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Por favor, não matem o Português

segunda-feira, outubro 20, 2014
Na caixa de comentários deste blog, e na internet assim em geral, dou de caras com erros de português que fazem com que me benza 14 vezes e me pergunte o que é que a grande maioria andou a fazer na faculdade. Posto isto, vale muito a pena ficar a conhecer os "15 erros de português que parecem de putos da primária", uma compilação brilhante reunida pelo site Cultura X. Depois disto, ai de quem se atreva a trocar um "à" por um "há". Estou de olho em vocês.

1. Hades
“Hades cá vir bater à porta! Hades, hades”! Não, não hades. Porquê? Porque Hades é um deus da mitologia grega, o deus dos mortos, e nada mais do que isso. A forma correcta desta expressão é ‘hás-de‘, que deriva do verbo haver (como podes verificar nos diapositivos seguintes, este verbo safado é causador de muita confusão desnecessária). A expressão ‘hadem’ também não significa o mesmo quehão-de, e essa nem sequer é um deus grego. É só mesmo uma palavra inventada e feia.

2. Trás/Traz
A cada dia que passa, lá vemos um pontapé nestas duas palavras que nada têm que ver uma com a outra. Façam lá o favor de aprender: ‘trás’ é o contrário de ‘frente’ e ‘traz’ é uma conjugação do verbotrazer, na 3ª pessoa do singular. Não podem confundir, porque estão tão relacionadas uma com a outra como a Manuela Moura Guedes está relacionada com o avião desaparecido da Malaysia Airlines. “Traz-os-Montes”? Não! Ninguém traz os montes! “Ele trás o carro” também não está minimamente correcto.
3. Morto, morrido, matado
Apesar de aparecer muito frequentemente na internet e até na televisão (é triste, mas é verdade), a expressão “depois de ter morto a mulher” está completamente errada! Morto é a condição de não estar vivo, simplesmente. Ponto final, não há outro uso para esta palavra. O que se deve dizer é “depois de ter matado a mulher”, que, apesar de ser feio e de até soar ligeiramente mal, está mais do que correcto! Portanto parem de dizer “ter morto”. Quem está morto é o Português, por causa deste tipo de coisa. O mesmo se aplica a outros verbos, como, por exemplo “ter limpo”/”ter limpado”.
4. Crer/querer
Nós cremos que não fazem por mal, mas queremos fazer o reparo na mesma. Há por aí muita gente que, infeliz e injustificadamente, não sabe a diferença entre os verbos querer e crer. Pois o Cultura X está cá para explicar: crer é o mesmo que acreditar, e não é, de todo, sinónimo de querer. Ok? Como sabes, dizer “eu creio” não é a mesma coisa que dizer “eu quero”. “Ó mãe, eu hoje creio comer hambúrguer” não faz sentido, pois não? Então não confundas estes dois verbos, para o bem de todos nós.
5. Mais bem, mais bom
E esta? Ui, menino! É certo que, em algumas situações, “mais bem” ou “mais bom” devem ser substituídos por “melhor”. NO ENTANTO, isto nem sempre acontece! Dizer coisas como “isto está melhor escrito” é tão errado como piratear e publicar fotos privadas das celebridades. A expressão correcta é – e sempre será – “isto está mais bem escrito”! Pode ser?
6. Hífenes
Todos os dias passamos pelo Facebook e vemos um monte de palavras nas quais tu colocas-te um hífen onde não o havia. Já agora, não reparaste em nenhum erro na frase anterior? Então foste mesmo tu, seu/sua delinquente!
Por favor, não confundam ‘passas-te’ com ‘passaste’, ‘colocas-te’ com ‘colocaste’ e muito menos ‘passamos’ com ‘passa-mos’.
‘Colocaste’ está no Pretérito Perfeito e o equivalente na 1° pessoa é ‘coloquei”. ‘Colocas-te’ está no Presente do Indicativo e o equivalente na 1° pessoa será ‘coloco-me’. Já de ‘passamos’ para ‘passa-mos’, altera-se o modo, o tempo, e até a pessoa!
Este é o erro mais comum na net, o mais absurdo, o mais horrível, e o que mais vontade dá de pontapear o ecrã do computador.
Tirar hífenes de onde deviam estar, fazendo o processo oposto, é um atentado igualmente grande.
7. Há / à / á
Não  aqui nada que enganar (ou, pelo menos, não era suposto haver). O primeiro é uma conjugação do verbo haver, o segundo é uma contracção e o terceiro é estúpido.
Quando dizemos “Já vi esse filme há uma semana”, estamos a dizer que já passou uma semana desde que vimos o filme, utilizando o verbo haver para o efeito. Dizer “à uma semana” é ridículo, pois o à é simplesmente uma contracção da preposição a com o artigo definido/pronome demonstrativo femininoa, e usa-se apenas em frases como “amanhã vou à praia”. A terceira opção, o á, é apenas estupidez, porque nem sequer existe como palavra, isolado.
Entendido? “Não vou há praia à uma semana” está, portanto, completamente errado.

