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I rest my case

quarta-feira, fevereiro 05, 2014

218 comentários:

  1. Ou seja, vêm os congéneres como burros (literalmente):
    -se queres vincular 2 burros teimosos, mete-os a puxar a mesma carroça.

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  2. Oh pipoca gente estupida há em todo lado... aliás temos um exemplo do lado oposto chamada Fernanda Câncio que se humilhou completamente em público

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  3. ? Pois.. Confesso que isto me confunde Pipoca. Então...assim sendo é uma especie de masoquismo?Neo masoquismo? Pronto , tá bem, larguem lá os dux e o raio, se querem ser humilhados estejam à vontadinha.

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  4. Confesso que me senti triste nestes breves dois minutos de vídeo... Triste por ver estes jovens universitários a defender a praxe assim, triste por ver o que tanto se parece com lavagem cerebral, triste pelas palmas e sorrisos de felicidade do público.
    Eu também fui praxada, no longínquo ano de 1994, e foram dias terríveis. Não digo que me marcaram para a vida, não admito dar a uma situação destas esse tipo de importância, mas pesaram-me... E na minha inocência fiz, no ano seguinte, parte da Comissão de Praxe com o intuito declarado de fazer daquilo um dia divertido (espectáculo, integração, divertimento - mostrar aos caloiros os cantos da faculdade, dar-lhes alguns conselhos, apresentá-los aos colegas do mesmo ano e mais velhos, etc.). Não sei como nesse ano conseguimos isso. No ano seguinte os veteranos sedentos de sangue voltaram a dominar a coisa e o resultado foi terrível, ao ponto de uma aluna ter anulado a matrícula nessa semana. A praxe, o "convívio", o momento de "integração" fizeram uma menina de 18 anos, acabadinha de chegar ao seu sonho de ser aluna da Faculdade de Letras, foi humilhada ao ponto de anular a matrícula.
    E por isso me senti triste com estes dois minutos. Por ver jovens supostamente inteligentes a defender o praticamente indefensável. Desde quando é que a humilhação é uma coisa boa? "Temos o direito de ser humilhados"? Oi?

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  5. Se o argumento principal dos anti-praxe é a liberdade, onde está a liberdade em deixar praticar a praxe quem gosta dela?
    Já agora, como jornalista, devia saber que é muito feio generalizar e tomar a parte como o todo. Nem todos que praticam a praxe ou escolhem submeter-se à mesma são seres acéfalos nem sofrem de síndrome de Estocolmo. Não tomem as declarações de quem sabe o que diz mas que por acaso é defensor de uma causa, como a opinião dos restantes nem os remeta todos para o mesmo saco de crianças-burras-que-sabem-lá-o-que-é-a-vidinha-coitadinhos-dos-pais-que-não-sabem-o-que-lhes-fizeram.

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    1. E se emigrasses para um país onde não conhecesses ninguém? Para trabalhar! Irra!

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  6. quando eu penso que isto não pode piorar... aparece-me este vídeo.

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  8. Tomar a parte pelo todo... Muito inteligente, realmente.

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    1. Não tomo a parte pelo todo. Mas, sinceramente, ainda não vi ninguém pró-praxe na comunicação social a usar argumentos válidos. Mesmo os que se apresentaram no Prós e Contras estavam com bastante dificuldade em defender o indefensável.

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    2. «a praxe é feita com quem lá está». não precisamos de ir ter com a comunicação social. não temos que provar nada a ninguém. temos que a viver, quem quiser. quem não quiser, é-me igual. se as pessoas cá fora gostam, não me interessa. interessa-me quem LÁ está.
      a pipoca dá explicações à comunicação social daquilo que faz dentro de sua casa? quanto muito, dá (e muito bem) a quem está consigo em casa. nós também. dá-mos à reitoria quando nos é pedido.
      Dvra Praxis Sed Praxis

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    3. Sua casa ? Desculpe la mas se é o contribuinte que paga mais de metade da factura anual para que faça o que quer nessa casa que acha que é sua é como estar a viver em casa dos pais. E nao sei que tipo de relaçao tem com os seus, mas meu/minha cara anonima o que andam a fazer com o dinheiro dos Nossos impostos tambem nos diz respeito ... e muito. Se quer uma casa onde possa fazer o que quer tente ir para uma universidade privada sem ajudas estatais sim? Muito obrigada
      Ad commodum suum quisquis callidus est

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    4. Ide para as universidades privadas! Façam o que quiserem com o dinheiro dos paizinhos! Não o meu!

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    5. Quando vejo alguém a escrever "dá-mos à reitoria" penso: "dá-mos?? Mas isto vem é uma pessoa que se atreve a praxar caloiros, talvez até chamando-lhes burros e coisas que tal?" é que se sim então tenho uma sugestão: desista das praxes e volte para a escola primária! Será tempo mais bem empregue!

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  9. Para uma pessoa que é jornalista, e que não bebeu absinto nas supostas praxes, a pipoca tem um bocado de dificuldade em perceber que AS PRAXES NÃO SÃO OBRIGATÓRIAS, SÓ ESTÁ LÁ QUEM QUER!

    Na minha casa mando eu, na sua casa manda a pipoca, não se queira meter nas escolhas dos outros.

    Se as praxes existem é porque existem caloiros que querem ser praxados.

    A praxe mais dura que um dia vamos enfrentar é a vida: salários que não reconhecem o nosso trabalho, chefes com egos do tamanho do mundo, perdas constantes. Não sei se a pipoca sabe o que é isso, apesar de ser jornalista deu-se ao luxo de deixar de trabalhar como tal, só porque teve a sorte de ter um blog com muitas visitas diárias. Tem a vida facilitada e não o negue. A sua vida é como o fundo deste blog: cor-de-rosa.


    A vida é dura, a praxe também, mas só está nela quem quer.
    A praxe trás-nos muitas mais coisas boas do que coisas más. Garanto-lhe.

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    1. Concordo totalmente. Quem não gosta, não come. Neste caso, quem não gosta não vai à praxe. SIMPLES

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    2. Eu não tive (só) a sorte, também tive o mérito. Se o meu trabalho no blog não fosse reconhecido e apreciado por alguns (e até odiado por outros), só a sorte não me safava. Deixei o jornalismo para me dedicar a um projecto meu, no qual acredito. Se a vida é dura? Claro que sim! Mas a praxe não serve, ou não deveria servir para isso, para mostrar aos jovens como o mundo é duro. Aliás, o que é que um miúdo de 22 ou 23 anos sabe da vida? Melhor, o que é que sabe que um de 18 ou 19 não saiba também? Uma das miúdas deste vídeo diz que na praxe fica de quatro e que come o que não gosta, mas que isso é igual à vida, porque é isso que vai acontecer quando saírem da faculdade. A sério? Não há argumento mais inteligente para justificar este tipo de humilhação?

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    3. Oh querido anónimo, não faço ideia se andou na faculdade ou não mas na realidade as coisas não são bem assim...Eu entrei na faculdade há 2 anos e devo dizer-lhe que não é tão fácil quanto isso. Se alguém entra na faculdade a dizer:" Eu não quero ser praxado!" ou "Sou anti-praxe!" vai ser mal-tratado pelos veteranos e provavelmente humilhado, porque os veteranos partem do princípio que o caloiro é um reles sem opinião... Não há muito a opção de não ir à praxe. Eu no meu dia de inscrição tive que mostrar o meu boletim de aulas de condução para eles confirmarem que eu tinha aula e que podia sair da faculdade, mesmo assim obrigaram-me a virar a roupa ao contrário e ao sair da faculdade vieram mais veteranos ter comigo a perguntar se eu estava a fugir às praxes... Eu pessoalmente não sou anti-praxe, não pude participar muito nas minhas e provavelmente até poderia ter conhecido mais gente, não digo que não! No entanto as proporções que isto está a tomar são ridículas! Este vídeo prova isso mesmo! A rapariga a dizer que os vão pôr de quatro porque é o que vai ser a nossa vida? Pelo amor de Deus! Se estás pessoas dedicassem mais do seu tempo a estudar e menos a opinar sobre integração na faculdade se calhar acabavam as suas licenciaturas ou mestrados nos 3 ou 5 anos devidos! Sim, porque em tempos difíceis enquanto que uns têm de desistir porque os pais não lhes podem pagar os estudos, há outros que andam lá há anos como se a faculdade fosse grátis! Eu tenho pena é de ter mais ou menos a idade destas pessoas e por isso ser posta no mesmo saco! Eles nem falar sabem... A pipoca tem razão, os que defendem as praxes com unhas e dentes têm argumentos muito pouco inteligentes!

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    4. Oh querido anónimo, isso que está a dizer que às praxes vai quem quer não é bem assim! Eu não sei se andou na faculdade, mas eu posso afirmar por experiência própria que isso de só vai quem quer não é totalmente verdade! Se você entra na faculdade e diz a um veterano: "Eu não quero ser praxado!" ou "Eu sou anti-praxe!" , vai intrigar os veteranos, você ainda vai ter de se justificar e eles não o vão deixar em paz e depois vai ser tratado abaixo de caloiro. Eu entrei na faculdade há cerca de 2 anos e depois da minha inscrição tive que mostrar o meu boletim das aulas de condução para eles me deixarem sair para uma aula e ainda me obrigaram as vestir a roupa ao contrário. Mesmo depois disso, até sair da faculdade, vieram veteranos ter comigo a achar que eu estava a fugir às praxes...Eu não sou anti-praxe, provavelmente podia ter tentado aproveitar melhor, mas na altura não tive muito tempo, até podia conhecer mais gente, não digo que não! No entanto, acredito que a praxe retratada neste video é ridícula! Eles vão pôr os caloiros de quatro porque é assim que é a vida? Pelo amor de Deus! Se eles dedicassem mais do seu tempo a estudar e menos a organizar estes "momentos de integração" se calhar conseguiam sair das suas licenciaturas e mestrados no tempo devido! Sim porque estamos a passar por tempos difíceis e enquanto que uns têm de desistir de estudar porque não têm maneira de pagar os estudos, há outros que andam lá há anos (com muito orgulho) como se a faculdade fosse grátis! Tenham respeito pelos vossos pais e façam algo útil das vossas vidas! Eu tenho mais ou menos a idade destas pessoas (reles) e infelizmente sou posta no mesmo saco... A pipoca tem razão,as pessoas que defendem a praxe com unhas e dentes não dão argumentos válidos...E a frase: "Temos o direito de ser humilhados!" só me vem dar mais razão...

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    5. Oh anónimos, eu acho que era uma grande ideia explicarem essa táctica do quem quer, quer e não não quer, não quer... e que cada um manda na sua casa às pessoas abusadas, vítimas de violência doméstica, de bullying, de assédio no trabalho, etc...
      O mundo terá imenso a ganhar se conhecer estratégias que ponham as pessoas a querer e o problema fica resolvido!

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    6. E é pelos brilhantes jovens que se pronunciaram e mais estes que aqui deixam o seu testemunho que defendo, com veemência, que o acesso ao ensino superior não deve ser, apenas, determinado pela aprovação em duas provas de ingresso e 12 anos de escolaridade. Vergonha alheia!!!
      Sandra C.

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    7. Sim ninguém é obrigado a ser "praxado" mas quem se declara anti praxe é desprezado, ridicularizado, é visto como uma ovelha negra por isso, a maioria dos estudantes sente-se na obrigação de ser praxado muitas vezes contra a sua vontade.

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    8. desculpa sofie, mas não podes generalizar as coisas, andei em duas universidades diferentes e tive duas experiencias diferentes, mas em nenhuma das duas as pessoas que se declararam anti-praxe foram humilhads ou maltratadas, sempre estiveram bem entegradas no meio dos caloiros, a única diferença era que não conheciam tantos veteranos!!
      na última praxe que estive, que foi em viseu, na agrária percebi que a praxe faz é a criação de uma familia, é ali que encontramos o apoio que não temos por estarmos fora de casa.
      tenham cuidado com aquilo que dizem, a praxe não é igual em todo o país

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    9. então se a vida de trabalhador é dura vamos começar mais cedo e sofrer já na faculdade???isso tem alguma lógica minha gente??não devíamos tentar ser felizes?

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  10. Segundo esta ordem de raciocínio devo colocar aqui um vídeo da Fernanda Câncio e partir do princípio que todos os jornalistas são atrasados mentais? E se rematar com um 'I rest my case' será que a minha mensagem fica mais clara?

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    1. O "I rest my case" deveria ter sido entendido como um "por aqui me fico que não me apetece falar mais sobre este assunto". Quanto à Fernanda Câncio, podem não ter gostado da atitude de estar sempre colada ao telemóvel, também não achei bonito nem respeitoso mas, de resto, é apelidada de atrasada mental porquê? Por ter dito a verdade? Por ter feito perguntas incómodas e às quais todos se escusaram a responder?

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    2. Atrasada mental não será concerteza. Mau gosto deverá ter (não é a namorada do nosso ex-PM?). Verdade distorcida em certos aspectos. Por ter feito perguntas mal construidas, e às quais lhe tentaram responder, porém, genericamente, para saber como actua o Saquinavir é preciso saber de química, virologia, farmacologia, bioquímica. E quando se começa a explicar o que é um átomo e se é interrompido com um "está a fugir da questão, não foi nada disso que perguntei", não há como explicar que é um antivirico, inibidor da aspartil-protease de virus RNA, mais especificamente, actua normalmente na protease do HIV,que o grupo hidroxilo é quem se vai ligar ao aspartato, que é um aminoácido... E por aí a fora.

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    3. Santa estupidez" Não particularizem generalizem! TODOS sabemos que quem se recusa a "ser praxado" sofre na pele as consequências...E TODOS somos diferentes. Há que respeitar a diferença de cada um. Ai jovens tão tenrinhos....

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  11. isto só prova uma coisa: há muitos jovens que não têm a mínima noção do que dizem. Já sobre a praxe, pouco se conclui daqui.

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  12. taditos... há gente idiota em todo o lado... e aquelas amostras de universitários são isso mesmo.

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  13. Não tenho acompanhado a polémica das praxes em primeira mão, sou probrezinha e moro longe, como lá dizia um génio, mas uma coisa é certa, a praxe é para totós (como também ouvi dizer)! Tentei a praxe, e estive em sessões de praxe aí uma duas vezes no meu primeiro ano na Universidade. Uma das experiências mais bacocas da minha vida. A praxe é para totós :)

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  14. Vamos dissecar o que disseram para entendermos melhor esse gosto... que é um gosto, pela praxe:

    "É suposto ser duro, porque tal como acontece na praxe" - Minha amiga a disfunção eréctil acontece em qualquer idade, o "duro" que conheceste na praxe era uma colher de pau.

    "Isto não é humilhação ou pelo menos humilhação gratuita" - Tens toda a razão, não é gratuita, os teus pais pagam propinas.

    "O "estar de quatro" ou comer coisas que não gostamos... A vida é dura!" - Estar de quatro vai ser o teu estado natural para o resto da vida. Comer coisas que não gostas, tens bom remédio, cospes! A vida também tem estados de flacidez, caso contrário recorre às urgências.

    "... quando me mandavam olhar para o chão, eu trocava um olhar com o meu colega do lado... criava uma ligação" - Esta comoveu-me, os estrábicos estão no meu coração, já sinto uma ligação também contigo.
    "Temos o direito a ser humilhados." - Claro que sim, mas não venhas apregoar a sodomia, isso deve ficar entre quatro paredes. Ninguém tem o direito de te tirar esse prazer.

    "Eu amo a praxe" - Amas pois, nos primeiros tempos todos dizemos que amamos, depois isso passa.
    Meus amigos, um conselho, calem-se, ao defenderem as praxes enterraram-se mais que num filme de Rocco Siffredi, caladinhos, não há desculpa possível para a estupidez das praxes. Correm o risco de a expressão: “loira burra" - passar a ser: " caloira burra".

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    1. Olha que o melhor argumento foi aquele com o qual gozou:
      «"... quando me mandavam olhar para o chão, eu trocava um olhar com o meu colega do lado... criava uma ligação" - Esta comoveu-me, os estrábicos estão no meu coração, já sinto uma ligação também contigo.» Gozou com a rapariga, quando ela disse algo não descabido como as pessoas que falaram neste vídeo.

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    2. Stressado! Aplaudo de pé :) Estar de quatro!!!!!

