Pub SAPO pushdown

Mas quem é que se esquece de um filho?

terça-feira, agosto 11, 2015
Numa das primeiras vezes que saí de casa com o Mateus, teria ele umas duas semanas, certifiquei-me que não me esquecia de nada. Tinha o saco dele com fraldas, biberões e a tralha toda, tinha o ovinho debaixo do braço, estávamos mais do que prontinhos para ir à nossa vida. E já estava a fechar a porta de casa quando o homem me diz "eeeerrrr... falta o Mateus". Ah, ok, Mateus, check! Ainda era nova na coisa, o miúdo estava a dormir no berço, e naquele corre-corre de não me querer esquecer de nada estava "só" a esquecer-me do mais importante. Calculo que se estivesse sozinha daria pela falha quando chegasse ao carro, talvez antes, não faço ideia. Isto a propósito dos pais franceses que ontem se esqueceram de uma das filhas, de três anos, numa estação de serviço. Já não é a primeira vez que coisas destas acontecem, às vezes com desfechos mais trágicos, como pais que se esqueceram de crianças nos carros e que acabaram por morrer. O meu homem acha sempre absolutamente inacreditável, diz que com ele jamais aconteceria, que aqueles pais são uns irresponsáveis e trá lá lá. Conhecendo-o como conheço, e sabendo que é um despistado do pior, não ponho as minhas mãozinhas no fogo. Bem, com crianças ainda não lhe aconteceu nenhum episódio, é um facto, mas já deixou um carrinho de bebé para trás, sem falar de todas as vezes que perdeu a carteira, óculos, telemóvel, etc (e não, não estou a comparar bens materiais a uma criança, estava só a dar exemplos de como o homem é cabeça no ar). 
Nas caixas de comentários destas notícias não faltam pais ultra-perfeitos, que jamais seriam capazes de se esquecer de um filho algures, e que não se ensaiam nada em insultar os desgraçados que cometeram o deslize. Eu espero - assim mesmo, mesmo muito - que tal coisa nunca me aconteça, Deus me livre e guarde, que deve ser uma aflição daqui a Marte, mas não posso garanti-lo a cem por cento. Porque há dias em que andamos carregados de preocupações, com a cabeça a 50 mil quilómetros daqui, ou porque mudámos as rotinas todas. Lembro-me que um desses casos em que o pai se esqueceu do filho no carro foi porque não era suposto ser ele a levá-lo à escola, nunca era. Nesse dia enfiou o miúdo na cadeirinha, foi directo para o trabalho e só horas depois, quando a mãe o alertou que o miúdo não estava na escola, é que caiu em si. Foi tarde demais. Será este homem um mau pai, um homem negligente, alguém que não gostava do filho acima de tudo? Não creio. Foi um azar, o maior azar da vida, uma tragédia. 
Quantas vezes não vou no carro e vai tudo tão em silêncio que tenho ali um quarto de segundo em que penso "merda, não pus o puto no carro!"? Claro que é só o tempo de olhar pelo espelho e confirmar que ele está na cadeirinha, mas é um quarto de segundo de pânico. Ou quantas vezes não vou no carro e ele grita ou diz qualquer coisa ao fim de 15 minutos em silêncio e eu dou um salto porque já não me lembrava que ele ia ali? Pensando fria e objectivamente na coisa, também acho inacreditável que um pai se esqueça de um filho, mas porra, quem é que pode jurar a pés juntos que nunca lhe acontecerá? Lembro-me sempre da história de uma enfermeira minha amiga que um dia, com quatro filhos, se esqueceu do mais novo no ovinho, no lobby de um hotel. Foi para o quarto, tratou dos outros todos, e só passado um bom bocado reparou que lhe faltava um. Foi atrás dele e estava no mesmo sítio onde o tinha deixado. Estamos a falar de uma pessoa que lidou a vida toda com crianças, que ajudou milhares a nascer, que as adora acima de tudo, que é a melhor mãe do mundo. Mas aconteceu e ela conta a história com muita graça, até porque foi há mais de 30 anos, numa altura em que não era necessário haver tanta super protecção.
Que isto não aconteça a nenhum pai, é o que se espera, mas que todos tenham muita calma na hora de apontar dedinhos.

118 comentários:

  1. Eu nunca comento, mas hoje tenho de dizer que tal como a Ana eu olho n vezes pelo espelho para me certificar que não me Esqueci de nenhum... Ou que os entreguei e não os vou deixar no carro. Sou muito despistada e andava sempre a mil... Espero que nunca me aconteça mas não acho impossível :(

    ResponderEliminar
  2. Penso exatamente da mesma forma. Não sou mãe e muitas vezes quando opino quase que nem sou levada a sério, mas não deixo de concordar. Ninguém é perfeito, ás vezes andamos a mil à hora, será que o cérebro não tem falhas? Lógico que tem! Passo-me com os paizinhos e mãezinhas moralistas que acham que não há ninguém tão responsável quanto eles....

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Felicito-a Sara, ainda não é mãe mas pensa com sensatez sobre o assunto referênciado pela AGM. Infelizmente, neste como em todos os assuntos vida, há sempre que se julgue Topo de Gama, o/a melhor/maior/expert em educação.... presunçosos que dá dó ! :)

      Raquel

      Eliminar
  3. Sou mãe de 3 filhos, o mais velho com 20 e mais nova com 6, nunca me esqueci de nenhum, mas assino por baixo tudo o que a Pipoca acabou de escrever, penso exatamente assim.

    ResponderEliminar
  4. A mim o que me surpreendeu não foi terem-se esquecido da filha, mas sim terem feito 150km sem se aperceberem disso.
    Já que era suposto terem a filha com eles e que supostamente está-se mais ou menos descontraído numa viagem de automóvel, a cabeça até pode estar a mil mas numa viagem não se vai propriamente muito ocupado.
    Acho que no meio do stress em que vivemos é perfeitamente natural que as pessoas cometam erros, tenho imensa pena do Sr. que esqueceu do filho no carro nem quero imaginar a culpa que sente e como deverá ser a sua vida.
    Curiosamente quando penso em ter filhos um dos meus receios é precisamente deixa-los em algum local sem me aperceber, isto porque sonhei várias vezes com isso. Um receio que com certeza deverá ter alguma explicação psicológica.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Pois a mim não me surpreende... um casal que viaja com 4 filhos (imagino o barulho naquele carro)... aparentemente viajavam numa carrinha monovolume de 7 lugares como é típico aqui em França e a criança esquecida era a que ocupava o lugar mais atrás, que normalmente são também os lugares mais baixos logo mais escondidos... bastou o pai pensar que a mãe tinha instalado a filha na cadeira e vice-versa para se dar o esquecimento! Por outro lado isto aconteceu a seguir ao almoço e por norma as crianças dormem (e até mesmo a pessoa que não vai a conduzir), o que também pode explicar o sucedido... Não que isto sirva de desculpa mas também não condeno porque de facto acho que pode acontecer a qualquer um...

      Eliminar
    2. Concordo. Acho estranho não terem reparado antes, só ao fim de 150 km e porque ouviram no rádio. E acho estranho os outros irmãos, ou irmãs, não terem dito nada durante 150 km.

