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We need to talk about Kevin

domingo, maio 27, 2012

Ontem vi este filme. Já me tinham dito que era tão bom quanto forte e que era meio caminho andado para uma pessoa perder a vontade de ter filhos. Enfim. Ontem lá vi. De facto, o filme é brutal e muito bom. Mas cheguei ao fim e fiquei indisposta. Há muito, muito tempo que não via uma personagem tão maléfica. Por várias vezes tive vontade de entrar pelo ecrã adentro e bater no puto, o Kevin, mas bater mesmo, até fazer sangue. É mau, é cruel, é sonso, é vingativo, é completamente abjecto. E a única coisa que apetece é mesmo essa: bater-lhe sem parar. Ou então torcer-lhe o pescocito, assim como quem não quer a coisa. A única parte do filme em que relaxei e me senti vingada foi quando a mãe o atirou contra uma parede, para ficarem com uma ideia do quão mau ele é. É preciso ver para perceber porque é que ela o fez, acredito que qualquer um faria o mesmo. Ou pior. Não acho que o filme tire a vontade de ter filhos, até porque quero acreditar que aquilo é só mesmo uma personagem e que não há crianças assim pelo mundo, más desde que nascem (e até porque a menina que faz de irmã dele é a mais fofinha de sempre). Mas é um murro no estômago. Fui dormir deprimida.

35 comentários:

Imperatriz Sissi disse...

Também adorei o filme e o livro.O jovem actor é fantástico. Mas há pessoas assim, os psicopatas revelam traços desde muito cedo...

http://jessi-aleal.blogspot.pt/search/label/we%20need%20to%20talk%20about%20kevin

Ana Sofia disse...

já espreitei o trailer...Medo!

http://misannie.blogspot.pt/

Anónimo disse...

Não assisti este filme, porém posso lhe garantir com toda certeza deste mundo: Sim há crianças maléficas, vingativas, capciosas, furbas e todos os adjetivos mais maléficos que podem existir. Eu conheci várias, pior ainda é detectar isso qdo elas ainda são praticamente um bebé com +/- 3 anos.
Eu tenho (infelizmente) duas na minha família (uma menina de 14 e um menino de 13), nunca vi tanta
maldade e esperteza junta no sentido de fazer o mal aos outros.São assim desde pequeninos.

Anónimo disse...

Tambem já vi esse filme, é daqueles que nos deixam indispostas e com uma má impressão, não gostei de ver o filme irritou-me demasiado o miúdo!! Bj S

Clara disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Sexinho disse...

Ufa!
Esta foi das poucas vezes em que gosto que me contem um pouco do filme.
Se assim é, não vou ver.
Era o que faltava! Como se não chegassem as surpresas da vida ainda ia pagar para me incomodar!
Obrigada Pipoca; agora foi serviço público.

radioestesl disse...

esse é mesmo daqueles que deixam uma pessoa a pensar! bolas como é que é possivel! e o pior é que existe mesmo pessoas assim... eu que ate sou considerada uma filhinha razoável, embora a minha adolescência nao tenha sido facil para a minha mãe, passei a sentir me a melhor filha do mundo!
e sim isso assustou-me quanto a possibilidade de vir ter um monstro desses! que horror

Tania Jorge

Anónimo disse...

Obrigada, Clara, por ter contado o final da história :)

...

Anónimo disse...

O filme até pode ser excelente mas essa actriz mete-me medo, parece um homem com olhos de sapo.

Anónimo disse...

Já assisti ao filme e não gostei, estava a espera de outra coisa..

Clara disse...

não seja tonta, a criança nasceu com problemas mentais que se agravaram com o facto dos pais (no caso, o pai) não terem procurado ajuda especializada. o filme é sobre a culpabilização dos pais sobre os problemas dos filhos, não sobre pugilato.

Ana Sousa disse...

concordo plenamente com tudo, Pipoca. e queria mesmo saber que tipo de perturbaçao a criatura teria, anti social? psicopata? mesmo o mini actor que faz dele quando era bebe é impressionantemente estranho. filme muito bem conseguido, mas deixou me com os nervos em franja e deprimida...

ReUseBazar disse...

Também vi o filme e não gostei assim tanto :(

Anónimo disse...

É psicopata e então?

