É um dia bom para o País: o Parlamento aprovou hoje a co-adopção por casais homossexuais. Isto ainda não significa a adopção plena, mas para lá caminhamos, assim se espera. Esta é uma daquelas discussões que, já se sabe, dão pano para mangas. Haverá sempre quem não veja problema nenhum, do mesmo modo que haverá sempre quem defenda que demos mais um passo para o Apocalipse e para tudo o que de mau há no mundo. Enquadro-me no primeiro grupo. Não sou das que defendem que uma família funcional e equilibrada depende sempre da existência de um pai e de uma mãe. Não acho que uma criança seja privada de amor ou de qualquer outra necessidade básica pelo facto de ter dois pais ou duas mães. Se calhar é uma visão inocente, mas gosto de acreditar que se há quem tenha condições para adoptar e amar uma criança, providenciando-lhe tudo aquilo de que necessita para uma existência feliz e equilibrada, então não importa que seja gay ou hetero. Se ao longo da vida poderá vir a ser marginalizada, ridicularizada, menorizada? Sim, infelizmente acredito que sim, mas isso tem mais a ver com as mentalidades. Quanto mais normal a situação se tornar, quanto mais for olhada sem estranheza, menos as crianças sofrerão com isso. Se deixar de se apontar o dedo a um casal gay (da mesma forma que ninguém o aponta a um casal hetero), então não há razão para o preconceito nem para a estranheza. Cada pessoa que usa o argumento do "ah, mas coitadinha da criança, que vai ser marginalizada", basta que não o faça nem incite outros a fazê-lo. E, se tiver crianças, cabe-lhe explicar que há vários modelos familiares e que nenhum é, necessariamente, mais válido do que outro. É assim que se põe fim ao preconceito e se dá mais um passo no caminho da normalização. Acho que é isso que se pretende, que a situação seja cada vez mais normal e cada vez menos atípica. Claro que isto leva tempo. Claro que não vai ser assim de um dia para o outro. Claro que somos um país pequeno e, em muitas coisas, tacanho e velho do Restelo. Mas pronto, o caminho faz-se caminhando, e mais um passo foi dado.
100 comentários:
Concordo plenamente.... :)
Totalmente de acordo!!! Sem sombra de dúvida de que a criança deve ser criada e educada no seio de uma família, seja ela hetero ou homossexual. O importante são os princípios que lhe são transmitidos. Liliana
Infelizmente as mentalidades demoram muito a modifcar-se mesmo que as leis, felizmente, vão sendo alteradas.
http://asperolaspreciosas.blogspot.pt/
Não podia estar mais de acordo, é mais um passo para o caminho certo =)
http://oneplustwoblog.blogspot.pt/
Ainda bem.
Não nos podemos esquecer que crianças que possam ser adotadas por casais do mesmo sexo, foram abandonadas ou negligenciadas por casais hetero.
vidademulheraos40.blogspot.com
Identifiquei-me ainda mais contigo ao ler isto. É exactamente o que penso. Só há preconceito enquanto este for alimentado. As pessoas têm uma ideia muita rígida acerca do que é "normal". Acredito piamente que há pais gays mais competentes que pais hetero e vice-versa. Quando é que vamos deixar que a questão sexual seja algo privado e não uma base de acusações? Credo, vivam e deixem viver, gente! Isto é a prova de que Portugal até pode estar mal a nível económico, mas a nível cultural e mental estamos a crescer dia após dia.
Para lá caminhamos :) foi assim há decadas com os divorciados...só de pensar que agora é algo normal um filho ter 2 pais e duas mães porque os biológicos são separados e novamente casados... primos meus foram criados por avós, filhos de emigrantes são criados por um dos pais, mães e pais solteiros... Amor por uma crianca é o mais importante do que o esteriotipo de ser um pai e uma mãe. Se formos a ver a maioria, duvido que até esse seja o caso. subscrevo :)
Concordo plenamente. As crianças poderão ser marginalizadas, ridicularizadas, menorizadas, tal como foram os filhos de mães solteiras e de casais divorciados há algumas décadas. Mas hoje em dia, ninguém lhes aponta o dedo e assim será concerteza com os "filhos" de casais homossexuais.
