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Ora ainda sobre o post anterior

sábado, maio 05, 2012
1. O argumento "não tens filhos, não podes falar" parece-me um pouco facilitista. Como seres "socializantes" que somos, passamos a vida a opinar e a dar palpites sobre coisas, quase sempre sem conhecimento de causa. Se só podemos falar de situações que conhecemos e experienciámos, basicamente deixamos de ter assunto. Ninguém pode falar sobre uma qualquer decisão do Primeiro Ministro, porque nunca estivemos no lugar dele. Não podemos comentar o facto de o Pingo Doce ter aberto a um feriado, porque nunca gerimos um supermercado. Não podemos dizer que cocó de cão no meio da rua é um nojo, porque nunca tivemos um (e até nem sabemos se o desgraçado do cão não sofre dos intestinos). Não podemos dar palpites sobre aquela celebridade que se divorciou, porque não somos uma celebridade e até nem nunca casámos. Não podemos mandar vir com um polícia que nos multou, porque nunca tivemos de multar alguém. Não podemos julgar a amiga que não põe a andar o namorado que é um traste, porque nunca tivemos um assim (ou não percebemos que era assim). E por aí adiante. Somos óptimos a comentar e a julgar a vida e as atitudes dos outros, seja sobre filhos ou qualquer outro assunto, e raras são as vezes em que nos tentamos pôr no seu lugar. É porque somos todos muito más pessoas? Não, é só mesmo porque somos pessoas. Se temos sempre mais propriedade para falar sobre uma situação que já vivemos? Claro que sim. Se isso impede o resto do mundo de ter opiniões? Claro que não. Até porque não faltam por aí pais a opinar sobre a educação dos filhos dos outros, assegurando que os deles é que são umas jóias. Hã hã.

2. Ser pai não faz com que haja uma opinião consensual sobre a temática. Aliás, basta abrir a caixa de comentários para o verificar, por isso não se pode dizer "quando fores mãe logo vês se queres que um estranho mande calar o teu filho". Pelo que pude ler, há pais que ficariam melindrados e ofendidos, há pais que dizem que partiam para a agressão (lovely), há pais que dizem que não se importariam nada, há pais que dizem que já aconteceu e não se importaram (até ficaram agradecidos), há pais que dizem que já mandaram calar crianças alheias, e há ainda pais que me alertaram, e bem, para situações como o autismo. Tal como eu disse, eu não mandei calar aquela criança, fiquei-me pela vontade ( ou vão dizer que toda a gente adora crianças berronas e nunca tiveram vontade de lhes fazer um xiu, mesmo os que já são pais?). Limitei-me a perguntar qual seria a reacção dos pais, e os pais responderam (como sempre, uns de forma mais civilizada que outros).

3. Não sou mãe, mas sou madrasta de uma criança de cinco anos (sobre quem não falo neste blog porque é apenas uma criança e porque tem um pai e uma mãe que, com toda a legitimidade, podem não querer ver aqui exposta a vida do filho). Ser mãe e madrasta é a mesma coisa? Óbvio que não, mas faz com que eu tenha uma palavra a dizer sobre a educação de uma criança. Segundo os "entendidos" (ou seja, os que têm filhos) ele é um puto fixe e super bem comportado. Terá a ver com a personalidade dele, mas acredito que muito vem da educação que lhe é dada. Ele sabe quais são os limites, mas se os tenta ultrapassar um olhar mais firme faz com que acalme num instante. Em quatro anos de convivência lembro-me de UMA birra daquelas que dão vergonha (e vontade de fingir que não está connosco). Se nesse dia me teria importado se um estranho o tivesse mandado parar com o berreiro? Eh pá, não, até lhe tinha pago.

4. Já ouvi muito boa gente dizer que não fará isto e aquilo quando tiver um filho. E depois é vê-los a cair que nem tordos e a fazer tudo ao contrário. É normal. Ninguém, mas ninguém mesmo, pode assegurar que tipo de pai será, porque só com um filho e perante as situações que se lhe apresentarem ao longo da vida é que poderá decidir o que fazer. Eu sei que tipo de mãe não quero ser, tenho a certezinha absoluta disso. Aliás, até vou escrever um dia sobre esse assunto, para ter uma prova escrita daquilo que disse um dia e depois, se for mãe, confirmar se sempre estou a cumprir ou se já meti o pé na argola umas 370 vezes. Hoje sei aquilo que não quero ser enquanto mãe, mas se o vier a ser efectivamente é muito provável que faça tudo ao contrário do que disse e pensei. Aliás, passo a vida a dizer que o que mais me assusta na maternidade é a possibilidade de perder o discernimento e passar a achar que tudo é lindo e espectacular e tolerável no meu filho, só porque é meu. Incluindo berraria, más criações, chapadas nos pais e sabe Deus que mais. Se eu vier a ser uma mãe dessas, ficam desde já autorizados a dizer-me "mulher, estás a criar um monstro".


102 comentários:

Anónimo disse...

Sou mãe e detesto ter de suportar crianças mal educadas! Crianças que gritam, perturbam, que não fazem ideia do que é estar em sociedade e de respeitar os outros! Mas a culpa não é delas... basta olhar e ver como são os pais e entende-se o porquê daqueles seres minúsculos serem assim malcriados!!!
Pais que nem se dão ao trabalho de serem pais porque cansa, porque empata tempo em que poderiam estar nas massagens, nos treinos de futebol, no ginásio, na manicure, nas compras, ou simplesmente porque ser pai/mãe destrói-lhes a vida social com os amigos!
A culpa não é das crianças... mas sim dos progenitores! É só prestar atenção!

Kat disse...

Olá. Li o post anterior. Não tenho filhos mas vivi no Reino Unido durante 2 anos. Aquelas crianças crescem com um sense of entitlement incrível.
A par disso a maior parte dos pais recusa-se a educá-las, uma vez que eles próprios não têm educação. E como ninguém se mete na vida de ninguém, aquela criança não vê o mau comportamento a ser censurado e crescerá a fazer birras ainda piores...
Só quem não assistiu a uma cena dessas é que a pode criticar. Continuação de um bom trabalho com o blog e com a loja! Felicidades.

Maria disse...

Eu acho que normalmente quem reage mal a uma chamada de atenção feita por um estranho é quem nAo sabe educar os filhos e como vê que perante os outros é um "mau" pai fica ofendido e reage mal. A mim já me rogaram muita vez a praga " um dia vamos ver como são os teus, e eu estou cá para ver" mas o que é certo é que as crianças deles continuam mal educadas e sempre a gritar. O dr Quintino Aires diz que quando há birras na rua se deve dizer as crianças " olha ali a senhora a olhar para ti" e normalmente eles sentem-se intimidados por alguém de fora e a birra passa.

patricia disse...

Todos os dias lido com o público e a maioria das crianças que grita rasga papéis derruba tudo por onde passa etc, tem por trás pais que riem de tudo o que eles fazem e que ficam altamente chateados se lhes dizes "o seu filho está a rasgar as páginas do nosso catálogo" ou "o seu filho está a deitar a roupa daquela mesa toda ao chão"

amiga da onça disse...

Tens toda a razão crianças mal educadas é o que se vê mais, mas a culpa não é delas.
Quando vejo uma criança fazer uma cena que grita e esperneia a vontade que tenho é dar mesmo uma galheta ao progenitor.
Alguma coisa vai mal naquela familia!
Bjs

Anónimo disse...

Agora que li o comentário da Maria ali em cima, lembrei-me que a minha mãe me dizia isso ("Olha ali a senhora a olhar para ti") quando eu fazia birras e lembro-me de ficar bastante envergonhada, e a coisa passava. LOL

Anónimo disse...

Pipoca, li o post anterior mas não li os comentários. Não foi preciso... O tema bastava para saber que vinha aí pedregulho... Tenho duas filhas. BEM EDUCADAS. Se fizeram e fazem birras? SIM! Qualquer criança as faz... E santa paciência... Não me venham dizer que é da educação... Quantas de nós já não nos apeteceu fazer uma valente birra na rua? Mas não podemos, não é suposto... É uma forma de exteriorizar frustações... Se gosto de ouvir? Credo, não! Dá -me logo vontade de desatar às palmadas, e agradecia às alminhas que passam que as mandassem calar! Não iria levar a mal e retribuía com um sorriso! Já o fiz também. A mãe daquela criança estava tão sem saber o que fazer que mandei calar o miúdo dizendo que já estava com dor de cabeça. O miúdo calou-se e a mãe sorriu-me piscando um olho.

Filipa Santos disse...

Concordo contigo! O que vejo cada vez mais são crianças ainda sem tamanho a fazerem frente aos país, avós.. Eu trabalho com crianças de 3/4 anos e como em casa fazem tudo o que querem pensam que no jardim de infância também o podem fazer. Quando assim é o nosso trabalho torna-se muito mais difícil mas não culpo as crianças por serem assim porque a má criação da maioria delas é uma imitação perfeita daquilo que vêm nos seu queridos paizinhos e que crescem a achar que tal atitude é normal. Mando-as calar sim se merecem e se não param digo a todos os colegas " olhem todos, vejam todos esta birra horrorosa, temos aqui um bebe que vai ter que mudar de sala, porque na minha sala não quero meninos assim..que vergonha" é só um dos exemplos que resulta sempre e uma boa conversa com as crianças também ajuda bastante e é lindo ver que as crianças não se esquecem dessas conversas e passam a dizer as regras que lhes transmitimos aos pais que muitas das vezes entram no jardim de infância a pensar que tudo é deles! Não, não sou mãe, mas um dia espero ser e com toda a certeza vou ter muito amor e carinho para dar aos meus filhos mas uma chamada à atenção na altura certa nunca vou dispensar, foi o que me fizeram desde pequena, não morri por isso e hoje agradeço! Beijinhos

Janjinha disse...

