Estava a olhar para o calendário e percebi que já tinha passado quase um mês e meio desde que fui a Fátima. Ainda não me tinha apetecido escrever sobre isso, sempre que volto preciso de um tempo para assimilar aquilo tudo. E assim se passou um mês e meio, praticamente sem dar por isso. Foi a segunda vez que fui a Fátima em peregrinação e voltou a ser uma experiência incrível, apesar de dura. Se há dois anos apanhámos um calor insuportável, absolutamente atípico para Maio, este ano fizemos grande parte do caminho debaixo de chuva. No terceiro dia choveu tanto, tanto, tanto que considerei seriamente terminar ali a peregrinação. Aguento calor, aguento frio, mas o desconforto de andar debaixo de chuva torrencial, encharcada até aos ossos, com os pés a nadarem dentro dos ténis, dá verdadeiramente cabo de mim, mexe-me com o sistema nervoso. Quando parámos para almoçar nos bombeiros de Rio Maior, estava tão ensopada, tão desmotivada, que só me apeteceu ligar para casa e dizer "venham-me buscar". Mas não o fiz. Queixei-me, fui a uma loja comprar roupa seca, durante a tarde choveu menos e passaram-me as ideias de desistência. Estava ali para chegar ao fim, para cumprir o objectivo a que me tinha proposto, e havia tanta gente em piores condições, a sofrer com o cansaço e com as dores, que pareceu-me parvo voltar para casa.
Este ano fizemos caminhos e paragens diferentes de há dois anos
, o que ajudou a quebrar um bocadinho a monotonia de já se saber ao que vai. No primeiro ano era tudo novidade, neste o cérebro e o corpo já sabiam o que os esperava: andar mais de 30 quilómetros por dia, parar para dormir em quartéis de bombeiros, pavilhões desportivos, associações, tomar uns banhos de água fria revigorantes, gerir a logística de um grupo enorme, com tudo o que isso implica (éramos cerca de 150). Houve muito tempo para tudo: para caminhar em silêncio, para rezar, para ouvir música, para cantar, para dizer parvoíces, para dizer ou pensar palavrões em série (não vou reproduzir, mas houve ali alturas em que maldisse bastante a minha vidinha), para rir às gargalhadas, para apreciar paisagens incríveis. No fim, e tudo somadinho, é sempre uma experiência inesquecível.
, o que ajudou a quebrar um bocadinho a monotonia de já se saber ao que vai. No primeiro ano era tudo novidade, neste o cérebro e o corpo já sabiam o que os esperava: andar mais de 30 quilómetros por dia, parar para dormir em quartéis de bombeiros, pavilhões desportivos, associações, tomar uns banhos de água fria revigorantes, gerir a logística de um grupo enorme, com tudo o que isso implica (éramos cerca de 150). Houve muito tempo para tudo: para caminhar em silêncio, para rezar, para ouvir música, para cantar, para dizer parvoíces, para dizer ou pensar palavrões em série (não vou reproduzir, mas houve ali alturas em que maldisse bastante a minha vidinha), para rir às gargalhadas, para apreciar paisagens incríveis. No fim, e tudo somadinho, é sempre uma experiência inesquecível.
Diz quem já fez cinco, dez, quinze peregrinações, que todas são diferentes. E que cada pessoa parte com um objectivo e faz da sua viagem aquilo que quiser. No meu caso, e uma vez mais, usei estes dias para acalmar um bocadinho, para pensar, para agradecer tudo aquilo que tenho. Ia também cumprir uma promessa, pedir por uma pessoa mas, infelizmente, quando fui o pedido já não fazia sentido. Este ano era ainda mais especial, porque sabíamos que teríamos o Papa em Fátima. E se isso fez com que mais gente partisse em peregrinação, não é menos verdade que muitos (eu incluída) encararam o caminho mais como uma tarefa a cumprir do que outra coisa. Foi mais uma caminhada com um objectivo específico à vista do que propriamente uma peregrinação, e acho que isso se reflectiu no grupo. Ia toda a gente preocupada com o chegar a horas, com a dúvida de "será que conseguiremos ver o Papa?", como se o facto de, eventualmente, não o vermos, anulasse todo o resto. Tenho pena de não ter sentido tanto o espírito de peregrina este ano mas, mas lá está, cada um define a sua viagem e eu acho que também me deixei envolver um bocadinho por essa ansiedade. Estávamos constantemente a receber notícias do Santuário, a ver que já lá estavam milhares de pessoas, e havia algum receio de que nem sequer conseguíssemos entrar, quanto mais ver o Papa Francisco.
