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segunda-feira, julho 31, 2006

Há um ano sem Capital

De regresso a Portugal, tento ganhar coragem para desfazer os 200 kilos de bagagens, adiar as saudades que se vão fazer sentir e vão apertar o estômago, tentar não pensar demasiado no que ficou para trás e, sobretudo, no que está para vir. A saga da procura de emprego vai começar. Amanhã tenho a primeira entrevista. Faz hoje um ano que A Capital fechou e sei que nunca mais vou ter um emprego assim. Nunca mais vou ter o mesmo ambiente de trabalho, os mesmos horários tresloucados que me permitiam ficar na cama até às duas da tarde ... felizmente, sei que há uma grande possibilidade de voltar a ter o mesmo salário miserável que tinha! Ao menos isso!! Tenho saudades de escrever "à séria", de fazer entrevistas, reportagens, ir a conferências, pesquisar, ver o meu nome impresso no jornal todos os dias... Hoje há jantarada para recordar. E, em jeito de homenagem, aqui fica a última crónica que publiquei na Capital. Já passou um ano.

Quando a notícia somos nós

Passo os dedos pelo teclado uma e outra vez em busca das palavras certas para esta ocasião. Não gosto de despedidas, nunca gostei. Tudo me parece demasiado batido e convencional na hora de dizer adeus, por isso nunca sei o que dizer para aligeirar os ânimos, compreensivelmente agastados. Hoje não escrevemos notícias do mundo. Hoje, a notícia somos nós. Pelas piores razões.

Cheguei à A Capital há pouco mais de dois anos, e é com o estômago reduzido um nó apertado que agora sou obrigada a deixá-la. Só quem por aqui passou sabe em que condições o jornal saía para as bancas, dia após dia. Mas olhando para trás, todos os esforços parecem agora insignificantes face àquilo que A Capital era (é) na realidade: um conjunto de pessoas excepcionais que faziam do ambiente de trabalho muito mais do que isso.

Mais do que as expressões de tristeza, acho que vou preferir recordar as inúmeras gargalhadas que se faziam sentir na redacção de minuto a minuto, o companheirismo, a força de vontade, o empenho e o profissionalismo. E também os mil e um jantares, as acesas discussões clubísticas, as amizades para a vida. Apetecia-me enumerar uma a uma todas as pessoas que, por uma ou por outra razão, me marcaram neste jornal, mas são tantas que mais vale agradecer com um “obrigado” colectivo.

É inevitável não sentir já saudades. Tenta-se contrariar uma ou outra lagrimita que teima em querer saltar cá para fora e esforçamo-nos por acreditar que o futuro, o nosso e o d’A Capital, será melhor e mais risonho. Afinal, se há coisa que não nos falta, são anos de prática em matéria de coragem e preserverança. Diz-se que de promessas está o Inferno cheio, mas as minhas são para cumprir e eu prometo que jamais vos esquecerei. Uma vez mais, obrigada por tudo, dos conselhos jornalísticos aos ensinamentos de vida, os mais importantes. Gosto mesmo muito de todos vocês. Quanto a si, caro leitor, acredito que nos voltaremos a “ler”. Até já!

segunda-feira, julho 31, 2006
Grandes queridos...

...há mais uma brilhante crónica para ler no Sportugal, esta semana dedicada às MJB (Mulheres dos Jogadores da Bola).
sexta-feira, julho 28, 2006
Quem não tem que fazer...

