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Momentos de Mudança

terça-feira, outubro 23, 2012


Numa altura em que o jornalismo atravessa uma fase tão negra, com despedimentos e encerramento de publicações a toda a hora, a série documental Momentos de Mudança, da SIC, é verdadeiramente exemplar. Vi dois dos três episódios e dei por mim a pensar que, isto sim, é serviço público. A reportagem da semana passada era sobre o encerramento de uma fábrica têxtil. Acompanharam o processo todo, desde o dono da fábrica a anunciar que ia só encerrar por duas semanas, por não ter trabalho para as operárias, até se ver obrigado a fechar portas e emigrar. Foi um trabalho de muitos meses, muitíssimo bem feito e comovente. Ontem a reportagem era sobre a Alexandra Delgado, uma miúda de 19 anos, portadora de HIV. O seu maior problema não foi o facto de os pais lhe terem transmitido a doença, mas o facto de viver numa aldeia no meio do Alentejo onde teve de lidar com preconceitos pré-históricos e muito infelizes. A Alexandra podia ser uma miúda descompensada, revoltada, amarga, etc e tal. Mas não é. Ou, pelo menos, não foi isso que mostrou na reportagem. É uma miúda absolutamente normal, feliz, gira, que sai com os amigos, que corre, que gosta de roupa e maquilhagem, que tem uma paixão desmesurada pelos pais, que conseguiu o sonho de entrar na faculdade. Tenho a certeza que ninguém que tenha visto ontem o Momentos de Mudança conseguiu ficar indiferente à sua forma descomplicada de ser, à maneira como vai lidando com o facto de os pais viverem com um rendimento de pouco mais de 300€, com o medo que os seus medicamentos deixem de ser comparticipados, ou com a normalidade com que diz que não pode levar vacinas ou comprar os óculos de que precisa para ver ao longe porque, simplesmente, não tem como pagar. E com a forma como disse, de lágrimas nos olhos, que o seu grande medo é ficar sozinha e que ninguém seja capaz de a ver para além da doença. Espero, mesmo muito, que esta reportagem seja uma bofetada de luva branca para todas as pessoas que a foram tratando mal ao longo da vida, só porque teve o azar de lhe ser transmitida uma doença. Espero que a Alexandra consiga atingir todos os seus objectivos, porque é um verdadeiro exemplo. Podem ver a reportagem aqui. E se quiserem deixar uma palavra à Alexandra ou ajudá-la de alguma forma podem enviar um mail para atendimento@sic.pt

 
Fico ansiosamente à espera da próxima reportagem. Uma vez mais, parabéns a toda a equipa do Momentos de Mudança (Cândida Pinto, Jorge Pelicano, Marco Carrasqueira e João Nuno Assunção).

 

50 comentários:

Princesa disse...

Tenho a idade da alexandra e nunca pensei na possibilidade de ser portadora da doença do HIV. Ontem, ao ver a reportagem da sic, fiquei chocada quando ela disse que as pessoas eram horriveis com ela, que tinham medo que lhes pegasse a doença com um simples toque! A sério? Fiquei estupfata com tamanha crueldade das pessoas. E só desejo o melhor á Alexandra e que ela consiga alcançar os seus sonhos e objetivos na vida. E que com isso, como tu dizes, que espete uma bofetada aos que lhe fizeram e trataram-na mal, porque ter HIV não muda, em parte, a maneira de ser de uma pessoa. É uma pessoa como as outras. Tem sentimentos como todos.

Obrigada pipoca, por referires esta reportagem no teu blog, que abriu concerteza os olhos a muita gente

Anónimo disse...

Ontem nao tive a oportunidade de ver, mas de hoje não passa. Vi várias vezes a publicidade da reportagem e disse mesmo que queria ver. Acho que nos mostra a verdadeira realidade e tenho a certeza que vou adorar ver. Porque, há tantos e tantos casos assim..

Unknown disse...

O preconceito ainda existe e nestas aldeias pequenas ganha contornos impressionantes. Vi a reportagem, conheço a aldeia e o meio onde a Alexandra está inserida ainda que não a conheça, e sei que é exatamente como ela falou.

