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Porque é que eu faço stand up?

terça-feira, janeiro 30, 2018

O stand up entrou na minha vida como quase tudo o resto: por acaso. Não fui à procura, veio ter comigo e eu, que podia ter estado quieta, não disse que não. É a coisa mais difícil que já fiz na vida. A que mais me desafia, a que mais me tira da zona de conforto, a que me dá  pesadelos. Ao pé disto, correr uma maratona é quase divertido. Ao mesmo tempo, acho que poucas coisas me têm realizado tanto nos últimos tempos como isto. Porquê? Porque ali não há filtros, não há contenção, é quase como voltar aos primeiros tempos do blog, onde podia escrever tudo o que me apetecia, onde humor era só humor. Quem vai ver stand up sabe ao que vai, é difícil haver quem esteja ali ao engano. A predisposição é diferente, não é preciso estar a explicar "atenção que isto é uma piada, isto não é MESMO o que eu penso sobre este tema". Ter de fazer constantemente esse exercício no blog torna-se cansativo. No stand up, (quase) tudo são piadas, (quase) tudo é dito com único propósito: fazer rir. Há uma linguagem comum e isso é um alívio.

Quando o  blog começou eu não tinha grandes perspectivas sobre aquilo que seria. Foi andando. Mas o registo humorístico
esteve sempre presente, era o denominador comum de tudo o que eu escrevia, era aquele em que me sentia mais confortável e acho que foi isso que fez com que o blog fosse passando de boca em boca. Na altura estava a fazer um curso de escrita humorística com o Ricardo Araújo Pereira e o blog era uma espécie de plataforma para ir testando material, para publicar os textos que ele nos pedia. Eu sabia que queria fazer alguma coisa no humor, mas não sabia bem o quê  nem sequer estava bem a ver como é que  podia viver disso. Entretanto, o jornalismo meteu-se pelo caminho, o blog foi crescendo em vários sentidos, nunca foi, assumida ou exclusivamente um blog de humor. Na verdade, a partir do momento em que foi crescendo e em que foi ficando mais difícil fazer piadas sem ter de estar sempre a explicar "isto  é uma piada", o registo foi suavizado.

Sou uma das que defendem que não há limites para o humor. O limite é imposto por cada um de nós, pelas nossas sensibilidades, por aquilo que nos toca ou nos melindra. O que não tem piada para um pessoa tem uma piada de morte para outra. Para mim, se for uma boa piada vale sempre a pena, independentemente do tema. E aqui convém não confundir uma piada com um insulto básico. São coisas diferentes. E depois há sempre aquela dificuldade em perceber que fazer uma piada sobre mulheres não faz de nós anti-feministas, fazer uma piada sobre ciganos não faz de nós racistas, fazer uma piada sobre homossexuais não faz de nós homofóbicos, fazer uma piada sobre o empate do Benfica no Restelo não faz de nós... esqueçam, sobre isso não se pode fazer piadas. Caluda. 

Passo a vida a fazer piadas em casa ou com os meus amigos. Algumas são negras, politicamente incorrectas e tornou-se recorrente ouvir "escreve isso no blog", como quem diz "estavas feita ao bife se tornasses essa piada pública". É aquele tipo de piada que metade das pessoas acharia insultuosa ou insensível e que daria direito a apedrejamento público. Mas são só isso, piadas, e é um bocado triste que tenha de estar sempre a praticar esta auto-censura. É o que temos. Por outro lado, tenho o problema de não ser assumidamente "humorista", não sei como é que se chega aí, quem é que nos atribui o título. Para muita gente sou "só" blogger, dedico-me a assuntos fúteis e desinteressantes, não podia estar mais longe do mundo de um humorista. Mesmo que escreva (com) humor há mais de 14 anos. Não é a mesma coisa. Por isso fica mais difícil fazer piadas sem que se monte um circo em torno disso. Ainda há pouco tempo, no Instagram, fiz uma piada com o penteado de uma pivot da SIC, uma coisa absolutamente inofensiva (dizia "1987 ligou, quer o penteado de volta"), e a VIP ou a Nova Gente ou uma qualquer dessas fez uma notícia com isso, a dizer que eu tinha "partido para o insulto" (whaaaat???) e que estava "a ser arrasada nas redes sociais" (whaaaaat???). O drama, o horror, o exagero, a descontextualização. A piada teve quase 5000 likes  e dos mais de 330 comentários, só uns 20 é que se tinham sentido ofendidos, mas pronto, conseguiram logo inventar uma escandaleira. E eu dei por mim a pensar que se cada piada que eu fizer virar notícia, a Nova Gente consegue fazer uma edição inteira só comigo. Não há cu. Não há mesmo cu. 