... passa o dia a subir e descer montanhas russas, como eu. Acho que ainda tenho alguns órgãos fora do sítio! Mas foi tãaaaaaaaaaaao bom! Para quem nunca tinha experimentado nada mais excitante do que o carrocel da feira popular de Lisboa, a ida ao parque Warner de Madrid foi a verdadeira loucura. E é curioso ver como uma pessoa gosta de se pôr a jeito. Enquanto fazia loopings a 150 à hora, as coisas mais animadas em que conseguia pensar era "isto não deve andar longe de um acidente de avião", ou "então e se o cinto se abrisse agora e eu saísse disparada?", ou ainda "ai, meu Deus, que tenho um pulmão na garganta e a caixa craniana deslocada". De facto, o que é que leva uma pessoa a subir a uma altura de 100 metros, sentadinha numa cadeira, sem mais nenhuma protecção que um colete que, como tudo, pode falhar, e depois vir por aí abaixo como se não houvesse amanhã? Andei em tudo umas três ou quatro vezes, mas de cada vez que me sentava dizia sempre "nãaao, porque é que estou aqui outra vez, isto é horrível, aaaaaaaaaaaaahhh, deixem-me sair". Concluí que se deve sofrer de uma certa dose de masoquismo para andar nestas coisas, porque dei por mim, qual criança, a gritar "outra veeeez!" e a repetir consecutivamente, sem sequer sair do meu lugarito. Moral da história: já cheguei a casa há umas duas horas e continuo a sentir a cabeça a andar à roda e uma ligeira sensação de vertigem, mesmo estando sentada. A não repetir nos próximos tempos. Ou então sim!
quarta-feira, julho 26, 2006
Last days in Madrid

Pois é, pois é, queixam-se que a Pipoca não escreve, que a Pipoca abandonou os seus leitores, que a Pipoca é uma pessoa má. Mas não, meus bons amigos! A Pipoca está é a aproveitar os últimos dias em Madrid, que domingo acabou-se o que era doce e estou de regresso à tugolândia. Aproveitando a visita de Sôdona Leididi, temos feito coisas tão interessantes como... experimentar sapatos! E giros que são, pá! Estamos a pensar comprar em todas as cores! A Di gostou particularmente destes vermelhinhos, que vão bem com qualquer trapo. Eu sou mais low profile, fico-me por uns prateados.

Quando não estamos a ver lojas fazemos coisas assim mais chatas, tipo, exposições do Gustav Klimt, idas ao Reina Sofia, ao Retiro, jantares em esplanadas... há pessoas com uma vidinha muito chata, de facto, mas pronto, cada um com a sua cruz! Se alguém quiser fazer algum pedido especial de Madrid é aproveitar, que isto tá-se a acabar!
domingo, julho 23, 2006
Heeeeeelp!

Lembro-me do que vou ter para arrumar quando voltar de Madrid e começo com ataques de pânico e palpitações. Não sei onde vou enfiar tanta tralha. Hoje já tive uma pequena amostra. Esperta como sou, trouxe duas malinhas cheias de roupa já este fim de semana, e aí umas 4 horas do meu domingo foram passadas a tentar enfiar tudo no armário. Consegui, não ficou mal de todo, está arrumado com uma certa lógica (casacos de inverno, casacos de meia estação, vestidinhos práticos, vestidos mais elaborados, saias, calças de ganga, outras calças, camisolas de inverno, casaquinhos, camisolas mais desportivas...enfim!), mas não cabe nem mais uma agulha! E tenho quase tanta coisa em Madrid como tenho aqui! Socorro! Alguém está disposto a alugar-me umas gavetas e uns cabides? Para ajudar à festa, o meu quarto está em remodelações. Como não era suposto eu voltar antes de Setembro, os meus paizinhos acharam que era uma boa altura para pintar o quarto, arranjar móveis novos, and so on. A ideia não é má mas, o que é certo, é que não tenho nada no quarto! Nada! Tenho um colchãozinho no chão e já é uma sorte! Ora isto não vai ajudar em nada às minhas arrumações, porque não tenho onde arrumar as coisas!! Não há móveis, não há gavetas, não há nada! Buáaaaaaaaa!