Na minha sincera opinião, que tenho uma cria de três anos, acho sinceramente que os miudos são o reflexo dos pais. Criar uma criança dá mito trabalho e uma palmada não faz mal a ninguem. Quando a minha tenta armar se em engraçada e que roça o mal educado uma palmada no rabo não magoa e a acção fica. Acredito no dialogo, mas por vezes o dialogo não chega. Eu tambem levei palmadas e tive uma educação normal com uns pais que sempre incutiram a maxima da liberdade com responsabilidade. A minha cria tem regras, muitas regras, mas é criança, faz birras, porta se mal, por vezes grita, enfim, mas temos que aprender a lidar. Levamos a a todo o lado, mas se for a um restaurante e ela começar feita selvagem, ou eu ou o pai, sossegadamente, levamos a para um sitio mais calmo para se acalmar. A mnh filha ja chegou a atirar, literalmente, o prato de comida cheio, para o chão numas ferias nossas. Resultado, levou palmada e nao almocou. Se é a opcao certa, qm sabe?? Para nos naquela altura foi o que nos pareceu legitimo. Podem haver muito opiniosos e mandar cuspo para o ar em relaçao a educaçao da crias. Uma coisa e certa, não ha duas crianças iguais, regras e importante, e como pais temos que ser tolerantes e perceber se as nossas acções sao as mais correctas. Penso que devemos educa las com vista a serem bons adultos, com principios, dar colo, mimos, mas saber impor limites:)

Unknown disse...

Tens muita razão em tudo o que dizes.

Já muitos dos teus comentadores misturam alhos com bugalhos e nem se dão conta!

Uma coisa é uma criança a fazer birra. Foi a situação que descreveste: miúdo chora, esperneia, pede, implora, grita, para que algo aconteça, para que algo lhe seja concedido. Faz uma cena. E este até tinha os pais e irmão ao lado, a agir concertadamente contra a birra. Eu agiria da mesma forma, depois de dizer "não", passava a ignorar e seguir em frente. Não sei se os pais estavam a ignorar por pedagogia ou porque não queriam saber, mas eu ignoraria por pedagogia.

Outra coisa MUITO MUITO diferente é falta de educação. E todas as situações descritas pelos comentadores que não aturariam "birras aos filhos" (seus futuros e dos outros) são situações de falta de educação em casa. Importunar estranhos, atirar coisas ao chão, responder mal, não ter auto-controlo, não é ser birrento, é ser mal educado. Mais nada e a culpa é dos pais.

Eu ignoraria uma birra mas nunca poderia admitir um segundo berro, ou um segundo atirar de livros ao chão, um segundo varrer de prateleiras ou resposta torta. Isso tem de ser policiado e repreendido, sempre. E isso é que dá uma trabalheira do caraças na educação de um puto!

Todas as crianças fazem birras, todas. Até quem diz que nunca fez uma birra em pequeno já as fez, não se lembra é de as ter feito!

Há crianças bem educadas que fazem birras e há monstrinhos in the making que fazem tudo o que lhes passar pela mona, incluindo birras.

Que uma coisa não se confunda com a outra, porque são coisas muito diferentes e imensos pais e a esmagadora maioria dos que não têm filhos confundem uma com a outra!

Anónimo disse...

Alerta geral...claro que sim, há que tratar primeiro dos pais e dpois dos filhos, com disseram mto bem, educar dá trabalho e não se percebem pq é que mtos até se dão ao trabalho de serem pais. Sou mãe, e nunca tolerei birras talvez por isso é que nunca vi mtas, de qualquer forma se tiver que dar uns bons tabefes em praça pública, faço-o e estou-me nas tinta para o público que está a assistir, é preciso agir é na hora certa.
Pipoca, acho que és capaz de vir a ser um boa mãe (feeling).

bjs

Anónimo disse...

Eu já te comentei no outro post e aqui digo-te a mesma coisa.
Não és mãe e não sabes como ias regir se mandassem calar os teus filhos.
Se mandasses calar os meus quem te mandava calar a ti era eu.
Incomodava-te a birra de uma criança numa rua tão movimentada como essa e não te incomodava o trânsito? Porque não o mandaste calar também?
Sei que não vais gostar porque só gostas de quem te apoia, mas eu disse o que sentia e não estou arrependida.
Agora podes apagar, já sei.

Anónimo disse...

Oh pipoca eu cá acho que vais dar uma grande mãe e vais conseguir lidar com as birras da maneira mais bem humorada possível e o puto passa do choro ao riso em menos de nada.

Para quando um pequeno pónei com sangue do teu sangue? :)

A.

Anónimo disse...

Olá Pipoca, é a primeira vez que comento o teu blog mas sigo o que escreves, tanto aqui como no facebook. Tenho 20 anos e não sou mãe (aliás sou um bocadinho como tu e quando penso que daqui a uns anos posso vir a ser mãe fico assustada)no entanto tenho um irmão muito mais novo e já passei por algumas situações menos agradáveis. Nessas ocasiões até dá um "certo jeito" que alguém os mande calar ;)

Mariana Santos

p.s.: Parabéns por todo o teu sucesso, com o blog com a loja, com o Arrumadinho e com tudo o resto. Para mim que vos acompanho sabe bem chegar ao computador e ler coisas tão bem escritas seja sobre viagens ou outros assuntos que causam tanta discussão como o deste post. É uma felicidade ver que existem pessoas que aproveitam a vida e pouco se importam com o que os outros pensam. Quando tiver mais uns aninhos quero ser um bocadinho como tu :D
Beijinhos*

Ana Sofia disse...

Trabalho numa loja de roupa e por vezes dou-me conta de miúdas a experimentarem os sapatos todos da loja, ou então com as malinhas e a porem tudo o que lhes apetece lá dentro e os pais riem-se e acham super engraçado, e pior são capazes de não arrumar! O que será que me apetece dizer?E aqueles que vão ás compras com miúdos super pequenos que óbvio já estão super cansados e choram choram na loja e os pais não vão embora do shopping? Eu não compreendo quem é que consegue massacrar assim as crianças, peço imensa desculpa mas isto transcende-me, eu acho q não me importava que mandasses calar o meu filho, desde que fosse de forma educada e até dizia-lhe: até a senhora te manda calar, vês vês...
As pessoas embirram por tudo e por nada. O melhor é mm ficar calado para não arranjar confusão com ninguém:)

Diana disse...

Ao fim ao cabo a questão era se os pais ficariam ofendidos se mandasses calar os seus filhos? A resposta não é simples, como se pode ver, porque a situação também não o é! Se a criança estava simplesmente a fazer uma birra e os pais a ignorar, como é suposto, nessa situação não se deve interferir pois estaria a desautorizar os pais! A birra só continua se tiver público! O meu filho fez uma vez uma birra porque não lhe comprei um carrinho, bastou virar costas e começar a andar para ele se levantar do chão e vir atrás de mim, calado! A birra incomoda toda a gente, principalmente os pais! Mas é assim que as crianças aprendem a lidar com as suas frustrações! Agora se a criança está a ser mal-educada, a correr onde não é suposto, a atirar coisas ao chão, isso já é outra conversa, e aí, a culpa é dos pais por não ter imposto limites ao filho! Nesse caso, acho que não faz mal nenhum dizer alguma coisa à criança ou aos pais!

Anónimo disse...

Mais irritante ainda do que as pessoas sem filhos que cospem para o ar, são as pessoas com filhos já crescidos que se esqueceram de como era e se enchem de moral para dizer aos outros «Ai, não podes ser assim e assado, que eu já criei dois e blá blá» :-) But seriously, os putos não trazem manual de instruções. Não há curso para ser mãe. Muitas vezes sentimo-nos tão inseguras e tão receosas de não estar a fazer o melhor, que uma chamada de atenção de um estranho, mais do que irritar, magoa... Quando nós próprias temos dúvidas, alguém de fora criticar explícita ou implicitamente aquilo que fazemos é remexer na ferida. Eu sou mãe solteira, estou só com a minha filha de 4 anos desde o primeiro dia de vida dela. Já me aconteceu fazerem-me críticas e, por muita razão que a pessoa tivesse (e tinha, em grande medida, e era uma amiga e não um estranho), não me disse nada que eu não soubesse, e só me deixou magoada e mais insegura ainda da minha capacidade como mãe... Portanto, nestas coisas, contar até 10, respirar fundo, e pensar que não conhecemos as pessoas; não conhecemos a dinâmica familiar; não sabemos nada daquela criança; não imaginamos o motivo para o berreiro. Cabe aos adultos, claro, ter o bom senso de avaliar o sítio onde estão. Eu já saí de um restaurante sem almoçar para os outros não levarem com a birra dela. Mas na rua, o que faço é levá-la para casa o mais depressa possível, e sim, ignorando-a. Porque se há miudos que se calam com uma palmada, há outros que ainda ficam piores ;-)

Cristina

Anónimo disse...

trabalho com crianças e sei como é complicado lidar com algumas delas! como é óbvio algumas têm a ver com a educação que recebem e existem outras que têm uma boa educação e são mal criadas! não podemos esquecer que as crianças são pessoas que estão em fase de desenvolvimento e como todas os adultos , umas são tímidas , calmas outras teimosas enfim cada uma tem o seu feitio e a sua personalidade!

Anónimo disse...

Sabes conheço um menino autista que faz birras de cair para o lado e sabes que mais? Nao se pode fazer nada. Quem é um terceiro para interferir se desconhece toda a envolvencia??? Nao se fale sem ponderar ok?

Anónimo disse...

O melhor é um "xiuuuuuuuuu! Calou!" para a criança e assim que os pais comecem a reclamar podemos sempre aplicar um "shut the fuck up!".

Anónimo disse...

Pipoca 2 publicações sobre crianças seguidas?! É o teu relógio biológico a dar sinal!

OnePlusTwo disse...

