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Parem a internet que eu quero sair

quarta-feira, março 22, 2017

Um dos maiores flagelos dos tempos modernos é, ao mesmo tempo, um dos maiores privilégios que nos foram concedidos: o livre acesso à informação. Todos concordaremos que as vantagens da internet são inúmeras e uma delas é, sem dúvida, o facto de termos informação gratuita à nossa disposição, todos o dias, e de isso ter amplificado o debate sobre uma data de temas (alguns mais pertinentes do que outros, mas enfim). Neste novo mundo, toda a gente tem uma voz e, quando feito um uso ponderado e racional dessa mesma voz, isso só pode trazer benefícios e uma discussão a nível global. 

Mas depois começam os problemas.
É que nem toda a gente tem o tal "uso ponderado e racional". Muita gente acha que, por ter uma voz, tem de usá-la sistematicamente, mesmo que não tenha nada de útil a acrescentar, mesmo que seja para contribuir com um comentário parvo, despropositado, agressivo, violento, preconceituoso, etc, etc e etc. As caixas de comentários abertas (ou seja, as que não recorrem a qualquer tipo de moderação) davam um belíssimo estudo sociológico.

Tendo um blog há tantos anos, sei bem do que a casa gasta, sei bem do que as pessoas são capazes, sei bem como se transformam na internet (porque, na vida real, desconfio que são bem mais mansas). Ao fim de vários anos sem moderação de comentários, fui obrigada a instalá-la, porque percebi, rapidamente, que o conceito "liberdade de expressão" se confunde, muito facilmente, com o conceito "má criação". As pessoas acham que por lhes ser dada a oportunidade de se exprimirem, o podem fazer das formas mais atrozes. E não podem. Ou não devem, vá.

Num mundo ideal, o acesso à internet seria alvo de um detalhado processo de triagem, toda a gente teria de ser sujeito a testes para se saber se está apto ou não a navegar por este maravilhoso mundo cibernético. Isto pode parecer uma medida extrema, eventualmente até discriminatória mas, meus amigos, há pessoas que não deviam andar à solta na net. É como passar-lhes uma arma para a mão, são um perigo em potência. 

Refiro-me, sobretudo, às pessoas que apanham tudo pela rama, que lêem um título e não querem saber mais, que tiram conclusões precipitadas, que propagam notícias sem sequer saberem se são verdade, que assumem um boato como uma verdade irrefutável e que, pior, dão palpites completamente ao lado. À conta do fenómeno do clickbait (sobre o qual falei, há dias, neste texto), os jornais e revistas criam títulos completamente sensacionalistas e que em nada correspondem à verdade mas, para muita malta, isso chega. Se o Correio da Manhã diz que a Cristina Ferreira fez umas férias milionárias, deixa-me cá deixar já um comentário a dizer "ahhhh, sua ranhosa, uns com tanto, outros com tão pouco, tu a apanhares sol e outros que nem têm o que comer". Depois abre-se a notícia e, vai-se a ver, a Cristina Ferreira está em Porto de Galinhas e as "férias milionárias" são num hotel onde a diária são 120€. Cara para muitos, certo, mas longe de serem umas "férias milionárias".

Nisto da internet já há muito que aprendi que nem tudo o que parece é. E que se nos cedem informação, temos a obrigação de lhe dar uso. Não podemos ser preguiçosos, emprenhar pelos ouvidos ou deixarmo-nos levar pela corrente. Sempre que há uma nova polémica no Facebook, não dou nenhum palpite sem ir saber, primeiro, o que se passou. Quem é que disse o quê, em que contexto, porque é muito fácil pegar em meia dúzia de palavras e dar-lhes toda uma nova dimensão (geralmente pior e mais polémica do que a original). E nem sempre comento, sobretudo se acho que não tenho nada a acrescentar, se não vou dizer nada de particularmente original ou se for só para o achincalhamento gratuito. 

Abrir as caixas de comentários dos jornais e revistas é um dos meus "guilty pleasures" mais obscuros, mas acho que são um bom barómetro daquilo que as pessoas pensam e sentem. E é absolutamente assustadora a forma desresponsabilizada como as pessoas comentam. A menos que sejam perfis falsos, a maioria das pessoas comenta com o seu nome, com a sua foto, em três segundos é possível descobrir uma data de informações sobre as suas vidas, mas nem isso as demove de serem verdadeiros trogloditas. Eu juro que morria de vergonha se um chefe meu, a minha mãe ou algum amigo me vissem a fazer comentários do género dos que algumas pessoas fazem. Morria! No Facebook do blog já recebi comentários tão atrozes, tão violentos, tão horríveis, que tivesse eu mais paciência para me mexer e, provavelmente, quem os fez iria ter alguns problemas. Alguns deles estão devidamente guardados numa pastinha, nunca se sabe.