Anónimo disse...

Realmente essa Clara é duma inteligência brutal! Quem queria ver o filme agradece!

Diana disse...

Infelizmente não ésó no ecrã que existem estas crianças. E nem sempre é por falta de amor; às vezes tomam o amor desmedido como garantia. Há pessoínhas muito más.

Filipa disse...

Estou desejando ver esse filme:) parece me muito interessante!

http://Styleloveandsushi.blogspot.com

Sofia disse...

Vi este filme ha ja alguns meses (no estrangeiro). Duvido que muita gente o va ver mas e interessante ver o que pensam.
Acho q e daqueles filmes que mais do que contar uma historia, conta a historia que a pessoa quiser que seja contada. Quem defenda que as criancinhas nascem inocentes e boazinhas achara que a culpa e' dos pais. Quem defenda os pais acha que a culpa era do miudo que estava possuido pelo diabo...
A mim impressionou-me mesmo o que ele fez ou deixou fazer 'a irma. E o ter deixado a mae viva. Isso sim e' que foi maldade. Isto era conversa para a noite toda!

Drª. R disse...

Ainda não vi o filme, mas tenho curiosidade. De facto, estudos na área das neurociências e da patologia da personalidade tem vindo a mostrar que pessoas com psicopatia já mostravam traços na infância/adolescência. A incapacidade para sentir empatia pelo outro é a característica mais marcante.

Joana ' disse...

Bem, por acaso também vi este filme ontem à noite... já o tinha há muito tempo, mas ainda não tinha estômago.
É um drama intenso... Até foi uma professora, que dá uma cadeira sobre distúrbios de personalidade, que me aconselhou.
É aterrador ver a maldade de uma criança tão nova...
E, de uma coisa tenho a certeza: se quiser sobrinhos, não posso deixar que a minha irmã veja isto. Ela já não tem muita vontade... Assim, iria ficar ainda com mais traumas. ahah

Anónimo disse...

Pipoca,

o filme não é sobre a maldade, crianças ou relações. O filme é egoísta, do princípio ao fim, e centra-se não no Kevin mas na mãe - Eva.

Ela está em permanente conflicto com a maternidade, as alterações que essa situação provocou nas suas escolhas de vida e, como isso a limita - como ela detesta ser mãe e todo o conceito social associado à maternidade.

A Eva é egoísta. Está no pleno direito de o ser e é precisamente do conflicto em ter tomado uma opção de vida oposta ao seu egoísmo, que a faz interrogar-se sobre a responsabilidade pelo que o Kevin se tornou e fez.

No final, o Kevin diz que já não sabe porque o fez, enquanto Eva continua a usar a sua máscara social da maternidade - bolos, fraldas, casa,... Que se passa com a Eva? Deveria ter sido mãe? Mais valeria ter sido honesta consigo própria e ter negado a maternidade? Será que a sua reluctância teve consequências no desenvolvimento do Kevin ainda embrião? Como se lida com tantos "monstros"?

Deu tudo ao Kevin, por isso o que terá corrido mal? Roupas, médicos, comida claro, educação,...

A autora (salvo erro) classifica o Kevin como um provável sociopata - um produto da sociedade, de factores sociais. Clinicamente psicopatia e sociopatia encontram-se actualmente aglomeradas sob a mesma bandeira da desordem de personalidade anti-social.

Será que a sociedade em que vivemos com a sua eliminação de valores e princípios básicos, predispõe à manifestação de desordens de personalidade anti-sociais latentes?

O Kevin quase que nem é abordado como um ser humano. Para perceber isto basta observar as diferenças para com a irmã.

Kevin tem o pai do seu lado, é a mãe que ele quer antagonizar, como quem diz "Olha, eu sou teu filho!Olha bem para mim!"

Tiago Ramos disse...

Oh Clara, o filme é sobre tudo menos sobre a culpabilização dos pais!

Anónimo disse...

Já vi o filme há alguma tempo, mas adorei. É um filme que nos convida a pensar e devo de admitir que é um bocado chocante. Achei que o actor Ezra Miller interpretou muito, mas muito bem.

Também quero um blog disse...

Cheira-me a filmezorro !

homem sem blogue disse...

