas e têm dúvidas. E o pior é que muitos dos argumentos “contra” podem ser persuasivos e fazer algumas pessoas questionarem-se. Não é totalmente mentira que a saúde seja um negócio e devíamos batalhar contra isso, para que todos pudéssemos ter acesso a melhores cuidados (vejam por ex as doenças raras, que tão poucos apoios e comparticipações têm porque não são “rentáveis”) do mesmo modo que algumas teorias da conspiração têm fundos de verdade (certas epidemias surgem em circunstâncias muito suspeitas). Quer-me parecer que a Catarina, que se identificou, procurava esclarecimentos e bem haja a quem explicou e muito bem como funcionam as vacinas. É isso que se deve procurar num post deste género, não são 3764 a chamarem alguém de ignorante (psst, depois de 1 pessoa o dizer está dito, não precisamos todos de o verbalizar também, certo?)

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  7. Hum as vacinas... conheço pessoas que com a vacina da gripe ficaram com uma gripalhada de caixão à cova , e esta?? Não confio muito em vacinas mas ficar sem elas também me sinto desprotegida... mas que deve ser um belo negócio para quem as fabrica lá isso deve.

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    1. Sou uma dessas, ha uns anos levei a vacina da Gripe e estive tao doente como nao me lembro de ter estado alguma vez na vida, no entanto tambem não me sinto segura sem as vacinas, dou todas á minha filha prefiro julgar pelo seguro

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    2. A vacina da gripe apenas protege contra uma estirpe, não impedem de ser contagiada por outra estirpe do vírus. Convém perceber um pouco do assunto antes de decidir não confiar.

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    3. Ainda sobre a gripe, convém a malta não esquecer que também é importante não passarem o dia fechados a respirar o ar dos outros (doentes e que transmitem o vírus)
      com medo de abrir uma janela e apanhar um arzinho fresco. Podem tomar todas as vacinas que quiserem, se não tomarem certas precauções ficam doentes na mesma. Eu no inverno tenho mais medo de sítios fechados com cheiro a gente, do que do frio.

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    4. Concordo! Até tremo, quando tenho de entrar no metro pela manhã :/

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    5. Pois eu levo todos os anos e nunca me aconteceu.

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  8. No dia do quinto aniversário do meu sobrinho, foi internado com uma meningite viral! Tem todas as vacinas do plano e mais algumas fora do plano! Felizmente correu tudo bem! Mas do susto, ninguém se livrou! Faz-me muita confusão como é que há pessoas que não vacinam os filhos com tanta informação que há hoje em dia! Parabéns por tocar no assunto! Espero que sirva para, pelo menos quem esteja contra, se informar melhor!

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  9. Obrigada por falares disto! A vacinação é tão importante e funciona tão bem, que nos dá um (falso) senso se segurança de que está tudo bem, não há doenças e, portanto não é preciso vacinar as crianças (e os adultos). Mas a verdade é que só está tudo bem, sem doenças, precisamente por causa das vacinas! Este foi um dos argumentos apresentados pelo David Marçal, no debate Prós e Contras, com o qual concordo a 100%.
    Vacinem os vossos filhos e vacinem-se, porque a vacinação continua pela vida fora e vacinas como a do tétano não devem ser descuradas!

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    1. Tão verdadeiro e tão importante! As pessoas só temem aquilo que vêem, agora é fácil recusar vacinas contra doenças como a Poliomielite e a difteria, porque estas gerações nunca viram crianças apanhar e morrer dessas coisas...

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  10. Mais importante do que fazer campanha para que as pessoas tomem as vacinas fora do PNV, e fazer campanha para que as essas vacinas passem a fazer parte do PNV e estejam portanto acessiveis a todas as criancas. Mesmo que as doencas nao sejam erradicaveis, se sao preveniveis e potencialmente mortais, deviam fazer parte do PNV.

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  11. O problema do nosso tempo, de democracia, informação, opinião, é o que por cá se vê nos comentários: a ignorância, porque grassa, quer ser lei ou direito. Informar-se é também confiar no especialista; não apegar-se a fake papers, à reacção da avó da vizinhança, à excepção, ao mito urbano. Tempos difíceis...

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  12. Olhem filhas, vacinas nem COM elas, nem SEM elas! Espero ter ajudado... lol

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    1. ahahahah por mim fiquei vacinada com isto!

      PS . isto é um tema sério e eu também sou uma desconfiaduça das vacinas mas tenho-as em dia. E se tivesse filhos também os vacinaria.

