Pub SAPO pushdown

Esta coisa da política (ou "vamos lá tentar ter calma")

segunda-feira, outubro 05, 2015
Falar de política é mais ou menos como falar de futebol, e é por isso que não trago esse assunto muito à baila por aqui. As pessoas enlouquecem. Perdem a noção. Dizem as maiores barbaridades. Insultam-se. Ficam cegas. Consumidas pela raiva. Esquecem os bons modos que lhes foram ensinados (ou não, pelos vistos). Berram, esbracejam, querem fazer valer a sua posição custe o que custar, porque se pensam assim, então TODA a gente tem de pensar igual, porque se votaram num determinado partido, então TODA a gente deveria ter feito o mesmo. Ontem vi muita gente que tomo por inteligente e sensata a vociferar coisinhas que me fizeram ter vontade de enterrar num buraco, tamanha a vergonha. A coligação ganhou e foi ver os esquerdistas a passarem-se da cabeça. Que o povo é todo burro, que é desmemoriado, que gosta de ser enrabado, que sofre de síndrome de Estocolmo. Para estas almas, quem votou na coligação só pode sofrer um atraso mental grave, porque eleitor que é inteligente teria votado Costa (já que votar no BE, PCP ou outros seria praticamente o mesmo que votar à direita). A somar a isto, vinha também por arrasto o argumento que o Presidente da República não pode validar estas eleições (que foram ganhas de forma DE-MO-CRÁ-TI-CA), que a esquerda tem de se unir (ah ah ah) e tomar o poder, nem que seja de assalto, nem que seja ignorando aquilo que o povo - burro e ignorante, já se sabe - decidiu. E o povo, a maior parte dele, quer manter este Governo. Ponto. A esquerda, que bate com a mãozinha no peito
sempre em honra da democracia, de repente endoideceu e vá de correr a insulto todos os que ousaram pensar e votar diferente. Todos os que quiseram dar mais uma oportunidade à coligação. Todos os que acham que a austeridade foi um mal necessário para pôr o país num caminho melhor (e se a ela chegámos também foi muito por culpa dos governos anteriores, esquerda incluída). Todos os que percebem que é muito mais fácil fazer promessas utópicas do que tomar medidas difíceis e muito pouco populares. Todos os que acham que este Governo, por muito mauzinho que tenha sido nestes últimos quatro anos, é melhor do que qualquer alternativa que nos foi sugerida.
Uma vez disse aqui no blog que não votava em partidos, votava em pessoas, e houve muita gente a dizer-me que essa era uma visão ingénua. Talvez, mas prefiro isso à militância cega, ao dever de votar num partido só porque sim, aos que seguem um partido a vida inteira como se de um clube de futebol se tratasse. Tenho a certeza de que serei do Benfica até morrer, mas no que toca a política sou bastante mais volátil. Contemplando todas as eleições que já houve, já votei de tudo um pouco. Do PCP ao PP (o mais à esquerda e o mais à direita que já fui), já votei em todos e, por isso, sinto-me bastante confortável para opinar. Porque é preciso avaliar a situação do País, porque é preciso olhar para os programas eleitorais (mesmo que nunca sejam cumpridos), porque é preciso olhar para os candidatos. E, para mim, o António Costa nunca foi opção. Não depois da sacanice que fez ao Seguro que, a esta hora, ainda deve estar no chão a rebolar de tanto rir com os resultados das eleições. E muito menos depois de ontem não ter assumido a derrota e não ter posto o lugarito à disposição. Portanto, o Seguro ganha duas eleições e é, segundo o Costa, fraquinho. Depois fica-lhe com o lugar, assume-se como salvador do PS, do País e do Mundo, leva uma abada nas legislativas, mas pôr-se a andar está quieto. Certo.
Ontem vi muita gente que tomo por sensata e inteligente a humilhar quem pensa de forma diferente. No Facebook do blog escrevi que aprendi muita coisa sobre democracia com estas eleições. Ou melhor, sobre a falta dela. Um comentário inócuo, inofensivo, mas o suficiente para ter gente a chamar-me mimos como "VACA FRUSTRADA" (assim mesmo, em caps lock), ou a dizer que eu devo ser "amiguinha do Salgado" (isto dito por uma pessoa de apelido Espírito Santo, o que não deixa de ter a sua graça). Pelo meu comentário as pessoas não perceberam em quem votei (perceberão agora, depois de lerem este texto), mas mesmo sem perceberem partiram logo para o insulto gratuito, para a parvoíce, para os argumentos básicos. Coisas inteligentes, ao melhor estilo "vai mas é comprar malas", porque quando não se consegue discutir de forma mais construtiva nem admitir que os outros possam ter outra linha de pensamento, arranca-se logo para a parvoíce. A democracia, aparentemente, só serve para darmos palmadinhas nas costas dos que partilham a nossa cor política, porque se ousarmos ter outra, aí já cai o Carmo e a Trindade e burros é a coisa mais simpática que nos chamarão.
Aqui no blog já me "acusaram" de tudo. Até há pouco tempo, de certeza que era apoiante do Costa, como algumas pessoas escreveram na caixa de comentários. Isto porque critiquei qualquer coisa do actual Governo, já nem me lembro o quê. Porque essa é outra, se votamos num partido, temos de o apoiar até à morte. Concordo que quem não vota não pode opinar grande coisa, mas não concordo que quem faça uma opção política não se possa depois queixar. Claro que pode. Pode e deve. Concorda-se quando se acha que se tem de concordar, e discorda-se na mesma medida, que "amen" só mesmo na missa.
Ontem fiquei triste por ver que a democracia anda pelas ruas da amargura. Que a intolerância reinou. Que as pessoas se revelaram tão más e tão mesquinhas umas com as outras. Que quem votou à direita praticamente teve de o esconder, se não queria ser insultado de cima a baixo. Não sendo desculpa, percebo melhor agora a taxa de abstenção. De facto, às vezes parece ser mais fácil estarmo-nos nas tintas do que manifestarmos a nossa preocupação, por nos interessarmos, por querermos ter um papel cívico mais activo. E também percebo porque é que o voto é secreto. Ao que parece, a caça às bruxas ainda não acabou.

346 comentários:

  1. Adorei. Subscrevo e congratulo. És linda Ana.

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  2. Uma autência vergonha chegarmos a este ponto. Se somos uma democracia podemos e devemos discordar uns dos outros, mas nunca insultar ou questionar as escolhas dos outros. Cada um vota no que acha melhor para o país. Cada um tenta fazer o melhor com o que temos ao nosso dispor. Não vale sequer a pena dar tempo de antena a acéfalos que só sabem chamar nomes, muitas vezes sem qualquer sentido. Sugiro que não aceites esse tipo de comentários Pipoca, pelo nosso bem!

    http://entreosmeusdias.blogspot.pt

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    1. Então mas os piegas que tiveram de fugir do país são uns palermas ???

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  3. Concordo a 100% pipoca.

    Mais perturbante ainda é o discurso do BE.. Quem os ouvir, até parece que ganharam as eleições, prometendo fazer a vontade ao povo português ao oporem-se a toda e qqr medida da coligação... Nem sequer pensam na forma como esta instabilidade política irá prejudicar o país- fazendo subir as taxas de juro, cair o mercado, baixar os rankings... Só põe os interesses partidários em frente aos do país! Deviam seguir o exemplo dos países nórdicos, em que se fazem acordos entre os partidos quando não há maioria absoluta, para se poder ir governando. O egoismo e irresponsabilidade no discurso da esquerda é verdadeiramente assustador.

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    1. Consegue perceber que essa é a posição do BE e que as pessoas que votaram neles concordam com ela? Têm o dever de agir de acordo com as promessas de campanha e representar quem os elegeu. Revolucionário e radical, eu sei...

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    2. Afirmar que se vai chumbar toda e qualquer proposta que irá ser apresentada, mesmo sem as conhecer, é extremismo. Há que pensar que tal posição terá impacto no funcionamento do país. E o BE não ganhou as eleições, é uma minoria, e como tal, deve respeitar as vontades da maioria que votou.

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    3. Como "sem as conhecer"? O plano da coligação é dar continuidade às medidas de austeridade, cortar nas pensões, investir na iniciativa privada na saúde e na educação. Toda a gente sabe isto. O Bloco é contra, quem votou no Bloco é contra.

      "E o BE não ganhou as eleições, é uma minoria, e como tal, deve respeitar as vontades da maioria que votou."
      Hahahaha... Que infantilidade, francamente. Sabe como funciona um parlamento, não sabe Anónimo? O BE não tem coisíssima nenhuma que "respeitar as vontades" do eleitorado da PàF, tem de respeitar as vontades do seu!

      - "...e assim propomos, em nome da rápida recuperação económica, um corte imediato de 50% nas pensões e em todos os subsídios. Partido minoritário, concordam?"
      - "Oh, claro que não, mas vocês é que ganharam as eleições e nós temos que respeitar, fazer o quê..."

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    4. Quando o vice primeiro ministro paulo portas se demitiu e dois dias depois retomou o seu lugar, o rating e sobretudo a credibilidade foram afectados. Onde estavas tu nessa altura

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    5. Infantil é a postura que a anónima descreveu, uma vez que o interesse do país deve ser posto à frente de qualquer interesse partidário. O país tem de ser governado, sob pena de sofrer do ponto de vista económico.
      A postura do ser do contra só porque sim, sem soluções concretas e realistas, não ajuda em nada.

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  4. Não costumo comentar, mas de facto hoje tinha de o fazer. A Ana tem toda a razão, tocou com o dedo na ferida. Texto fantástico e muito bem explicado!

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  5. Ana concordo com tudo o que dizes! É bem verdade, as pessoas devem preocupar-se com o futuro do país! E o que o Costa queria, viu-se bem desde o inicio...

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  6. Palmaaaas!!! Completamente de acordo!!

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  7. Tolerância e lembrar que estamos numa democracia... parece tão simples e tem-se revelado tão complicado. Pessoas tão intransigentes com a opinião dos outros, só porque é contrária à deles!
    Somos todos iguais, os nossos votos têm o mesmo valor!
    Se estivesse no seu lugar, não abria a caixa de comentários! Ainda aqui vamos ler muita coisa que causa vergonha alheia!

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  8. Não costumo comentar, mas não podia deixar de lhe dar os parabéns por um post tão bem escrito! :)

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  9. Eu votei no coelho não porque é o maior mas porque o costa não sabe fazer contas de matemática, não acho que seja possível não pagar a dívida e acho utópico sair do euro!

