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Férias: em calhando, três meses são demais

quarta-feira, agosto 21, 2019

Quando eu era miúda, os meus pais desdobravam-se em manobras para me entreterem nos três meses e tal de férias de Verão: quinze dias num campo de férias em Julho, mais quinze dias noutro campo de férias em Setembro, pelo meio um mês de férias com eles, mais uma semanita ou outra com os avós, e o resto do tempo em casa mesmo. Nunca tive grandes problemas em distrair-me. A minha mãe diz que eu me enfiava no quarto a ler ou a brincar durante horas, ao ponto de ela se esquecer que eu estava em casa. E também fiz parte da geração que ainda podia brincar na rua, por isso muitos dos meus dias de Verão foram passados no jardim, sozinha ou com os amigos da vizinhança. Mas a verdade é que ainda Agosto não ia a meio e já eu estava farta de férias, estava sempre com aquela ânsia de voltar para a escola e retomar a vidinha.

Ora se em miúda eu já achava que três meses de férias eram um abuso, enquanto mãe já estou aqui de caneta em riste, prontinha a assinar uma petição para
reduzir as férias da criançada, caso alguém se lembre de lançar uma. A sério, três meses e meio não é um abuso? Para já, e porque não sei, gostava que alguém devidamente habilitado - e não os pais de bancada - me explicasse se as crianças precisam MESMO de tanto tempo de férias. Sofrem um desgaste tão grande ao longo do ano que precisam de mais de três meses para se recomporem? É que convém não esquecer que, além das férias grandes, ainda têm as férias de Natal, Carnaval e Páscoa, por isso não é como se passassem ali o ano inteiro, quais condenados, a trabalhar de sol a sol.  Portanto, os miúdos precisam mesmo ou é mais por conveniência das escolas? Ou pelos custos que implica ter as escolas abertas mais tempo?

Depois, o que é que os pais fazem aos miúdos durante tanto tempo? Na minha altura, ia para os campos de férias através do trabalho da minha mãe, por isso pagava um valor irrisório, mas hoje em dia qualquer sítio pede, no mínimo, 100€ por semana. Por SEMANA! Como é que a maioria dos pais consegue suportar isto? E mesmo que consigam pagar uma ou duas semanas, continua a sobrar muiiiiiiito tempo. Depois, convém relembrar que os avós desta época já não são como os meus avós. Muitos ainda trabalham e têm uma vida activa, por isso não podem (ou não querem, legitimamente) ficar com as crianças. E, por fim, acho uma enorme disparidade o tempo de férias dos miúdos e o dos pais. Se o cidadão comum só tem 22 dias úteis de férias, como é que se espera que acompanhe os filhos nos seus infindáveis dias de férias? Mesmo para os que trabalham em casa, a coisa não é fácil. Digo-vos eu, meus amigos, que sei o que é ser interrompida a cada sete minutos com um "não tenho nada para fazer", ou "podes vir brincar comigo?", ou "tenho fome", ou "tenho sede", ou "e agora? Já acabaste de trabalhar?".

O que é que sobra? Deixá-los em casa a vegetar o dia todo? Isto é produtivo? Saudável?  E atenção, que eu até acho que uma certa dose de aborrecimento é boa, para os miúdos serem capazes de se reiventar, de imaginarem novas formas de se entreterem, mas isto tanto pode dar para o bom como para a asneirada. E, muitas vezes, estamos a falar de crianças realmente pequenas, é mesmo seguro deixá-las em casa sozinhas? Acho, mesmo, que o sistema de férias está muito desajustado e é bastante ingrato para os pais/cuidadores.

Depois, temos também a questão pedagógica. Vivemos num país onde o insucesso escolar ainda apresenta números bastante significativos. É mesmo boa ideia manter os miúdos longe da escola umas 20 semanas por ano? Não é contra-produtivo? Sobretudo nas férias grandes. Lembro-me que quando regressávamos, em Setembro, os professores tinham  bastante trabalho a manter a ordem, porque os miúdos vinham completamente desregrados e desabituados do que era estar numa sala de aula. A coisa levava para aí um mês até entrar nos eixos e a malta perceber que as férias já tinham acabado.

Não estará na altura de repensar isto? E antes que me caiam aqui os adolescentes em fúria, a defender que deviam era ter sete meses de férias porque, coitados, trabalham i-men-so ao longo do ano, não, eu não quero que os miúdos estejam o ano inteiro fechados na escola (quer dizer, alguns nem com 365 dias de escola ininterruptos de aulas iam lá), mas acho que tem de haver um equilíbrio maior entre a escola e a família. Acho que umas seis semanas de férias grandes são mais do que suficientes, como já acontece em alguns países europeus. Ou, pelo menos, rever o tempo de férias de acordo com a faixa etária, porque um miúdo de 14, 15, 16 anos já tem uma autonomia completamente diferente de, por exemplo, crianças de seis, oito, dez. Depois, acho que aumentarem o tempo de férias dos pais também não seria má ideia. E subsidiar mais actividades lúdicas para os miúdos em tempo de férias. E talvez reduzir a carga horária diária e espaçá-la mais no tempo. Enfim, acho que se pode fazer muita coisa, não se pode é entregar as crianças aos pais a meio de Junho e dizer "pronto, agora arranjem-se até Setembro". Quer dizer, poder pode, é basicamente o que se está a fazer. Não acho fixe.