Concordo plenamente!
Acho que ser mãe deve ser fantástico mas não deixa de ser o desafio de uma vida, seremos "testadas" todos os dias sem duvida alguma. Cabe-nos a nós, futuras mães deste pais, ter a cabecinha no lugar e repreender sempre que necessário. Educar não é dizer que sim a tudo e com isso criar um pequeno ser abominável que nos faz a vida negra. lol

Ajudem a crescer o nosso bebé:
http://oneplustwoblog.blogspot.pt/

Beijinhos a todos a bom fim-de-semana:)

As minhas Ideias disse...

E quando os pais fazem muitas coisas bem feitas e as crianças não fazem igual? Mas tens razão Pipoca se algum desconhecido as mandar calar eles obedecem muito mais rapidamente.
Também acontece os pais ralharem a sério com os filhos na rua e as pessoas olharem com ar de desaprovação. Enfim ... era bom que houvesse uma fórmula mágica para educar bem crianças, mas não há. E só mais uma questão se a educação das crianças depende dos pais porque é que crianças dos mesmos pais têm comportamentos diferentes?Bjs

homem sem blogue disse...

Na minha humilde opinião. Cada caso é um caso e cada um tem a sua opinião. Sou sou melhor que ninguém por pensar de determinada maneira como ninguém é pior do que eu por não concordar comigo.

homem sem blogue
homemsemblogue.blospot.pt

Anónimo disse...

Adoro pipoca, estou contigo! sou mãe de dois rapazes (um com 3 anos e outro com 1) e madrasta de outro com 9.
juro que às vezes penso se não estarei a criar um monstro! (Deus me perdoe, mas tenho dias em que não os posso aturar!)Deve ser a pré-adolescência dos 3 anos e meio... irra rapazinho terrível!!! será mal da educação que lhe estou a dar? Claro que como mãe que faz tudo pelo filhos, para que sejam íntegros, bons, trabalhadores, educados, honestos, etc etc, digo que não! Tento dar-lhes a melhor educação possível... se saio com eles (mais em relação ao de 3 anos) tantas vezes quantas desejaria? não, claro que não! se vou a locais públicos, tipo restaurantes, etc, tantas vezes quanto gostaria? não, claro que não! Os primeiros minutos correm bem... mas depois... e pronto!

disse...

Boas Tardes Pipoca!!!
Então é assim, sou mãe de duas crias de 11 e 7 anos.
Não é fácil educar. É Muito Difícil educar crianças (e adultos também!!!), e dá Muito Trabalho. Hoje em dia há Muita gente que não quer ter trabalho, e depois há cenas como as que viste. Eu tenho 36 anos, e desde que quis ter filhos sempre imaginei como queria que se comportassem e tinha a Certeza de que poderia ir com elas a Todo o lado sem me acontecer uma cena dessas. Até hoje esse objectivo foi conseguido. Não por uma questão de sorte, mas com Muito trabalho e insistência. Não porque "tive muita sorte" como algumas pessoas gostam de dizer, mas porque para mima Educação é para ser dada desde que se nasce, em casa, pela família. Claro que na escola também, mas tudo parte de casa.
Quanto à situação que falaste, acho que sim, levava a mal que um estranho ralhasse com as minhas filhas, mas às vezes têm de se engolir sapos quando não se faz bem o trabalho de casa!!!!
Se já me apeteceu fazer o mesmo??? Uiiiiii... Quantas vezes, mas eu nem me limitava aos filhos, era mesmo aos filhos e aos Pais que produziram o exemplar...
Este é um Problema Muito grave da Sociedade!!! E tende a piorar Muito. A mim preocupa-me porque as minhas filhas na escola não são premiadas pela sua educação, por vezes chegam até a ser prejudicadas em relação aos chamados "chico espertos" e isso é produto da Educação, ou falta dela!
Beijinhos

vanda disse...

Volto a escrever porque leio aqui posts realmente fora do contexto! Tenho filhos. Se são mal educados? não, não são. Enquanto mãe tudo faço para que tenham uma boa educação, regras, limites, que saibam ouvir um não! Mas falar é muito bonito! Se me incomodaria que um estranho mandasse calar um dos meus filhos? Talvez não me caísse muito bem. Mas reconheço que uma birra de gritos e etc pode ser bastante desagradável. Se a culpa é dos pais? Não, é melhor não ir por aí! As crianças têm e desenvolvem a sua personalidade, têm manhas e tudo fazem para tentar dar a volta aos pais quando querem alguma coisa! Os meus filhos são bastante diferentes! reagem de forma diferente! e já disse anteriormente, se vou com eles a restaurantes, etc todas as vezes que quero e tenho disponibilidade para tal? Não, não vou! Se são mal educados? Não, não são, apenas são crianças!

Anónimo disse...

Amiga, subscrevo TOTALMENTE este o post origem deste, agora também lhe digo: AINDA BEM que não fez nada em Londres. Ainda bem que os pais não fizeram nada... em Inglaterra isso seria caso de Polícia, a criança seria retirada aos Pais e você já nem saía de lá sem um bom advogado. Os próprios Ingleses já se queixam do disparate em que tornaram as suas leis. Há casos graves pelos quais eles zelam, mas estes é que dão manchetes e a Policia de Costumes lá, não é para brincadeiras. Foge....

Anónimo disse...

Eu faço minhas as palavras da Rita Correia no outro post.
Ía ficar muito ofendida.
Eu acalmo as birras dos meus filhos, e muitas vezes as dos filhos dos outros distraindo-os: olho para o lado e digo: olha! o Faisca!
Nos rapazes pequenos é tiro e queda.
Nas meninas elogiar o laço da cabeça ou a saia que traz vestida.
Eles distraem-se e esquecem-se do porquê da birra.
Ana B

Juanna disse...

Don't worry, Pipoca. Fala do que te apetecer. Ao longo da vida vamos mudando/consolidando tantas opiniões.

Ser mãe é uma teoria que depois na práctica se revela traiçoeira. Mas é como te digo, depende do dia, do puto, do cansaço, da energia, etc.

Lu Kerr disse...

Pipoca sou mãe de uma "peste" bem educada de 2 anos e estou a espera da 2ª e posso subscrever cada palavra tua. Despeço me a dizer: És grande pá!!!

Fashion Faux Pas disse...

O meu filho não é autista - felizmente! - o meu filho segundo a sua educadora de infancia actual e a anterior é uma jóia de criança, bem educado, respeitador, com os valores certos, gosta de ajudar e de partilhar. O meu filho segundo os meus amigos é um anjinho de tão bem educadinho que é. O meu filho segundo estranhos na rua é um doce, um amor, um menino de ouro. O meu filho em casa porta-se que nem um indio, faz birras gigantescas - algumas no hipermercado, sim, é verdade, e já lhe foi dita que está tudo a olhar para ele mas ele quer lá saber.. - atira com os brinquedos quando não lhe fazem as vontades estapafurdias - tipo mãe posso destruir o sofá e rebentar com a televisão? - e já chegou num ataque de fúria a tentar bater no pai ou na mãe - tentar, que não chegou lá - e imediatamente foi posto de castigo. Já tentamos de tudo, castigo, ralhete, ficar sem televisão, ficar sem brinquedos, conversas sérias, ignorar, gritar, deixa-lo gritar e fingir que ele não está lá, proibi-lo de ir ao parque ou á biblioteca... enfim, tudo, inclusivé a bela da palmada no rabo de fralda. Após ler todos estes comentários cheguei á conclusão - a qual já sabia há muito tempo, infelizmente - de que nós somos pais horriveis. Somos maus pais, pronto. Nós prestamos-lhe atenção, conversamos com ele, brincamos, tentamos educa-lo e como nada resulta, então é isso, somos maus pais. Não tem nada a ver com a personalidade dele, não. Somos nós que somos maus pais.

Anónimo disse...

As vezes apetece, antes de ter filhos achava que sabia exactamente como é que ia educar os meus.Mas os dias são cansativos as crianças exigem muito de nós ás vezes pura e simplesmente ficamos sem vontade/energia para os contrariar por isso cedemos a não acabarem o jantar a fazerem uma birra a mil e uma coisas que sempre achámos impossivel aturar antes de o sentirmos na pele.
Se num desses momentos de rendição eminente alguem me viesse dar uma lição de moral e mandar calar o meu filho eu não gostava.Se eu fosse um pai que não se importa com isso e achasse que era assim que o meu filho devia ser educado, malcriado e birrento,ia reagir mal e ser malcriado, porque de certeza que essa seria a minha educação.Se pura e simplesmente não tivesse pulso para educar a criança, eu acho que tenho mas achava muita coisa ha 4 anos antes de ter dois filhos espectaculares mas absolutamente incontroláveis,( e ainda bem é sinal que são felizes acho eu)se calhar agradecia.
Mas na generalidade ninguem gosta, tentamos educar os nossos filhos o melhor que sabemos, passamos noites acordados a pensar no que será a vida deles perante o mundo assustador que se avizinha, não precisamos, regra geral,de alguem que nos critique indirectamente sobre a maneira como educamos a nossa principal razão de vida.

Anónimo disse...

Que me lembre so fiz duas birras quando era pequena. Uma dessas aconteceu quando a minha mae me foi buscar a pre-escola e eu queria brincar no parque e ela coitada nao tinha tempo.Entao desatei andar a frente dela com os bracos cruzados em forma de desafio ( nao chorava porque tinha vergonha). Ela so me disse que quando chegassemos a casa fechava os estores e dava-me uma tareia tao grande que eu nunca mais esqueceria.Tratei imediatamente de lhe pedir desculpa e e claro que nao me bateu. Alias nunca o fez.Mas aprendi.

Angela ( a falta de acentos deve-se ao teclado).

Brown Eyes disse...

Concordo plenamente com o teu post, sou mãe de uma bebé de 22 meses, ainda por cima estou a criá-la sozinha, não é fácil...há coisas que digo que não faria e que faço e eles sem dúvida testam os nossos limites.
Faltas de educação não admito, e sempre que me dizem, ah, tão fofinha, parece uma boneca, limito-me a responder, fique com ela 2 horitas que vai ver a boneca virar um pequeno monstro.