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    2. Filha, deve ser daquelas que acredita em teorias da conspiração. Vá para África, mas sem vacinação e reze para não apanhar poliomielite, febre amarela, etc... As vacinas são importantes e protegem das doenças mais graves. Imagina-se com sequelas de meningite, poliomielite, etc? Sabe o que é o efeito de grupo? Até as entidades empregadoras recomendam ou exigem (como é o caso da administração pública) as vacinas em dia.

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  13. Fujam todos antes que venham aí os vegan contra as vacinas!

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    1. ahahahahahahah

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    2. Suspeito que existam mais não-veganos contra as vacinas do que veganos...

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    3. Pior, fujam antes que cheguem os post modern eco bullshit ant major corporations - ai que somos tão iluminados e não vamos em carneiradas...
      🤦🏻‍♀️

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  14. Completamente a favor da vacinação, tenho em dia, tal como o filho. Mesmo fora do plano tenho levado muitas, viajo com frequência e nem podia ser de outra forma. Há países inclusive onde temos que levar vacinas obrigatórias se quisermos entrar.

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  15. A propósito disto haverá sempre várias razões e vários testemunhos. Por exemplo eu recordo me de uma exvizinha minha que teve 12 filhos e na altura não quis vacinar os filhos. A filha mais nova nasceu com rúbelola e com vários problemas cerebrais de surdez e quase cegueira. E tudo porque a mãe nunca quis vacinar ninguém. E o pai possivelmente também não.

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  16. Ana, daqui a umas semanas (se é que já não foste)graças à gravidez falar-te-ão da possibilidade de fazeres (e gratuitamente) a vacina contra a tosse convulsa, para protegeres a tua bebé enquanto ela própria não estiver imunizada contra essa doença (há 1/2 anos, antes de introduzirem esta vacina para as grávidas, houve vários bebés a terem tosse convulsa, e alguns deles infelizmente morreram). Só que essa vacina não é só contra a tosse convulsa, mas também contra a difteria e o tétano ;) o que, na tua tua faixa etária, quer dizer que estarás 20 anos sem ter que fazer (novamente) a vacina do tétano :D

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  17. Como assim, nódoas negras? 😱

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  18. Fico doente com alguns comentários e incrédula com a ideia de que a nossa Pipoca está a lucrar com isto. Ora, precisamente, quero é dar os parabéns por se envolver e afirmar como pró vacinação. Tão tão importante ter pessoas como a Ana a influenciarem desta forma. Isto é influência do bem ❤️ Muito contente fico em verificar que tantas e tantos que a seguem possam de facto aprender com o que aqui escreveu. Claro que timidamente diz que não julga ninguém mas depois afirma que concorda com o Dr. São maus tratos e negligência sim! Outra coisa é a vergonha da falta de recursos. Tantas famílias mal podem pagar a alimentação digna, a ida ao dentista, e a tantas coisas. Pois o SNS não serve para tudo isto. Não abarca, não suporta. E mal . Devíamos estar todos a lutar por isso. Em suma, a nossa querida Ana não quer escrever posts políticos e ideológicos mas avançou com um, brilhante, pró ciência. Parabéns de alguém que a lê desde o primeiro post de sempre. Muitos beijinhos.

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  19. Parabéns pelo que escreveu e espero que abra os olhos de muitas mães. Não é realmente barata essa vacina mas no que tiver ao meu alcance para proporcionar o melhor para o meu filho é o que farei (compro esta vacina e também a da gastroenterite que são por volta dos 50euros cada dose.) Estou desempregada a receber pouco pelo subsídio de maternidade, mas não é por isso que descuido da saúde do meu filho, contas pagas, "apertar o sinto" e aprender a admistrar melhor o dinheiro das despesas. Como a minha mãe diz " Não dá para come caviar mas dá para comer atum" - é apenas uma expressão. Quanto à informação das vacinas sim o médico de família ou o pediatra por norma informa, mas na minha opinião ( mas vale o que vale) como mães temos que nos saber informar também, é importante querer saber das coisas e não esperar só que o pediatra ou o médico nos informe, como referi assima espero que abra os olhos de muitas mães, que as ajude a pensar e a refletir melhor sobre a decisão da vacina ou vacinas, pois já ouvi muitas vezes " se não é comparticipada é porque não é importante" coisa que me irrita profundamente por tamanha ignorância pois uma coisa é se informar e decidir não vacinar outra é nem sequer se informar e dizer esta barbaridade. Escrevo isto mas é a minha opinião, repito, minha opinião e não é para ofender ninguém. Mais uma vez parabéns pelo texto, por tudo o que foi escrito, e que bem escrito que foi.