8. Ç
Por vezes, vemos pessoas a escrever frases inspiradoras no Facebook, ou mesmo a partilhar imagens com frases que já têm centenas de partilhas, e aparece, lá no meio, uma “palavra” bela: “Voçê”. É um dos grandes problemas dos jovens, apesar de todos terem sido ensinados em condições no primeiro ou segundo ano de escolaridade.
A regra é a seguinte: um C lê-se sempre como um Q, excepto quando se encontra antes de um e ou de um i, casos em que se lê como “ss”. Ou seja, sempre que vem antes de um ou de um i, nunca leva cedilha! NUNCA. Portanto, chega de “voçês”, chega de “apareçe” e de coisas semelhantes.

9. Assério
Algumas pessoas decidiram pegar na expressão “a sério” e fundir as duas palavras, formando a magnífica palavra “assério”, ou mesmo, em casos mais extremos, “acério”, ou “asério”, que nem sequer se lê da mesma maneira (estamos a contar o tempo até começarem a escrever “açério”). Aparece várias vezes nas redes sociais e não fazemos ideia de onde foram desencantar isto. Fomos verificar e, no teclado do computador, a letra S nem sequer está próxima da barra de espaços, pelo que não pode ser um erro de tipografia. Por favor parem com isso. De cada vez que o fazem, morre um panda na China. Assério!

10. Concerteza
Mais duas palavras unidas, mais um pobre panda morto. Pouco há para dizer também acerca desta palavra, mas com certeza que está errada. A expressão correcta é como acabámos de a escrever, com duas palavras separadas, pelo que “concerteza” é apenas obra do demónio.

11. Já mais
Só para que não digamos que só andam aí a fundir palavras à toa, o pessoal presenteia-nos com esta relíquia, que é precisamente o oposto. Decidiram, então, pegar na palavra ‘jamais’ e separá-la em duas, que por acaso existem mas não cabem onde as tentam meter. Ouçam: quando querem dizer que nunca, nunca irão fazer determinada coisa, escrevam “jamais”, tudo junto. “Já mais” só pode ser utilizado em frases como “já mais tarde, fui ler o Cultura X”, ou algo do género.

12. Vez/vês
A confusão entre estas duas palavras também é ligeiramente carcinogénica. “Também vez a Guerra dos Tronos?” e “Só vi uma vês” são duas frases que, portanto, não têm jeito absolutamente nenhum. ‘Vês’ é uma conjugação do verbo ver e ‘vez’ é o singular de ‘vezes’. Não são a mesma coisa, nem de longe nem de perto.

13. Não tem nada haver
O verbo haver é, como já vimos, causa de muita confusão na cabeça de quem não é muito bom nesta coisa da escrita. “Não tens nada haver com isso!”, dizem eles, mas nós temos que intervir, para impedir um severo apocalipse linguístico. Gente, a expressão escreve-se “não tens nada a ver com isso”, caso queiram usar essa forma, que, apesar de ser um galicismo, está correcta. Ainda assim, será melhor dizer “Não tens nada que ver com isso”! E sim, nós, enquanto cidadãos preocupados com a saúde de quem lê aquilo que escrevem, temos muito “haver” com isso.