Nem mais.
E quanto à descriminação, também houve em relação a casais de países diferentes, casais inter raciais, em relação aos pais divorciados, etc... e tudo isso é normal hoje em dia!
A questão é se cada casal (independentemente de quem o constitui) tem ou não condições (materiais, emocionais e sociais) para criar uma criança. O resto é preconceito.
Não podia estar mais de acordo.
...bom texto! Parabéns!
levanto-mo da cadeira e bato palmas... parabéns pelo texto !
Sim mas os que são filhos de casais divirciados continual a ter um pai e uma mae e tem um padrasto e uma madrasta, os que foram criados pelos avós são avós tal como os que foram criados só pelo pai ou mãe....agora não chamem pai nem mãe a duas mulheres ou a dois homens poruqe não o são...
Também concordo, contudo vejamos que embora dois pais ou duas mães possam adoptar, não conseguem fazer um bebé naturalmente, e essas questões não se explicam de ânimo leve a uma criança...por exemplo.
É isso mesmo. Os meus parabéns pelo teu texto.
homem sem blogue
homemsemblogue.blogspot.pt
Quem for criado por um casal homossexual também continua a ter pai e mãe (a biologia ainda não permite que se faça de outra maneira...) ou não???
Discordo totalmente. Faz muita falta uma mãe e faz muita falta um pai. São amores muito diferentes e que se complementam um ao outro. Por mais que se queira a igualdade entre sexos isso não é possível. Somos diferentes. E aquilo que uma mãe transmite a um filho não é o mesmo que um pai tem para dar e vice versa
Também me enquadro no primeiro grupo, a 100%.
O que interessa é o amor que une duas pessoas, não interessa se são do mesmo sexo ou não. Há homossexuais e heterossexuais, somos todos humanos, todos temos sentimentos e amor para dar e receber. Também acho que é uma evolução normal e necessária.
Caro Anónimo, eu fui criada sem pai, porque ele achou que eu não tinha importância na sua vida mesquinha, a minha mãe deu-me uma excelente educação, o meu pai nunca me fez falta. O que interessa é ser feliz, sejam dois homens ou duas mulheres, desde que não deixem nada faltar à criança e lhe proporcionem uma vida feliz e completa acho extremamente bem.
Não me venham com falsas demagogias, é melhor ficar num orfanato, a serem mal tratadas e as vezes sabe Deus.
Enfim, é só falsos moralistas.
plenamente de acordo!
Concordo inteiramente com o que escreveste racionalmente falando. No entanto para a criança é estranho ter uma familia diferente, faltará sempre a uns uma mãe e a outros um pai o que nao impede falta de amor.
Tb não seria correto privar pessoas de criarem crianças. Será sp necessário um ovulo e um espermatozoide, seja lá qual for o processo escolhido para desenvolver o embrião.
Verdade, partilho desta opinião.
Para quem ainda é contra a possibilidade de dar uma familia a todas as crianças, experimente passar umas horas numa instituição de acolhimento e será facilimo mudar de opinião. Ver os seus bracitos no ar a perguntarem se os podemos levar para nossa casa e ser mãe ou pai, acaba com o coração de qualquer ser humano. As crianças só querem ser amadas, não estão preocupadas com a opção sexual de quem escolheu ser pai ou pais, mãe ou mães do coração.
Filomena Madeira
Como pessoa que cresceu só com mãe digo-lhe que está errada. Nao são precisos dois pais de sexo oposto para nos tornarmos numa pessoa completa, íntegra e capaz. Se gostava de ter tido um pai? Gostava! Da mesma forma que gostava de ter tido primos ou um irmao. Se por não ter tido me desenvolvi pior como pessoa? Não. Modéstia à parte mas do que vejo, sou muito mais "normal de cabeça" e descomplexada que muitas pessoas que cresceram com os dois pais e pais de sexos opostos ;)
Gosto muito.
Estamos a falar de adopção... portanto é porque à partida não existem nem um pai nem uma mãe... sendo assim, mais vale não existir ninguém? Sendo assim, mais vale a criança ser marginalizada por ser orfã e viver numa Instituição, não tendo o amor e o carinho que a podem tornar numa pessoa mais forte e sobreviver à marginalização?