    E não sofro de síndrome de Estocolmo, simplesmente ninguém sacrifica um país porque lhe apetece!

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    1. Subscrevo, este comentário, e o texto da Ana. Vi os comentários no Facebook e não queria acreditar nas pessoas que tentavam baixar o nível da discussão para "esse nariz [de palhaça] fica-te bem". Mas a Ana responde à altura, só não discute com cabeça quem não quer. Obrigada por dar o exemplo.

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    2. Sacrificar um país para não obter quaisquer resultados (ie variáveis económicas/financeiras/sociais), parece bastante semelhante a "sacrificar um país porque lhe apetece".

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    3. Gerir uma empresa falida na iminência de colapsar é muito diferente de gerir uma empresa estável.. não são esperados resultados positivos, mas a estagnação do declínio.. não concordo que não tenha havido resultados positivos.

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    4. Quais foram os resultados positivos? A que custo?

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    5. Votei PSD precisamente porque para fazerem alguma coisa precisavam de ter maioria é se o governo cair aí sim, é pior do que serem eles a governar. Para além disso podem não ter feito milagres mas não ficamos piores e digamos que qual seria a alternativa?

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    6. O Coelho sabe fazer contas?!?!?!?! As coisas que se aprendem! Se alguém souber onde se arranja um mestrado em burrice que me diga, preciso urgentemente de fazer um. Quem está na AP sabe bem as "burradas" que foram feitas nos últimos 4 anos. Quem está de fora só vê a cosmética que lhe impingem. Lamento mas os resultados de domingo são uma vergonha para o país. Mas agora entendo a velha máxima: "Quanto mais me bates, mais gosto de ti". Tenho pena.

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  10. Parabéns pelo texto. Está muito bom e toca em pontos interessantes. Lamento que muitas pessoas percam tempo a ofender outras que manifestam a sua opinião mas não percam, melhor, ganhem tempo a ir votar.

    Mais do que ofender quem manifesta uma opinião, as pessoas devem votar. Quer seja, caso seja essa a vontade, para defender quem lá está ou para dar o lugar a outros.

    homem sem blogue
    homemsemblogue.blogspot.pt

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  11. É isto, não é? http://www.mariadaspalavras.com/ainda-me-lembro-290526

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  12. Votar, seja em que partido for, ou nulo, ou branco não me irrita, o que me irrita mesmo, mesmo, mesmo muito é quem não vota e depois passa o tempo todo a queixar-se. Não votei no PAF porque não me identifiquei com o programa, não votei no PS porque detesto o candidato e acho que não tem carácter nenhum e o programa (sobretudo no que concerne à Segurança Social) completamente absurdo. Não sou de esquerda ou direita, procuro sempre votar no programa que considere mais interessante e exequível. E o candidato também tem que me transmitir alguma coisa de positivo (pelo menos que disfarce bem...).

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    1. Compreendo e respeito a sua opinião quanto às pessoas que não votam. Sou uma dessas pessoas, que nunca exerceu o seu poder de voto e provavelmente não o fará num futuro tão próximo. E o seu comentário não me ofendeu de todo, mas vou utiliza-lo para responder ao porquê de não votar, sendo que os meus motivos podem ser os mesmos de qualquer outro eleitor não activo. Não voto porque isso também é um direito meu, defendido pela constituição. Não voto como uma forma de protesto. Não se trata de "preguicite" aguda ou total desconeção com o mundo real e a nossa situação atual. Pelo contrário, não voto porque não concordo com o sistema legislativo que o nosso país apresenta: escolhe-se uma "cara" com quem nos identificamos e o restante Parlamento é enchido por deputados que, nem de perto nem de longe, defendem os nossos ideias! Sim, porque enquanto for possivel fazer "carreira" na politica, sabendo que aqueles meandros são puros jogos de interesses pessoais, jamais os portugueses poderão estar bem representados e defendidos. Não! Não se trata de ter o Sr. Joaquim da aldeia perdida na serra como deputado, para que os nossos interesses sejam defendidos, mas quando um português vota deveria saber quem pertence à equipa! Isto para que não aconteça, como todos os 4 anos: vota-se numa "cara" e depois os ministérios são entregues pós~eleições aos amigos, às cunhas, aos pós-doutorados-numa-universidade-privada-que- vende-diplomas (calma, não me matem! não são todas assim, mas sabemos que também não são poucas as que já foram encerradas por diplomas falsos a ministros e primeiro-ministro!). Defendo que todos os partidos deveriam apresentar já na campanha eleitoral o seu "plantel", quem eles apresentam como escolha ponderada para aquele ministério, e aí sim, poderíamos fazer uma escolha mais justa. Felizmente já existe uma lei de limitação de mandatos, mas infelizmente ainda se pode dizer " são sempre os mesmos" quando vemos as noticias e as comitivas de campanha. E a prova que Portugal dá as boas-vindas a nossas caras e novas ideias é o aumento da % de voto no BE (é só um exemplo!). Não voto, porque é possível um politico candidatar-se a primeiro-ministro não honrando os compromissos que defendeu e pelos quais foi eleito noutro tipo de legislativas (ex: o Costa, que abandonou a Câmara de Lisboa, e do Marinho Pinto, que foi eleito para deputado europeu e também não completou o mandato). Este "jogo de cadeiras" faz-me perceber ainda mais que, não se trata de achar que se leva um país a bom porto, mas sim ascender de forma vertiginosa no poder. E poderiam perguntar porque é que não voto em branco?! Não voto em branco porque cada voto em branco os partidos recebem dinheiro. Ou seja, estaria a mostrar o meu descontentamento, mas a encher-lhes os bolsos de dinheiro! E relacionado também com este tema, não voto em partidos que não são transparentes em relação ao seu financiamento. Não concebo viver num país onde eu, misero ser português, sou obrigada, sob pena de multas, a ser clara quanto aos meus rendimento e a declarar os meus gastos, quando partidos políticos, que movem milhões, não isentos de dar qualquer justificação. E estes são alguns dos motivos pelos quais não voto, Não voto como uma forma de protesto, de greve, porque é também um direito meu. Não sou do tipo de grita " os políticos são todos iguais", até porque acho que ainda existem alguns que executam bem o seu papel, mas sou do tipo que grita " são sempre os mesmos!!!".

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    2. Eu por acaso voto, sempre votei, penso que até mais por respeito aos meus pais que muito lutaram para que hoje eu tivesse esse direito. Nunca voto em branco, nem torno o meu voto nulo. Mas concordo exatamente com o que diz e é triste que assim o seja. é pelas razoes que aponta que para mim tanto me faz que la esteja o PS ou a coligação, porque na realidade são iguais. Achava mais justo um bloco central, já que as divergências entre ambos são mínimas. deviam sim juntar cabeças, ideias e levar o país para a frente, não olhando a benefícios próprios mas sim ao beneficio do país, que afinal é o que deveriam representar.
      Não tenho grande esperança e nem sei bem como será este país daqui a uns anos, mas tenho pena. tenho pena porque nos esforçamos, cumprimos e merecíamos que nos representassem dignamente.
      Votarei sempre...(ou pelo menos hoje penso assim!) mas apenas por respeito ao direito que os meus mais queridos conquistaram para mim :)

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    3. Pois faz mal em não votar...especialmente nós mulheres, devemos votar pois foi um direito que nem sempre nos assistiu e muitas mulheres sofreram para conseguirem esse direito!

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  13. Ana, concordo plenamente contigo quando dizes que devemos votar em pessoas e não em partidos.
    Nestas últimas eleições, o meu voto foi em branco, porque sinceramente não acredito que nenhuma das partes fosse capaz de cumprir com as medidas que disse na totalidade. Contudo, acredito que uma mudança não seria o mais favorável. Se gostei que me cortassem no ordenado ? Não, obviamente. Mas se foi necessário ? Sim, acredito que sim.
    Este é só um exemplo.

    Os meus sinceros parabéns!
    Foi o melhor texto e mais sensato que li nos últimos tempos.

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  14. Muito bem Pipoca! Não podia estar mais de acordo!

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  15. Concordo consigo Ana.

    Fiquei incredula quando ouvi a esquerda toda a aafirmar que iria fazer a vida negra ao governo. Aqui nao esta em causa governar bem Portugal, Esta em causa o maldito poder.

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  16. Muitos parabéns, Exelente texto ...

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  17. Nunca digo aqui que concordo ou não com determinado assunto, mas hoje, assumo, concordo!!! Choca-me o fanatismo que rodeia a politica, tal como me choca na religião e no futebol, há que perceber que as pessoas são diferentes e que por isso mesmo, têm atitudes e crenças diferentes! Trata-se o outro mal, gratuitamente, sem necessidade, apelidando toda a gente de vaca e acéfala quando não têm a mesma opinião que nós!

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  18. É a primeira vez que comento e só o estou a fazer porque me identifico a 100% com o que escreveu. Parabéns pelo texto, concordo totalmente.

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  19. Concordo. As redes sociais revelam o que de pior existe no ser humano. NÃO votei na Coligação mas não ando a chamar as pessoas que o fizeram de estúpidas e ignorantes. Se bem que essa de dizerem que a maioria escolheu a PÀF não é verdade.Senão teriam tido Maioria. A maior parte do povo que votou fê-lo na esquerda, simplesmente os votos ficam todos dispersos nos vários partidos. Mas defendo que, como é ÓBVIO, a Coligação deve governar. E de uma vez por todas os partidos têm de se entender e deixar os "partidarismos" de fora. O Jerónimo de Sousa é um dos que já deveriam ter saído de cena. Esse é do contra só porque sim. O Costa poderia ser um bom 1º ministro mas de facto a forma como tomou de assalto a liderança do PS queimou-o e penso que para sempre. Dificilmente irá renascer para a vida política. Mas pior que a PÀF é este nosso Presidente da República que de presidente de todos nós tem pouco.

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    1. Desculpe mas não consigo deixar de achar alguma piada quando querem fazer crer que quem ganhou foi a esquerda. É verdade que os 3 partidos conectados mais à esquerda tiveram mais votos que a coligação de partidos conectados como de direita. Mas as intenções dos 3 partidos de esquerda são tão diferentes, a opinião sobre o futuro de Portugal e da Europa são tão díspares que se tornam pontos fraturantes entre os três partidos e por isso é impossível de dizer que ganhou a esquerda. Há votos num partido c, y, z e não mais votos a direita ou a esquerda, por isso a maioria votou no projeto da coligação e não no projeto do pa, do bloco ou da cdu ( que tem projetos completamente diferentes)

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    2. Ganhou a direita, mas mostra o descontentamento da maioria das pessoas que votaram noutros partidos.