Claro que é um exagero, a bebé tem o seu feitio mas é um doce, mas sou a primeira a dizer que se ela for mal educada com alguém, que a própria "vítima" a chame à atenção.

Fui educada assim, e acho que a minha mãe até fez um bom trabalho; eu na altura em que era criança é que muitas vezes não compreendia.

C.e.C disse...

... Isso agora fez-me lembrar da senhora, já de idade, que ao ver-me a -pelo menos tentar- explicar questões como ADN, células, etc.. durante o jantar, ao meu filho de 6; achou por bem chamar-me à atenção que não se deviam ensinar coisas dessas a crianças tão novas.

Admito que meramente lhe ofereci um sorriso e continuei. O meu filho, esse penso que nem terá ouvido pois imediatamente me perguntou: "E como se alimentam elas!?"

Quanto a comportamentos mais... *a escolher o termo* berrantes, penso que é tudo uma questão de ¡educação em casa! -literalmente-, e não esperar que as crianças acatem o "Não faças isso"; "Fica quieto(a)"; etc... sem haver previamente tal chamada de atenção, no lar.

Feliz disse...

Bem, tens aqui um leque variadíssimo de opiniões! Li-as todas e apenas com duas não concordei. Estranhamente, duas anónimas, que ficariam muito ofendidas.

Enquanto educadora, e não mãe, levo com isso de quando em vez, quando os pais não entendem que na escola tentamos fazer o melhor pelos seus filhos! E lá dizem: não és mãe.
Custa ouvir isso, mas lá respondo, pois não, mas sou professora...

Em relação ao autismo...quem se der ao trabalho de ler um bocadinho a respeito, saberá que QUALQUER problemática exige dos educadores a implementação de REGRAS...lá porque é autista, não pode fazer as birras que quiser. Tem de saber lidar com os "nãos" da vida, caso contrário, em adulto, vai sofrer muito. Todos nós sabemos que a sociedade "esta-se nas tintas" para os problemas em idade adulta. Agora imaginem alguem habituado a que nunca lhe digam "não" ou "cala-te"...como será no mundo laboral?

Mas pronto, antes que nos coloquem na fogueira, pode ter sido apenas "um dia mau" para a menina e, no fundo ser uma "joia" de moça ;)

Beijinhos!

_ba_ disse...

A culpa não é dos Pais acabo de ler aqui ...então se a culpa não é dos Pais de quem será? Se o meu filho me vir gritar, diariamente, com o Pai o que fará ele com os outros? Se o meu filho me vir deitar (por exemplo) roupa para o chão que fará ele? Digo e continuo a dizer que um filho é um espelho dum Pai/Mãe. Sim têm a sua personalidade e blá blá blá mas se esta não for "moldada", trabalhada e gerida diariamente, nos 6 primeiros anos de vida, talvez estejamos a criar uns monstros...e sim sou Mãe e sim dou palmadas e castigos e sim já fui olhada "de lado" por fazê-lo "and so what"? Amo o meu filho mas não é por amá-lo que lhe vou permitir tudo e depois a modernice de sermos amigos dos filhos. Um Pai não é um amigo é um Pai e ponto final.
Depois temos casos como estes do concelho do Seixal em que fedelhos de 12 anos obrigam outro a fazer sexo oral e filmam...coitados a culpa não é dos Pais...nasceram assim ...pelo amor de Deus ...está na altura de nos RESPONBILIZARMOS pelos filhos que temos isso sim.

Vânia disse...

Tens toda a razão, é por isso que cada vez as crianças estão tão mal educadas. Quando vou a um super mercado vejo imensas birras, cheguei a ver uma criança com 3 anos a chorar ao colo do pai e a dar chapadas ao próprio pai e ele só dizia: o pai já disse que não podes fazer isso... enfim... Já para não falar nas atitudes que as crianças hoje em dia têm na escola, são cada vez piores e os pais se for preciso ainda vão a escola falar mal com as professoras... Por isso é que quando elas crescem desenvolvem tantos problemas...

Anónimo disse...

fundamental, respeitar o outro, quer nas suas limitações ou "ilimitações"!!!

RitaC disse...

Isso e' tudo muito lindo e decerto que ninguém gosta de miúdos mal comportados e birrentos. A minha opinião e' que os pais não devem deixar passar essas coisas e devem agir em conformidade, exigindo comportamentos e atitudes adequados...só assim eles se habituam. O problema aqui pipoca e' que cada vez que falas de miúdos parece que não os suportas em lado nenhum e que te sentes incomodada com a sua presença nos locais onde te encontras. Claro que acredito que não sejas assim, mas e' a ideia que passa e algumas pessoas não encaixam isso da melhor forma, dai os comentários menos próprios que por aqui aparecem.

Anónimo disse...

Os conceitos de educação sao os mais variáveis,toda crianca faz isto.
Nunca fostes crianca??????

Anónimo disse...

Cada um dá a educação que achar apropriada aos seus filhos. Se a criança não tem educação a culpa não é dela, é de quem a devia educar. Quem merece um olhar firme não é a criança que, se calhar, nem sabe o que faz, são os país. E cada um tem os seus métodos de educar, e os restantes não têm nada que se intrometer. Se se sentirem incomodados falem com os pais, não com as crianças que provavelmente se vão calar apenas porque ficam a pensar quem será a andorinha que os foi melgar. Digo eu...

Anónimo disse...

Olá Pipoca.
Sou mãe e não gostaria de ver ninguém chamar a atenção a nenhuma das minhas filhas.
Julgo que hoje em dia os pais "delegam" em terceiros a responsabilidade de educar os seus filhos.
Esperam que as escolas os eduquem, esperam que os outros lhes chamem a atenção e fica muito melindrados quando tomam determinadas atitudes e são olhados de lado.
Tenho uma princesa de 5 anos que, como qualquer criança da sua idade, tem as suas birras.
Já ignorei enquanto ela berrava a plenos pulmões assim como já levou uma palmada no rabiosque quando achei que estava a passar dos limites.
Em ambas as situações fui olhada de lado pelas pessoas que passavam.
Felizmente, não é motivo que me leve a deixar de responder da forma que considero mais adequada.
Sei que nem sempre vou ter a atitude correta mas ser mãe é isso mesmo, tentar ainda que nem sempre se acerte.
Fazer birras faz parte do crescimento deles. É assim que aprendem até onde podem ir.
Educá-los faz parte das nossas responsabilidades.
Conheço uma pessoa que trabalha no aeroporto como segurança e que me contava há pouco tempo que vê pais a saírem com os filhos aos berros, a espernear e inclusive a bater nos pais. Em resposta os pais diziam aos filhos coisas como: "Olha o senhor policia que se vai zangar contigo".

vanda disse...

Irra, cada caso é um caso e as crianças são todas diferentes! na escola comportam-se de uma maneira, na casa dos avós de outra, em casa de outra, e por aí adiante! a culpa não pode ser atribuída sempre e só aos pais! cá em casa eu não me atiro para o chão a bater com cabeça e com os pés, nem o meu filho mais velho fazia isso quando era repreendido ou contrariado, e agora o mais novo que ainda só tem 17 MESES, faz isso constantemente! e grita e protesta! somos nós, os pais, os culpados?? I don't think so, I'm sorry! e se quiserem atirar culpas à galinha por ter posto o ovo... ou ao ovo por ter dado um pinto que cresce e vira frango/galinha, go ahead!
Adoro-te pipoca!!!
vanda

Sílvia disse...

Olá Pipopa, concordo com tudo o que aqui escreveu. Fiquei pasma com alguns comentários do post anterior anónimos CLARO, com a falta de respeito e tanta crueldade... enfim.
Não tenho filhos por opção e não me parece mal nenhum repreender os filhos dos outros. Não percebo porque há pais que se ofenderam tanto com a possibilidade de um estranho tentar repôr a estabilidade na criancinha descontrolada, os papás deviam eram agradecer.
Se a repreensão vem de um estranho??? O que é que isso interessa?? Desde que surta efeito é o que importa!

Anónimo disse...

Pois eu já assisti a uma cena.. num restaurante..!! um casal de idosos sentiu-se incomodado com uns fedelhos que faziam barulho como se não houvesse amanha e os pais ficaram tão ofendidos mas tão ofendidos que só faltou bater nos pobres velhotes..

Renata Passos disse...

Parabéns pelos Post... pelo primeiro e pelo segundo! Concordo com todas as palavras... Em Género, Número e Grau!
E já agora Parabéns por seres autentica, fiel as tuas crenças e ideias!
Beijocas.
Renata

Anónimo disse...

Boa noite Pipoca,

Tal como tu, sou madrasta (acho o nome horrível by the way) de uma pimpolha de 2 anos. Como tal e como tu, também estamos de certa forma envolvidas na educação dos nossos enteados... vivemos/convivemos com eles, não somos meras espectadoras. Por isso sim, temos também toda a legitimidade de falar ou opinar sem ter que ouvir "não és mãe por isso cala-te!".
Vai haver provavelmente umas quantas almas a dizer que não tem nada a ver ser mãe e ser madrasta.... Pois, é diferente.
Mas garanto que não deixo de ser menos dedicada a esta menina do que serei um dia com os meus...
Não me preocupo menos com ela por não ser minha, não deixo de ficar com o coração nas mãos quando ela adoece porque não é do meu sangue! Nada disso. Amo muito a minha enteada, divirto-me imenso com ela, ela é super engraçada, divertida, inteligente, bem educada, mas claro que também tem os momentos dela... também faz asneiras e birras... e quando ela as fez, nunca fechei os olhos ou deixei de a repreender porque não sou mãe dela! Nem nunca tive de chamar o pai para lhe vir dar uma palmadita ou um 'olhar durão'. Nada disso, mas uma coisa é certa, nunca lhe encostei a mão e nem penso fazê-lo.... Eu sei como lidar com ela, como cada pai deveria saber lidar e contornar as birras dos seus filhos. Não há realmente crianças iguais, e nunca se pode chamar maus pais aos desgraçados que fazem o que podem e acham correcto para educar os filhos... há crianças que são complicadas e pronto!
Eu não sei para o que estou guardada, não posso jurar que serei a melhor das educadoras, garanto sim, que vou dar o meu melhor nesse sentido e olha... Deus me ajude!!! ;)

E sim, podia até ficar vermelha que nem um tomate de vergonha, mas se um filho meu me fizesse uma dessas birras no meio da rua também não levaria a mal se lhe fizessem um "xxxxxxiu"... porque sei o quão irritante consegue ser o berreiro duma criança!!
Mas um 'Shut the fuck up' já era capaz de ser 'too much' Pipoca!!! hehehe

Fernanda disse...