Quanto ao argumento biológica, nem sequer o considero. Se os casais homossexuais não devem ter filhos porque não os conseguem conceber, então os casais inférteis também não deviam poder adotar.
Quanto à questão da família "ideal", não me parece também uma razão válida. Quantas crianças são criadas só pelo pai, só pela mãe, pela avó, pela tia, pela madrinha. Também era preferível estarem numa instituição em vez de estar com alguém que as ame?
E quantas vivem com pai e mãe que não têm tempo para elas, as ignoram, se desleixam?
Por fim, se, para impedir que os meninos sejam gozados na escola, vamos proibir que sejam adotados por dois homens ou duas mulheres, então também vamos proibir os meninos de serem gordos, usarem óculos e aparelhos nos dentes, terem deficiências e por aí fora. As crianças têm é de ser ensinadas em casa a não descriminar os outros por não serem iguais a si (e ninguém é igual a ninguém). Criança nenhuma nasce preconceituosa. Para mim, não quero chocar ninguém, mas dizer que a responsabilidade de as crianças serem gozadas é da sua situação familiar e não de quem goza é o mesmo que dizer que a rapariga é que teve culpa de ser violada, não andasse por aí de mini-saia.
E aqueles filhos que crescem sem quaisquer pais ? Que são orfãos? Que são orfãos de mãe ou que são orfãos de pai? Ou que foram abandonados por um deles ou pelos dois? Ou que sejam maltratados e retirados aos pais?
Amor faz falta e qualquer ser humanos ou humanos (mulher ou homem) que queiram juntar forças e adoptar uma criança que se encontra em orfanatos ou abandonadas , têm o meu apoio .
M.F.
Concordo!
M.F.
O importante é que as crianças sejam bem tratadas (o que por vezes não acontece nas instituições),seja junto de um casal hetero ou junto de um casal gay.
Vai-me dizer que é melhor a criança ficar numa instituição sem receber amor nem de uma mãe nem de um pai ?
Duas mães ou dois pais são melhores do que nenhum. E mesmo crianças de pais heteros não quer dizer que sejam criados por ambos, vê-se muitas mães solteiras, um pia/mãe que pode ter a infelicidade de morrer, etc etc.
Acredito q se a maioria das pessoas que são contra a adopção por parte de pessoas do mesmo sexo visitassem um orfanato mudariam de optinião, a não ser que o preconceito e o falso moralismo falasse mais alto.
Não. Os adoptados apenas têm o pai e a mãe adoptantes
Muito bem!
Partilhado via fb!
Se calhar alguém que tenha amor para dar a uma criança dá 15 a 0 a uma criança enfiada numa instituição e que não recebe amor verdadeiro de ninguém. Sim, se calhar é melhor. Eu cá fui educada pela minha mãe, não vi o meu pai durante anos e não estou traumatizada. Pelo contrário. Tenho uma vida social saudável, um namoro duradouro saudável e estou a acabar um mestrado em economia. Não há igualdade entre sexos, mas nem sempre há pai e mãe para educar uma criança. Enquanto houver quem o queira fazer não sei qual é o problema.
Anónimo das 15:04, e aquelas crianças que, na ausência de homens na família são criadas pela mãe, avó e tia? São crianças criadas num universo completamente feminino. Qual é a diferença em ser criada por duas mulheres que gostam uma da outra sem partilharem laços de sangue?
E o que faz um pai ou uma mãe na educação de uma criança que um casal homossexual não poderá fazer? Um pai e uma mãe educam (dois homens ou duas mulheres também o podem fazer), um pai e uma mãe castigam (dois homens ou duas mulheres também o podem fazer), um pai e uma mãe acompanham o crescimento escolar de um filho (dois homens ou duas mulheres também o podem fazer), um pai e uma mãe alimentam e vestem o filho (dois homens ou duas mulheres também o podem fazer), um pai e uma mãe aconselham, amam, ajudam, suportam e encaminham os filhos na vida o melhor que sabem (dois homens ou duas mulheres também o podem fazer). Assim de repente, quais são as diferenças? Porque não podem duas mulheres serem duas mães ou dois homens serem dois pais?
