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Ser deficiente não é insulto

segunda-feira, novembro 23, 2015

Atrasado mental. Anormal. Deficiente. Mongolóide. Atrasadinho. Retardado. Def.

Quantos de nós já não usámos uma destas expressões para insultar alguém? Ou apenas por parvoíce, entre amigos? Ou mesmo para nos referirmos a nós próprios, quando fazemos alguma coisa idiota? Pessoalmente, passo a vida a dizer(-me) "que anormal". E tenho a certeza de que também já terei ofendido alguém. Tento não o fazer. Tento não promover nem banalizar o uso de expressões como "atrasado mental" ou "deficiente". E já perdi a conta à quantidade de vezes que me tentam insultar assim. Diria que é... todos os dias? Ainda recentemente chamei à atenção uma pessoa no Facebook que me apelidou de "completa atrasada mental" e que me respondeu qualquer coisa como "mas tu achas que isso é um insulto???". Pronto, nada a fazer, depois há pessoas que são mesmo burras.


Enfim, tudo isto a propósito da campanha "Ser deficiente não é insulto", promovida pelo BIPP- Inclusão para a Deficiência, e que arranca hoje. O objectivo é alertar para o facto de expressões como "deficiente" ou "atrasado mental" não deverem ser utilizadas como insultos a comportamentos humanos censuráveis, sob pena de contribuírem ainda mais para os comportamentos de exclusão social dos cidadãos com deficiência. O adjectivo"atrasado" não pode servir de sinónimo a parvoíce,  estupidez, insensibilidade, irreflexão e tantos outros exemplos. Há termos mais adequados.

Para que a mensagem passe, o BIPP desafia toda a gente a partilhar uma foto sua, com uma tira de fita-cola na boca e o "insulto" escrito. Depois, só têm de a partilhar, com os hashtags #naoeinsulto e #bipp, acompanhado de uma frase do género "chamei atrasada mental a uma blogger, na verdade devia ter-lhe chamado palerma" ou "já falei ao telemóvel enquanto conduzia. Fui irresponsável, não fui anormal". Por fim, desafiem outros amigos a fazerem o mesmo.


Se quiserem e puderem contribuir para o BIPP, podem ir até www.bipp.pt, cliquem em "participe" e seleccionem um dos projectos para o qual pretendem contribuir, assim como o montante.

40 comentários:

Sardine disse...

Uma causa como esta já fazia falta!

Flor de Sal disse...

Olá Pipoca! A meu ver não há pessoas deficientes. As pessoas TÊM UMA deficiência. Pode ser miopia, gaguez, atraso no desenvolvimento, down, autismo, um braço partido, etc, etc. Kisses

Terapia das palavras... disse...

Excelente iniciativa..!!!Assino por baixo.mesmo nao colocando a foto..ha uma frase que me acompanha ha 21 anos "SER DIFERENTE É NORMAL"..!!!!

Infelizmente como em outras tantas adversidades na vida,,só quando as mesmas nos entram em casa e somos obrigados a ver estas pessoas como seres validos e que tem lugar na sociedade seja ele qual for..só aí as vezes se podem moldar e mudar mentalidades..

Obrigda Pipoca por também sabere fazer uso da "diferença"...

Beijinhos!

Anónimo disse...

Só quem não tem uma pessoa com deficiência na família é que chama esses nomes aos outros. Se tivesse a mínima noção do que está a chamar, talvez não o fizesse. É lixado ser-se diferente neste mundo.

Anónimo disse...

olá, deficientes e anormais são as pessoas que chamam esses nomes aos outros, a verdadeira deficiência na maioria dos casos não é visivel mas está lá e nota - se na forma como se comportam no seu quotidiano, há muitos mais do que parece.

Dias Cães disse...

Permita-me discordar mas ter um braço partido não é mesma coisa que ter autismo e, portanto, não é comparável dizer que uma pessoa que tem um braço partido tem uma deficiência.
Eu até posso tentar perceber o que quis dizer mas a concretização da ideia foi muito ao lado.
Sendo um assunto sério achei que devia dar-lhe a minha opinião de maneira um pouco mais refletida.

Anónimo disse...

O que o anónimo queria dizer é que as pessoas que chamam esses nomes aos outros são palermas e idiotas.

Anónimo disse...

Não se é deficiente mas sim "com deficiência" ou portador de deficiência.

Unknown disse...

Completamente de acordo!

Anónimo disse...

Autismo não é uma deficiência...

Joana Santiago disse...