AnaBrito disse...

Vi ontem a reportagem e não consegui largar a televisão nem por um segundo... uma menina- Mulher, cheia de coragem e força que merece tudo de bom. Adorei e deixou-me de lágrimas nos olhos....

PAGINA AO LADO disse...

também vi estes dois últimos e ontem colei na sic de propósito para ver a reportagem porque é mesmo uma lição de vida!!

Di disse...

Que tema tão interessante. Não vi a reportagem mas fiquei com uma enorme vontade de a ver. Pelo que se diz aqui, a Alexandra é uma valente!

Verduxa disse...

Não vi a reportagem, mas já ouvi muito gente falar da mesma e exatamente com a mesma crítica, o que me deixa mais do que curiosa, mas orgulhosa nas pessoas que são capazes de nos brindarem com programas de qualidade. Acima de tudo, que nos programas que nos puxam para a realidade.

Anónimo disse...

Vi e adorei! Para além do tema ser interessante a Alexandra foi uma interlocutora maravilhosa daquilo que é viver com HIV. A forma despachada, despojada de qualquer tipo de embaraço com que falou da sua vida, e do preconceito com que tem lidado.
Parabéns não só à produção, mas também à Alexandra, que é uma lutadora, e que acabou por me esclarecer um pouco mais sobre aquilo que é a doença dela, mas também podia ser minha. Serviço público, de facto.
Beijinhos Pipoca!
Inês

Blue Eyes disse...

Um murro no estômago... uma lucidez de discurso que pouca gente tem!! Uma menina que se fez mulher cedo demais... mas que não desiste perante os obstáculos que a vida lhe tem trazido!! Uns pais igualmente valentes que a souberam educar e amar incondicionalmente!!!

Bravo Alexandra!!!

homem sem blogue disse...

Enquanto jornalista tiro o meu chapéu a este tipo de trabalhos.

Quanto à Alexandra, que tenha a maior sorte do mundo na sua vida. É uma menina linda que merece o melhor.

homem sem blogue
homemsemblogue.blogspot.pt

Ana disse...

As pessoas conseguem ser mesmo muito más e quando se junta a ignorancia parece qua ainda ficam piores. Não vi a reportagem mas vivo na Madeira onde de repente o dengue é uma realidade que nos assiste a todos e vejo reações tão estupidas só por causa de uma pessoa e outra estares doentes... Isto não pega só por se respirar o mesmo ar de uma pessoa doente, ok?? Cmpts, Ana.

Princesa sem Reino disse...

Olá Pipoca,

Vi a reportagem e mexeu comigo, como acredito que o faça com toda a gente que tenha coração. No entanto, por muito que queira, não tenho nada que possa oferecer à Alexandra de forma a melhorar a vida dela ou a dar-lhe algum "mimo", que lhe alegre mais os dias. Mas a Pipoca tem essa possibilidade. Como sócia da Bazzar, com a influência que tem junto de imensas marcas associadas ao mundo da moda. Já pensou que se a Alexandra gosta de maquiagem e roupa, algo nessas linhas seria um presente que de certo ela gostaria? O ser solidário não pode ficar só pelo postar vídeos e partilhar. É importante sim, para divulgar junto de quem não tem conhecimento. Mas quem pode, deveria ir um pouco mais além.

Beijinho

Isabel disse...

Estou totalmente de acordo contigo. Mas os jornalistas da SIC têm tido a capacidade de nos surpreender em várias áreas do jornalismo. Também vi a reportagem da semana passada e fiquei impressionada com a situação que infelizmente vai-se passando cada vez mais nas nossas pequenas e médias e empresas. Mas a reportagem de ontem foi mais chocante. O HIV ainda é um papão mas quando apareceram os primeiros casos todos os portadores foram descriminados e apontados como imorais pq a doença era associada a grupos de risco limitando-se na altura aos gays,às prostitutas e aos drogados. Se nas cidades, onde a informação circulava o preconceito estava à superfície e ouviam-se muitas barbaridades, imaginemos nos meios pequenos do interior onde pessoas como a Alexandra e seus pais tornaram-se no alvo a apontar. Fiquei por demais feliz em saber que ela conseguiu o sonho de entrar para a faculdade em Beja em Serviços Sociais. Se tiver a felicidade de completar o seu curso fará certamente um excelente trabalho porque ela sabe o que é viver com um estigma e viver em dificuldades financeiras.

sandra disse...