14. Poder/puder
Aparentemente, existe por aí uma enorme dificuldade em entender a diferença entre estas duas palavras mas o Cultura X, como vosso amigo que é, vai explicar: puder lê-se “pudér” e poder lê-se “podêr”. Isto, sozinho, já deve ser suficientemente explicativo mas, como mais vale prevenir do que remediar, explicamos ainda mais: deve-se usar o ‘puder’ apenas em frases como “se eu puder ir”, sendo ‘poder’ a palavra adequada em todas as outras situações, incluindo “não devo poder ir”.

15. Vírgulas
Não, desta vez a palavra não está mal escrita. Queremos só dar um pequeno reparo nas vírgulas horrivelmente colocadas. Nunca, nunca, “já mais” se separa o sujeito do predicado de uma frase com uma vírgula (ex.: a minha mãe, foi ao supermercado) e também não se colocam os atributos das palavras entre vírgulas (ex.: a sua, belíssima, mulher). Pode ser?

Agora resta-nos esperar que isto resulte! Façamos com que acabe o terror do português que parece um dialecto da Papua Nova Guiné. Contamos com a tua ajuda para mostrar isto à nossa gente!





261 comentários:

«O mais antigo   ‹Mais antiga   201 – 261 de 261
Anónimo disse...

Cláudia, o k sempre se utilizou nas unidades: Km, Kg, Kl, KW, etc.. No novo acordo também entraram mais 3 letras: K, Y, W.
Também não gosto de ver o k nas mensagens, assim como a maior parte das abreviaturas que agora usam e que às vezes tornam as mensagens quase ininteligíveis. Mas o futuro é da juventude e eles entendem-se!

Anónimo disse...

Se não é presente.

Anónimo disse...

Mestrado com e aberto está correcto, afinal a palavra vem de mestre. Mestrado com e fechado soa-me tão mal. Aliás a pronúncia portuguesa já é tão cerrada, que se fecharmos todas as vogais fica incompreensivel, além de perder toda a musicalidade e beleza que têm o italiano ou o espanhol, por exemplo.

Anónimo disse...

No meu tempo dizia-se: "a sério!", ou "sério!", ou "sério?", ou "a sério?". Agora é fino dizer "à séria", o que acho que até está errado em género. Ex.: "eu faço um trabalho a sério" e não "à séria", se não teria de ser "uma trabalha". Duvido que isto seja português!

Anónimo disse...

Escreve-se mal porque geralmente se pronúncia mal as palavras, há a tendência natural para se escrever como se fala. E não é só aqui,nos paises de língua inglesa fazem imensa confusão entre o "their" (possessivo) com o" they're" (pronome+verbo), porque se lê da mesma maneira. Também já vi brasileiros escreverem "mau feito" porque na oralidade não distinguem a palavra "mal" de "mau".

Anónimo disse...

Caro CP, metáfora diz-lhe alguma coisa?

Anónimo disse...

O que me irrita sobejamente é a nova tendência se substituir o som s por x quando seguido de palavra terminada em s. Ouvir o jornalista dizer "o jornal daxete" em vez de "o jornal das sete" é de me arrepiar todos os pelos dos braços. E o que eu sofri durante a volta a portugal cada vez que o comentador dizia "oxiclistas" em vez de "os ciclistas", era pior que o som da esferovite a raspar nos carros. A sério, este vírus entranhou-se de tal maneira que contaminou o país inteiro. Depois admirem-se de os estrangeiros pensarem que falamos russo.

Alice disse...

Parece que não.
ciberduvidas.com/pergunta.php?id=9031

Teresa T.A disse...

Infelizmente há muito licenciado que se fizesse agora um teste do 4º ano também reprovava. A não ser que os professores de hoje em dia também não saibam escrever...

Filipa A. disse...

Muito obrigada por este comentário, SBarreiros. Quem é do Norte tende a dizer "méstrado", é uma questão de pronúncia. Não está errado porque, como bem disse, a acentuação da palavra não muda. Dizer "rúbrica" em vez de rubrica já é errado, uma vez que a sílaba tónica passa a ser "ru".
Uma das minhas "correcções Lisboetas" preferidas é dizerem-me que devo dizer encarnado em vez de vermelho. A palavra 'vermelho' sempre existiu e faz parte do Português correcto. Pode não ser tão chique como 'encarnado' (que passou a ser usada durante o Estado Novo, visto que a palavra 'vermelho/os' estava associada aos comunistas) mas não, não está errada.

Anónimo disse...