No final, correu tudo pelo melhor. Chegámos cedo ao Santuário, tínhamos espaço mais do que suficiente e eu, que até tinha pensado voltar para Lisboa assim que chegasse a Fátima, logo a seguir ao almoço, com medo da confusão excessiva, acabei por ficar até à Procissão das Velas. E ainda bem que o fiz, porque foi simplesmente maravilhoso. Não há como explicar a magia e o peso daquele lugar, não há como ficar indiferente ao peso esmagador da fé, mais do que o peso de uma religião. Estávamos cercados de pessoas do mundo inteiro, todos unidos pelo mesmo sentimento, e há poucas coisas tão poderosas quanto isso. Ainda durante a tarde o carro do Papa Francisco passou a um metro de mim, pertinho, pertinho. E foi recebido com tanta euforia que parecia um ídolo pop. Sou suspeita, gosto mesmo muito do Papa Francisco, admiro-lhe a postura, o discurso, a sensatez, a visão progressista. Fazia-nos falta alguém assim.
O Papa Francisco que comprei para o Mateus, coisa mais querida
Agradeço, uma vez mais, à paróquia que me acolheu e na qual parti em peregrinação. E agradeço, sobretudo, à minha grupeta (Gina, Rita, Vera, Ricky, Filipe, ...) por terem tornado o caminho tão mais fácil.
Agradeço também à Akileïne a quem pedi para contribuir com material para os peregrinos. Tirando acções de solidariedade, raramente peço o que quer que seja às marcas, mas achei que fazia sentido utilizar os contactos que tenho em prol dos peregrinos, na tentativa de lhes aliviar ao máximo a viagem. Os coletes e os produtos foram muito bem vindos e ainda mais bem recebidos por todos. Obrigada, do coração, fizeram a diferença (pela parte que me toca, este ano nem uma bolha! Yeaaaah!).
55 comentários:
Olá Ana.
Também eu fui peregrina o ano passado.
Também eu caminhei seis dias debaixo de chuva (saí de Santo Tirso).
Encharcada até aos ossos, pés constantemente ensopados!.
Desistir nunca.
Tanta gente a morrer de dores, com os pés em ferida...senti-me uma sortuda.
Como se costuma dizer...só quem vai entende.
Beijinho e tudo de bom
Uma palavra: EXCELENTE. Vá 2: EXCELENTES FOTOS.
Pipoca se conseguires responder a isto dou te um doce: se algum fenómeno espiritual aconteceu ali, porque nunca mais se viu nada? e porquê apenas em Fátima??
Pipoca, come on... (um embuste isso sim, que dá muitooooo jeito à Igreja)
É uma questão de fé. Não se explica.
Se há coisa que não faz grande sentido discutir é a fé. Ou se tem, ou não se tem. Independentemente de se acreditar ou não no milagre das aparições, a Fé é algo superior a isso... Não é preciso acreditar que Deus fez o Homem e depois a partir de uma costela fez a mulher para se ter Fé. E cada Fé é diferente de pessoa para pessoa... Talvez seja isso que a torna especial. Acreditar que há algo superior a nós (pessoa, espírito, sentimento ou o que for) consola muita gente, dá esperança a muitos que já nada têm a que se agarrar e, no meu caso pessoal, isso é um dos motivos que me faz olhar para estas fotos e para este texto como algo com sentido. Nunca fui peregrina, não consigo acreditar propriamente na história do milagre dos pastorinhos, mas não deixo de sentir que há uma força especial em estar rodeado de pessoas que ainda acreditam na esperança, na bondade e no amor. Se isso não é fé e não traz nada de bom, então "come on"... ;)
Os milagres nao acontecem todos os dias... acontecem quando tem de ser. E é uma questao de fé ede acreditar ou nao. Como em tudo na vida!
Não sei se a Pipoca consegue, mas eu consigo: ia sugerir-lhe umas pesquisas no Google mas simplifico-lhe a vida com este link (https://pt.aleteia.org/2016/01/18/de-mais-de-2-mil-aparicoes-marianas-registradas-so-16-foram-reconhecidas-pelo-vaticano/) Deve dar para se informar um bocadinho, a linguagem até é simples, apesar do português do brasil, e relativizar esse "dar muitooooo jeito", que afinal não basta dizer que se viu qualquer coisa para se ir a correr montar caixas de esmolas. Cada um acredita no que quer, a Igreja Católica nisso é porreira, não obriga ninguém a acreditar em aparições. O meu doce pode ser uma daquelas frutinhas de massa de amêndoa do Algarve? :)
Um dia gostaria de fazer também a peregrinação.