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  15. Desculpe lá pipoca mas eu não sei que parte de SÓ ANDA NA PRAXE QUEM QUER é que ainda não percebeu, assim como todos aqueles que se dizem anti-praxe.
    A praxe não é igual em todos os lados e pode ter a certeza que é um forte instrumento de ligação entre os estudantes, entre caloiros, entre caloiros e doutores (estudantes mais velhos). Claro que quem não anda na praxe também consegue fazer ligações, obviamente. Eu não ando na praxe e sou a favor mas ressalvo que devia haver um controlo precisamente para evitar abusos e humilhações. Claro que nalguns sítios os tais ditos doutores são uns anormais de primeira e pensam que podem humilhar e espezinhar quem lhes apetece. Mas mais uma vez, SÓ VAI QUEM QUER e se a instituição/faculdade onde estudam for abusiva, não vão à praxe, é tão simples quanto isto. Agora não privem quem quer de participar livremente na praxe.

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    1. E quem n vai n pode participar em metade das actividades nem ter ajuda no curso como quem foi praxado. Sim acho q a liberdade está um pouco condicionada.

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    2. A parte do "SÓ ANDA NA PRAXE QUEM QUER" é simples: esta afirmação não é verdade e este assunto já foi mais do que dissecado, há muito boa gente que se vê obrigada a aceitar pelas mais variadas razões (medo de represálias, medo de ser excluído, imaturidade para se impor, etc e tal). Ainda assim, mesmo que fosse verdade, estamos portanto a assumir que quem quer ser praxado está automaticamente a pedir para ser humilhado e ridicularizado? É isso? O que aqui estamos a discutir é se as praxes humilhantes e violentas devem acabar, não é se os caloiros as merecem porque aceitaram participar. Tenho a certeza que se perguntarem "querido caloiro, preferes uma praxe em que te espetam com ovos na cabeça, em que te fazem rastejar na lama ou em que te fazem simular posições sexuais, ou preferes uma jantarada, um passeio pela cidade ou qualquer coisa assim do género?". Tenho para mim que a hipótese B ganharia com uma larga vantagem... Já lancei esta pergunta várias vezes, mas ninguém parece querer responder-me: de que forma é que fazer flexões, andar pela rua com um cartaz a dizer verme, levar com os berros e ordens constantes de veteranos e outras preciosidades do género ajudam à integração de alguém? Vão continuar a dizer que não é só para gáudio e diversão dos mais velhos, para que sintam que podem mandar em alguém?

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    3. A Pipoca recusa-se a querer compreender que nem todos os praxistas tratam os caloiros como vermes e lhes gritam que são umas bestas. Quando se recusa a compreender que existem jantaradas e convívios de curso, passeios pela cidade, troca de apontamentos entre mais velhos e mais novos e entre caloiros então aí não há nada a fazer.
      Daniela

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    4. As praxes que eu conheço não incluem fazer posições sexuais, nem andar na lama, nem levar com ovos. Incluem jantares, passeios pela cidade e aprendizagem de músicas e cultivo do amor pela faculdade.
      Parte-se do princípio que quem vai para a faculdade já tem maturidade para saber dizer que «não» e se tem medo de não ser incluído que vá experimentar a praxe e se não gostar, deixa de ir e garanto-lhe que continua a ter amigos. Eu não ando na praxe e a maioria dos meus amigos anda.

      Concordo plenamente que chamar verme e insultar não contribui para a integração, apenas para o regozijo dos doutores que são anormais e estúpido. E é por causa destas praxes abusivas que devia haver um maior controlo. O problema prende-se com a generalização abusiva que a pipoca e outras pessoas fazem em relação à praxe.

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    5. Vai ser a primeira vez que me pronuncio sobre este tema só para dizer para pararem de usar a desculpa "só é praxado quem quer". Não é verdade. Eu por não querer ser humilhada na universidade e por achar a praxe que me impuseram era abusiva, fui obrigada a assinar uma declaração anti-praxe. Com isto, não pude, nos 4 anos de licenciatura, participar em festas da universidade, participar na rádio, teatro ou em qualquer outro evento. Para além disto, fui gozada e excluída durante muito tempo por aqueles que sabiam da minha escolha anti-praxe. Mesmo os que não sabiam, ficaram a saber pois faziam questão que se soubesse.
      Mesmo assim não tenho opinião vincada sobre este assunto pois quero acreditar que haja praxe(s) construtivas.
      Mas lá está, deixem de dizer que só é praxado quem quer. Se não se é de uma maneira, é-se de outra.

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    6. Ora nem mais!!!!! é aqui mesmo que reside o problema: os que alinham na praxe, alinham porque consideram que é preferível passarem pela praxe à "segregação" de que podem vir a ser alvo! Essa do "SÓ ANDA NA PRAXE QUEM QUER" é uma verdade relativa. Dizer que a praxe é uma forma integração é muito bonito! Mas se querem mesmo que se olhe para a praxe como forma de integração, há que repensar o que é feito na praxe. E há muitas formas de integrar sem humilhar! Fico revoltada com o que assisto nas praxes e fico revoltada com o que o meu filho (caloiro este ano) também me conta! Na maioria das vezes, quem praxa está apenas a descaregar as suas próprias frustrações! Humilhação NÃO! Praxe como é praticada actualmente, NÃO!
      (E, desculpem lá, mas aqueles tontinhos que dizem que têm o direito de ser humilhados, deviam andar com um cartaz ao peito a dizer: Humilhem-me! e sujeitarem-se às consequências! VERGONHOSO! Confesso: revolta-me o estômago!)

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    7. Aprecio bastante o que a Ana escreve, mas neste assunto, acho que a Ana é demasiado inflexível. Tem uma ideia na cabeça, é aquela e pronto, acabou, só o que a Ana pensa é que está bem e é que é, sem conseguir dar um pouco de mérito à outra parte, que também o tem. Englobando ao mesmo tempo tudo no mesmo saco.
      Já lhe deram aqui inúmeros exemplos de praxes bem feitas, praxes em que o objectivo é REALMENTE a integração. As tais praxes de visitar a cidade, jantaradas, levar os caloiros a conhecer os serviços académicos, a faculdade, ajudar nos horários etc etc. As praxes em que NÃO HÁ realmente humilhação. Há uma passagem de conhecimentos dos mais velhos para os mais novos.
      Eu tive essa praxe. E no entanto, estive de quatro? Estive sim senhor. Duas ou 3 vezes num ano académico? Não mais de 5 minutos de cada vez porque os meus praxantes faziam sempre questão de não estarmos muito tempo numa posição desconfortável. Acho que não morri por isso. Berraram-me e chamaram-me besta? Sim, mais uma vez, duas ou 3 vezes num ano. Não morri por isso. Nem liguei. Ninguém liga.
      E já sei que por dizer isto vão vir os haters do costume dizer "aie a menina não tem auto estima e é uma idiota e deixa que lhe chamem besta e cenas e tal".
      E se dizer que também já tive um professor a chamar besta a uma turma toda? Muda de situação por ser um professor? Uma pessoa que está lá para ensinar, é pago para isso e chama-nos bestas? Aos ALUNOS? É isso pior do que meia dúzia de badamecos me chamarem besta quando sei perfeitamente que é na brincadeira? Eles chamam-me besta porque não sabem o meu nome. Não porque me considerem uma.Tinha um colega que chamava Zé a todos. (continua)

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    8. (continuação)


      As pessoas hoje em dia parece que não tem sentido de humor nenhum caramba! Não sabem rir-se delas próprias. Levam-se demasiado a sério e levam toda essa história da "besta" demasiado a sério. É isto que eu tenho visto. Porque chamarem-me besta e terem-me posto de quatro foi o "pior" que aconteceu na praxe. O pior dos piores. Mas mesmo assim já sei que virão sempre aqueles chamar-me idiota por causa disso.
      Adiante, estava eu a dizer que a minha praxe foi o que a Ana disse, foi um pedi paper na cidade, foi jantar para conhecer toda a gente, foram jogos, foram brincadeiras. Foi uma aula fantasma GENIAL com uma bibliografia em alemão e um exame no início que nos deixou cheios de medo. E foi leccionada por um Veterano no verdadeiro sentido da palavra. Porque na minha Universidade, a de Coimbra, o código de praxe pós Bolonha define que Veterano é aquele que estando em Mestrado (2ºciclo) tem o número de matriculas igual ao superior ao número de anos da licenciatura e mestrado conjugados. Assim, não há cá burros com "posto" de Veteranos. E antes de me virem falar do Dux, o Dux entrou antes de Bolonha, como tal foi Veterano por razões diferentes. Regras diferentes. Anyway, foram actividades como as que se fariam num qualquer campo de férias (onde as pessoas muitas vezes também tem que andar a rebolar na lama, mas aí já não parece tão mau, enfim).
      A praxe que eu fiz como praxante? Foi a mesma! A minha caloira, que antes de ser minha caloira já era amiga de longa data recusou-se a fazer imensas coisas. Não queria. Não lhe apetecia. Não fazia. Mas fez outras tantas que adorou, que decidiu que valiam a pena e queria fazer parte.
      Tive também uma caloira, que por causa de todas estes "mitos" que saem cá para fora da praxe declarou-se anti-praxe à chegada. Nós tentamos saber porquê, dissemos-lhe para vir assistir na mesma, para pelo menos estar com os colegas de turma e ela foi. E gostou do que viu e quis participar. E agora é das que defendem a praxe. Porque há praxes e praxes e há praxes que merecem ser defendidas. As tais praxes que existem e que a Ana refere. Secalhar nunca viu nenhuma. Secalhar o que falta ao país é em vez de um jornalismo de merda, que peço desculpa o termo, é mesmo o que temos, fizessem uma reportagem do lado bom da praxe. Das praxes boas. Das que merecem defesa e merecem ser conhecidas. Das praxes que os caloiros gostam e no fim tem saudades (e as saudades que eu tenho de ser caloira?!)

      Resumindo, acho que este assunto está a ser demasiado levado para um lado, que existe, que é vergonhoso, que merece ser denunciado é verdade, mas que depois faz com que claramente, pessoas como a Ana se ponham num posição demasiado extremista, e nem tentem compreender o outro lado. Porque a praxe tem um lado bom. O que toda a gente defende que a praxe deveria ser também é, também existe. Mas não lhe estão a dar tempo de antena...

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    9. Os chamados "doutores" são essencialmente pessoas frustadas que em todo o seu processo escolar foram alvo de chacota por parte dos colegas, chegam à universidade são praxados mas é aí que passados 2 anos têm uma oportunidade de se vingar de todas as suas frustrações. Pessoas bem resolvidas pessoal e profissionalmente colaboram, são afáveis, simpáticas, acolhedoras... Não humilham. A maioria das praxes não passam de uma humilhação. Pode ser que seja desta que esse flagelo acabe.

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    10. Pipoca, vou explicar usando o meu caso como exemplo. Sou de uma cidade de trás-os-montes, sim, em trás-os-montes também há cidades, não é só Lisboa. Concluído o 12º entrei na faculdade no Porto.
      Tive de ir morar sozinha(filha única e do papá), sem nenhum amigo ou familiar por perto.
      Quando entrei na faculdade não sabia o que era a praxe.
      Nos primeiros dias fui abordada por praxistas que me perguntaram se queria ir à praxe, a primeira coisa que perguntei foi: Mas é optativo?
      Depressa explicaram que sim, que podia ir gostar e ficar, podia ir não gostar e sair sem qualquer represália, ou simplesmente podia não ir (nem precisava de me declarar anti-praxe, nunca percebi porque raio em algumas faculdades por não s querer ir à praxe tem de se declarar anti-praxe, isto sim, é estúpido. na minha faculdade não existe nada disso)
      Decidi experimentar, prometi a mim mesma que se não gostasse saí-a.
      Primeiro, explicaram-me parte da tradição académica, depois todas as regras para o funcionamento da praxe.
      A primeira que me ensinaram foi: Caloiro é um só! Aquele grupo de 30 caloiros éramos só um, não interessava de onde vínhamos, de quem éramos filhos ou a nossa média, as pessoas gostam sempre de ver quem é o mais inteligente, o mais rico, o mais bonito. Ali na praxe éramos iguais. Não havia diferença entre o mais alto e o mais baixo, o mais bonito e o mais feio, o mais inteligente e o menos inteligente.
      A primeira tarefa que eles nos deram foi trocar números de telemóvel, saber os nomes de cada um e marcar um jantar entre nós, sem doutores. (já me estou a sentir humilhada...)
      Depois vieram os nomes de praxe, o meu não era verme, nem nenhum dos meus colegas era. O meu nome na praxe era alheira (a esta altura já deve ter percebido a que cidade pertenço e o porque deste nome) , era assim chamada pela característica da minha terra. O único nome que teve de andar estampado na minha camisola de caloira foi ALHEIRA (muito humilhante de facto)
      Ao fim de duas semanas, tive uma gastrite, desesperada a meio da noite, vivi-a sozinha,quem me valeu? A praxe, caloiros e doutores foram buscar-me a casa e foram comigo para o hospital ás 4h00 da manhã. (não, a gastrite não foi consequência da praxe) Realmente, malditos universitários que me ajudaram naquela noite.
      Continuando, Flexões? Fiz muitas. Mas também as fiz nas aulas de educação física no secundário, se calhar também fui praxada pelo professor de educação física, não sei se sou a mesma depois disso. Para que serviam as flexões na praxe?
      Eu explico: sempre que algum caloiro fazia asneira pagávamos todos, p/ ex: gozarmos com um colega, faltar ao respeito aos doutores, não saber o hino do curso entre outras. Provavelmente acha que não faz sentido nenhum sermos castigados por isso, mas faz. Se éramos um grupo de iguais ninguém tinha o direito de se rir de ninguém, o hino do curso é equivalente, para nós, ao hino nacional, (qualquer um que não saiba o hino nacional merece dois tabefes), nós não éramos castigados com tabefes, lá estavam as flexões à nossa espera.
      A meio do ano já tinha uma família, que se mantém até hoje, nunca me falharam.
      Chorei muito pela praxe, e sei que vou chorar mais.
      Chorei quando o meu ano de caloira acabou, quando me traçaram a capa, quando tracei a capa ao meu primeiro afilhado, e sempre numa serenata.
      Hoje sou eu que praxo, e nunca me esqueço das flexões que fiz, do quanto tive de berrar pelo meu curso, do quanto me diverti ali. Nunca irei dizer/fazer a um caloiro o que eu não gostei que me tivessem feito a mim enquanto caloira.
      Os caloiros são amados pelos praxistas, acreditam, são bebés, são virgens, que tem a vida pela frente, e nós só queremos que eles cresçam, aprendam com os erros, fiquem perfeccionistas, aprendam que há alturas na vida em que vão ter de engolir sapos, aprender que a base da vida é o respeito e a união, e que sozinhos não vamos a lado nenhum, aprender que é possível criar uma família que não é de sangue, aprender que cada um de nós é único e especial.

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    11. Andei em campos de férias toda a minha infância/adolescência. Nunca me mandaram rebolar na lama.

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    12. Sara, Brilhante comentário, concordo contigo em tudo!

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    13. "E no entanto, estive de quatro? Estive sim senhor. Duas ou 3 vezes num ano académico? Não mais de 5 minutos de cada vez porque os meus praxantes faziam sempre questão de não estarmos muito tempo numa posição desconfortável. Acho que não morri por isso. Berraram-me e chamaram-me besta? Sim, mais uma vez, duas ou 3 vezes num ano. Não morri por isso. Nem liguei. Ninguém liga."

      Repito: de que forma é que ter estado de quatro a ajudou a integrar-se? Ou ter sido chamado de besta? E o facto de a Sara ter apreciado tudo isso não faz com que TODA a gente goste e não se importe. Já percebi que a grande maioria das pessoas que são a favor das praxes e que dizem não haver abusos são as mesmas que acham perfeitamente normal ser tratadas por verme, ter gente a berrar-lhes aos ouvidos, andar a simular orgasmos ou ficar sem um bocado de cabelo. Se acham tudo isto normal e não vêem nada de mal, então está tudo explicadinho.