Notinha: qualquer comentário que roce a ideia de que tenho roupa a mais levará a que sejam automaticamente banidos do blog! Hmmmppppfff! Até porque tenho ali uma pilha bem simpática para oferecer!
sábado, julho 22, 2006
E agora sim, Lisboa

A tal chamada que iria decidir o meu futuro próximo, concluiu que volto para Lisboa. De vez. Sim, é desta. Daqui a uma hora lá vou em mais uma belíssima e entusiasmante viagem de autocarro. Depois é pegar no meu baby 206, conduzir de volta até Madrid e aproveitar a última semaninha nesta terra. Lisboa, tô chegando!
sexta-feira, julho 21, 2006
Porque há coisas que fazem tãaaao bem ao ego...*

"Olá Ana, como estás? Dos 49 cv’s que vi até agora, foste a única que me despertou interesse! (...)"

* pena que seja para um trabalho não remunerado...ainda assim, interessante. E nem tudo na vida tem um preço.
sexta-feira, julho 21, 2006
Not in the mood...

Hoje é um daqueles dias de insatisfação geral. Estou para aqui à espera de uma chamada que decidirá o meu futuro, ainda que a curto prazo. Não sei se fico em Madrid ou se vou de vez para Lisboa. Não me apetece nenhuma das hipóteses. Não me apetece procurar emprego, porque nem sequer sei o que quero fazer. Não sei se estou melhor em Espanha, se em Portugal. Faço uma lista de prós e contras e parece-me exactamente a mesma coisa. Percebi que o meu curso é uma merda e que nunca na vida me servirá para nada, que em entrevistas de emprego serei sempre a última escolha. Olho para o mercado e só vejo vagas que não interessam ao menino Jesus. Dou-me conta que não tenho nenhum cunha, ninguém que me possa abrir uma porta, e já vi que só assim é que se vai lá. Por mais brilhante que seja o meu CV, sem alguém que o ponha no topo da pilha estou condenada a esperar anos a fio pelo emprego de sonho ou a sujeitar-me a um trabalho de merda. Quero dar uma volta à minha vida e não sei bem como. Desconfio que hei-de ter 30 anos e continuarei a viver com os meus pais. Não que se viva mal, a estadia sai-me barata, mas quero a minha casa, o meu espaço. Quero assentar a cabecinha emocionalmente, deixar-me de tretas e de histórias estúpidas e sem sentido de uma vez por todas, e também não sei como fazê-lo. Sinto que tenho de começar da estaca zero, em todos os aspectos da minha vida. Tornar-me mais despreocupada, confiante, aprender o que vale ou não a pena, com quem posso ou não perder tempo. Acima de tudo, é isso que sinto. Que ando a perder tempo. Sinto-me exactamente como o cão da foto, deprimida até aos ossinhos. Com cara de cão. E já estive mais longe de ler aqueles livrinhos de auto-ajuda, tipo "aprenda a gostar mais de si em apenas três dias".
quinta-feira, julho 20, 2006
Obrigada, porcas deste País

O tema já anda aí na blogosfera há uns tempos, mas é tão bom que eu não posso deixar de comentar aqui no estaminé. Falo-vos, é claro, do novo blog sensação, o Hi5 Porcas. É bom. É muito bom. Pois que esta gente pesquisa no Hi5 as meninas com um ar mais porquito e publica as fotos (brilhantes!) acompanhadas de textos hilariantes. Ok, presumo que para as implicadas não tenha assim tanta graça mas, meus amigos, quem anda à chuva molha-se, que é como quem diz, quem acha que é uma ideia muito esperta fazer fotos que roçam o porno-bimbo (e pô-las na net), depois não se pode admirar de virar tema da blogosfera. Pelo sim pelo não, aconselha-se cautela às meninas que tenham Hi5. Antes de se porem para aí a publicar fotos em fio dental e mamão à mostra, lembrem-se que podem estar a apenas um passo de se tornarem na Porquita do Mês! O que nós agradecemos! Ah ah!
terça-feira, julho 18, 2006
Alguém quer adoptar um miau?