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  20. Concordo plenamente! Não votei, pq vivo no estrangeiro e não acho justo estar a impor a minha vontade a quem de facto vai viver com as consequências. No entanto, votaria na coligação (novamente, uma vez que nas legislativas anteriores ainda votei). Julgo que a maioria dos Portugueses não tem noção da embrulhada em que (ainda) estamos metidos. Neste momento temos de mostrar aos mercados estabilidade e sentido de compromisso. Além de esta não ser a situação ideal porque não há maioria absoluta, as outras possibilidades fizeram o favor a eles próprios de não serem eleitos, porque se formos ver e ouvir as suas intervenções todos ganharam as eleições e só isso mostra o ridículo em que caíram.

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  21. Concordo com o que dizes, as pessoas perdem a noção e não aceitam os defeitos e virtudes da democracia. Mas não tens razão num aspecto: a maioria dos portugueses não elegeu este governo... a maioria dos portugueses não quer este governo nem está satisfeita com esta escolha... mas terá que levar com ele...
    Ainda assim deixa-me que te diga que, por aquilo que vais opinando por aqui, estranho um pouco (e desilude-me, admito) que o teu voto tenha sido nesse que apelidam de "mal menor". Embora esteja plenamente de acordo que o Costa foi uma péssima aposta pela falta de carácter que já demonstrou... mas sei lá, havia tanto partido que não te imaginava a fazer tal escolha...

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    1. Parece que para os Portugueses só existem 2 partidos...é assim há 40 anos.
      Eu acho que a grande desilusão e falo por mim e pelos meus é o facto de procurarmos algo diferente,mas os portugueses têm medo do que é diferente. Sinto que vivemos quase numa Monarquia em que são sempre os mesmos à frente e não numa Democracia em que temos o direito de decidir quem lá está. Tiram-nos dinheiro dos ordenados que já São baixos,tiram-nos as casas porque ou deixamos de alimentar so nossos filhos ou pagamos um imposto estupido que inventaram sobre os imóveis. Enfim...sinto-me,e como eu tantos outros,desiludida porque merecemos um governo que arregasse as mangas e lute ao nosso lado e so Portugueses decidiram após queixas e queixas que o melhor seria continuarmos da mesmo forma.

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    2. Somos pequenos, mesmo. É PS ou PSD, Benfica ou Porto, enxagua e repete. Como se houvesse grande diferença entre os dois... Não há!

      (Para ser justa, estamos a melhorar. Este foi o pior resultado conjunto obtido pelos partidos de governação desde 1985.)

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  22. E chegou a um tal ponto que assisti a um diálogo no Facebook entre uma suposta simpatizante do PSD mas que deixou de o ser e a enteada de Passos Coelho. Até a vida privada do homem a 1ª foi buscar, nomeadamente as supostas queixas de violência doméstica contra ele no 1º casamento. Não sei se é verdade ou não mas achei simplesmente vergonhoso!

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  23. Se fez a sua escolha política nas eleições de ontem, não acho que tenha de se justificar, mas também não acho que tenha de se assumir como "vítima", dizendo que quem votou à direita quase teve de se esconder. Embora as coisas que lhe disseram tenham sido (no mínimo) desagradáveis, não lhe foram ditas simplesmente por ter votado à direita, porque se tivesse votado à esquerda, os insultos teriam igualmente surgido (falo com conhecimento de causa). O que lhe disseram resultou da intolerância generalizada à possibilidade de existir mais do que uma forma de pensar. Ao contrário do que diz, a publicação que deixou no facebook, embora bastante subtil, deixou entender para quem soubesse interpretar e ler nas entrelinhas qual tinha sido a sua opção de voto. No entanto, isso não tem a mínima importância, uma vez que, precisamente como disse, não há uma única forma de pensar, nem a forma correta de pensar. O voto é livre e, desde que feito com consciência, é legítimo para qualquer dos lados. A minha visão foi diferente da sua e, se tivesse de o fazer, saberia justificá-la, mas penso que não temos de nos justificar quanto ao nosso sentido de voto. É nosso e resulta das percepções que temos e da consciência que formamos em relação àquilo que nos rodeia. Ao contrário de si, no que a legislativas diz respeito, esta foi apenas a segunda vez que votei (tenho 23 anos), mas a minha escolha foi diferente daquela que fiz da primeira vez, porque, tal como a Pipoca, não tenho um partido (embora me identifique com algumas ideologias). Enquanto jovem, que conclui o mestrado em 2016, o futuro atormenta-me. Não digo que deixaria de me atormentar se os resultados da eleição de ontem tivessem sido diferentes, mas também não considero que estejamos em boas mãos, de forma alguma. Mas a realidade é que não havia, entre todos os candidatos, mãos com força e qualidade suficiente para nos erguer. Por isso sei que nos esperam 4 anos difíceis, talvez mais difíceis que os que passaram.
    Não há no panorama político nacional atual ninguém com a capacidade de nos tirar deste buraco onde temos vindo a ser enterrados há vários anos. Fazendo uma comparação em jeito de brincadeira, embora consciente de que os partidos não são como as equipas de futebol, não há um candidato à Benfica! (Sócia desde os 11 anos, porque há coisas que, de facto, nunca mudam :D)

    Beijinho de uma leitora assídua :p

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  24. É por isso que me abstenho de comentar o que quer que seja nas redes sociais. A última vez que o fiz, em que opinei sobre os muitos professores que ficaram de fora, fui de imediato chamada de ignorante, estúpida e que devia calar-me para não falar daquilo que não sei. Quando eu própria SOU
    professora desempregada! É realmente assustador. Comentários só em blogues, porque o faço de forma anónima. E no entanto dizem que vivo numa democracia..... Ah, e não votei na Coligação mas concordo com o essencial do teu post. Perdeu-se o respeito pelo próximo.

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  25. Completamente de acordo. Beijinhos

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  26. Felizes dos aliviados de espirito e da malta iteligente!!!Felizes dos que como tu tem a coragem em assumir e falar. Mais ter uma posição.
    Concordo andavam todos a ver quem tinha votado onde e tudo cheio de medinhos....
    Eu votei pela continuação sim porque percebo que só com Austeridade se consegue levantar um Pais de Gatunos onde dão prime times a gajos saídos de cadeias ou em domiciliarias, deixam-nos ter mais direito de antena que o próprio Presidente da República na hora de votar.

    Que Pais é este?!
    Subscrevo e digo mais, tristes dos que vieram a publico dizer "EU NÂO VOTEI" tenham vergonha!!!!

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  27. Na mouche! Ontem senti exactamente o mesmo!

    Parabéns pelo texto!

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  28. Pois eu cá acho que falta muuuuuita cultura política neste país. Ninguém lê nem se interessa nem discute política (a sério). Ou economia. É sempre uma "seca". As pessoas só leem as "gordas" dos jornais e não procuram perceber como funciona realmente o nosso mundo. Se o fizessem, veriam que o que/quem nos rege atualmente não é o partido mais votado... Existem tantos interesses por detrás de tudo, que não adianta votar. Sim, o voto é um direito/dever e tantas pessoas morreram para que pudéssemos votar - mas isso foi noutra vida, outros tempos. Atualmente, o voto e a dança dos partidos políticos não conta para nada. Ideias inovadoras são rapidamente sufocadas por quem verdadeiramente puxa os cordelinhos... Como a Grécia bem nos demonstrou.

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    1. A mais pura das verdades! É como eu costumo dizer, na politica funciona assim: até podes saber dançar outro ritmo, mas quem decide a musica é o djay!...

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    2. Caríssimos,
      ...e concluindo o óbvio, o DJ é a Angela!! E venha o BE, o PODEMOS, o SYRIZA, que tudo corre de feição, desde que cumpram com o que é exigido para se manterem na UE. Claro, que se olharmos para o lado, quem não é membro, é porque nunca precisou de o ser (Suíça), ou está muito pior, ou então é o Reino Unido que se pode dar ao luxo de fazer o que bem entende.

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  29. Também completamente de acordo! Os fanatismos já metem nojo!

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  30. Apesar de leitora diária, nunca comentei um post. Faço-o hoje porque me revejo em tudo o que escreveu. Parabéns pelo excelente texto!

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  31. subscrevo totalmente o que disse! Já para não falar nas alminhas do: não interessa onde, interessa é que votes, que depois se revoltaram todas, cheias de como é que é possível. Li até no meu facebook um comentário a dizer que estas eleições tinham sido manipuladas. Esta gente enlouquece com certos assuntos!

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  32. Discordo de algumas das coisas que diz neste texto, mas concordo numa coisa: a coligação venceu as eleições. Por muito que eu não goste deles, venceram. E, como tal, devem ser eles a governar, mesmo com minoria, tal como já aconteceu com o PS. Se não, para quer serviram as eleições?

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  33. Concordo!
    Mas espero que agora as pessoas também concordem com os resultados e que concordem com as consequências dos mesmos e parem de fazer greves e de reclamar por tudo e mais alguma coisa.
    Quanto a mim, e como vivemos em democracia, não aceito mais viver num país cheio de precariedade em que as pessoas vivem em condições desumanas e com falta de respeito pelo nosso trabalho, resta-me fazer as malas e emigrar! Se antes tinha dúvidas desta minha decisão, hoje tenho a certeza absoluta que não quero fazer parte deste país e que não quero criar familia num país sem futuro.
    Resta-me desejar boa sorte a quem decide ficar a aguentar isto!

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    1. Vivem em condições desumanas? Sabe bem do que está a falar? Qual o termo de comparação, quais países? Não vivemos como gostamos, mas chamar desumanas? Passa fome, frio, tem uma guerra a porta de casa? Uma coisa deve ter, Internet e sem censura do estado...desumano é ser ingrato por viver num país em paz e não dar valor.

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    2. Anónimo das 21:32, muitos da minha geração não vivem em condições desumanas porque têm o apoio dos pais. Eu, com uma licenciatura e mestrado, talvez passasse fome se não vivesse com eles. E não sou ingrata ao meu país, o meu país é que me desrespeita, à minha competência e inteligência.