Então e o vêem e vêm? É constantemente e á cada asneira da grossa...

Filipa A. disse...

"Foi morto" está correcto, não se diz "o homem foi matado". O ponto 3 fala do uso de "morto" ou "matado" em conjunto com o verbo ter: "ter matado" e não "ter morto". Com os verbos ser e estar usa-se a forma irregular do verbo (ser morto, estar morto) e com os verbos ter e haver usa-se a forma regular (ter matado, haver matado).

Alice disse...

Usa-se a forma irregular do verbo com os verbos ser e estar (ser limpo, estar limpo) e a forma regular com os verbos ter e haver (ter limpado, haver limpado). O mesmo acontece com o verbo matar.

Filipa A. disse...

Anónimo das 12:25 e 17:17,

Não tem razão no que diz. Dizer "dezóito" ou "dezôito", "Lesboa" ou Lisboua" é uma questão de pronúncia, dizer "póssamos" não. Está completamente errado no sentido em que altera a acentuação da palavra: a sílaba tónica passa de "sa" para "po", o que não acontece com as diferentes pronúncias de dezoito e Lisboa.
Não é vergonha nenhuma admitir que dizemos algumas palavras mal porque sempre as ouvimos assim pronunciadas.

José C. M. Velho disse...

A morte da língua não virá do cometimento de erros, pois esses são pequenas feridas que se podem curar. A morte virá da utilização de expressões de outras línguas, especialmente do inglês, sem nenhuma preocupação pela verificação da existência de equivalência em português. Por exemplo: blog em vez de blogue, site em vez de sítio, link em veze ligação ou hiperligação, enfim, é esta a poluição que sufoca a língua mas, ainda assim, será isso uma preocupação que devamos ter? Creio que não. É assim que estamos a evoluir nas sociedades a nível global e, aliás, esta mesma mistura de diversas línguas existe em todas as línguas e mesmo no português. Não há problema nenhum em falar e escrever mal o português. Se o povo vai dizendo "tou bem" então há de deixar de ser "estou bem". A língua e de quem a usa e não dos compêndios. Se fosse dos compêndios ainda hoje falariamos latim e não português. Esta língua é, essencialmente, o resultado da mistura de outras e da deturpação de todas. Viva o erro!

Anónimo disse...

Anónimo das 17:17h, não é uma questão de preferência. Grama no feminino é sinónimo de relva, já no masculino é uma unidade de peso. DuzentAs gramas de farinha não faz sentido.

Anónimo disse...

Obrigado.

Anónimo disse...

Desculpe, mas "perca de tempo" não é um erro, mas um registo popular, na chamada norma culta utiliza-se a expressão "perda de tempo".

Anónimo disse...

Não, não estão. "Ter morto" não existe. Com os auxiliares ter e haver usa-se morrido (para o verbo morrer) e matado (para o verbo matar). Com os auxiliares ser e estar usa-se morto (para os verbos morrer e matar).
Exemplos:
Foi morto, está morto.
Tinha morrido, tinha matado

Alexandra disse...

Não esquecer o "acordo" ortográfico que é um verdadeiro atentado ao Português.

Acrescendo ainda o "aluguer" usado em bens imóveis. Aluga-se apartamento. Que comichão! Arrendamento é o correcto, a não ser que estejam a pensar numa tenda, numa roulote ou numa caixa de cartão para viver. Daí pagarem uma renda e serem arrendatários.

Arrendamento para bens imóveis e aluguer para bens móveis. Simples e fácil mas destruído com o aparecimento das Remax e amigas dessa vida.

Alexandra disse...

Felizmente, na Faculdade que frequentei, erros desses dariam negativas certas e não me refiro à Faculdade de Letras. Assim, dispensam-se os ditados.

Lia disse...

Concordo com o anónimo das 22.47, as regras básicas aqui apresentadas, no texto e nos comentários, são ensinadas (ou pelo menos eram-no, algures em 1999-2000) até ao 9º ano de escolaridade. Sou de ciências e sou grammar nazi ;).

Anónimo disse...