Claro que aos jornais e às revistas lhes interessa ter o máximo possível de interacções com as suas publicações, mas não podem demitir-se da sua função de mediadores. São meios de comunicação, não podem ser meios para fomentar ódios. Há uns tempos fui a um programa de televisão e o canal em questão usou trechos da minha participação para publicar no seu Facebook. Claro que pegou em frases potencialmente polémicas, as tirou do contexto e as usou como título. E claro que, na sequência disso, pessoas que nem sequer se deram ao trabalho de perceber do que é que eu estava a falar, deixaram comentários do mais baixo nível que possam imaginar. Era um programa sobre futebol, a maioria dos comentários foram deixados por homens, portanto estão a imaginar. Eram coisas hediondas. Passei-me, claro. Disse a uma pessoa ligada ao programa que era inadmissível que convidassem uma pessoa, que essa pessoa se predispusesse a participar (apenas a título de boa vontade) e que depois não a protegessem minimamente, que permitissem que fosse tratada assim nas suas redes sociais. Parece-me um cuidado básico. Lá pediram muitas desculpas, lá foram a correr apagar os comentários ordinários, mas só porque eu pedi. Porque, caso contrário, lá ficariam os comentários finíssimos, à mercê de quem os quisesse ler. E este é um dos grandes problemas, as publicações não fazem este trabalho, não moderam comentários, interessa-lhes a quantidade mais do que a qualidade, e depois dá nisto.

No meio disto tudo, houve uma notícia que me deixou ligeiramente esperançosa. Há um jornal online norueguês que só permite que as pessoas comentem as suas notícias depois de, efectivamente, as lerem. Tem de lê-las, responder a algumas perguntas sobre as mesmas, e só depois, se assim o entenderem, podem comentar. Isto faz com que as pessoas não reajam impulsivamente, que sejam mais ponderadas e que só contribuam para a discussão depois de estarem verdadeiramente informadas, ou seja, sem se ficarem só pelo título. Este método ainda está em fase experimental, ainda não se aplica a todas as notícias, mas já me parece um passo gigantesco na promoção de um debate mais consciente na internet. 

79 comentários:

Paula Vasconcelos disse...

Concordo plenamente! Acho que até há pessoas a comentarem assuntos e a destilarem venenos, só porque sim, porque acordaram mal dispostos e a vidinha não lhes corre bem, só pode. É caso de estudo sim. Dissertação de doutoramento. Chiça!

Maria Santana disse...

Apoiado!!!

Eucátulá disse...

Excelente ideia!

Anónimo disse...

Já chega de posts relativos aos comentários dos anônimos! O que interessa este tema a não ser aos tais "mal educados"?

apipocamaisdoce disse...

Depois há outro flagelo, que são as pessoas que até lêem os textos até ao fim mas, aparentemente, não sabem interpretá-los. É porque este não é, de todo, um texto sobre anónimos, é uma discussão bastante mais ampla do que isso.

Anónimo disse...

Excelente texto! Confesso que muitas vezes quando vejo títulos com ar mais "sensacionalista", cheira-me logo a esturro, passo à frente sem ler porque acho que, o que quer que seja que lá esteja escrito, não vai acrescentar nada à minha vida.

Pipoca, isto está correto?
"Claro que pegou em frases potencialmente polémicas, as tirou do contexto e as usou como título". Não deveria ser "tirou-as do contexto e usou-as"?

Anónimo disse...

É realmente triste ver comentários menos próprios, mas o que me deixa chocada é ver comentários a criticar outros comentários, chegando ao ponto de ofender quem deixou apenas uma opinião válida como qualquer outra… Há dias vi um post no facebook, que dizia apenas “Procuro roupa para criança”…os comentários deixados eram horríveis, desde ser acusada de má mãe, de não procurar trabalho…enfim, uma situação completamente absurda

Unknown disse...

Não é à toa que a Noruega é o país mais feliz do mundo

Anónimo disse...

Concordo consigo! Este blogue é um exemplo disso mas isso acontece em inúmeras páginas.

asj disse...

"ter opiniâo dá muito trabalho". é preciso ler, ouvir, refletir...

Anónimo disse...

O "que", atrás, muda tudo! :)

MP disse...

Depende da forma como quisermos escrever :) Por exemplo, tal como o 2º Anónimo disse e bem, o "que" atrás muda tudo, e fica bem porque é como se o "claro que" continuasse lá: "Claro que pegou em frases potencialmente polémicas, (claro que) as tirou do contexto e (claro que) as usou como título." Mas também ficava correto da forma como disse (as tirou e as usou) se fosse assim:

"Claro que pegou em frases potencialmente polémicas: tirou-as do contexto e usou-as como título". Aqui o sentido da frase já é outro porque não estamos a meter tudo ao mesmo nível e a fazer uma sequência (a pessoa pegou nas frases, depois tirou-as do contexto e depois usou-as como título); estamos mais a dizer ao certo como é que a pessoa pegou nessas frases polémicas, ou seja, a especificar isso: pegou nas frases polémicas tirando-as do contexto e usando-as como título :)

Anónimo disse...

O que me ofende é comentadores a chamar nomes a outros que expuseram a sua opinião. Confesso que é o que me faz "passar da cabeça". Já li pessoas chamarem estúpidas e merda e etc a outros só porque não concordavam com o que leram. É muito grave. Depois corremos o risco de responder na mesma moeda...

Anónimo disse...