186 comentários:

  1. Também acho um exagero. Vivo na Suíça, e aqui apesar de terem o mesmo tempo de férias que em Portugal, estão distribuídas de forma diferente, no verão não chega a dois meses. As restantes semanas são distribuídas em pequenos “breaks” ao longo do ano, muitos dos quais são passados com os professores e colegas, em acampamentos ou no ski :) descansam da escola, mas fazem outras coisas interessantes, e ainda dão descanso aos pais.

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    1. Ia dizer exactamente o mesmo. O meu filho começou a 2ª classe na 2ª feira e eu achei uma maravilha! (embora ache mm eswu8as aulas começarem a meio de Agosto, porque eu sou do team Setembro é o ano novo mas isso são outros quinhentos 😉)

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    2. Já vivi na Suíça e é basicamente o mesmo que em Portugal em termos de férias apenas têm menos um mês no verão e têm em Outubro. Agora temos que ter em conta que o verão da Suíça não é o verão de Portugal. Só gostava de fazer estes pais que querem menos férias passarem o dia enfiados numa sala de aula, depois mais umas hortas no ATL até às 19h e de seguida chegar a casa e ir fazer mais umas 5 ou mais páginas de TPC... Como uma criança de 7 anos. A falta de bom senso de alguns pais é inacreditável.

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    3. Anónimo das 12:00

      Mas não percebe que aí o problema não são as férias mas sim a carga horária a que as crianças estão sujeitas mais a quantidade de trabalhos de casa que trazem? Por exemplo, os trabalhos poderiam ser feitos no ATL se as coisas fossem diferentes para a criança poder brincar quando chegasse a casa. E se ler bem ninguém quer tirar férias às crianças. A Pipoca reclama por as férias estarem mais concentradas no Verão, tornando-se complicadas para os pais e aborrecidas para as crianças. Refere até que há países onde as férias de Verão são mais curtas e se seguíssemos a ideia destes países, haveria outros períodos de férias ao longo do ano. Ou seja, as crianças não teriam menos dias de férias, estariam era espalhados de outra forma.

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    4. Os miúdos nas escolas públicas têm uma horário da treta, pelo neio existem umas expressões
      ,aecs... um caminho para o insucesso escolar. Os miudos hoje em dia são pouco motivados. E têm vindo a apregoar uma maior taxa de sucesso no aproveitamento, mas é outra grandetanga! Passam miúdos só porque sim!! RANKINGS! Menos dinheiro gasto em chumbos.
      O nosso ensino é vergonhoso!

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  2. Concordo, na minha opinião acho que a carga horária dos miúdos devia ser diluída no tempo até porque cada vez os currículos estão mais extensos e menos adequados á realidade. Incluir cultura geral adequada ás idades, trabalhos de grupo dentro da escola com as diversas faixas etárias até para obrigar os miúdos a interagirem uns com os outros, acho que poderíamos melhorar muito o bulling. Visitas de estudo, aulas ao ar livre. Enfim.... acho que o sistema de ensino devia levar um upgrade em toda a sua extensão. Nem tudo se aprende dentro de uma sala de aula, e duvido que ao fim de 90 minutos qualquer miúdo mantenha o foco no que o professor esta a dizer

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  3. A partir dos 13 anos, o longo verão sem aulas era uma verdadeira maravilha, isto por ter tido o privilégio de viver numa vila pacata praticamente ao lado da praia e, juntamente com o meu grupo de amigos, já nos entretinhamos por aí... Mesmo que esse não fosse o caso, tinha idade/maturidade suficiente para ficar por casa e ideias para preencher o tempo livre não me faltavam. Antes disso? Um sacrilégio. Lembro-me de chorar e chorar porque os meus pais não tinham tempo para estar comigo, o dinheiro não abundava para me enfiarem nos benditos campos de férias e, claro, ainda era bastante dependente da companhia de um adulto... Chegava Agosto e contava os dias para o 1o dia de aulas.
    Pela minha experiência, só se tinha a ganhar com a redução das "férias grandes" ou, pelo menos, com a criação de um espaço de tempos livres nas próprias escolas... Continuar-se a cultivar alguns hábitos em termos de horário, tempo de leitura, jogos didáticos e, claramente, uma boa parcela do tempo para brincadeira livre, jogos tradicionais, desporto, atividades manuais, etc...

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  4. Concordo, não faz sentido nenhum, a pressa e a intensidade com que é dada a matéria nas escolas, para depois os "espetarem" em casa 3 meses ou mais! há países em que não são mais de 2 meses de férias, mas há uma interrupção de 6 em 6 semanas para férias, o que equilibra muito mais as coisas e permite um descanso aos miúdos muito mais regular. Todo o sistema de ensino deveria ser revisto em Portugal, desde a creche á universidade.

