Pub SAPO pushdown

Levem-me tudo, menos o salmão!

quinta-feira, agosto 08, 2019

Sempre que puxam o tema da alimentação cá de casa, tento instalar-me confortavelmente, porque sei que temos conversa para umas cinco horas. Desde que o homem se lhe passou uma coisinha má pela cabeça e decidiu que ia comer folhas de alface para o resto da vida (olhem os veganos já a a ficar nervosos) que as coisas mudaram ligeiramente. Mas apesar de todos continuarmos a comer carne e peixe — quem me tira um bitoque ou um peixinho tira-me tudo —, temos tentado fazer escolhas mais saudáveis, que não envolvam tanta gordice e que, ao mesmo tempo, sejam práticas e rápidas de preparar, que não tenho cá vida para estar duas horas na cozinha a cada refeição.

No que toca à Beni, ainda não dá para perceber muito bem. Para já, vai comendo as suas sopas e cenas de bebé com relativa indiferença, nem muita alegria nem muita tristeza, tem dias. Já o Mateus, é um pequeno terror gastronómico. É esquisitinho, nada o faz realmente feliz mas, com mais ou menos conversa, vai acabando por comer de tudo. Incluindo as  esquisitices veganas que o pai prepara (blhéc) e que, na maioria dos casos, nos servem  a nós, não-veganos, como acompanhamento a uma proteína animal, seja carne ou peixe. 


Como em tudo na vida, também na alimentação não gosto de ser extremista. Se há dias em que estamos mais atolados, despachamos a coisa com uma pizza ou uns hamburgeres e está o caso arrumado. Até porque um dia não são dias - e mesmo que tenha perfeita noção que aquelas gorduras me vão ficar alojadas nas coxas até para aí 2023. O certo é que, na grande maioria das vezes, comemos ou carnes brancas ou peixe, que é talvez o que mais entra cá em casa logo a seguir às beterrabas, cebolas (nojoooooooo), couves, feijões e tudo mais que os veganos comem. Bem sei que passo a vida a gozar com isto, mas levo esta decisão do homem muito a sério e, como já disse, só não sigo o mesmo caminho porque, para já, a alegria de comer um ovinho, uma manteiguinha nas torradas, um iogurtinho ao pequeno-almoço, ou um bifinho ao jantar, é superior ao resto. Portanto, ele que seja feliz com as suas lentilhas que eu sou feliz com o meu peixinho grelhado.

Se há peixe que consumimos MUITO cá em casa é o salmão, e regra geral, tento comprar sempre o da Noruega. É aquele peixe versátil, saudável — está ali carregadinho de Ómega 3, proteínas, vitamina A, D e B12, como se quer —, rápido de preparar e os putos até acham alguma graça a comer um peixe que é cor de laranja. É daquelas coisas que tenho sempre para uma emergência. Tira-se do frigorífico, tempera-se com meia dúzia de coisas, mete-se no forno, numa frigideira com azeite ou num grelhador e está feito em menos de nada. 

Na loucura, até podemos comê-lo cru, em sushi, ceviches ou tártaros, que é só cortar e temperar. E não me venham para aqui com esquisitices e sensacionalismos a dizer que estou a encher os putos de parasitas, porque o Salmão da Noruega pode comer-se cru. Como provém de aquicultura marítima, cresce num ambiente super controlado em que está livre de parasitas. Podem respirar de alívio!

Claro que nisto de comprar peixe há uma série de cuidados a ter em conta, precisamente para evitar alguns desses problemas que deixam toda a gente stressadinha e a pensar que quero envenenar as crianças. É por isso que quando vamos comprar peixe fresco, convém inspeccionar uma série de coisas. A saber:

— Se as escamas estão intactas e brilhantes;
— Se o corpo do peixe está liso;
— Se cheira a fresco e a água do mar, quase como se fossem ostras;
— Se os olhos estão claros e com as pupilas escuras e brilhantes;
— Se tem as guelras brilhantes e vermelhas, sem manchas acinzentadas;
— Se carne está firme e elástica (esta é melhor fazerem em casa, para não passarem por maluquinhos na fila da peixaria)

Tudo isto faz com que pareça uma louca nazi do peixe, mas são coisas tão naturais que ninguém vai reparar que estão a olhar com ar de inspetor da PJ para os lombos e postas de Salmão da Noruega enquanto esperam na peixaria. Se reparar nalguma coisa estranha, tipo um mau cheiro ou umas escamas assim com ar de quem não vê mar há três meses, recuo logo e deixo as compras para outro dia, para não correr riscos mas, regra geral, não costuma haver problema. 