Medidas como esta são sempre de aplaudir. Todos ficam seguramente a ganhar...homens, mulheres e sobretudo as crianças. Enquanto advogada só posso ficar contente. É muito dignificante assistir a esta mudança para melhor das nossas mentalidades! Bem haja aos que contribuiram para esta alteração legislativa. E parabéns Ana por mais um texto brilhantemente escrito!
bom texto, sim, bom texto... mas o resto é o resto.
you rock pipoca girl!
xoxo
E os filhos de mães solteiras? Recebem um amor coxo? "Ai que um pai faz muita falta!"
Amor é amor. Ponto.
Sendo assim, é preferível deixar uma criança crescer numa instituição, sem mae nem pai, do que lhe dar a oportunidade de ter o amor de 2 pais ou duas mães? Não, claro que não!
Isso é o mesmo que achar que quem cresce numa família monoparental é disfuncional porque lhe falta algo. Felizmente não é assim. E no fim de contas, não se trata de uma simples questão de género, mas sim de amor.
Olhe, eu tive um pai e uma mãe, são casados, vivi com ambos, apesar do meu pai passar longos periodos fora em trabalho e posso lhe dizer que o meu pai nada me deu. Arranjou dinheiro para que pudesse sobreviver e sou lhe muito grata por isso, mas não me deu nada mais que isso. Não me lembro de receber afecto, de receber carinho, de receber um beijo na testa ou um abraço, não me lembro de receber amor. Lembro-me apenas de não o considerar de pai porque não o sentia assim. Porque nem educação senti que vinha dele. Não o culpo, não creio que ele seja má pessoa, só não soube ser pai, como muitas outras pessoas não sabem ser pais e mães apesar de terem filhos. Isto para dizer que apesar de ter uma mãe e um pai, só senti em mim o que a minha mãe me transmitiu, mais nada. E isso tornou-me uma má pessoa? Tornou-me danificada? Posso estar errada, mas creio que não porque sempre soube adaptar-me, sempre soube filtrar o que ia aprendendo do que a minha mãe me transmitia e do que o resto do mundo transmite. Se eu senti falta de um pai que fosse realmente pai? Talvez, mas isso realmente não me afectou. Penso que o que realmente me teria afectado era se vivesse numa instituição e nunca conseguisse uma família que me desse amor. Porque amor é o que importa na vida de uma criança, seja amor só de uma mãe ou só de um pai, seja amor de duas mães ou de dois pais ou de quem quer que seja, amor que não se encontra numa instituição.
A mim, apesar de tudo, faz-me confusão. Por um lado o facto de que muitas crianças precisam de ser acolhidas e tanto um casal heterossexual como homossexual podem vir a adoptar. Acho bem que tenham a felicidade e a possibilidade de o fazer. E não vejo mal nenhum em duas pessoas do mesmo serem um casal e em se amarem. Por muito que digam que é anti-natura, até não é, há muitos animais a sê-lo.
No entanto, ver duas pessoas do mesmo sexo juntas, como um casal, faz-me alguma confusão. Eu, sendo mulher, não fico incomodada, mas não me deixa de fazer confusão. Ainda tenho de me habituar à ideia.
Amor. Amor não ter cor, não tem sexo, não em raça. Não tem nada a não ser ele mesmo completo e inteiro.
Adoptar por si só é um ato de amor: devemos ter essa possibilidade seja qual for a condição que nos leve lá.
Porque no fim, o amor é que importa.
E nota-se taõ bem quando somos mal-amados....
Tal e qual, Pipoca :)
Discordo totalmente. Não tenho nada contra homossexuais, mas a adopção de crianças e ir longe de mais. A vida em família e muito importante e as crianças dotadas já nao cresceram com a sua família biológica, com todos os efeitos negativos que isso traz. Penso que não devemos trazer mais traumas para estas crianças. Na minha opinião uma adopção de uma pessoa solteira/sozinha não pode ser comparada a adopção de um casal homossexual. Pipoca, neste ponto não estou nada de acordo contigo. Teresa Fonseca
Caro anónimo das 14.35, 2 pais e 2 mães?!