Não perco as reportagens da sic,acompanhei a reportagem do encerramento da fábrica textil e foi excecional custou-me imenso ver a indiferença das empregadas para com o patrão mesmo sabendo que não havia trabalho o que elas queriam era lá estar para receber,muitas vezes o empregado é um ingrato não se importa se o patrão tem lucro ou não, tem que receber o ordenado e o resto é problema dele,quando o patrão diz que elas ainda têm direito ao fundo de desemprego e ele não tem nada ninguem pensa nisso e o homem também tem familia e foi trabalhar para a Alemanha longe dos filhos a lavar copos não é facil,a reportagem da menina com HIV é um exmplo para esta sociedade mesquinha que pensa que tem problemas e maior parte das pessoas só tem questões por resolver,problemas tem esta menina e grande Pessoa .

alva quase transparente disse...

Nao vi a reportagem mas vou ver de certeza.
A minha melhor amiga também sofre com a mesma doença e sei bem o que é o preconceito e a maldade que existem ai espalhada. A ignorância é uma arma demasiado poderosa.
Ainda bem que ha quem saiba sorrir apesar de tufo isso, faz-nos ter esperança em algo que se assemelhe a Humanidade.

Raquel disse...

Fantástica reportagem! Muita força a essa menina...mais um exemplo de que em questão de reportagens, a sic é a melhor...

Anónimo disse...

Só apanhei a reportagem a meio mas fiquei impressionada com tamanha força! Parabéns Alexandra! Só não consegui entender como o pai apanhou o HIV.

Anónimo disse...

De facto não há coincidencias... ainda ontem foi conversa de hora de almoço com colegas e amigos a grande qualidade destas reportagens da SIC. Uma das reportagens de que se falou foi exactamente essa da fábrica textil que fechou. Tenho que confessar que cada vez vejo menos TV em canal aberto, vejo alguns canais de cabo e é só, mas depois desta conversa e da opinião de todas estas pessoas acho que vou começar a ver estes "Momentos de mudança". De facto quando as coisas têm qualidade são vistas, são faladas fazem audiências recuso-me a acreditar que só as casas dos segredos e os big brothers é que possam vingar na TV do futuro. Obrigada Pipoca por estares sempre atenta.

Pedro disse...

Eu visito o seu blogue já há algum tempo, mas nunca comentei, hoje especialmente porque o assunto me interessa muito, vou fazê-lo. Eu vi um pouco da reportagem e achei genial, muito bem feita, adorei mesmo tudo, fotografia, produção, tudo e tudo. É horrível o preconceito para os indivíduos infetados com VIH/SIDA, sou profissional de saúde, não lido diretamente com pessoas infetadas mas tenho colegas que lidam, e digo-vos, essas pessoas, profissionais de saúde, altamente qualificados, também têm esse preconceito e isso deixa-me imensamente triste. Ninguém deve ser julgado por ter o vírus VIH, ninguém, seja em que circunstâncias se infetou. Homossexual, heterossexual, toxicodepente, seja lá o que for, por ter VIH/SIDA não deve ser excluído da sociedade, temos que encarar o problema e ajudar os outros, é um problema de saúde pública vamos todos nos unir para erradicá-lo. Por isso, obrigado SIC por tentar mudar estas mentalidades tacanhas.

Ana Gordo disse...