      Eliminar
    3. Ouvi dizer que esse pai que deixou o filho no carro se suicidou algum tempo depois. Não é algo que se faça por simples descuido, logo não deve ser fácil aceitar essa falha.

      Eliminar
  5. Muito além das sugestões de roupa, calçado, viagens (uns posts mais em sintonia que outros) o que me faz não deixar de seguir o teu blog é isto, o sentido de justiça, a sinceridade quando dói e menos convém, sempre de acordo)

    ResponderEliminar
  6. Quando ouço este tipo de notícias nunca consegui sequer dizer mal do pai/mãe. Sou Mãe de três, sei o quanto as rotinas são essenciais e sei o cansaço que um filho acarreta.
    Acredito que a dor e o sentimento de culpa mate aquele/a pai/mãe e que a vida pareça acabada. Só de imaginar... nem quero imaginar.
    Pode parecer absurdo, mas para me organizar hoje em dia conto os filhos antes de saber qual o filho que me falta, seja na praia, na piscina, num passeio, numa festa. Conto um, dois, "Luis, falta-me um" e depois é que me sai o nome. Para não dizer que na praia/piscina andam os três de igual para os poder contar ao "longe".
    Se é ver os meus filhos como números? Não. É ver os meus filhos como peças do meu puzzle.
    Se cada um olhar para o seu telhado, a sensatez em vez do julgamento seria um ponto forte da sociedade :)
    Parabéns pela sensatez de Mãe que tem!

    ResponderEliminar
  7. "Que jamais seriam incapazes de deixar o filho" acho que queria dizer "que jamais seriam capazes" =)
    concordo com tudo o que escreveu! e lembro-me tao bem dessa tragedia do pai que deixou o filho no carro! um horror que podia acontecer a qualquer pessoa com o stress em que vivemos hoje!

    Joana E

    ResponderEliminar
  8. Obrigada por este texto, Ana. Nunca podemos dizer nunca. A nossa vida é uma correria, uma loucura, e as nossas crianças acabam por ser apanhadas no meio disto tudo. O melhor é dialogarmos uns com os outros, falar sobre as coisas, em vez de atirarmos pedras a quem cometeu um erro, por vezes fatal...

    ResponderEliminar
  9. Confesso que me faz um pouco de confusão que se esqueça um filho algures. Mas mais ainda, neste caso em particular, que os 2 irmãos não tenham reparado nem dito nada. Afinal imagino que deviam ir todos no banco de trás.

    ResponderEliminar
  10. Parabéns pelo texto Ana. Conheço um caso destes, de uma criança que ficou esquecida no carro e acabou por morrer. Foi uma tragédia para aquela família. Nunca devemos dizer nunca. Devemos sim falar sobre estas e outras coisas uns com os outros, as nossas angústias, os nossos medos. E não atirar pedras a quem comete um erro, por vezes fatal...

    ResponderEliminar
  11. Aí está algo que nunca me esqueci ! Já me esqueci de colocar o desodorizante, de colocar o perfume...mas dois meus dois pestinhas nunca, até porque eles nem me dão hipótese de esquecer! Mas nunca se deve dizer jamais...Com o stress do dia a dia tudo é possivel.

    ResponderEliminar
  12. Uma vez saí a meio do trabalho para levar a minha filha mais nova (na altura com 1 ano) a uma consulta. Depois da consulta, só quando estacionei o carro à frente da minha empresa é que me apercebi que me tinha esquecido de a devolver à escola. Ela dormia profundamente e eu estava em piloto automático. Por acaso nunca a deixei sozinha, por acaso o único contratempo foi fazer o caminho todo de volta para a deixar na escola. Mas a facilidade com que me esqueci dela no banco de trás foi assustadora.
    Eu não fui diferente destes pais, não fui mais cuidadosa nem menos distraída. Tive mais sorte, só isso.
    Estas situações podem correr muito mal, e estes pais têm que lidar com a sua consciência (muitas vezes para) o resto da vida, não precisam da nossa intolerância.

    ResponderEliminar
  13. Concordo. E ilustro com a opinião do psiquiatra e psicanalista Boris Cyrulnik que responde à pergunta "Acte indigne ou banal?". As consequências para os pais também estão no atigo do Figaro.

    http://sante.lefigaro.fr/actualite/2015/08/10/24007-oublier-enfant-acte-indigne-banal

    ResponderEliminar
  14. Concordo, plenamente, com a opinião da pipoka...atrevo me a dizer q cmg, dificilmente, aconteceria, pois a minha criatura pequena é tão tagarela q daria pela falta dele quase em segundos...ehehehe

    ResponderEliminar
  15. Ok...vou ser a primeira a dizer que concordo com o marido da pipoca? Sinceramente não entendo MESMO como se esquece de um filho. Uma coisa é o caso do esquecimento momentâneo, aquele que a pipoca descreveu, que se olha para o espelho do carro para se certificar que o bebé está na cadeirinha ou que até já se ia a fechar a porta e se dá de conta que no meio da tralha toda ficou o bebé no ovinho ou no berço e logo se volta atrás. Outra bem diferente são estes "esquecimentos" de horas e horas, ou, neste caso em particular km! Estamos a falar de 150 km, meu senhores!! E isto a meu ver faz com que já não se qualifique como "esquecimento" m que efectivamente pode acontecer a qualquer um, mas como negligencia.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. O pior ainda foi só terem dado conta quando ouviram o alerta na rádio :(

      Eliminar
    2. Parabéns pela sua perfeição e por nunca cometer um erro :)

      Eliminar
    3. Vou estragar a média dos comentários… porque concordo com o comentário anónimo das 16.33. sou a pessoa mais distraída que eu conheço, ando sempre com a cabeça nas nuvens e quando estava grávida morria de medo de um dia me esquecer de ir buscar o meu filho à escola até tinha pesadelos com isso! Depois dele nascer percebi que tudo muda… já sai de casa de chinelos, com a toalha do banho na cabeça… mas esquecer-me dos meus filhos em qualquer sitio??? Não consigo entender! Não critico porque todas as pessoas erram, mas não consigo entender que alguém se esqueça de um filho numa viagem de 150KM… já me aconteceu ir para a praia no caminho parar para beber um café e quando arranquei não reparei que uma das minha amigas tinha ficado para trás… mas um filho! num passeio de férias!!! e só se lembraram da criança 150 Km depois….. não entendo!

      Eliminar
    4. Pior,durante 150 km não olharam para os filhos!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Se olhassem viam que faltava 1!!!! E os outros 2 irmãos????? Só podem ser muito pequenos para não falarem, e como se fazem 150 km sem olhar para os filhos que vem atrás num carro???? Tenham paciência mas,uma coisa é um esquecimento como a Pipoca relatou, mas aqui é mais grave!!!!!!!!! Se calhar para o tablet olharam!!!!!!!!!

      Eliminar
  16. Conheço um casal que depois de encherem o carro com as tralhas para as férias é que perceberam que faltava... o filho.
    Tiveram de "destralhar" o carro para arranjar lugar para o miúdo.
    Eram pais há uns meses, nunca tinham ido de férias a três, não calcularam que seria necessário enfiar a criança em algum lado.
    Eu sei que não se deve dizer "acontece" mas acontece mesmo.