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  5. Cresci na Alemanha, frequentei lá a escola, também andei na escola em Portugal e devo dizer que prefiro mil vezes o sistema de férias alemão.
    As aulas começavam a meio de Setembro (no estado em que estava, noutros o calendário escolar era diferente, mas sempre dentro do mesmo esquema), passadas 6 semanas tínhamos 1 semana de férias de outono. Depois 6 semanas mais tarde, toma lá com 2 semanas no natal. Depois havia a semana do Carnaval, e as 2 semanas na Páscoa. Por fim havia 2 semanas e meias de férias de Pentecostes (sim malta, isso existe, é um feriado cristão e só em Portugal é que é praticamente desconhecido).
    As férias de verão começavam na última quarta-feira de Julho e duravam 6 semanas.
    De referenciar que a média de dias de férias na Alemanha é de 28 a 30 dias por ano, e que há mais feriados religiosos (e menos feriados laicos) que em Portugal (e que calham quase todos em época de férias dos putos.
    Não quer isto dizer que seja o sistema perfeito, mas que é bem melhor que o nosso, isso é!

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  6. Totalmente de acordo!!!
    Tive a feliz ideia de ter mais do que um filho, na segunda vez vieram gémeas. A receber o ordenado mínimo como posso pagar 100€ por semana para cada uma, principalmente no mês de Agosto que não posso tirar férias? Precisam de férias sim, mas a quantidade está totalmente desajustada com a realidade de hoje em dia.

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    1. Se se inscreverem atempadamente, as juntas de freguesia de Lisboa têm planos de férias para as crianças residentes, com refeições incluídas com custo irrisório. Além de praia, têm visitas a museus e espaços lúdicos, bem como outras atividades engraçadas...

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  7. E depois como era? Os professores precisam de descansar do ano letivo intenso. Não sei se três meses seriam suficientes. Três meses, desculpem, queria dizer 22 dias.

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    1. Se quiser experimentar os "três meses" de férias de um professor, esteja à vontade. Pode ser que mude de ideias. Infelizmente, o povo português não tem mesmo noção do trabalho de um professor. Gostaria que experimentassem, bastava uma semana, mudavam logo de opinião. No entanto é livre de pensar o que quiser...

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    2. Os professores também não têm noção do trabalho dos outros... Just saying...

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    3. Tenho imenso respeito pelos professores,expecialmente pelas duas professoras maravilhosas que a minha filha mais velha teve e pela fantástica educadora que a mais nova tem há dois anos e reconheço as dificuldades que passam e a complexidade da profissão.
      Todavia, na escola primária das minhas filhas assim que os professores entregam as avaliações em Junho, não voltam a meter os pés na escola até Setembro e digo isso com conhecimento de causa. As assistentes operacionais são obrigadas a estar na escola todos os dias e os professores não aparecem lá.
      Um dos professores é meu vizinho há muitos anos e apesar da escola só fechar o mês de Agosto está de férias na casa que os sogros têm no Algarve desde de Julho segundo ele: "a trabalhar para o bronze" e é isto todos os anos. Saem todos os dias da escola às 15h30 hora que vou buscar as minhas filhas o que significa, depois de cinco horas e levam o trabalho de que tanto falam para casa por opção, pois podem fazer o horário normal de trabalho na escola onde existem salas para o efeito. Já tive esta conversa com alguns professores quando me falam do "trabalho" que levam para casa mas a realidade de muitos é que estão simplesmente a fazer o seu horário normal de trabalho apenas optam por não fazê lo no local de trabalho. Têm razão em muita coisa mas noutras não façam mais do que é a realidade!

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    4. Exacto.... nem tenho professores na família nem nada.... e não vejo o regabofe nas férias de verão, vão 2h a escola e está bom, voltam para casa e o resto do dia praia.... sim, são uns coitados! Ahhh têm muito trabalho a preparar as aulas.... só se for da primeira vez, o resto é vira o disco e toca ao mesmo, têm trabalhos para corrigir em casa, para o nr de horas que trabalham por ano bem o podem fazer, mas são uns mártires, tão mártires que insistem em continuarem em serem professores, se é tão mau vão fazer outra coisa! Sempre as mesmas queixinhas de sempre e sim conheço a profissão muito de perto.

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    5. Bem verdade

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    6. Também gosto dos que falam da boa vida dos professores mas vê-los a fazer o mesmo trabalho é que era bonito. Estudassem, invejosos.

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    7. O pior dos professores nem é o facto de não fazerem nenhum. O inaceitável e grotesco é não terem mínimo de vocação e conhecimento para a coisa. Nem para guardar perus serviam quanto mais para educarem quem quer que seja...

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    8. Anónimo das 11:30. Se fossem todos estudar para professores ninguém era enf, médico, mecânico, veterinário... Cada um com a sua profissão ;) falar sobre a realidade não significa ter injeva.

