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Difícil é parir a mãe

quarta-feira, abril 29, 2015
Quando, há um par de anos, comecei a ler as crónicas da Sofia Anjos no Público online gostei logo dele, mesmo sem a conhecer de lado nenhum. Finalmente, uma mulher a escrever de forma despudorada e com muita graça sobre a maternidade. Porque é que gostei dela? Por ser uma descomplexada, por escrever o que pensava sobre o assunto sem medo das alminhas críticas do costume e, sobretudo, por ser capaz de irritar as mães malucas, aquelas fundamentalistas que acham sempre que o que funciona para os seus filhos funciona para a humanidade assim em geral. Pessoas que têm o condão de irritar as mães malucas ganham logo o meu coração. Ainda me lembro de a Sofia ser praticamente apedrejada por crónicas como "As mães não se medem às mamadas". E de eu me rir muito com os seus textos. Esta semana chegaram-me a casa em versão livro, com o sugestivo título "Difícil é parir a mãe". E lá vou eu reler as crónicas que já li, com o mesmo entusiasmo, assim como as que deixei escapar. Mães malucas, fiquem longe e poupem os nervos: este livro não é para vocês.


26 comentários:

  1. Mais um livro para ser amado por umas e trinchado por outras :)
    Eu, que ainda não sou mãe, fico logo curiosa para ler estes livros que falam da maternidade sem preconceitos!

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  2. Sorry pipoca mas não tenho paciência para estes livros...Sou mãe há poucos meses e acho que agora não passa de uma moda fazer livros a dizer que a maternidade não é fácil e que as mães não são perfeitas, confissões, pecados, tabus etc e tal. Parecem-me muito paranóicas com este assunto. O primeiro livro ok, mas agora todos os que venham são vira o disco e toca o mesmo. Já se percebeu que está na moda dizer que ser mãe é uma chatice. Todas querem escrever um livro a dizer o mesmo.

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  3. Como fui mãe ao mesmo tempo que a Sofia, estive atenta às crónicas dela. Teve uma ideia genial na primeira; quando disse que "ter filhos era a tropa das mulheres". Pareceu-me a metáfora perfeita. Com o tempo - e as crónicas - fui-me afastando cada vez mais do seu ponto de vista. Por mais sarcástica e original que quisesse ser, o que escrevia parecia-me uma sucessão de azedumes, generalizações e muito pouca capacidade de adaptação.
    Não me considero uma mãe maluca, bem pelo contrário. Fugi de todos os grupos de mães como o diabo da cruz; dei de mamar a custo até aos 2 meses; fartei-me de viajar em trabalho acreditando que o bebé ficava tão bem com o pai e avós como comigo.
    O que me custa mesmo a aceitar na versão da Sofia das coisas é que há dezenas, senão centenas de mulheres a falar de forma irónica sobre a gravidez e sobre ter filhos - parenting - illustrated with crappy pictures; the ugly volvo, entre muitas outras que agora não me lembro mas que estão ali nas bookmarks - sem o negativismo e a sensação geral de descontentamento que exalam das crónicas dela. Acredito que ame a filha profundamente e que queira ridicularizar as situações e nunca a filha, mas falha redondamente e o que passa sempre é uma indignação geral com tudo em particular.
    Claro que ninguém me obriga a comprar o livro nem a ler as crónicas - coisas que não faço mesmo. Mas permito-me, civilizadamente, discordar de tudo o que ela escreve. Menos sobre a tropa. Essa foi mesmo bestial.

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  4. Um livro para ser amado por mães que conseguem (e precisam) rir delas mesmas.

    http://opsidascoisas.blogspot.pt/

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  5. Também leio alguns e sim são hilariantes!
    O livro deve ser mesmo uma maravilha!!!

    blogdamariafrancisca.blogspot.pt

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  6. Prestes a ser mãe, achei a crónica fantastica!! Só por isso fiquei com vontade de ler o livro!

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  7. Adorei a crónica sobre a amamentação. Quando engravidar, vai-me dar um gozo tremendo a indignação das mamãs fundamentalistas quando disser que não pretendo parto vaginal nem amamentar.

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    1. E às mamãs fundamentalistas vai dar-lhes um gozo enorme ver a SUA indignação quando as ouvir dizer que sem parir nem amamentar você não é mãe a sério. LOLOLOL. Por isso deixe lá isso do gozo, viva a maternidade à sua maneira, mas ter um filho é uma coisa séria, não é uma competição de quem goza mais com quem. Se vai engravidar só por gozo, pense duas vezes.

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    2. Pronto já faltava a parvoíce. Eu disse que ia engravidar por gozo?

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    3. Anónimo das 16:09, não há melhor para o seu filho que a amamentação. Uma criança, quanto mais, um bebé, não tem o sistema imunológico preparado para quase todos os "perigos" que encontra fora do útero. O leito materno tem proteínas que o vão ajudar a combater infecções enquanto o seu tenro organismo não se adapta a tantas agressões.
      Quanto ao parto natural, talvez o devesse considerar, já que a recuperação é mais fácil e o corpo poderá regressar mais rapidamente ao normal.