Este ano foi por pouco... mas não pude ir. :(
Das duas uma! Ou és idiota ou burro! Acho que és as duas e muito mais...
https://pt.wikipedia.org/wiki/Apari%C3%A7%C3%B5es_marianas
E por que razão há tanta gente descrente?
E por que há fome no mundo?
E por que há guerra?
E por que razão separado se escreve tudo junto e tudo junto se escreve separado?
E por que razão a laranja se chama laranja e o limão não se chame verde???
Vá anónimo tb lhe dou um doce....
O DACOSTA, felicita-a.
Nem todos conseguem ser movidos pela fé. Há que respeitar e avançar.
Abraço e bjinhos doces.
É engraçado como certos cometários são sempre anónimos!!!!
uau :)
Quem caminha por gosto, não cansa...
Nunca vou entender o comércio feito à volta de Fátima, Vaticano, etc.. NUNCA!
Estas coisas não são para discutir. Aliás, acho até de mau tom gozar e parodiar com as crenças dos outros. As pessoas são livres de acreditarem no que quiserem. São até livres de não acreditar em nada. Não são é livres de desrespeitar o próximo e fazer troça disso. Este comentário foi apenas para lançar achas para a fogueira, porque, infelizmente, há muitos comentadores que só adoram é ver o circo a arder! Acreditem, não acreditem, o que quiserem, respeitem é a diferença.
De lágrima no olho.
Também já caminhei até ao Santuário, uma experiência única.
Parabéns, mais uma vez, pelo texto, que descreve tão bem aquilo que se sente num sitio tão mágico ;)
blogdamariafrancisca.blogspot.pt
Ana, já pensaste em colocar (como em muitos blogs) a obrigatoriedade de colocarmos e-mail, nome e etc sempre que escrevermos um comentário?
Epa, é que já enjoa mas pessoas só saberem criticarem... Cambada de palhaços...
Em relação ao post (porque é para isso que comento) dou-te os meus Parabéns! E Obrigada por nos contares o teu testemunho enquanto peregrina :)
Beijinhos
A fé é a desculpa dos tolos para disfarçarem o medo da morte . desculpem mas é. Se houvesse mesmo algo espiritual porque não aparecerem em mais locais ou mais vezes??? Poupem me a inteligência! Também tenho medo da morte mas ao menos não me refúgio em histórias da carochinha...e chamar nomes é pouco cristão minhas caras :p
E no entanto a pessoa que escreve este comentário é "anónimo" e nem assina o seu nome.
Há coisas mesmo curiosas.
Se a fé é coisa de tolos, então deixe lá os tolos com as desculpas deles.
Quem tem fé, não devia chatear os que não têm e o oposto também deveria acontecer.
Não sou muito dada a religiões, a Fátima e a situações semelhantes. Mas respeito quem acredita.
Acho que aqui não lhe querem gastar ou poupar a sua inteligência.
Porque ser inteligente, na minha opinião claro, é respeitar as crenças dos outros, crenças que não a prejudicam directamente a si.
Criticar a fé, crença ou ideias dos outros, não é mostra inteligência, mas sim esperteza. São coisas bastante diferentes.
E você comenta em anónimo porquê então?
Gostava imenso de fazer mas não sei a quem me dirigir. Alguém me possa informar.
Obrigadissima
Anónimo (11:16),
Porque coloca a pergunta se já assumiu a resposta que pretende? Quer tentar provar alguma coisa ao mundo? Não lhe basta ter noção daquilo que sabe ou pensa saber? Porque quer estragar a felicidade de quem sente-se feliz através da fé? A ausência de fé costuma deixar as pessoas assim...tão tristes por não suportar ver a felicidade nas outras pessoas?
Deixe-se disso caro amigo. Este discurso não leva a lado nenhum. Também não sou crente mas não ganho nada com a tristeza dos outros. Vivo bem se o mundo à minha volta também viver bem. E se a religião ajuda o homem a viver bem consigo próprio, menores serão as probabilidades dessa pessoa te prejudicar. Por isso, seja prático sequer ao menos.
Anónimo (14:28),
Ainda bem que você não criticou ninguém senão ia achar o seu comentário esquisito...
Pipoca, também vou fazer uma peregrinação este ano. Por favor fala sobre esses produtos da Akileine!
Para não ter "trabalho" de fazer login/registo.
Acabem de uma vez por todas com a ideia de que os anónimos são todos maus e só querem criticar. Qual é a diferença aparecer ali Ana, Maria, Genoveva ou Passarinha da Luz?