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    14. Sabe o que me dá mais gozo. Quando vejo gente anti-praxe com digamos "tomates" para trajarem e imporem-se em actividades académicas. Estou farta de ouvir falar de praxe. O caso do Meco é uma pena para os pais que perderam os filhos, mas muito provavelmente aqueles miúdos sabiam ao que iam. Praxe é assim, têm uma pala a focar naquilo e toca a seguir em frente. É uma cultura distorcida, estranha, onde a falta de liberdade prevalece. Não sabem bem o que é a liberdade.
      Sou anti-praxe e teria adorado que não houvesse praxe na minha Faculdade. Se calhar teria havido igualdade entre todos assim, sem passar pelo constrangimento de ter de assinar a declaração anti-praxe e ter de ser incisiva para que percebessem que não era mais uma daquelas de palinha e que fazia tudo o que quisessem. Cães são melhores tratados que os caloiros e também se lhes dão ordens: "Doutor" diz senta e caloiro senta, "doutor" diz de quatro e caloiro põe-se de quatro, "doutor" diz rebola e caloiro rebola. "Doutor" sabe ser tratador? lol Que lógica tem isto tudo?

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    15. A Ana é que está a ser completamente casmurra. Já lhe disseram milhentas vezes que nem toda a gente é chamada de verme nem obrigada a simular posições sexuais nem orgasmos? Está difícil entender...

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    16. essa coisa do 'mas quem não anda na praxe não pode fazer muita coisa' já me irrita. querem ir ao cortejo? VÃO. mas do lado de fora. lá dentro, HÁ PRAXE. ainda HÁ CALOIROS. se não são caloiros, que querem ir lá dentro fazer? ficar de pé quando os outros fizerem flexões?
      há uma altura para cada coisa. o cortejo é na rua, ninguém vos impede de percorrer a rua. os paizinhos também a percorrem a tirar fotos.
      mas quê, só querem ir à praxe quando há festa? tá bem tá.
      caraças, já viram algum jogador entrar em campo com um fato de cozinheiro vestido? ia ser bonito. ou um jogador do benfica assinar contrato com a camisola do porto vestida. matavam o homem ali. (só para dizer: porque raio querem os anti praxe participar nas festas da praxe?

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    17. "apipocamaisdoce05 Fevereiro, 2014 23:26

      Andei em campos de férias toda a minha infância/adolescência. Nunca me mandaram rebolar na lama."

      Como há praxes e praxes, há campos de férias e campos de férias. Tenho fotos para comprovar o que digo. Se quiser envio por PM e tudo. E nas fotos, as pessoas cheias de lama estão a sorrir. Choque!

      -------------//-------------

      "Repito: de que forma é que ter estado de quatro a ajudou a integrar-se? Ou ter sido chamado de besta? E o facto de a Sara ter apreciado tudo isso não faz com que TODA a gente goste e não se importe. Já percebi que a grande maioria das pessoas que são a favor das praxes e que dizem não haver abusos são as mesmas que acham perfeitamente normal ser tratadas por verme, ter gente a berrar-lhes aos ouvidos, andar a simular orgasmos ou ficar sem um bocado de cabelo. Se acham tudo isto normal e não vêem nada de mal, então está tudo explicadinho."
      De que forma? Acho que aqui em cima está um comentário que explica o porque de estarmos de quatro. Se um erra pagam todos. Porque caloiro é um só. Somos todos iguais. Foi assim que me senti integrada. Perceber que fazia parte de uma família, em que era "um por todos e todos por um". Se podiam faze-lo de outra maneira? Claro que podiam, tanto que podiam como fizeram. Estar de quatro foi só uma parte. Como eu disse, não estive muitas vezes.
      E btw, nunca me berraram aos ouvidos. NUNCA!
      E eu não disse que apreciei estar de quatro. Percebi o porquê, a mensagem que eles queriam passar com isso. E sei que há gente que não gosta e se importa. Dei o exemplo da minha caloira. Tantas vezes que ela se recusou a ficar de quatro. Ficou de pé. Se não queria ninguém a obrigou.
      Agora a Ana está a ver demasiado um ponto da questão. Diz que os que defendem a praxe acham normal serem chamados de bestas e estar de quatro (nunca me berraram aos ouvidos, nunca simulei posições sexuais, não vou falar sobre isso), agora a questão aqui é, acham normal na PRAXE. E porquê? Precisamente por isso, é a praxe. E a grande maioria das pessoas levam-na na brincadeira, sabem para o que vão. Antes de ir sabem que lhes vão chamar bestas e estar de quatro. Portanto quando vão, sabem para o que vão. Não é do estilo chegarem lá e “Surprise! Besta!” Não. Quando a malta vai pa tropa também já sabe que vão berrar com eles e chamarem-lhe nomes. E suponho que vão preparados para isso. (E não, não estou a comparar a praxe à tropa, antes que venham com 4 pedras na mão. Estou apenas a dar um exemplo de outro sítio onde as pessoas levam berros)
      Se achava normal que me chamassem besta do nada na rua? Não. Mas isso é uma situação diferente. Era na rua, não na praxe.
      Passando à frente, eu não sou acérrima defensora da praxe. Há praxes muito mal feitas. Muito mesmo. De que eu tenho vergonha. O que eu queria era que a Ana percebesse que não há só essas. Há as que referiu e apelidou de serem boas. Há praxes como o seu marido fez, levar os caloiros a passear pela cidade. E quando a Ana fala tão revoltada contra as praxes, no global, está a incluir essas também, as boas, as que pessoas como eu tem muito orgulho de ter participado! As praxes que se lhe dessem um bocadinho de tempo de antena podiam passar a ser a grande grande maioria. Mas não, em chocar o povo e meter tudo no mesmo saco é que está o ganho...

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    18. É incrível como é que as pessoas que defendem a Praxe, não protejam mais o seu "bom nome". Quem teve uma boa praxe, ou que o considera como tal, a esta hora devia estar mais que revoltado com a má praxe que é muito justamente criticada e condenada!

      A Praxe não é uma entidade ou instituição! Foi inventada por pessoas.

      Mas as pessoas e as instituições existem!

      E bastaria que apenas 1 faculdade fizesse as barbaridades a que assistimos no documentário do Bruno Cabral, para aquilo merecer, no mínimo, um processo disciplinar!

      Se quem defende a Praxe continua a c

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    19. a chorar e a clamar inocência da sua prática, nada fazendo para acabar com os disparates a que temos assistido... garanto-vos que isto tem os dias contados!

      E estejam muito atentos à comunicação social que tanto criticam porque os próximos tempos vão deixar cicatrizes fundas na Praxe Académica!

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    20. Nada disso! Sugiro que pergunte aos anti-praxe o que eles querem.
      Mas adiantando um pouco, os anti-Praxe só querem que a Praxe que exista não viole o código Penal Português e não ande a recrutar caloiros nas faculdades como se estivessem a vender a banha da cobra porta-a-porta! Ainda por cima, o marketing desta marca, não poderia ser pior!

      E já agora, no final dos anos 90, na Universidade do Porto, as festas com melhor reputação eram as da FBAUP e da FAUP. Coincidência ou não, eram escolas onde a Praxe Académica não se impunha a nada, em absoluto. Os estudantes dessa altura nem lhe ligavam! Pelo contrário, a FEUP, onde havia forte Praxe Académica, era a escola com a maior taxa de suicídio entre os estudantes da UP....
      Mas isto são só coincidências... e já agora só usa o Traje quem diz amém às actividades de recepção ao caloiro? Então o Traje é para essa elite de estudantes apenas, certo? Então não é para todos os estudantes?

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    21. Em Coimbra o traje é para todos. Qualquer um pode vestir. A pasta da Praxe é que já não. Sendo o símbolo máximo da praxe é só para quem praxa. Mas quem não tem interesse na praxe não tem interesse numa pasta =)

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    22. Há cidades em Trás os Montes????? Não sabia. LOOOOOL
      Rir é o melhor remédio. Ai Pipoca o que nos levas a descobrir :)

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  16. Gente desta não só tem o direito a ser humilhado, como se humilha a si própria cada vez que abre a boca. Estúpidos estúpidos estúpidos

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  17. "... quando me mandavam olhar para o chão, eu trocava um olhar com o meu colega do lado." Os escravos também! Não diriam nada melhor.

    Vera Veiga

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    1. Vera Veiga, tal e qual!

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    2. Não acham romântico? Eu fiquei derretida... NIX!

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  18. Mas com que direito é que as pessoas pedem que se acabe com a praxe? Só vai quem quer. Não me podem proibir de fazer uma coisa que eu gosto e quero fazer.

    Em vez de estarem preocupados com a praxe e a dizer que é uma barbaridade e que deviam acabar com ela, deviam era dizer e apelar o mesmo para as VIOLAÇÕES que ocorrem todos os dias, em que ninguém quer "participar".

    Ganhem juízo e preocupem-se com assuntos sérios. É mesmo de português, deixem de ser mentes fechadas. Viva a LIBERDADE!!

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    1. As violações que ocorrem todos os dias são consensualmente punidas.

      Pelos vistos e pelo contrário, alguns estudantes universitários cometem infracções penais e não lhes acontece nada!

      Não acha sério essa injustiça de haver cidadãos a reclamar o direito e não cumprir o código penal e até criar códigos para aplicar em outros, que violem o primeiro? Sinceramente, na "minha sociedade" não!

      E pode ter a certeza que as denúncias mal começaram a chover!

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    2. A tua liberdade acaba onde começa a minha...se é para me humilhares e chamares besta e me fazeres simular actos sexuais com um gajo/gaja que não conheço de parte nenhuma...obrigada mas não! Se for para lamber o chão ou para andar em roupa interior...a sério que também não é a minha onda. Se me apetecer puxar te pelos cabelos até chorares, puxar te as orelhas e dar te dentadas pelo corpo, deixas? Eu gosto de praxar assim. (NOT!)

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  19. Temos o direito de ser humilhados? Por amor da Santa, ninguém dá um abanão nesta pessoa? ACORDA!!!!!!!!!

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  20. aqui se vê a ignorância académica. são estes " génios" o futuro do país. tanto ensino e cada vez mais ignorância, meu deus.

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  21. Agora paga o justo pelo pecador. Era tudo tão lindo se acabassem as generalizações. Quem quer ser praxado é, quem não quer não é! É frustrante estar sempre a baterem no ceguinho. Portugal gira em torno das praxes. Já ninguém se lembra da crise, das pessoas que diariamente perdem os seus postos de trabalho? Irra, o que é demais é exagero. Miranda.

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    1. Concordo. Nem de violações, crianças desaparecidas, corrupção... Enfim, por poucos pagam todos. É triste. Fazer generalizações é de génio...

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    2. o que é demais não é exagero? Então se calhar também já é demais falarem da crise, porque não é com palavras que ela se resolve, digo eu, um puto de 17 anos que sabe pouco, ou nada da vida.

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    3. Quem quer é e não não quer não é... fale por si. E já agora, se tudo depende do querer, por favor invente uma forma dos abusos em geral, das vítimas de violência doméstica e do bullying passarem q "querer" não o serem. Estes problemas seriam resolvidos e o mundo agradecer-lhe-ia!

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  22. Fui praxada este ano e desisti por não gostar. Fui troçada por desistir. Fizeram sentir-me mal com a minha opção. Tal como me fizeram sentir mal por hesitar entrar nas praxes. Não me arrependo. Os meus colegas que continuaram contavam-me que os respetivos padrinhos urinavam para baldes e lhes mandavam para cima no batismo, chegaram a entrar nas suas casas, perdidos de bebedos, destruindo armários, camas, mandando a comida e produtos de limpeza para o lixo.... Isto aconteceu. Em pleno século XXI. E alguns gostaram!!! (claro, muitas destas coisas não foram feitas no recinto universitário). É, no minimo, preocupante.

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    1. Não te arrependas mesmo! E não tenhas medo de denunciar isso. Há muitos responsáveis das instituições que estão fartos desta indecência até à ponta dos cabelos!

      As pessoas que fazem o que descreveste e defendem essa Praxe, têm imenso medo de perder esse poder e que os outros lhes apontem o dedo. É por isso que depois andam a dizer que "só vai quem quer", mas quando não está ninguém a ver... fazem o que sabemos.

      Quanto aos que gostaram, dá-lhes tempo... as pessoas não dizem tudo o que pensam, não pensam naquilo que dizem e a sugestão psicológica pode ser muito eficaz em algumas delas...

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  23. Sou suspeita porque a praxe pela qual passei nao considero que me tenha humilhado em momento algum.
    Pelo contrário, foi graças à praxe que conheci pessoas fantásticas e com certeza que algumas delas serão amigos para a vida.
    Na instituição que integro e na academia pela qual faço parte a maior preocupação passar por saber se os caloiros estão a gostar da praxe e da forma como estão a ser integrados, através de jogos e de brincadeiras que nao ofendem a esfera jurídica de qualquer um deles.
    Alias qualquer jornalista que assistisse à praxe que é realizada na instituição pela qual faço parte iria perceber.
    Foi com pesar que soube da tragédia que aconteceu no Meco, mas também é imprescindível perceber que a situação foi proporcionada por ambas as partes e, por muito que me custe dizê-lo, se os meninos são crescidos para conduzir, sair a noite, beber com os amigos, fumar (quiçá) um cigarros, relacionar-se de forma intima com os namorados(as)/pseudo-namorados(as)/amigos coloridos ou o que lhe queiram chamar, entao também são crescidos o suficiente para ter em conta que o país estava em alerta laranja/vermelho (whatever) durante aqueles e que nao deveriam aproximar-se do mar.

    Saudações académicas para todos.
    Filipa Esteves

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  24. Boa noite,
    relativamente ao assunto da praxe, não acho que esteja a ser exposto da forma mais correcta. As supostas práticas que são mostradas no documentário "Praxis", lá porque foram intituladas como tal, não quer dizer que o sejam. Não podemos generalizar o que não pode ser generalizado.
    Eu fui praxada, também já praxei e nunca tive que recorrer a actos de humilhação e sempre que não queria participar bastava mesmo dizer que não. Sempre fizeram questão que nos divertíssemos acima de tudo, tinham o cuidado de saber se tínhamos algum problema, ou até alergias que não nos permitissem sentar na relva por exemplo! Saí das minhas praxes a conhecer todos os meus colegas, muito integrada no curso e senti-me unida! Nunca me pintaram ou transformaram sequer em bolo ambulante. A minha realidade de praxe não teve mesmo nada a ver o que se tem ouvido na comunicação social, o que também era importante, não é tudo farinha do mesmo saco!

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    1. O título do documentário provavelmente foi dado pelo realizador. O termo "Praxe" é o que todas pessoas que viste no documentário chamam ao que estavam a fazer. Mas imagina-te a dizeres-lhes que não...

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  25. Eh pah, depois de ver esta relíquia de video só me apetece dizer: Ganhem autoestima!
    São estas as pessoas que vão ser o futuro do nosso país? Habituadas a fazerem tudo o que lhes mandam, sem terem qualquer tipo de sentimento de revolta, só para se sentirem "integradas"?

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    1. Eu sou da geração RASCA. Esta é a geração CARNEIRADA.

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  26. Estamos entregues aos bichos...
    Este país está condenado.

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  27. Fui praxada e participei em praticamente tudo o que foram atividades de praxe no meu ano de caloira. Na instituição onde estudei a praxe tem uma vertente muito acentuada e prolonga-se ao longo de todo o ano.
    Houveram atividades divertidas, mas também houveram muitas que, olhando agora para trás, foram despropositadas e humilhantes. Na altura, toldados que estamos pela novidade da coisa, nem estranhamos e vamos no barco.
    No 2º ano optei por não praxar e ao longo os restantes anos da licenciatura fui cada vez mais distanciando-me desse ambiente que me parecia distante daquilo que deveria ser.
    Conclusão.... sou completamente a favor de atividades de integração, não acho é que tenham de ser apelidadas de praxe, nem encobertas por um sistema de hierarquia em que uns são doutores e outros são bestas.

