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I rest my case

quarta-feira, fevereiro 05, 2014

218 comentários:

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Anónimo disse...

Lamento desiludir a Isabel, mas sou 'doutora', praxista e nunca fiz semelhante coisa aos meus caloiros! Quando me quero dirigir a eles trato-os pelo nome ou então por"caloiro". Mais uma vez, não vamos generalizar
Daniela

Sofia Lima disse...

É verdade que os ditos a favor da praxe têm tido uma certa dificuldade em mostrar argumentos concretos mas falando relativamente ao triste serviço da televisão pública portuguesa com o Prós e Contras sobre o tema, diria que mesmo que se este não estivesse já desde início formatado para incutir ainda mais o ódio para com tudo relacionado com o contexto praxe e tradição académica, teria sido difícil de qualquer das formas algum manifesto positivo para com a praxe. Eu sou caloira do curso de Jornalismo da UC e como uma das presentes no debate em Coimbra senti-me bastante envergonhada tanto pela audiência composta maioritariamente por meus colegas da UC, como pelos oradores (mas acima de tudo pela profissão à qual anseio pertencer no futuro). Seria de esperar que num debate fossem apresentados os dois lados da moeda, mas a parcialidade falou mais alto (usual no PeC). Não houve o mínimo de moderação, os prós ficaram esquecidos e num programa especial em direto de Coimbra, é incrível como nem a um estudante da UC foi permitido intervir com algo de bom ou neutro a dizer. Condeno também os aplausos ridículos que se faziam ouvir a cada intervenção, mesmo que sem jeito, em defesa da praxe e a falta deles quando alguém a criticava construtivamente. Vi colegas meus com o braço levantado durante 2h enquanto a palavra era dada a jornalistas como Fernanda Cancio que pouco acrescentavam e me desrespeitavam a mim como espectadora e o pedido inicial de Fátima Campos Ferreira ("desliguem os telemóveis"). Sou a favor da praxe como a conheço, fui praxada e vou praxar. Isto é para mim motivo de orgulho. No meu curso e na minha cidade a praxe preza pelo respeito, união entre colegas, companheirismo, amizade. São estes os valores que desde setembro os meus "doutores" nos incutem. Nunca fui humilhada, nunca fui coagida ou dominada, nunca estive de 4 (é proibido no meu curso). E é muito graças à minha praxe que colegas meus madeirenses se sentem em casa em Coimbra e no entanto é também graças a jantares, convívios etc que colegas meus que escolhem não ir à praxe, sentem o mesmo. A praxe é apenas um dos muitos meios, mas é dos mais divertidos e emocionantes quando feita tendo em conta a máxima que a praxe É para o caloiro. Para que ele se divirta, brinque, seja infantil com os colegas que não conhece de lado de nenhum, ganhe à vontade, conheça quem está há mais tempo no curso, conheça a cidade...Se é verdade que a Universidade deveria encarregar-se mais da integração do novo estudante? Sim e há inúmeros convívios promovidos pelos núcleos de estudantes. No entanto, em Coimbra é ainda a praxe que tem muito esse papel e ainda bem apesar de achar que deveria haver um elo de ligação maior entres os dois.

Sofia Lima disse...

(continuação)

Apesar de defender esta tradição, defendo ainda mais a completa abolição das variantes da praxe que ocorrem pelo país. Ainda não vi o filme Praxis mas só algumas imagens me deixam perplexa. A praxe é humilhação? Os caloiros têm um inimigo comum? Só me posso rir quando ouço isto. Os meus "doutores" são sobretudo uma base de apoio, uma orientação tanto para o sério como para a diversão. Não vou dizer que na UC não há abusos, houve-os e ainda os há com uma menor dimensão do resto do país. Há coisas a atenuar, tanto na UC como nos politécnicos que não se regem pelo código. Apenas me questiono como é que jovens da minha idade se sujeitam àquelas cenas tristes. Como é que a praxe foi tão desvirtuada? Não vale a pena atirar areia para os olhos, o que está no Praxis é praxe. Se devia ser? Não. Se eu considero aquilo praxe? Não. Mas para a maioria é. E isso é deprimente e entristece-me que estudantes passem pela faculdade sejam praxados e praxem e não saibam o que é a verdadeira praxe.. Em Coimbra, não há hierarquias, comissões, há o caloiro e o doutor e este tem responsabilidades para com o primeiro. Praxar bem dá trabalho, e é dificil passar o testemunho correto para que no ano seguinte os caloiros tenham uma experiência igualmente boa. Quando se é praxado em situações daquelas que vi no trailer do filme, óbvio que a bola de neve vai continuar pelos anos seguintes se esses jovens não tiverem cabeça para perceberem o ridículo e se organizem e planeiem praxes em condições para os seus futuros caloiros. E o que é grave e me assusta é que muitas vezes não têm. Se não gostam das praxes da vossa faculdade, mudem-nas e tornem-nas em algo bom. Em Coimbra diz-se que o ano de caloiro é o melhor de todo o nosso percurso académico por alguma razão. E sem as praxes, mesmo que participasse nos rituais conimbricenses tradicionais do caloiro (cortejo da latada, batismos, serenata monumental, traçar da capa, cortejo da Queima das Fitas, etc...) tudo teria sido mais pobre sem a praxe.
Dou-me por muito feliz por ser praxada na Universidade de Coimbra porque não sei se o iria aceitar ser noutro sítio do país.