    ResponderEliminar
  17. Ora bem ....

    O meu pai e perito em se esquecer dos miudos ... tanto filhos como sobrinhos. Isso era o pao nosso de cada dia do meu pai - chegar a casa sem os miudos. ( coisa que mais irritava a minha mae).
    Ja se esqueceu de mim e do meu irmao - tanto na escola, medicos, festas de aniversairo, buscar em determinado sitio etc etc.
    O pior foi quando resolveu levar a canalha toda a um parque de diversoes - 7 miudos e 2 carros - conferir que estavam todos e la foram embora ... Quando resolveram parar numa bomba de gasolina ao fim de duas horas de viagens, repararam que faltava uma ... PANICO TOTA. Fomos todos para tras, ver se a crianca ainda estaria la ( tinha cerca de 8/9 anos) e quando chegamos, estava ela sentada no Posto de informacoes chatiadissima por ter-mos esquecido dela, tal era a irritacao dela, que a pessoa que estava a tomar conta dela, nao a queria dar ao meu pai pq era tio dela e nao pai! Enfim, DRAMA

    Mas agora que estou mais velha compreendo o meu pai, tinha muitas coisas para fazer e mal se lembrava dos filhos ... mesmo assim, ficava piursa quando se esquecia de mim.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. =) O meu pai era igual. E esquecia-se especialmente quando implicava alguma coisa diferente, quebra de rotina, etc. Uma vez esqueceu-se de me ir buscar e eu lá fui andando uns belos Kms até casa e só quando cheguei é que ele se apercebeu que se tinha esquecido.

      Eliminar
  18. Também acho que pode acontecer a qualquer um sobretudo quando há alteração de rotinas. E cada caso é um caso!

    ResponderEliminar
  19. Ora lá está... antes de ser mãe acho que concordaria com o Arrumadinho e seria das que diria: "Eu? Esquecer-me de um filho?! Jamais!" Agora mãe de dois, um de 2 anos e outro de 4 meses devo dizer que sempre que saio de casa com os dois, com mochilas, e mala às costas, um pela mão e outro no ovinho já penso duas vezes. O carro estacionado à porta de casa, pouso ovinho na entrada de casa, abro carro, guardo sacos e prendo o de 2 anos na cadeira, volto atrás e pego no ovinho e coloco no carro. Fecho a casa, e lá vou eu olhar 23423 vezes para o espelho com medo que algo me tenha falhado e um deles tenha ficado esquecido. E quando temos e abrir e fechar carrinho de passeio? e guardar ovo? e prender o de 2 anos antes que fuja, e ... e... e.... o cansaço é muito mesmo e agora "nunca digo nunca".

    ResponderEliminar
  20. Sempre lúcida Pipoca. Adoro estes teus textos. Tens uma opinião equilibrada e despretensiosa, ao contrário de pais perfeitos atrás de um monitor, sempre prontos a acusar os outros. Ainda não sou mãe, a experiência que tenho é exactamente o oposto mas com o mesmo efeito. Uma pessoa com quem vivi 27 anos, quando desapareceu, e até hoje 5 anos depois, volta e meia penso "ah vou ligar ao meu pai" ou quando vejo alguém de longe parecido e "olha o meu pai". Eu estava habituada à existência de uma pessoa. A rotina dos pais altera-se com uma nova presença, após anos e anos a agir quase em modo automático. Ninguém está livre de preparar tudo como sempre e alguma coisa correr mal... E não é por falta de amor ou ligação. Esses pais perfeitos que habitam na Internet deviam pensar melhor antes de cuspir para o ar.

    ResponderEliminar
  21. Sou mãe de dois filhos e concordo com tudo o que escreveste. Já me aconteceu sair de casa para ir trabalhar com os dois miúdos atrás, um para deixar na minha mãe, outro no infantário, ora o que fiz?? Não parei em nenhum dos sítios, fui direta para o trabalho, só percebi quando já tinha feito meia dúzia de Km... toca a voltar para trás para os deixar nos respetivos sítios...

    ResponderEliminar
  22. Nesse caso dos 150km os outros filhos também não disseram nada?Não sei que idades têm e se calhar estou para aqui a dizer um enorme disparate mas os miudos não deram pela falta do irmão ou da irmã? De qq modo, que susto que devem ter apanhado estes pais.

    ResponderEliminar
  23. Completamente de acordo, quando ouço estas histórias não só não condeno como fico com pena dos pais. Sim, dos pais. Porque os pais, que acreditamos que se preocupam realmente com os filhos, vão ficar com a consciência pesada e recriminar-se a si próprios bem mais que qualquer outra pessoa.
    Um dia destes cheguei a casa às 20.30 e o meu filho não estava em casa. Era dia de judo, que costuma ser das 19 à 20 h, mas o horário em agosto alterou, e ele não me avisou. Quando cheguei e não o vi, estive a recriminar-me nos 5 minutos que levei a chegar ao ginásio para confirmar que ele lá estava, porque sou uma desnaturada, onde já se viu deixar o miúdo andar sozinho na rua... ele tem 12 anos, e praticamente é só atravessar a rua, mas se lhe acontecesse alguma coisa naquele trajecto, iria odiar-me a mim pelo resto da vida.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Começo por dizer que não quero de forma alguma dizer-lhe como deve educar o seu filho ou que a forma como o faz é errada -- desprezo qualquer tipo de mania de superioridade e pessoas que acham que sabem mais da nossa vida que nós mesmos.

      O seu comentário chamou-me a atenção porque li recentemente este artigo no Observador: http://observador.pt/especiais/estamos-a-criar-criancas-totos-de-uma-imaturidade-inacreditavel/. O autor defende que hoje em dia, e no geral, super-protegemos as crianças e ao fazê-lo estamos a privá-las de adquirir liberdade, responsabilidade e capacidade de resolução de problemas que são essenciais para o seu desenvolvimento e maturação. Isto para dizer que acho perfeitamente normal que uma criança de 12 anos faça um percurso tão curto como o que referiu sozinha, seja a vir da escola/ginásio, ir comprar pão, etc. Hoje em dia vemos miúdos com 12 anos que não sabem contar dinheiro para pagar alguma coisa, cortar a comida que têm no prato ou fazer uma simples sandes, porque os pais fazem tudo por eles, infantilizam-nos demasiado, e isto não lhes faz bem nenhum.

      Eu sei que o instinto parental é proteger os filhos de tudo e todos, mas não nos podemos esquecer que não é suposto, nem saudável, eles precisarem de nós para sempre.

