Pub SAPO pushdown

Hotéis sem crianças? Sim, mas...

quarta-feira, agosto 10, 2016


Quando o Mateus tinha uns oito ou nove meses tentei reservar um hotel para irmos passar o fim-de-semana e foi-me dito que não aceitavam crianças. Não fiquei minimamente incomodada. Na verdade, até pensei "olha que boa ideia, quando me apetecer ir para um sítio sem berros e sopa a voar é mesmo para aqui que venho". Mas, naquele fim-de-semana em específico, queríamos mesmo levar o Mateus, por isso pus-me em busca de outras opções e rapidamente as encontrei. Porque, feliz ou infelizmente, a oferta para famílias continua a ser bastante ampla e para todos os gostos. São infinitamente mais os espaços que contemplam as crianças do que aqueles que lhes vetam a entrada, e ainda bem que assim é. Mas eu - e falo exclusivamente por mim - gosto de saber que também posso ir para um sítio children free, onde não há saltos em bomba para a piscina ou sprints no restaurante. Não me lixem, sabe bem.

Vem isto a propósito de
algumas queixas que foram apresentadas recentemente na ASAE por pais que não gostaram de saber que o hotel X e Y não aceita crianças. Sentiram-se lesados, sentiram que estavam a interferir com a sua liberdade de escolha, sentiram que os filhos estavam a ser discriminados, e então vá de se manifestarem. A ASAE entrou em campo e aplicou algumas multas aos hotéis "infractores". Mas a verdade é que a legislação é pouco transparente sobre o assunto, um bocadinho vaga, não diz nem sim nem sopas. Se, por um lado, garante que "é livre o acesso aos empreendimentos turísticos", por outro assume que "a entidade exploradora ou responsável pelo empreendimento turístico pode recusar o acesso ao mesmo a quem perturbe o seu funcionamento normal". E é aqui que a coisa se complica, porque cada um lê isto como entende. E os proprietários de um hotel podem entender que as crianças perturbam o "funcionamento normal" do seu espaço e, por isso mesmo, barrar-lhes a entrada.

Pela parte que me toca, nunca vi a coisa como uma proibição mas sim como uma recomendação. Que acatei sem dramas. E acho que era assim que isto devia funcionar. Ao fazer uma reserva, seja por telefone ou pela net, os hóspedes deveriam ser sempre informados de que o hotel não é recomendado a menores de 12, ou de 16 ou o que for. Recomendado, não proibido. Mas isto entra aqui num patamar escorregadio, que é o de assumirmos que os pais, mesmo depois de avisados, vão perceber a mensagem e não se vão apresentar no hotel com os seus quatro filhos e ainda mais três sobrinhos que vieram passar o fim-de-semana. Felizmente, Portugal tem uma oferta de hotéis muitíssimo diversificada, de norte a sul, por isso qual é exactamente a necessidade de nos querermos enfiar com os putos num espaço todo fancy, e zen e só com 10 quartos e que está mesmo a pedir sopas e descanso? O mais provável é que nem os  putos se divirtam, nem os pais aproveitem, por isso talvez seja sensato escolher outro sítio, mais em conformidade com o "modo familiar". A esta altura já alguns de vós estarão para aí a dar saltos de indignação, do género "mas então eu não tenho liberdade de ir para onde bem quiser e levar os putos todos atrás, se me apetecer? Qué lá isso de não me deixarem entrar com o rebanho?". Eh pá, pois... Terem liberdade eu diria que têm, mas é só uma questão de bom senso. E é só pensar que a nossa liberdade, muito provavelmente, irá interferir com a dos outros.