Era só o que faltava!
O meu filho entende-se muito bem com o meu namorado e com a namorada do pai, mas mãe e pai só têm um!
O verdadeiro trauma é crescer sem amor - venha lá ele de quem vier.
Faço minhas as tuas palavras!
Preconceito vai existir sempre, se não forem os pais homossexuais, serão os pais negros, ou gordos ou pobres ... ou tudo e mais alguma coisa que o ser humano encontre pra descriminar outra pessoa. E isso acontece desde sempre!
Eu acho que deus criou Adão e Eva por alguma razão : que uma família deve ter um pai e uma mãe e não dois pais ou duas mães. Eu acho que o que dizes pipoca não faz nenhum sentido.
Sou filha de um pai que sofreu muito pela descriminação de que foi alvo por ser filho de um dos primeiros casais a exercer o divórcio neste país. Hoje é normal, já ninguém descrimina crianças por isso, foram precisos 50 anos. A ver se com este tema se anda mais rápido e se poupa outros 50 anos aos filhos de homosexuais. Às pessoas que lhes faz muita confusão... é por favor tentarem alargar os horizontes, ou ainda acham que os pretos deviam sentar-se lá atrás nos autocarros? E que as mulheres não deviam trabalhar fora de casa? Para quê tanta resistência à mudança, se ela está aí, já se sabe que veio para ficar e ainda bem. Ana Maria
Adão e Eva? Darwin acabou de se revirar no caixão...
Subscrevo, pipoca, do início ao fim. Mariana Costa
Eu acho triste que o governo nesta mesma semana CHUMBARAM a proposta para que as CRIANÇAS de famílias em dificuldades pudessem beneficiar de pequeno-almoço escolar gratuito...Vá-se lá entender estas m#$rd%s de politicos!!!
Pois claro sr anónimo... Deve ser a vontade de Deus que as crianças permaneçam nos orfanatos sem qualquer amor ou afeto, quando há alguém disposto a acolhe-los e amá-los... Faz todo o sentido!
Desculpe mas a função da escola não é alimentar nem vestir as crianças! Estamos em crise e a vida não está fácil para ninguém... Mas a César o que é de César!
Eu acho que deus não existe. como tal acho que deus não criou coisa nenhuma. Acho preferível uma criança ser educada por dois pais ou duas mães com amor e carinho do que numa instituição onde é só mais um.
E agora, qual de nós tem razão?
Eu não consigo achar "normal" que um casal do mesmo sexo adopte uma criança, não considero natural.
E não, as crianças aptas para adopção (nem todas as que estão nas instituições estão aptas para adopção) não estão melhor nas instituições e por isso mesmo os processos de adopção deviam ser mais rápidos pois há muitos casais à espera dos seus filhos.
Passo muito importante, q peca só por tardio. Cm escrevi, viva a evolução das espécies. Well done Pipoca.
Adorei o texto e concordo plenamente...em tudo!!
E aplaudo a decisão tomada na Assembleia da Republica...esperemos então que a mente pequenina e tacanha do nosso Presidente também concorde e avance para promulgação do decreto de lei...
Sinal dos tempos... não sou muito favorável...
Convem ter em conta que isto nao significa nada! A votacao de ontem foi a votacao na generalidade, a primeira do processo legislativo: depois segue-se a fase da discussao e votacao na especialidade, o diploma ainda tem de voltar a plenario para votacao final global. E chamo a atencao para o facto de terem faltado 27 deputados e a diferenca entre votos a favor e votos contra foi de cinco apenas. Ou seja, esta a tudo a falar sem saber que neste momento nada garante que a votacao final seja a favor.
Ontem, o meu filho de 7 anos perguntou-me o que era isso da adoção por casais homossexuais. Eu lá expliquei que se tratavam de crianças que perderam os pais e que agora poderiam ter em vez de um pai e uma mãe, dois pais ou duas mães.
Resposta dele: assim como Jesus? Para ele ainda era mais fixe, porque tinha dois pais e uma mãe, mas assim também é fixe.