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    3. Tenho mais um mestrado que as suas habitações que fez questão de frisar...não conheço a sua situação, os seus pais tiverem dinheiro para lhe dar esses estudos e o que fez com isso? Dado ser tão inteligente e competente? Está à espera que o emprego bata a porta? Se tem tantas competências seja empreendedor e se estiver a passar fome existe muito trabalho no país...mas talvez não seja de acordo com o seu perfil que imagino prefere sacrificar os pais do que sair da cama e ganhar 500 euros. Os dias de hoje não são fáceis , mas não podemos culpar os outros, estado pela nossa inércia de não querer fazer. Hoje ganha 500 euros gostam de si amanhã ganha 1000 euros...boa sorte!

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    4. Anónimo das 00:25, Em primeiro lugar desculpe-me se dei a impressão que devia estar bem na vida por ter uma licenciatura e um mestrado. Toda a gente tem direito a uma vida digna, mesmo se tiver apenas o 4º ano. Apenas referi a minha formação porque estou frustrada com a minha situação, e estou-o com todo o direito. Em relação ao resto: há hoje um grande pudor em admitir que se é inteligente. Ora, eu sou. Terminei o mestrado com uma classificação de excelência e nota máxima na dissertação numa área em que a média traduz de facto a competência da pessoa. Dito isto, não acho que tenhamos a obrigação de ser "empreendedores", essa foi uma narrativa construída para culpar aqueles que, pasme-se, querem um emprego normal das 9h às 18h. O valor de uma pessoa, incluindo o valor profissional, não se mede pelo grau de empreendedorismo.

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    5. Ainda ao anon das 00:25, que cliquei publicar antes de terminar...: O meu único erro foi pensar que a excelência é sempre reconhecida e recompensada. E não, não estou na cama a sacrificar os meus pais, estou todos os dias a manter-me ativa e a procurar trabalho. Não me importo de ganhar €500, mas reconheço-me no direito de recusar determinados trabalhos, como comercial ou operadora de call-center. Sabe o que vou fazer? Pirar-me deste país para outro em que o meu valor seja reconhecido ;)

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    6. Boa viagem, a sua falta de humildade e arrogância não tem lugar neste país...talvez para o país onde vai haja um lugar de rainha para si, não se esqueça de escolher monarquias. Se reconheço o direito de recusar depois não se queixe de ter de viver com a ajuda dos seus pais. Boa viagem e tudo de bom

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    7. Desculpe?? É arrogância querer um emprego em concordância com as minhas habilitações e competências? Acha verdadeiramente que temos que nos sujeitar a viver mal?

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  34. a pipoca no seu melhor: ESCREVER ARTIGOS DE OPINIÃO.....

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    1. Mesmo ontem li um seu, maravilhoso.

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  35. Totalmente de acordo!!

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  36. Parabéns pelo texto,muito bom!

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  37. Quando uma pessoa diz que vota na pessoa e não no partido, vê-se quão profunda é a ignorância política da mesma. Todavia, não é aqui que se encontra o problema. O problema é que maioritariamente, os portugueses votam desta forma.
    Infelizmente, o grande vencedor foi o partido da abstenção. Alguma coisa está mal. Devíamos começar por aqui, porque vendo bem as coisas, cada vez menos a AR representa o povo.

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    1. Também não concordo que só se vote em pessoas ou só num determinado partido, é no conjunto, o socialismo a mim não me diz nada. Dou por mim a dizer ah mas isso é comunismo ou isso é liberalismo e outras teorias daqui e dali. Não é a toa que o PS já teve coligações com quase todas as forças politicas, se juntarmos este facto a um Costa que consegue ser mais volúvel do que o seu próprio partido, que se vai ao restaurante (calculo eu) demora uma vida a decidir se quer carne ou peixe, a quem se perguntam alhos e ele responde com um molho de brócolos, como queriam vencer as eleições?
      Quanto ao resultado das eleições acho que é bem claro quem ganhou, mas depois assistimos a uma Catarina Martins a afirmar que não são os cidadãos que escolhem quem os governa mas sim o conjunto de deputados que foram eleitos, A um Jerónimo que venceu as eleições (abençoado!) a afirmar que a direita foi derrotada ( alguém ainda percebe o que é isso da direita e da esquerda?) e um Costa que não sabe o que fazer ao imbróglio onde se pôs. Veremos o que se vai passar, quando lhes der na real gana decidir.

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    2. Subjacente à pessoa está um partido. Subjacente ao partido está a ideologia. É b-a-ba.

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  38. Ana, adorei. Odeio falar de política, exatamente pelo que descreves do que baixa nas pessoas quando se toca neste assunto. Porque não me identifico com um todo nenhum. Identifico-me com uma ideia deste, outra daquele, etc. Desde miúda, no entanto, que entre as pessoas que me rodeiam noto que é muito complicado defender coisas reais, não utópicas, e que é mais fácil dizer coisas bonitas de esquerda sempre e que se tocas na direita és automaticamente rotulado de fascista, salazarista. Não sou de nada, ontem pela primeira vez fui votar. E votei no bloco (se me dissessem que a primeira vez que iria votar, votaria no bloco, estranharia muito). Acho que deverá ter existido um número significativo de mulheres a fazê-lo, uma certa identificação com as mentoras e o não querer necessariamente votar nos que sempre lá andam. E depois, quando os grandes defensores da democracia vieram com aquele discurso, arrependi-me de, pela primeira vez, não ter ficado na abstenção.

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    1. Meu deus, que rebaixamento das mulheres foi este?

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    2. A última pessoa com quem me identifico é a Catarina Martins! Relativamente ao discurso concordo consigo, fiquei perplexa com o que ouvi ontem.

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    3. Não sei o que é pior, não votar em mulheres por serem mulheres, ou votar nelas por essa razão. Que degredo. Ontem, no Eixo do Mal, um dos comentadores disse que o Bloco teve tão bom resultado porque tinha aquelas duas "meninas docinhas" (dito da forma mais asquerosa possível) à frente. E é isto.

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    4. Bem, foi uma opinião. Eu não votei no bloco por estar representado por mulheres (foi aquela necessidade de desilusão com os de sempre e a alternativa que escolhi), apenas acredito que a percentagem tão maior que o partido obteve poderá ter estado relacionada com as figuras femininas. Se é mau o voto por género? Claro. Também o é por um sem número de outros motivos (a grande maioria vota sem realmente estar ciente do que realmente se passa, eu incluída, daí ter optado anteriormente pela abstenção). Apenas acho que realmente o género pesou nestes resultados do partido.

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  39. Não li os comentários por isso não sei se alguém já respondeu da mesma forma, mas tenho mesmo de lhe dizer que a Ana parece estar confusa em relação ao significado de "democracia representativa".

    "(...), nem que seja ignorando aquilo que o povo - burro e ignorante, já se sabe - decidiu. E o povo, a maior parte dele, quer manter este Governo."
    Que leitura dos resultados de ontem lhe diz que a maior parte do povo votou para manter este governo? As eleições legislativas não servem para eleger um PM e um governo, servem para eleger deputados que representem os cidadãos e as variadas posições e ideologias políticas dos diversos partidos de forma proporcional aos votos que recebem. As eleições legislativas não são presidenciais, não são a Miss Mundo ou o Ídolos, não é só o mais votado que conta. TODOS os deputados eleitos tem o mesmo peso e a mesma representatividade, e o facto é que a maioria (62%, contra 38% dos votos PáF) do parlamento neste momento é de esquerda e contra as políticas do anterior governo.

    Não digo que não esteja certa em relação a tudo o resto que diz no seu texto, mas a DE-MO-CRA-CIA (como faz questão de evidenciar) é mesmo isto, a representação da maioria. 62% dos Portugueses não merecem ter a sua opinião descartada e desvalorizada. Não, o PS não se vai unir à esquerda, não se preocupe. Vai fazer o jeitinho à direita, como de costume (e é por toda a gente saber isso que foi tão derrotado ontem e perdeu tantos votos para a sua esquerda. As pessoas estão fartas do "nem carne nem peixe".).

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    1. Adorava por uns momentos, tipo ensaio só para não prejudicar o país...já que não andamos a brincar aos Legos, de ver a sua esquerda a governar o país, gostava de ver o que dizia as pessoas que o país estava a ficar igual a Grécia...vive aonde? Acha mesmo que a esquerda será a salvação? Perigoso deixar o país nas mãos da esquerda acham que o dinheiro cai das árvores...deixe os Legos.

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    2. Concordo! Mas só mesmo a brincar aos legos, pq ser governado por comunistas é a verdadeira miséria. Não conheço um único país no mundo que seja comunista e onde o povo não viva miseravelmente. Toda a gente merece o benefício da dúvida, mas a verdade é que em todos os países onde os comunistas chegam ao poder, estes acabam por ser piores que o pior dos capitalistas. Basta ver o caso da Venezuela onde Chávez expropriou as terras aos particulares para as entregar à mãe e ao padrasto, tornando os nos maiores proprietarios de terras da Venezuela. E a fortuna de fidel e de kim Jong il? As ideias comunistas até podem ser mt bonitas, mas instalado na prática este revela-se sempre mt perigoso.

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    3. Eu é que brinco com Legos (?) mas o Anónimo é que deve ter idade para isso, visto não saber ler e interpretar um texto simples. Onde é que eu escrevi que queria que a "minha" esquerda se unisse para governar, e que achava que esse era o caminho a seguir? Simplesmente refutei a afirmação da Ana de que a maioria da população votou para a continuação deste governo e que os outros têm é de respeitar.
      Todos temos direito ao nosso voto e às nossas opiniões, mas os factos estão lá, não se ajeitam à conveniência de cada um.

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    4. Anónimo, certamente um blog como este não é o mais indicado para discutir estas questões, visto, como bem disse a Rita, que este post parte de uma total confusão sobre o princípio da "democracia representativa", mas já que falou nisso... Chávez e Fidel foram alvo de boicotes cerradíssimos e, isso sim, provocou a miséria do seu povo (no caso da Venezuela, salvou-os o petróleo). Os EUA (e o FMI), quando querem, esmagam completamente a economia de um país, como comprovado em vários países da América Latina e, mais recentemente, no Médio Oriente. Não há hipótese. Todos aqueles que lhes "pisem os calos" são eliminados. É óbvio que nunca haverá um país regido por ideais comunistas que vingue, porque isso sim é perigoso para a hegemonia e estabilidade dos EUA/FMI. Dou apenas um pequeno exemplo recente: o Syriza pretendia renegociar a dívida e pagá-la, entre outros, com cortes no dinheiro alocado para o armamento, em vez de cortes nas pensões. Foi-lhes negado. Enquanto o povinho continuar a alimentar-se de tablóides e de propaganda filo-americana, vai continuar a acreditar que o nosso único caminho é a "austeridade". Pois vamos ver onde estaremos daqui a um tempo.