Vocês conhecem-me de há muito. E não foi, de todo, por ter sido mãe, que de repente passei a achar que tudo o que os putos fazem é admirável, e  admissível e desculpável porque "coitadinhos, são só crianças". Do mesmo modo que também não acho que todos os comportamentos menos desejáveis sejam fruto de uma má educação. Não são. Por mais bem orientadinhos que sejam, os putos são imprevisíveis, gritam, fazem birras, atiram-se para o chão, correm, pulam, e nem sempre isso tem a ver com educação ou falta dela. Tem a ver com... serem putos. Falo pelo exemplar cá de casa. Não há uma vez que grite, faça birras ou tenha comportamentos menos aceitáveis que não seja chamado à atenção. É repreendido, quando se justifica é posto de castigo, nunca deixamos passar em branco berrarias ou faltas de educação. Mas, lá está, isso não significa que ele não tenha vontade própria e não se passe da cabeça só porque sim. Posto isto, e porque com três anos muitos dos comportamentos ainda são bastante voláteis e ao sabor do vento, somos nós que optamos por não o levar para determinado hotel ou para determinado restaurante. Adaptamos as nossas escolhas à idade e ao feitio dele e deixamos os outros programas para fazer sozinhos. Porque se a nós, tantas vezes, nos apetece enfiar-lhe uma rolhinha na boca para estar calado um segundo, imaginamos que os outros também não estejam para levar com esse filme. Sou um bocado nazi com isso, quando vamos a algum lado ando sempre em cima do Mateus para não chatear os outros (e Deus sabe como ele consegue alapar-se a estranhos).   Do mesmo modo que quando nós estamos sem miúdos também agradecemos muito não ter de ouvir guinchos  e choros alheios. Há tantos hotéis mesmo fixes para levar a criançada que, lá está, me parece despropositado querermos enfiar-nos em espaços que estão mesmo a pedir sossego. Mas, repito, isto deverá ser sempre uma recomendação e não uma proibição. Uma recomendação que ficará assente no bom-senso dos pais que, já se sabe, nem sempre é o mais apurado.

E porque é que eu acho que isto deve ficar apenas pelo campo da recomendação? Porque temo que a proibição possa ser um pressuposto para, de repente, os hotéis começarem a definir critérios mais perigosos a nível de exclusão. Hoje é um hotel que proíbe crianças, mas e se amanhã for um hotel que proíbe mulheres, ou homossexuais, ou ciganos ou negros? Se a lei assumir que cada um pode fazer o que quiser, será que não estamos a abrir a porta a comportamentos potencialmente discriminatórios? Lembro-me daquela cena do "A Vida é Bela", em que o Josué pergunta ao pai porque é que numa loja está um cartaz a dizer "entrada proibida a judeus e a cães". O pai, naquela eterna tentativa de lhe mostrar um mundo menos cinzento, diz que cada um faz o que quer, e que conhece uma loja de ferramentas onde não podem entrar espanhóis nem cavalos, e uma farmácia onde não podem entrar chineses nem cangurus. O miúdo acha aquilo estranho e responde "mas na nossa livraria pode entrar toda a gente". O pai diz-lhe que a partir de agora não, que também vão pôr um aviso à porta: "do que é que tu não gostas?", pergunta. "De aranhas? Ok,  eu não gosto de visigodos. A partir de amanhã vamos pôr "entrada proibida a aranhas e visigodos". =) Eu também acho que há sítios que não são apropriados a aranhas e a visigodos, mas proibi-los é capaz de ser excessivo. Por isso prefiro acreditar que as aranhas e os visigodos terão discernimento suficiente para perceber que há lugares melhores e onde poderão estar mais à vontade. Sem queixinhas à ASAE.




259 comentários:

«O mais antigo   ‹Mais antiga   201 – 259 de 259
Inês disse...

Eu vi e vejo, pais atentos e que repreendem, castigam e educam as crianças. E que mesmo assim, estas correm, gritam, fazem disparates e incomodam. O que fazer nestes casos? Há educação e também há crianças a crescer, explorar, a testar limites.

Anónimo disse...

Sim, e não se diz "branco", diz-se bege ou casquinha de ovo.

Anónimo disse...

Mas por que raio é que sempre que alguém diz alguma coisa que não seja a favor das criancinhas, há sempre uma alma que diz que ou é revoltada, de mal coma vida.... até do nome falam.
Pois eu concordo com Jéssica e não me chamo Tatiana ou Cátia!!

Anónimo disse...

muito bem, anónimo das 10:59! é mesmo isso!

Anónimo disse...

exatamente!

Anónimo disse...