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    9. Há quem queira estudar para outra coisa e não aturar miúdos, anónimo 11.44
      Cada um estuda para o que quer, mas a verdade é uma, os professores são sempre os mesmos bebés chorões ao longo dos anos, se é uma profissão tão exigente porque não vão fazer outra coisa? Alguma coisa deve ter de bom, mais não seja um vínculo público, os que trabalham para o Estado pelo menos

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    10. Tem só 22 dias? É que não ha um único que diga sim são 22 ou 30 ou 45 ou 7852. tudo caladinho, apenas dizem que "vocês não sabem do que falam". Nao estou a criticar, mas irrita me que não admitam. Afinal quantos dias de ferias tem um professor do estado? (as duas horas por dia que vão la despachar papelada, não conta como dia inteiro de trabalho, ok?! no minimo meio dia de ferias, porque a maioria não é de matemática, mas convêm saber fazer contas!)

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    11. E aqueles que estudaram para ser professores e não conseguem colocação, tendo que se sujeitar aos trabalhos que aparecem? Professores colocados falam "de barriga cheia", é o que é!

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    12. Anónimo, existem vários tipos de professores: os da creche, os do jardim infantil, os da primária, os do 2º ciclo, os do 3º ciclo e os do secundário. Não sei como é a vida dos prof. da primária, mas se for como a dos professores do 2º e ciclos e secundária, apenas têm o mês de Agosto e uns 4 dias no Natal e na Pascoa. Sim, mesmo assim têm mais dias do que os normais 22 dias uteis, mas nao se esqueça que ele não podem tirar férias quando bem entendem, como no resto das profissões. Nunca viu um professor tirar ferias em junho, ou outubro, pois não? Só podem tirar nas epocas festivas e Agosto. O mes de Julho e Setembro, embora não hajam aulas, os professores passam o dia todo na escolha a preparar o próximo ano lectivo e todas as burocracias obrigatórias.

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    13. Enquanto professora, gostava de esclarecer que sou professora porque adoro trabalhar com crianças (daí não ir fazer outra coisa"). Já pensaram que há professores que gostam do que fazem e se preocupam com os seus alunos? Relativamente ao tempo de férias que temos a mais... Quem me conhece, sabe que sempre admiti que, durante o ano conseguimos mais alguns dias além dos 22. Contudo, não é como muitas pessoas aqui afirmam. Posso dizer que, desde que as aulas com os miúdos terminaram, preparei as avaliações do final do ano, corrigi 60 Provas de Aferição, fiz formação, tive n reuniões de assuntos relacionados com o ano letivo que acaba e outras já de preparação para o que se inicia. Redigi n documentos. Além disso, fiz parte da equipa de secretariado de exames (equipa que trata da parte burocrática toda do processo de exames, processo esse muito trabalhoso do qual nem mesmo alguns colegas têm noção do grau de exigência). Saliento que a 2a fase de exames terminou, na minha escola, a 30 de Julho data em que consegui iniciar as minhas férias. As pautas desses exames foram afixadas a 5 de Agosto, o que implica que houve colegas que só aí iniciaram as férias. Ano passado, estive na equipa de constituição de turmas. Estive, diariamente, na escola até ao último dia de Julho. Com este comentário, só pretendo que as pessoas se apercebam de que os professores e as escolas têm bastante trabalho após os alunos terminarem as aulas. Percebo que para quem não está dentro do sistema seja muito difícil saber o que nos é exigido. Peço um pouco de respeito pelos profissionais que se entregam de coração aos vossos filhos.

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    14. Anónimo das 3:53... Se os professores que conhece só preparam aulas a primeira vez e depois é sempre o mesmo lamento dizer que não devem ser bons profissionais...

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  8. Compreendendo o argumento, queria dar outra perspetiva (e preparem as pedras para atirar, é aqui mesmo): a dos professores. A verdade é que, durante boa parte das férias/interrupções letivas, os professores estão carregados de reuniões, burocracias e outros assuntos para tratar, assim como de correções de provas ou de preparação de conteúdos para aulas futuras, consoante a pausa de que se estiver a falar (Natal, Verão, etc). Os professores têm apenas um mês de férias (Agosto), que são os tais 22 dias úteis como os restantes comuns mortais. O que quero aqui expor é tão só o facto de que os professores não têm disponibilidade para, com a carga de trabalho administrativa que têm de momento, aumentar ainda mais o período letivo ou para proporcionarem outras atividades aos alunos. Concluindo: sim, eu também desesperei (em todos os anos até ao 12º, na universidade já não) pelo fim das férias. Não, não sou professora (mas sou filha de uma, por isso assumo a parcialidade tranquilamente). Mas é preciso compreender que, por mais que possamos pensar que bom, bom, era se os pais fossem aliviados (que concordo que poderiam ser, mais uma vez, a canalha desespera pelos amigos/atividades e os pais também precisam do descanso mental, o amor existe mas a sanidade é crucial), é importante ver que há muitas outras mudanças que têm de acontecer. Reformas absolutamente estruturais na forma como a educação deste país está pensada. Para este propósito, importaria, pelo menos, contratar mais professores e/ou reduzir bastante à carga administrativa que eles enfrentam durante as interrupções letivas. E tantas outras coisas poderiam mudar... outras missas cá minhas :)
    Um grande beijinho! E bom tema para discussão!