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    5. Sou a anônima das 23:57. Joana T, eu de facto não sei realmente se a austeridade é a única solução, se existem outras, isto é um problema muito complexo, e já dizia o meu avô "em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão". Mas voltando ao caso da venezuela e de cuba, os estados unidos até podem ter culpa, mas isso não tira culpa aos líderes dos países, não justifica que eles sejam milionários à custa de bens do estado, não justifica o clima de terror vivido na Coreia do Norte comunista.

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  40. Subscrevo tudo o que disseste, exactamento como eu penso. A verdade é que quer-me a mim parecer que quer ganhasse este ou aquele a revolta ia ser a mesma...

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  41. O seu texto parte de dois pressuposto errados. Primeiro, a ideia de que a única opção à coligação era o PS, e que não votar PS era o mesmo que votar à direita: errado, tão errado, tão redutor e tão simplório que dói; mais que não fosse, o resultado das eleições devia ter-lhe feito perceber isso. Segundo, que o povo votou para ver a coligação no governo e que fazer outra coisa seria ignorar as eleições ganhas democraticamente: a esmagadora maioria dos votantes, 61 por cento, arredondando, votou contra a coligação, mostrando, claramente, que não a quer no governo.

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    1. Bom, a própria Isabel Moreira, socialista, escreveu isso no seu Facebook, que votar noutro partido de esquerda que não o PS era como votar na direita. Depois caiu-lhe tudo em cima (esquerda e direita) e ela apagou. Mas houve muitos socialistas a passarem a mesma mensagem, que só o voto no PS era útil. Quanto ao resto, há 50 leituras possíveis, a sua é mais uma. A opção que teve mais votos foi a coligação e acredito que será essa a ser considerada.

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    2. "A opção que teve mais votos foi a coligação"

      62% dos votantes optaram por partidos de matriz de esquerda. A Assembleia da República será constituída por uma maioria de esquerda, goste-se ao não. Portanto, ou a Ana aprende a ler melhor os resultados da votação do eleitorado ou para a próxima, volta a escrever sobre vestidos que sobre democracia representativa já percebemos que não é o seu forte ;)

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    3. A Ana ainda está aprender a tabuada do 2;) o forte da Sara é misturar a Esquerda toda no mesmo saco...já percebeu que não se quiseram coligar para realmente fazerem frente a coligação da direita? São egocêntricos, agora são todos esquerda mas na campanha cada um por si!!!!

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    4. A Sara está a somar as partes (sendo que o PS já disse que não quer ser somado a ninguém), eu estou a falar de uma só opção. E a opção mais votada, goste-se ou não, foi a coligação. Os partidos de esquerda só têm em comum isso mesmo, intitularem-se de esquerda, porque depois discordam em tudo, têm visões completamente distintas sobre tudo e nunca conseguirão chegar a acordo. O BE, que passou a campanha toda a arrasar o PS e a dizer que não é uma oposição viável, de repente ontem já estava pronto para se coligar, porque sabe que de outra forma nunca chegará ao poder. E o Costa disse logo que não se ia associar a quem está contra as ideias socialistas, portanto se calhar já parávamos com essa teoria espectacular de que a esquerda ganhou (mesmo que a maioria das pessoas tenha votado em partidos de esquerda, de forma dispersa). A menos, claro, que se seja adepto das vitórias morais.
      Quanto à teoria do "vá escrever sobre vestidos" por não aceitar que eu tenha uma opinião diferente da sua... Bem, é só patética.

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    5. E eu que sempre pensei que o partido com mais votos ganhava /governava! Agora também parece que os menos votados todos juntos também são muitos...e afinal o mais votado acaba por ser o menos e não ganhou coisa nenhuma.... Enfim afinal ontem fomos votsr para quê mesmo????

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    6. Oh Rosa por favor ? mas que raio de discurso é esse ?
      Vivemos numa democracia e ganha o partido que tem mais votos.
      É assim que funciona a democracia.
      Não é dizendo no dia seguinte, bem se juntarmos o PAN com o PCP, dá isto, mas se votarmos o X com o Y dá aquilo. Ainda por cima sabendo a Rosa e todos nós que a esquerda odeia-se, eles nao conseguem concordar numa só coisa.

      Eu votei num partido, a Rosa noutro e assim por diante, quem teve mais votos ganhou, é assim que funciona.
      ´Porque é que é tão dificil para algumas pessoas aceitarem a democracia?

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    7. Piada é alguém achar que o PS (principalmente os 8 anos de Sócrates a liderar o PS) tem alguma coisa a ver com a Esquerda do BE e do PCP. O PS aproxima-se muito mais do PSD do que dos outros dois. Gostam é muito de dizer a palavra "esquerda", porque em Portugal fica bem dizer isso.

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  42. Eu votei Bloco pela primeira vez porque apesar de ser favorável à direita ( sim sou ) mas apesar disso acho que isto não é direita nenhuma, não é capitalismo nenhum e tu Pipoca que considero uma mulher inteligente certamente concordarás neste ponto, esta "direita" é um rascunho de uma Direita democrática , livre, onde as oportunidades devem existir de igual forma etc etc e NADA disso acontece. Já agora relembro-te que há uns anos ( ou meses talvez não sei bem ) tu e o teu marido foram a uma grande manifestação na altura de contestação a este mesmo Governo. Tiraste fotos opinaste etc etc e.. voilá vem um boletim e voto e a carinha gira do Coelho e pimba ! loll Respeito o que dizes mas isto não é fazer política, isto é ROUBAR os fracos e quem são os fracos?? Os meus pais, os teus, os nosso avós que tanto lutaram para termos uma vida decente e um futuro melhor percebes?? E isto não é campanha é a realidade, podes não ter sido afetada pela crise ( e ainda bem ) mas ao menos pensa nos teus, nos que te seguem e tanta gente que anda a apagar o BPN o BES e que mais virá. Bjos

    Catarina Alves

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    1. É o BPN e o BES vieram do tempo deste governo? Ou foram desmascarados neste governo? Pense nisso...

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  43. Não podia estar mais de acordo!!

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  44. Ana, concordo plenamente consigo. Obrigada por pôr em palavras aquilo que não consigo dizer.

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  45. Infelizmente tiraste-me as palavras da boca (se alguma vez as quisesse dizer). É triste as pessoas levarem a política tão a sério a ponto de se insultarem umas às outras por ter votado aqui ou ali. Quem vai votar é criticado, quem não vai, é criticado na mesma.
    Eu pessoalmente não estou minimamente preocupada com isso, mas ainda bem que assim o é e ainda bem que ignoro os comentários e tentativas de discussão do tema com os amigos, caso contrário, era insultada de cima a baixo! Por isso, mais vale neste assunto, nem haver pronunciação seja do que for. Já se sabe no que vai acabar...

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    1. A política é para ser levada a sério. É por causa da política que podemos ficar sem segurança social e sem serviço nacional de saúde. Foi por causa da política que se deu há meses o retrocesso vergonhoso na lei da IVG, é por causa da política que os casais gay ainda não podem adotar, etc etc

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    2. Obrigada pelo seu comentário, Cláudia. Tive de repetir esse mesmo discurso de todas as vezes que alguém ontem se queixou que não dava mais nada na televisão. Mas ver seis horas seguidas de futebol e insultar mães alheias por causa do mesmo já é perfeitamente razoável, claro...

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  46. Parabéns pela coragem e frontalidade. Subscrevo na íntegra.

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  47. "O ministro alemão das finanças afirmou esta segunda-feira que resultado alcançado pela coligação PSD/CDS-PP é um sinal "sucesso" das políticas que foram executadas, em Portugal, nos últimos quatro anos. Schauble considerou que ver a política de austeridade "reconhecida por uma grande maioria" pode ser "um encorajamento" para que continue." http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=4817400

    Não caibo em mim de contente!

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    1. Está a brincar? Vergonha ser escravo da Alemanha.

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    2. Ahahaha mais austeridade para todos, obrigado Zé Povinho!

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    3. Escravo da Alemanha?? Se calhar não nos devíamos ter colocado em posição de pedir dinheiro a outros. Ou alguém pede dinheiro porque lhe apetece? Quando pede um empréstimo ao banco tem de cumprir os requisitos deles, aqui é igual. Quem me dera ser o que empresta e não o que está de mão estendida.

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  48. Parabéns, Ana.O texto está brutal.

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  49. "A coligação ganhou e foi ver os esquerdistas a passarem-se da cabeça. Que o povo é todo burro, que é desmemoriado, que gosta de ser enrabado, que sofre de síndrome de Estocolmo. Para estas almas, quem votou na coligação só pode sofrer um atraso mental grave"

    Eu revejo-me (quase) totalmente nisto. Falei do síndrome de Estocolmo e tudo ;) porque tenho esse direito. De me revoltar publicamente com quem decidiu, por MIM também. Por quem se absteve, pior ainda (inqualificável). Nunca insultei ninguém, em particular, porque não lavo roupa suja. Porque não misturo coisas. O que critiquei (muito) foram decisões, escolhas de pessoas. Não as pessoas em si (algumas juro que apetece mesmo criticar e seria um bom pretexto mas... not :)
    Falar do "síndrome de Estocolmo", dizer que gostamos de ser enrabados e que somos desmemoriados é bem, bem, bem diferente do que fazer ofensas pessoais e gratuitas.

    Beijinho,
    Teresa (http://limonadahortelagengibre.blogspot.pt/)

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  50. Há muita gente que não vota é verdade, mas a taxa de abstenção também é alta porque os cartões de eleitor não são renovados e há muita gente já no caixão que ainda conta para os cálculos :)
    De resto, concordo plenamente. Ganhou um Portugal mais à frente!

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    1. Isso já não é assim, (salvo os que morreram recentemente).

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  51. Tanta democracia e falta de encaixe. Uma esquerda democrática mas tão cega e fanática, uma contradição...eu tenho uma amiga ( sou madrinha dela de casamento, mesmo muito amiga ) que tudo o que não seja esquerda é o pior deste mundo, nada presta...sou de direita tolerante a sua opção política mas ela não tolera a minha...tal o fanatismo. Adoro-a na mesma, mas não se pode falar de política.