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  28. Grandessíssima treta a história de só ser praxado quem quer. Na minha faculdade os praxistas é que controlavam a distribuição de senhas para se poder escolher turmas e horários - ou seja, ou comias com a praxe ou ficavas nas turmas que sobrassem...Felizmente ficaram-se por obrigar-nos a passar a noite num ginásio, com uns quantos a correr que nem uns desalmados, outros quase em coma alcoólico, e outros tantos sentados no chão a olhar para o tecto. Nada de estrondoso comparado com outras praxes, mas nada do que lá se passou teve algum dos efeitos maravilhosos de integração e ajuda e mais sei lá o quê. Para mim era só uma cambada de FDPs que me obrigaram a passar a noite em branco sentada num chão de madeira. De manhã, depois das escolhas de turmas feitas, quiseram por-me uma trela e ir passear para o Campo Grande... Não sei como lhes correu o passeio, eu furei o cordão humano de praxistas e fui para casa (o facto de eu ser alta e bastante pesada e os praxistas serem uns badamecos de metro e meio ajudou).
    Uma coisa que me fascina é o discurso de quem quer ser praxado. Então se já sabem o que lhes vai acontecer, e o que isso supostamente ensina, what's the point? É como saber que o fogo queima e ir meter lá a mão à mesma porque os outros meninos também o fazem.

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  29. Realmente, depois de tanta opinião de norte a sul, vir alguém dizer a alguém que não sabe o que é a Praxe... desculpem... mas é anedótico!

    Os estudantes fazem a praxe publicamente, nas instituições de ensino e na rua, onde toda a gente vê!

    Este assunto é mais velho do que a Sé de Braga e sempre polémico!

    E para as pessoas que acham que só vai à praxe quem quer, por favor expliquem porque é que alguém é vítima de violência doméstica, abuso, bullying, assédio no local de trabalho... e isso possa durar muito tempo e essa pessoa tenha medo de denunciar? A sério, no século XXI, alguém acredita que é por uma questão de inteligência????

    As pessoas não dizem que não e aceitam porque querem ser aceites. E não denunciam pela vergonha de não terem sido "fortes" o suficiente para dizer não. Pela mesma razão que muitos estudantes, por estarem altamente fusionados com a praxe e isso já ser algo da dimensão da sua identidade, não suportam que a ponham em causa. Porque isso é como se estivessem em causa eles próprios! Por isso é que quando dizem que há pessoas que não sabem o que é a praxe, na verdade estão a clamar aos céus que as outras pessoas não os conhecem o suficiente para julgar que eles são uns "mauzões".

    Ninguém tem o direito de dizer que ninguém ou algumas pessoas não sabem o que é a Praxe! Porque ninguém registou a patente, certo?

    Quem gostou da sua Praxe e a defende, devia ser insurgir-se contra o que a Praxe não deve ser, o mais depressa possível! Porque enquanto não o fizerem, os chamados anti-Praxe que acusam, estão a fazer isso por vós, a defender o que deve ser a integração de um caloiro ou que tipo de valores queremos para a Universidade, enquanto que os supostos a "favor" 1)assobiam para o lado, 2) dizem o que é mau passa-se noutras instituições; 3) do que eles têm conhecimento, está tudo bem nas instituições deles...
    Esta cassete dura desde o início dos anos 90!

    E fala-se muito na Praxe porque tudo o que ela tem de mau é o que muita gente não quer na sociedade, no seu contexto familiar, de trabalho, muito menos no mundo em que vive!

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  30. É que só não vê quem não quer! Parece que de repente todos os defensores das praxes dizem que as praxes são muitos boas e que não são cometidos abusos e que esses abusos não passam de frutos da imaginação da comunicação social e dos que são contra. O que ninguém quer responder é que, se as praxes são tão boas e não são cometidos abusos então o que e que distingue a praxe de uma recepção ou actividades de integração aos caloiros? Alguma coisa tem que ser... e na minha minha opinião são exactamente esses abusos. Espero que esta palhaçada acabe depressa antes que morra mais alguém, de preferência.

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  31. ou esta malta não tem quaisquer princípios e valores ou não vê os mesmos telejornais.

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  32. Com 23 anos são poucos o jovens que têm maturidade emocional para deliberar o que melhor é para eles, sobretudo, no âmbito académico. Fui praxada com 18 anos, praxei com 19 ou 20, hoje, com 33 e volvidos 10 anos a ver na comunicação social outras perspectivas e abordagens da praxe, penso de maneira totalmente diferente. é certo que quando praxei juntamente com a minha trupe, o bom senso foi algo que sempre me acompanhou; no entanto sinto uma vergonha, uma desilusão por, na altura, não pensar como hoje. estou em crer que cresci...
    Marisa

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    1. Estou em crer que se deixou manipular e que, em 33 anos, se esqueceu de desenvolver carácter.

      Não sou praxista.

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  33. Temos direito a ser humilhados... e como se isso não bastasse, ainda batem palmas no fim. Ridículo.

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  34. Parece ser muito difícil para a Ana, jornalista tão conceituada, entender o direito de associação! Ninguém pode acabar com a praxe, porque tal como qualquer outro grupo de pessoas que se juntam para fazer o que bem lhes apetece, a praxe é um direito adquirido.
    Deixemo-nos de hipocrisias e pare de dar tiros no pé. Se preza o direito que lhe permite escrever o que quiser e bem entender no seu blog, preze também aquele que nos permite a nós estarmos juntos em função das causas que bem entendemos, goste ou não. E digo-lhe mais. Sim, os argumentos pró-praxe não foram muito jeitosos, mas os seus vão pelo mesmo caminho. Ainda mais quando no seu pensamento, a "jornalista" (sim, porque não vou generalizar a classe de jornalistas tal como a Ana generaliza os estudantes praxistas) Fernanda Câncio é um exemplo do que tão bom se faz no jornalismo português, com perguntas certeiras e valiosas, extremamente incomodativas. Se acha que as perguntas dela incomodaram quem é da praxe... muito se engana. Ninguém se chega à frente porque ninguém quer saber! Ao contrário dos tantos que se dão ao trabalho de apresentar os mais variados argumentos contra a praxe.
    Só para chatear,
    Dura Praxis Sed Praxis

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    1. Pensei em dizer alguma coisa, mas depois disto não vale a pena. *clap clap* está de parabéns caro anónimo.

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    2. Bem, se não querem saber então mais me ajuda. Se não são os pró-praxe a chegar-se à frente para defender a honra da dama, então quem é que o poderá fazer? O argumento que usam é só "a praxe não é isso, não se pode chamar praxe ao que não é praxe", mas ninguém explica efectivamente no que é que consiste, nem ninguém explica porque é que há abusos (abusos esses que estão bem explícitos em alguns códigos de praxe, nomeadamente no de Coimbra, mas sobre isso ninguém abre a boca). Os pró-praxe não falam porque não têm argumentos válidos. E, quando tentam, temos exemplos como estes que se vêem no vídeo. Gente que só diz disparates.
      Quanto ao direito à associação, o conceito é muito bonito se não lesar ninguém, o que não é o caso de algumas praxes. Não é nada difícil acabar com as praxes, qual direito, qual quê. Não me lembro de ter visto o direito a praxar ou a ser praxado contemplado na Constituição portuguesa. Pelo caminho que isto está a tomar, com todas as imagens que têm vindo a público, com todas as pressões que estão a ser feitas, é bem possível que isso aconteça. Ainda a procissão vai no adro, acredite. Com isto tudo, muito mais gente ganhará coragem para denunciar abusos, não duvide disso. E, assim de repente, se a praxe acabar não se perde nada. Mas se querem mesmo praxar, então que se definam regras claras e para TODOS: por exemplo, praxar apenas no recinto da universidade, estabelecer bem os limites, não permitir o uso de calão, não permitir acções ofensivas ou humilhantes, não envolver brincadeiras de cariz sexual, e ter pessoas incumbidas de verificar que não há realmente abusos. Mas se fosse assim não tinha graça, não é? Se não for para mandar em alguém então qual é a piada? Claro que agora virá toda a gente dizer que já é assim, que nas suas praxes nunca vislumbraram um assomo de humilhação (as mesmas pessoas que acham normal e giro serem chamadas de bestas), mas então expliquem-me como é que em imagens captadas em 19 universidades, em TODO o país, há tantos casos humilhantes? Eu juro que faço um esforço para não generalizar, mas 19 universidades já me parece um número bastante representativo.

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    3. pipoca, fazes um esforço? a mim parece-me que o único esforço que fazes é a ver sexo gratuito na casa dos segredos, e bater palmas a isso no facebook ao domingo.
      e quando o teu filho entrar na universidade, e quiser aderir à praxe? vais proibir? mas então não temos que dar liberdade de escolha? se temos que deixar as pessoas dizer 'não', tb temos que as deixar dizer 'sim', não acha?

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    4. Não percebi a ligação à Casa dos Segredos, mas de certeza que na sua cabeça deverá fazer imenso sentido.

      Quanto ao meu filho, se quando ele for para a faculdade quiser participar voluntariamente neste tipo de praxes (em que não há o mínimo respeito pelos caloiros, em que impera a humilhação e a opressão), se ele achar que é giro e nada ofensivo ser tratado por verme ou besta, então é porque não absorveu a educação que lhe demos. O meu filho vai ser educado para saber que pode dizer sim mas que também deve dizer não. Para saber que há limites. Se, mesmo assim, os quiser transpor e sujeitar-se a coisas que eu e o pai consideramos humilhantes, então só podemos lamentar. (in)felizmente, não somos donos dos filhos. Cabe-nos orientar, prepará-los da melhor forma para os embates, ajudá-los na formação do carácter, prevenir para eventuais situações, mas não decidimos tudo na vida deles. Mas pode ter a certeza que se souber que ele anda a chamar besta a alguém, a obrigar alguém a rastejar na lama ou a fazer algo pouco digno, a coisa também não passará pelos pingos da chuva.

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    5. Pipoca eu nem sempre estou de acordo com certas coisas que dizes, por vezes vão para além do aceitável na esfera do respeito, mas neste caso concordo a 100%. Os filhos deveriam levar na bagagem tudo aquilo que os pais lhes ensinam, para que mais tarde consigam adequá-los às situações reais. Porém, também entra neste jogo o campo da personalidade e feitios que muitas vezes degeneram. e acho muito bem que chame o seu filho à razão quando necessário, porque mesmo adultos irão ser sempre filhos...

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    6. Pipoca, é muito simples, isso da praxe: pensas "será que eu me importava de fazer isto em frente aos meus pais ou avós?".

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    7. Cara Ana Martins,

      Subscrevo-a inteiramente!

      Espero que o Prof. José Caldas Almeida, que esteve no Prós e Contras esteja certo e que a Praxe Académica, como a conhecemos, tenha os dias contados.

      Infelizmente, tenho a suspeita que a tragédia do Meco foi um acidente que decorreu de uma situação planeada e aceite como Praxe pelos que nela participaram. Mas aguardemos pelo que se consegue provar...

      Infelizmente também, todos nós estamos sujeitos a fenómenos de sugestão psicológica, coacção ou obediência. O exercício da nossa vontade nem sempre é linearmente levado avante. Mas há pessoas que são mais propensas a isso do que outras, como em muitas outras coisas. E no seguimento da sua reflexão, a educação que damos aos mais novos pode ser decisiva!

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    8. Acho que a Ana nunca leu ninguém dizer que era giro ser chamada de besta. Eu nunca li. Li pessoas dizerem que foram chamadas e não ligaram. Agora que acharam giro? Não sei onde a Ana leu.

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    9. Sinceramente, com tantas porcarias que existem no ensino superior, vão logo implicar com as praxes. Digo-lhes que por experiência própria que o aumento de propinas, as fracas perspectivas profissionais, o deficiente método para concorrer ao ensino superior e o aumento de preço dos manuais obrigatórios são muito mais preocupantes e esses, sim, preponderantes na desistência ao ensino superior. Mas sobres esses, que não são, de todo, opcionais ninguém se debruça. É muito mais fácil criticar estudantes universitários que são "imaturos" e "burros".

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  35. Eu já estudei no estrangeiro e senti-me mais integrada lá do em Portugal, mesmo passando por algumas praxes. É ridícula importância que se dá à praxe. Miúdos com mais de 18 anos têm de aprender a socializar de outras formas, formas adultas. Não minha querida, na vida se quiseres subir aconselho a que não te ponhas de quatro, se bem que é isso que muitos fazem e é por isso também que estamos como estamos, porque fazemos o que nos dizem sem questionar.

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  36. A Ana conhece uma realidade muito limitada da praxe e agarra-se a ela com toda a força para defender a sua posição. Não está minimamente interessada em conhecer outras versões e por isso isto não é uma conversa, é uma dissertação sua, de quem apenas conhece aquilo que a televisão lhe tem imposto. Não sou praxista, mas muitos dos meus amigos são e não imagina o mau ambiente que se tem vivido na minha faculdade (uma da UP com muita tradição praxística) com as discussões em torno deste tema. Eu fui à praxe duas vezes e nunca mais lá pus os pés. Não houve represálias, não houve sanções, fui a todas as festas na mesma, tenho imensos amigos (praxistas e não praxistas), fui ao Cortejo, fui a todas as queimas. Os meus amigos não são submissos, acéfalos ou malucos. Só que acham piada aos rituais da praxe. Levam aquilo como uma brincadeira e acho que é isso que custa às pessoas que estão de fora perceber. Aquilo é uma brincadeira. O Código de Praxe não é para ser usado como se de um Diário da República se tratasse. É absolutamente ridículo e foi criado com esse mesmo propósito. É uma brincadeira, já disse isto? Mas nem todos temos de gostar (tipo eu, que não em identifico). A Ana é que escolhe acreditar naquilo que a TVI lhe tem impingido.

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    1. Também fui aluna da UP e posso dizer-lhe que a Praxe varia imenso entre as faculdades. E varia de ano para ano em cada faculdade.

      Aquilo seria uma brincadeira se fosse transparente para todos, mas não é.

      Há Tunas da UP com códigos de silêncio... hoje em dia!

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  37. Não sei se seria um favor que fazia ao Reitor da Universidade de Lisboa, alguém enviar-lhe este vídeo do que se passou na Aula Magna da Universidade...

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  38. Andei na Escola Superior de Educação do Porto e fui caloira no ano letivo de 99/00! Só lamento que alunos de outras escolas e Academias não tenham vivenciado o mesmo que eu, nós!! De verdade lamento porque eu, puxa, fui feliz de mais, ri de mais, e amei as minhas cores de mais! Cometem-se abusos? Claro. Devem ser denunciados? Prontamente. E os responsáveis punidos? Severamente. Mas, que diabo, não reduzam a Praxe à idiotice de alguns! E não se esqueçam que só existe Praxe porque esta é consentida, sempre!! Lembrem-se que quando um não quer, dois não brincam! Ass. 153+1

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    1. Catarina, alguns colegas seus que entraram em 2001/2002, reportaram que na ESE, a Praxe estava revestida de intimidação e coacção. Se entrou em 99... alguém não passou bem a mensagem aos caloiros. Não me venha dizer que cada um percebe o que quer porque nós sentimos quando estamos a ser coagidos para alguma coisa, mesmo que acabemos por gostar... o que não foi o caso na ESE.

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    2. Caro Anónimo,

      Acho muito bem que quem se sente mal com alguma coisa se queixe!! ... se isso aconteceu, fizeram senão bem em fazê-lo. Nunca quisemos alguém contrariado.Limitei-me a prestar o meu depoimento, sempre na primeira pessoa! Não tenho o hábito de falar por outros e muito menos do que ouvi dizer!

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  39. Este comentário foi removido pelo autor.

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    1. Aborrecida com a Andreia F.

      Andreia C.

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    2. Andreia F. há muito caloiros que sabem mais da vida do que muitos praxistas. Não precisam deste tipo de "amor"

      Andreia C.

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    3. Concordo com a Andreia F.

      Andreia C. Estava era melhor calada já que só disse porcaria...
      Vê-se o seu respeito pela historia dos outros, mesmo que venham aqui pessoas de boa vontade dar o seu testemunho e contar como foi a sua praxe há-de haver sempre pessoas mesquinhas como a senhora.

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    4. Pensas exatamente da mm maneira do que eu.
      sou completamente a favor das praxes, desde que não entrem em abusos, claro. O meu ano de praxe ainda não acabou, mas o maior beneficio foi ter a família e os conhecimentos q tenho hoje!

      Vera Ferreira

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    5. Vera, por favor filme a sua Praxe e divulgue na Comunicação Social.

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  40. Se esta canalha ao invés de fazer a praxe, se preocupasse em estudar mais e melhor porque o futuro não promete emprego...