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  20. marta pCarvalho01 maio, 2018 00:00

    Na minha opinião, a vacinação é saúde publica , pelo que deveria ser obrigatória e comparticipada para todos…é por isso que pagamos impostos. Nao consigo perceber na quantidade de impostos que pago durante o meu dia, como é que isto não esta lá incorporado…
    O preço das vacinas negociado pelo SNS não seria, com certeza ,o mesmo que nós pagamos…
    Nem percebo para que é que nos pedem boletim de vacinas nas inscrições das crianças na escola, se são obrigados a aceita-las mesmo sem as vacinas.E mesmo só para gastar tempo e papel.
    Para mim, são daqueles assuntos em que me parece que deveria haver imposição dos médicos, e não percebo porque é que não há…Eles é que sabem argumentar porque é que as vacinas têm de ser obrigatórias e quantificar os ganhos da prevenção…
    Esta história de serem nós os pais a terem de se informar relativamente ás vacinas que os filhos tem ou não de tomar , parece-me uma forma completamente arcaica, e que tem tudo para resultar mal. Os pais não são médicos e a informação passa muitas vezes ao lado, estas questões deveriam ser directamente informadas pelos médicos.


    Cá em casa está tudo vacinado, mas é puxado...
    Só para aliviar o assunto, que quando mexe com saúde ,não é fácil..o seu look está lindíssimo, diria que os sapatos são daqueles de pôr um “up na alma”:)

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  21. Olá. Estive numa formação sobre primeiros socorros recentemente e a formadora (enfermeira) tinha uma opinião com que me identifico: ela é a favor de dar todas as vacinas que estão no pnv mas ligeiramente contra os casos em que os pediatras mandam dar todas as vacinas e mais algumas aos miúdos. Porque uma vacina as vezes está tão concentrada numa porta que faz com que o organismo nao vigie a janela. Deu o exemplo da vacina da meningite. A vacina da meningite c por exemplo deixa o organismo mais exposto aos outros tipos (a,b)

    Ainda nao tenho filhos, portanto ainda nao sei se se vou dar vacinas fora do pnv, mas o que ela disse deixou me a pensar..

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    1. Iluminada esta enfermeira ... são estes os profissionais de saúde que Informam ( ou não ) os portugueses ...enfim ..

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    2. Não é verdade. O número de casos de doença meningocócica tem diminuído bastante desde a introdução da vacina contra a MenC! se ficasse mais exposto a outros tipos não teria aumentado... às vezes há fenónemos de substituição - passam a circular um bocadinho mais as variantes dos vírus/bactérias que não estão na vacina (e os que foram postos na vacina em princípio eram os mais comuns e os mais graves!), mas quase sempre diminuem. E às vezes há "proteção cruzada": quando vacina contra um ou 5 tipos do rotavírus, protege também contra outras - ensina o organismo a lidar com a porta daquele feitio, e ele acaba por também aprender a lidar com uma porta muiiiito parecida. :)

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  22. Só para esclarecer a vacina já existe a mais anos pois a minha filha nasceu em 2009 e foi vacinada.

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  23. Muito bem, Ana. É por artigos de opinião assim que continuo a voltar ao blog. Fazem falta pela sua importância, por permitirem o debate e a reflexão individual em temas que podem mudar a nossa e a vida dos outros.
    Não tenho filhos mas fiquei a saber há um par de anos e já depois dos 40 que alguém tinha falhado no meu percurso de vacinas e não tinha as do sarampo nem rubéola, nem tão pouco tinha anticorpos. Isto significa que em todos esses anos, nunca tinha sido exposta e estive em risco de contrair as doenças. Culpar quem? Os pais que há 30 ou mais anos não tinham a informação que temos hoje ou técnicos/profissionais de saúde que entretanto foram consultando o boletim mas nem repararam nesse aspeto?
    Nos dias que correm, este é um tema que depende das escolhas que fazemos. Mesmo para as pessoas com poucos recursos económicos que querem vacinas fora do PNV, não é assim tão difícil, podem trocar prioridades.
    Já agora, para quem teve varicela, sabem que a partir dos 50 é aconselhável levar a vacina anti-Zona? Pode haver uma reativação do vírus zoster "adormecido" da varicela e resulta numa doença muito dolorosa e incapacitante.

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  24. Os meus filhos, felizmente, têm todas as vacinas do PNV e as recomendadas pela pediatra. Jamais conseguiria viver com o espetro de culpa, se alguma coisa não corresse bem. É um esforço financeira que não está, infelizmente, ao alcance de todos. E este é que é o cerne da questão: não estar ao alcance de todos. Concentremo-nos em juntar esforços para que se possa proporcionar a todas as crianças um PNV com todas as vacinas.
    Patrícia.