Mas quem é disse que uma criança incomoda só quando a ser mal-educada? Não percebo. A minha filha na piscina do hotel entrava e saia muito depressa, ria-se muito e e chapinhava de contentamento. Eu dizia para estar mais calma mas é uma criança e não estava a portar-se mal. Estava só tão contente que não se continha. E eu percebo que possa ter perturbado as restantes pessoas pela sua azáfama. Querem dizer que temos de criar máquinas? Crianças cinzentas e obedientes em estilo robot? Crianças que não podem demonstrar que estão felizes quando em estado de euforia? Acho muito bem que haja espaços próprios para o fazerem. E por "fazerem" quero dizer: ser felizes, ser crianças, explorar, aproveitar. E não necessariamente ser mal-educadas.

Anónimo disse...

A minha mãe faz questão de passar uma semana das férias com a minha filha. Mas eu assim também me junto a elas: estou à mesma com ela mas tenho ajudar a cuidar dela e assim descanso muito mais :)

Anónimo disse...

Sim, eu nunca gostei muito dos filhos dos outros e agora que tenho filhos, continuo a não gostar muito dos filhos dos outros. E acho normal que não gostem dos meus.

Jessica disse...

Cara anónima, se pensasse antes de falar entenderia que o nome "Jessica" se refere à imagem e mesmo que se fosse o meu nome não vejo o porque de tal ser vergonha. Não odeio crianças, pelo contrário, em lado nenhum mencionei ter ou não ter filhos por isso agradeço que não parta de pressupostos errados, finalmente, e parafraseando a comentadora Susana, nós mamíferos temos crias a menos que a cara anónima seja alguma divindade. Um bem haja.

Anónimo disse...

Sim, até porque uma viagem de avião é o destino e não o meio para lá chegar. Haja paciência.

Anónimo disse...

Recomendação: Indicação; ação recomendar, de aconselhar, de indicar, de lembrar.
Proibição: ato de não permitir algo: proibição de estacionar.
Qual o problema? Se me proíbem ou me recomendam determinada ação, cabe-me pensar numa alternativa.
Hoje em dia tudo tem de ser tratado com pinças, não vá o tuga ofender-se e babar de raiva, contra tudo e todos.
Se não admitem crianças, procurem outro local.
Se a criança é incontrolável em público, verifiquem se em casa, faz o mesmo.
Se os pais são incontroláveis em público, Deus nos guarde, pois a prole não será melhor.
E as crianças nem sempre são o melhor do mundo. Lamento. Tal como os adultos nem sempre são os melhores pais do mundo. Lamento. E se estão tão preocupados com a possibilidade de segregação, vejam as vossas reações perante o desconhecido e diferente. Posto isto, vou ali dar duas lambadas nas trombas de um adulto que está a falar alto, como se estivesse em casa.

Anónimo disse...

Excelente comentário! E atenção que ainda não sou mãe.

Anónimo disse...

Inútil é você...um nudista não pode fazer nudismo num sítio faz num outro, mas impedir seres humanos de frequentarem certos locais só porque são pais...não faz sentido! Só porque são crianças não quer dizer que sejam selvagens! São crianças, gostam de brincar, falam um pouco alto, isso sim, agora presumir logo à partida que são mal educadas isso é injusto!

Anónimo disse...

"Hoje é um hotel que proíbe crianças, mas e se amanhã for um hotel que proíbe mulheres, ou homossexuais, ou ciganos ou negros?" Mas que frase és esta??? Como se proibir crianças (que são pessoas da última vez que verifiquei) fosse menos grave que qualquer outra proibição. Esta francamente não entendi! Acho ridícula esta questão porque às crianças têm que ser reconhecidos todos os direitos de qualquer ser humano incluindo o direito de acompanhar os pais. A nossa liberdade acaba onde começa a liberdade dos outros e se todos respeitássemos esta simples norma de conduta a vida seria bem mais simples!

Anónimo disse...

Off-white! Ahahahah :D

Anónimo disse...

Há uma cadeia de hoteis, os hedonism hotels, não sei se está a ver (se não está veja no google)...Eu acho que os filhos não devem acompanhar os pais, como acho que crianças não devem frequentar este tipo de hoteis...Mas o caro anónimo acha que sim...Acha que as crianças devem ter acesso a tudo porque são pessoas. Acha que se os pais vão, têm que levar os filhos atrás, ora essa!Mesmo que seja um hotel desadequado para as crianças!....Ok...

Anónimo disse...