Maior embuste e negócio de todo o sempre :/ que impressão.
Teresa (eu não sou anónima e também tenho opinião ;))
Foi pena no dia do incêndio a nossa senhora de Fátima estar distraída!!! Tinham-se poupado muitas vidas!!
Engraçado...Eu tenho fé mas não acredito que haja mais nada para além da morte. Acho que morremos e puf, acabou-se. Ou seja, tenho na mesma medo da morte porque gosto muito de estar viva. A minha fé não está nada relacionada com a morte ou com medo desta.
Anónimo 15:09 concordo com a sua opinião, excepto a parte final do comentário, em que refere que criticar a fé, crenças, ou ideias dos outros é "mostra" de esperteza...! Será mesmo? Talvez de "chicoesperteza/ignorância" se nos limitarmos a criticar por criticar..., a zombar das crenças ou de ideias de terceiros! As questões teológicas são muito complexas e racionalmente inexplicáveis, para rebate-las há que saber argumentar de forma lógica e metódica, em suma e sem me alongar,é necessário ser-se muitíssimo inteligente, mas numa perspectiva muito distinta da "inteligência" que a anon.11:16h/14:31h presume ter! Acima de tudo deve prevalecer máxima de que "devemos respeitar-nos uns aos outros"😉
À anon.descrente, continue a ser feliz e a trilhar o caminho que escolheu, mas não ofenda gratuitamente os outros, para alem de não fazer jus à sua inteligência, demonstra má formação😔
Caramba,é cada tiro no pé!
Ana, adorei o seu post, fotos e testemunho sincero e genuíno da forma como vivenciou a sua 2a peregrinação ao Santuário de Fátima, sobretudo a sinceridade com que reconheceu que a visita de sua Santidade,
a condicionou !☺
Lembro-me que quando vi o post da tua peregrinação, jurei que ia.
Fui este ano peregrina a primeira vez , parti de Amarante com 400 pessoas. E foi uma experiência incrível! Há realmente momentos para tudo mas a sensação de chegar ao fim de mais uma caminhada e ter menos uma etapa por fazer é do melhor. E quando se chega... Aí quando se chega o coração aperta e já não há mais dores!
Beijinhos 😘
Também acho. Ver pessoas supostamente educadas e esclarecidas dizer que "lá se sente uma energia incrível" até dá dó :(
Comentário infeliz...😒
Infelicidade é haver tanta gente tacanha a acreditar em crendices. Muito atrasado ainda este nosso Portugal...
Antes supostamente educada e esclarecida do que claramente imbecil e mesquinha :)
Bom dia para si também...
Será que a nossa senhora de Fátima estava distraída a tentar ver se o Anónimo valia mesmo a pena ou não? Vai a ver, o trabalho foi tão penoso e intenso, que a absorveu por completo e levou-a à triste conclusão de que o Anónimo é um caso perdido. Que não se aproveita nem uma gota de si...
Menos anónimo(a)⛔!, sinta "dó" de si mesmo(a), a sua evidente má formação e falta de respeito pelos outros, são sim... realmente dignas da nossa compaixão!
Apesar de achar que o comentário inicial foi feito num tom despropositado, são estas questões que me fazem não ter fé. Porque para ter fé teria que acreditar em algo moralmente superior, que vigia e protege e olho em volta e vejo tantas injustiças, tanto inocente prejudicado e filhos da mãe abençoados pela sorte que não consigo acreditar na existência de uma justiça divina.
Onde está essa justiça na morte daquelas 64 almas, onde está a justiça da vida se olharmos para a ala pediátrica do IPO? E não, o livre arbitrium não é resposta suficiente para me dar por satisfeita...
Respeito muito e, de certa forma, até admiro quem crê pois terá sempre algo a que agarrar em momentos de dor, mas não me faz sentido.
A senhora de Fátima estava distraída porque tinha de estar. Porque morreu. O único que está vivo é Deus. Esse sim pode ouvir as nossas orações. É neste pormenor básico que reside a ignorância de muita gente, depositar a fé na pessoa errada.
Quanto à atribuição de culpas pelos fenómenos da natureza e outros, é típico do ser humano: quando precisamos pedimos este mundo e o outro a Deus; quando acontecem coisas tristes, Deus é tirano...
Pois, quando é bom...é graças a Deus...
Quando é fraco...é culpa dos homens...
Pois é Teresa, para teres melhor formação tinhas que dizer tudo aquilo que dissestes mas de uma forma mais educada e subtil. Para os burros não conseguirem compreender, percebes?