É por isso que o stand up tem sido a minha salvação, a minha bolha de oxigénio. E é por isso que, mesmo sendo tão difícil para mim estar em cima de um palco, tenho aceitado alguns convites. Com medo e, sobretudo, com calma. Mais do que um exercício de ostentação, é um exercício de humildade. É uma arte difícil, que ainda não domino e, não querendo puxar à vitimização, é um mundo mais lixado para as mulheres do que para os homens. Temos de ter muito mais cuidado com os temas, com o registo, com tudo. E sinto sempre que o público baixa automaticamente as expectativas quando é uma mulher a actuar, estão sempre mais de pé atrás. Deve ser por isso que, infelizmente, há tão poucas mulheres a aventurarem-se, mas acho que isto está para mudar.

Os textos que tenho escrito para o stand up têm sido os que mais me têm preenchido, porque quando se escreve sem contenção é tudo muito mais fácil. É uma liberdade que já não tenho no blog. E arrancar uma gargalhada a alguém é uma coisa muito poderosa. E que alivia. Porque quando estamos ali de pé e a sala está um gelo de tão silenciosa, dá um medo do caraças. Não sei muito bem para onde é que vai isto do stand up. Provavelmente, como tudo o resto, durará o tempo que me fizer feliz. Um dia talvez chegue ao Meo Arena (agora Altice) mas, para já, para já vou estar só no Xafarix (sim, ainda existe), já esta quinta-feira, com o Guilherme Fonseca e o Pedro Luzindro, a partir das 22h00. Vai ser bem catita, por isso reservem as vossas entradas, que na semana passada esgotou e eu não quero que percam essa oportunidade incrível que é ver-me alive and kicking. =)

58 comentários:

  1. Pipoquita e uma sessão no Porto não está na agenda? :)

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  2. No Porto, no Porto, no Porto,...

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  3. Quando vais a caminho dos comentários para pedir no Porto e já duas pessoas o fizerem sabes que te deves juntar a essa causa! :P

    Por mim podias apanhar já o comboio e abrias amanhã o London Eyes, só para aquecer! :))))

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  4. um dia faço o mesmo (esperando que com a parte da piada também). boa sorte! :)

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  5. Gostava muito que publicasses os textos de standup mais antigos aqui no blog. Não te censures! Quem não percebe que é uma piada é que está errada. Eu tenho muitas saudades dos textos antigos!!!

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    1. As pessoas percebem que é uma piada. Só não têm de gostar.

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  6. Estando a Norte e não podendo assistir, pergunto se não é possível colocar um vídeo com a actuação, ou pelo menos parte.

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  7. Ha limites para o humor, como os há para a liberdade de expressão: o incitamento ao crime. É esse o limite. Isto ainda não é o regabofe generalizado.

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    1. Não estou a ver como é que o incitamento ao ódio pode ser visto como humor...