Que maravilha!!!
Pipoca vai fazer com que Portugal mude a sua maneira de se exprimir
Sou Joana Santiago, a presidente do BIPP e há 17 anos que conheço bem pessoas com deficiência . Sou mãe de um ovem diferente mas não indiferente!!!
é Diferente por que é PURO, HONESTO, VERDADEIRO, SINCERO, COM UMA ENORME CAPACIDADE DE ULTRAPASSAR OBSTÁCULOS PESSOAIS, SOCIAIS, MOTORES, INTELECTUAIS deixando qualquer ser "normal "perplexo!!!!!!
MERECEM O MAIOR RESPEITO E AGUARDAM A DIGNIDADE QUE TANTO MERECEM!!!!
Vamos conseguir !!!!!

Anónimo disse...

Ter um braço partido é uma deficiência física (temporária).

Unknown disse...

Concordo plenamente, mas também há outras palavras que também são usadas como insulto e na verdade não são...
Como chamar outra mulher de GORDA!, ser GORDA ou estar GORDA é só uma característica que não te faz melhor nem pior que ninguém ;)

Unknown disse...

É isso mesmo!
É dar o nome às "coisas". "Deficiente" uma palavra, igual a tantas outras.
Ser deficiente nunca deveria ser um insulto. E é muitas vezes um grande motivo de orgulho, pois são seres humanos bem mais válidos e sensatos do os palermas que os olham de lado.

Unknown disse...

Desejo tudo de bom!

Anónimo disse...

Ter um braço partido é ter uma incapacidade temporária, o que é diferente.
Autismo é considerado uma deficiência, sim.
O conceito de deficiência é muito alargado e nem sempre parece enquadrar-se no que habitualmente achamos que é uma deficiência. Exemplo: uma criança alergica às proteínas do leite de vaca é considerada uma pessoa com uma deficiência (podendo até receber uma subsídio por isso).
Eu, por exemplo, devido a um problema oncológico foi-me atribuída uma incapacidade permanente de 62%. Por exemplo no IRS coloco que sou um contribuinte com deficiência. Se olhar para mim não vê nada de "diferente".
Quando pensamos em deficiencia só nos lembramos dos deficientes motores ou daqueles cujo "atraso" é notório, mas é muito mais que isso.

Anónimo disse...

Idiota é uma pessoa com um QI abaixo de 40.

Anónimo disse...

Retardado não é o nome técnico que a classe médica dá às pessoas com atraso cognitivo?

Luisa disse...

Podemos ser todos solidários sem termos"peninha" destas pessoas ou os apelidarem de "coitadinhos"..

Mais acrescento que ha pessoas "diferentes", que sao muitos mais felizes que tantos outros com quemnos cruzamos na vida..Excelente iniciativa portanto esta..!

Votos do maior sucesso!!!

E um beijinho especial a Joana Santiago..que partilho inteiramente essas palavras..porque eles podem e devem ter um lugar na sociedade..O caminho é longo..e as mentalidades muito fechadas..mas acredito que se consegue..

Beijinhos!

Anónimo disse...

menos dramatismo e "massificação" era bom. Eu chamo isso a amigos às vezes e em tom completamente desprovido de maldade... é preciso logo um drama?

Unknown disse...

Não é um drama, mas o facto de chamar isso a amigos seus sem maldade, não significa que esses termos sejam sempre utilizados sem maldade. E quando o são, é muito doloroso de ouvir.
Portanto, penso que cabe a nós tentar endireitar um pouco a sociedade e, se para isso temos de ser um pouco menos egoístas, então que tentemos. Pois não sabemos se a "deficiência" nos poderá bater à porta algum dia.

Anónimo disse...

Concordo inteiramente com a Célia. Eu própria perdi uma parte do corpo devido ao cancro. No entanto discordo totalmente, quando ouço mães a dizerem que foi uma benção terem filhos com atrasos mentais e que estes são tão normais como os outros.
Isto não é verdade. Mas depois vão buscar todos os subsídios a que têm direito. Então se são normais porque é que precisam de subsídios?
Espero que entendam o meu ponto de vista

Anónimo disse...

Não sabia, mas sempre a aprender. Assim sendo, são palermas e ignorantes. Ou só palermas.

Luisa disse...

Para o anonimo das 13:01 esta questao é demasiado fragil e complexa ao mesmo tempo,,,e desde ja parabens pela coragem de de assumir esse sua adversidade da vida...por isso posso lhe dizer que eu sendo mae de um adolescente portador de deficencia NUNCA VOU DIZER que foi uma benção,,durante muitos anos ate achei que era alguma penalizaçao da vida,,mas isso agora nao interessa nada, mas acredito que haja maes que assim se sintam..pois ha de tudo nesta vida..quanto aos subsidios deixe que lhe diga,,,que sao uma miseria...na maior parte das vezes servem de suporte ou reforço as familias que nao os podem ter em casa e tem que os instituilizarem..portanto..como disse..esta questao e demasiado fragil para se generalizar...

joana disse...