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    1. Os professores têm apenas o mês de Agosto de férias? E os dias de interrupção letiva (Natal, Páscoa, Carnaval) não contam?

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    2. Anónimos, sim, os professores têm apenas o mês de agosto de férias. O facto de os alunos não estarem a ter aulas não significa que os professores não estejam a trabalhar. Como disse o anonimo do comentário original, há todo o trabalho administrativo, reuniões, avaliações... Tudo isso acontece fora do horário lectivo. Claro que têm um par de dias no natal e na páscoa - mas é isso mesmo, um par de dias. E regra geral passados a trabalhar em casa, a preparar o conteúdo do período seguinte. Ser professor é muito mais do que dar aulas (e infelizmente!). Subscrevo tudo o que diz o primeiro anónimo: Seria fundamental uma restruturação do sistema, mais pessoal e tantas outras mudanças para que fosse possivel rever a escola como a conhecemos. Até pelo bem também doa professores - que se os alunos se enrediam com excesso de tempo livre (e é legitimo), os professores deseperam com o excesso de carga de trabalho. Há muita coisa errada no sistema actual que esta a dar cabo de toda a gente, e é uma pena, porque a educação é verdadeiramente a base de uma sociedade. Muitas vezes penso que seria bom existir um "segundo turno", ou seja, haver um grupo de professores vocacionado para o ano lectivo "normal" e um segundo grupo grupo que estivesse vocacionado para actividades distintas, durante os período de interrupção. Sim, seria todo um investimento extra por parte do governo na educação. Mas também seria uma forma de edifícios escolares, manter crianças ocupadas com temas ludicos mas educativos... Tantos professores e educadores ansiosos por oportunidade de criar algo interessante que vá valorizar a vida de futuros adultos. Criar alternativas não tem obrigatoriamente de passar por sobrecarregar ainda mais quem ja anda mais do que maltratado (e subvalorizado) pelo sistema.

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    3. Contam, sim! E olhe que, ao contá-los, verifico sempre que não excedem os dias não úteis (fins de semana, entenda-se) ocupados a classificar instrumentos de avaliação e a redigir relatórios, por exemplo. Lamento profundamente que continuem a considerar os professores uma classe privilegiada. Acredite que não o são!

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    4. Ahahahahahahahahahahahahahahahahahah

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    5. Contam, sim! E olhe que, ao contá-los, verifico sempre que não excedem os dias não úteis (fins de semana, entenda-se) ocupados a classificar instrumentos de avaliação e a redigir relatórios, por exemplo. Lamento profundamente que continuem a considerar os professores uma classe privilegiada. Acredite que não o são!

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    6. Alguém ainda acreditar que os professores só têm mesmo 22 dias de férias é de rir.
      Há interrupçoes letivas como Natal, Carnaval, Páscoa , etc!
      E só corrigem exames nacionais professores dessas disciplinas, os outros no máximo têm vigilancias de exames.
      Poupe-nos...

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    7. Anónimo das 12:21

      Mas nesse caso, se fizéssemos o que a Pipoca refere e adoptássemos o sistema de outros países, reduzindo as férias de Verão para 1 mês e meio/2 meses, em que sairiam prejudicados os professores? Neste sistema, haveria o mesmo número de férias mas espalhado por mais períodos ao longo do ano. Férias essas que seriam na mesma usadas pelos professores para as burocracias da profissão. E em Agosto gozariam as férias como agora gozam. Acho que outro sistema de férias muda essencialmente para as crianças, não acho que faça assim tanta diferença para os professores.

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    8. Interrupção letiva não é férias!! Os professores durante as interrupções letivas não estão a cumprir o mesmo horário, mas estão a cumprir outro. Estão, portanto, a trabalhar!! Têm reuniões de avaliação, de planificação, de organização de projetos, fazem trabalho administrativo de inserção de notas em pautas.... Entregam as avaliações aos pais..... A sério que acham que tudo aparece feito por artes mágicas?!?

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    9. Não, não contam. Há aulas para preparar, há testes para fazer, há notas para lançar... Enfim. A burrice portuguesa é incrível.

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    10. Nessas interrupções os professores têm as reuniões de conselho de turma e todo o trabalho administrativo para que as notas apareçam nas pautas... e cumprem um horário bem mais carregado do que muitos pensam... LOL!!!

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    11. Que mentira tão grande!

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    12. Nessas paragens lectivas não há aulas, mas os professores não estão de férias. Há provas para corrigir, notas para lançar, reuniões para fazer etc...

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    13. Cada um com o seu trabalho! Nao ha pachorra! E professores nao se deveriam queixar tanto! trabalho ha 12 anos e sempre gozei apenas 1 semana de ferias. Nunca me queixei.