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    2. O argumento que usaste para justificar o que dizes: uma coisa pode ter piada para uma pessoa e não para outra. Quem não sabe brincar, não desce para o play. Quem faz uma piada, assume os riscos e consequências da mesma. E eu não disse ódio, disse crime, mas ódio também serve. Gozar com o que os outros vestem, por exemplo, pode espicaçar outros a fazê-lo, se isso não configura bullying, vou ali e já venho. É o largar ou não o osso que define bullying, perseguição. Mas o mote é lançado assim, na brincadeirinha, no sarcasmo, na ironia, como gostas de lhe chamar.

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    3. Para mim incitar ao crime não é humor. Nunca será. Nem vejo quem possa considerar isso humor.
      Gozar com roupas? Para mim é humor, mas tudo depende da forma como é feito. Já gozei com a roupa de várias figuras públicas portuguesas. Há quem deteste, há quem ache muita graça. Lá está, cada um impõe o seu limite.

      Em última instância, o humor goza sempre com pessoas e situações, logo tudo poderá ser visto como bullying. Parece-me uma visão um bocadinho redutora. Gozamos com grávidas? Estamos a fazer bullying às grávidas. Gozamos com alentejanos? Bullying aos alentejanos! Gozamos com louras? Bullying às louras! Gozamos com pinguins? Bullying aos pinguins! Gozamos com a Emel? Bullying à EMEL. Gozamos com políticos? Bullying aos políticos!

      E então? Sobra alguma coisa para fazermos piadas?

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    4. Lê lá melhor o que escrevi que és mais esperta do que isso.
      "Lá está. cada um impõe o seu limite". Esse é o problema, para ti, não é piada, para outros, será.
      É o largar ou não o osso que define bullying, perseguição. Foi o que eu disse, não o gozar esporádico. No entanto, tu podes não entrar na obsessão, mas há quem entre e a tua ação, não sendo diretamente responsável, é-o indiretamente. Percebes a diferença? Podes gozar com o que tu quiseres e com quem quiseres, mas tens de assumir essa responsabilidade. Não o que os outros fazem com isso, mas que isso tem consequências sociais, coletivas.

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    5. Assim de repente, não me parece que me enquadre na categoria de "não largar o osso". Já brinquei com a roupa de uma data de gente, não me foco numa pessoa em específico, não há propriamente uma perseguição (mas sim, provavelmente há sempre aquelas personagens mais visadas). De qualquer forma, quantos posts por ano faço a gozar com roupas? Dois? Três? Assim de repente, Óscares, Globos de Ouro e pouco mais. Mas, lá está, eu brincar com mais pessoas pode fazer com que mais pessoas brinquem. E isso é bullying? Repito: então com o que é que se pode fazer piadas?

      Quanto à parte de eu assumir a responsabilidade... bem, toda a gente sabe quem escreve este blog, não vivo propriamente no anonimato. Estou aqui para dar o corpo às balas.

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    6. Insistes em não querer perceber. E eu tenho mais que fazer. Boa sorte, sem mimimi e vitimização, por favor (é aqui que não assumes a responsabilidade, os outros são maus porque não me deixam ironizar à vontade) Beijinhos

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    7. Insiste em não se conseguir fazer explicar. É a vida. Também vou andando que tenho a sopa ao lume.

      Ah, e os outros não são maus. Regra geral são só burros.

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    8. Podes por exemplo gozar contigo própria. Quem não se leva muito a sério e sabe gozar consigo própria é normalmente segura e inteligente. Não precisas de gozar com outras pessoas.
      Espero ter respondido à tua pergunta, que não era para mim mas vai dar quase ao mesmo.

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    9. Gozo bastante comigo mesma. Se há pessoa que não se leva muito a sério sou eu.

      Mas, portanto, cada pessoa só pode gozar consigo mesma, é isso? Cada humorista só pode fazer piadas sobre a sua vida, para não melindrar ninguém, certo?