Muita gente aqui não está a presumir que as crianças são selvagens...apenas estamos a presumir que ir para um hotel sem ambiente para crianças, talvez não seja adequado. Acho mais injusto os pais imporem às crianças um hotel para adultos e as crianças que se aguentem...Os pais mesmo por serem pais deviam pensar nas crianças ou então ir para esse tipo de hoteis numa viagem a dois ou com amigos adultos.Mas isso sou eu que prefiro que os meus filhos estejam em hoteis com condições para os receber...

Anónimo disse...

sim, excelente treino...

Anónimo disse...

Não se trata de liberdade ou descriminação. Acho que faltou referir como exemplo os hotéis que estão carregados de obras de arte. Daqueles bibelôs que custam um ano de ordenado. E agora imagine aqueles 3 segundos que está à procura das chaves na mala, ou a apertar o sapato, ou o simples acto dde fazer o check-in. Não sei se sabe mas as crianças têm o poder de em 3 segundos fazer o que não devem. (Pasme-se!) E não é por descuido dos pais. São coisas que naturalmente acontecem (Como um vomitado em cima de uma carpete) Não acha certo os hotéis recomendarem ou não o uso do seu espaço para crianças? Não é só uma questão de meio e ofertas. Às vezes é apenas o estilo e decoração do mesmo (que nem sempre está implícito quando se faz uma reserva).
E já que falamos de acessos...eu adorava levar os meus quatro filhos comigo de férias e nunca posso. A oferta é demasiado limitada. Pasme-se por saber que trato dos meus gatos como se fossem "pessoas" (meus filhos) e merecem tanto ir de férias para "x" hotel como uma "pessoa" mais nova.

Anónimo disse...

Oh sra. das 14:30 você é que fala sem pensar. São exactamente as comodidades e ofertas de que fala que me podem fazer escolher um hotel em detrimento de outro... independentemente de ter a certeza se as vou usar ou não. Pode ser parvoíce, mas se sou eu que pago, eu decido, não é você! Mesmo que só lá vá dormir, essas comodidades ou ofertas podem ser importantes para mim (independentemente de ir com crianças ou não). Isso é o que cada um tem que decidir, não é você que tem que decidir ou sequer colocar em causa que uma pensão chegaria para o que eu quero! Para mim não chega! E pasme-se... não é você que decide pelos outros! Se eu quero um hotel com restaurante gourmet sem menu infantil, mesmo que não o vá usar, o que é que você tem a ver com isso? Se um casal até vai com um filho para um hotel com spa (onde o filho não pode entrar) e durante a sesta do filho, a mãe ou pai (enquanto o outro vigia) for fazer uma massagem... o que é que você tem com isso? Ponha-se no seu lugar, bolas!

MJ disse...

O preco do quarto é um criterio objectivo. Se seguissemos esse raciocinio tudo na vida era discriminatorio

Anónimo disse...

Excelente resposta!(:
Ele há pessoas....muito limitadas e redutoras, incapazes de abordar as questões nas suas múltiplas perspectivas, assim como lhes falta experiência de vida e muito conhecimento...!Enfim a vida encarregar-se-á de lhe abrir os olhinhos...

Anónimo disse...

Boa afirmação...apesar de não estarem 48° graus, mas já 38°...devem estar!

Anónimo disse...

23.14h: só um aparte...fica-lhe mal demonstrar tanta ignorância e, incapacidade de discernimento!

Anónimo disse...

Que grande anormalidade...criticar ou discriminar alguém por se chamar Jéssica...nome próprio ou escolhido para comentar...um nome como todos os outros...há quem goste, quem abomino como tudo nesta vida...haja pachorra para estes comentadores! ):

Anónimo disse...

Se calhar devia aprender a ler e a interpretar o que lê!

Anónimo disse...

Ana, esta caixa de comentários é um Tratado Sociológico. Ou o guião de um filme, com vários personagens.
Num post sobre hoteis só para crianças: sim ou não? li comentários sobre partos, a sua duração, relação com amor pelos filhos, preto versus negro, os cães e os cocó de seus donos, aulas de boa escrita, educação: no meu tempo é que era ou é deixa-los fazer tudo... É incrível a diversidade de temas mas principalmente a forma como algumas pessoas tentam impor a sua verdade como A Verdade..