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    14. Anónimo 16:05 o seu comentário é de uma extrema ignorância sobre o trabalho dos professores.

      Acha mesmo que essas tais férias são por nós usufruídas? Quem lança as avaliações dos finais de período lectivo? Quem prepara as novas matérias? Quem tem que estar presente em reuniões com encarregados de educação, colegas de trabalho ou direcção escolar? Quem avalia os testes ou trabalhos escolares?

      Enfim, e isto é só uma pequena amostra...

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    15. Então mas vocês estão a dizer que nas interrupções lectivas estão a trabalhar??? Estão, fisicamente, presentes no local de trabalho? A pausa é lectiva maus tansos, prós alunos só que mal acabam as reuniões, debandada geral, com a conivência dos directorezecos!!! só mesmo esta para me fazer rir... Ó pra eles mandarem o retorno ao serviço pelo correio...
      É só rir, esta cambada de malandros

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    16. Ai, ai... Coitadinhos dos professores!!! Querem que chore?!

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    17. Daniela, não se esqueça que os portugueses foram educados por professores.

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    18. Aqui onde vivo, ed inf e prof 1 ciclo metem se andar sempre que há interrupçoes ou férias .

      E as 15h30 lá vão elas de mala
      Aviada.
      Tadinhos.

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  9. Acho particularmente desajustada a diferença de dias de férias entre as crianças e os adultos, como disseste no texto. Não faz sentido. 22 dias úteis por ano é muito pouco.

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  10. Sou mãe de bancada, não habilitada, e digo sim, precisam. É complicado para os pais gerirem 3 meses mas acho que eles precisam, sim. Falo por mim, uma no 1 ano e outra no 5 ano. Em relação ao valor dos atl's, há para todos os gostos. Tem de se informar melhor, até os há gratuitos. Em Lisboa e outros municípios promovem praia-campo, 15 dias, de forma gratuita. Eu sei, usufruo!
    Maria Inês
    Lisboa

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    1. Se usufrui, parabéns! Mas então pode partilhar aqui com os outros pais???

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    2. Esse trabalho é para as bloggers que sao pagas para fazer publicidade e dar informacoes as vezes uteis! Quem quer saber deve procurar e informar-se em vez de esperar que os outros façam o seu papel de pai/mãe.

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    3. Partilhar o que? O que eu procuro todos os anos para inscrever as minhas filhas? Sim, posso. Moro no Areeiro e as minhas filhas entram no programa "areeiro em férias", mas há por toda a cidade e em outras cidades (sei por amigos). Estes programas não são secretos, é só pesquisar, estar atento, perguntar. Se puser no google atl's/verão/lisboa vão aparecer muitos: uns de mais de 100 euros e outros mais baratos.
      Maria Inês
      Lisboa

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    4. Anónimo das 12:38

      Mas e se fossem essas mesmas férias mas distribuídas ao longo do ano como se faz nalguns países? A ideia de reduzir as férias de Verão não é querer tirar férias aos miúdos. O que a Pipoca questiona é se as crianças precisarão assim tanto de ter 3 meses de férias no Verão. Em França são dois mas depois há mais férias ao longo do ano do que em Portugal.

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    5. As suas duas respostas são só estúpidas. Por meia dúzia de Municípios fazerem campos de férias e tal (por acaso o meu também faz e completamente gratuitas - mas só 15 dias também) não é suficiente. Certamente você não tem emprego ou pode tirar férias quando lhe apetece. Para quem tem um trabalho só com 22 dias de férias úteis é bem mais complicado. E a sua segunda resposta só prova que falou para meter nojo e que soluções não conhece assim tantas. E tem de alargar horizontes, Portugal não é só Lisboa, pense como será a oferta no resto do país.

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    6. Nem todos os miúdos têm 3 meses de férias! A partir do nono, os alunos têm exames...
      Há anos, tentaram fazer uma semana de férias, no outono, tal como se faz lá fora... Correu mal, muito mal pois os pais não estavam preparados para ter férias, nessa altura do ano...

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    7. Anónimo das 08:54h, a partir do nono o problema já não se põe, dado que supostamente com 14/15 anos já podem ficar em casa sozinhos.

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  11. Sou mãe de uma bebé e antecipo esse problema das longas férias (especialmente porque eu e o pai detestamos tirar férias em agosto/época alta). Para já vai para uma creche que também tem jardim de infância que está aberta o ano inteiro, por isso podemos continuar a tirar os nossos dias desfasados dos "períodos habituais" e ela a não ir apenas quando nós também não trabalhamos. Mas quando fizer 6 anos lá irá para a escola e essa questão vai surgir. Acho que vamos ter de tirar umas 3 semanas nessa altura, com sorte se os avós puderem/ela gostar ir 1 semana para casa de cada um deles e o resto entretê-la nessas semanas de férias com atividades (já vi que em Lisboa há imensa oferta e coisas que parecem giras, embora caras... Felizmente temos disponibilidade financeira para lhe proporcionar isso, mas são preços muito altos, de facto). Era bom que as férias estivessem mais distribuídas ao longo do ano, mas também que os pais tivessem direito a mais dias, para poderem fazer coisas com os filhos nesses períodos!