A mãe de um amigo meu (professora primária) sempre teve uma teoria acerca do "a". Dizia ela que o "a" era medricas e que sempre que se encontrava sózinho passava a vida a olhar para trás. E quando tinhas as 'costas quentes' era confiante e olhava sempre em frente. Daí os acentos para trás e para a frente. Assim nunca mais se esquecem ... Às vezes uma pequena história não faz mal a ninguém e fica para a vida

Anónimo disse...

"Póssamos" não é pronúncia, é erro! Como o é "que nós fáçamos" ou que "nós váiamos". O facto de muita gente o dizer, não o torna correto nem o justifica como pronúncia.

Anónimo disse...

Não é pode-se dizer. É pode dizer-se!

golden.bee disse...

Seu inteligente, se tivesse pensado um bocadinho, talvez chegasse a duas conclusões diferentes:
1.ª - ainda há muita gente a interessar-se pela língua materna;
2.ª - o blogue foi posto em destaque na página do Sapo e muita gente teve acesso a ele.

golden.bee disse...

"Vintage" é que a menina não é. Pois eu comprava o jornal "A Capital", só para ver a página da Dr.ª Edite Estrela, que se chamava "Consultório da Língua Portuguesa" já lá vão uns bons anos. Imagine ainda guardo os recortes desde 1982.e sobre o particípio passado, na resposta a um leitor, sobre o "tinha aceite" ou "tinha aceitado", ela já dizia que com os verbos "ter e haver" se usa o particípio passado regular; com o verbo auxiliar "estar", ou na passiva com "ser", usa-se o particípio passado irregular, concordando em género e número com o sujeito da oração.
Como falei num erro atrás, que cometi no secundário, é importante realçar, que esse erro não foi cometido da disciplina de Português. Naquela época, fosse qual fosse a disciplina, qualquer professor corrigia um erro de Português. Hoje nem os professores de Português sabem da matéria, tal foi a fornada e a impreparação, pois era a maneira mais fácil de arranjar um bom emprego. Infelizmente hoje está tudo bem mal e até um médico quando vem falar para a TV diz "tóchico" em vez de "tócsico".

Esclareço que mudei de identidade, porque a página se tornou tão pesada, que o meu velhinho navegador, de que eu gosto mais, nem arranca.

Anónimo disse...

Seriam erros menos graves se na língua portuguesa existissem palavras com acentos antes da antepenúltima sílaba.

Anónimo disse...

Para não induzer em erro eu costumo ler em voz alta, para ver se faz sentido. Sendo que passa-se, por exemplo, se diz "pássa. se". Passasse já tem a sílaba tónica noutra letra, sendo que se lê "passásse".

Anónimo disse...

Diz-se das duas formas, dependendo do contexto. Um grama é uma unidade de medida; uma grama é uma relva.

Anónimo disse...

Sendo esta matéria lecionada nos primeiros anos de escola, i.e. primária, seria inadmissível em toda a gente! Lá porque alguém tem um curso não significa que tenha um saber do português melhor!!

Anónimo disse...

Outro erro muito comum é. com vocês em vez de convosco.

Este até na TV marca presença.

Anónimo disse...

Eu acho é que quadruplicado não existe... Mas até posso estar enganada, pois nunca usei essa expressão.
Quanto a este post, é sempre útil para algumas pessoas aprenderem a escrever...
Quanto a mim, tenho alguns esquecimentos, mas são coisas normais...

Anónimo disse...

Eu dou os pêsames à língua portuguesa de cada vez que leio ou ouço "pêsamos".

Anónimo disse...

De mais + Demais
Pronto + Prontos
E também adoro "cardeneta" e " parteleira" :-)

Reading in Style disse...

Espere que chegue o Natal e verá a quantidade de Pais Natais (ou na versão mais grave Pai Natais) que vão andar por aí!!!

Anónimo disse...

Um pequeno reparo: com o novo AO, já não se escreve "hás-de", mas sim "hás de"

Anónimo disse...

O 6 é dos que mais me incomoda. Há pessoas que usam hífenes como se não houvesse amanhã. E nem falo apenas no -se ou -sse. Já vi casos de pessoas que escreveran coisa do tipo: "passe-mos". Matem-me por favor

Anónimo disse...

É como a "runião"... Há muito quem diga, em vez de reunião.

Anónimo disse...