      Eliminar
    2. Ao ler-vos, e tomo esta troca de comentários como uma conversa entre Mães, cada vez mais me convenço que somos mesmo fruto da sociedade desenhada em que vivemos.
      Até há três anos atrás nunca mas nunca deixei os meus filhos brincarem sequer na rua sozinhos. Mesmo tendo crescido com as brincadeiras de rua, os meus filhos estavam dentro de uma bolha. As escolas trancadas e com porteiros. Os pais muitas vezes nem dentro do recinto escolar poderiam entrar sem marcação prévia... até que...
      Mudei de país. Cheguei a uma cidade onde a escola não tem uma única vedação, as portas nem à chave estão fechadas.
      Tremi tantas vezes com esta imagem. Nem imaginava eu que... veria crianças a partir dos 5 anos ir a pé ou de bicicleta para a escola... SOZINHAS!
      Hein?! Os meus filhos jamais irão para a escola assim. Dizia eu...
      Pois, dizia... porque chegou o primeiro pedido... irem sozinhos a pé para a escola. Engoli em seco. Eles foram (nas duas primeiras vezes tiveram direito a detective ahahah).
      Chegou o pedido seguinte... Irem de bicicleta. Existem dias em que a policia vai às escolas ensinar as regras de como andar na estrada e passam um exame.

      Hoje, posso dizer-vos que as escolas continuam sem porteiros, sem vedações e os meus filhos inteirinhos e com uma noção de regras/espaço óptima.
      Posso dizer-vos que vão brincar lá para fora e respeitam quando lhes ensinámos que "se saires dali, antes de o fazeres vens pedir".
      Usam a bicicleta na estrada sabendo todas as regras de segurança.
      Sinto um orgulho imenso por sabê-los meus mas acima de tudo ter em casa seres humanos que sabem o que a liberdade na idade deles implica e de os ver "filhos do mundo".

      Isto tudo para vos dizer, que não culpo de todo os pais que protegem, que têm medo, é natural. Afinal, tal como disse de inicio, acredito piamente que somos fruto da sociedade em que vivemos :)

      Eliminar
    3. Eu já expliquei em baixo, a comparação entre situações é mesmo porque esta é uma coisa banal, mas se corresse mal eu ia recriminar-me na mesma.

      É claro que é normal e desejável que um miúdo de 12 anos ande sozinho, ele já anda desde os 10. Mas se corresse mal e fosse por exemplo atropelado, a minha consciência ia pesar de igual forma, porque não deixam de ser nossos filhos só porque cresceram, e o sentido de protecção prevalece...

      Por isso imagino o quanto se recriminam estes pais que se esquecem dos miúdos.

      Eliminar
    4. A minha filha tem 16 anos e considero-me uma mãe assim muito despreocupada (fui mãe com 19 anos, deve ser por isso).
      Há coisas que ligo muito, outras é muito o deixa andar. Só há uma que estou sempre "em cima": "quando chegares á escola diz; quando fores aqui diz, quando fores ali diz": Não se trata de controlo, nada disso, até porque até à data, a miúda tem sido impecável, mas é mais aquela coisa do: "ah pronto, já chegou!".
      Eu fui habituada a dizer aos meus pais onde andava. Nunca me proibiram de nada, mas acabou por ser um habito dizer "vou a casa da X e da Y e da Z" ou "vamos à Feira Popular (ai que velha que eu sou)"...

      Eliminar
    5. Patrícia, sou a Anónima das 17:51 e concordo em absoluto consigo. Uma coisa é os pais darem aos filhos liberdade e confiarem na responsabilidade deles de irem sozinhos a algum lado, outra é "não querer saber". Obviamente que, independentemente da idade, devem sempre dizer onde vão e quando voltam.

      Eliminar
  24. Excelente post. É bom que as pessoas leiam e compreendam. Mas acima de tudo que pensem antes de julgarem. Porque antes de tudo o mais, somos humanos, e pode acontecer ao melhor pai do mundo. No fundo, a dor (se for o caso), o pânico e o sofrimento é para os pais, apenas e só. Para todos os demais é apenas a notícia do dia, (ou da semana, se virem os telejornais portugueses).

    ResponderEliminar
  25. Eu, não sou mãe. Sou um bocadinho para além disso... sou tia de três sobrinhos sem mãe!
    Contudo, desde que me lembro daquelas três "criaturinhas" serem gente que cuido deles, levei-os à creche e agora levo-os às diferentes escolas, vou buscá-los, deixo-os nas festinhas de aniversário, nas várias actividades (...) enfim faço o normal, tudo aquilo que uma mãe "a sério" faria...
    E, certo dia, numa manhã normalíssima antes do trabalho, quando fiquei de levar um dos miúdos para a escolinha infantil, o puto (que felizmente já falava e é esperto que nem um rato!) disse-me "Tia hoje vamos primeiro ao teu trabalho?". È claro que para além de ter apanhado um enorme susto, apercebi-me que me tinha literalmente esquecido de deixar o miúdo na escolinha... Estava a tempo e remediei a situação, mas se o miúdo não falasse, se calhar, a história hoje poderia ser muito diferente! E eu, sempre fiz aquilo! Mas naquele dia esquecí-me e segui caminho. E, não serve dizerem-me que como não sou mãe os instintos são diferentes... Não! Aconteceu-me a mim, tia como acontece com mães e pais... Isto porque as coisas acontecem!!! É lamentável que aconteçam? Sim é, mas acontecem e não podemos atirar pedras a ninguém...

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Deve sentir se como uma mãe pois é isso que é para essas crianças.

      Eliminar
  26. Há casos e casos e sim, nunca podemos afiançar que não nos irá acontecer!

    ResponderEliminar
  27. Pelo amor da santa..aos 12 anos qualquer miúdo deve andar na rua e atravessar a estrada. Eu com essa idade já tomava conta da minha irmã de 2 anos, ia ao supermercado, fazia almoço para a família nas férias escolares etc e ninguém acha a minha mãe ou o meu pai, ambos pessoas com educação, classe média, desnaturados. Há que não infantilizar demasiado as crianças!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Daí a comparação, se algo tão banal corresse mal eu ia recriminar-me, imagino se me esquecesse do puto. Por acaso nunca aconteceu, mas coloco-me no lugar dos pais a quem acontece e não consigo condenar, eles já o vão fazer sozinhos.

      Eliminar
    2. Vive numa cidade grande ou num meio mais pequeno?

      Eliminar
    3. Eu moro numa cidade grande (Lisboa) e a minha filha anda sozinha desde os 10 anos (escola, casa). Teve de ser. E não me considero desnaturada, nada disso.

      Eliminar
    4. As coisas que os meus pais faziam quando eu era pequena, hoje são motivo para os pais terem a Segurança Social e psicólogos à perna. Ficava sozinha em casa, com 5, 6, 7 anos, depois de sair da escola e de ter ido sozinha para casa, etc. Nao sei se era certo ou errado, mas parece-me que hoje em dia os miúdos ficam independentes e aprendem a desenrascar-se bem mais tarde.

      Eliminar
  28. Eu ainda nem tenho filhos e já tenho um medo terrível que me aconteça algo assim...ninguém pode garantir. Ninguém.

    ResponderEliminar
  29. Numas férias os meus pais esqueceram-se de mim num café. Isto porque os primos gostam todos de andar juntos no mesmo carro e daquele tempo as cadeirinhas não eram um problema. Assim na confusão os meus pais pensaram que eu tinha ido com os meus tios e seguiram caminho mas não eu fiquei no café. lembro-me muito bem! E depois qual é o problema? Os meus pais são menos bons por causa disso? Claro que não.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. De férias no Algarve, há 20 anos, com marido, dois filhos, sogros e cunhados. À noite em Tavira de regresso a casa ali perto, coloco o mais novo na cadeirinha do carro e o mais velho brincava por ali. Todos prontos para arrancar, dois carros, pergunto: o miúdo está com eles não está? Não sei! Saí do carro e perguntei: o miúdo está convosco? Não o o o ! Pânico.
      Andava com 4 anos no passeio junto ao rio de mochila com Pokemons aos pulinhos. Que susto!! Mas acontece, convenci-me que estava com os avós e tios e eles que ele estava connosco. Safou-nos o instinto de mãe ;)).
      Nunca ponham de parte o vosso instinto.