E por falar em salmão e coisas práticas, se tiverem por aí receitas assim para lá de espetaculares — sem cebola, pelo amor da santa — com salmão, façam o favor de partilhar aqui com esta que vos escreve. Temos de ser uns para os outros, meu amigos, que isto não está fácil para ninguém.
















*Post em parceria com Seafood From Norway
https://fromnorway.com/seafood-from-norway/cod/

24 comentários:

Mushroom disse...

Lasanha de salmão fica muito boa! Basicamente é fazer um refogado com salmão desfiado (grelhando o salmão antes dá mais sabor), uns cogumelos (ou qualquer outro vegetal que se goste), bocadinhos de tomate fresco, uma polpa de tomate e uns temperos e depois é usar a mistura como quem usa bolonhesa.

Outra coisa que faço imensas vezes é comprar os lombos de salmão congelados, cortar aos cubos e saltear com camarão daquele pequenino ou com um vegetal qualquer. Depois acompanho com quinoa, massa ou arroz basmati. :)

Matilde disse...

Aquicultura marítima não e' um selo de qualidade - ha varias vias de introdução de porcarias nos peixes, uma delas a comida com que os alimentam. Raramente comemos pois salmão selvagem fresco e' coisa rara ca nestas bandas.

francisca disse...

Olá Ana! Este foi o primeiro blog que li, e continua a ser o blog que mais gosto, apesar de ter mudado bastante o registo desde o inicio. Quase diariamente venho aqui ler os seus textos e sinceramente não me lembro da ultima vez que li um post realmente giro, cómico e interessante.
Acho que consegue fazer dos textos de parcerias coisas relativamente interessantes mas não é isso que traz aqui os seus leitore.s Só ter posts de parcerias ou de como comprar roupas por menos de X preço é enfadonho, ainda mais porque o seu blog ERA mesmo, mesmo, giro. Ainda me lembro de rir sozinha em frente ao computador, ou de ir para casa falar de coisas que a Ana aqui escrevia. Espere que perceba que não sou uma raivosa dessas que andam ai na net apenas a dizer mal só porque sim, sou uma assumida fã da sua escrita e que tem pena de este blog estar longe de ser o que já foi. Claro que para a maioria dos leitores continuará a ser um blog giro mas quem a lê há anos tem pena!
beijinhos e espero que depois da silly season venham aí os textos a que nos habituou!

Anónimo disse...

https://lifestyle.sapo.pt/sabores/receitas/salmao-caramelizado-em-mel-e-mostarda

Fácil e deliciosa ;)

Anónimo disse...

Se for da Noruega, mas ainda de aquacultura, é um veneno para todos. Há documentários (aconselho vivamente que vejam) de como os tanques (inclusive os de mar) têm que ser rotinados para evitar doenças na sobrepopulação de peixes neste tipo de produção. É aterrorizante.

Peixe, só selvagem! Vale o preço. Vejam a cor de um salmão selvagem e um de aquacultura - é a noite do dia.

Rolanda Lopes da Costa disse...

Boas,
Então assim de um momento para o outro faz-se uma marinada com sumo de laranja sal e condimentos a gosto. Depois de pelo menos uma meia hora na marinada mete-se o salmão no forno sem o molho. Numa frigideira coloca-se um pouco de farinha maizena e manteiga qb e adiciona-se o molho até ficar espesso. Tira-se o salmão do forno e coloca-se o molho por cima.... As quantidades é a olho e depende do número de postas, mas para 4 lombinhos podem ser umas 2 laranjas (isto também depende do sumo e assim).