É isso mesmo, Ana. Essa questão das pessoas opinarem sobre tudo, identificadas ou em anónimo, faz-me muita confusão. A maior parte das vezes não acrescentam nada e é só destilar veneno. Acredito que a maior parte das pessoas que escreve determinadas coisas, caso amigos e /ou familiares soubessem os termos com que escrevem, certamente sentiriam vergonha.
Mas é que apelidam de "Liberdade"... ainda temos um longo caminho de crescimento no campo do comportamento em sociedade e em Liberdade. É que com grande poder, vem grande responsabilidade...

Anónimo disse...

Pensei que era a única, mas também confesso que ler a caixa de comentários é uma mania que tenho!
As pessoas hoje em dia conhecem mais os direitos e menos os deveres! "Tenho direito à minha opinião" é o que mais se lê/ouve, opinião é uma coisa, vomitar merda é outra! Costumo ir cuscar os perfis dessas pessoas e têm a vida toda lá escrita, onde trabalham, quem são os netos e filhos.. chocada
No outro dia uma senhora chamou de estúpida a uma outra por discordar da opinião desta, abri o perfil e a senhora dizia que trabalhava na polícia de segurança pública!! oi como?
A que mais me marcou, foi a notícia em relação à Carolina Deslandes que se encontra grávida pela segunda vez, os comentários? "Quem é essa não conheço?", sim porque ir ao google é um processo complicadíssimo, mas a maioria que me aborreceu mesmo era de mulheres que comentavam "Agora só basta saber quem é o pai?.." triste termos que respirar o mesmo ar que certas pessoas..
Mafalda

Anónimo disse...

E quando publicam aquelas publicações desnecessárias, por exemplo "o rabo de Rita Pereira está a gerar polémica" opá a serio para que ? é que estas noticias da treta já não exclusivas do CM, o Púlico, JN e por aí começam a ganhar o gosto e depois os comentários são pavorosos, desconhecia tamanha diarreia cerebral e falta de respeito pelos outros!

Anónimo disse...

Sim. Neste mesmo blog, dois posts abaixo deste, encontramos uma caixa de comentários que ilustra perfeitamente esta situação. Um texto que era precisamente sobre como intervir quando as crianças agridem outras crianças (deliciosa ironia!), gerou uma discussão em que comentadoras dizem umas às outras coisas que, acredito (e espero...), seriam incapazes de dizer cara a cara.

E, se for preciso, essas mesmas comentadoras virão a esta caixa de comentários concordar que, realmente, a forma como as pessoas se comportam na internet é uma vergonha.

Debate consciente, precisa-se. Muito. Ruído já temos demais.

Ana

Anónimo disse...

Eu concordo, em absoluto, e sem ironia, com tudo o que foi escrito. Mas não posso deixar de achar um tanto ou quanto irónico que este texto seja escrito por alguém que se defende com o seu "sempre enorme sarcasmo" para dizer tudo o que quer (nomeadamente em questões sensíveis relacionadas com a maternidade, amamentação, etc), num blog com esta dimensão e exposição. Pode fazê-lo, claro está, mas o reverso da medalha também existe e o sarcasmo não é desculpa nem legitima tudo.

Teresa

Anónimo disse...

Tão isto. Por norma, evito ler as caixas de comentários porque já sei que só me vou enervar com as parvoíces que vou ler por lá, mas pronto.

Ainda há dias, o JN fez uma notícia acerca da Kim Kardashian cujo título era qualquer coisa como "Kim Kardashian revela que temeu ser violada por assaltantes em Paris". A quantidade de comentários, maioritariamente escritos por homens, que diziam coisas nas linhas de "isso queria ela", "isso seria bom demais", "eu adorava ver a vaca fosse violada", "só temeu não ter uma câmara à mão para gravar", etc etc deixou-me completamente boquiaberta. Homens (e também algumas mulheres) que, muito provavelmente, tem mães, irmãs, amigas, dizerem barbaridades destas só porque não vão com a cara dela.

Enfim. Não consigo perceber de onde vem todo este ódio em relação a uma pessoa, seja a Kim ou a Pipoca ou qualquer outra pessoa, que nem sequer conhecemos de lado nenhum e nada fez para nos prejudicar.

Anónimo disse...

Tenho é saudades do "Hoje deu-me para isto"...

Anónimo disse...

Onde é que ponho o like??

Anónimo disse...

Sem muita conversa técnica, está certo sim :) É como se a Pipoca tivesse escrito "Claro QUE as tirou do contexto", se não tivesse o "que" ficaria como disse. Beijinhos

Anónimo disse...

Geralmente quando vejo algo com títulos chamativos, vou á caixa de comentários tentar perceber a noticia sem abrir o link. Et voilá! Tem o comentador que acha que a tininha devia alimentar meio mundo e não ir de férias, tem aquela que diz que ela não faz nada da vida e anda sempre a passear, tem os que dizem que a galdéria devia ter vergonha na cara por deixar o filho em casa enquanto está no relax, tem alguns (poucos) com algum senso e que acham que sim senhor, se ela trabalha é para gastar como quer e ninguém tem nada com isso, e tem aquelas que chamam invejosa a toda a gente que discorda da exma senhora apresentadora. Mas essa do invejosa é mal geral e é dos comentários que mais me irrita, admito. Até aqui vemos isso! Se alguém discorda ou tem uma opinião diferente da maioria, é logo rotulada de invejosa! Menos, pessoas... muito menos..

trinta e quatro disse...