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  52. Boa pipoca!!!!!!!! Tu não és um Euromilhões és um euromilhos de lucidez!!!! Não é ironia...aprecio bastante a tua sensatez.

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  53. Discordo frontalmente deste texto. A.escolha da Ana até pode ter sido informada mas tenho de concluir que a maioria das pessoas votaram na coligaçao por medo. Medo do desconhecido, medo de terem feito.sacrificios em.vão e da eswierda esbanjadora que a.direita é tao.boa a apregoar. E porque acho legitima esta minha interpretação? Porque é a unica razao.que se me afigura plausível depois de tanta miseria irrevogavel, tanto desemprego, tanta emigraçao inflingida por este governo. Dito isto, depois de tanta pieguice e de tanto.incentivo à emigraçao parece-me óbvio que a grande maioria dos.portugueses que votou na coligaçao teve medo. A direita.conseguiu o.que queria e, portanto, vamos para a frente com os sacrificios custe.o.que custar.

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    1. Tanto medo que já comprei dois cães e quando tenho mais dinheiro tenho um segurança a porta...medo? Medo é de ficar nas mãos de quem acha que o mundo é um episódio da Disney

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    2. Foi só uma opinião. Posso tê-la não posso? Ja agora episódio da disney, quem acha que.o mundo é isso? Eu.votava nele. Sempre seria.um.sonhador...é que.agora nao tenho sonhos, nem.esperança..

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    3. Resposta de quem não sabe o que é passar mal devido à austeridade.

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    4. Medo? Medo tenho de quem vive constantemente num thriller...........

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    5. "Resposta de quem não sabe..." quanta generalização...por acaso sei bem o que viver mal, de te cortarem o cabelo aos 5 anos para venderem e teres de comer...não digo todas claro, mas tanta esquerda caviar por aí sabem lá o que pobreza...

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    6. A Disney vive para alimentar sonhos mas de crianças não de pessoas adultas. Mas pode sonhar sim, tao bom sonhar...já agora sabe o significado de sonho?

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    7. nao, este governo fez-me esquecer o significado.

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  54. Muito bem Ana! Subscrevo totalmente! Nestes 2 últimos dias tenho aprendido imenso sobre democracia..

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  55. Excelente Ana. Muiiito de acordo.

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  56. Democracia e medo não são nem nunca foram sinónimos.

    Luísa

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    1. Mas qual é.o.problema de se.interpretar o porquê das pessoas terem votado numa coligaçao que levou tanta gente.à rua?? Nao é democrata? As pessoas nao foram coagidas...eu sei disso mas eu acho que tiveram.medo

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    2. Claudia, concordo!! Foi o que quis dizer, mas pelos vistos expliquei-me mal: este texto escreve sobre o direito à democracia, quando o que aconteceu foi puro medo. Também acho que a coligação ganhou não por votos conscientes, mas por votos medrosos.

      Luísa

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    3. "O que aconteceu foi puro medo". Foi??? Eu acho que é só a sua leitura das eleições.

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    4. "Que as pessoas se revelaram tão más e tão mesquinhas umas com as outras."

      I rest my case.

      Luísa

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    5. Não posso falar pela restante população mas posso falar por mim. E medo não foi, de todo, o motivo que me levou a votar na coligação.

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    6. Medo da Catarina nos colocar fora do euro e irmos pedir para a porta da igreja , só se for !! Mas em que realidade vocês vivem que nos veem fora do euro ??? Ta tudo louco !! A atriz Catarina não tem uma do ideia , é todos um discurso do bota a baixo ! Ganhem juízo sim !! Olhem pra Grécia , é aquela realidade que querem voltar ?? Desculpem mas ta tudo louco !! BE + PS acham mesmo que vai acontecer ??? Aí é que pediam a cabeça do António !! Oh pah ta tudo louco

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    7. Votei na coligação, não de todo por medo, mas sim porque não achava nem acho que houvesse sequer uma alternativa mais viável.

      Filipa Rodrigues

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    8. ?????????? Agora em português do bom, se faz favor?

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  57. a pipoca desceu na minha consideração pela sua escolha. Mas vou continuar a ler porque escolhas políticas são pessoais e nunca me viria à cabeça criticar. Cada um vota consoante a sua consciência.

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  58. Concordo em parte com o que disse: tenho pena por esta democracia ser cada vez mais pobre e pela elevada percentagem da abstenção mas, sinceramente, não creio que esta tenha sido a melhor opção para o país. Aliás, da esquerda à direita, acho que temos políticos muito pobres e pouco dignos, muito por culpa do "nosso" desinteresse e da nossa incapacidade de os obrigar a fazer mais e melhor! Mas claro que respeito o resultado de ontem, é assim que a democracia funciona!

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  59. Subscrevo na íntegra o último parágrafo deste teu texto. É exactamente isso, lamentavelmente.
    Como diz um amigo, Portugal não merece a democracia que tem, pois não sabe viver em democracia...não, os portugueses não somos democratas, gostamos é de impor aquilo em que acreditamos e ser seguidos pelas massas, massacrando e punindo quem pensa diferente (desde que o pensamento se afaste do nosso constitucional socialismo) Tal vez Ferreira Leite tinha razão quando propôs suspender a democracia 6 meses...não percebi tantas críticas, tal vez os portugueses até agradecessem, tal vez só saibamos viver na contenção, na submissão, pois a liberdade cega-nos ou então, "emburra-nos", como se vê!

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  60. Finalmente uma opinião sensata, estava a perder a esperança de que existissem pessoas com bom senso. Eu aceito todo e qq voto, mas n aceito que critiquem o meu. Não votei na coligação por estar desiludida, mas tb não votei Costa por, simplesmente, não me convencer. Fui acusada de não ter feito voto útil, imaginem só! O que mais me assusta é esta mentalidade ditatorial de pessoas que abrem aboca para insultar a direita comparando-os com Salazar.
    Eu pertenço áquela crescente minoria licenciada que teve que emigrar para poder trabalhar na minha área de formação, eu e grande parte da minha turma...e sabem quando o tive de fazer? Em 2008! Agora, se a memória não me atraiçoa quem estava no poder nesse ano não era a coligação!
    J.

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    1. Ora nem mais, baseando-me naquilo que ouvi/li entre ontem e hoje parece que Salazar desceu sobre muita gente de esquerda, tal era a sua fúria a querer impor a sua decisão aos outros e a rotular de tudo e mais alguma coisa quem não partilhasse a sua ideologia. Isso sim, é que me parece ditatorial.

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  61. Tudo dito adorei! Também fiquei chocada ao ver as pessoas insultarem quem votou na coligação PàF (ou seja fui insultada) e também por me terem atirado à cara que é este governo que me obriga a emigrar. Não,a culpa não é só deste governo. E emigrar ainda é uma opção, ninguém me obrigou!

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    1. Não se preocupe que há-de chegar o momento em que terá que escolher entre emigrar e passar fome.

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    2. Eu já fui posta na rua, deixe-se estar que daqui a nada fica a caminho.

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  62. Não percebo: como é que "quem votou à direita praticamente teve de o esconder, se não queria ser insultado de cima a baixo"??Afinal que venceu as eleições? Se tanto, quem vai ter de se esconder são as pessoas que ainda acreditavam que alguma coisa iria mudar, não por vergonha de não terem votado na coligação, mas por parecer impossível termos perdido a oportunidade de mudar as coisas... Isso sim, vergonha pela maioria.
    Detesto a auto vitimização de quem sente necessidade de se justificar. Um texto floreado sobre democracia que no fundo só está a mascarar a necessidade da Ana justificar o facto de pertencer ao grupo de pessoas que não quis arriscar que Portugal fosse uma segunda Grécia.
    Democracia é a Ana poder escrever um texto desses e eu, Luísa, poder responder não concordando em nada com ele. Quer se goste, quer não.

    Luísa

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  63. Adorei! Subscrevo e até te dou a palmadinha nas costas! Ontem, a Esquerda tornou-se anti-democrática, apelou á guerra aberta em troco de se sentar na cadeira do poder, desrespeitando assim a maioria dos portugueses que de forma massiva votou na Coligação. Já dizia a minha avó: "as ações ficam para quem as pratica!". Acabam assim de se enterrar sozinhos. Só espero que não levem o país por arrasto. Beijinhos!

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  64. A maioria decidiu se pela coligação,pode custar a entender para muitos, eu incluida, mas a democracia é assim. também ando há muitos anos para perceber porque o Cavaco Silva foi eleito duas vezes Presidente da República, pois como Primeiro Ministro foi, na minha opiniao,uma nódoa.Penso que Maria Luis Albuquerque é uma excelente Ministra das Finanças, ou foi.e que Assunção Cristãs é muito competente e interessada. reconheço muita inteligência ao Paulo Portas.Agora votar na coligação nunca me passou pela cabeça pois sou de esquerda e jamais poderia votar à direita pois nunca me esqueço que é a direita que é contra o casamento dos homossexuais, contra a adopção de crianças por casais homossexuais, contra a eutanásia, foi contra a liberalização do aborto...nunca se é coerente a 100%, mas há que tentar nortear a nossa vida pelos valores em que acreditamos e os meus são de esquerda. E não votei Costa, apesar de ter votado PS várias vezes, pois para mim não tem escrúpulos. como Presidente da Camara penso que fez um bom trabalho.O meu voto não se enquadra no grupo do chamado voto útil.nao conseguiram eleger nenhum deputado. tive pena.mas fiquei de consciência tranquila por ter votado no partido que pareceu ir mais de encontro àquilo em que acredito.

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  65. Bem... eu me confesso... critiquei os resultados e continuo a criticar. Senti-me revoltada e senti que as pessoas que andaran num choradinho constante nos últimos 4anos de repente sofreram de uma amnésia qualquer e votaram no prato onde andaram a cuspir. Resumo... o português só gosta mesmo é de chorar. E para poderem continuar com o choradinho de auto comiseração o melhor mesmo é manter tudo na mesma. E se posso dizer que acho que os que votaram no PAF são uns anormais? Posso. Porque também foi para isso o 25 de Abril. Para isso e para a Amaral Dias fazer campanha em pelota. :)

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    1. A liberdade não foi criada para pessoas como voce chamar de anormais a quem pensa de forma diferente. Na verdade isso é o oposto da liberdade.
      Estranho que não compreenda isso.

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    2. Não foram os que votaram no PAF que tiveram a culpa! Culpa tiveram os que não levantaram o rabo do sofá para ir votar! Portugal não escolheu continuar igual, Portugal absteve-se de mudar.