Espero que no final do curso, a Alexandra não encontre qualquer tipo de problemas na sua vida familiar.
Acho que seria bom para ela ler todas as palavras que as pessoas possam ter a dizer. No entanto, como ela, há muitos mais jovens a sofrer com isto e, também como a Alexandra, por vezes preocupados com as dificuldades que possam vir a encontrar no futuro com a crise que se instala nos dias de hoje.
Acredito, ou pelo menos quero acreditar, que o mundo, ou mais concretamente o nosso país, não vai simplesmente acabar com a vida das pessoas portadoras de doenças crónicas que precisam deste tipo de medicação para sobreviver, contudo, é uma realidade que poderemos ter de vir a enfrentar.
Pelo que vi nesta reportagem, a Alexandra tem uma força e uma vontade de viver que se calhar muitos jovens desta faixa etária não têem.
Tenho exactamente a mesma idade que a Alexandra, e não me veria a viver com a força que esta rapariga vive. Um dia, com tempo, deixarei as minhas palavras de gratidão, por me mostrar como podemos viver com situações tão complicadas e ultrapassa-las, deixando-as quase para segundo plano.

Os meus parabéns à Sic e aos seus jornalistas que foram responsáveis por esta intervenção, pelo maravilhoso trabalho conseguido.
Um grande obrigada à Pipoca, por ter partilhado este grande trabalho.

Rabodesaia disse...

Escrevi precisamente sobre isso no meu blog, o post é sobre a Alexandra.
http://mariarabodesaia.blogspot.co.uk/2012/10/a-alexandra-grande.html

Adoro-te Mamy... disse...

Reportagens simplesmente fantásticas e marcantes pelas histórias reais que contam...fica infelizmente a tristeza que assola estas familias, e que bem poderiamos ser as nossas, é um sentir tão pessoal e tão próximo!
Doi só de ver quanto mais o de viver!

Anónimo disse...

Anónimo das 15:14...e o que interessa, para o caso, como o pai apanhou o HIV?

Anabela Figueiredo disse...

A reportagem é excepcional, como aliás quase todas na SIC. Também vi e também não percebi como é que apanharam o virus. Agora, de grande valor era mesmo um desses fulanos(as) podres de ricos (que ainda os há, e muitos) pagarem os estudos a esta pequena que bem merece, e não é só por ser portadora do virus. É que se percebe que seria (será?) uma excelente aluna, verdadeiramente focada na sua formação superior, e não em andar a passear os livros na faculdades, como há tantos... Enfim, este é de certeza um dos motivos pelos quais gostava de ganhar o sacana do Euromilhões...

Preciosid'Artes disse...

Tive a oportunidade de ver a reportagem e adorei!! Fa~lou-se da doença de uma forma mais leve, com esperança e força!
A Alexandra está de parabéns! :)

S disse...

Se há coisa que fazemos muito bem em Portugal é Reportagem!!!! Adoro!!!
Bj S

Anónimo disse...

Acho que não é preciso ganhar Euromilhões algum para ajudar alguém.

Escreve comigo disse...

Hoje em dia ser portador de HIV é ser portador de uma doença crónica como o a Diabetes por exemplo. Pena que as pessoas que alimentam o preconceito não pensem no qto é dificil viver com uma doença assim e não pensem também que todos nós somos gajos pa ter uma!o HIV é cronica da área da infecciologia, a insufciencia renal da área da nefrologia, a diabetes da endocrinologia...e tantas outras mais!Da tanto "trabalho" viver com uma doença cronica que todos os que padecem delas mereciam uma medalha...pena que n ha no mundo ouro suficiente!

Anónimo disse...

acho optimo sermos todos solidarios e pelos comentarios so ha tudo de bom. mas embora a sida seja uma doença que se esta a tornar mais crónica que fatal ninguem quer que o seu filho a tenha. e embora na idade que ela tem a infeção não é de facil transmissão, quando sao pequenos os miudos caem tem cortes e ai sim atraves do sangue pode ser transmitida por isso é normal que os pais tem receio. e o problema é que nem as educadoras sabem por ser discriminatorio. eu acho isso muito problemático. e ter uma familia bem acho que ninguem quer que o seu filho ande com uma rapariga com HIV. Acho optimo ajuda la e que ela vença nos seus sonhos mas o estigma continua porque a doença não desaparece.