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    10. Com tanta gente interessada na tua vida, fazias muito mais sucesso do que a melindrar outras pessoas. E ninguém te podia apontar o dedo. Se usas esse esquema para fazer publicidade, também terás capacidade de o usar para o humor e o sarcasmo. Esta dica é grátis.
      Disclaimer: não estou a embirrar contigo, estou a “conversar”, a aprofundar ligeiramente o assunto.
      Vai lá fazer a sopa.

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    11. Olha, afinal já não somos todos Charlie.

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    12. Pipoca, adoro o blog por várias razões, mas muito pelo seu sentido de humor...

      A senhora Isa quer dizer que se muita gente “imitar” as piadas que faz a pipoca isso pode causar bullying?!!!

      What?!

      Não somos responsáveis pelas atitudes dos outros, se “adultos responsáveis”... isso era o que mais faltava...

      Se não brincamos, gozamos ou satirizamos, então deprimimos...

      Adoro humor, adoro quem o saiba usar mesmo comigo... tenho sentido de humor, muitas vezes negro e isso não faz de mim pior pessoa...

      Pipoca continue assim, mostre e diga o que achar, é por isso que a maioria cá vem! Quem se sentir incomodado, que mude de tasca...

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    13. Isa, tanto moralismo e bla bla bla e é vê-la a tratar a Ana por tu como se a conhecesse de algum lado. Clap, clap, clap!

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    14. Isa isa...o teu perfil ( quando clicamos no teu nome, sabes?)... Também me faz querer gozar contigo. Mesmo a falar a sério...incitas ao ódio. Ves? 😂

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    15. A D. Isa teve demasiado tempo de antena e, como toda a gente sabe, isso é coisa para custar um colhão de dinheiro.:)

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    16. Quando alguem nao entende a diferença entre fazer humor com roupas e penteados com bullying na alminha que esta simplesmente de figurante esta explicado o estado a que chegou este mundo. Santa paciencia para o politicamente correcto e a merdinha da hipocrisia social. Ao menos a pipoca manda umas piadas com o unico intuito de fazer o outro rir e na loucura ainda receber uns trocos para uma sopinha, já outras levam-se muito a serio enquanto se aproveitam das fraquezas do outro para vender banha da cobra e gastam as horas livres a despejar moralismos para cima de quem têm inveja. Beijinho no ombro.

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    17. À Isa e restantes apoiantes... pergunto só uma coisa. Porque perseguem a Pipoca, o seu trabalho e a sua liberdade de expressão com críticas a tudo e a qualquer momento/oportunidade?
      Porque são livres não é?! Ora se vós sois livres de dizerem o que pensam ela também é. Qual é a dificuldade de entender e respeitar isto?! Vivam e deixem viver caramba!!!
      O que seria dos grandes humoristas deste país se dessem ouvidos às mentes castradoras. Até parece que não cresceram a ouvir e a rir com o Hermam José, só assim de repente para dar um bom exemplo.

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    18. Caramba, é difícil de perceber?? QUEM NÃO GOSTA, NÃO APARECE. Que lentidão de gente, já enerva esta mesquinhice e este "politicamente correto"...
      Pipoca, por favor, não percas nunca esse sentido de humor que nos fez ficar por cá durante anos.

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    19. Eu não sou Isa. Apesar de estar implicito no meu primeiro comentário, não perceberam. Nada de novo portanto.

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    20. Os autores do Charlie não eram cobardes que se escondem por detrás do "era uma piada". Ser Charlie não é aceitar tudo acriticamente, é defender a liberdade de expressão e está exige responsabilidade.

      O que a Isa estava a dizer é que é preciso assumir as consequências do que diz e parar de afirmar que os outros são parvos e não percebem a piada. Percebem, só que a piada pode não ter graça.

      Vir gritar que se é uma incompreendida quando se é criticado é cobardolas.

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    21. Mas afinal o que fazem os autores do Charlie? Não é humor? Não são piadas? Quer dizer que aqueles cartoons do Maomé ou o do terramoto em Itália não eram uma piada?