Concordo muito com a questão de serem os próprios meios de comunicação a protegerem convidados, a conterem comentários e acho que se seguirem todos o seu exemplo, haverá resultados. Tb tenho esse guilty pleasure, mas faz mal à sanidade de qualquer pessoa.

Beijinhooo

Anónimo disse...

Esse é o Butão

Anónimo disse...

Ui, este assunto é daqueles que dá pano para mangas! Mas, confesso, o argumento que mais me irrita, e que é muitíssimo utilizado por estas pessoas, é o da "liberdade de expressão", "vivemos num país livre" ou então "eu tenho direito à minha opinião". Como se todos esses direitos, que são reais, justicassem a forma como muitas pessoas se expressam por essa internet fora.
Há mil maneiras de dar uma opinião de forma correta e civilizada, mas não, hão de sempre preferir recorrer ao insulto e ao baixo nível. Eu desisti de ler os comentários dos jornais online por causa disso, aquilo irritava-me solenemente e nem era nada comigo, que falta de educação, que falta de tudo! Por vezes, estão a criticar algo ou alguém e a fazer igual ou pior, só pela forma como se expressam.
Com as polémicas no facebook acontece a mesma coisa, sempre que estoura uma polémica é só ver a elegância dos comentários, estão a criticar e a fazer uma figura pior. É isso e, desde o aparecimento das redes sociais, qualquer merdinha, desculpando o termo, vira uma polémica sem fim, é impressionante! O mesmo com o cyberbullying, revoltam-se muito quando é denunciado um caso de bullying, no entanto, não pensam que aquilo que comentam, diariamente, acaba por ser uma forma de bullying, dão uma no cravo e outra na feradura, aliás, há pessoas que se dão ao trabalho de seguir figuras públicas nas páginas delas, só para as insultar, se isto não é ridículo, o que será? Para quê fazer isto, seja com quem for? Era aí que as pessoas tinham que usar o seu direito à liberdade. Não gostam? Não vejam, não ouçam, não leiam.

Sara Gonçalves disse...

Não é a Noruega, é a Dinamarca

Anónimo disse...

Que chata! Leia um bocadinho este tipo de posts, torne-se mais culta. Isto sim, é mais relevante.

B. disse...

Já eu deixei de ler comentários de outros em notícias de jornais, entre outras notícias/post. Mostra-me um lado humano que não gosto, que me entristece, que me faz sentir deslocada. Há sempre pessoas com algo de mau a apontar seja a que tema for. Mesmo quando pensamos "ora aqui está uma notícia boa, certamente ninguém vai comentar nada de mau" e depois vai-se a ler e o uma tristeza. A internet veio permitir que as pessoas mostrem o pior de si, esse é o lado mesmo mau da coisa :(

B. disse...

Noruega sim, falaram sobre isso nas notícias há pouquíssimo tempo.

Menta mais Chocolate disse...

Muito boa ideia Noruega. *Clap Clap*

Anónimo disse...

Obrigada!
Fiquei esclarecida.

Ainda bem que alguém esclareceu, sem atirar logo pedras e achar que isto era uma forma de criticar, porque era realmente uma simples dúvida.

Anónima das 17:00 ;)

Anónimo disse...

Pipoca, concordo contigo a 100%, mas não deixa de ser irónico que tu própria já tenhas deixado aqui neste mesmo blog e nesta mesma caixa de comentários que várias pessoas que comentam fossem enxovalhadas. Quando nos toca a nós é que já dói mais, não é?

Anónimo disse...

Eu também tenho a mania de ler os comentários e depois fico muito irritada com as coisas horríveis que lá vejo escritas. Fico mesmo furiosa e desabafo com o meu marido, e ele diz para eu parar de ler esses comentários, mas eu volto a ler e... fico de novo irritada. Porque há pessoas que confundem liberdade com o que elas acham que têm o direito de insultar toda a gente. Falta muita educação a essa gente, e a internet tem muitas vantagens, mas também tem estes contras, é o facto de poderem insultar anonimamente, descarregam as suas frustrações nos outros, enfim... sinto uma tristeza enorme ao ler certas coisas.
Manuela

Anónimo disse...

Este ano ganhou a Noruega, anunciaram esta semana (ou na anterior), a Lara tem razão.

Anónimo disse...

Também Partilho da opinião da Teresa, e acrescento que, a expressão "nem tudo o que parece, é..." abrange todas as situações da vida, e não só a internet😉

Teresa(outra)

Clube de Artes disse...

E assim se escreve em bom português! Bolas, que implicam com tudo! A Ana é das pessoas que melhor escreve por aqui neste espaço cibernautico e dedicado ao lifestyle ( e afins). É um prazer lê-la logo pela manhã para começar bem o dia. Força, Ana.

Anónimo disse...