Realmente quando as crianças "destroiem este mundo e o outro"(forma de dizer)enquanto os seus progenitores se mantêm impávidos e serenos em amena cavaqueira (como por vezes nos restaurantes)não seria à criança que deveríamos chamar à atenção, mas levantarmo-nos e pregar um par "de lamparinas" aos respetivos paizinhos.Contudo uma birra nem sempre é falta de educação. Pode ser também uma forma de tentar obter o que quer pois não sabe fazer pressão de outra maneira sobre o adulto. DE qualquer modo, mesmo nessa situação deve ser imediatamente chamada à atenção pelos pais ou quem a acompanha(como cada criança é diferente, será também diferente a forma de a fazer para dar resultado)porque na vida, cada vez menos se faz só o que se quer e, as crianças devem percebê-lo desde muito cedo.Também é evidente e, já todos presenciamos, muitos pais não o sabem fazer e ppor isso deixam que a birar continue. E quando elas betem desenfreadamente nos pais quando estes tentam pará-las? Bem, filho meu (e, sim tenho filhos) fá-lo-ia uma só vez pois perdia na hora a vontade de o repetir.

Anónimo disse...

No meu caso tanto eu como o meu marido somos julgados na família como muito "rígidos" com o meu filho, porque simplesmente não deixo o meu filho andar a correr nos restaurantes (já sabe que ou fica sentado sossegado no lugar dele, ou no máximo dos máximos está ao colo de alguém da família a brincar), mal começa a tentar levantar o tom de voz lhe ralhamos...
E o pior é que as crianças não são parvas e se por exemplo nós dizemos que não podem fazer alguma coisa e têm o resto da família a dizer por trás "coitadinho, ainda é pequenino... Também não o deixam fazer nada..." eles já sabem que afinal está ali alguém adulto que está "do lado deles" e é meio caminho para as birras.

Vânia disse...

"Anónimo disse...
Os conceitos de educação sao os mais variáveis,toda crianca faz isto.
Nunca fostes crianca??????"
Sei que esta pergunta era para a Pipoca, mas também vou responder-lhe, Sr. Anónimo:
Todos nos já fomos crianças, mas cada caso é um caso! Tudo depende da educação. Eu nunca fiz uma birra num supermercado, nunca dei uma resposta torta a um professor sabes porque? Porque sabia perfeitamente o castigo que levava ou a palmadona! Hoje em dia já não é assim, as crianças "esticam a corda " de mais. Claro que também por vezes fazia asneiras como as crianças fazem, mas bastava o meu pai abrir os olhos que eu parava logo, hoje nem com uma palmada quanto mais com um olhar.

Anónimo disse...

É por estas e por tantas outras que te admiro. Já calas-te meio mundo!

Beijinhos.

Anónimo disse...

Ola Pipoca,

Sou seguidora do teu blog, e na realidade gosto bastante da maneira como escreves (mesmo que não deixe aqui comentários). No entanto ( e é bom sinal, sinal que tenho opinião própria ) não concordo com alguns dos teus pontos de vista. Vejamos, se achava muita graça a um estranho mandar um berro a um filho meu? ( NAO TENHO FILHOS) Não... Não achava mesmo. Detesto peixeiradas, mas de certo que iria haver... Mas que dá vontade de mandar um berrinho a crianças que fazes grandes berreiros na rua? Uiiiiiii... Se dá!

No entanto, já sabemos que isto do comentarem é normal... e tu, inteligente como de certeza que és tiras proveito disso e muito bem ( não fosse o teu blog tao popular como é ) e respondes com outro post.

Acho que a isto se chama Secret Marketing. Por isso os meus parabéns. Acho que as tuas respostas aos teus próprios posts anteriores devido aos comentários, apenas servem como forma de promoveres o teu blog e não própriamente por seres uma pessoa que "não leva desaforos para casa". Acaba por ser paradoxal porque estamos a falar de um blog, que muitas vezes deve ser em casa mesmo, que publicas o que quer que seja.

Bom isto para dizer que, pessoas como eu lêem isto, comentam e voltam cá =)

Esta é a minha intrepertação, pode estar errada porque nao sou a Ana e não sou autora do pipoca =)

Por tudo isto, os meus parabens e continue com o bom trabalho.

Tiramisú disse...

Olá Pipoca

Li o post anterior e não comentei, embora tenha lido os comentários pois acho um tema interessante. AGora vi este e não podia deixar de vir comentar... e acho que tens imensa razão. EU não tenho filho, nem sou madrasta, nem casada sequer. Tenho 2 afilhados e 1 semi-afilhada (que é do meu namorado, mas queria ser minha LOL) e o certo é que mais do que nunca, as pessoas alteram-se quando têm filhos. E é ver muitas pessoas que se diziam práticas e não sei que mais a agir como totós diante das birras e palermices dos filhos, achando imensa piada porque só demonstra o quão teimosos são, ou como a sua personalidade é forte. As crianças podem ser horriveis, e desculpem os paizinhos perdidos de amores, mas elas podem mesmo. Há crianças educadas e gentis, mas há crianças extremamente mal educadas, brutas e sem um pingo de sentido social. E sim, é absolutamente insuportável levar com os berros dos filhos dos outros, pois parece que além de acharem os filhos uma delicia, estes pais também tendem a pensar que como são criançinhas, todas as outras pessoas têm que levar com os filhos deles.

Lótus disse...

Eu ainda sou do tempo em que chegava a casa a queixar-me que a professora me tinha batido e a minha mãe dizia " deves ter merecido". Qualquer ADULTO podia chamar-me à atenção que os meus pais aproveitavam a deixa e reforçavam. Hoje em dia têm a mania que os putos são feitos de cristal. E depois é o que se vê, pancada nos professores, nos pais, desrespeito geral. Concordo inteiramente contigo. E quanto aos paizinhos que se ofendem com pouco eles proprios devem ter sido ignorados. Ou então esqueceram o que aprenderam. Em português calar significa silêncio. Dormi muitas vezes de "rabo quente" e estou aqui. Sem dramas, sem carências.

As minhas africanisses disse...

Não sou mãe, mas tenho um contacto com as minhas sobrinhas tipo mãe. Com elas nunca precisei de bater, nem gritar, apenas um olhar diferente, e eleas mudam de imediato o seu comportamento.
Também me irrita o facto de ver constantemente crianças mal educadas e com birras pela rua. Mas para mim o pior é mesmo estar num restaurante e apanhar com esse pesadelo. Já tive ocasiões em que fui literalmente atacada por gressinos, e os pais não diziam nada, só quando fiz a minha cara é que decidiram intervir, e nesse preciso momentos as duas crianças passaram ao choro o resto da hora. Todos dizem que sou insensivel, mas a verdade é que vejo muita má educação e inércia pela parte dos pais. Mas isso é só a minha opinião...

xxx disse...

Bem realmente temos aqui opiniões que davam para um"case study"...Eu sou mãe de uma lagartinha de 3 anos, um doce/terror que está a ser educada só por mim, porque Pai está poucas vezes com ela e quando está a última coisa que lhe passa pela cabeça é educar a cria, esse trabalho fica para mim. Ele e a restante família "daquele lado" limitam-se a rir das palhaçadas que a pequena faz, que por mim são repreendidas uma vez que são as tais más criações ou seja o passar dos limites. Com esta introdução pretendo dizer que aqui o trabalho é a dobrar, pois dois dias com eles e ela chega a casa a achar que ser pestinha é que é fixe pois todos os adultos se riem disso!
Não é fácil educar, não é!Há dias de desespero, há dias de cansaço, há dias de culpa extrema, há dias em que só apetece dizer: deixa-a estar, é uma criança faz parte...Mas a verdade é que a factura quem a vai pagar mais tarde nem sou eu, é ela. É ela que vai sofrer por ter sido educada num mundo da fantasia sem limites, regras ou repreensões. É ela que vai sofrer se não souber perceber que o Não existe e que não ganhamos sempre todas as corridas. É ela que vai sofrer se achar que pode ter e fazer tudo.
A técnica do mundo exterior eu utilizo-a várias vezes, por exemplo:Aquela Senhora está a olhar para ti deve estar a pensar que menina tão mal comportada; O senhor do restaurante daqui a pouco pede-nos para ir embora porque só te portas mal; Olha ali aqueles meninos tão lindos a comerem sozinhos e direitinhos; Estamos em casa do XPTO ele é que manda não podes ir para o sofá saltar ou mexericar em tudo;etc..Como a Lagartinha sofre de curiosidade extrema estas dicas resultam e fico feliz, porque dessa forma transmito-lhe que temos que nos respeitar uns aos outros e a liberdade e as limitações que todos temos que respeitar para viver em sociedade. Mas claro que a técnica não é infalível e castigos, olhares 31 e palmadas no rabióte na minha opinião não fazem mal a ninguém! Portanto eu até agradecia esse shhiiiuuuuu com um piscar de olho!

Fashion Faux Pas disse...

Eu gosto deste país porque somos todos treinadores de bancada. Inclusive eu. Somos todos os maiores.
http://fashionfauxpas-mintjulep.blogspot.com

Teresa disse...