      Eliminar
    2. Pois depois reclamam de casos como a Maddie e daquele recente que a mãe se distraiu a arrumar um dos filhos dentro do carro e o pequeno de 3 ou 4 anos morreu atropelado.

      Eliminar
    3. Estamos mesmo a falar de situações semelhantes!!!

      Eliminar
    4. Uma criança estar entregue aos avós que se distraíram é exactamente semelhante a deixar 3 crianças a dormir sózinhas e ir para o restaurante. Exactamente igual.

      Eliminar
  30. Adorei!
    Sou mãe de 3, ainda não me esqueci de nenhum, até porque os próprios alertam, mas já me esqueci de por o cinto do carro no ovinho e à primeira curva, chão.
    Tenho mais 3 irmãos e numa saída de restaurante com muitas pessoas esqueceram-se de mim e da minha irmã, claro que os meus outros 2 irmãos avisaram. Beijos

    ResponderEliminar
  31. Excelente texto, 100% de acordo consigo Ana, eu que já tenho os meus filhos crescidotes... no que a filhos respeita: formas de agir, atitudes, comportamento, educação, saúde... sou da opinião que N-U-N-C-A mas N-U-N-C-A devemos emitir juízos de valor de reprovação(podemos sempre abstermo-nos de comentários/remetermo-nos ao silêncio) ou de alguma forma demonstrativos da nossa supremacia como pais e educadores... simplesmente porque todos os seres humanos erram involuntáriamente, têm falhas de memória, preocupações, indisposições, exaltações.... e depois "Azares" acontecem a todos, não só a alguns... por isso "não devemos cuspir para o ar..." sob pena de.... !
    Não acredito em pais perfeitos, acredito que muitos ou a maioria dos pais tentam fazer pelos filhos o melhor que sabem e podem. Só passando pela experiência de ser progenitor, se pode com conhecimento de causa referir algo sobre o assunto.... tudo o resto são meras teorias.:)

    MDM

    ResponderEliminar
  32. Concordo Pipoca, a um mês e meio de ser mãe pela primeira vez, tenho imenso medo que me aconteça tal coisa!!! não podemos atirar pedras! Adoro adoro aquelas pessoas que julgam, e se acham o máximo da perfeição.

    ResponderEliminar
  33. Pipoca, tu és das pessoas que mais deve saber como as pessoas, principalmente atrás de um teclado, estão prontas a apontar o dedo e a julgar. Parece que perdem a capacidade empática, não sei... Mas sim, há que dar 'um desconto' pois não sabemos o que a vida nos reserva...

    ResponderEliminar
  34. Concordo e concordo com tudo. Não sou mãe e penso que tão cedo não serei no entanto acredito que isso não é sinal que os pais gostem menos ou nem liguem para os filhos. São coisas que acontecem e ponto final. Ninguém se livra de poder ser o próximo a acontecer. Esperemos que não, afinal (na maior parte das vezes e naquilo que é correto) os pais fazem tudo pelos filhos não é? ;)

    ResponderEliminar
  35. Também não percebo, nem imagino como é que é possível. Mas há pessoas para tudo.

    ResponderEliminar
  36. E provalmente o meu maior receio..... Por mais cuidadosa q procure sempre ser

    ResponderEliminar
  37. Acho piada...todas as historias aqui relatadas nem sequer se comparam com os casos rmediáticos que a Pipoca mencionou: deixar um filho no carro praticamente horas e horas sendo que depois infelizmente a criança acabou por falecer; e lembrar-se que se deixou a criança na estação de serviço após 150 km. É óbvio que é normal haver descuidos, esquecimentos, distrações quando se tem uma e sobretudo quando se tem mais que uma criança. Mas estas distrações em nada têm a ver com esquecer-me horas e horas de uma criança. Isto não quer dizer que estes pais não têm sentimentos e que não vão carregar uma culpa imensa, mas sinceramente conduzir 150 km sem se lembrar que deiaxaram a criança para trás é mau, mas pior a meu ver é conduzir 150 km e nunca deitar o olho, nem que fosse pelo espelho, a ver se a criança está bem. Total descuido e negligencia, na minha (modesta) opinião.

    ResponderEliminar
  38. Concordo contigo!
    Cris

    ResponderEliminar
  39. Infelizmente Pipoca o caso em que ao pai nao cabia a tarefa de levar a crianca ao infantário, tendo este acabado por morrer foi condenado a pena de prisao.
    Foi condenado e no primeiro dia em que nao foi vigiado suicidou-se devido a culpa.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Ao facto de todos apontarem o dedo nem comento, mas não sabia deste desenrolar e lamento, lamento profundamente a dor deste pai!
      Carla

      Eliminar
    2. Têm a certeza disso? O que eu li foi que o pai nem sequer foi condenado.

      Eliminar
    3. Não foi condenado porque estava completamente arrasado e o juiz considerou que aquele homem já tinha sofrido bastante ao perder o filho, por responsabilidade própria...

      Eliminar
    4. Pois eu acho que o pai não foi condenado porque não havia condenação maior do que a culpa pela morte do filho.

      Eliminar
    5. Não sei se é este o caso a que se referem mas se é o pai não chegou sequer a ser julgado.

      http://www.cmjornal.xl.pt/nacional/portugal/detalhe/tribunal-perdoa-pai-que-deixou-bebe-morrer-ao-sol.html

      Eliminar
    6. Não foi condenado, isso foi um mito que que foi criado , tal como o suposto suicídio . Anos depois dessa tragédia, os pais deram uma entrevista e curiosamente o que a maioria das pessoas que os conheciam , não entendiam era , como é que eles se tinham mantido casados , como é que a mãe da criança conseguia ter ficado com ele e o ter perdoado ( mas isto era assunto para outro post) .
      Mas efetivamente ele nunca foi condenado nem tão pouco se suicidou .

      Eliminar
    7. Chris Clouse, está completamente enganado (a)!!! Não foi condenado, o juiz decidiu que conviver com o próprio erro já era demasiado.

      Eliminar
  40. Eu não critico esses pais! (nem outros!)
    Rezo muitas vezes para que nunca me venha a acontecer o mesmo!

    ResponderEliminar
  41. Excelente texto! Como mãe concordo com tudo o que disse. Não é fácil ter um filho, é uma responsabilidade para a vinda inteira.

    ResponderEliminar
  42. Eu, de todo, não julgo. Não consigo.