Como recentemente fui acusada de passar uma imagem de "pessoa fria" neste blog tão distinto (logo eu, que sou um doce), venho por este meio fazer a boa acção do dia. Pois que um amigo meu encontrou um gatinho abandonado e, armado em esperto e amiguinho dos animais, resolveu recolher o saquinho de pulgas e levá-lo para casa. O gato, que afinal era uma gata, foi por mim baptizado de Laura. Então e não é que a Laura, essa grandessísima vadia (e sonsa), se me foi engravidar? Tanto que eu lhe disse "Laura, tu tem cuidado, Laura, tu não vás com o primeiro que te prometa amor eterno, Laura, tu protege-te". 'Tá bem, tá! Ficou gravidíssima e já pôs no mundo cinco bolinhas de pêlo, do mais querido que há. Ora como o meu amigo está bastante revoltado com a situação- num dia tinha um gato, no outro seis- e está prestes a afogar os desgraçados, venho por este meio apelar à vossa boa vontade, para que os adoptem. Neste momento já só há três, por isso vá, cheguem-se à frente. E antes que venham já com a perguntinha "então e porque é que não ficas tu com um?", eu bem que gostava, mas perguntei à minha mãe e ela disse-me "não, já temos o teu pai". Para além disso, pêlo de gato nos meus sapatos não está com nada. Portanto, os gatinhos são espanhuelos mas já entendem perfeitamente português e adaptam-se a qualquer lar. O meu amigo vai a Lisboa lá para meio de Agosto e pode levar os bichanos. Vá, sejam bonzinhos, sim?
domingo, julho 16, 2006
Um assunto mais do que batido...*

Eu sei que não sou o melhor modelo para falar de relações, que me meto em coisas que não lembram ao Menino Jesus, que dou por mim a arrastar situações que nunca na vida me trarão nada de bom e que só servem para me chatear e dar cabo da auto-estima, mas assim no espaço de duas ou três semanas soube de, pelo menos, três histórias de gajos que têm namoradas e, ao mesmo tempo, a bela da amante. Claro que a questão admirada dos meus estimados leitores será "só três?", mas a mim já me parece muito! É que estamos a falar de gajos que já não têm propriamente 18 aninhos, que têm relações longas, planos de vida com as namoradas e que, vá-se lá saber como, acham que podem manter uma amante ad eternum (hãa? ficou bem esta expressãozinha em latim, não ficou?). Uns ainda se dão ao trabalho de dizer (simular) que vão deixar as namoradas mais cedo ou mais tarde e ser felizes com as amantes (isto é uma utopia, isto não existe, isto nunca vai acontecer!). Outros, por seu lado, assumem desde logo que vão casar com suas mais que tudo e ter muitos meninos e meninas- o que não implica, necessariamente, que deixem as amantes.

Não sei de quem é a culpa. O mais fácil seria dizer "é deles, desses sonsos sem coração!", mas não tenho bem a certeza. Ok, eles são, de facto, uns sonsos sacanas, cabrões, porque não dizê-lo?, que se estão bem a lixar para as namoradas (essas são outras sonsas, como é que não abrem os olhos e acordam prá vida??) e que vão enrolando as amantes com promessas de um dia que não chegará. Mas... e elas? O que é que as faz ir ficando ali, sobretudo vendo que o dia prometido não chega nunca? Será que é por falta de opção? Não me parece, até porque qualquer opção tem que ser melhor do que ser a eterna segunda e passar a vida em grandes esquemas para que a coisa não seja descoberta. Lá está, eu não sou o melhor exemplo no que a relações diz respeito, e sei que pessoas que gostam muito podem fazer coisas igualmente MUITO idiotas, mas valerá realmente a pena? Enfim, achei que devia expressar esta minha preocupação!

*não se aceitam reclamações. Estamos em plena silly season, não há assuntos mais interessantes que este.
sexta-feira, julho 14, 2006
Oh pessoaaaaaaaaaaaaas...

É só para avisar que já podem ler mais uma brilhante crónica da Pipoca no Sportugal.

quinta-feira, julho 13, 2006

Isto...