Acho piada quando dizem que isto e aquilo é culpa da educação que os pais lhes dão. Discordo totalmente.Então como explicam as situações em que têm 2 filhos,a educaçao é a mesma e são completamente dferentes(1 é bem educado,o outro um terror!) As crianças nascem com determinada personalidade e cabe-nos a nós pais, lidar com os seus "defeitos" da melhor maneira.O meu filho é muito bem educado e porta-se lindamente em restaurantes,etc.Mas também já tem tido a sua birra. E se alguém tentar interceder (sem agressividade)não me importo minimamente. Agora nao acho bem gritar com uma criança para se calar simplesmente porque não é assim que se lida com os miudos.

Sipas disse...

Lembro-me exactamente do mesmo.. Era remédio santo pa me calar.. E hj faço o mesmo à minha filha..

Afinal vivemos em sociedade.. E dizer olha aquela senhora a olhar para ti resulta muito bem.. Temos de saber viver em sociedade..

Sempre detestei esse comportamento nas crianças, mas uma coisa garanto.. Muitas n é por falta de educação é mau feitio mesmo..

Vanessa disse...

Eu acho que há crianças que não deviam entrar em alguns restaurantes e outros espaços!!
(pronto... agora atirem pedras!)

Sofia disse...

Olá Pipoca,
Eu sou mãe de gémeos com 5 anos e meio. Os familiares chamam-nos "militares" porque somos muito rígidos nas regras. Os meus filhos são tãoooooooo diferentes! A minha filha raramente faz birras, mas mesmo raramente, já o meu filho de há um ano para cá tem 2-3 dias por mês que acorda do contra! E tomara eu que alguém lhe parasse o choro, é que não aguento o chorar desalmado dele! Juro, deixa-me doida! Eu ignoro, mas não tem grande efeito! E recebo olhares reprovadores, olhares condescendentes, um pouco de tudo, mas não tenho qualquer peso na consciência. sei que lhes damos educação, mas tem dias que nada conseguimos fazer. E ele já sabe que fica de castigo, mas nada interessa a não ser encher-nos a paciência!!! Enfim, é esperar que cresça!!!

Princess D disse...

Pipoca só tenho isto a dizer: És genial e concordo a 100% contigo!

Anónimo disse...

Nem mais!
100% de acordo contigo!
Continua e não mudes! :)

Sipas disse...

Excelente ideia 👍

Anónimo disse...

Acha mesmo que mandar calar resolveria alguma coisa? Por vezes ver os pais descabelados ee a mandar calar 500 só reforça o comportamento. E acredite que por ser mãe nao vai passar a achar certos comportamentos aceitáveis no seu filho. E se tiver a sorte de ter uma criança que seja facil de levar, optimo (tenho uma assim) se tiver uma que acha que é deus, está feita ao bife (tambem tenho uma assim). Nada fácil educar.

Anónimo disse...

Vans, concordo consigo. Tenho 2 filhos e evito estar principalmente com o mais novo em restaurantes. Nao é simpatico para ninguém, nem para os pais. E so lamento que nao haja mais restaurante preparados para receber quem tem filhos. Quando saimos com os 2 tentamos escolher um rest que tenha um serviço rapido para nao se montar o caos.

Anónimo disse...

realmente é um argumento parvo, sou mãe e antes de o ser percebia mais de crianças ke agora lol o coração n deixa por vezes hehehe
agora uma coisa é certa... crianças bem educadas é como a beleza, está mesmo nos olhos de quem a vê, pk por exemplo duvido ke as crianças filhos das autoras dos blogs sejam bem educadas.. ainda n conheci nenhuma pessoa por cá ke considere bem educada, pk só basta provocar um pouco as autoras ke lhes estala logo o verniz e nota-se logo ke a grande maioria são emergentes e ke pensam ke estar na moda é dizer ke fazem 30 por uma linha pelos filhos nos blogs onde passam todo o dia a procura de protagonismo.. enfim.. crianças mal educadas são as das maes "modernas" e mais nada e quanto a isso n há anda a fazer ou há..mudar de ambientes e frequentar locais de pessoas realmente bem educadas ;))

Anónimo disse...

e mandar calar os filhos dos outros parece.me tb falta de educação ;)))

Anónimo disse...

Só não se aguenta é comentários que começam por «quando fores mãe» ou «não és mãe, portanto...». Ele há mães muito snob. Sim, são o máximo e as mais importantes do mundo, mas apenas para os vossos filhos. Aos olhos dos outros, são apenas mais uma opinião, mais um ponto de vista.
Pelos vistos a pipoca não é mãe, mas é madrasta. Leram com atenção? Sabem o que a palavra significa?
E por fim, aquele comentário abjecto do post anterior faz-me muita confusão. A Pipoca não o quer apagar? Agradecíamos todos.

A.

Anónimo disse...

Não sou mãe, mas como filha mais velha de uma grande família, creio ter autoridade para exprimir a minha opinião.

Primeiro, há que distinguir birras de falta de educação. As primeiras podem (e, na maior parte dos casos, devem) ser ignoradas, desde que não ocorram em locais públicos, fechados, onde outras pessoas, adultos e crianças, possam ser incomodadas. Claro que isto se aplica a birras fortes, porque as ligeiras não incomodam ninguém.
As segundas já não podem ser ignoradas. Independentemente da idade da criança, a partir do momento em que esta anda e fala sabe distinguir o que é correto. Sabe que não deve bater noutra pessoa, por exemplo. Se o faz, tem que ser castigada pelos pais. Pais que não agem sobre os seus filhos neste sentido são irresponsáveis, e estão efectivamente a criar pequenos monstros.

Segundo, nem todas as crianças são iguais. Alguns pais dizem que souberam educar os seus filhos porque, em plena birra, bastava dizerem-lhes que iam ficar de castigo que a birra acabava. Pois eu digo que esses pais tiveram, acima de tudo, sorte. Não digo que não se deva dizer isso aos filhos, simplesmente há crianças com as quais isso não funciona. Pelo contrário, vai agravar a birra. Às vezes nem uma palmada funciona, e são precisas três, quatro e uma semana de castigo.

Os meus pais deram a todos os filhos a mesma educação, e todos os filhos reagiram de forma diferente. Eu nunca levei palmadas dos meus pais, bastava um aviso com voz mais grossa, o meu irmão mais novo levava verdadeiras tareias. O fim foi o mesmo: todos os filhos cresceram com limites e são adultos equilibrados, mas os meios para atingir esse fim foram variados.

Anónimo disse...

Para terminar, Pipoca, resta-me dizer que não compreendo extremismos.

Não entendo pais que permitem que os filhos se comportem como índios em sociedade, porque acham que esta tem a obrigação de aturar as suas crianças, independentemente do comportamento destas.

Mas também não entendo pessoas como a Pipoca, que se enervam com qualquer comportamento das crianças. Neste caso, a miúda estava na rua, onde há carros, bêbados, adolescentes a falarem alto, etc. E onde a Pipoca passa e segue caminho. Qual é o problema? Porque é o berreiro, em particular, a enervou tanto?!

Dulce Correia disse...

Olá

Eu sou mãe de uma menina de 3 anos e meio e sinceramente tem sido o meu projecto e desafio de vida. Considero-me uma mãe rígida porque acho que se deve impor limites às crianças desde cedo, estão a formar o caracter e é super normal esticarem a corda sempre que possível e é aí que devemos estar para lhes mostrar até onde podem ir. É claro, que aliado a isso existe a personalidade da criança que pode ser +/- moldável, e para isso não existe manual no mundo que te ensine a lidar com eles, acho que o tempo e o convivência dão-te isso.
Antes de ser mãe sempre me perguntei como é que ia educar os meus filhos e tem sido um desafio todos os dias. Considero que a minha filha é bem educada, se já fez birras? claro que sim e repreendia porque não suporto birras...mas também aprendi a lidar com elas e a minha pequena a perceber porque as fazia. É um trabalho diário!

Anónimo disse...

A questão que aqui se põe não é a de termos ou não direito de opinar sobre o que não vivemos. É verdade que, nesse caso, não poderiamos opinar sobre quase nada.

A questão aqui, a meu ver, prende-se com o facto de não termos o direito de mandar calar os filhos dos outros. Não nos diz, de todo, respeito, por mais que nos incomode. Uma criança a refilar não é um rádio que se desliga ou uma TV que se põe mais baixo.

Sou mãe e era o que faltava que alguém mandasse calar a minha filha (que ainda nem tem tamanho para birras, mas a questão não é essa). Cabe-me apenas a mim educá-la e levaria a mal que alguém dissesse o que quer que fosse.

Outra coisa completamente diferente seria abordar a criança, como alguém aqui referiu, tentando distraí-la e ajudando a mãe/ pai, e servindo o bem geral! Agora educá-la ou mandá-la calar cabe apenas aos pais. Se não o sabem fazer não vão certamente aprender pq um estranho se mete ao barulho.

Trata-se de uma enorme invasão de privacidade sendo que, em última instância, não sabemos nada do que se passa na vida das pessoas em causa ou sequer se a criança é autista, deficiente, ou mesmo se passou por alguma situyação traumática nesse mesmo dia. Não sabemos ponto final.

Cabe-nos ser adultos e metermo-nos na nossa vida, educando as nossas crianças mas não termos essa pretensão com as dos outros.

Ana disse...

Olha no outro dia ouvi uma história que me deixou a pensar vou contar rápidinho: Um dia num comboio estava um senhor com 2 filhos, 2 pestes que não paravam de gritar, saltar de banco em banco até que um senhor farto daquilo foi dizer ao pai se podia sossegas os filhos porque estavam a ser insuportáveis ao que o pai comovido respondeu: " Olhe estivemos a manhã toda no hospital onde eles assistiram a mãe a falecer, se você sabe o que lhes dizer, diga-me porque eu não faço
ideia!" O senhor após ouvir aquilo sentou-se novamente e o que era insuportável tornou-se suportável. Pode ser um risco, mas se queremos viver em sociedade acho que não tem mal chamar-mos à atenção, fazem-nos isso a vida toda, na escola, em casa dos pais, na rua, no emprego e nós aceitamos...porque não podemos fazer o mesmo aos outros??Mesmo que possamos correr o risco de nos mandarem para aquela banda...como é que podemos nos colocar no lugar dos outros se não sabemos o que se passa com eles,assim também é uma forma de sabermos o que está do outro lado e até pode ser uma dessas situações em que passamos a suportar o que é insuportável.Digo eu que nada sei...