    ResponderEliminar
  43. Quando era miúda estava na praia com a minha família, onde o Afonso, uma criança que não parava um segundo desapareceu quando atravessávamos o areal para chegar ao carro, a avó, pergunta pelo Afonso... Pânico geral e começamos por revirar a praia com os olhos, quando olhamos uma para os outros, para nos dividirmos, a Avó desata a rir de alívio... Tinha o neto ao colo, calado, muito admirado a olhar para a nossa figura...
    Hoje sou mãe de dois piratas e tenho muito medo... Ninguém está livre!!!

    ResponderEliminar
  44. Esta história faz-me lembrar de uma pessoa (minha familiar) que, certo dia, se esqueceu de ir buscar a filha às aulas de francês. Supostamente as aulas acabavam às 19h, mas ela só se lembrou dela às 22h!!
    O marido achava que a filha estava com a mãe e não se preocupou. A mãe estava a mil por causa do trabalho. Quando se lembrou da filha entrou em pânico. Foi a correr à escola e encontrou-a, sozinha, num canto, para que ninguém a visse. A mãe sentiu-se a pior de todas as mães do universo e arredores... Não aconteceu nada grave, mas poderia ter acontecido.
    Contudo, acredito que falhas acontecem e aquele que diz que jamais se esqueceria de um filho, pode, um dia, viver este drama. Não sou mãe, mas conhecendo-me como conheço, sou pessoa para me esquecer da pobre criatura algures...

    ResponderEliminar
  45. Não faço ideia do desfecho do caso do pai que se esqueceu do bebé no carro, sei que era miúda na altura e tudo se passou na rua onde morava. Ali, mesmo à porta de minha casa. Ficou-me de tal maneira gravado na memória que espero mesmo me sirva de lição a mim e que nunca mo aconteça!

    ResponderEliminar
  46. Lembro me tão bem do caso que se passou em Portugal, na altura ainda não era mãe mas pensei que poderia acontecer a qualquer pessoa e coitado daquele pai que iria lidar com o sentimento de culpa para o resto da vida...não há pais nem mães perfeitos, existem pessoas que potencialmente podem falhar. Uma vez estava a limpar a casa e a minha filha em questão de segundos escapuliu se para a varanda de um dos quartos, foi só eu virar costas, pensava que Estava a ver televisao, nem a vi passar Enquanto fui à Cozinha beber um corpo de água.quando passei na sala e nao a vi até me arrepiei. Lá Estava ela na varanda, sorte que as varandas säo altas e ela pequenina.quando muito aflita fui ter com ela, e embora com a perfeita noção que era praticamente impossivel que ela pudesse cair, a sacaninha ainda se riu para mim.o meu coraçao parecia que tinha congelado!

    ResponderEliminar
  47. Eu não consigo (ou não quero) acreditar que qualquer mãe/pai deixe internacionalmente o seu filho esquecido em qualquer lugar. Aliás, quando oiço este tipo de notícias, fico com imenso dó das crianças, mas dos pais também. Nem consigo imaginar o que será ficar com esse peso na consciência (caso aconteça alguma tragédia)...
    Maria Bell

    ResponderEliminar
  48. Até agora não sei como é que eu e a minha irmã nunca ficámos esquecidas a caminho do Algarve. Sempre que se ouve uma notícia destas, o meu pai identifica-se completamente e olha para nós com perfeita noção que só não lhe aconteceu porque nós nunca o perdíamos de vista por ser tão distraido'.

    ResponderEliminar
  49. quantas vezes os meus pais já se esqueceram de mim no colégio loool iam logo pra casa naquela que "o outro" é q ia buscar-me ao colégio.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. A mim tb me aconteceu. So deram por ela quando a minha mae foi aomeu quarto chamar me para almocar. Eu ja tinha almocado n escola. Tinha uns 5 anos e pensei que os meus pais nao me iam mais buscar. Ja passaram muitos anos mas ainda me lembro do aperto no coracao.

      Eliminar
  50. Concordo em absoluto. Ninguém pode afirmar que não seria capaz de se esquecerem do filho, porque caso isso acontecesse seria de forma "piloto automático" e não o fariam enquanto decisão deliberada. É aqui que está o cerne da questão. As pessoas não escolhem. Espantem-se: estamos todos os dias, mais de 70 por cento do tempo em piloto automático (não acedemos a acções que são voluntárias, estamos demasiado automatizados). Pelo que não me parece nada estranho que estas situações aconteçam. E os pais não são menos pais por isso.
    Beijinhos Pipoca

    ResponderEliminar
  51. Uma das causas desse esquecimento é a mudança de rotina. Eu também pensava "como alguém esquece que está com uma criança?!", até que um episódio que mudou uma rotina me fez ficar realmente preocupada de um dia ter filhos...
    Eu ando de carro com meu namorado sempre só ele e eu. Sempre. Na primeira vez que minha mãe saiu com a gente, sentou no banco de trás normalmente e fomos conversando pelo caminho. Mesmo com ela ali conversando comigo o tempo todo, na hora de sair do carro (duas portas), eu saí e fechei a porta. Esqueci da minha mãe no banco de trás.
    Foi por um segundo, o suficiente para eu entender, pelos menos um pouco, as pessoas que esquecem os filhos no carro.

    ResponderEliminar
  52. Um dia no meu restaurante vi uma velhinha desesperada a chorar à procura da família. Haviam ido embora depois de um almoço de domingo e deixaram-na para trás enquanto foi a casa de banho. Com desalento disse-me que na mala apenas tinha lenços de papel que usava para limpar as lágrimas. Confessou-me que nem dinheiro tinha para chamar um táxi porque a família não gostava que andasse com dinheiro. Não tinha telemóvel e não sabia de memória o contacto da família. Conseguimos o contacto da família pela reserva que haviam feito no restaurante. Ninguém tinha dado conta ainda da sua falta. A família estava dividida em 2 carros e pensaram que estava cada qual no outro carro. Estive mais de 30 minutos a fazer-lhe companhia e tentar animar esta senhora.
    Não acontece só com crianças.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Que tristeza :(

      Eliminar
    2. Caramba... que história triste :( Infelizmente as pessoas "esquecem-se" dos idosos de muitas formas :(

      Eliminar
  53. Na festa de anos da minha filha que acabava às 18h30, eram 21h40 e o pai de uma das crianças ainda não tinha aparecido e não atendeu o telemóvel das 1500 vezes que lhe liguei... Lá apareceu e simplesmente "esqueci-me dela. Nem nunca mais me lembrei. Olhe desculpe lá a maçada". Por favor!