Para quem defende que as crianças acharão estranho, as crianças estranham aquilo que lhes é desconhecido, somos nós os adultos os responsáveis por lhes incutir os nossos preconceitos. Até uma criança de 7 anos, no auge da inocência, consegue perceber que o importante é ser amado, se são dois pais, duas mães, pouco importa. Desde quando é que o fato de ser heterossexual é garantia de que o casal formará uma família saudável? É altura de mudar as mentalidades, de acompanhar a mudança.
Oh Tete, a diferença entre viver com gays e viver com tias é que estas últimas não andam aos beijos e apalpões nem vão para o quarto para fazer cenas lol Não tem nada que ver com o facto de ser um universo feminino.
As pessoas são capazes de sobreviverem e serem bem felizes a viverem só com uma mãe ou só com o pai ou numa casa cheia de tias solteironas. Mas isso não é o mesmo que viver com um homem que brinca às mães ou uma mulher que brinca aos pais. Esse argumento não é válido para defender a adopção por gays. Sorry.
Evolução normal? Não me diga que agora ser hetero é equiparável a ter cauda. Evolução necessária? Necessária a quem? Aos extraterrestres que querem dominar a Terra? LOL explique-se melhor que eu não percebi.
Dois errados, não fazem um certo.
Então toca a cortar o mal pela raiz e melhorar as instituições. Argumento inválido ;)
Muito bom!Subscrevo!
Bravo Pipoca, mais um belo texto! Concordo com tudo
Caro anônimo:
Sou homossexual e tive um filho biológico. Eu o criei desde os cinco anos com a minha companheira. Hoje ele tem 19 anos. É um rapaz feliz, cheio de amigos (que sabem da minha orientação sexual e a encaram com naturalidade), inteligente, estuda na Universidade Federal do Rio de Janeiro (uma das mais conceituadas do Brasil) e é heterossexual.
Ele nunca teve o menor problema com relação ao fato de ter duas mães (Sim. Somos duas mães: uma biológica e outra que o cria junto comigo, dando-lhe amor, carinho educação e orientação). Pelo contrário. Ele diz que isso funciona como um filtro contra idiotas. Das pessoas preconceituosas ele quer distância.
Não vejo motivo para tanta celeuma sobre esse assunto. Mas tudo bem. Um dia esse preconceito será visto como o racismo é visto hoje: uma prova da imbecilidade de algumas pessoas.
Casais inférteis também não.
Isso é que Não é argumento para absolutamente nada!!! A única pessoa que brinca aqui é o senhor/a
Nao. Num estado social essa função compete também ao estado. Gosto de pensar que os meus impostos também servem para ajudar quem precisa.
Acabei de ver agora Adão e Eva a passearem a serpente e a partilharem amigavelmente uma maça ali no meu quintal. Oh santa ignorância -.-
Filomena isso é tão verdade! Dá vontade de os trazer a todos!
Não se trata de melhorar as instituições, porque muito boas que sejam as pessoas quevla trabalham, tem as suas próprias famílias. Cada criança é uma entre muitas e não há tempo nem espaço para se criarem verdadeiras famílias, ainda que cada profissional se transcenda... Porque é isso mesmo, um profissional, tem as suas obrigações e o seu horário e depois tem a sua vida pessoal
Pois não sr. Das 16.44. Dois de si não dariam!
Ora era exactamente o que ia referir e depois ainda falta presidente da republica dar a ultima palavra...como tal ainda muita água vai correr...
Cara pipoca,
Não consigo concordar com o que diz. Não existem vários modelos de família. Família é só uma, formada por um pai e uma mãe. Se fosse tão normal a existência de apenas um dos sexos, os dois não se complementariam e não era do amor desses que nasceria a descendência da humanidade. Infelizmente, as consequências destes atos só serão visiveis a longo prazo. Creio que, ao nascer o seu filho, compreenderá bem que uma mãe e o amor que uma mãe dá ao seu filho é único e insubstituível. A mãe e o pai não são números, não são máquinas de produção-são um exemplo, pessoas responsáveis pelo ser que nasce do seu amor. Não há pai 1, pai 2, pai 3 quiçá. Pai há só um, mãe há só uma. Quando a sociedade der verdadeiro valor à vida humana e às necessidades básicas que esta exige, então sim, caminharemos para um desenvolvimento sustentável.