Anónimo disse...

A questão das praxes é uma questão que vai para além das praxes em si, tem uma dimensão já ética e moral. Num assunto tão complexo como este é impossível que alguém seja totalmente a favor, mas é possível que alguém seja totalmente contra uma vez que é fácil encontrar só pontos negativos na praxe, ignorando os positivos. Contudo, nem todas as praxes são iguais, porque as PESSOAS que as exercem não são iguais. Assim, temos que tomar uma posição moderada em relação a isto. As praxes são necessárias sim, para a integração dos caloiros na vida académica, principalmente para aqueles que vão para faculdades fora da sua zona de conforto, longe das famílias, porque é nas praxes que se conhece muita gente quer do próprio ano, quer mais velhos que as poderão ajudar ao longo do curso. A questão aqui é: Estas praxes como as conhecemos (salvo aquelas em que estes abusos não acontecem) são o melhor meio de integração? Ou será que tem que se mudar o modo e esta ideia de como elas são feitas? As praxes dependem de quem as faz: existem aquelas pessoas que se aproveitam da oportunidade para exercer uma autoridade que pensam que têm, para se sentirem superiores em relação a pessoas que são perfeitamente iguais a elas. Relativamente a isto, tenho a dizer que não devia ser permitido este tipo de pessoas realizarem as praxes, e para além disto, pessoas que se encontram mais de 10 anos para terminar um curso, é impensável que possam representar algum tipo de exemplo na vida académica para os caloiros. Por fim, tenho só a acrescentar que concordo com a Pipoca, na medida em que eu sou caloira e apesar da minha praxe ter sido muito leve e muito contributiva para a minha integração na faculdade, a verdade é que eu preferia se calhar um passeio pela cidade, jogos entre caloiros e veteranos sem qualquer tipo de intervenções autoritárias, porque apenas pessoas masoquistas ou com fétiches sexuais é que gosta de receber ordens de alguém que não tem autoridade para tal ou que lhe gritem nomes ofensivos. Em caso algum defendo que as praxes deveriam ser abolidas, apenas é necessário que haja um consenso para que se mude este conceito geral de praxes com que as pessoas se conformam. Referente à tragédia do Meco, esta não se pode relacionar com as praxes académicas entre caloiros e veteranos, uma vez que nenhum deles era caloiro, aliás já eram praticamente todos alunos de mestrado, e aquilo tratava-se de PROVAS que já eram habituais entre as relações hierárquicas entre aquele grupo restrito. Foquem-se no problema das praxes efectivamente da vida académica e o conselho que eu dou àqueles que ainda continuam nesses grupos restritos: façam asneiras, mas asneiras que não ponham as vossas vidas em perigo e ganhem juízo porque já têm idade para o terem.

Anónimo disse...

invalidar opiniões alheias com elitismo gramatical também mete dó. é o equivalente escrito de julgar uma pessoa pela aparência.

Anónimo disse...

"... Como é que é possível escrever tão mal?" - Esta sua questão também não está bem construída; no entanto, não entenda como uma crítica. ... Como é que é possível escreverem tão mal, escreverem!

maria Graça cortinhas

Anónimo disse...

pipoca, não percebeste a ligação à casa dos segredos? é assim: queixaste dos caloiros simularem sexo, com roupa. no entanto, lá na casa, eles não simulam, fazem-no mesmo, com roupa. e portugal inteiro vê. e portugal inteiro bate palmas e gosta.

Anónimo disse...

Anónimo da 1:19: não é 'dá-mos'. Tente ser correcta quando quer que a sua opinião seja respeitada.
Alexandra, das 10:03: jura, que daquele comentário, só absorver essa palavra, que por acaso é 'errada'? Talvez deva também voltar à primário. É lá que se aprende a ler um texto, ou um comentário, ou outra coisa qualquer. E não apenas quatro letras. Mas se talvez seja as únicas que conhece, já que foram as únicas em que reparou ... just saying.

Anónimo disse...