Há pessoas (muitas) que confundem liberdade de expressão com falta de educação. O que se vê na maior parte dos comentários de notícias, blogues, etc. é, simplesmente, falta de educação. No fundo, é como no trânsito. As pessoas deixam vir ao de cima todas as frustrações da sua vida, parece que estão à espera que lhes dirijam a palavra para explodir. E isto, creio, é um sinal dos tempos. Talvez cada um devesse reflectir cada vez que tem vontade de escrever um comentário áspero. Pegando no exemplo da Pipoca, das férias da Cristina Ferreira: porque me apetece insultar esta senhora? Porque hei-de desejar que a mesma nunca mais passe férias num sítio bonito? As pessoas que têm o impulso de escrever coisas destas (e bem piores, muitas vezes) deviam interrogar-se sobre as razões pelas quais o pretendem fazer. Se estivermos de bem com a vida, com as escolhas que fizemos, com tudo o que nos rodeia, creio que os comentários iriam ser muito mais moderados. Por isso digo que isto é um sinal dos tempos. As pessoas não têm tempo para fazer o que gostam, muitas das que têm não o fazem porque não têm quem as incentive, outras não têm iniciativa porque a vida as está sempre a puxar para baixo, outras ainda porque o seu trabalho as consome de tal forma que não lhes sobra tempo. A correria do dia-a-dia, os baixos salários, a fraca qualidade de vida, não mata, mas mói. E isso, está espelhado nesses comentários de ódio, frustração e má educação. Todos devíamos parar para reflectir.

Clube de Artes disse...

Adorei o título do post! É por isso que com esta idade ainda não tenho facebook nem instagram...depois posso querer sair e é uma chatice.

Clube de Artes disse...

As pessoas deveriam preocupar-se um pouco mais com as coisas reais e menos com a vida alheia de figuras públicas. Eu ando tão à margem que até chega ser ridículo. Uma vez uma recente colega de trabalho disse-me que tinha de ser discreta porque era uma figura pública e não queria chamar as atenções. "A sério!? Não estou a ver..." AFinal a senhora tinha saído numas revistas e jornais por causa de uma polêmica em que estava envolvida. Foi tema nacional e que deu pano para mangas. Muito pano...
Isto tudo para dizer que neste momento o que é de comentar são estes ataques terroristas que assolam a Europa #paremestesmalucosextremistas

RaqFCC disse...

Eu cá acho ~que são situações um bocadinho diferentes. A Ana tem o direito de publicar o que quiser sobre os assuntos que quiser NO SEU BLOG. Quem não gosta, ou refuta educadamente ou engole em seco (eu sou defensora acérrima da amamentação, e não me vê aqui a destilar veneno nos posts em q a Ana a ironize - até pq acho q embora a Ana não tenha amamentado, respeita quem o faça) e passa à frente. Segundo entendi, este post refere-se a pessoas que destilam ódio e veneno sem sequer se darem ao trabalho de ler o que foi escrito pra saberem do que se trata. Era o mesmo que a Ana ir para o blog das Joanas falar mal da amamentação, por exemplo, percebe? Atenção que se está a falar de amamentação porque foi um dos exemplos que deu. A Ana pode ser sarcástica tanto quanto quiser no seu blog, facebook, insta, etc etc. Não a vê aqui a ofender ninguém, acho eu. Eu, pelo menos, não vejo. Mas pelos facebooks e páginas de notícias e etc vê-se realmente coisas assustadoras, a clara confusão de "liberdade de expressão" com "falta de educação" de que tantas pessoas padecem.

Anónimo disse...

Concordo inteiramente, muito bem interpretado.

Mariana disse...

As pessoas deviam ser obrigadas a fazer um teste de QI sempre que tentam comentar qualquer coisa.

Nos comentários dos jornais online vejo todo o tipo de diarreia verbal. A ignorância, o racismo, a discriminação e o sexismo imperam.

Ocasionalmente vejo notícias sobre estatísticas de mães solteiras e filhos com pai incógnito, por vezes com títulos sensionalistas (como se torna habitual).
E os comentários a essas notícias são, como podem imaginar, absolutamente horríveis. Homens a comentar que as mulheres são umas p*tas, que mereciam isto e aquilo, que a culpa é toda delas, que não têm moral e o país está condenado por causa delas (isto é a minha versão resumida e simpática).

Lendo esses comentários torna-se óbvio que a discriminação (e até ódio) contra as mulheres está bem viva no ano 2017.

O que muitas notícias não mencionam nem os comentadores pensam (Pensar? O que é isso?) é que hoje em dia há muitas mulheres solteiras por escolha que recorrem a clínicas de fertilidade e esperma de dadores para se tornarem mães. E que não há absolutamente nada de errado com isso.

Além disso qualquer criança vai ser mais feliz tendo um pai desconhecido do que tendo como pai um daqueles comentadores asquerosos que odeiam mulheres.

Anónimo disse...

Tal qual. Também ia lá comentar nesse post (dizer que tenho um filho de 27 anos e mantenho até hoje o sentimento de protecção que a Pipoca refere quanto ao Mateus), abri a caixa, vi o circo que por lá ia, pensei "como é que eu fui tão parva que não antevi o estardalhaço que um post destes ia gerar?" e saí rapidamente. Vixe Maria!
O que mais confusão me fez foi o modo como a maioria aproveitou para extrapolar como as educadoras dos infantários são todas, grosso modo, umas incompetentes e irresponsáveis, assim como os outros pais, que não sabem, de todo educar. Só cada uma daquelas comentadoras-mães é que sabe exactamente como tornar o mundo exemplar quanto a esta matéria, todas as restantes pessoas que, actualmente, se relacionam de algum modo com as suas "crias" devem desaparecer da face da terra. E eu já devia saber que é assim, não devia ter cometido a ingenuidade de abrir a caixa de comentários.