Anónimo disse...

Pessoas que acham que ah para mim esta palavra não é racista...
As palavras têm história, o seu significado constrói-se com história. Em Portugal preto é pejorativo sim...

Anónimo disse...

Sabe que há casais que não têm avós para ficar com os seus filhos...

Anónimo disse...

concordo a 100%.
Tenho uma filha de 2 anos e meio e não faço férias dela, mas entendo perfeitamente os hoteis apenas para adultos. Normalmente as crianças fazem barulho, confusão..próprios da idade e as pessoas não são obrigadas a estarem a tentar descansar à beira da piscina e não ter realmente paz e descanso. A culpa poderá não ser dos pais...as crianças têm que se exprimir, e a fase dos dois anos é taaaaoooo complicada! A minha chora sempre que o pai se ausenta...faz birra de sono..Não será por isso que vou deixar de fazer férias com ela...mas também posso tentar não incomodar os outros...indo para hoteis familiares e não apenas para adultos. Não me faz confusão.
Ah quanto à questão dos avós, claro que fica com a avó para um jantar mais formal..uma saída a dois....mas são situações esporádicas...a minha filha acompanha-me em tudo... não faço férias dela..já passo demasiadas horas longe dela enquanto estou a trabalhar.

Anónimo disse...

Plenamente de acordo consigo(An.
21.36h), a par com os reality shows é sem dúvida um bom elemento de estudo sociológico, acompanho o Blogue pipoquiano há cerca de 5 anos...e constato, que nos últimos 2, tem de facto captado grande "audiência"(o que é muito bom para a Ana) alguma dela "bipolar sem diagnóstico..."!
Razões pelas quais me mantenho como visitante e comentadora são essencialmente:
- a diversão que "esses comentários" me proporcionam ! (Os sensatos não têm piada...)
- a verificação das reacções das pessoas face, aos assuntos postados, à forma como são escalpelizados com mais ou menos sarcasmo e, às opiniões/posições emitidas/assumidas pela blogger;
- admirar a capacidade da AGM e o seu inegável talento em "captar" visualizações e comentários, rentabilizando o seu modo de vida(;

Anónimo disse...

Tem toda a razão. Realço ainda o facto de, ao quererem opinar, muitas vezes respondem a outros comentários com agressividade, intolerância pela opinião dos outros, má educação, e opinativos sobre a vida dos outros leitores como se a conhecessem. Enfim...

Anónimo disse...

Já estive num hotel só para adultos e achei fantástico, então na parte da restauração é espetacular. Não haver crianças a chorar, a fazer birras ou a correr pelo restaurante fora, sujeitos a serem atropelados pelos adultos (não estou dizer que são mal-educadas, são apenas crianças), faz toda a diferença. Recomendo a quem tem filhos (porque penso que todos os pais têm o direito de descansar dos filhos) e a quem não tem!

Anónimo disse...

Deixe-se de tretas. Toda a gente já foi criança! Deixe de colocar num pedestal aqueles que um dia crescerão e sabe lá no que vão dar. Tanta fantasia que agora alguns pais têm que até irão impedir o crescimento saudável das suas crianças.

Anónimo disse...

Como não sou frequentadora assídua de hotéis, deixo a minha opinião do que conheço em restaurantes e similares: o que me incomoda não é a criança começar a chorar, é ver que os pais não fazem nada. Não é a criança dar a 1ª corrida, é os pais deixarem a criança correr livremente durante o tempo que lhe apetecer enquanto os pais ficam na conversa a fingir que não perceberam. Posto isto, e uma vez que muitos pais não sabem brincar e distrair os seus filhos, levando-os simplesmente à pendura para todo o lado (engraçado é que são aqueles que dizem que não largam os filhos em casa de ninguém) acho muito bem que existam hotéis só para adultos. Num café ou restaurante acabo por me levantar e vir embora, agora se pagasse estadia e tivesse que aturar certas e determinadas coisas, acreditem que não ia ficar impávida e serena, não mesmo!

Anónimo disse...

Quando for para um hotel ponho a anónima 14.30 a reserva-lo, porque pelos vistos você é que tem conhecimento de causa sobre tudo, até do que os outros pretendem!

Anónimo disse...