As reticências não servem simplesmente para dizer "etc". Também servem, por exemplo, para dar ênfase a uma determinada expressão, podendo realçar alguma palavra em particular.
Mais útil do que perder tempo a descobrir quem dá mais erros ortográficos e gramaticais é, sem dúvida alguma, "perdermos" tempo a aprender melhor o nosso próprio idioma.
Mas o erro é também de quem nos ensinou a pontapearmos a língua portuguesa desta forma. Sou estudante do ensino secundário e desde o meu 7º ano até ao 12º, ano que frequento atualmente, só tive professores desta disciplina que eram completos ignorantes. Ignorantes ao ponto de não saberem escrever palavras tão simples como "voz" e, em vez disso, escreverem "vox"! Ao ponto de nem o próprio Camões se livrar de ser batizado de "Eça de Camões"...Este é um dos motivos que me faz ser apologista da avaliação dos professores (para além de não compreender o porquê de, em tantas outras profissões, se ser avaliado, por exemplo por exames da respetiva Ordem, e um professor, que tem a seu cargo uma pessoa que acabará por moldar, não.)
Bem, já me prolonguei demasiado.

Maria

Teresa (Miss Healthy) disse...

Vem do latim, e, na verdade, é como se disséssemos com+nós+com outra vez. Na passagem do latim para o portugues juntou-se um 'com' no início da palavra que não fazia falta nenhuma, porque, na verdade, já lá estava, Mas, sim, é com dois n's.

Rute Montenegro disse...

Esqueceram-se do famoso "interviu" que até os nossos jornalistas e locutores de rádio tanto gostam de usar :)

Anónimo disse...

Não li tudo. Li até à questão do morto/matado. A explicação está incorrecta, como pode conferir em http://www.priberam.pt/DLPO/morto. A verdade é que a palavra morto também pode ser utilizada como masculino singular do particípio passado dos verbos matar e morrer. Tem razão quando diz que, correctamente conjugado, o particípio passado desses verbos é matado (ou seja, na sua forma regular), mas quando se usa o verbo ter como auxiliar. Noutras conjugações (e.g., conjugações compostas em que o verbo ser é usado como auxiliar) é correcto usar a forma morto. Afinal, já faltou mais, mas a Língua Portuguesa ainda não foi morta...

Anónimo disse...

Havia tanto para dizer..eu que sou uma defensora acérrima de se falar e escrever bem português!! Ainda que ao escrever rápido no telemóveis e computadores possam escapar uns erros, deve ter-se cuidado com a nossa língua.
Aqui fica como presente (não sei se já viste), este "post" que a Sandra Costa do Secret Story 3 acho, deixou no seu mural.. não sei se ria se chore...

"Bom dia, para todos os que apoiam a Elisabete deixo uma breve mensagem, deixei de patrocinar a Elisabete enquanto esta na casa, só quando tiver uma conversa seria com ela é que irei resolver se particiono ou não novamente, pois não estou para levar com insinuações de familiares, quando o que mais fiz por ela, foi ajudá-la ela sabe dessa ajuda e não vou estar cá, a dizer tudo o que fiz por ela, fiz tudo o que podia para ajudar, e ainda tenho que levar com isto? Eu particiono quem eu quiser, espero que ela vá longe no programa e fico a torcer muito por ela, agora não falem do que não sabem, os verdadeiros motivos disto tudo só me diz respeito a mim e a ela. Quem quiser vir para aqui para a pagina falar sobre as roupas agradeço senão não me interessa nem vão obter nenhuma resposta minha, passei por um momento delicado da minha vida e estou focado no trabalho, não me quero chatear por coisas sem insignificância, eu não tenho de pagar tudo do meu bolso, era apenas uma patrocinadora da beta não mãe dela, não tenho de pagar aviões do meu dinheiro, nem pagar tudo para ela, a mim também não tive essa ajuda, e tudo o tenho é as minhas custas, por isso ocupem se e deixem a vida dos outros em paz, a pagina dela será lhe devolvida quando ela sair de casa assim como já tinha falado. Isto tudo é para eu aprender a não ser boa demais enfim, e obrigada a todos pela compreensão e que não façam mais perguntas, eu sou generosa e amiga mas burra também não. Obrigada a todos e um beijinho muito grande para todos vocês.

Anónimo disse...

muito bom ;-)

Anónimo disse...