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  25. Em França as vacinas passaram a ser obrigatórias este ano. Acabaram_se as tretas!

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  26. Eu só tenho pena que vacinas como a da BCG (tuberculose) sejam dadas apenas a crianças de grupos de risco. Em conversa com vários profissionais de saúde, os casos de tuberculose têm vindo a aumentar mas por razões de controlo de custos, decidiram retira-lá do PNV. Nestes casos excepcionais, aí acredito que haja um argumento de natureza económica, pois conheço vários médicos que acham que seria mais importante manter essa do que ministrar a da tosse convulsa. No entanto, quando grávida, tomei-a e fiz os possíveis para vacinar a minha filha com a da tuberculose (estaria disposta a pagá-la) mas não foi possível. O critério é somente o da freguesia de residência, o que me parece insuficiente pois na nossa freguesia não é autorizada, mas na freguesia vizinha, que começa na rua ao lado, já é. E então as crianças que residem numa freguesia mas andam numa creche de outra freguesia? Foi mesmo uma pena não a termos conseguido...

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  27. Olá Ana, de onde é a camisa/blusa?? Obrigado!

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  28. Cátia Ferreira07 maio, 2018 23:41

    Não tendo nada a ver mas como vais ter uma menina, tal como eu, gostaria de saber a tua opinião sobre furar as orelhas das bebés ou esperar que elas decidam sobre isso. Um dia destes quando a barriga não te deixar dormir 😉

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  29. Bom dia! Gastei algum do pouco tempo que tenho a ler este contínuum de texto com sabor a debate, de um lado ditador e de outro fundamentalista, mas ambos com um denominador comum... a falta de bibliografia que nos ajude a compreender, a analisar, a decidir. Inocular ou não as nossas crianças não deve ser um "porque sim", "porque eles é que sabem", "porque se os outros levam os meus também podem levar", "porque não pois tem mercúrio", "porque não pois tem alumínio", "porque causam doenças a longo prazo", "porque não quero ser negligente com os meus filhos", ou ainda "de maus tratos". Dar as vacinas, sem faltar ao respeito e valor desta conquista da humanidade, nunca deverá ser um acto vulgarizado como tomar um copo de água. Se antigamente sofríamos pelas doenças das quais as vacinas nos protegem, hoje sofremos pelo efeitos causados a médio/ longo prazo pela toma das mesmas. Muitos estudos se tem desenvolvido no sentido de se identificar esta correlação. Será que querer estar informado, tomar uma decisão informada, é um acto terrorista e negligente? Onde há fumo há fogo, sempre ouvi dizer... Porque não refere o Dr. Mário Cordeiro, na obra referida, que nos dá imensa história, sobre as possíveis consequências da toma das vacinas pelas crianças com menos de dois anos, em plena fase de desenvolvimento cerebral? Porque dizer que não causa autismo, asperger e outros decorrentes do mau desenvolvimento cerebral dos bebés quando existem estudos que apontam nesse sentido e que já não são descartados à partida pelos esquemas fraudulentos da década de 90 que mistificaram esse assunto? De facto, gostaria de acreditar nesta campanha vacinal, mas a partir do momento em que se prefere omitir em vez de unir esforços em estudar e estabelecer verdadeiros factos e provas concludentes, como poderei dar as vacinas aos meus filhos sabendo que se hoje o salvo de uma gastroentrite/pneumonia/tétano/gripe(as vulgares) poderei permitir aí, por mais hipotético que seja, que eles sofram de austismo, asperger, asmas, bronquites, doenças autoimunes etc...? Decidir pelo bem estar de hoje e amanhã seja o que Deus quiser? Quero tomar uma decisão informada e lamento que em Portugal, os nossos profissionais de saúde não se empenhem mais neste sentido, no lado imparcial, ausente de campanhas (...)... Enfim. Quero tomar uma decisão informada e tenho que recorrer a estudiosos, teses, estudos, profissionais de saúde estrangeiros que pesquisam... Porquê? Porque dar as vacinas não é dar um copo de água, e se houver a ligeira hipótese de prejudicar a vida dos meus pequenos, eu tenho o direito de saber.

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    Respostas
    1. O tétano tem consequências graves, como foi dito mais acima, logo a vacinação contra esta doença não pode nem deve ser questionada. Na administração pública exigem a vacinação em dia, nomeadamente a do tétano.

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Teorias absolutamente espectaculares

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