Ó não que horror!!!! Vamos lá todos engordar, andar a parecer que saímos do caixote do lixo e trabalhar de sol a sol! Isso sim é felicidade!!!!!

Anónimo disse...

Completamente de acordo. Não é o meu caso pois tenho imenso apoio da minha mãe, mas daí a ir de férias sem o meu filho para descansar!? O meu filho não me cansa, nunca cansou, antes pelo contrário. Quanto a outras crianças? São traquinas por vezes, até barulhentas, mas é normal...já todos o fomos...

Anónimo disse...

As pessoas são tão chatas!!
Tanta teoria... mais vale apanhar com putos a gritar e a fazer bombas na piscina!!

M. disse...

Eu acho que toda a gente percebeu o que a Susana quer dizer com 'regras para casamento'. E acho que quem é casado e com filhos também concorda com os benefícios de os pais passarem algum tempo de qualidade a sós. Isso não os faz amar menos os filhos ou serem maus pais. Então se quisermos ir ao cinema à noite ver um filme que não seja apropriado para crianças, ir ao teatro, ir a um concerto ou fazer qualquer outra coisa num ambiente que não acho apropriado para os meus filhos, não devo?

E concordo também com a Susana sobre um aspeto fundamental. Para mim, uma família feliz é constituída por um casal feliz. Os filhos alteram sempre as nossas rotinas e temos de nos adaptar à realidade de já não sermos apenas nós os dois. E infelizmente aquilo que mais vemos são casais que depois de terem filhos mudam significativamente a forma como se relacionavam.

E, a propósito (porque acho sempre um piadão a estas chamadas de atenção linguísticas caricatas), creio que se percebe perfeitamente que a Susana usou o termo 'género' como um sinónimo de tipo/tipologia, o que não me parece incorreto. E talvez a pessoa que teve tanta pressa em corrigir devesse saber que embora sejam frequentemente usados como sinónimos, género e sexo não têm o mesmo significado. Também é muito comum na nossa língua, uma palavra ter múltiplos significados, em função do contexto em que é usada.

Quando falamos de sexo falamos de aspetos biológicos, associados ao sistema reprodutor, que distinguem o masculino do feminino. Género é uma construção social que se refere aos papéis e comportamentos que são atribuídos - e considerados apropriados - a homens e mulheres. O conceito de estereótipo (que tão apropriadamente usou para questionar se a Susana era casada e tinha filhos, como se isso ditasse a sua capacidade de opinar sobre este assunto) tem muito a ver com este assunto, sabe?

Anónimo disse...

Exemplar? Em muita coisa não é, mas não foi o que aqui foi dito. Mas agora falando, será que Portugal é um país exemplar? 😜

Carina Ivo disse...

Hahahaha Jessica. Adorei. Disse tudo, exatamente como eu penso.

A nossa sociedade das duas uma, ou se estão pouco barimbando para os filhos ou então protegem demasiados os filhos.

Adorei o seu texto. Disse tudo, em tão pouco.

Anónimo disse...

Os meus pais, sempre me levaram a mim e à minha irmã para todo o lado, em crianças.
Restaurantes, hotéis.etc
Nunca os deixamos envergonhados, sempre nos comportamos em conformidade. Nunca houve medo de palmadas, mas sim educação.
Nada disso me espanta. Já há mais de 20 anos, os meus pais recebiam convites para festas, os quais especificavam que eram apenas para adultos. Foram as únicas vezes que ficámos com a nossa avó.

Anónimo disse...

Não é descriminação, podem sempre ir sem as crianças :)

Anónimo disse...

Acho que a maioria dos pais que leva crianças que berram para restaurantes não estão minimamente preocupados com isso. Quanto ao choro de um bebé de 1 mês é completamente diferente de uma criança mal educada, saberá seguramente as diferenças.

Anónimo disse...

As crianças são o melhor do mundo mas o que são deve-se à sua educação. Vejam este documentário - https://youtu.be/8Bp-cgUQpbk

Anónimo disse...