Desculpe mas incorreu numa falácia.Generalização precipitada... Lá porque o seu pai "não soube ser pai" não significa que os pais heteros não o saibam ser e muito menos que os pais gays o saibam...
Ora temos aqui alguém que acha a Biblia literal... então se deus fez Adão e Eva e estes tiveram dois filhos homens... como é que aparecemos todos??
Com pessoas com opiniões dessas não caminhamos mas é para lado nenhum!
muito bem, Lúcia!
Concordo pipoca, sou mãe mas digo-te, antes uma criança na mão de 2 homossexuais equilibrados, do que não mão de 2 heterossexuais desequilibrados, e mais a questão do divórcio em que as crianças andam como malas a ser aviadas de um lado para o outro não importuna tanta gente....
Grande parte dos adultos da minha geração viveram quase em exclusividade com um dos progenitores, normalmente a mãe por questões de divórcio. Preferia ter uma mãe 1 e uma mãe 2 e avós e família de ambas as partes do que ter uma mãe 1 que se sacrificou porque o pai 1 se esteve a borrifar para tudo. Mas isto claro, são opiniões...
A questão aqui não é tirar um filho de um pai e de uma mãe para dar a um casal de homosexuais! Aqui a questão é permitir que uma criança que foi abandonada pela mãe 1 e pelo pai 1 seja adoptada por casais do mesmo sexo em vez de estar numa instituição com uma série de pessoas sobre as quais nunca irá conseguir ter uma vida familiar, por mais laços que crie. Falam de uma maneira que parece que vai andar tudo a raptar crianças que coitadinhas eram felizes para dar aos mauzões gay! A maior parte das instituições são mulheres que cuidam destas crianças e não homens, muitas vezes são instituições ligadas à igreja católica que ultimamente tem deixado muito a desejar relativamente a escandalos sexuais com crianças ! Que mentalidade tão estúpida !
Cada um dá as opiniões que quer desde que seja educado...
Não percebo porquê não se pode ter outra opinião sem levar rotulo de velho do restelo ou tacanho, são opiniões...
Para mim é tudo questão de pormenor pois quando se ama alguém a sério tudo o resto é secundário.
Gosto do que escreve umas vezes concordo outras não, mas quando não concordo tento perceber o outro ponto de vista, não sou como alguns "modernaços" que por aqui andam que atacam logo quem não concorda consigo...
Como se deprende não concordo mas compreendo e sigamos em frente.
Gostava então que me respondesse a uma questão: onde estão os pais e as mães das crianças que se encontram pra adoçao??? Geraram as crianças com tanto amor que agora elas estão numa instituição à espera que alguém as ame e lhes dê um lar. E haver alguem (hetero ou homosexual) disponivel para tomar conta dessas crianças, isso sim é amor!!
"Não tenho nada contra homossexuais, mas a adopção de crianças é ir longe de mais." Isso é uma contradição, se é contra a adopção por homossexuais tem pelo menos uma coisa contra (oxalá seja a única).
Continuo a achar ridiculo estas leis que vão sendo aprovadas aos poucos para os homessexuais se calarem pelo menos durante algum tempo.
1- O casamento nunca deveria ser aprovado sem ser também aprovada a adopção. O que deveria existir seria uma união de facto com direitos sucessorios, porque chamar uma coisa de casamento em que não se dão os mesmos direitos para todos não convence ninguém.
2- Permitir uma adopção por pessoas solteiras mas não permitir uma adopção por casais homossexuais. Porque vamos perceber que não se averigua se a pessoa solteira é hetero ou homossexual. Avalia-se a promiscuidade dessa pessoa, ou seja a pessoa não pode saltar de cama em cama. Mas também não convém que a pessoa homossexual tenha uma relacionamento fixo que esteja presente na vida da criança porque ela só pode ter um pai ou uma mãe, nunca dois pais ou duas mães.
3-Aquele argumento do superior interesse da criança em ter uma figura materna e uma figura paterna, também não bate muito certo já que ninguém se importa se uma criança educada por duas tias ou dois tios, o que toda a gente fica mesmo chocada é que duas mulheres ou dois homens tenham relações sexuais. Assim não, assim já não têm capacidades para educar ninguém.