... era o que eu devia ir esfregar na cara daquela idiota baixota e sonsa que fez com que me pusessem a andar. Acabo de receber este e-mail, que é a prova provada de que quando se fecha uma porta abre-se logo uma janela. Ou será o contrário? Ou quando se fecha uma porta abre-se outra porta? Ou será uma varanda? Nunca soube isto muito bem.

"O seu CV é interessante e peço-lhe agora que me envie alguns textos que tenha publicado, para podermos avaliar a sua escrita."

Os textos já seguiram. Desejem-me sueeeeerte!
quinta-feira, julho 13, 2006
O Manolo é que sabe! *







*pena eu não ter dinheiro para comprar uns....nada que uma visitinha à Zara não resolva.
quarta-feira, julho 12, 2006
Pipoca a la calle

Pois é, eu sabia que a incompatibilidade crónica com a bruxa da minha chefe ia dar para o torto mais cedo ou mais tarde. Acabou por ser mais cedo. Depois de ontem se ter lembrado de largar aos gritos -e daqueles bem altos, para toda a gente ouvir- porque, pasmem-se, não me lembrava de umas direcções que ela me tinha dado há mais de um mês (e que a idiota não me disse que era suposto guardar), hoje fui chamada pelos senhores directores para me dizerem que eu não estava a render o suficiente e que a nossa colaboração ficava por ali. Claro está que foi a outra grandessíssima sonsa e mal follada que foi fazer queixinhas, mas claro que eu também disse aos senhores directores que ela não tinha qualquer espécie de formação ou paciência para ensinar quem quer que fosse, que nunca foi capaz de dizer obrigada ou que alguma coisa estava bem feita e que exigia demais de uma simples estagiária. Sim, porque eu era estagiária, e não assistente pessoal da baixota, por isso ainda lhes disse que se queriam mais rendimento deveriam contratar um profissional e não uma estagiária que estava ali para aprender uma coisa que nunca tinha feito na vida e que, para compor o ramalhete, era portuguesa.

Depois de praticamente me terem chamado incompetente, ainda tiveram a lata de me dizer "ah, mas se não te importas ficas mais uns diazitos para nos ajudares aqui com uma base de dados de jornalistas portugueses". Ainda meia em estado de choque, dei por mim a dizer que sim, mas depois voltei para a minha secretariazinha e pensei "hã hã, é que é já a seguir que eu vos vou ajudar, meus grandes queridos". Fui ter com um dos directores (que é tão idiota como a outra gaja) e disse-lhe que ia bazar. Já! E eis que a coisa atinge o verdadeiro estado de surrealismo quando o senhor me diz "bom, sendo assim temos que fazer contas, para te pagarmos os dias que vieste trabalhar". Ora como em Julho só trabalhei um diazito, porque estive de férias, disse que não queria nada. Bem burra fui, porque logo de seguida levo com um "pois, sendo assim és tu que tens que nos pagar por aqueles dias que estiveste fora". Sem saber se rir se chorar com tamanha falta de chá, disse ao gajo que sim, o que fosse, e despedi-me da maltinha (incluindo da bruxa, que foi incapaz de me dizer o que quer que fosse- mas que não se vai livrar de um mailzinho tão malvado quanto ela), pensando que as contas seriam feitas posteriormente. Ah, inocente! Já me estava a encaminhar para a saída quando o fofinho do director me abriu a portinha da sala de reuniões enquanto me dizia "percebeste que vamos fazer as contas agora, não percebeste?". Por acaso não tinha percebido, mas pronto, tudo bem, lá fiquei eu sentadita a ver em quanto é que me ia ficar a brincadeira. Depois de conferenciar com o outro director, lá voltou a dizer que afinal as contas estavam feitas e ninguém devia nada a ninguém. Quanto não vale trabalhar com gente generosa!