Anónimo disse...

Sim, a célebre frase "se expõe a sua vida, tem de ouvir o que quer e o que não quer", como se o comentador se tornasse um justiceiro mesquinho por direito imediato e consequente.
Vejo pouco o facebook, a não ser de amigos (páginas públicas e figuras públicas não sigo, por causa disso precisamente), por isso muitas vezes nem sei qual é a "última polémica".
Mas o que leio no instagram dá-me náuseas - lá está, escrito por pessoas com contas públicas, que percebemos que têm filhos e cães e que fazem bolos. Como é que, à vista dos abdominais da Carolina Patrocínio, se transformam nestas bestas sedentas de gordura que empalavam a mulher por ser magra e gostar de fazer desporto? Porque é que dizem coisas horríveis?
Eu sei que as pessoas falam mal das outras para se sentirem melhor consigo próprias, para amesquinhar os outros de forma a parecerem superiores. Mas não ficas mais magra de insultares uma mulher magra. Não ficas mais bonita se a apelidares de feia. Juro que não percebo a necessidade.

Anónimo disse...

A AGM tem toda a razão quando diz e passo a citar:"É que nem toda a gente tem o tal "uso ponderado e racional". Muita gente acha que, por ter uma voz, tem de usá-la sistematicamente, mesmo que não tenha nada de útil a acrescentar, mesmo que seja para contribuir com um comentário parvo, despropositado, agressivo, violento, preconceituoso..." Mas, vejam em que Era estamos e em que Mundo vivemos, em que o próprio presidente do Eurogrupo proferiu aquele discurso tão descabido e ofensivo para com os países resgatados! O Senhor Dijsselbloem recusou-se a efectuar um pedido de desculpas e alega que a sua intenção era referir-se às obrigações e deveres desses mesmos países...Uma pessoa que ocupa semelhante cargo não pode ser um incendiário verbal, mas antes um harmonizador de muitas vontades e a ele, sim, conferimos-lhe todos muitos direitos e exigimos-lhe imensos deveres e obrigações para com todos os países membros da U.E. Os europeus são todos diferentes, mas consta-me que na Holanda se gastará mais em mulheres (e homens) do que em Portugal. O país da liberdade, ainda exibe mulheres nas vitrinas como carne no talho para consumo e à custa da legalização dos prazeres terá mais lucro com o usufruto dos mesmos do que os países do sul da Europa.
Depois, temos que levar com o tom ameaçador do Senhor Schauble (ainda bem que não falou em alemão). E com tudo isto, só quero dizer, que mediante a estupidez é difícil manter a tranquilidade! Perante a ligeireza analítica de economistas desta craveira é difícil não resvalar para o comentário estúpido, porque eles mais do que ninguém deveriam ter consciência do esforço e sacrifício exigidos a estes cidadãos!
Nunca o fiz, mas acredito, que em certas situações, como as que referi anteriormente deve saber mesmo muito bem, mandar certa gente, em bom português,"Bardamerda"!

Anónimo disse...

Há um fenómeno subsequente que me preocupa ainda mais: pessoas que se habituam a "poder" dizer tudo online, e depois acham que também o devem fazer em pessoa. Trabalho num showroom aberto ao público. Volta e meia entra alguém apenas porque "tem" de me dizer (por exemplo) que acha este ou aquele artigo feio. Horroroso! E que não o devíamos ter, porque as irrita. O caso mais absurdo, foi uma senhora que entrou para me dizer que "deseja que esta loja feche em breve!", assim, só porque sim. Respondi-lhe que "ainda bem que nem toda a gente pensa como ela, ou eu estaria no desemprego". "o quê? Não é a dona? Ah! Então vou-me embora que consigo só perco tempo. Mas se fosse a dona dizia-lhe mais umas verdades sobre o que penso desta loja!" Só para esclarecer, é um atelier de arquitectura para espaços infantis, com vários ambientes expostos. Ou seja, o que irrita estas pessoas são... móveis e papeis de parede de bebé e criança - esse flagelo. Regra geral sou cordial e não dou demasiado crédito ou conversa, para não alongar a coisa. Mas há dias em que aborrece bastante, estas "opiniões" não solicitadas que as pessoas "têm" de dar (ou dizem que sim). Se eventualmente me sinto paciente e decido discordar com um sorriso, educadamente, entre outras coisas já me gritaram, já fui insultada, e já fui ameaçada. Já saí daqui lavada em lágrimas e já teve de haver intervenção de outros clientes - motivo? "Eu estou só a expressar a minha opinião, por isso cale-se!" Ainda há muitas pessoas (felizmente) que me dão esperança na humanidade, mas confesso que estas me assustam um bocadinho... :/
Ana Silva.

Anónimo disse...

StarBreaker, compreendo o que diz, mas o meu comentário não se referia exatamente ao que diz.