4- Aprovar uma co-adopção mas não aprovar uma adopção plena por casais homossexuais só vai fazer com que haja uma adopção singular por parte de uma pessoa e depois uma co-adopção pelo seu companheiro. Mas pronto, chega-se ao mesmo lugar mas com mais trabalho.
Concordo plenamente
Mas quem é que vai sentir falta de um pai e de uma mãe que eu não estou a perceber? As crianças que antes de terem dois pais ou duas mães tinham apenas um bando de outros miúdos da idade deles e uma ou duas funcionárias que apagavam a luz à noite? Desculpem lá mas acho que preferia ter dois pais ou duas mães do que ser criada num ambiente sem nenhum pai nem nenhuma mãe ;) Mas isto sou eu.
Subscrevo. É avançar, é progredir e n atrapalhar!
Concordo a 100% Pipoca! É sem dúvida mais um passo, mas também concordo com o Anónimo das 7:08 quando diz que andamos a pisar caracóis enquanto decidimos coisas que - a meu ver - são básicas e com as quais não deviam estar a perder tempo sequer com tanto impasse!
Mas nããooo! Cria-se uma lei de casamento para criar uma outra lei que impede ESTES novos casados de adoptar, para depois dizer "Ok, se tiveres um filho ou adoptares um, o teu esposo/a gay pode co-adoptar" para depois - veremos quando - aprovar a adopção plena. E entretanto vão se esticando os dramas de quem vai aos arames por ver uma criancinha com dois homens como papás, em vez de se acabar logo com as tretas e se instituir uma sociedade que defende REALMENTE a igualdade e a tolerância.
Anónimo das 16:34, felizmente a educação parental não se traduz nos beijos, apalpões e cenas que se fazem no quarto, mas sim na transmissão de valores, de conhecimentos, de princípios...:)
Muitos são os pais (pai e mãe) que se apalpam e beijam à frente dos filhos e são maus pais, e os que não fazem nada destas coisas e são maus pais na mesma. :) Não há qualquer ligação entre os beijos e apalpões e a qualidade da educação. :)
Caro Anónimo das 10:02,
não sei de onde foi tirar a ideia de "raptar crianças que coitadinhas eram felizes para dar aos mauzões gay". Ao comentário inicial não, certamente.
Quem lhe garante que uma criança numa instituição de adoção não seja capaz de criar laços familiares? E quem lhe garante que os criará com um casal homossexual? A verdadeira preocupação nestas polémicas não são as crianças, não. Fazem destas apenas um meio para alcançarem a "tolerância" e "normalização" em relação aos casais gays.
Por último, não percebo porque foi a Igreja Católica para aqui chamada. Mas de facto tem razão, é louvável o trabalho que a Igreja tem nestas áreas. E lembro-lhe que esses escândalos são uma parte ínfima de toda a história da Igreja Católica - Madre teresa calcutá, S. Francisco, etc etc. Informe-se de todo o bem proveniente desta instituição. Porque, se quiser, também lhe posso vir com o argumento dos "escândalos" gays que também deixam muito a desejar...
Caro anónimo 12:17,
pois é, os nossos atos têm consequências. Podem ser positivas ou negativas. Uma pessoa, ao assumir-se homossexual, sabe as consequências (positivas e negativas) que essa decisão tem. Uma delas é a de não poder gerar uma vida. Por muito que queiram, é anti-natural. Quem é o homem para ir contra a natureza?...
Tanto faz dizer aqui se concordo ou discordo. Quem sou eu para ajuizar a vida dos outros? Mas há uma coisa que é preciso: antes de mandar bitaites ou bocas ou opiniões convinha conhecer e estudar a antropologia humana. Isto não vai lá com bocas nem com palmas a discursos mais ou menos fáceis (mas sempre tendenciosos). É preciso "afocinhar" na gramática e respeitar o ser do Homem. Homem e mulher. Foram feitos assim há milhões de milhões de anos. Ponto.
Enviar um comentário
Teorias absolutamente espectaculares