    ResponderEliminar
  54. Estes casos de esquecimento devem-se ao stress que somos obrigados a viver no nosso dia a dia. Felizmente nunca me esqueci da minha filha, mas também tenho desses súbitos ataques "será que me esqueci dela?" quando lhe sinto a falta.
    Quanto ao caso do pai que se esqueceu do menino no carro quando foi trabalhar, eu conheci pessoalmente um primo dele que me contou como tudo sucedeu: a mãe é quem costumava levar o menino todos os dias à creche, mas nesse dia teve de ir trabalhar mais cedo e encarregou o pai de fazer esta tarefa. Além de não ser algo que ele habitualmente fizesse, o miúdo foi sempre em silêncio (acredita-se que tenha adormecido na viagem), e o pai fez o percurso normal para o trabalho sem sequer se ter lembrado o porquê ele de ter ido um pouco mais cedo. Quando recebeu a chamada da esposa pelo alerta que deram na creche pela falta do menino, ele foi a correr para o carro sem sequer imaginar o cenário triste que lhe esperava...
    É verdade que ele se tentou suicidar, mas foi a esposa quem o salvou (não sei pormenores mas também não os contaria). Também se estiveram para divorciar, mas a esposa lhe perdoou a sua falha (que vá lá, não me digam que não foi um enorme azar que ele teve) e lembrou-o como ele era um pai maravilhoso para o filho.
    Entretanto já passaram anos que deixei de saber notícias sobre este casal, e não sei como estarão agora, mas que o pai ficou muito traumatizado... ficou.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Tenho muita pena desse pai. É com toda a certeza uma trauma que se carrega para toda a vida. E existem muitas outras histórias e casos que penso não deveriam ser julgados com tanta severidade, pois como muitas e muitos já disseram, ninguém está livre que lhe aconteça situação semelhante!
      Mas confesso que me faz confusão esta história da família que percorreu 150 km até perceber que tinha deixado um filho para trás.
      E o que me assusta mais é que essa percepção veio de um alerta da policia que ouviram na rádio, não da sua própria percepção.
      A familia ia de férias, possivelmente mais descontraída. Normalmente várias crianças dentro de um carro é sinónimo de algum barulho. Estes pais nunca olharam para os bancos de trás para ver os filhos, para falarem com os filhos? Em 150 km? Durante mais de uma hora? E se não tivessem ouvido o alerta da polícia? Até onde teriam ido até dar falta da pequenina?
      Acredito que quando deram pela falta da criança, se tenham assustado e bastante. Acredito que amem os seus filhos.
      Mas este caso parece tocar um pouco a negligência...
      Ainda bem que teve um final feliz.

      Eliminar
  55. Se até a empenhada mãe do Kevin se esqueceu dele no Natal... Felizmente o puto conseguiu dar a volta aos ladrões.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Esse até foi esquecido umas duas vezes, ficou tal maneira traumatizado que até se meteu nas drogas.

      Eliminar
  56. Concordo em absoluto. Do meu filho ainda não me esqueci, mas também já me assustei como a Pipoca depois de não ouvir barulho ao fim de 15 minutos no carro. E pior, já me esqueci de apertar o cinto do ovo...

    ResponderEliminar
  57. Sou mãe há 4 meses. No 1o mês eu e o meu marido acordámos durante a noite em pânico a achar que o nosso bebé tinha de estar na nossa cama, quando estava tranquilamente a dormir no berço... na nossa confusão noturna, esquecemo-nos que o tínhamos colocado lá e voltado a dormir.
    Também já o coloquei no ovo e esqueci-me de apertar o cinto. Mal arranquei o carro percebi que faltava algo e fui ver, nem sei bem como.
    Não é comparável, mas na verdade uma pessoa anda tão cansada que faz coisas impensáveis...

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. É mesmo isso! O meu só tem 2 meses e também já me esqueci de apertar o cinto uma vez e ficou assim toda a viagem, cerca de uma hora... Acho que tudo pode acontecer!

      Eliminar
  58. Nunca nos aconteceu e só de pensar nisso fico angustiada. Todos somos falíveis e isso é assustador!

    O mais certo é o pai ter achado que a mãe confirmou que a criança estava no carro e vice versa. Aconteceu o que não devia e certamente que foi horrível para todos.

    ResponderEliminar
  59. Não devia acontecer mas acontecem até casos parecidos!!! Um cunhado só quando chegou a casa é que deu conta que a mulher não vinha atrás na mota!! Ao arrancar a 50km com talvez a violência do arranque deslizou e lá ficou sentada no chão e ele não deu por isso é dá-se por isso pela leveza da condução. Onde tinha ele a cabeça?!!!



    ResponderEliminar
  60. Tenho muita , mas mesmo muita pena desse pai que se esqueceu do filho no carro....se a dor de perder um filho é a maior que se conhece, nestes casos eu nem quero imaginar...serei mãe em breve e é algo que me assusta...

    Penso que temos de ser conscientes que isto pode acontecer a qualquer um, a própria consciência que somos falíveis ajuda a que não o sejamos tanto. Se pensarmos que só acontece aos outros andamos menos atentos.

    Neste caso em concreto, estranho que não tenham olhado para os bancos durante os 150km, mas apenas aqueles pais saberão o porquê.

    ResponderEliminar
  61. Não acredito em pais perfeitos, mas neste caso permitam-me discordar. Porque ninguém faz 150km de carro, quase 2horas a conduzir sem se virar para trás e perguntar à criança de 3 anos se quer alguma coisa. Os pais não são perfeitos, mas conversam com os filhos durante as viagens, dão uma olhadela no retrovisor para ver se a criança precisa de alguma coisa. Porque crianças com 3 anos já falam. Não são bebés que podem dormir umas quantas horas sem fazerem nenhum barulho.
    Peço desculpa, mas não faz sentido!

    ResponderEliminar
  62. Por causa destes casos de crianças esquecidas nos carros, nos EUA alguns pais colocam fitas na porta do seu lado do carro, no lado de dentro, sempre que levam os filhos no banco de trás. Assim sempre que Saiem e a fita ainda lá está é sinal que não os deixaram em lado nenhum. Para os pais mais despistados pode ser uma boa dica. Eu sou um bocado despassarada e Deus me livre e guarde de me acontecer uma tragédia destas, mas não condeno jamais quem se tenha esquecido dos filhos, porque é algo que pode acontecer a qualquer pai.

    ResponderEliminar
  63. desculpe lá D. Susana Morais mas essas suas certezas têm muito que se lhe diga, olhe que conheço crianças de 3 anos q dormem 2 ou até 3 horas (e sem drunfos no carro) e mais, até conheço crianças que por vezes adormecem às 18hrs e só acordam no dia seguinte (novamente sem drunfos) e não se esqueça de uma coisa muito simples: é muito feio cuspir para o ar, muitas vezes esquecemo-nos que nos pode cair em cima ...

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. D. Anónimo obrigado pelo contributo. Hoje aprendi que ao darmos as nossas opiniões estamos a cuspir para o ar e isso é muito feio. Sempre a aprender. Obrigado!

      Eliminar
    2. Anónimo, acredito que sim, que existam crianças assim, mas os seus argumentos não me fazem muito sentido.
      Um pai ou mãe que vai num carro com uma criança que aí pode dormir duas ou três horas, não olha para trás durante esse tempo todo?
      A criança adormece às 18h (presumo que em casa) e só acorda no dia seguinte. E a mãe ou o pai não o vão ver durante esse tempo todo?
      Acho difícil acreditar nisso...

      Eliminar
  64. Não sou perfeita! O meu filho hoje tem 19 anos e aconteceu-me esquecer-me dele tinha 12 anos. Era para o ir buscar às aulas de inglês que eram às quartas-feiras das 19h às 20h normalmente chegava a horas de o ir buscar nesse dia esqueci-me que era quarta-feira, saí mais tarde e não avisei os avós. Já eram perto das 21h a minha sogra recebe uma chamada da professora a saber se tinha passado alguma coisa. Quando recebo a chamada da minha sogra o meu mundinho de mãe perfeita caiu-me aos pés. Hoje passados estes anos ainda sinto a sensação de falha.