Faltam pelo menos 2 outros erros de português muito comuns:
- Tu fostes à praia, em vez de: Tu foste à praia
- O Pedro bateu à Isabel, em vez de: O Pedro bateu na Isabel e o João bateu à porta.

sushi disse...

oh my god......tb me apetece esganar alguém....então o trás/traz jasuss!!!!

Anónimo disse...

Adorei este post:)

Anónimo disse...

E a praga dos "shot's" e dos "hambuguer's", meus amigos?

Andréa Pinho disse...

Adorei o post! Uma das disciplinas que eu mais gostava era o Português. Sem dúvida a Pipoca escreveu sobre erros muito comuns e fez muita gente pensar...
Aproveito para deixar aqui o meu último post: https://www.oriconsigo.com/carreira-oriflame/assessora-oriflame-de-jardins-proibidos/
Beijinhos,
Andréa.

Anónimo disse...

"Às vezes tenho vontade de pontapear-me a mim própria, confesso. "
1. "pontapear-me" ( quer dizer que estou a dar-me pontapés) - ou seja, já è a mim, portanto, desnecessário acrescentar a seguir.
2. "a mim própria" - se já me estou a pontapear, desnecessário acrescentar ainda "a mim" e a "própri" que já sou eu também.
Portanto, basicamente, servia apenas pontapear-me. E evita-se escrever 3 vezes a mesma coisa.

Anónimo disse...

Bem-vindo ou benvindo. As duas maneiras estão correctas hoje em dia.

Anónimo disse...

' um grama, dois gramas...' - unidade de medição. é masculino.
'uma grama' - sinónimo de relva, por isso é feminino.

Rubina Clemente disse...

Muito obrigada pipoca!!!! Finalmente alguém fala destes erros terríveis que vemos todos os dias!! Qualquer dia, o "português" morre mesmo!:P

Anónimo disse...

Pode ainda pensar se palavra que pretende escrever é uma forma verbal ou não. Se é verbal: fugisse, cantasse, comesse, andasse, (respectivamente dos verbos fugir, cantar, comer, andar, etc.) é sempre "sse"

I Almeida disse...

NUNCA escreverei conforme o que é imposto pelo Acordo "Burrográfico" (desculpem, Ortográfico). Já imagináram o que aconteceria à língua inglesa e tantas outras se fossem retiradas da sua escrita todas as letras que não lemos: HAPPY (apy) HOLLYDAYS (olydays) WHEN (uen) etc. Já agora e ainda a respeito do NAO, tiraram os "c" que não se lêem (ou não devem ler-se) mas já repararam que, salvo raríssimas excepções, (este é outro caso) todas as palavras em que está contido "abrem" a primeira vogal anterior? Exemplos: contacto, redacção, facto, tecto, activo, etc., etc..

Unknown disse...

Falta aqui uma:
A sério
aserio
asserio

vê-se de tudo!

António Pereira disse...

Por cá, "hífenes". No Brasil, dupla grafia: "hífens" e "hífenes".
http://portuguesemforma.blogspot.pt/2012/10/lingua-viva-e-o-plural-de-hifen-e.html

Abel Pereira disse...

"Não era suposto haver" segundo a língua materna que se aprende nos nossos primeiros oito anos, a mim, não me soa nada bem. Serei sempre incapaz de substituir "não é, não era etc. de supor" pela expressão, propagada pelas novelas brasileiras, "não é, não era etc. suposto"...

Anónimo disse...

Esse concesteza é uma praga! A quantidade de politicos que dizem isso qd vejo o telejornal... Parece que é uma palavra normal...

PAULO TEIXEIRA disse...

Para mim, o facto de se adoPtar o acordo ortográfico, é o maior atentado que podemos fazer a uma Língua com quase mil anos. É vergonhoso, para não dizer outra coisa, que se introduza um acordo ortográfico por imposição política, sem consulta prévia de quem *realmente* entende e estuda uma ciência como a Língua de um país.

Enfim. Para mim, nunca haverá lugar a palavras sem qualquer etimologia. Aberrações ortográficas como "teto" (lido como têto), "afetar" (lido sem abrir a vogal "e") e muitos outros exemplos ordinários, jamais farão parte do meu vocabulário.

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