Nunes disse...

Impecável, Pipoca! Há pais q n sabem educar (e que vieram comentar) e eles é q merecem um chapadão nas ventas.
Ah, um "shut the fuck up" era sem dúvida adequado, ehehehhehe!

Melika disse...

Há uns anos tive uma experiência e não consegui ficar quieta. Um menino de 4 anos não parava de dar pontapés nas canelas da avó porque esta se recusava a dar-lhe mais gomas. Havia mais pessoas na paragem do autocarro a assistir e que estavam indignadas com o comportamento do miúdo mas ninguém fazia nada. Algumas em surdina diziam "o miúdo parece o diabo".... Cheguei ao pé do menino e com o dedo esticado disse-lhe "se deres mais algum pontapé à tua avó vou chamar o polícia". O menino ficou a olhar para mim e deve ter pensado que eu não estava a falar a sério e desafiou-me. Eu então pedi, não a um polícia, mas ao segurança que estava à porta do centro comercial que aparecesse ali só para impor algum respeito. Talvez pela farda e pelo tamanho do segurança, mas o facto é que funcionou e a avó agradeceu! Censurem-me mas não me arrependo de o ter feito.

Anónimo disse...

Dar uma palmada, bater, dar uma sapatada é ilegal no nosso país desde 2007...violencia gera sempre violencia. È mais fácil e imediato mas tem impactos a longo o prazo perigosos. Vejo aqui muita gente disposta a intervir quando estão a ser molestados pelo barulho de uma criança mas serão menos a defende-a de pais que lhes dão sapatadas em publico...

Ana disse...

Tudo depende da educação que se dá!
Nenhuma criança é um boneco e está a 100% bem comportada, mas muitas cenas que vemos na rua são resultado de falta de educação em casa. Não, não temos de gramar com as birras dos filhos dos outros assim como os outros não têm de gramar com as birras dos nossos. Odeio ir a um restaurante e passar a refeição inteira a ouvir uma criança a fazer birra e às chapadas aos pais.
E se calhar, quem se insurge tanto com um simples post (que retrata exactamente o que nos vai pela cabeça quando estamos nessa situação), são os primeiros a ser deveras indelicados com os filhos dos outros a a oferecer lambadas a torto e a direito aos deles no meio da rua. Lindo...
Gosto do blog da pipoca e cada vez tenho menos paciência para os "valentões" da net que ofendem toda a gente quando estão escondidos atrás de um pc, com comentários ofensivos, se calhar porque na vida real são eles menos felizes e precisam de descomprimir virtualmente...
Os maiores sucessos pipoca!
Ana

Mamã disse...

Pipoca, eu também pensava como tu quando via crianças a fazer berreiro. Detestava e ainda hoje detesto. Mas agora vejo as "cenas" com outros olhos. Sou mãe. Sei que às vezes as birras são imprevisíveis, que são difíceis de controlar e o "apanhas em casa" ou "apanhas já aqui" não serve de nada. Felizmente a minha filha nunca fez nenhuma birra, mas se fizesse eu dispensava que me chamassem a atenção. Ou acahs que os pais que assistem à cena gostam do que está a acontecer? Para os próprios pais é constrangedor, quanto mais ainda virem sublinhar a cena! E cada país tem a sua forma de educar. Aqui já vi gente a levar "galhetas" por menos. Mas também não gosto de ver. E já me aconteceu estar numa pizaria com a minha filha (que na altura devia ter uns 7 meses), a minha primeira saída a sério com os amigos depois de experimentar a maternidade e que me permitiu voltar a socializar fora de casa, e a coisa correu bem mal. Ainda estava nas primeiras garfadas e ela começou a chorar de forma inconsolável, nem colo, nem mimo, nem nada! Vai daí, ao fim de uns minutos de choro, ouço na mesa do lado "alguém que cale esse bebé!". Não acabei o prato. Saí porta fora e fui-me enfiar no carro. Depois fui para casa. O que me parece é que quem assiste se sente bem mais incomodado do que devia. Afinal o berreiro de quem está do lado de fora dura uns minutos e pode apenas e tão somente provocar uma breve indisposição mental. Já quem está por dentro tem de gerir emoções, comportamentos e atitudes e decidir o que fazer, tendo em conta que aquele ser que não se cala, que se atira para o chão, que faz finca pé, é também o ser que mais amamos à face da terra. E que o conhecemos como ninguém o conhece e que por trás daquela birra pode estar uma causa que, aos olhos dos demais, é desconhecida, mas que os pais conhecem tão bem... Para finalizar, que já me estiquei bem, quero apenas dizer-te que só conhecerás o amor incondicional quando tiveres um filho. Essa foi, até agora, a grande aprendizagem da minha vida. E esse amor suporta birras e não suporta que os outros as queiram parar.

Anónimo disse...

Enfim, há comentários que li que só me apetecem fugir... é o mal dos anónimos. Se sou mãe? Não. Mas já fui criança. Conto pelos dedos das mão (acho que um dedo chega-me) as vezes que fiz birras como as que descreveste da criança em Londres. O que a minha mãe me fazia? Um par de bofetadas bem dadas, a doer bem, seguido de um "que vergonha" em pleno local onde eu estava a fazer berreiro. Se doeu? Bastante. Se me "parti"? Não, porque não era nenhuma boneca de porcelana. Se fazia chantagem psicológica com a minha mãe a seguir às bofetadas? Claro que sim. Se era eficaz? Não, porque a minha era bastante firme e não voltava atrás.

Agradeço à minha mãe todos os dias pelas ditas bofetadas. Tornaram-me uma criança extremamente disciplinada, educada e que sabia comportar em qualquer lado. Não digo que a minha mãe seja a melhor educadora do mundo (o método utilizado até pode ser criticável), mas comparo a minha mãe às outras mães que tenho na família (tias, primas que já são mães etc.) e francamente há mulheres que sabem educar e outras não.

Anónimo disse...

Eu estou a rir-me que nem uma perdidada de tanto disparate que aqui está escrito :-DDD
Eu tenho duas crias e posso dizer que não é fácil educar filhos. Mais... se há pessoa que não suporta más educações sou eu, no entanto as crianças não são robots. Mas quem está aqui a dizer que fazia e acontecia, quando fôr pai ou mãe vai ver que vai pagar pela língua. Eu também criticava...
Elsa

Carla Santos Alves disse...

Sou mãe de 4!
Cada filho é um filho.E se normalmente os filhos são o refelexo da permissão dos pais, há sempre aqueles que tentam pisar mais o risco!
Nós temos um desses! Que gosta de levar a "coisa" mais ao limite e normalmente é travado...mas acreditem que a educação é a mesmoa para os 4!
Também não gosto de birras...mas o papel deles, das crianças é fazer birras quando a coisa não lhes agarada, e o nosso enquanto pais é travar a birra.
E uma palmada no rabo na hora certa nunca fez mal a ninguém!

Anónimo disse...

Se um filho meu se portar mal e fizer uma birra, por muito cansada que esteja, por muito mau que tenha sido o dia, não é preciso vir ninguém chamar a atenção, porque serei eu a primeira a fazê-lo, nem que para isso tenha que recorrer à chamada palmada ou palmadas bem dada(s). Birras e faltas de educação, não admito a ninguém, muito menos a um filho.
Os pais hoje em dia admitem tudo e são uns bonecos à mão dos filhos. Há filhos que batem nos pais, nos avós, etc. É uma autêntica vergonha para esses pais, mas, esses mesmos pais são os que vêm aqui opinar, dizendo que ficariam muito ofendidos se um estranho chamasse a atenção aos filhos, quando os mesmos se portam indecentemente em lugares públicos. Se não querem que ninguém diga nada, então o melhor é saírem desse mesmo local, para que ninguém seja incomodado. E digo isto, porque tanto na via pública, como em qualquer outro lugar público, ninguém deve ser incomodado nem por adultos, nem por crianças.
E nos restaurantes? Uma vergonha! Pais que permitem que os filhos andem a correr, incomodando toda a gente! Pensam que estão em casa! Se os donos do restaurante lhes apontassem a porta da rua, se calhar quem sabe, passariam a "controlar" muito melhor as birras por falta de educação. Pais, aprendam a frustar os vossos filhos sempre e quando for necessário. O resto não passa de fait-divers!|

Atlantida disse...

Pipoca,

Caso tenhas tenhas tempo, te apeteça, etc, que tal colocares este link no teu blog?
http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI5466476-EI8142,00-Espanha+agressoes+de+filhos+contra+pais+triplicam+em+anos.html

Fala sobre um problema crescente em Espanha, que já foi alvo de uma reportagem, há uns 5 anos, no nosso país, com gente nossa, para além de vários casos Espanhóis. Fiquei horrorizada. Pelo que acontece quando se dá muita corda à criança: não tão poucas vezes, elas pegam na corda para nos dar com ela.
"na maioria - filhos de classe média e média-alta cujos pais nunca impuseram limites. "É a 'síndrome do imperador', mostrando um menor tirano e narcisista com afã de poder", explica Valentín Martínez-Otero, psicólogo, pedagogo e autor do livro La buena educación (A boa educação)."