Nyaloka disse...

Simplesmente grelhado, com um mix de ervas russas, especialmente feitas a pensar no salmão! A acompanhar um puré de batata e cenoura, com um toque de alho.

Anónimo disse...

A nova “revolução azul”, que tem disponibilizado camarão, salmão e tilápia baratos e embalados em vácuo aos congeladores dos supermercados, trouxe consigo muitos dos problemas gerados pela agricultura em terra: destruição do habitat, poluição aquática e sustos relacionados com a segurança alimentar. Na década de 1980, vastas extensões de orlas costeiras de mangue foram arrasadas para construir unidades de aquicultura atualmente responsáveis por uma percentagem significativa da produção mundial de camarão. A poluição provocada pela aquicultura (uma mistura pútrida de azoto, fósforo e peixes mortos) é agora um perigo generalizado na Ásia, onde se localizam 90% dos peixes de aquicultura. Para manterem os peixes vivos em jaulas densamente povoadas, alguns aquicultores asiáticos utilizam antibióticos e pesticidas de uso proibido nos Estados Unidos, na Europa e no Japão.
As unidades de aquicultura de outras regiões do globo também não estão isentas de problemas. A moderna indústria do salmão, que ao longo das últimas três décadas instalou jaulas densamente povoadas e cheias de salmão em fiordes prístinos da Noruega à Patagónia, tem sido atormentada por parasitas, poluição e doenças. As unidades de aquicultura de salmão da Escócia perderam quase 10% dos seus efetivos em 2012, devido a um surto infecioso; no Chile, calcula-se que a anemia infeciosa tenha provocado prejuízos de 1,4 mil milhões de euros na aquicultura do salmão desde 2007. Um surto patológico ocorrido em 2011 destruiu praticamente toda a indústria do camarão em Moçambique.
Antes de publicitar formas de intensificação de produção de alimentos, informe-se relativamente ao que esta prática faz ao nosso planeta, até porque acabou de "desenhar" um saquinho ecológico. Seja culta, leia e se realmente quer ajudar a salvar este planeta, deixe de lado parcerias e patrocínios. É este capitalismo e consumismo que está a destruir a Terra e a humanidade. Pare! Viva mais ligada à espiritualidade. Ganhe juízo e vergonha!

Eduardo disse...

salmão de aquacultura é um veneno!

Cândida disse...

Ai Pipoca....
Sempre adorei salmão, era de longe o peixe favorito lá de casa, toda a santa semana havia pelo menos uma refeição de salmão.
Um dia caí na asneira de ver um documentário sobre a aquicultura do Salmão na Noruega, e foi um corte radical desde então.
Nunca mais comprei uma única posta, porque por mais que procure, não encontro salmão á venda que não seja de aquicultura norueguesa. Nesse documentário, a conclusão era bem simples, O salmão era o alimento mais tóxico do mundo.
A minha alternativa foi procurar pesca do Atlantico, mais saudável e em conta.
.... mas tenho tantas saudades do Salmão :(

Anónimo disse...

Salmão em papelotes! É muito simples, sem cheiros e da para por os condimentos que quisermos. Eu adoro com uma fatia unha de chevre e um fio de mel

Anónimo disse...

Olha filha de salmão só sei grelha lo com molhinho de manteiga e salsa fica uma maravilha! Também faço um alho francês a Brás muito bom!
Cada vez mais evito as carnes....bjinhos

Anónimo disse...

Onde posso comprar este salmão em Lisboa? Obrigada.

Anónimo disse...

Gosto sempre de ver aquelas pessoas Mais Cultas darem um sermão relacionado com juizo e vergonha e essa ideia absurda de comer salmão da Noruega.

Anónimo disse...

Também vi, um horror, são alimentados com farinha de peixe pescado em águas altamente poluídas e a essa farinha é adicionado produtos químicos para não rançar. Selvagem sim, mas muito caro.

Anónimo disse...

Top top top

Anónimo disse...