Tenho mesmo que ver este filme

homem sem blogue
homemsemblogue.blogspot.pt

Pedro disse...

"que não há crianças assim pelo mundo, más desde que nascem"

Ai não que não há...

Juanna disse...

Grande filme, grande filme.

Anónimo disse...

Ter filhos????????????? No, thanks....kkkkkkkk

Estrela Isa disse...

Concordo plenamente!
beijinhos*

viverossonhos3@blogspot.pt

Panda disse...

Posso garantir que há crianças assim.

Juanna disse...

Há crianças assim, há. Tive o desprazer de conhecer uma, a qual andou de casa de acolhimento em casa porque tentava fazer coisas más aos outros miúdos. Coisas mesmo más. Aos 5 anos.

marina disse...

Pipoca, não vi o filme , mas pela descrição parece tratar-se de um psicopata. Há uns tempos associava a psicopatia a matadores em série. Recentemente, por conhecer uma pessoa muito estranha, com a qual convivi muito tempo, acabei por perceber, em conversa com pessoas que sabem do assunto, que seria muito provavelmente psicopata. Investiguei um bocado, e essas pessoas existem muito à nossa volta. São bastante frequentes. Já o são em crianças. Nascem apenas com razão, não têm emoção. Talvez seja o caso da pessoa do filme. Muitas vezes não as identificamos porque elas são a "personagem" que lhe interessar. E muitas vezes são aquelas aduladores que esbanjam charme e "fofice"... Cruel, mas existem crianças assim...

Anónimo disse...

Marina,

se os mais experientes e conceituados psiquiatras e psicólogos têm dificuldade em os identificar (e nem sabem ainda bem como), acha que são bastante frequentes?

O melhor estudo que existe sobre tal é de Robert Hare, e foi realizado com criminosos, logo a lista de características daí resultantes pode ser aplicada a essas pessoas com o mínimo de fidelidade - e entenda-se a um nível patológico.

Com um bocadinho de boa vontade, daqui a pouco qualquer mortal se pode encaixar num perfil de desordem de personalidade?

Cristiana disse...

Bem, decidi ir ver o filme depois de ver este post!

Estava a espera de um filme chocante, depois de ler todos os comentários, e na realidade não o achei assim tão "horrível" como é citado!

Queria só chamar a atenção para um pormenor interessante do filme que ainda ninguém referiu (e as teorias sobre ele são muitas;)) o Kevin mata toda a gente com as flechas, e se repararem o único momento que ele esta feliz com a mãe é quando ela lhe conta a historia sobre arcos e flechas...

Na minha opinião a vinculação é fundamental para formar o individuo, apesar de haver factores genéticos envolvidos na formação da personalidade, também ha factores ambientais, e a família é o primeiro suporte social das crianças.
Todo este drama não se deve a maldade, deve-se a vários factores que interligados formar personalidades menos adaptativas.

Se conhecem crianças "más" como dizem, em fez de dizerem que elas são más levem-nas a um especialista e tentem perceber porque é que elas agem assim! Mais uma vez quero salientar que isto é só a minha mera opinião! ;)

* Cristiana

Vânia disse...

Estou chocada com tudo o que aqui foi escrito, confesso! E, Pipoca, confesso que sou muito fã da sua escrita mas neste post, estou decepcionada!

Acabei de ver este filme e não concordo de todo com a maioria das pessoa que aqui escreveram. É incrível como quase ninguém se apercebeu da falta de amor, da falta de atenção, da falta de TUDO que o Kevin teve... Não quero dizer com isto que sou a favor das acções dele, até porque nada o justifica,mas...consigo perceber o que está por trás e o que lhe vai na alma.

É "engraçado" que só uma das pessoas que aqui comentou, se apercebeu do pormenor do livro que a mãe leu ao Kevin, sendo esta a única vez em que o vemos realmente feliz com a mãe! Na minha humilde opinião, tudo isto apenas prova que aquilo que somos, o que vamos ser, a nossa personalidade, é sobretudo definida na nossa infância!

Esta mãe foi incapaz, em algum momento, de conseguir aproximar-se verdadeiramente do filho, de criar empatia, DE O AMAR!

Enfim, não espero convencer ou impor a minha ideia, mas é sinceramente o que o filme me passou...

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Teorias absolutamente espectaculares

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