      Quando eu não gosto de uma piada, paciência. Não desato aos gritos contra o autor da mesma, só por o humor dele não ir ao encontro do que eu acho engraçado.

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  8. Quem vive longe de Lx perde muita coisa do mundo cultural, pois deslocação, mais estadia, mais bilhete, não é para qualquer bolsa. Para quando no Norte? Somos vários fãs ia encher a sala de certeza. Pense nisso.

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  9. Gosto muito da sua racionalização do stand up e da maneira como aprofunda os motivos que a levam aí. Gosto muito da sua escrita (desde logo, porque não tem erros, tem pontuação no sitio certo, e tem humor qb), confesso que tenho alguma dificuldade em imaginá-la no registo Stand up comedy, mas também nunca vi, pode bem ser o preconceito a falar :) um dia gostava de ver, para verificar que estou enganada. Mas mesmo que eu não goste, se a faz feliz e mais 'livre', espero que continue.

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  10. Porto, pretty please!!!

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  11. Queria tanto ver-te (mais uma vez) pelo Porto, mas nesse registo - Stand Up! Vi-te uma vez por cá a apresentar um género de Workshop sobre moda e gostei muito da forma como comunicas ao vivo e a cores. Imagina em stand up. Deve ser tão divertido! Pensa nisso com carinho :)

    Patrícia R.

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  12. Portoooo please!! Que a gente gosta é de umas boas gargalhadas :D! E muito provavelmente, é isso que falta a muito boa gente...

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  13. Tenha lá paciência ,mas você às vezes é mazinha e nem pensa nas consequências ....(Por exemplo qd gozou com o "bigode" da atleta ...sabe o que ela sofreu ??!!

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    1. E é apenas um exemplo. Há muitos mais. Mas quem a lê, parece que é a próxima a ser canonizada, e ainda em vida!

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    2. Sofreu o mesmo que todas as mulheres quando vão tirar o bigode?!

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    3. Mas depois ficou muito chateada quando ela foi a visada, e a enchente de fãs que não viram o óbvio

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  14. Pipoca, continua sempre...sempre! Tu és única, amo o seu senso de humor. Bjs e $uce$$o sempre, pq tu o tens, e foste tu a construi-lo sozinha.

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  15. Marta pCarvalho30 janeiro, 2018 22:25

    Tb ja tinha pensada q existem poucas mulhes no sector...provavelmente existe ainda um caminho p abrir e se calhar ainda nao houve vontade a seria pela parte das mulheres...pq qdo querem mm, conseguem chegar mt longe.Rir entre amigos e facil pq e uma partilha de disparates entre pessoas q viveram as mesmas situacoes.Com uma plateia de dscobhecidos deve ser com certeza outro patamar.. Senao nos pudemos rir dos esteriotipos e das nossas desgracas, tb nao pudemos rir da vida e de nos proprios..e isto fica tudo muito a preto e branco. cumplicidade no sentido de humor e uma das coisas q mais adoro... :)

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    1. Rir de pessoas identificadas é só mau carácter. Não é humor nem é sarcasmo.

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  16. Pipoca, cuidado com a sopa nos dias de trovada 😉

    Lili


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  17. Pipoca, duas coisinhas: primeira: no teu perfil deixas claro que é um blog com sarcasmo ( adoro sarcasmo, tb sou assim) e esse humor é o único que me faz rir. Não dês tanta explicação a pessoas que não merecem. Não gostam, vão limpar a casa e não percam tempo neste blog. Segunda: espero q continues na stand up comedy pq quero ir ver mas não moro em Lisboa e torna-se difícil e dispendioso. Pode ser q surja uma oportunidade. Mas o teatro José Lúcio da silva em Leiria ía encher se viesses. Pensa nisso. Mas conta com um abraço desta fã!