    Carlos Cardona

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    1. Carlos, desculpe mas isso é um argumento pobre. Sabe que muitas vezes as pessoas que estão a praxar são as que se dão melhor nos estudos? Não fale do que não sabe, por favor, que não é porque dois ou três empertigados têm 7 ou 8 matrículas que todas as pessoas da praxe são burras.

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    2. Se falo é porque sei...
      Carlos Cardona

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  41. Estes são os nossos estudantes do ensino superior?! Isto é uma vergonha, estes miúdos não dizem nada de jeito!

    maria graça cortinhas

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    1. Vergonha são as pessoas que não respeitam as opiniões e decisões das outras.

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    2. Exato! Como a decisão de não querer ser praxado e ter que sofrer consequências... Ou a decisão de querer ter cabelo comprido e ver os cabelos pelo chão...

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  42. Epá, eu ando na faculdade e não sou da praxe, para mim nunca foi uma obrigação, nem "não" tive de dizer, uma vez que quem quer participar deve dirigir-se a um sitio especifico e aí recolher o seu kit e ser caloiro à vontade. Para mim é cagativo, desculpa lá a expressão, quem anda ou não lá. Quero lá saber. Eu achava era mais piada a todas estas pessoas se se revoltassem assim com os preços das propinas em Portugal, ou com os cortes nos passes, com as instalações degradantes de muitas faculdades, etc. Que o Ministro fizesse reuniões para discutir assuntos realmente importantes para a vida das pessoas e não criar uma celeuma em volta deste assunto como se o raio da praxe fosse um campo de concentração ou se os estudantes tivessem 10 anos e não soubessem dizer que não querem, caso lhes digam para fazer algo. Devo ser a única pessoa que acha tudo isto ridículo. Então as pessoas vão tirar um curso superior, vão pôr em prática o pensamento crítico, vão ter acesso a um nível de educação que exige uma certa maturidade e vão fazer algo que não querem porque um nabo com mais dois anos lhes "ordenou"? Fogo. Coitadinhos. E se são assim tão inocentes quando chegam ao primeiro ano, que desistam da praxe no segundo ou no terceiro, que andem naquilo e se divirtam ou que saiam e se divirtam na mesma porque a faculdade é grande e as pessoas da praxe não vão assobiar para o lado quando alguém que não é da praxe mete conversa e vice-versa. Pelo menos comigo nunca fizeram isso. Devo ter muita sorte.
    Para terminar, tenho pena dos colegas que perderam a vida no Meco, mas todos tinham mais de 20 anos. Ninguém foi obrigado a nada e todos foram pelo seu pé, acho inconcebível que se culpe a praxe, mais a tia, mais o cão por decisões conscientes de adultos.

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    1. Eu estou completamente revoltada e a muitos anos com o valor das proprinas . Deviam ter sofrido a mesma inflação que os bens de luxo, porque só pode ser considerado um luxo pais pagarem propinas para os filhos andarem a ser chamados de vermes enquanto estao de 4 e olhos no chao .

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  43. Acha que o Código de Praxe de Coimbra é um incentivo à violência por caloiros levarem nas unhas ou verem o cabelo cortado numa praxe de trupe. A razão pela qual as trupes apareceram, há anos e anos atrás, foi para protegerem os caloiros. A trupe mostrava ao caloiro que, como foi apanhado por esta, podia ter sido apanhado por um ladrão ou coisa do género. Se hoje, uma trupe começa à meia noite e a partir dessa hora os caloiros tenham de se encontrar debaixo de telha, mostra a protecção que se tenta dar aos caloiros. Hoje, pode estar um bocado abusiva, não discordo, mas o ideal de uma trupe é esse. Está a levar nas unhas por estar na rua sem ninguém que o possa proteger (um caloiro pode ser protegido pelos padrinhos e pela família de sangue. num dia em que a académica jogue e ganhe não há praxe de trupe porque é dia de celebrar o clube que representa os estudantes). Pronto Ana, está explicada a "violência" do código de praxe de Coimbra. Qual é o seu próximo argumento?
    Daniela

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    1. Aaaaaaaaah, agora sim, faz todo o sentido! Portanto, as trupes, quais paizinhos, querem apenas proteger os caloiros. Assim está bem! E para lhes mostrar que não devem andar na rua à noite, cortam-lhes o cabelo e fazem-lhes uma coisa qualquer nas unhas. Mas é só para os proteger. Não é suficiente dizerem-lhes para irem para casa, explicar-lhes que pode ser perigoso andar na rua àquela hora da noite, etc e tal. Sim senhora, assim é muito mais pedagógico. Agradeço imenso a explicação.

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    2. Oh Daniela, acredita sinceramente que hoje século XXI, em que as Universidades se querem voltadas para o resto da sociedade e tenham influência nela; que os estudantes participem activamente no cumprimento da sua missão, que participem em Universidades estrangeiras, que acolham alunos estrangeiros; que intervenham socialmente para gerar a mudança... isto faz algum sentido???!!

      E digo-lhe mais! Se algum dia uma trupe se atreve a tocar no fio de cabelo de um filho meu, garanto-lhe que a Trupe seja de Coimbra ou outro sítio, é extinta!

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    3. Vou tentar explicar a realidade das trupes e dos rapanços, não na perspectiva do século XIX mas na do século XXI. O que acontece na prática é que os caloiros desde Setembro até Maio (altura da queima das fitas) não podem andar na rua após a meia noite. O porquê vem herdado do tal proteccionismo, do facto de virem miúdos da santa terrinha e chegam à "grande" cidade e desviam-se dos bons caminhos. Tudo teoria como é óbvio e fácil de criticar, mas é uma herança do passado. Se uma trupe os apanhar sem estarem num recinto fechado, implica rapanço. Ora não há assim tantas trupes pois a sua organização implica uma série de regras, não basta um grupo de doutores se lembrar e "vamos fazer uma trupe"; tem que haver elementos com um número específico de matrículas, têm que levar os símbolos da praxe etc. Assim sendo, e como a probabilidade de serem apanhados não é assim tão alta, os caloiros acabam por jogar um jogo do gato e do rato; nós saíamos à noite e no percurso entre bares, andávamos às escondidas. Os caloiros que vissem trupes avisavam os outros por telemóvel para seguirem outro caminho. Era um jogo e quem perdia, na manhã seguinte aparecia de cabeça rapada nas aulas. E tinha sempre uma boa história para contar, de como foi apanhado, de como arriscou e se deu mal. Mas não pensem que era uma violência pegada e que acontecia todas as semanas. Em 120 caloiros do meu ano, 3 foram rapados. Lembro-me de um deles ser um rapaz da Guarda, com cabelo comprido, que podia ter ficado desgostoso por aquilo lhe ter acontecido mas abanava os ombros e dizia "fui estúpido, arrisquei e fui pela praça do D Dinis que é o sítio mais provável de apanhar uma trupe!"
      A ideia que me fica dos comentários que leio, é que as pessoas acham que todos estes actos são super violentos e animalescos. Mas não são. Os meus colegas são engenheiros hoje em dia, todos trabalhamos (escolhemos bem o curso que praticamente não entra nas contas do desemprego) e partilhamos sem qualquer rancor todas essas vivências. Da mesma maneira que o meu pai, também foi rapado na década de 60 quando estudou em Coimbra (e de certeza que também rapou alguns caloiros nos anos seguintes) e não foi por isso que deixou de ser uma pessoa íntegra, um professional e cidadão exemplar.
      O que acontece é que misturamos estes conceitos com a acéfalia que reina nesses videos tristes, de gente a simular actos sexuais e a dizer que têm o direito de serem humilhados.
      O problema não é da praxe, é das pessoas.

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    4. A sério? Isto está mesmo aqui escrito? As pessoas são deliberadamente parvas só para provar que poderia haver alguém na rua que fosse parva???

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    5. Ao anónimo aqui das 10:34

      Em Coimbra uma trupe não existe por "si só". Uma trupe é feita e desfeita no mesmo dia em que é feita. Portanto é extinta no dia em que é feita. Mas não se preocupe que se um dia uma trupe trupar o seu filho, ela irá dar-lhe um papelinho chamado "sancionatis documentu" que é um documento que TODAS as trupes tem que ter e tem que entregar ao caloiro, e a senhora dirige-se ao Conselho de Veteranos, situado na Associação Académica de Coimbra, e entrega lá o papelinho e eles dão-lhe o nome do responsável pela trupe para a senhora poder ir mandar vir, ok? De nada.

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    6. Coimbra, grande cidade?? Uuuuuuiii, pára tudo!



      Dessa não sabia.

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    7. Ao anónimo das 12h33, fico grata pela informação. E não vou mandar vir com ninguém. Não vai ser necessário...

      Outra coisa, é-me irrelevante se uma agressão é cometida por alguém temporariamente integrado numa Trupe ou não. O que é relevante é ser agressão. E isso está muito bem definido na lei portuguesa. E a nossa Lei, pune os agressores, quando se prova que o são.

      Não leve "fio de cabelo" à letra. Eu explico o meu ponto de vista: nenhum cidadão tem o direito de coagir outro ou interpelá-lo como se tivesse uma autoridade sobre o primeiro, que é fictícia. Uma Trupe não tem qualquer autoridade sobre ninguém, formalmente reconhecida. O Conselho de Veteranos é outra estrutura não formal da Universidade e também não tem qualquer autoridade reconhecida formalmente fora do seu círculo e pessoas que o compõem, ou por outras que, por motivos pessoais lha reconheçam.



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    8. Sempre achei a praxe uma idiotice, mas nunca pensei que fosse uma idiotice tão grande. Os defensores da dita, em vez de limparem a imagem ainda a sujam mais. Parece que falamos de milícias, de grupos de terroristas. E a cereja no topo do bolo é que quem tiver mais matriculas mais manda, ou seja quanto mais burro mais manda (!!! ???) E não me venham cá com o argumento do trabalhador estudante..Eu fiz uma licenciatura a trabalhar e com dois filhos pequenos e fi-la no tempo que era suposto, com media de 14.
      Ver um Dux com a minha idade, com 24 matriculas, dá-me pena e sinto um desrespeito, um desprezo e pergunto-me - este gajo não tem vergonha do papelinho que assume? (no fundo esse gajo representa a caloíce, a inutilidade o mau exemplo, também conheci alguns do género na faculdade)

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    9. Anónimo das 14h33

      Eu não estava para aqui a defender as trupes. Estava apenas a dizer que elas são, como havemos de dizer, rastreadas. Sabe-se quem as fez e quem faz parte delas. Ou assim deveria ser, eu pessoalmente nunca conheci o caso de nenhuma trupe à revelia. Não concordo que se corte o cabelo e outros. Percebo que faça parte de uma tradição, percebo a lógica da tradição, mas não quer dizer que ache muito bem andarem a cortar o cabelo aos caloiros. Se bem que dos casos que conheço ninguém se chateou muito, foi mais uma experiência universitária, mas pronto, mais uma vez vão ser chamados de setc, portanto por aqui fica e não falarei por aí além do assunto.

      Quanto ao Dux, eu não sei como é que as pessoas ainda não perceberam que ele usou o facto de trabalhador estudante como uma desculpa. Ele gosta de estar lá. Ele gosta de ser Dux. Ele escolheu dedicar-se a uma vida académica e ninguém deve condena-lo. Foi uma opção. Ter dito que é por ser trabalhador-estudante que não consegue fazer o curso, claro que cai mal, mas acho que foi a melhor desculpa que ele arranjou, dado o sítio e a ocasião. Snão ainda ia despoletar outro debate. E o curso dele não é fácil de fazer. Há quem vá as aulas todos os dias e a todos os exames e não o faça em tempo útil, então alguém que vai praí 2 vezes por semana as aulas e deve faltar a uma carrada de exames ( porque ele tem um emprego, e como já tem emprego, acho que a universidade para ele é um hobby apenas) não me admira que ainda não o tenha feito.

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    10. E ana, mais uma vez, pelo menos em Coimbra, quem tem mais matrículas NÃO MANDA mais. Eu com 5 matriculas, como estou no último ano de mestrado mando mais que um gajo com 8 matriculas no 2º ano de uma licenciatura. O Dux é pré-Bolonha, então entra numa categoria de Veterano diferente, e já há poucos assim em Coimbra. E duvido que ainda praxem.

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  44. A praxe não é nada mais do que um conjunto de actividades de integração! Sim, cada caloiro recebe um nome de praxe, que não é de todo ofensivo. Se os caloiros são chamados de bestas, sim, às vezes, mas não é minimamente a sério. As praxes não se resumem a insultos, na realidade não existem insultos! São brincadeiras, assim como muitas vezes amigas chamam nomes pouco agradáveis a outras amigas, não é um insulto! Não passa de uma brincadeira! Quanto ao que se faz nas praxes, não só se fazem jantares, rallys, fazem-se jogos (futebol humano, quidditch, mata, gincanas) em que os caloiros têm a oportunidade de formar grupos e conhecer pessoas. Isto é um exemplo de praxe da minha faculdade, como é óbvio, acredito que nem todas sejam assim. Acha que isto tem algum problema? Acha mesmo que este tipo de actividade deve ser proibido?

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    1. Há muitas pessoas que acham inadmissível serem apelidadas de bestas, até a brincar! Até podem tolerar, mas não gostam.

      Qualquer actividade que coloque em causa os valores e missão de uma organização, levada a cabo por alguns membros que formalmente não são em nada mais do que outros, deve ser, no mínimo, analisada:

      1 - Pedir autorização aos responsáveis da organização para a realizar;

      2 - Publicar de forma transparente as regras;

      3 - Acabar com a figura ridícula de andar a recrutar caloiros como se isto fosse uma venda agressiva porta-a-porta;

      4 - Divulgar horas, dia e local onde decorre as actividades de Praxe Académica, esperar que as pessoas interessadas apareçam, explicar tudo e aguardar uma decisão, sem estar a vender a banha da cobra.

      Sim, em instituições de formação, onde formalmente os estudantes não estão mandatados para mandar em ninguém, práticas que vão contra os valores da instituição e que sejam coersivas, obviamente deveriam ser sancionadas!

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    2. Os caloiros recebem um horário com as actividades realizadas durante a semana. Aparecem quase todos.

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    3. Ok, então o ponto 4 está coberto, espero que com uma atitude neutra por parte de quem organiza. Faltam os outros.
      Quem defende a Praxe tem que fazê-lo a dar o corpo às balas e assumir às claras o que está a defender.

      Já agora, o Código de Praxe, por exemplo, deve ser de conhecimento público, mas se não tiver sido autorizado pelos responsáveis da instituição, não devia ter o seu nome, nem símbolos; mas apenas a autoria de quem o criou.

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    4. E outro esclarecimento, por favor: os caloiros vão embora das actividades quando querem, certo? Sem terem que dar satisfações a ninguém, como cidadãos livres de se associar e participar na Praxe...

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  45. Moral desta história: se várias pessoas sofrerem em conjunto, isso é bom, porque elas vão sentir uma interligação! Se se traficarem várias pessoas juntas, isso é bom para elas, pois vão estar a sofrer em conjunto! Se se violarem várias mulheres ao mesmo tempo, isso é bom, pois vão estar unidas por aquele sofrimento! And so on!...

    Acordem!

    E que tal os caloiros poderem unir-se por passarem bons momentos juntos? E se os colegas universitários se unirem para viver as experiências próprias da faculdade e da idade sem que isso implique humilhar ninguém? Fazer directas a estudar, uma noitada de copos!... E se se unirem por outras coisas como espírito de camaradagem, amizade, fraternidade, empatia, solidariedade! Não sairiam da universidade seres mais completos?

    O que pode ganhar um ser humano em ser humilhado, meu Deus?? Ou em humilhar alguém??O que é que estas alminhas têm na cabeça?

    Mesmo que consiga aceitar o recôndito direito aqui invocado, "temos o direito a sermos humilhados", jamais conseguirei aceitar a permissa "temos o direito a humilhar"!

    Não, amigos, não anda na praxe apenas quem quer. Na minha faculdade tínhamos inclusivamente um cartão onde carimbavam o nº de vezesm em que éramos praxados, e se falhássemos no primeiro dia de aulas, perseguiam-nos nos dias seguintes. Não há escolha.

    Quanto ao argumento da "liberdade de associação", por amor de Deus!... Nem merece resposta! Só vindo de alguém sem a mínima noção socio-jurídica!
    A Ana tem toda a razão nos argumentos que deduziu, que subscrevo na íntegra, e até agora não vi contra-argumentos minimamente decentes.