      Isto são apenas ideias para ler. Não estou a tentar ditar o que deverá fazer com o seu corpo e o seu filho.

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    4. Eu tb dizia que nao ia amamentar e ja la vao 19meses. Acho q devemos manter uma mente aberta até chegar a altura e depois quando o tiver nos braços logo vê o que sente e decide o que fazer... espero que experimente amamentar, mas se n o fizer, honestamente prefiro que digam abertamente q amamentam pq n querem do q porem-se com desculpas da treta: q o leite era fraco, q o bebe nao gostava, que os mamilos eram x y ou z. :)

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    5. Adorei a resposta!!!! Ahaha realmente existem muitas pessoas mesquinhas... Quer irritar quem não conhece com as escolhas que toma. Se calhar devia pensar duas vezes se é isso que quer...

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    6. StarBreaker: "prefiro que digam abertamente q amamentam pq n querem do q porem-se com desculpas da treta: q o leite era fraco, q o bebe nao gostava, que os mamilos eram x y ou z. :)"? Então, não tens a mente tão aberta assim, pois julgar quem não consegue amamentar dizendo que usam "desculpas da treta" é uma mistura de ignorância e preconceito.

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    7. Não disse que ia engravidar por gozo, mas disse que quando engravidar lhe vai dar gozo indignar ao transmitir as suas opções a quem tem outras diferentes. E isso, desculpe lá, mas é um comentário imaturo e infantil para quem está a pensar engravidar. É melhor deixar passar primeiro essa fase de adolescente rebelde.

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    8. Sao usadas como desculpas da treta, porque quem quer MESMO amamentar da a volta a essas situaçoes, q n sao motivo pra nao amamentar. quem desiste por esses motivos ou ta mal informado ou n quer amamentar mas sabe que fica mal dizer isso..

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    9. StarBreaker, por causa das desculpas da treta da minha mãe, estive dois dias inteiros sem comer...a enfermeira dizia á minha mae para ela se deixar de parvoices que se fizesse força saía leite.A minha mãe chorava baba e ranho e leite nada.Eu berrava cheia de fome (contam-m eos meus pais e familiares)Ao terceiro dia lá entrou em cena o meu pai, que teve que obrigar a senhora enfermeira a deixa-lo dar-me leite em pó.Ao terceiro dia.A minha mãe nunca chegou a ter leite. Claro que isso não é motivo, pela sua lógica.

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  8. Ana Simões, é mesmo isso.

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  9. Uma boa sugestão para o dia da mãe :) aquelas que não são fundamentalistas!

    Isa,
    http://isamirtilo.blogspot.pt/

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    1. Querida todos somos fundamentalistas porque se acredito em x e a menina não concorda é porque acredita em y é fundamentalista por isso? Agora não percebo porque associa que "as fundamentalistas" não podem gostar de ler um livro com piada... ( Pipoca deveria escrever um post sobre este tema....)

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  10. Não sou mãe, é certo, mas sempre que ouço essas mães fundamentalistas cujos filhos fazem sempre tudo direitinho e elas é que sabem, lembro-me sempre que todos temos telhados de vidro. E porque gosto de gente que, além de escrever bem, olha para as coisas como elas são estou muito curiosa com o livro.
    www.letirose.com

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  11. Só acho curiosa uma situação. A OMS, ordens de médicos, médicos e profissionais de saúde já referiram cinquenta mil vezes que a mãe deve amamentar o seu filho (se tiver possibilidade para isso, claro), um bom par de meses depois do nascimento, e que as mulheres não devem fazer cesarianas por opção, porque estas implicam mais riscos para a saúde da mãe e do bebé. Posto isto, acho que não é ser-se fundamentalista quando mulheres e mães "defendem" que se adoptem estas práticas, porque há estudos, porque há estatísticas, porque os profissionais desta área é que sabem o que deve ser feito. Não entendo estes argumentos do fundamentalismo nesta área, é simplesmente, adoptar as práticas que são recomendadas por quem sabe. Esta é a minha ideia sobre o tema, não me batam por isso :)

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    1. O problema é que há muitas mães, para além de "defender", fazem aquilo que o/a anónimo/a pediu não lhe fazerem: só não batem nas outras mães porque atrás de um pc é difícil.
      (e eu estou longe de ser mãe, mas às vezes leio cada coisa...)

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    2. É como no outro post a Pipoca dizer que a OMS e etc recomendam que não se tenha excesso de peso porque acarreta riscos mais elevados para a saúde. Estaria a ser fundamentalista ao defender isso também?

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  12. Sem dúvida a comprar! As crónicas da Sofia arrancam-me sempre gargalhadas!!

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