Anónima das 13:01, muitas dessas mães/pais recebem os subsídios por apoio à 3ª pessoa, já que no caso dos deficientes profundos, o grau de dependência é total e precisam de ajuda para tudo. Noutros casos, o referido complemento é utilizado para pagar o ensino especial a esses jovens, já que o estado não o quer comparticipar.

Anónimo disse...

E cretinismo é uma doença genética. Também não devemos chamar cretino!

Luisa disse...

E isto Joana.! A realidade e essa mesma!

Anónimo disse...

De facto já tinha reparado que a pipoca usa estes termos, nomeadamente "acéfalo", com alguma frequência. Acho a campanha excelente e ainda bem que a sensibilizou para esta questão.

apipocamaisdoce disse...

Não percebo a comparação. Um acéfalo é uma pessoa que tem falta de inteligência.

TD disse...

Quando era miúda tinha muito o habito de chamar "deficiente" a torto e a direito, na brincadeira, porque um amigo fez alguma trenguice ou porque fulano já me estava a irritar.
Até ao dia em que me saiu mais uma vez na brincadeira o tão acostumado "és tão deficiente..." dirigido a um amigo com uma malformação nas pernas. Ele não fez caso, mas eu senti-me mal e por isso parei de o dizer.

Teresa disse...

Só é pena que hoje em dia as pessoas considerem que têm o direito de abortar um bebê que posso vir a ter uma "deficiência".

Este causa da BIPP é muito bonita mas muito mais importante do que o que as pessoas dizem ou não dizem nas redes sociais é a vergonha de ser preferida o aborto a estes bebês inocentes que muito teriam a ensinar ao mundo .

Hoje me dia temos cada vez menos contacto com pessoas com "atrasos" e as crianças são protegidas e acham que tudo tem de ser perfeito.

Vi já muitas celebridades a partilharem esta campanha e que depois defendem o aborto.é uma hipocrisia e uma vergonha!!
Tanta gente que mata crianças só porque é uma pequena hipótese de esta vir a nascer com alg problema.

Joana (Palavras que enchem a barriga) disse...

Nas outras especialidades não sei, mas na minha dizemos que tem um défice cognitivo (de grau ligeiro, moderado ou severo).

Sofia F. disse...

Pipoca um ser acéfalo não tem cérebro que é uma malformação que pode ocorrer em gémeos, sendo que um deles nasce colado ao irmão mas não tem cabeça nem tem coração.. portanto é uma deificência e certamente uma situaçao horrível com as quais alguns pais tiveram de lidar. Espero que nunca passes por essa situação...

Anónimo disse...

Por ser uma característica que não faz ninguém melhor ou pior chamar gorda não deverá ser uma ofensa

Anónimo disse...

Olá Pipoca! Parece-me que fez bem em participar na iniciativa, promovendo assim uma maior divulgação. Contudo, parece-me que o título não está correcto pois não se é deficiente mas sim portador de deficiência ou com deficiência.

Mariana disse...

O termo correcto actualmente é Perturbação do Desenvolvimento Intelectual, de grau ligeiro, moderado, severo ou profundo (segundo DSM 5). "Mental retardation" era o que se via em alguns artigos em Inglês, actualmente substituído por "intellectual disability".

Anónimo disse...

ola Pipoca, ainda a proposito deste tema..eis que hoje somos brindados som este titulo magnifico do pseudo jornal "Correio da Manha ":

"Costa chama cega e cigano para governo..."

Perante isto muito ou pouco havera a dizer ainda assim seria pertinente chamar a atençao a atençao dos pseudjornalista que ha outras formas de se referirem as pessoas ditas "diferentes"...a começar por "chama"...Lixo. e o o que fica ao ler estas noticias..

Batom Agridoce disse...

Mais uma iniciativa fantástica e que espero que consiga mudar mentalidades!!
Vou inspirar-me neste post e fazer um do mesmo género de forma a partilhar esta mensagem com mais pessoas.

http://batomagridoce.blogs.sapo.pt

Anónimo disse...

Autismo é uma deficiência. Ter um braço partido é uma incapacidade temporária, não é uma deficiência.

Anónimo disse...

na minha opinião é ofensa chamar esses nomes aos outros, eu tenho deficiência e a outra pessoa que até tem mais deficiência do que eu chama-me várias vezes de mongolóide, monga mesmo para ofender e o pior é que é a pessoa a quem faço mais bem e por quem devia ser melhor tratada, por se ter uma deficiência não temos que chamar nomes aos outros para ofender nem para brincar como às vezes a pessoa diz que faz a brincar pois com doenças não se brinca

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Teorias absolutamente espectaculares

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