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  46. ainda não ouvi uma definição concreta da praxe. varia de pessoa para pessoa e de escola para escola. para uns a humilhação é necessária, para outros nada do que se viu no documentário é humilhação, são brincadeiras. dizem que a praxe integra, mas ao mesmo tempo exclui quem não se sujeita a ser um pau mandado por motivo nenhum... acho que é caso para dizer "fiquem lá com a bicicleta", que não há meio de perceber o que vai na cabeça desta maltinha.

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  47. Concordo que este vídeo não seja nada bom. Os argumentos utilizados não são os melhores, mas esta polémica toda também já enjoa.
    A Ana diz que os pró-praxe utilizam argumentos inválidos para justificar a existência das praxes, mas os que não concordam com ela alimentam-se só e apenas do que a comunicação social lhes põe à frente! Onde andam os casos positivos de boas condutas da praxe? Onde andam as reportagens que foram emitidas à 2 anos ( salvo erro), quando muitas universidades em Lisboa, e pelo país fora, pintaram escolas, igrejas de bairros carenciados, fizeram recolha de alimentos, etc? Porque não se fala disso também?

    Entrei no ISCSP em 2010. Fui praxada durante o meu ano de caloira. Praxei nos dois anos seguintes. Sinceramente, nunca assisti a nenhum caso de humilhação de caloiros. Vários colegas não participaram nas actividades de praxe, mas não foi por isso que foram postos de parte. Podiam ir aos convívios, jantares, e mesmo não participando nas actividades de praxe, podiam estar presentes, conhecer os caloiros, e as entidades praxantes, simplesmente não participavam nas actividades, porque tiveram a liberdade de escolher!!! Antes de se iniciar as actividades os caloiros são questionados se querem ou não participar nas praxes, se querem muito bem se não querem muito bem na mesma! Não serão excluídos por isso. Não conheço nenhuma má conduta de praxe que tenha posto em causa a integridade física e moral seja de quem for!
    Contudo reconheço que poderá haver praxistas que ultrapassem limites inaceitáveis, que não respeitem o próximo, e aí os reitores, presidentes devem intervir e impor sanções, assim como o Presidente do instituto do qual fiz parte impôs limites para a realização da praxe. Assim como as entidades praxantes querem é que os caloiros se conheçam, se divirtam, e que se forem alvo de más condutas não tenham medo em denunciar .
    Tenho pena é que se generalize tanto e que se ache que a praxe é feita por estudantes com a mania que são mauzões e que somos todos uma cambada de jovens frustrados que querem é mandar nos outros. Estão mesmo muito errados!
    Proponho que os jornalistas se dediquem à realização de reportagens de boas praxes, praxes de integração, já que agora a praxe é a coisa mais horrenda deste mundo e do outro!

    Joana

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    1. Joana, mas essa recolha de alimentos e essas igrejas pintadas faziam parte das praxes? Essas acções são denominadas praxes? Ou são simples acções que as universidades promovem, e bem? É que quando aparecem imagens de alunos a serem humilhados vem toda a gente dizer que aquilo não são praxes. Agora vem a Joana dizer que uma recolha de alimentos é praxe. Afinal, o que é que cabe nas praxes? Aparentemente, tudo o que é mau e ofensivo não é rotulado de praxe, mas tudo o que é bom já é.

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    2. Praxe não é nada mais nada menos do que actividades de integração e recepção dos novos alunos, dos caloiros, que não ponham em causa a integridade física e/moral de ninguém. Pelo menos na minha universidade, e em tantas outras... Essas acções foram promovidas pelas associações de estudantes em conjunto com outras entidades. Num dia da semana é então organizada a Praxe Social para a realização dessas actividades de cariz social tanto por caloiros como entidades praxantes.
      Mas como já referi, a praxe que vivi poderá ser muito diferente das realizadas em outras instituições, assim como o seu conceito. Mas garanto-lhe que para além destes casos maus que têm vindo a público existem bastantes casos de boas praxes que também deviam passar em reportagens nos telejornais e serem referidos em programas como Pós e Contras.

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    3. Ahahah! Entao na verdade quem anda a trabalhar no Banco Alimentar a recolher alimentos tambem esta a ser praxado!!!! A praxe ate pode contem actos de solidariedade e voluntariado e isso e de louvar com certeza, mas isso nao e o que caracteriza a praxe, isso nao e nem mais de 5% das actividades que se fazem nas praxes pelo pais fora....

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    4. Este ano sou caloira em Aveiro e, como QUERO, sou praxada.
      A praxe mais importante do ano, conhecida como Grande Aluvião, rendeu mais de 3 toneladas de comida para doar a instituições aveirenses. A minha próxima praxe vai ser feita em instituições de crianças, para fazermos o que quer que eles achem necessário e ainda vamos doar brinquedos e roupa.
      Nem tudo é mau na praxe. Há pessoas más e há pessoas boas, e isso sim reflete-se na maneira como a praxe é feita. Mas isso não será um bocadinho falta de educação, que devia ter vindo de casa e não veio?

      Mariana

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    5. Joana, é muito fácil que os estudantes filmem as suas boas experiências e as publiquem. Não percebo porque é que estão à espera da Comunicação Social! Já deviam tê-lo feito! Ainda deve haver Praxe este ano, por isso, toca a trabalhar para provar ao mundo o que está a dizer!

      Ninguém está preocupado com as "Praxes boas". Se fossem boas, não havia rios de tinta acerca do assunto. As más é que são preocupantes e ainda bem que a Comunicação Social as denuncia, quando nem os estudantes que defendem a boa reputação da Praxe, o fazem!!! Não o fazem!

      Mas agora temos um problema: quem decide o que é mau e bom? O código da Praxe? Então digo-lhe já que tem mesmo os dias contados...

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  48. E opiniões sobre os cursos superiores de 2 anos que o governo resolveu criar?Implicações para quem andou 6 anos a tirar uma licenciatura e um mestrado à séria?Não será mais relevante do que a polémica sensacionalista das praxes?Foi decidido na mesma reunião em que o ministro da educação discutiu as praxes,mas parece q os portugueses adormeceram nessa parte.

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    1. A discussão da praxe é mais recente fenómeno paulo futre. Ai vamos por em prática decisões injustas e que vão revoltar o povo? vamos lá inventar qualquer coisa pra entreter a malta e desviar a atenção do que realmente importa... E o povo acede e a comunicação social ajuda com a discussão do sexo dos anjos...

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    2. Essa história das "meias-licenciaturas" chega a ser degradante e inadmissível.
      Já inventaram tudo: novas oportunidades, CET's, M23 e continuam a insistir no mesmo erro.

      No meu primeiro ano de faculdade estive num instituto politécnico, em que entrei pelo contingente geral de candidaturas e, como tal, com as 2 provas de ingresso pedidas (matemática A e físico-química, que para quem é da área, sabe que não são propiramente fáceis).
      No entanto, ao começar as aulas reparo que a maioria dos alunos que tinham entrado no mesmo curso que eu, entraram por vias diferentes da minha, ou seja, M23 e CET, e como tal, nem sequer as provas de ingresso tinham feito e muito menos frequentado disciplinas como a tal matemática A e físico-química.

      Não é suposto ter o secundário feito antes de ingressar o ensino superior?

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  49. A praxe deve ter como único objectivo a integração do novo aluno no meio académico. É lamentável ler comentários que referem a humilhação quase como necessária para essa integração. E lamentável também é utilizarem como argumento o facto da vida ser feita de dificuldades para justificar os actos nada humanos praticados. Se a situação no Meco foi devida a uma situação de praxe então quem a defende devia perceber que a única dificuldade da vida é saber que um dia a vamos deixar de viver.

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  50. Esse "rest my case" já devia ter sido aplicado há muito, principalmente pela comunicação social. Com tanta miséria no mundo continuam a bater no ceguinho? Incomodam-se mais com a praxe (que nem lhes diz respeito) do que com o que é realmente importante...

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    1. Cara Joana, não a incomoda que os seus impostos financiem organizações, com determinada missão e valores, cujos responsáveis são pagos para a cumprir, e se verifiquem comportamentos inadmissíveis por todo o país? Se isto fosse um acto isolado, compreendia perfeitamente o seu ponto de vista. Mas não é essa a realidade! Isto eclodiu nos anos 80 e de ano para ano, não há nenhuma evidência que melhore, bem pelo contrário!

      Eu acho que é muito importante que instituições que são financiadas pelo Estado e servem a sociedade, cumpram normas de conduta baseadas em valores.

      Quem não os quer, não se inscreve!

      E já nem falo do Estado só! Mas isto é admissível num hospital, escola, tribunal, empresa, associação...?

      Pode ter a certeza que a Praxe incomoda muita gente porque tem um Código que descreve uma sociedade que já ninguém quer!

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    2. Não acha importante que todos os cidadãos cumpram o código penal? Não acha importante que se denunciem práticas que atentam contra os valores e missão de instituições públicas? Não acha importante que os estudantes universitários tenham acesso à melhor formação possível, em vez de estarem a denegrir colegas e colocar a sua integridade em risco?

      É que me parece muito importante termos uma sociedade justa em cumprimento de deveres e exercício de direitos, seja onde for.

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  51. Este comentário foi removido pelo autor.

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  52. “Isto é suposto ser duro... o “estar de quatro” ou comer coisas que não gostamos... A Praxe é a vida, isso acontece na vida. A vida é dura!" diz uma das defensoras da praxe e da "humilhação com um objectivo" AhAhAhAh Pobres "piquenos" imberbes que acham que se submeterem à humilhação das praxes, isso os vais preparar para a vida. Esperem só até os papás acabarem de vos pagar as 365 matrículas e terem de entrar na selva do mercado de trabalho. E acreditem que o Fisco e a segurança social vão ter muito gosto em vos praxar, a doer e comparado a isso estar de quatro ou comer cocó não é nada… (haja paciência)!

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  53. Código Penal

    CAPÍTULO III - Dos crimes contra a integridade física

    Artigo 143º - Ofensa à integridade física simples

    1 - Quem ofender o corpo ou a saúde de outra pessoa é punido com pena de prisão até 3 anos ou com pena de multa.

    CAPÍTULO IV - Dos crimes contra a liberdade pessoal

    Artigo 153º - Ameaça

    1 - Quem ameaçar outra pessoa com a prática de crime contra a vida, a integridade física, a liberdade pessoal, a liberdade e autodeterminação sexual ou bens patrimoniais de considerável valor, de forma adequada a provocar-lhe medo ou inquietação ou a prejudicar a sua liberdade de determinação, é punido com pena de prisão até 1 ano ou com pena de multa até 120 dias.

    Artigo 154º - Coacção

    1 - Quem, por meio de violência ou de ameaça com mal importante, constranger outra pessoa a uma acção ou omissão, ou a suportar uma actividade, é punido com pena de prisão até 3 anos ou com pena de multa.

    2 - A tentativa é punível.

    CAPÍTULO VI - Dos crimes contra a honra

    Artigo 181.º - Injúria

    1 - Quem injuriar outra pessoa, imputando-lhe factos, mesmo sob a forma de suspeita, ou dirigindo-lhe palavras, ofensivos da sua honra ou consideração, é punido com pena de prisão até 3 meses ou com pena de multa até 120 dias.

    2 - Tratando-se da imputação de factos, é correspondentemente aplicável o disposto nos n.º 2, 3 e 4 do artigo anterior.


    CAPÍTULO VIII - Dos crimes contra outros bens jurídicos pessoais


    Artigo 201.º - Subtracção às garantias do Estado de direito Português

    1 - Quem por meio de violência, ameaça ou qualquer meio ardiloso, fizer com que outra pessoa saia do âmbito de protecção da lei penal portuguesa e se exponha a ser perseguido por razões políticas, com risco para a vida, a integridade física ou a liberdade, tornando-se objecto de violência ou de medidas contrárias aos princípios fundamentais do Estado de direito Português, é punido com pena de prisão de 2 a 10 anos.

    2 - Na mesma pena incorre quem, pelos mesmos meios, impedir outra pessoa de abandonar a situação de perigo referida no número anterior ou a forçar a nela permanecer.


    CAPÍTULO II - Dos crimes contra a propriedade

    Artigo 212.º - Dano

    1 - Quem destruir, no todo ou em parte, danificar, desfigurar ou tornar não utilizável coisa alheia, é punido com pena de prisão até 3 anos ou com pena de multa.

    2 - A tentativa é punível.

    Artigo 243.º - Tortura e outros tratamentos cruéis, degradantes ou desumanos

    1 - Quem, tendo por função a prevenção, perseguição, investigação ou conhecimento de infracções criminais, contra—ordenacionais ou disciplinares, a execução de sanções da mesma natureza ou a protecção, guarda ou vigilância de pessoa detida ou presa, a torturar ou tratar de forma cruel, degradante ou desumana para:

    a) Obter dela ou de outra pessoa confissão, depoimento, declaração ou informação;

    b) A castigar por acto cometido ou supostamente cometido por ela ou por outra pessoa; ou

    c) A intimidar ou para intimidar outra pessoa;

    é punido com pena de prisão de 1 a 5 anos, se pena mais grave lhe não couber por força de outra disposição legal.

    3 - Considera-se tortura, tratamento cruel, degradante ou desumano, o acto que consista em infligir sofrimento físico ou psicológico agudo, cansaço físico ou psicológico grave ou no emprego de produtos químicos, drogas ou outros meios, naturais ou artificiais, com intenção de perturbar a capacidade de determinação ou a livre manifestação de vontade da vítima.

    Sounds familiar?

    Não sei se estas pessoas que aparecem no video têm ou não o direito a ser humilhadas, suponho que não tenham escolha, que já acordem neste estado, que já tenham nascido na humilhação que é a sua própria existência.
    Eu sentia-me bastante humilhada, estando na situação em que se encontram. Se soubesse que um video, onde apareço a dizer o que eles dizem, está a correr pelo país inteiro. Assim, sim. Nesta medida, suponho que tenham o direito a ser humilhados.
    Mas, com muito mais certeza posso afirmar que muitas destas pessoas têm é o direito a ser punidas pelos seus comportamentos.

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    1. Complementado...definição de Praxe, segundo a Wikipédia:
      "Praxe académica, ou simplesmente praxe, é um conjunto de práticas que, alegadamente, visa a recepção e integração dos novos estudantes nas instituições de ensino superior em que ingressam.
      A praxe rege-se, de acordo com os seus promotores, por códigos aprovados por grupos restritos da comunidade estudantil. Trata-se por isso de uma expressão de poder não-democrático, cujos contornos podem ser graves principalmente se usada nas instituições públicas de um regime democrático1 .
      Os promotores da praxe afirmam tratar-se de uma forma de integração, já que, através da praxe, os novos alunos conhecem os estudantes mais velhos que os podem ajudar ao longo da sua vida académica, e os colegas do seu próprio ano, contribuindo assim para a angariação de novas amizades.
      As práticas associadas à praxe revelam, porém, em muitos casos, o exercício de formas de humilhação e de agressão física e psicológica a que os novos estudantes se submetem, entre outras razões, pelo receio de serem marginalizados pela comunidade estudantil. Algumas destas práticas, que conduziram, nalguns casos, à morte ou a danos físicos graves irreversíveis a caloiros, levaram à abertura de processos-crime, e têm sido objeto de forte contestação pública e gerado enorme polémica."

      DEVIA EXISTIR UMA DISCIPLINA NO 12º ANO DE: "PENSA POR TI E NÃO SEJAS CARNEIRINHO"

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    2. Concordo plenamente!

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  54. Realmente este assunto já chateia de tão "batido" que está.

    Infelizmente há praxes más, como as demonstradas no documentário, que não deveriam ser chamadas praxes mas infelizmente acontecem, e é isso que as comissões de praxe/associações de estudantes/etc, etc, têm de admitir, denunciar e vigiar/regular. Por outro lado é verdade que existe uma pressão para os caloiros aderirem à praxe, e aí sim deveria ser mais explícito que pode optar ser anti-praxe, sem consequências de não participar na praxe e tudo aquilo que envolve.
    Mas felizmente também há muitas praxes inofensivas, que ajudam realmente a integrar, e isso sim é a verdadeira praxe que a maioria das pessoas passa.