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    3. Por acaso também foi. Foi para poder expresar aquilo que penso e que sinto. E só é chato quando nos chega a nós. Lamento informar que não sinto qualquer remorso nem uma ponta de culpa por pensar assim. O país está a ser governado por um bando de malfeitores mal formados e continuamos uma choldra ingovernável desde o tempo de D. Carlos. Aqui roubam-se os pobres para dar aos ricos, corta-se nos salários para salvar bancos e desrespeita-se todas as conquistas de um estado social que se criaram com tanto esforço, portanto lamento informar o/a senhor/a que sim, a liberdade também é poder dizer que acho que os que votaram na coligação são, na sua grande maioria, um bando de atrasados. Se for chato temos pena...

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    4. Anónimo da 01:04: é mesmo chato, mas deve ser para si. Eu tenho vivido do melhor, na minha vivenda em Cascais, carro com motorista, enquanto os pobres como você descontam para mim. Votei PAF: não preciso de trabalhar porque sou rico e acho piada aos anormais como o senhor que têm de trabalhar para pagar a renda do T0 na Bobadela... Agora tenho de ir que o jacto está à minha espera. Não leve a mal a minha anormalidade.

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  66. Não votei PAF. Queria que a coligação vencesse, mas queria-o sem maioria absoluta, sem entusiasmo. Fugi ao PS, porque um programa daqueles só nos poderia conduzir novamente à bancarrota. Votei no Livre, porque acho importante passar a mensagem de que são necessárias novas alternativas aos partidos tradicionais. No final, fiquei satisfeita com o resultado. Não sendo perfeito, é de todos os males o menor.

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  67. Assim como a Ana também eu voto em pessoas, também eu dei mais uma hipótese à coligação e também eu me senti "obrigada" a esconder o meu voto. Não tenho partido político. Voto naquilo que acredito. E acredito que o país precisa de estabilidade, precisa de manter o caminho ascendente que tem tido para sair da regressão. E acho que só a coligação nos poderia oferecer isso neste momento. Tenho pena que não tenham conseguido a maioria. Tenho pena que as pessoas não consigam fazer uma avaliação refletida dos últimos anos de governação em Portugal. Só assim perceberiam que a austeridade foi um mal necessário para nos tirar do buraco onde estávamos e que, neste momento, medidas tendencialmente socialistas não iriam ajudar.
    Resta-me dizer que sou professora. Funcionária pública. E só tinha a ganhar com a vitória do PS. Eu precisava disso. Mas o país não.

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  68. Eu votei de forma diametralmente oposta ao que me parece ter sido a sua escolha. Fiquei muito desiludida com os resultados. Fiz a minha parte, votei em quem acredito que defende melhor os interesses do país e vi a opção que mais abominava ganhar. Se legitimo este governo? Que remédio, se foi escolhido pela "maioria". As aspas são porque a história dita que os piores governos são sempre eleitos com a ajuda de elevadas taxas de abstenção mas depois também não se queixem. A Pipoca exibe no seu blogue um estilo de vida,que destoa em muito da realidade de muitos portugueses. Se tivesse de viver com o rendimento com que eu e muito vivemos talvez não votasse em quem votou. Democrático ou não, só quem sente na pele a austeridade com perdas substanciais (e não não estamos a falar de uma malinha Gucci ou de parzinho de Louboutins a menos num ano) é que sabe o que literalmente custa simplesmente (sobre)viver para pagar contas, afogados em impostos e sem mas mesmo SEM QUALQUER PODER DE COMPRA. Não concordo com ofensas a quem pensa de forma diferente mas a falta de empatia que demostra neste post, obviamente que a põe a jeito para que descarreguem em si algumas frustrações. Costuma expressar-se bem, aqui acho que não foi assim tão clara e perdoe-me mas não me parece que o comentário político seja o seu forte de todo.

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    1. Cara Nicole, eu não pretendo, de todo, fazer comentário político. Dei a minha opinião sobre um tema que marcou ontem o País, tal como dou sobre muitíssimos outros assuntos. Claro que quem não concorda comigo tende a dizer que "o comentário político não é o meu forte", previsível.
      Em segundo lugar, a sua leitura destas eleições parece-me um bocadinho simplista demais. Portanto, segundo a Nicole só votou na coligação quem está bem na vida ou não sentiu na pele os cortes da austeridade. Convido-a a dar uma voltinha pelo país, faça uma sondagem assim por conta própria e, possivelmente, ficará surpresa com os resultados. Conheço várias pessoas que ganham pouco (mesmo pouco, salário mínimo) que foram sujeitas a vários cortes e que, pasme-se, votaram na coligação. Acredito que eu possa ter um nível de vida superior ao de muita gente, mas também pago impostos brutais, também me são aplicadas taxas e sobretaxas, também vejo fugir para o Estado dinheiro que preferia poupar ou gastar noutras coisas. Toca a todos, mas claro que a uns custará sempre mais do que a outros. Agora, reduzir as eleições a uma luta de classes (de um lado os que estão bem, do outro os que estão mal) é que não faz grande sentido.

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    2. Quem ganha pouco não teve cortes no salário e até acha muito bem que sacrifiquem os funcionários públicos que são riquíssimos e que tem adse que paga tudo na saúde!

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    3. Claro Ana... A Nicole é "simplista", pela sua perspetiva, e "previsível", por não dizer "amen" ao seu liiiiiindo e inspirador discurso sobre democracia... A sério?!
      Então também vou ser simplista e previsível: mas quem no seu juízo perfeito volta a escolher a mesma pessoa que tanto se criticou ao longo de 4 anos e ainda consegue meter ao barulho um Portas e um Miguel Relvas?! Quem?!.... Valha-me a minha paciência para gentinha com a mania que está super bem informada e só vem meter os pés pelas mãos....

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    4. O que a pipoca criticou no seu post foi a falta de sentido democratico que as pessoas demonstraram ter ao ofenderem chamando todos os nomes possiveis e imaginarios a quem votou no sentido oposto.
      Eu votei PSD e sou pobre, muito pobre na verdade. Mas sou da opiniao que a esquerda odeia-se entre si e que só têm ideias romanticas e irrealistas que nos levariam ao abismo.
      Eu nunca criticaria as pessoas de esquerda como elas me criticam a mim, o que se tem passado nas redes sociais tem sido uma coisa vergonhosa de se ver.
      E isso é muito criticavel, muito.

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    5. Não é simplista dizer que só votou na Coligação quem não foi abrangido pela austeridade?? Está certo. Assim de repente, quem é que não foi abrangido? De uma forma ou de outra, tocou a todos. E claro que custa mais a uns do que a outros, mas será sempre assim.

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  69. A Ana quando ganhava o salário mínimo certamente não votava PSD... É este o problema das pessoas com dinheiro, acham que quem está na miséria merece o que está a passar.

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    1. Olhe que não, olhe que não...

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    2. Como se ao votar PS o salário mínimo fosse aumentar e as dívidas públicas desaparecer...

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    3. O que é que uma coisa tem a ver com a outra?

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    4. Tenho de ir pedir um aumento...já votei mal, ganho 500 euros e votei na coligação;)

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    5. Porque para se votar PSD depois destes 4 anos ou se é muito desinformado, ou se gosta de sofrer, ou se está bem na vida. Como não acho que o problema da Ana seja nenhum dos primeiros, será o terceiro.

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    6. a Ana com uma fantástica frase do saudoso ratinho branco, acabou por desvendar a sua cor partidária, perdão, no Homem em quem votou!

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    7. Não tenho cor partidária. E no texto está explícito em quem votei.

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    8. Está explícito que votaste na coligação. A vida corre-te bem por isso até compreendo o teu voto. Não concordo, mas respeito.
      Eu votei Bloco. Acredito que o sistema tem de mudar e estou farta da dicotomia PS/PSD. Como se diz no Porto, mudam os porcos mas a gamela é sempre a mesma. Eu espero que o tempo ajude a mudar mentalidades a esse respeito.
      Ontem expressei publicamente o meu sentido de voto e fui quase apedrejada, chamada de burra porque devia ter votado na coligação, para terem maioria absoluta para poderem continuar a governar à vontade...

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  70. Discordo apenas quanto às observações acerca do António Costa porque foi o único secretário geral/ presidente de um partido em Portugal eleito por directas e ao contrário de outros candidatos tem provas dadas como ministro ( na justiça, e sei do que falo, o melhor desde o 25 de abril) e como autarca. No entanto, não fez uma boa campanha e o ps pagou por isso.

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  71. muito bem dito. pipoca a presidente! :D

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  72. Concordo com o texto no que concerne à falta de educação das pessoas. Não concordo quando diz que a maioria dos portugueses votou na coligação porque 38% está longe de ser a maioria. No entanto sendo a coligação o partido ( ou partidos porque são 2) mais votado deve governar. Quanto aos partidos de esquerda que não conseguiram ganhar as eleições portem-se como meninos crescidos e ajudem a manter a estabilidade do país. E aproveitem os votos que têm para evitar mais austeridade desenfreada e mais miséria para os portugueses obrigando a coligação a fazer aquilo que não fez, ou seja, a reforma do estado

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  73. Pois eu sou uma das pessoas que chorou de raiva, revolta e vergonha perante o que vi ontem. Até vómitos tive. Fiquei com nojo de pertencer a um país de submissos, de moles, de gente sem espinha dorsal que vive no medinho e na lógica do "nunca pior". Fiquei doente ontem porque além de ter sido impedida de votar (e estava inscrita no consulado desde 2014!!), sinto-me mais uma vez roubada da possibilidade de voltar a casa. Porque não entendo como é possível voltar a votar-se em "irrevogáveis" que já mentiram tantas vezes ao país. Porque vejo gente a ir para manifestações de telemóvel na mão para a bela da selfie e depois vota-se nesta coligação porque, bem espremido, "do mal o menos". Do mal o menos é continuarmos a ser sacrificados em nome do marco alemão (perdão, euro, não é?), da banca, de um governo de canalhas. Sim, para mim quem votou na continuidade deste governo é conivente, e quem é conivente, é igual. Se é democracia, deixem quem fica revoltado com os cortes nas reformas, os despedimentos, a emigração forçada, dizer que estes resultados metem nojo. E quem se rebola na lama, se porco não é, porco parecerá.

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    1. Igualmente... Fiquei em choque.