Vou deixar um exemplo, para ser mais claro:

"Querida Ana, tenho duas sugestões daquelas assim mesmo incríveis:

1) dar de mamar? Esqueça, já há leites adaptados muito jeitosos no mercado, e juro que os putos ficam igualmente espertos;
2) levar um puto com semanas a uma boda? Para ficar a cheirar a camarão e a porco no espeto? Mais uma péssima ideia. Deixe-o ficar no sossego do lar e vá beber até cair;

E é isto. Foi um prazer, não tem nada que agradecer. =)


Pronto, agora que as loucas da mama já devem estar a juntar-se para me baterem com um pau....."

(Excerto de texto escrito pela Pipoca, num "A Pipoca responde")

O que eu acho é que quem escreve este tipo de coisas, num blog desta dimensão, e utiliza expressões como "as loucas da mama" assim logo à primeira, usando o sarcasmo sempre como defesa... Não é a primeira pessoa que deveria vir falar sobre uso de liberdade de expressão na internet ou sobre alguns comentários. Não deixando de concordar - repito - com tudo o que foi escrito.

Isto foi apenas um exemplo. Muitos outros poderia dar. Não concordo que "se não gosto, cuspo para o lado": porque um blog também serve à existência de debate e de troca de ideias.

Agora, quando vejo um post a atacar assim a amamentação e quem a defende, não me apetece responder ultra politicamente correcta mas sim responder na mesma moeda: género "sua louca do leitinho em pó...". Só que nesse caso já seria um drama, porque eu não sou "sarcástica"...

Era apenas esta a ideia que eu estava a tentar passar.

Teresa (a primeira)

Anónimo disse...

De acordo.

Anónimo disse...

Quem sabe os portugueses não aprendem qualquer coisa com os noruegueses... Já fazia falta!
Cris

www.lima-limao.pt

Canduxa disse...

Concordo...

Anónimo disse...

Ana Silva, desejo-lhe a maior dose de paciência para aturar esse tipo de gente. Mas infelizmente essas criaturas existem, é pena que não desapareçam da face da terra.

Anónimo disse...

Não foi implicância, foi uma dúvida.

Em bom português, são duas coisas diferentes. :)

Anónimo disse...

Foi a Noruega sim!

Anónimo disse...

Pipoca, não tem nada a ver com este post e também sei que é um assunto que ainda não lhe diz respeito, nem talvez à grande maioria das suas leitoras, mas se puder um dia escrever um post sobre este assunto, agradecia. O tema seria "Como assumir os cabelos brancos", ou outro título relacionado com este dilema. Obrigado.

Manuela

Anónimo disse...

Que horror! Também já me gritaram, ameaçaram e insultaram no meu local de trabalho, e sempre por razões que fogem ao meu controle. As pessoas estão mesmo a perder todas as noções. É preocupante.. penso que a impunidade da internet está a começar a afetar a forma como as pessoas se relacionam na vida real.

Anónimo disse...

Concordo consigo!
Não entendo como é que a Europa explode todos os meses e as pessoas acordam pela manhã e preocupam-se em "postar" fotos no facebook e no instagram com comentários absolutamente ridículos a mostrar o seu pequeno almoço para enfrentar mais um dia de trabalho ou o exercício matinal...Estará tudo a ficar louco? Anda tudo assim tão preocupado com o seu ego? Em ser o actor principal da novela da sua própria vida, que se esquece da realidade? E depois é tudo tão fraquinho, tão decadente que dá dó...umas "figuras públicas" que ninguém conhece e que não se percebe onde está o lado público da questão, nem ao "serviço" de que causa, umas cantoras pimba que nunca ganharam um disco de platina, uns "gurus" que nunca deram uma conferência, umas apresentadoras de TV sem qualquer conteúdo que nos ferem os tímpanos. Não se lhes atribui reconhecimento, mas enchem a boca para falar de si próprios como se falassem de uma outra pessoa! Inacreditável, parece que voltamos ao séc.XVIII com Louis XV em todo o seu esplendor e com um país insolvente!

Liz Soares disse...

Não é a Dinamarca. Na Dinamarca cometem muitos suicídios. Tem uma razão de ser...o estado ajuda em qualquer coisa, o futuro dos filhos está seguro, a saúde, a educação, a segurança é tão boa, que os dinamarqueses não têm que se preocupar/chatear por isso. a vida é tão facilitada que não têm o que lutar...a vida deles torna-se aborrecida que chegam a cometer suicídios. E para além de Dinamarca, Suiça, Suécia, Finlândia, Islândia...

Miss Me, Myself and I disse...

Recordo-me sempre dum título numa revista "Sócrates aplica protector solar a outro homem" (ou qualquer coisa do género). Depois de ler o artigo percebia-se que o homem afinal era seu irmão. Só posso imaginar a quantidade de pessoas que não se deram ao trabalho de ler o artigo (e dada a revista em questão até é compreensível) ou simplesmente não tiveram acesso a ele e tiraram as infelizes conclusões erradas que o titulo insinuava.
Sou totalmente contra este tipo de “jornalismo” e cabe-nos a nós boicotar revistas, jornais e afins deste género.

Nota importante: Não comprei a dita revista, na altura vi-a a na caixa do continente e a coisa cheirou-me logo a esturro e por isso abri a noticia para perceber.