    Agora não venham falar da praxe e do que aconteceu no Meco, porque não tem nada a ver. Se no nosso trabalho o patrão mandasse atirar a um poço, certamente não íamos, pois não?? (quero querer que não...)
    Com todo o respeito às famílias das vítimas.

    Outra coisa, quando entram para a faculdade, muitos são ou deveria ser matutos o suficiente para tomar decisões, assim como beber, conduzir, etc etc, também podem ser para se declararem anti-praxe se assim o quiserem!!

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    1. O que aconteceu no Meco... quem sabe... tenha sido feito em nome da Praxe. Infelizmente, isso pode ter acontecido sim. Sei que deve ser difícil encarar isso para quem tem desse processo boas recordações e as melhores intenções, mas a verdade é que a Praxe já revelou o pior e mais baixo onde jovens podem chegar, ou, no mínimo... é uma questão de muito mau gosto.

      O fenómeno não é estranho também ou "exótico" se atendermos a toda a investigação da Sociologia e da Psicologia Social. E se quer mesmo surpreender-se procure os estudos acerca da obediência do Milgram!

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    2. Uma vez que ninguém se entende acerca do que é a Praxe, como é que pode declarar-se anti?

      E eu posso ser anti-Praxe da Fac X mas a favor na Fac Y?

      Está a perceber porque é que a questão não está no que cada um julga que a Praxe é???

      A Praxe é o que os estudantes fazem que seja! E isso varia ao longo do tempo!

      Ninguém tem que se declarar coisa nenhuma! Essa agora! Explique lá porquê! Eu deveria ser livre de participar nas actividades disponíveis na minha faculdade, ou não, 1) sem ter que dar justificações a ninguém; 2) sem ter vendedores "mauzões" da banha da cobra atrás de mim!

      No Meco, oxalá que não tenha sido Praxe. Embora haja suspeita que sim! As pessoas fazem as piores coisas em nome de crenças e aqueles estudantes acreditavam na COPA e no que faziam. E chamavam-lhe Praxe! E por isso, uma vez que ninguém registou a patente, não venha agora dizer que não era Praxe, como se estivesse a dizer "ui, a minha praxe não é assim, eles é que estão errados e por isso não vamos aceitar que se chame Praxe àquilo"! Oxalá que não tenha sido, tenho uma réstia de esperança nisso. Mas se foi, vá dizer isso à COPA, que não é.

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  55. Antes de mais, tenho de dizer que admiro imenso o seu trabalho e é impensável para mim questionar a sua opinião e a sua posição perante a praxe.
    Eu estudei em Coimbra, fiz parte da praxe enquanto "caloira" e nunca desisti porque queria conhecer a tradição académica e achava que era uma condição indispensável para me relacionar com os colegas de curso.
    Não sou contra a praxe e nunca fiz nada que eu considerasse vergonhoso para mim ou contra os princípios e valores que os meus pais me transmitiram. Passei imensas horas "de quatro", a "olhar para o chão" e a repetir hierarquias de praxe, sempre com a desculpa que isso me iria preparar para a vida no futuro, que assim seria mais fácil responder às exigências de um chefe ou às injustiças na minha vida. Na verdade, nunca liguei muito a isso e enquanto "doutora" a única praxe que exerci foi perguntar aos "caloiros" como é que se sentiam longe de casa, sem a família ali ao lado e sem os amigos mais próximos. É verdade que ainda hoje tenho ligação com os meus colegas de praxe, pois nesse ano foram o único apoio que tive e foi com eles estabeleci cumplicidade para "aguentar" aqueles momentos de pura estupidez. No entanto, não sou contra a praxe, porque tenho pena das pessoas que me trataram mal, porque mais tarde vim a perceber que o problema está mesmo na auto-estima deles e tratam mal os caloiros, porque é a única maneira de se afirmarem e de se sentirem bem com eles próprios. Não sou contra a praxe que eu defendi, recebi os novos alunos, preocupei-me em mostrar a cidade e mostrar a verdadeira tradição académica da cidade.
    Ainda hoje tenho muitos amigos que foram os "meus caloiros", não me arrependo de nada do que fiz enquanto "caloira" ou do que fiz depois disso. A única coisa que me envergonha é a figura triste que faziam alguns dos que exerciam "praxe" sobre mim, porque percebi que nunca passaram de pessoas frustradas e infelizes e acima de tudo nem eles mesmos estavam preparados para a vida. Nunca nenhum deles pensou como seria estudar 5 anos e depois acabar desempregado e rejeitado, a praxe nunca os preparou para a vida. Imagino que continuam à espera de subir na hierarquia que um dia lhes prometeram. Temos pena, a única coisa que me ensinaram foi que pessoas mal formadas e com falta de respeito pelos outros existem em todo o lado, mas mais tarde ou mais cedo "pela boca morre o peixe".

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  56. Encontrei uma solução que agrada a todos: Portugal pode estabelecer uma parceria de troca com a Síria. Trocávamos cada cabeça de gado deste tipo que exige ser humilhado por cada criança que neste momento está a ser barbaramente torturada. Toda a gente ficava feliz! Principalmente os contribuintes que tanto dinheiro têm gasto na educação destes trastes que concluíram o secundário sem saber o significado das palavras respeito e dignidade!

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  57. Acho muito giro pessoas de 20 e poucos que muito provavelmente nunca trabalharam na vida , virem a dizer que a vida é dura e que a praxe é uma metafora da vida... sou e sempre serei anti praxe, anti qualquer coisa de grupos idiotas, nunca tive necessidade de ser aceite por grupo algum pois realmente valorizo-me imenso como o ser individual que sou, incrivel como as pessoas têm medo de não serem aceites, e esse medo é o que as faz aderirem ás praxes " porque toda a gente adere". E com medo sujeitam-se, porque um dia vão fazer o mesmo e poder estar num grupo, e o medo de não estar num grupo é enorme...Parece que estas pessoas universitárias, essas que deviam pensar, essas que vão fazer o país de amanhã, estão a ser o pior exemplo para o nosso país. Quando era estudante saí de casa dos pais, meti-me a trabalhar no continente aos fins de semana e a fazer kms a pé para ir trabalhar, quando era estudante esturrei os miolos e fui para o Brasil com uma bolsa de estudo, e tive pessoas a dizerem que nunca iriam para o Brasil porque implicava abandonar a praxe ( Ana, isto é verídico , pessoas do curso de Relações Internacionais a dizerem isto). Nem tudo foram rosas quando acabei o curso, mas batalhei, fui para fora, voltei, tenho um bom trabalho e tenho em planos de fazer agora algo meu e avançar com o projecto para a frente, e o que vejo no mundo adulto é tudo novamente igual. O medo paira na nossa sociedade, o medo de avançar com algo nosso, e essas pessoas que estão na praxe, mais de metade ainda lá continuam com cursos por acabar, não são nada desenrascados...mas é melhor nem falar muito se não ainda me atiram pedras. Gostava de dizer a estes meninos da praxe que o que na vida os vai fazer bons não passa realmente por estas demonstrações de pura cobardice dupla. cobardice porque não sabem pensar por si mesmo e sentem a necessidade de se sentirem num grupo e serem aceites, cobardice porque é muito fácil gritar e rebaixar alguém que se sente com medo e intimidado..e são estes os homens e mulheres de amanhã. tenho vergonha deste país. Ainda para mais eu que trabalho no turismo e tenho clientes a perguntarem-me aqui nas ruas do Porto que rituais são esses horríveis que vêem na zona histórica, eu fico envergonhada.

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  58. Isto sim é igualdade e liberdade. Direito a ser humilhado! Bom, muito bom! O gajo vai dar politico!

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  59. O objectivo da praxe é integracao??? É criarem lacos com os outros caloiros???
    Mas entao isso quer dizer o que? Precisamos que uma dúzia de "iluminados" nos venham ensinar capacidades sociais quando entramos na faculdade?
    Nem sei como é que lá chegamos...na creche, primária, preparatória e secundária deviamos ser todos uns coitadinhos que nao falamos com ninguém, nem conseguimos fazer amigos!
    Nao me venham com tretas!!!
    Há sim ameacas..."Se nao és praxado nao podes usar o traje!". Quantas vezes ouviram isto?!!? (nem vou mencionar as ameacas fisicas...)
    Já nem falo de se nao formos praxados nao podemos praxar o próximo...olha que rica perda!
    Querem ajudar os caloiros a integrarem-se na universidade? Ajudem-nos! Ao invés de os humilharem quando vos perguntam por uma sala, levem-nos lá!
    Quando sabem que veem de outra cidade, mostrem-lhes os lugares uteis!
    Há muita coisa para fazer que ajuda a integracao!
    Supostamente a semana académica serve para os estudantes se conhecerem...nao para andarem de quatro (se bem que aquela menina diz, que é uma coisa muito útil, uma vez que vamos fazer muito isso durante a nossa vida...gostava de saber que curso é que ela está a tirar...lol).
    A experiencia universitária é muitissimo boa! Mas a praxe é completamente dispensável! Nao adiciona NADA ao nosso caractér! Muito pelo contrário...

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  60. A Pipoca que se diz totalmente contra as humilhações, termina este assunto, com um vídeo triste, colmatado com a expressão " I rest my case"... onde claramente a imagem que transparece é que para si todos os estudantes que gostaram da praxe e apoiaram a praxe são como os do vídeo.... Ignorando completamente os comentários que recebeu de pessoas a explicar que há praxe onde não existe violência nem humilhação, usando para isso argumentos válidos e bem estruturados.
    Se apoio a praxe é porque passei por ela e gostei. Na minha praxe não houve berros, nem humilhações, nem cortes de cabelo, nem ninguém nos chamou de vermes!!! Das únicas coisas que referiu apenas fizemos flexões, e cada um fazia o que podia ninguém obrigava a mais. A praxe era juntar-nos todas as quartas-feiras para jogar jogos (como cabra-cega e outros jogos típicos, até fizemos um “mini tomatina”), cantar, dançar. E foi graças a esses encontros que ficamos a conhecer todos os caloiros do nosso ano (acho que só nas aulas era impossível), e a conhecer todos os veteranos... E foram esses veteranos que nos mostraram a cidade, que nos levaram pela primeira vez a sair à noite na cidade de Aveiro, e que nos emprestaram os apontamentos e livros sempre que precisamos.
    Sim é verdade que todas as quartas-feiras chegava a casa toda suja, cheia de lama, mas contente... Divertia-me mesmo.
    A Pipoca tem todo o direito de não entender, ou até achar estúpido, como é que alguém se diverte assim, mas isso não lhe dá o direito de criticar, e de generalizar.
    Eu também não entendo, como é que alguém gasta pequenas fortunas em malas e sapatos (quando na maioria está a pagar a marca, porque os produtos não valem metade do preço), e isso também não me dá o direito de criticar, humilhar e de generalizar a dizendo que são todos os fúteis.
    Peço lhe mais uma vez que me responda, por favor, se teve o direito de dizer que não queria ser praxada e se sofreu algumas represálias por isso.
    Termino repetindo o que já disse anteriormente: Assumo que infelizmente em alguns casos deve haver abusos na praxe (não vejo só para um lado) e espero que todo este sensacionalismo criado, sirva para acabar com esses abusos e para estimular os caloiros que se sinto coagidos ou obrigados a apresentar queixa sem medo de represálias.

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  61. cambada de inuteis... deviam perder tempo a estudar e não a fzerem figuras de anormais...

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  62. Pergunto-me se isso nao sera um traço portugues... acho que no fundo, no fundo, gostamos é mesmo de ser humilhados e levar porrada, nao?

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  63. Eu ainda fico pasmada com tamanha estupidez.

    www.prontaevestida.com

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  64. oh Pipoca, a sério que estás outra vez a falar deste assunto??!! Calma, que ainda falta muito tempo para o Mateus ir para a Faculdade!
    Concordo contigo em vários pontos, e também acho que a única forma de acabar com os abusos é acabando com as praxes, no entanto vamos lá ser razoáveis: este não é o maior drama de portugal, nem em todas as faculdades existem abusos. É certo que nem sempre os caloiros têm liberdade para dizer NÃO, mas também é verdade que não podendo dizer não, podem simplesmente não ir às praxes/faculdade nos dias em que estas existem. Em toda a nossa vida iremos ser confrontados com pressões (e algumas bem mais graves). Não é só com as praxes que os jovens são incentivados a coisas ridículas. Não é por acaso que os jovens cada vez começam a consumir álcool mais cedo (bem antes de irem para a faculdade). Não é por acaso que os jovens têm relações sexuais mais cedo. Não é por acaso que existem problemas como a anorexia e a bulimia. E as pressões não terminam quando entramos na idade adulta. A própria pipoca chegou a comentar (se não foi a pipoca foi o arrumadinho) que depois de ter o bebé havia toda uma pressão acerca da sua condição física... Enfim... toda uma série de problemas que resultam da pressão da sociedade para determinados comportamentos, todos eles graves.
    Acho que como em tudo, é preciso bom censo. É evidente que existem situações que devem ser revistas, e que os argumentos dos "pró-praxe" são só imbecis. Mas não continue a debater este tema porque já percebemos o seu ponto de vista (que não vai mudar, e está no seu direito) e andarmos sempre a ler coisas sobre os mesmos temas aborrece!

    Volte lá aos conselhos de beleza, moda, etc. Há tanta coisa para falar: que tal dar-nos conselhos para saber o que vestir em meses como estes em que chove TODOS os dias?? (é que não podemos andar com as mesmas botas e gabardine durante 20 dias seguintes).

    raquel

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  65. Generalizar nunca é bom! Por esta ordem de idéias a pipoca pertence a uma classe bem mediucre - a dos Jornalistas, que últimamente anda pela rua das amarguras! (é que um erro ortográfico é sempre grave, mas em especialistas de escrita é particularmente grave).

    Depois há ainda a questão do "mérito" que a pipoca falou por aí algures em poder ter deixado de trabalhar para se dedicar ao blog e derivados. Olhe que os reality shows têm muitas audiências (e por isso são rentáveis) e não é por isso que é um programa de qualidade e que quem lá está tenha algum mérito. Esse tipo de sucesso deriva da ignorância e imbecilidade dos espectadores. Ou seja, a pipoca pode ter conseguido deixar de trabalhar para se dedicar a isto, mas não significa que seja necessariamente por mérito.

    Sofia

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    1. Mediucre? Últimamente? Diga lá outra vez o que estava a dizer sobre erros ortográficos que não percebi bem.

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    2. Apesar dos erros ortográficos, concordo com a ideia da Sofia. Não é por o blog da Pipoca ter muitos leitores que se pode considerar necessariamente um trabalho de qualidade. Qualidade que muitas vezes não tem...

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    3. Hahahah, gostei lol

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    4. Ahahaha, boa Pipoca! Não consegui perceber a "idéia"...

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    5. Oh pipoca quer mesmo falar de erros ortográficos?? (olhe que provavelmente 50% das suas leitoras dão erros ortográficos e são elas que fazem de si o que é!
      Mas é sempre melhor atacarmos as fragilidades dos outros em vez de explicarmos as nossas!

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  66. Não percebo o por quê de estarem a fazer este alarido todo quando há coisas mais importantes a serem debatidas no país e que de certeza não estão a ser divulgadas.
    Há 9 anos a minha praxe consistiu em recolher assinaturas de pessoas que trabalhavam em diferentes locais da universidade, de forma a conhecermos o espaço (biblioteca, cantina, bar,etc), cantar, fazer jogos tradicionais e conhecer colegas de todos os cursos. Claro que havia as coisas menos boas como "estar de quatro", mas não me parece que ninguém tenha ficado traumatizado com isso. Havia actividades que não gostava na praxe, como o "leilão dos caloiros" e como tal não fui, não era obrigada a isso.
    Muitas das pessoas que criticam nunca foram praxados ou não gostaram da experiência, mas não eram obrigados a passar por isso. Na minha altura havia um grupo anti-praxe que ia às praxes e apoiava quem se recusava a participar, mas muito poucos desistiram do "ritual de iniciação".
    Fui caloira, fui praxada e praxei; fui batizada nas águas do rio e batizei; fui a Latadas, Serenatas e Queimas; traçaram-me a capa e um dia também a tracei a uma amiga; roí nabos, dei nabos a roer e atirei o grelo ao Mondego; fui no carro; levei bengaladas na cartola; assinei fitas e chorei a ler as minhas; fui à Benção das Pastas; chorei, ri, estudei, fui feliz e sinto uma "saudade" que é tão características dos estudantes de Coimbra... Fiz tudo o que sempre sonhara fazer "quando entrasse na Universidade", passei por todas as etapas, sem me deixar cair em estereótipos de estudantes bêbedos e inconsequentes. Muito me orgulho do meu percurso académico e pessoal na Universidade, sem me prejudicar a mim ou aos outros.
    É lamentável colocarem todos no mesmo saco!