Todos fomos crianças e, felizmente, uma boa parte dos nossos pais não se demitiu do seu papel de PAI e MÃE. Ser criança não dá o direito a fazer o que bem entender (a própria justiça considera isso e, por isso, existem os reformatórios).
Fazer birra faz parte, assim como compete aos pais EDUCAR, FAZ PARTE! As crianças não nascem educadas. NINGUÉM ESTÁ A DIZER O CONTRÁRIO! Só se está a dizer que a um pai, cabe o papel de pai, não o papel de quem assobia para o ar.

Pedro disse...

É por estas que apetece-me tanto ter um "monstrinho" destes como arrancar um dente...
☺☺☺

Anónimo disse...

Pipoca, os filhos são reflexo (espelho) dos pais. Tenho uma sobrinha que simplesmente é cópia identica de tudo que os pais fazem.
Tem 14 anos, é fútil, mal criada, bocuda, grosseira, arrogante, prepotente.....e a família acha tudooooooooooo lindoooooooo.
Outro dia na noite de natal, quase a vi enfiar uma chapada na cara do pai por causa de um programa de tv...foram gritos, xingamentos, e agressões que me fizeram ficar de boca aberta.
Sim e ela tinha acabado de ganhar como prendinha de natal um novo notebook, um novo iphone e uma viagem a Barcelona? Mas entretanto o pai na frente de toda a família ganhou nomes horríves. O que ele fez?
Calou-se feito uma banana, enquanto todo mundo trocava olhares de indignação.
A filha está errada? Nãoooooooo. Errada é a mãe fútil que ela tem e o pai banana que não sabe dizer NÃO!!!!!
Cada pai tem a merda de filho que merece. Sou mãe e posso falar isso, porque os meus filhos me respeitam, e ai deles se não respeitarem.
Bjos

meio doce meio amargo disse...

Pipoca, concordo totalmente com tudo o que li. Só falta acrescentar que também há mães que nunca o deveria ter sido...que maltratam os filhos, que os abandonam, que consentem o abuso por terceiros...

Vânia Estevão disse...

Infelizmente assisti há bem pouco tempo no meu trabalho uma mãezinha a fazer com que filho parasse de chorar porque pelos vistos o menino já tinha envergonhado a rica mãezinha. então não vai de modos cada vez começo a ouvir mais choro e o "tá calado" e bla bla.a rica mãezinha de punho fechado a espancar o menino e ainda se vira para mim "menina pode chamar alguém que limpe o chão?" mal eu olho só sangue pelo chão. E confrontada com outros pais perdeu totalmente a cabeça. e nem o pai da criança se meteu (deve de estar habituado também a levar).Aa sorte é que o outro casal fazendo-se acompanhar dos seus filhos agiu de forma civilizada e disse "minha senhora eu só nao espetei duas chapadas na cara dela porque não é esse o exemplo que quero dar aos meus filhos" Isto é ser mãe? blahhh
***

Anónimo disse...

nunca comentei, mas aqui nao resisto. MUITO BOM POST!!! devia ser publicado em Jornais sociais pelo pais, pela Europa. :)
Vivo no Japao, eles aqui nao brincam com a educacao, tenho duas filhas que andam no infantario, sinto na pele como tudo funciona. ESPECTACULAR! dai sermos tantos neste pais e existir um civismo inegaluavel a qualquer outra parte do mundo por onde eu ja tenha estado. um exemplo a seguir.

parebens, soube mesmo bem ler o teu texto.

sara

Anónimo disse...

Depois de ler os muitos comentários a este post e o anterior, não consegui conter o meu mau feitio e vou mesmo ter que desabafar!

Eu trabalho com crianças com idades compreendidas entre os 5-10 anos e uma coisa é certa: há birras e há falta de educação. Quando a birra não acaba quando um adulto chama a atenção das crianças passamos à falta de educação.

É claro que os adultos também têm muita culpa nas birras que os filhos fazem, pois se estão a massacrar os miudos com tardes intermináveis enfiados nos shoppings, se os levam a passar a manhã no café para puderem por a conversa em dia com a amiga de tempos de escola etc. etc. está-se mesmo a ver no que é que isto vai dar...

Finalmente, e porque não posso deixar passar isto de maneira nenhuma, durante os meus anos de estudante, onde levei com pedagogias a fio, nunca ouvi falar dessa que diz "ignorar a birra"...aliás ouvi, mas aplicava-se à educação do cachorro que queremos ter no apartamento. As crianças são os adultos de amanhã, compreendem tudo o que lhes dizemos e percebem quando estão a fazer mal. Não será melhor deixarmos de lado as pedagogias (algumas de merda!) e voltarmos a usar o bom senso?!

Com isto não digo que será correcto abordar os actores de situações deste género, porque podemos estar a tropeçar em coisas bem mais graves que uma birra!

Annie Love

Rafa disse...

ADOREI!! e subsescrevo!
Um beijinho :)

Anónimo disse...

Não sou a favor das palmadas por dá cá esta palha, no entanto tenho uma filha de 4 anos, a quem aqueço o rabiosque algumas vezes, não posso dizer que não me custa quando lhe vejo o rabo todo vermelho das palmadas que lhe dei, mas também sei que é um mal necessário.

Susie disse...

Há muitas e muitas crianças que são mal educadas porque os pais não se estão para dar ao trabalho de as educar. Educar é o trabalho mais dificil do mundo.
No entanto, vendo uma cena dessas apenas assim de passagem, é impossível saber se seria um desses casos. Poderiam ser mil e uma situações. Sabe-se lá o que se passará com a crianças (tantas distubios de personalidade que provocam esses comportamentos irados e violentos).

Mas indo directamente à vaca fria: o tema é polémico que baste e fácil, fácil, fácil. Não é? E assim se chega ao 18 milhões de visitas. Parabéns, Pipoca, é de facto uma marketeer brilhante. Disso não tenho a menor dúvida. Quem me dera ter esta capacidade (é mais o tempo, porque isto é umtrabalho a tempo inteiro e eu já tenho o meu). Por isso merece o destaque que já alcançou ma blogoesfera e não só. (e pode até não parecer, mas estou a ser realmente sincera). Odeio o estilo mas de vez em quando tenho que vir aqui espreitar porque aprendo imenso.

Clara Lázaro disse...

As crianças fazem birras em público porque são... humanos pequeninos. Os humanos crescidos também fazem birras em público, se calhar não esperneiam no chão somente porque têm vergonha.
Imaginem aquela "outra" situação também tão comum: a mãe passeia com a criancinha e eis que encontra uma amiga, por exemplo. Esta, depois de dizer à criancinha "Que grande tu estás, que lindo(a)" - i.e., depois de dar à criancinha 5 minutos de atenção - começa a falar com a sua mãe (o ser mais importante na vida da criancinha) e durante meia hora nenhuma das duas adultas repara na existência da criancinha. Resultado: a criancinha satura-se, aborrece-se, faz birra, puxa pela mãe "oh mãe, vamos embora", "mãe, tenho sede", "mãe, anda lá"... De minuto a minuto, lá está a criancinha a interromper a conversa... "Que chato(a) estás hoje, deixa a mãe falar à vontade", "Ai, mas que chato é o filho dela" (pensa a amiga). Enfim...
Agora pensem na seguinte situação: estão com a pessoa mais importante da vossa vida (marido, namorado, filho (!!), etc. - idem para a versão masculina) a dar um passeio e eis que aparece uma amiga dele que, após trocar umas palavritas simpáticas consigo ("Olá, boa tarde, como está? Passou bem?"), desata numa conversa pegada com o vosso parceiro. Tão pegada que ao fim de meia hora nenhum dos dois lhe dá atenção. E você, embora ouça a conversa, não percebe nada do que é dito e a conversa parece-lhe fútil e completamente desinteressante. Você:
a) continua calma e sossegada ao lado dele, à espera educadamente que a conversa entre eles acabe;
b) começa a olhar para o relógio e a soltar uns suspiros longos, para que ele perceba que está a ficar aborrecida e acabe a conversa o quanto antes (antes de se chatear a sério);
c) vai embora (porque pode fazê-lo sozinha) completamente indignada ("como é que ele me pode fazer uma coisa destas?!?! Ele vai ver!!").
d) Interrompe a conversa a dada altura, já zangada, e continua o passeio com o marido (trombudo) ao lado.
Se escolheu a resposta a), parabéns, pode zangar-se porque uma criancinha está a incomodá-la com uma birra. Se escolheu uma das outras respostas, pense apenas que não se deve exigir aos outros (principalmente às criancinhas) aquilo que não conseguimos, sequer, fazer.
Além disso, da próxima vez que achar que o filho daquele desconhecido que estava no parque é egoísta porque não empresta a bola ao seu (talvez o bem mais precioso que o miúdo tem, naquele momento), pergunte-se se emprestaria o seu telemóvel (um dos seus bens mais preciosos, certamente) ao desconhecido. Emprestaria? Não!!!
Por que raio uma criança desconhecida que brinca com o nosso filho é, ao fim se 5 minutos, um "amiguinho" ("brinca com o teu amiguinho, Pedrinho"), se não pensamos, na verdade, assim?
Por que motivo as atitudes que tanto condenamos nas crianças são aceites e toleradas nos adultos??

Anónimo disse...

Mas qual é a ideia de "estar em sociedade"?? Ser sociável (i.e., não birrento)? Que confusão de conceitos! Mas se diariamente vemos adultos que não sabem estar em sociedade (de acordo com o meu conceito), não seremos capazes de o tolerar numa criança? E, já agora, é expectável que uma criança de 2 anos saiba, já, viver em sociedade?? Ele há cada uma...

Anónimo disse...

Bem, até que enfim um comentário interessante.

Anónimo disse...

Alguém com discernimento. Vá lá... Nem tudo está perdido.

Anónimo disse...

:))

Anónimo disse...

Perfeitamente de acordo!!

Anónimo disse...

Minha cara senhora, penso que fal de cor... Sou mãe de uma criança "mal educada" e não faço outra coisa senão tentar ensinar-lhe o que é correto! Mas realmente se tem a sorte de conseguir educar os seus filhos muito bem parabéns!

Ana Costa

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