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  18. Para tudo! Acabamos de assistir a SuperNanny a por a pipoca no banquinho da pausa? Ja estou a imaginar todo um header dinamico com plaquinhas do que nao se pode brincar , o botao dos comentarios passar de "responder" a "deixa uma licao de moral" Todos os pequenos poneis transformados em Chihuahuas que isto de usar seres que nao existem é criativo demais e é um passo para acabarem todos a enfardar capsulas de fairy. Vou chamar o Gustavo Santos para fazer este Querida Mudei o Blog, ja volto!

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    1. É por este tipo de resposta que adoro ler os comentários! Já soltei a minha gargalhada. Obrigada

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  19. Pipoca, o que me traz ao blog é o teu humor - e quanto mais sem filtros, melhor :)

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  20. Pipoca vem ao Porto por favor!

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  21. É verdade que hoje em dia não podemos fazer piada acerca de nada mas penso que ainda há diferenças do "local" onde o fazemos. Se fizermos uma piada no nosso círculo de amigos sobre a roupa ou penteado de alguém que não conhecemos todos rimos, ninguém se ofende e não contagiamos as massas a fazê-lo. Porém, se formos um/a blogger ou uma figura pública e proferirmos a mesma piada as consequências, por vezes, tomam proporções exageradas e que podem afetar os visados.

    Por exemplo: a princesa Kate foi apelidada por Waity-Katie durante muito tempo. Claro que era uma piada pelo facto do William não se chegar à frente com o pedido de casamento mas...será que esta denominação não a afetava?! Não tenho dúvidas que sim.

    Outro exemplo: Disseste que já gozaram com a tua família. Imagina que a tua mãe ou pai se vestem de uma forma muito parola ou antiquada (não faço ideia, não os conheço!) e alguém se aproveita para gozá-los publicamente. É-te completamente indiferente? Gostarias que houvesse dissertações sobre isso em blogs, programas de tv, etc sobre isso?

    O humor é fundamental mas sei lá...a verdade é que quando nos pomos do outro lado ficamos muitas vezes envergonhados, "sem jeito" e sentimos-nos atacados. E a sensação não é boa.

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  22. Sobre esta questão dos limites do humor, o Herman José disse há tempos numa entrevista uma coisa que achei interessante. Dizia ele que talvez não fizesse uma piada sobre homossexuais para um público "generalista", mas que faria sem problemas a mesma piada para um público LGBT. E explicava que enquanto no primeiro caso havia um potencial para a piada fazer alguém sentir-se diminuído e desconfortável, no segundo caso essa questão não se colocava. E há outros humoristas que fazem essa diferença, entre "bater para baixo" (em grupos que são sistematicamente gozados) e "bater para cima" (em grupos numa posição de maior poder)... Sendo que o estar "em baixo" ou "em cima" pode ser só uma questão de contexto.

    De qualquer forma, acho que cabe a cada humorista definir os seus próprios alvos, e os seus próprios limites. O humor até pode servir para promover justiça, mas não tem obrigação nenhuma de o fazer.

    Ana

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  23. O mundo tornava-se tão mais feliz se os falsos moralistas deixassem de ser uns "coninhas"!!
    Riam-se pessoas, riam-se mais e sem culpas.
    Quando se quer comparar humor a bullying... é a prova que há um longo caminho a percorrer e anda uma grande confusão nessas cabeças.

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    1. Há humor de boa qualidade, inteligente e inofensivo.

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  24. Eu sou bastante fã de humor e sou a primeira a fazer piadas sobre (quase) tudo e a não me levar muito a sério. O único comediante português a que não consigo achar mesmo graça ao humor negro/provocativo é o Rui Sinel de Cordes. Acho que ele tenta a todo o custo ser engraçado de forma "chocante", mas aquilo simplesmente não chega a ter piada sequer. E se uma pessoa disser isso, é logo porque é uma ofendidinha, porque está a impôr limites ao humor, mas não, pode ser mesmo porque simplesmente não acha graça a esse tipo de piadas.

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