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    1. Subscrevo na integra e não estudei em Coimbra mas na Universidade do Minho em Braga

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  67. "Todos nós temos o direito a ser humilhados"... Nem sei se ria ou se chore com tamanha estupidez vinda de um aluno do ensino superior. Enfim...

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    1. Pipoca, uma praxe é uma integração numa nova fase, por exemplo: um baby shower e uma despedida de solteira são uma forma de praxe. Fui estudante na Universidade de Coimbra e explico-te o que é a praxe passados 15 anos de ter sido praxada e ter praxado: alunos mais velhos explicam aos mais novos o funcionamento da faculdade, ensinam a "escolher" professores e turmas, mostram os locais da cidade, promovem brincadeiras que permitem num só dia conhecer aproximadamente 20 pessoas. Com este conhecimento começam os jantares de grupo e na fase seguinte os grupos que se formam neste tempo permitem criar grupos de estudo para os exames.
      A madrinha/padrinho fica responsável por nós e em janeiro época dos 1ºs exames tinham a "obrigação" de emprestar apontamentos, dar conselhos, dizem onde encontramos as melhores cópias e truques para facilitar o estudo.
      Praxe é tão somente isto: facilitar a criação de pequenos laços.
      Da praxe nasceram grandes amores (já levam 3 anos de casados).
      Claro que há outras formas de o fazer. Mas até agora é esta que prevalece. Não é muito diferente do que acontece em universidades americanas importantes por exemplo (que com conhecimento de causa digo que as nossas são brincadeirinhas).
      Argumentos de me prepararem para a vida só usam os miúdos de 18 anos que ainda tem a sorte de não conhecer a vida.
      Agora também digo, que me preocupa bastante que se tenha distorcido o conceito de praxe e que hajam pessoas más (que existem em todo o lado) que usam este falso poder "doutor" - "caloiro" para se auto promoverem. Mas não é realidade desfasada do que acontece fora das universidades. E preocupa-me ainda mais que os jovens de hoje tenham perdido a noção da sua individualidade. Aos 3 anos quando fui para o infantário a minha mãe só me ensinou 1 coisa: "não sejas maria vai com as outras" e em complemento "pensa pela tua cabeça". Parece-me que os jovens de hoje não conseguem manter esta individualidade. Eu quando estava a ser praxada, por exemplo, e não gostava de algo dizia à minha madrinha: não faço. Pronto, terminava ali. E posso dizer-te que ainda hoje mantenho amigos daquele tempo e ainda hoje a minha madrinha me chama de "caloira" com muito carinho 15 anos depois.
      Só para terminar explicar 2 pontos também porque presenciei: como deves compreender se já passaram 15 anos do meu tempo de caloira já o Dux era o que é hoje. Não vou justificar o que não tem justificação mas sei o quanto ele gosta da universidade e todos sabemos que o síndroma de peter pan habita em muitos homens mas talvez aquilo seja a droga dele.
      E por ultimo as trupes e os cortes de cabelo. As trupes cortam cabelo aos rapazes. Quando pela manhã víamos 1 colega de cabelo rapado fazíamos 1 festa. Era sinal que tinha desrespeitado as regras. Os inocentes 18 anos permitem-nos achar graça a algo tão inocente quanto isto. E quem quer fazer disto algo mais do que apenas esta brincadeira então está a fazer 1 perseguição clara! Levei nas unhas e senti-me feliz. Não me ofendeu. Mas nesse dia iam 2 caloiros e 5 caloiras e 1 dos caloiros pediu para não cortarem (cabelo mais lindo que muita menina) e não cortaram! Houve respeito.
      Só queria partilhar a minha experiência pessoal.

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    2. Partilho da mesma experiência na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Acrescento também que em Coimbra homem praxa homem e mulher praxa mulher. Cheguei a Coimbra aos 17 anos, completamente sozinha e sem ninguém da terrinha para me orientar e na praxe conheci as duas meninas que form as minhas companheiras de casa durante os 4 anos de curso. Faz este ano 10 anos que entrei na faculdade e eu e as amigas da praxe e companheiras de casa assinalaremos a data com pompa e circunstância. Para a vida é claro que as praxes não preparam mas amizades para a vida sem dúvida que nos traz. A praxe não é mais que uma cambada de miúdos que se divertem a rir juntos, a brincar juntos e a divertir-se juntos.

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  68. É mais uma treta que eu não percebo.
    Se eu quero tirar a carta de condução, vou a uma escola e assino que QUERO, se eu quero ir para a Universidade, faço a inscrição - assino que QUERO, entre muitos exempelos.
    Porque é que temos de nos declarar (e assinar???!??!!) anti-praxe?
    Quem quer ser praxado que vá lá e assine que quer, ora essa!
    Só por aqui se nota a "obrigação implicita" da praxe.

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    1. Lá está. Há pessoas que se aproveitam do facto de adolescentes, ou vá, jovens adultos, não terem a mínima noção de que: além de terem todo o direito a não participarem nas praxes ou na praxe (não tenho sequer o mínimo interesse em saber qual é o termo correcto), não têm DE FORMA ALGUMA a obrigação de assinarem EM LADO NENHUM uma declaração a atestar que são anti-praxe.
      Haver quem queira que se assine tal documento, não passa de mais outro meio (dos muitos) para coagir alguém a efectivamente ser praxado. A tal liberdade, que aqueles que defendem a praxe tanto clamam, tem destas coisas muito dignas: enganar garotos.

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  69. Que argumento de merda esse do "a vida é dura portanto a praxe representa a vida".
    Se vou ter uma vida toda de chefes a dizer-me para fazer coisas que não quero, então porque é que hei-de voluntariar-me para ter uma cambada de anormais a fazer-me o mesmo, só porque calharam nascer 1 ano ou 2 antes de mim?

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  70. Este video demonstra claramente que o futuro do nosso país está condenado, a partir do momento em dizem que temos o direito a ser humilhados! Pois eu não considero que colegas da universidade, com 2 ou 3 anos a mais do que eu me devem humilhar, porque me faz supostamente crescer. A praxe como integração é uma ilusão, em que nada se traduz na vida real, no futuro dos estudantes. Se isso fosse verdade, quando acabamos a universidade todos os estudantes deveriam ficar em contacto, amigos, companheiros para toda a vida. Algo que na sua maioria não acontece! Ridículo fazerem da praxe algo tão importante, que não o é. O futuro desta gente vai ser bom, porque se acham bem serem humilhados na universidade, imagem o resto da sua vida, quer a nível profissional e pessoal.

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  71. Cara Daniela

    "A Pipoca recusa-se a querer compreender que nem todos os praxistas tratam os caloiros como vermes e lhes gritam que são umas bestas. (...)
    Daniela"

    Toda a razão do mundo. As pessoas que não tratam os caloiros como vermes e que não lhes gritam que são umas bestas são como eu fui... era "doutora", mas não praxante!

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  72. Pipoca, só para lhe dar os parabéns por não deixar de dizer o que pensa apesar do rebanho não dar descanso. Isto tem que ter uma dose de síndrome de estocolmo à mistura, só pode. É autoritatismo aleatório e quanto à parte da integração, há outras formas de fazer as coisas.

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  73. Nós estudantes universitários trajados, ou no meu caso uma mera miúda de 20anos, podemos não saber muito da vida nem o que nos espera, mas provavelmente aconteceu o mesmo a todos vocês que sabem tanto da vida quando tinham a nossa idade, e se hoje sabem tanto sobre a vida foi devido à experiência de vida que já tiveram. E falam tanto da vida porque a conhecem, porque a vivenciaram e nós miúdos de 20 anos somos uma cambada de ignorantes porque não sabemos o que é a vida, mas a mesma lógica serve para vocês conhecedores da vida. Nunca frequentaram a praxe, nunca a vivenciaram mas mostram-se dignos de criticarem e dizerem-se conhecedores da mesma. Mandam bitaites aqui e acolá sobre o quão horrivel aquilo é sem saberem do que falam, mas o que é certo é que são tão ignorantes nesse aspecto como nós miúdos de 20 anos somos com a vida porque nunca vivenciaram a dita praxe, e cada um deve falar do que sabe. Admito que possam existir praxes mais controvérsias mas se existem é porque têm pessoas, os ditos caloiros estúpidos, que gostam daquilo e que alinham com gosto na praxe, sim porque a praxe não é uma questão de obrigação mas sim de GOSTO, até porque ninguém é obrigado a nada.
    Lamento muito pela experiência de praxe daqueles que dizem que andaram em x praxe e que odiaram, pode ter sido por culpa da praxe ou pode ter sido simplesmente porque vocês não gostaram da experiência em si, é como em tudo na vida, há pessoas que adoram e outras que odeiam, mas isso não dá direito de criticar os gostos de outrem só porque não coincidem com os nossos.

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  74. Generalizações, generalizações... Típicas de comentadores de bancada e apreciadores de programas da manhã...

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  75. lolol "temos direito a ser humilhados"

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  76. Eu frequentei a praxe e gostei muito. Aliás, só frequentei enquanto caloira, porque depois perdeu a graça. Praxei 2 ou 3 vezes, achei aquilo uma seca e deixei de ir. Faziamos jogos, conversavamos, conheciamos muito gente, etc. Nunca me senti humilhada. O que não quis fazer não fiz (como sujar a minha roupa no chão, nada de grave). Levei aquilo sempre como uma brincadeira. Frases como "Caloiro é burro!" entra para a faculdade e não sabe nada, tem muito que aprender daqui para a frente. Mas alguém no seu perfeito juizo acredita nisto e leva isto a sério?? Quando me diziam isto eu ria-me. Assim como a intenção de quem me praxou era essa mesmo, e não a humilhação. Quando ouço na TV, "o nome de código x" "o nome de código y" uuuhhhhh "o nome de código", logo a dar um ênfase negativo! É o nome de praxe, que dá para rir, toda gente tem. Equiparo esta questão ao humor negro, há uns que se riem e outros que não gostam. Aquilo que aconteceu no meco não é praxe. Relatórios psicologicos (como??), passar fins de semana fora para ser praxado (??), rituais na praia de pés atados (???) são coisas de quem não bate bem. É como o Facebook, uns utilizam numa vertente positiva, para falar com amigos que estão longe, para fazerem negócio, para inumeras coisas boas. E outros utilizam para denegrir, enganar, etc. e depois vem dizer "o facebook é mau" bla bla bla. O facebook é uma aplicação, a maldade está em quem o utiliza com um propósito negativo.

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  77. Pipoca sou fiel seguidora do teu blog e como é obvio não podemos concordar em tudo :) . Percebo a tua opinião em relação à praxe e respeito, nem toda a gente precisa de ter a mesma opinião e achar o mesmo de tudo. Segue um pouco da minha opinião. Fui praxada e praxei. Fui praxada enquanto caloira e nunca fiz nada que para mim fosse uma humilhação. Gostei muito daquilo que vivi, não fiz nada que não quisesse nem nada que me desrespeita-se. Na minha Faculdade nunca vi ninguém a ser excluido por não pertencer à praxe, algumas das minhas melhores amigas não são praxistas e nunca senti delas esse "sentimento" de exclusão, até pq ser não-praxista foi uma escolha delas. Não praxei muito e com o passar do tempo deixei de ir tanto à praxe, quer seja pela falta de tempo quer seja pela falta de pessoas que eu gostasse de ouvir. Nunca levantei a voz a um caloiro, nunca maltratei ninguém, fiz rir muitos caloiros e chateei muitos quando não me diziam que a sua cor favorita era a do nosso curso (se calhar algumas pessoas acham isto ofensivo, coitados dos caloiros não podem ter liberdade para escolher a sua cor favorita mas para mim sempre foi uma brincadeira). Foi sempre a minha maneira de ver a praxe e tentar transmitir alguns dos momentos bons e que eu gostei de viver. Acho que a Praxe vem das pessoas que a fazem e é isso o mais importante. Se há pessoas que abusam, há. Se eu concordo com isso mesmo sendo praxista, obviamente que não. Mas pessoas que abusam do seu poder há em toda a nossa vida, eu acabei a Faculdade e já me deparei algumas.

    Concluindo acho que se está a levar este assunto para proporções desnecessárias e as generalizações para mim são um péssimo caminho a seguir. O que se passou no Meco foi uma tragédia terrivel, de lamentar, ninguém merece o que aconteceu. Mas não sabemos o que aconteceu e enquanto não se souber toda a verdade, acho que de deve parar com este espetáculo de ataque constante quer à praxe quer às pessoas que fazem parte dela.

    Maria

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  78. Como eu gostava de ver todos os jovens que defendem a praxe, organizarem manifestações contra os cortes que este governo obrigou os pais a suportar. Que muitos passam grandes privações para que os seus filhos possam ter um futuro melhor. Onde estão todos os jovens que deveriam mobilizar-se em nome de um futuro melhor? Estão mais interessados na praxe...triste.

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    1. Estão a brincar no facebook com a internet que os pais pagam, a postar fotografiazinhas no instagram com o telemóvel que os pais compraram, a brincar na ps4 que os pais ofereceram no natal, a fazer jantaradas de curso e a imburcar cervejas com o dinheiro que os pais deram para a alimentação do mês.
      Enfim, a tornar este mundo melhor...

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    2. Anónimo às 16:55.
      Fui caloira, fui trajada, praxei, acabei um curso, e estou a terminar um mestrado!
      (deve estar fascinado como uma "praxista" consegue articular uma frase!!!).
      Não podemos generalizar, se da mesma maneira muitos destes jovem defendem a praxe, pode ter a certeza que também são muitos destes jovens que vão para as ruas, que se juntam a associações para defender o direito dos estudantes. Certamente que haverão muitos que preferem ficar sentados a coçar a micose e dar uns "berros" a caloiros.
      Mas digo-lhe são muitos mais os que estão nas ruas...

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  79. E olha para mim a escrever letrinhas, a formar palavras e a fazer o número de comentários da Pipoca a aumentar.
    Por aqui se vê que há muitaaaaaaaaaaaa gente neste país com demasiado tempo livre (sim sim, eu também que acabei de sair do trabalho e tenho toda uma hora e meia de tempo livre de transportes públicos, até chegar a casa).

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  80. Penso que tudo isto se resolveria se voltasse a haver tropa nem que fossem 4 mesinhos

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  81. Não sabes como se sinto ofendida com estes testemunhos destes meninos e meninas!
    Fui praxada e AMEI, praxei e posso dizer que tive sempre a meu lado caloiros felizes!
    Sinto-me profundamente envergonhada com estes meus colegas com poucos argumentos e com as baboseiras que dizem para defender a praxe!
    Que quando bem feita, com respeito e gosto não há abusos, não há desprespeito nem humilhação!
    Sara

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  82. Vamos a perceber uma coisa, aos 18-20 anos as pessoas não são miudos, mas sim mulheres e homens. Já irrita esta infantilização.
    Realmente o que a maioria dos jovens precisava era de ter mais responsabilidades. Quem sabe trabalhar para pagar as contas.
    18-20 anos é a idade com muitos soldados forma recrutados ao longo dos anos para ir para a Guerra, incluindo os que foram obrigados (Ultramar etc).
    Tenham juizo.

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  83. Depois de ter lido muitos dos comentários a este post apetece-me dizer:
    Como é que é possível escrever tão mal? dar um ou outro erro, um ou outro pontapé na gramática, tudo bem, aceita-se. Mas há por aqui gente que escreve mesmo muito, muito mal. E gente que já deixou a universidade, pessoas licenciadas. E eu espanto-me - talvez não devesse, talvez seja uma otimista - com os erros que vejo. E pergunto-me como foi possível terem chegado a estudantes universitários escrevendo desta maneira; é que há erros que metem dó!

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Teorias absolutamente espectaculares

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