Oh pelo amor da santa, só participa na praxe quem quer, e graças a Deus os meus pais ensinaram-me a dizer não e a defender-me e nunca ninguém me tratou ou irá tratar abaixo de cão, o problema das praxes é como está o país, muita gente a ser enrrabada e não faz nada, ganhem cojones e defendam-se, a chorar por aí, ai levei com farinha e ovos, banharam-me em lama, for fuck´s sake, e as amizades que se fazem para uma vida ou pelo menos até ao final do curso, e o convívio, verdade seja dita também existe muita gente por aí com poucas qualidades sociais e só conseguem ter conversas via net, e chamam-lhe idiota já é vítima de Bullying. Posso parecer agressiva mas sem intenção, a verdade é que irrita-me este ódio as praxes, quando têm opções.

Anónimo disse...

Nota-se logo que nunca trabalhas-te, ou então tives-te a sorte de ter bons patrões. E se há coisas que vais fazer durante a tua vida são coisas que não queres, isto se quiseres ter trabalho e ter comida na mesa.

Anónimo disse...

Coitadinhos... sinto pena de todos os estudantes que aqui prestaram o seu testemunho... Realmente é evidente que passam mais tempo em praxes que a estudar...

Anónimo disse...

Errado!! Má escrita é sinónimo de pouca cultura, inexistentes hábitos de leitura e falta de brio para com a língua materna.

Anónimo disse...

Após ter lido alguns comentários, cheguei à conclusão seguinte: se há pessoas que adoraram ser praxadas e consideram-no fundamental para que os jovens universitários adquiram uma "noção do sofrimento que terão de suportar na vida profissional" (ainda que... bom, não vejo o que terá a ver "encher" 20, 30 ou 40 com as exigências do mundo laboral), eu diria que as praxes deveriam continuar a ser socialmente aceites, respeitando aqueles que não acham assim tanta graça a serem apelidados de "bestas" e que optam por renunciar a essa prática.
O problema é que não vejo que estas pessoas sejam realmente respeitadas por quem já anda na academia há mais tempo, e isto pode por em risco a sua integração. Isto porque um doutor, um dux ou um veterano, não possui a maturidade intelectual necessária (uns por causa da idade, outros por força do contexto em que se deixaram ficar demasiado tempo) para separar a realidade académica da teatralidade da praxe.
A realidade é esta: são brincadeiras tolas (às vezes com consequências muito sérias) preparadas por miúdos que se julgam crescidos.

Unknown disse...

Eu sou uma aluna prestes a enfrentar a praxe no ano que vem e só digo uma coisa: Eu morro de medo da gente doida que vou encontrar. «Temos o direito de ser humilhados» ??? Eu diria que antes de pensar no seu direito a ser humilhado e a humilhar os outros, pense no seu dever de não desperdiçar o dinheirinho dos seus pais e do Estado (ou o seu), e de se preocupar mais em estudar.

A Gata de Saltos Altos disse...

Muito se tem falado da praxe. Uns a favor, outros contra, cada um puxa para o seu lado.
Tenho a minha opinião aqui:http://agatadesaltosaltos.blogspot.pt/2014/02/a-minha-visao-da-praxe.html
E resumindo, acho que não devemos tomar um caso como um todo. É verdade que há abusos, mas também há quem não tenha nada a apontar e veja a praxe com bons olhos.
A solução talvez passe por penalizar os excessos e não em acabar com a praxe. Apesar de já ter passado esta fase da vida académica, gostava que esta tradição (Praxe) se mantivesse.

Beijinhos Pipoca *

Anónimo disse...

Os erros ortográficos são de menor gravidade, pois herrar umano é!
O pior mesmo, e sem ofensa a qualquer grau académico, é pensar como é possível saírem licenciaturas dum local com tanto imbecil e ignorante por metro quadrado?
Come on people!!!

Renata Martins disse...

Sinto-me triste por viver num país em que temas de pouca importância são tão falados. Tornam a praxe como um ser individual, que é visto como mostro, quando na realidade é um conceito abstrato, que não pode ser tomado como um todo. Sinto-me triste por viver num país em que não posso trajar (diga-se que o traje é um simbolo académico, que posteriormente foi adoptado pela praxe, mas que na realidade representa a universidade, e tem uma história por trás) pois sou logo associado ao monstro "praxe". Sinto-me triste porque normalmente somos chamados de burros, de baldas, e por aí fora.... Sinto-me triste porque quando era universitária não podia falar nem ajudar certos caloiros, pois tal é o medo incutido que se sentem logo ameaçados... Sinto-me triste pela comunicação social falar da praxe como um todo, quando na realidade difere de universidade para universidade... Sinto-me triste...

Anónimo disse...

Este video é a coisa mais ignóbil que ja vi sobre as praxes? De certeza que isto é verdade?

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