    ResponderEliminar
  65. Se fosse o telemóvel daria logo pela falta.
    Agora um filho, não vou dizer que é impossível...

    ResponderEliminar
  66. Todas estas e outras notícias tristes que envolvam crianças servem de exemplo... vivo num 3 andar e ando sempre preocupada com as janelas. Por vezes são questões de segundos que mudam a nossa vida por completo... ainda há pouco tempo a minha de 3 anos abriu a porta do carro em andamento. .. já a devíamos ter trancado por dentro mas de dia para dia não o fizemos. Só tive tempo de tirar o meu cinto e lançar me à porta. Ela estava com o cinto nem se mexeu e todos no carro ficaram em silêncio. ..

    ResponderEliminar
  67. Ora qui está um post de se tirar o chapéu,livre de marketing!!!uma opinião com a qual concordo a 100%!!Espero que a AGM consiga alargar os horizontes de mtos leitores,porque há certas mães que acham que são infalíveis,supermaes,sempre de dedo em riste a apontar os defeitos dos outros....Parabéns por pensar assim!!

    ResponderEliminar
  68. Compreendo perfeitamente a situação pela qual passou. Também eu passei uma parecida com a minha irmã e a minha sobrinha. Um acontecimento que nunca iremos esquecer.

    Estávamos no pingo doce ás compras e, de repente, quando demos por ela, tínhamos deixado a menina no carrinho num corredor.

    Nem sei como tal coisa aconteceu, mas aconteceu! E pode acontecer a qualquer um de nós. Quando a minha irmã chegou junto da minha sobrinha, as pessoas em vez de lhe prestarem algum apoio, começaram logo por insultar e ofender! Como se errar neste mundo não fosse Humano! Afinal de contas a menina não estava a correr perigo...

    ResponderEliminar
  69. Muitas vezes são só irresponsáveis... no verão do ano passado, aqui na França, estavam cerca de 38° e eu ja tinha terminado minhas compras e estava a sair do parque de estacionamento e não sei se foi instinto ou não, olhei para um carro no meio de dezenas e lá estava uma bebe de cerca de 2 anos sozinha, na cadeirinha do lado exposto ao sol.
    Durante segundos duvidei daquilo que estava a ver, parei o carro imediatamente e disse logo para neu marido "tem uma bb sozinha no carro" ele muito despreocupado dizia que a mãe dela devia esta a beira, mas não....
    Ela ja estava vermelha, era choro, suor, desespero fui a beira dela e tinha uma abertura no vidro tão pequena que nem o braço da minha filha de 7 anos conseguia entrar para abrir a porta, meu marido entrou a correr no supermercado para chamar os seguranças e eu ja a ligar para Polícia, os segurancas perguntaram em alto e bom quem tinha deixado uma criança no carro e lá apareceu a "mãe" que estava muito descansadinha da vida a fazer compras, como se nada fosse...
    Todos ficaram revoltados com aquela mulher, ela afirmava que a criança estava a dormir quando ela deixou e como era pra comprar só "2 coisinhas" não tinha problema...
    Quando ela chegou a minha beira no carro eu ja tinha vontade de matá-la mesmo ali... e ela ainda dizia "obrigada, obrigada.. não pensei q ela fosse acordar", talvez não!
    Eu estava com tanta raiva que preferi virar as costas e sair, era um misto de raiva e nojo. E até hoje não consigo esqueci o rosto daquela criança, e sempre com o coração apertado sem saber se ela está bem...

    ResponderEliminar
  70. Eu já me esqueci de ir buscar um dos três putos à creche... Mas vá-la que mais tarde lembrei-me.
    Tenho uns amigos com 7 rebentes que uma vez deixaram um dos mais novos sentado no muro. Voltaram o carro atrás e foram buscá-lo. São uns super pais de sete rebentos!
    Quem nunca "pecou" que atire a primeira pedra.

    vidademulheraos40.blogspot.com.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Acho que a partir aí do quarto, vá, as coisas já sejam do "deixa andar".
      Estou a brincar, mas com sete, mais um, menos um.. :-)

      Eliminar
  71. Adelino Marques14 agosto, 2015 21:09

    Respeito toda as opiniões, mas fico petrificado quando vejo gente a fazer juízo de valor de quem se acha melhor pai ou melhor mãe, mas por acaso existe algum modelo estereotipado do que é ser uma boa mãe ou um bom pai? O que é bom para uns, para outros não é assim, tem a ver com os valores e forma de estar na vida. Sim quando os meus filhos eram pequenos tive alguns episódios (hilariantes de por momentos esquecer-me dos meus filhos) e isso faz de mim um mau pai? Podia dar aqui um milhão de exemplos em que eu acho que fui um excelente pai dentro daquilo que são os padrões que a maioria das pessoas pensam que são os mais correctos, e isso fez de mim um bom pai? O que é isso de ser um bom pai ou mãe? A minha verdade não é a verdade obrigatoriamente a dos outros

    ResponderEliminar
  72. Recordo-me bem da notícia desse caso do pai que deixou o filho no carro. Recordo-me também de dizer exactamente o mesmo. Do papel de se ser pai faz parte errar. É certo que um erro destes foi fatal e nem consigo imaginar no sofrimento em que aquele homem viverá. Não consigo de facto imaginar...

    ResponderEliminar
  73. Já houve quem se esqueceu de muito mais como aquele casal gay nos estados unidos que se esqueceram de um bebe no carro por estarem a fumar esse e a ver tv http://lifexperienceeurope.blogspot.pt/

    ResponderEliminar
  74. Pipoca... há 30 anos não havia cadeirinhas/ovos de bébé...

    ResponderEliminar
  75. Concordo totalmente contigo... E tenho um medo imenso destas coisas, que nem consigo imaginar como se vive depois disto, nos casos em que a coisa acaba em tragédia.

    ResponderEliminar
  76. Não tenho filhos. Trabalho há 10 anos com crianças. Já recebi casos dramáticos de acidentes, alguns evitáveis, outros não. Uns que levaram à morte (de um filho! - o pior que pode acontecer a uma mãe/pai), outros que deixaram marcas para o resto da vida! Mantenho a minha postura de: Os acidentes com crianças só acontecem a quem as têm. Muitas das vezes bastam os 15 segundos referidos no post. Ninguém está imune! Ninguém! E acreditem: Os acidentes mais graves e que provocaram maiores danos aconteceram a crianças com as quais os adultos tinham muito cuidado com elas. Quem não souber compreender... que respire fundo e olhe a paisagem em silêncio... pedindo para NUNCA ser protagonista de mais uma destas histórias. Sim, nunca! Porque elas acontecem todos os dias...

    ResponderEliminar
  77. Os meus pais smp foram mega cuidadosos, mas ja se esqueceram de mim na escola, com 9 anos em plena cidade Joanesburgo.. chorei q me fartei e depois fui a pé para casa, tendo chegado ao serão a casa..a sorte foi ter um "anjinho" a olhar por mim..

    ResponderEliminar

Teorias absolutamente espectaculares

AddThis