Fiona disse...

São reportagens como estas que mostram que se faz bom jornalismo em Portugal e que mostram a que ponto pode chegar a crueldade humana. Numa sociedade que se diz tão tolerante, são reportagens assim que colocam o dedo na ferida e que mostram a realidade tal como ela é: que afinal os portugueses não conseguem lidar assim tão bem com o HIV, com pessoas portadoras de deficiência ou de pessoas de outras raças. É assim....

Anónimo disse...

olá Pipoca,
E que tal falar com a Alexandra e a família e através de um nib angariar-se dinheiro para a compra dos óculos?

Sara

Anónimo disse...

E que tal ajudarmos a Alexandra a comprar uns óculos? Acha que consegue o contacto, para de qualquer maneira isso ser possivel?
Leonor

BB disse...

grandes reportagens! e principalmente grande alexandra! :)

Anónimo disse...

Sou homem e assumo que chorei quando vi a reportagem da Alexandra.E não foi por tristeza ou pena, mas sim por comoção, por ela com o problema que tem e por tudo o que passou, conseguir estar feliz, de bom humor e transmitir ao espectador a frescura e beleza de uma fase linda da sua vida: a passagem do secundário para a faculdade, conseguir manter todos os seus sonhos e dar valor as pequenas coisas. Uma lição.
Quanto à execução, está excelente.

Anónimo disse...

Também tive o privilégio de ver esta reportagem, ( grandioso serviço publico, sim sra!!) e não consigo acreditar que num qualquer café de uma qualquer aldeia desta nossa aldeia global, existam pessoas (pessoas???) que não se sentem numa cadeira onde a Alexandra esteve sentada... é surreal!!! Transcende tudo, tudo!!!
A Alexandra agarra a vida com uma força e determinação incríveis, um exemplo a seguir.
Adorei vê-la correr naquela estrada, só ela e a paisagem, bonita imagem, é assim que ela tb corre atrás da vida, para que a vida não fuja pq ela não quer!!!

Patrícia Rebelo

Lili C. disse...

Gostei muito da reportagem e também fiquei com algumas lágrimas nos olhos. É muito importante que ainda existam estes relatos. Posso dizer que até tenho andado a ver mais o jornal na sic pelas reportagens que apresentam.

Margarida disse...

Pipoca, lembra-se de um colar que mostrou aqui no blog, que dizia "Pipoca mais doce"? Estou para aqui farta de revirar o blog duma ponta à outra, e não encontro a pessoa/loja que vendia esse tipo de colares. Será que me podia relembrar? Obrigado.

Anónimo disse...

???? Ter um corte o outro ter um corte roçarem as feridas e ainda assim a probabilidade é mínima?? Também ha probabilidade maior do filho atravessar a estrada e ser atropelado... E ha educadoras e explicar as crianças para terem cuidado para nao se chegarem a uma criança que esteja a deitar sangue. Será melhor que descriminar a criança acho....

Miss Q disse...

Grande reportagem, sem duvida. Ao vermos estas historias deixamos de olhar tanto para o nosso umbigo e a valorizarmos mais aquilo que temos.A Candida Pinto ha muitos anos que e das melhores jornalistas que a SIC tem. Obrigada por utilizares este blogue tambem para divulgar estas historias e apoiares estas causas.

lado obscuro disse...

Vi a reportagem esta manhã e de facto está muito bem feita. Esta rapariga tem muita força e é claro que vai encontrar pessoas que a aceitam e que vêem para além da doença. Os amigos dela são os primeiros e daqui para a frente virão muitos mais. Para ela: toda a sorte do mundo!

Filipa disse...

Também ia sugerir ajuda para a compra dos óculos.

Anónimo disse...

Acho VERGONHOSO que neste País estas (e outras) pessoas vivam com pouco mais de 300€, onde está a nossa "segurança social"? Estas pessoas portadoras de uma doença crónica que necessita de vários cuidados, inclusive alimentares,como é possível??? O nosso estado devia ter vergonha, mas é mais fácil ignorar!!