Para se ver o nível de profissionalismo destas pessoazinhas, meteram um novo estagiário a substituir-me enquanto eu ainda estava lá. Tive vontade de lhe dizer para fugir enquanto era tempo, que a bruxa lhe ia fazer a vidinha negra, mas optei por ficar caladita. Até porque este não vai ter problemas: é gajo. Quanto a essa idiota, só me apetecia dar-lhe estalos, porque o problema dela comigo não era, de todo, profissional. Estava numa de me lixar a vidinha e só descansou quando me conseguiu pôr a andar. O que eu lhe devia ter dito (e que ainda estou a pensar se vai constar do mail ou não) era: "bebé, não tenho culpa de ter 1,70 e 55kg e que tu tenhas 1,20m e 400kg e que isso te incomode". Sim, porque uma gaja que nos meus primeiros dias de trabalho ia praticamente de fato treino e, subitamente, aparece com alta produção (ao ponto de toda a gente ter comentado que ela estava diferente), não me venham cá dizer que não tem problemas com a sua imagem e que não fica lixadinha da vida por ver que há gente com mais sentido estético que ela. Uma cabra, é o que é!

Enfim, estou de férias em Madrid, pelo menos até ao final do mês, e depois logo verei o que fazer da vidinha. Agora quero é piscina, passeios pelo Retiro, sopas e descanso! Só de pensar que amanhã não tenho que saltar da cama às sete, até me apetece agradecer ter sido "dispensada".
segunda-feira, julho 10, 2006
Sim, tenho demasiado tempo livre

Cheguei à brilhante conclusão que a culpa de eu comprar tanta roupa e sapatos- inclusive coisas que não sei bem se gosto- é do Jorge Gabriel. Ele é que dizia sempre: "em caso de dúvida...compre!".
sexta-feira, julho 07, 2006
Licença para multar

Quanto mais ando na rua, seja em Lisboa ou em Madrid, mais me convenço que deveria ter uma licença para passar multas a gente mal vestida. Já me estou a imaginar, com o meu bloquinho super fashion e estiloso, a passar multas a torto e a direito. E a quantidade de multas que eu teria de passar, meus amigos! No outro dia ia no metro, olho para a frente e o que é que eu vejo? Uma senhora vestida em tons de castanho e beje. Ora bem, estas duas cores já são más em separado, mas juntas são qualquer coisa de... muito mau. Não há explicação. E isto apenas para dar um exemplo básico, porque depois entramos na mistura de padrões que não têm rigorosamente nada a ver, da tentativa abusiva de combinar acessórios (sapatos, mais mala, mais pulseiras, mais brincos, mais cinto, tudo da mesma cor! Nãaaaaaaaaaaooo!) ou outros casos mais críticos- deixar à mostra aquelas alças transparentes do soutien (só de pensar até me arrepio) ou vestir-se em vários tons da mesma cor.
Quando vejo coisas destas a minha vontade é dizer "pxxxxt, ó menina! Olhe lá bem para si! Não, mas com mais atenção, sua pindérica! Isto são modos de saír à rua? Hã??? Vou ter que lhe passar uma multazinha, ah pois vou! Eu não queria, mas sou obrigada, o que é vamos fazer? Ora bem, meias de rede com ténis: 25 euros. Madeixas louras: 30 euritos. Saia preta e camisa castanha? Uiiiii...isto vai pra cima de uns 50 euros. Vá, passe para cá as notas e ponha-se a mexer. E que eu não a volte a ver nesses preparos. OUVIU????". Podia tanto enriquecer assim...
terça-feira, julho 04, 2006
Se alguém estiver a pensar...

...em ir ao cinema ver o Klimt... não vá! Só assim naquela.
segunda-feira, julho 03, 2006
Fosse eu mais alta, mais magra e mais gira...

...e podia perfeitamente ser assim:

domingo, julho 02, 2006
Balanço do primeiro dia de saldos

domingo, julho 02, 2006
Há lá coisa melhor....

... que uma pessoa chegar a Lisboa, ir ver a bola a casa das babes e Portugal mandar os nojentorros dos ingleses à vida?

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