Só em Portugal é que isto é tema... No Caribe é muito normal que os resorts tenham uma parte Adults only e reservem até uma parte da praia para esses clientes. As familias continuam a ter acesso à mesma praia, mas noutra zona (3 vezes maior) e acesso a outras partes dos hotéis onde as crianças podem brincar, correr, gritar, o que lhes apetecer.
Alem disso, os hotéis Adults only têm uma oferta dirigida para adultos, com spa, mais zen, etc.
Já fiquei em vários Adults only (por agora costumamos procurar hotéis com esta oferta) e adoro. Näo é que näo goste de crianças, que gosto, mas por vezes sabe bem uma semana com silêncio e oferta para adultos.
Acho mesmo ridículo que se perca tempo com isto e que haja gente indignada com a existência destes hotéis quando 90% da oferta é kids friendly.

Bailarina disse...

As crianças são realmente o melhor do mundo, mas há algumas e em alguns momentos das quais eu quero descansar. Há momentos para tudo e eu adoro o meu filho e os filhos dos outros, mas depois de 15 dias de férias com crianças daria bom dinheiro para ir para um hotel, sem crianças, só namorar sem crianças!

Anónimo disse...

Um hotel livre de crianças? Ok, mas duvido que seja uma garantia de sossego, já que muito adulto se comporta bem pior que uma criança.

Anónimo disse...

que pena os teus pais terem sido egoístas

Helder Duarte disse...

Grande comparação.

Cl disse...

Uau!Já li todos os comentários e achei o máximo! Eu tenho 3 filhos e se com a primeira podia ir um mês para um hotel children free com a certeza que ela não incomodaria ninguém com os outros dois acho que nem para um hotel children friend eu me atrevia eu me atrevia a ir! Porquê? Porque não é por eu querer ter filhos que os outros têm que levar com eles! Eu adoro os meus mas as outras pessoas não! Todos têm direito a descansar em paz até os pais, ou acham que muitos pais também não aproveitam esses hotéis para descansar sempre que podem? E fazem muito bem! E isso não invalidam que amemos os nossos filhos! Eu acho muito bem existirem estes espaços e é pena não haver o bom senso de distinguir estre recomendação e proibição.

A Mim Me Parece disse...

Mas não me parece que esses tipos que nos hotéis para adultos only falam alto, discutem e se lançam para a piscina que nem bombas se comportassem diferente caso esses hotéis recebessem também crianças. Não me parece.

Anónimo disse...

É por isso que não faço férias bem Portugal, vou para onde não há ASAE. Têm que reclamar com os casinos, discoecas e afins onde os putos não entra
m. Haja paciência. Ah, sou mãe de dois adultos mas, que por acaso, já foram crianças e fizeram férias em hotéis adapads a eles. Tudo na vida tem um timing. Agora uero férias sem putos. Quandonfor avó la volarei....:)?

Anónimo disse...

Eheheh.boa!

Anónimo disse...

As crianças são a janela do futuro. Se a fecharem...

Alberto Ai disse...

negro, obeso e idoso são as expressões mais xenófogas e descriminatórias da nossa sociedade de hoje. São digamos as pessoas que estão fora da linha da normalidade e da utilidade social. Há os pretos e os brancos, os magros e os gordos, e os novos e os velhos. O resto é a medíocre mania do politicamente correcto. Quanto aos hotéis e crianças, e uma vez que isto é um espaço de opinião, a minha é a seguinte: Tenho 3 filhos pequenos. Quando estou sem eles prefiro não ser incomodado pelos dos outros. A ASAE devia-se preocupar com outras coisas. Concordo que se deve recomendar e não proibir. Se olharmos para as crianças mal educadas, e repararmos bem nos seus pais, percebemos porque é que elas são assim. E é tudo. Bom dia a todos.

Unknown disse...

Qual é o problema nestes casos? Se o hotel não aceita crianças (seja qual for a razão...), escolhe-se outro que as aceite, e já não é preciso estar a "ruminar" sobre o assunto e desatar a protestar contra toda a gente...

Anónimo disse...

Foi a sua frase mais inteligente que por aqui li, essa do casquinha de ovo, embora eu esteja tão bronzeada como uma mulata, há que aproveitar os genes africanos que me deixou o meu paim Preto só é pejorativo se quisermos que o seja.

«O mais antigo ‹Mais antiga   201 – 259 de 259   Mais recente› Mais recente»

Enviar um comentário

Teorias absolutamente espectaculares

AddThis