O comentário culto tem que se lhe diga. Pode gostar muito da pipoca e está no seu direito, agora que não faz sentido duas propagandas completamente opostas, sendo uma a favor do ambiente e logo a seguir uma outra com uma das coisas que mais destrói o nosso planeta, foi muito bem tirado o comentário! Assino por baixo!

Anónimo disse...

Salmão Wellington. Comi em casa de uma amiga e ainda hoje me babo só de pensar. Salmão selado na frigideira e pincelado com mostarda, cogumelos picados num fio de azeite para forrar as folhas de massa folhada. Põe o salmão já pincelado e faz uma trouxa com a massa folhada. Pincela a massa com uma gema de ovo e vai ao forno pré-aquecido a 180º durante 25 minutos. Acompanha com salada verde (comi com salada de espinafres baby e fatias finas de rabanete). Inesquecível.

Clube de Artes disse...

Experimente em lojas exclusivas de peixe congelado. É lá que compro. Caro, mas selvagem.

Anónimo disse...

Tem razão! Mas estranhamente não gosto do salmão selvagem. Já comprei algumas vezes a ver se passa, mas não consigo. É lindo que dói (muuuuito mais vermelho que o salmão normal), mais saudável, mas o sabor é too much. Parvoíce, mas pronto, fazer o quê.

Pipoca, receita muito fácil e sem sujar muita loiça: faz uns pacotinhos de papel de alumínio ou vegetal, lá dentro colocas legumes a gosto, azeite, limão etc e tal, um lombo de salmão por cima, fechas o embrulho, forno 25 minutinhos e já está. Faço muitas vezes assim pois chego tarde a casa e assim despacho duches etc enquanto o jantar faz!

Beijinhos

Anónimo disse...

Desde que vi um documentário do genero, tambem cortei no salmao de aquacultura. Agora penso que vou começar a cortar nos documentarios...

Anónimo disse...

No Lidl pode comprar salmão selvagem a um preço razoável.

Anónimo disse...

É necessário saber discernir de toda a informação veiculada na internet a que tem credibilidade científica e a que não tem, ou aquela que, aproveitando uma gota de água faz dela um oceano inteiro. Estando na moda o pensamento ecológico e purista, é vulgar muitas associações ambientalistas darem visibilidade e até aumentarem e deturparem os malefícios de determinados tipos de produção alimentar, mas cujo evidência científica de tais malefícios é muitas das vezes infundamentada ou exacerbada. Tal como os medicamentos têm efeitos secundários, também na alimentação há prós e contras. Nada é 100% seguro. Independentemente de riscos que possam existir dificilmente poderá haver produção alimentar suficiente para alimentar a população mundial sem haver alguns riscos. Mas que na generalidade dos casos são minimizados e controlados. No sistema de alerta rápido da comunidade europeia(RASFF), que controla a entrada de alimentos na comunidade, são muito poucas as situações detetadas de incumprimento das regras sanitários no salmão de aquacultura. Aliás, nos peixes de aquacultura incumprimentos detetados de resíduos de medicamentos de uso veterinário ou químicos de outra natureza são muitíssimo reduzidos. Eu que sou ignorante e pouco culta, prefiro um bom salmão de aquacultura do que um salmão selvagem que tenha sido capturado no Mar Báltico cujas oribabilidades de ter níveis ekevados de PCB e dioxinas são grandes! E viva a diversidade! Já quanto aos parasitas, pipoca, eu se fosse a si cozinhava semore bem qualquer peixe. O "seguro morreu de velho". Quanto à receita:Temoere o salmão (eu prefiro sem pele) com alho, sumo de limão e um pouco de pimenta preta moida. Coloque numa assadeira e por cima ponha alho francês, cenoura e pimentos vermelhos em tiras finas. Um pouco de molho bechamel por cima e leve ao forno a gratinar. Cerca de 20 a 30 minutos dependendo do tamanho dos lombos de salmão e está pronto. Bom apetite!

Anónimo disse...

Pipoca, o salmão de aquacultura não tem tanto ómega 3, a tal gordura saudável, como o salmão selvagem.

Enviar um comentário

Teorias absolutamente espectaculares

AddThis