Eu sou educada, educada pelos meus pais e academicamente educada (tenho um doutoramento) e realmente há uma energia incrível em Fatima.
A arrogancia de algumas pessoas acharem que quem é ateu é automaticamente intelectualmente e emocionalmente superior a quem tem fé.
Eu fui no ano passado e adorei. Quero repetir, sem duvida!!
Somos humanos, só isso. Com todos os defeitos e qualidades.
Há comercio em todas as religioes, uma catrefada de cacarecos que se vendem, objetos, livros, de app(s) e afins.
Há cacarecos que se vendem á volta de filosofias de vida, de ideais espirituais, religiosos ou não.
Por mais espiritual que o ser humano seja, nunca deixa de ser humano.
Mesmo as filosofias mais minimalistas caem nesta esparrela.
Somos assim.
Eu estou a tentar consumir menos, mas é dificil.
" e porquê apenas em Fátima?"
Isto é uma piada ? são tantas as apariçoes no mundo, algumas reconhecidas pela Igreja, outras não.
Algumas sao tao famosas (mais famosas que Fatima), mesmo para os nao crentes.
anónimo 00:10,
Concordo consigo, porque é sabido que alguém acreditar que as pessoas foram capazes de ver o sol a dançar nos céus está apenas ao alcance de um grande intelecto. Eu cá não consigo imaginar isso e quando tentei olhar o sol quase fiquei cego, mas isso é porque sou ateu. Se fosse católico conseguia fazer isso facilmente.
Para mim o verdadeiro milagre não foi o sol dançar nos céus, foi as pessoas terem conseguido olhar para ele. Mas haja fé pois claro...
Anónimo01 julho, 2017 12:08
Tenha vergonha da sua arrogância em achar que é superior aos outros só pelo que defende.
Isso não é uma qualidade, e é uma característica que só o diminui, perde muito na vida em nao aceitar que há muita que acredita em coisas diferentes de si, e que alguns tem um QI mais alto que o seu, outras mais baixo.
Mentalize-se que o ser humano é complexo e que voce não é tao genial como pensa.
Sim, a energia incrível chama-se dinheiro!
Anónimo 16:06,
Gostaria de ter vergonha se fizesse a mais pequena ideia do que isso representa. Lembre-se que sou um Ateu limitado e há coisas que vocês conhecem muito bem e eu simplesmente desconheço. Se a minha arrogância não lhe parecer uma qualidade felizmente que o meu ego nunca dependeu de julgamentos alheios pois, caso contrário, mesmo que nunca fosse capaz de perder muito na vida poderia eventualmente correr o risco de perder alguma coisa. Um religioso com um QI mais elevado do que o meu? Nunca conheci nenhum, mas admito que possa existir um. Mas você também não me conhece, logo, como pode saber se há QI's superiores ao meu? Isso é o quê afinal? Conversa para burro dormir?
Para mim o ser humano não tem nada de complexo, tem apenas uma propensão estúpida para se auto-destruir.
Também fui peregrina, este ano, pela segunda vez. É de facto uma experiência única, tratam-se limites, faz-se uma lavagem interior incrível. Tal como dizes, há momentos para tudo, mas a chagada ao santuário é "o momento", sem duvida. Ao contrário do que dizes, desta vez senti-me mais peregrina. Talvez pelo grupo que me acompanhou, talvez me tenha preparado de forma diferente, mentalmente, não sei. Sei que vale a pena passar por esta experiência. Muda-nos um bocadinho, afinal o caminho faz-se caminhandi. ��
Procure na net grupos de apoio a Peregrinos, ou se estiver a pensar peregrinar até Fátima, o próprio santuário pode ajudar nesse sentido. Alerto para que se informe bem sobre o grupo, sobre as condições que lhes oferecem e qual o verdadeiro apoio que dão. Como em tudo, infelizmente, há os que verdadeiramente dão apoio e os que se dizem apoiantes mas nada fazem grande coisa nesse sentido. No fim fará diferença na sua experiência. Espero ter ajudado
Parabéns pela escrita. Consegue com simplicidade descrever o que sente como peregrina. Como já foi referido atrás, só quem o faz é que consegue compreender o porquê. Já o fiz várias vezes e não consigo explicar racionalmente as razões. O peregrinar sente-se, não se explica. Agora não consigo compreender a razão dos comentários azedos e por vezes a raiar a má educação de certa gente. Quem vai não faz sombra a quem fica. Ou serrá que no fundo, no fundo...???
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