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    1. 22 dias úteis de férias é muito pouco para a generalidade das pessoas. E não só para quem tem filhos.

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    2. O problema não está no tempo de férias deles mas sim no nosso! 22 dias?! Se não fosse tau mau até dava pa rir :( seriamente,este assunto deveria ser revisto. Somos os dois enfermeiros, deslocados e por isso sem apoio familiar nenhum...nem quero imaginar quando a nossa filha entrar para a escola. Não admira que as pessoas no geral andem esgotadas. Trabalhamos demasiadas horas/ tempo. Não há saúde mental que aguente!

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  12. Em contrapartida, as férias dos adultos deveriam ser alargadas para 30 dias úteis....

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    1. Pois eu pagava de bom agrado um acampamento Pai-Filhos durante 30 dias na Patagónia!!!Só lhes fazia bem, conviverem e desenrascarem-se uns com os outros e eu tinha, finalmente, um mês de vida própria! É que, no final das férias de verão, quem precisa de descansar sou eu!

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  13. A escola é vista, cada vez mais, como um depósito. É uma pena. "mom, I´m bored" então vamos para a escola. Bom, mesmo bom, era a escola assumir também o papel da família. Ás 8h30 já estão na escola e regressam a casa à noite. Quanto tempo passam com a família? Não é papel da escola assumir a ocupação dos tempos livres das crianças e jovens. Isso compete às famílias e a um governo competente e que promova um estado social. As crianças têm uma carga horária na escola e atividades extra quase superior à carga horária laboral dos pais.

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    1. Concordo, o problema não é das escolas. O problema é vivermos numa sociedade que é virada para o trabalho e em que a família é, para o estado, um assunto de importância secundária. Muita coisa devia mudar: os pais deviam conseguir trabalhar menos horas sem comprometer ordenados, deviam conseguir passar mais tempo com os filhos (como acontece nos países do norte da Europa), sem que isso lhes custasse no ordenado... Enfim, fala-se muito de aumentar a taxa de natalidade mas onde estão as condições para isso?

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    2. Aí está! E o trabalho dos pais é visto como um "children, I'm bored" para eles. Quantos colegas com filhos eu tenho que passam horas a mais que as necessárias no trabalho (desperdiçadas em cafés, almoços, conversa às portas dos gabinetes, em vez de ser a despachar o que têm para fazer e saír cedo), porque têm os filhos entregues a empregadas/escolas/avós? Estou a falar de muito boa gente de classe média/alta de Lisboa... Têm filhos para se demitirem do seu papel de família e admitirem que no trabalho é que descansam dos filhos. Eu também tenho uma filha e acho isto surreal, quero é despachar as minhas coisas para às 17h30 estar a saír para a ir buscar à creche.

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    3. Anónimo das 12h52

      Sim, é verdade, há pais que usam a escola, as actividades e os acampamentos, etc, como depósito de miúdos. Também há quem use os avós, irmãos mais velhos, tios, etc, para o mesmo efeito. Mas aqui nem sequer se trata disso. Olhe para a frase "Mom, i'm bored" como "mom, 3 meses de férias seguidos são giros mas ao fim de 2 meses já não sabemos bem com que nos entreter. Se calhar seria mais giro ter este último mês espalhado ao longo do ano escolar". Assim, as crianças continuavam a ter férias, o número destas não era reduzido, apenas espalhado de forma diferente para que no Verão simplesmente não houvesse tantas férias seguidas que acabam por aborrecer algumas crianças (e sim, aborrecem, tenho uma família muito presente, as nossas férias eram passadas entre acampamentos, casa dos avós, praia e viagens pela Europa, divertia-me imenso e mesmo assim ao fim de um tempo eu já queria ir para a escola rever os amigos e ter a minha rotina).

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    4. Exatamente,eu no fim das férias já estava farta! Adorava ir comprar os livros,todo o material,era uma excitação! Mas as pessoas na ânsia de criticarem e enaltecer em que "elas é que são as boas mães",nem prestam atenção ao título!

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    5. Desculpem, nem toda a minha gente se pode ausentar de serviço, só porque "foi a despacho" mais cedo. Há horários a cumprir em muitas profissões, mesmo que nada se passe e nem um telefone toque. E concordo que é muito longo o período de férias escolares, uma vez que os pais têm 22 dias úteis por ano. Não há alternativa que não deixá-los a cargo de "outrem". Além do mais, mesmo quando os estabelecimentos de ensino promovem a participação dos pais ao longo do ano, com reuniões, palestras, festas e outros eventos, não há quem consiga estar permanentemente presente e prestativo com a sobrecarga diária de trabalho que se tem. Desculpem a sinceridade, mas ou são "dondocas" ou simplesmente "hipócritas"...Eu amo os meus filhos, mas quando me chamam à escola numa sexta-feira à noite, para um convívio em que tenho que levar croquetes ou arroz doce, quando eu quero é ter os pés de molho...