Anónimo disse...

para algumas pessoas "crianca n tem direitos" e 'e aquela cruz pesada q os pais carregam principalmente se n falar frances, n tocar piano, n for melhor q tds as criancinhas a face da terra e principalmente.. se der trabalho. digo isto pq reparei recentemente q havia tanta gente a minha volta q odeia criancas.. pq sao errr.. infantis e querem-se vestir com bonecada :S

se fosse um showrom de noivas de certo n apanhava tanto maluco, ainda apanhava com uns qts... isto nunca da para agradar a td a gente.

anyway, coragem!!

Anónimo disse...

eu adoro ler os comentarios, e' como entrar numa outra dimensao, a quinta dimensao, mas confesso q se tivesse no lugar das autoras dos blogs onde mais me perco neste mundo maravilhoso dos comentarios da quinta dimensao (a pipoca e a coco).. oh pah ja tinha dado em louca.

Anónimo disse...

Culta já eu sou... Agora quero aprender a vestir-me. Beijinhos aqui da "chata" 😁

Anónimo disse...

Tenho é saudades do "Hoje deu-me para isto"... #2

Anónimo disse...

Ahem
Se leu o discurso todo então percebe que ele não disse que os países do sul gastavam tudo em mulheres e vinho mas que ele, enquanto pessoa não admitiria se ele próprio precisasse de dinheiro, pedisse e depois o fosse gastar mal gasto.

Anónimo disse...

Melhor resposta de sempre, Anónima das 19h25!!!

Anónimo disse...

Com comentários destes não querem que a malta se exalte. Que grande teoria sobre as causas do suicídio...ai ai. Quase igual à das mulheres e vinho.

Anónimo disse...

Anónimo23 março, 2017 20:53, alguém que me entenda! Mas ninguém sabe ler nas entrelinhas ou perceber analogias?? Ele não disse mentira absolutamente nenhuma... Podia ter-se contido devido à sua posição, mas mentira não disse.

RaqFCC disse...

Eu interpretei como brincadeira os exemplos que citou. Não como ataque a ninguém. Honestamente não me senti atacada. Se o intuito foi ofensivo ou não, só a Ana pode responder, mas não creio. :)

Anónimo disse...

Clube das Artes e anón. 15:22H: Estou plenamente de acordo com os vossos comentários, 100% realistas. Parabéns!

Anónimo disse...

E no entanto, quando o Ronaldo fez o mesmo, caiu o carmo e a trindadade. Disseram que estava a ser egoísta, que todas as crianças precisam de mãe, que não podia ter um filho biológico quando há tantas crianças para adoptar.. enfim. Gente invejosa da felicidade alheia.

Unknown disse...

Teresa (a primeira) percebo perfeitamente o que quer dizer.

No entanto, este blog é um blog sarcástico, sendo que sarcasmo é um modo de humor e não deve ser confundido com ofensas escritas.
O excerto que escreveu acima é um exemplo disso.
É irónico e quem conhece a Ana, ou faz um esforço para a "ler", consegue perceber isso.
Porque por vezes o humor é a melhor arma para se comunicar sem ofender. Mas isso dependerá sempre da abertura que quem lê tem.

Não me lembro de ver a Ana a ofender gratuitamente outras pessoas aqui neste blog. E o falar sobre más escolhas de vestidos não o encaro como ofender, pois acho que ela o faz com humor, que pode ser um pouco exagerado em alguns casos, mas não é de todo ofensivo.

Acho que não se trata tanto do que a Ana escreve, no caso deste blog, mas sim de quem o lê, pois algumas pessoas não gostam da Ana (porque não, porque não aprovam o trabalho dela, ou não consideram trabalho, não aprovam o muito ou pouco consumismo dela, não aprovam as corridas, etc) e já têm uma predisposição para cair em cima, escreva a Ana o que escrever o do modo que escrever.
O estar atrás de um computador, onde ninguém nos vê escrever, parece dar uma liberdade imensa às pessoas, a força necessária para pegar um touro sozinho. Infelizmente muitos utilizam-na da pior forma.

Em relação à expressão "loucas da mama", a Ana tem razão, elas existem, assim como existe o oposto.

Anónimo disse...

Anónimo, o seu texto parece-me um bom exemplo do assunto que a Ana escreve acima.

CC disse...

Traduziste na perfeição o que tenho vindo a escrever — e a sentir — ultimamente. A Internet está a revelar—se uma decepção de dia para a dia. Um dos casos mais mediáticos que tenho acompanhado é o do Salvador Sobral. As caixas de comentários sobre o tema são inqualificáveis. Que raio de País é este?!

Teresa disse...

O melhor e mais Lúcido comentário, Parabéns!!!

Sara Gonçalves disse...

Ah pronto, mas antes era a Dinamarca, que eu tenho um livro que fala sobre isso. Não sabia que este ano tinham considerado a Noruega. Obrigada :)

MP disse...

Eu cá planeio pintar o cabelo daquela cor cinza que agora está muito na moda :D

Carolina Veloso disse...

Pipoca, correcção: a NRK nao é um jornal norueguês . é a emissora nacional. A NRK é a nossa RTP.

n disse...

Muito bem!

Anónimo disse...

Chama a esta conversa culta? Lol foi para rir só pode.

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Teorias absolutamente espectaculares

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