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    2. Não podia estar mais de acordo, eu não consigo perceber como se conseguiu votar neste PAF, nem nome de jeito conseguem ter, como se esqueceram do que passamos, das mentiras, da corrupção. A ver vamos se os que votaram nesta gentinha, não são os mesmos que daqui a uns tempos estão a chorar.
      Trisisteza este país...

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    3. É bem verdade! A acrescentar o "engraçado" que é receber propaganda do páf por correio, porque a embaixada cedeu o contacto....

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  74. Concordo integralmente com o texto que escreveste, Ana. Totalmente. De facto, dá que pensar. A democracia anda pela hora da morte. Não que as pessoas não votem (que por acaso também acontece), mas porque já ninguém é livre de expressar as duas preferências partidárias sem ser escrutinado em praça pública.

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  75. Depois de ler comentários invocando a democracia e a liberdade como justificação para ofender aqueles que têm uma posição contrária, como se a má educação fosse um direito que lhes assistisse apenas porque vivemos numa democracia, compreendo que há muita gente que não entende o significado de "a nossa liberdade termina onde começa a dos outros".

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    1. Chamar os outros de atrasados não interfere com a liberdade de ninguém. Quando muito com o ego.. quando a carapuça serve. :)

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    2. Anónimo, não interfere? Nesse caso se alguém o usar como saco de pancada não se queixe porque isso não interfere com a sua liberdade. Quando muito só lhe dá umas dorezitas. Porque afinal isso é que é viver em sociedade, dizer e fazer o que apetece.

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  76. Eu adorava ter visto a esquerda a ganhar...so mesmo para apreciar o desenrolar de tudo isto. Aliás, a direita ganho há 4 anos pq o PS estava a fazer hemoptises trabalho, não percebo pq é que esta malta não lhes deu de novo o poleiro...

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  77. Importam-se de ler? Não foi um jornal de direita que escreveu isto!
    http://internacional.elpais.com/internacional/2015/10/05/actualidad/1444036412_113808.html
    Realço esta passagem:
    "Quizás por todo ello, el primer ministro no movió un dedo para seguir manteniendo artificialmente el imperio Espírito Santo y su contubernio con el poder político de Sócrates y la maquinaria de Portugal Telecom.
    Liberar la economía del país y abrirla a la competencia pasaba por acabar con el proteccionismo del Gobierno al imperio Espírito Santo que manejaba Ricardo Salgado, apodado Dono disto tudo (Dueño de todo esto en portugués). En varias ocasiones el patriarca de la primera familia portuguesa le llamó pidiendo socorro, pero no descolgó el teléfono. ¡Qué diferencia con su antecesor, que antes de llamar a la troika pidió la aquiescencia de Salgado!"

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  78. Acho lindo é escrever este texto muito ofendida porque toda a gente foi mázinha para quem votou na coligação mas sempre que lê um comentario de um leitor que nao concorda consigo toca de comentar e fazer valer, mais uma vez, o seu ponto de vista. Assim nao percebo Ana...

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    1. Não percebe a diferença entre argumentar e ofender? Entre defender uma posição e partir para o insulto gratuito?

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    2. Porque fazer valer o ponto de vista de forma educada ou chamar alguém "vaca frustrada" é IGUAL. Está certo.

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  79. Quem votou no PaF não tem é direito de fazer manifestações daqui a uns tempos! Porquê fazer manifestação se concordam com o que este governo faz... Vergonhoso!

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    1. Precisamente pelo que disse no texto. Porque votar numa opção não significa concordar com tudo. E sempre que achar que tenho de ir a manifestações, irei.

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  80. Pipoca, quanto à sacanisse que o Costa fez ao Seguro que revolta tanta gente, houve uma boa solução. Inscreviam-se nas primárias e votavam em quem achavam mais justo, afinal estiveram abertas a toda gente. Se tanta gente que está revoltada com isso tivesse votado no "coitadinho do Seguro que foi tão traído pelo Costa", possivelmente os resultados teriam sido diferentes. Votar nas eleições legislativas com base nos "coitadinhos" já é uma decisão completamente irresponsável.

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  81. Parabéns Ana por este texto. Subscrevo na íntegra.
    Tanta falta de democracia foi demonstrada nestas eleições.... Que vergonha
    Berijinhos

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  82. Primeira vez que comento no seu espaço Ana, parabéns pelo que escreveu ! Subscrevo inteiramente e partilho do mesmo sentimento.

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  83. Não concordo em nada com a sua opinião. Acho simplista e até pouco informada em relação às "decisões dificeis" que este último governo tomou.
    As mudanças estruturais estão por fazer e a única coisa que este governo fez foi tirar a quem tem menos e continuar a encher os bolsos de quem tem mais. Perspectivas

    Dito isto, uso uma frase de Voltaire:
    "Discordo de tudo o que dizes, mas defenderei até à morte o teu direito de o dizeres"

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  84. Concordo Plenamente com o texto e votei BE. As pessoas votam em quem quiserem e acartam com as consequências dos seus votos. Ninguém tem ideias certas, e todos têm direito a ter as diferentes opiniões e nenhuma está errada. vivemos em democracia temos de aceitar as opiniões da maioria. Não está contente, imigre como o Passos sugeriu, ou não.

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  85. A ignorância de certas pessoas continua a espantar-me. Sempre ouvi dizer, e cada vez mais acredito, que pior cego é aquele que não quer ver. A vitória da coligação foi a vitória do medo, da carneirada, daqueles que pensam "ai jesus, que isto ainda fica pior, do mal o menos!". Do mal o menos? Uma pessoa inteligente e informada não quer "o menor dos males" para o seu pais. O medo ganhou e isso, mais que estupidez e ignorância, é antidemocrático.
    E é nestas alturas que eu, pessoa de esquerda assumidíssima, gostava que se fizesse um teste, tipo dos que falavam acima, e toca a fazer do voto não-secreto. Depois, os cortes seriam proporcionais... quem votou coligação diz adeus a metade do salário, e eu fico só com menos uns 20%, parece-me justo. Depois, os tais que apoiam a coligação, e deus nos livre, quando adoecerem e tiveram cancros e afins, pagam €5000 por tratamento, se não olha, paciência, porque é isso que o vosso governo vai fazer, terminar com o SNS. Ah, e se não tiverem dinheiro para pagar um colégio privado, é bom que se preparem para ensinar a ler aos vossos filhos, porque a escola pública está mais perto do fim do que muitos pensam... e depois os vossos filhos nem para emigrar, que agora querem-se é pessoas qualificadas.
    Por isso, a esquerda está no parlamento e na política para dizer "NÃO" a isto. Porque tem de haver alguém que não é um carneiro tanso que vai atrás dos outros. A democracia não é uma ganhar (e sim, a coligação ganhou claramente), e os outros darem festinhas nas costas e dizerem "sim sim, faz lá a merdinha toda que quiseres e enche os bolsos aos teus amigos das empresas". Democracia é sempre haver uma voz que se levanta contra as injustiças, e que irá fazer tudo o que é possível para tirar esta gente do governo.
    E não têm que agradecer, daqui a uns anos ;)

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  86. Eu votei mas não posso concordar com quem acha que quem não vota não pode opinar. Era o que faltava. Quem não vota pode tomar essa opção porque é contra o actual sistema eleitoral e não se rever nele. Como quem vota em branco o faz porque não concorda com nenhuma das opções apresentadas. Não é legítimo? Eu acho que sim. Nem todos têm de achar que quem não vota não o fez apenas por preguiça ou algo do género.

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  87. Bom dia Ana.

    O seu comentário no facebook - "Nada a dizer sobre as eleições, mas hoje aprendi algumas coisas sobre democracia. Neste caso, sobre a falta dela." - foi interpretado por mim, numa primeira instância, como a sua tristeza por ver um país que menospreza um dos poucos direitos cívicos que tem, mas depois em conversa com uma amiga percebi (acho eu) que a Ana se referia à revolta das pessoas relativamente à frustração da noite eleitoral.

    Espero que não se tenha referido a pessoas como eu, que se sentem revoltadas por viver num país que poderia perfeitamente tentar sobreviver e reerguer-se sem tanta austeridade. Eu, que tenho 30 anos, sou licenciada, mas vejo a minha vida profissional assumir uma evolução completamente oposta à da abstenção nacional, sinto-me revoltada com o voto de confiança que os portugueses deram num governo que já deu mostras de não ambicionar nada de bom para o país. Aliás, tive um "schlik" em casa e chamei burros aos que votaram na coligação (porque desses temos feedback a dar, ao contrário de todos os outros) e, principalmente, aos que não foram votar. Se todos - com as nossas ideologias diferentes - exercêssemos o voto, talvez eu não me sentisse tão frustrada e revoltada, mas iria chamar burros aos portugueses que pediram mais 4 anos "disto" (desemprego, estágios - lol, sim, tenho 30 e trabalho há 9 mas agora sou estagiária) e iria continuar a afirmar que sofremos do Síndrome de Estocolmo. O link seguinte também ajuda a perceber muita coisa (http://expresso.sapo.pt/legislativas2015/2015-10-05-Expresso-analisa-na-CNN-as-legislativas-Como-pode-ganhar-a-austeridade-).

    No entanto, e respeitando a opinião da Ana, gostaria de questionar o que quer dizer com "(...) porque eleitor que é inteligente teria votado Costa (já que votar no BE, PCP ou outros seria praticamente o mesmo que votar à direita)". Como ainda me considero jovem - não tão jovem para ser estagiária, mas pronto - e sinto que tenho sempre algo a aprender, gostaria de perceber o que quer dizer com a frase.

    Também gostaria de saber como tem a certeza do argumento de que "Todos os que acham que este Governo, por muito mauzinho que tenha sido nestes últimos quatro anos, é melhor do que qualquer alternativa que nos foi sugerida."

    Para finalizar, acho que ninguém deve ser insultado por manifestar a sua opinião (excepto em casa, eu insulto muitas pessoas, mas o surto está a abrandar), pelo que percebo a sua indignação.

    Mas olhe que é por frases como esta - "Não sendo desculpa, percebo melhor agora a taxa de abstenção." - que apetece mandar a Ana pó c****** e ir comprar malas e sapatos...

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  88. Neste momento estou a aplaudir o teu texto e a tua coragem. Tudo o que disseste, concordo contigo a 100%. Quanto aos insultos, hoje em dia a palavra respeito, já não conta no vocabulário de muitas pessoas. Infelizmente. Bjs

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Teorias absolutamente espectaculares

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