Anónimo disse...

Pipoca, por vezes emociono-me com o que escreves. Chamam-te fútil, eu acho que só tens vindo a mostrar de que massa és feita. Os teus amigos que te preservem.

A.G.

Unknown disse...

Aquela força é que é preciso!
Realmente é incrivel em 2012 encontrarmos pessoas com preconceitos e atitudes ainda tão horriveis. Meter pessoas de lado etc so porque não se dão ao trabalho de tentar entender a diferença dos outros..

littlemiss disse...

Eu vi a reportagem e fiquei emocionada. É triste ver como as pessoas portadoras de HIV são tratadas. É triste pensar que ainda somos tão pré-historicos em relação a certos assuntos. A Alexandra disse que tinha medo que um dia lhe possa faltar os medicamentos. Os três são portadores do vírus, como é que com 300€ conseguem sobreviver, e pagar medicamentos e vacinas, este país esta um caos! E sei bem o que é ter de comprar uns óculos, as lentes são mais caras que a armação, são por volta de 300€! Muita Força Alexandra :)
E aprecio a sua sensibilidade Pipoca :)

Maria F. disse...

"...acho que ninguém quer que o seu filho ande com uma rapariga com HIV". O estigma existe porque ainda (com toda a informação que há!) há quem pense assim, agindo conforme a sua ignorância. Leia. Informe-se. Esses disparates só lhe ficam mal. Bem haja!

Nadia from Ethereally Crisp xoxo disse...

beautiful!

Check out my blog, www.ethereallycrisp.com

SBarreiros disse...

Como vivo fora de Portugal só agora tive a oportunidade de perceber a história toda em torno da Alexandra. Sabia que tinha havido uma reportagem mas nao sabia do impacto que ela teve.
Via-a agora.
Senti-me envergonhada por achar que ter um dia de trabalho mau me pode estragar uma semana. que nao ter isto ou aquilo é chato.
Só é chato se nós deixarmos.
A Alexandra é tudo aquilo que nós vimos e ouvimos e com certeza muito mais. Passar por tanto desprezo, ter de es esconder na sua casa, assistir ao desprezo por que os seus pais passam, ser rejeitada pela família dos pais dos namorados. Não querer ter filhos pelo medo que isso lhe dá. Não é facil!
Obviamente que todos deveremos ter algum medo em relação à doença. É normal. Não é é normal rejeitar uma pessoa por isso. Ainda para mais quando há tanta informação e sabemos perfeitamente que a amizade, o toque, o convívio e uma vida em comum são totalmente possíveis. No último caso, nao vamos dizer que sao tudo rosas. Nao sao. Mas não é impossível. Onde reina amor, reina um mundo de possibilidades.
Custa-me saber que principalmente nestas aldeias haja um fervor religioso (católico) enorme mas a verdadeira intenção e acção fiquem esquecidos. E não é só ignorância. Há também maldade e não querer saber.

Alexandra, se vieres ler estes comentários, sabe que muitos de nós nunca teríamos tido a tua coragem, que és uma lutadora, que podes chorar uns dias mas a maior parte deles és uma vencedora.

Rita disse...

também vi a a reportagem e fiquei estupefacta com o facto dos medicamentos para combater o HIV custarem 500 e tal euros que se a família perdesse a ajuda na comparticipação não ter meios de os pagar porque o estado português só sabe cortar naqueles que não podem ter mais despesas mensalmente em vez de cortarem nos seus ordenados de muitos milhares de euros e cortam nas pessoas que recebem menos que o ordenado mínimo, eu compreendo perfeitamente a situação pela qual a rapariga está a passar pois o meu pai também se encontra desempregado e não consegue encontrar emprego, por isso muito a apoio a esta rapariga e a todos aqueles que se encontram na mesma situação

Unknown disse...

Que enorme trabalho da Cândida Pinto. Sou jornalista e só o quis ser por trabalhos destes. A Alexandra é linda, mais saudável que a maioria das pessoas. Desejo-lhe o melhor do mundo <3

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