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    6. finalmente, haja alguém com bom senso!

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  14. Na Holanda, onde moro, os miúdos têm 1 semana em Fevereiro, uma em Maio, 6 semanas no Verão, uma em Setembro e 2 em Dezembro.
    As aulas por norma são entre as 8h30 e as 15h com 30min a 1h de almoço. Paga-se em média 850€/ano para as actividades curriculares. A maioria dos miúdos vai para o ATL depois das aulas porque ninguém não dá para entrar às 9h e sair às 14h30 para apanhar os putos né?! As auxiliares do ATL vão buscar os miúdos à escola (há ATL's dedicados a certas escolas, por código postal e assim).
    Os ATL's são parcialmente financiados pelo estado, dependendo do salário e das horas que os pais trabalham.
    É um sistema diferente não sei se melhor ou pior porque a minha ainda tem 2 anos e meio pela frente até entrar na primária, aos 4 anos.

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  15. Os meus filhos “só” têm 2 meses de férias no verão, demasiado para mim mas bom para eles, não acho demasiado, e depois ao longo do ano têm mais férias do que os do ensino português. Começam as aulas mais cedo, logo no início de setembro e acabam no final de junho.

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  16. Que responsabilidade tem a escola de arranjar uma alternativa para os pais que não têm onde deixar os filhos? Queria perceber isso mas não consigo. Alguém pode explicar-me?

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    1. tem o Estado, que define que as escolas param tanto tempo mas simultaneamente define que os pais so podem tirar 22 dias uteis de ferias. é uma questao de ser coerente com as regras de sociedade

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    2. As escolas, no geral, não param... Há exames nacionais, para certos anos de ensino, que se sobrepõem s todo o outro serviço... Há alunos em estágios, com professores a acompanhar... A escola portuguesa não se limita ao primeiro ciclo...

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    3. Não é a escola, mas o Estado. Há uma contradição entre o número de dias de férias escolares e o de férias laborais. Sem contar os salários da maioria dos pais. Acho que as escolas deviam funcionar como os infantários durante parte das férias, ou seja, como ATLs com rotinas mais flexíveis, a preços simpáticos. Nem todos têm avós ou dinheiro para campos de férias.

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  17. No 1 ciclo em Portugal as aulas acabam quase no fim de junho e começam no início de setembro, ou seja, no máximo são 2 meses e meio. Não percebo quando a pipoca fala de 3 meses e meio de férias. ( se está a incluir férias da Páscoa e Natal também terá que incluir as múltiplas paragens durante o ano que os outros países europeus têm, e nós não, para poder fazer comparações corretamente).
    Não me parece que sejam férias a mais, os adultos sim têm férias a menos e é difícil arranjar onde deixar as crianças, mas isso é outra história que não me parece que se resolva diminuindo as férias da escola.

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    1. Naaa são 3 meses, o ano lectivo termina sempre a meio de junho e começa a meio de Setembro . Já agora compartilho da opinião da pipoca ,este ano a miuda ficou apenas 1 mês comigo porque esteve nas colonias de férias, porque infelizmente sou mãe solteira ,sem apoio familiar e necessito de trabalhar, mas acredite se ou não a miuda já estava farta do forrobodó todo das ferias e colonias e quer mesmo é que comece a escolinha . Tem 5 aninhos . Não pretendo ter mais filhos ,a nossa sociedade é hipócrita no que toca aos filhos,amo muito a minha filha mas sinto que não dou a qualidade se vida que uma criança necessita ,como termos bons horarios laborais ,os ordenados sao miseráveis, as casas que são autênticas gaiolas ,nem o cuidado de em cada zona/bairro ter parques infantis..

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  18. Não cabe à escola ocupar os miúdos quando estão aborrecidos. Há Atls em todo o país, oferecidos pelas juntas e pelas câmaras, onde se paga pouco ou nada. Em Lisboa então há vários. Informe-se para o próximo ano.

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    1. Sugira então alguns por favor. Fui tentar inscrever o meu filho na junta de freguesia e no segundo dia de inscrições não havia vagas. Era o único gratuito que conhecia. Falta então encontrar aqueles onde se paga pouco... Obrigada.

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  19. Nos outros países têm o mesmo tempo de férias, estão é mais repartidas. Queria ver os meninos na escola, em pleno mês de agosto, por exemplo, na Amarleja. As escolas não estão preparadas tanto no sul como no norte. O nosso clima não é mesmo de "alguns países europeus" dos quais fala.

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    1. Em França as aulas da minha filha acabaram no final de Junho e começam no primeiro dia útil de Setembro. Não acho que não seja impossível fazer este calendário em Portugal....

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    2. Nenhum pais tem ferias em agosto que eu saiba

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    3. O mês de julho é praticamente todo ocupado com exames... As escolas não estão fechadas para todos os alunos... Os mais velhos andam por lá em exames e alguns em estágios profissionais... os e ames são vigiados e corrigidos por professores, que obviamente não podem estar, ao mesmo tempo, com alunos dentro da sala de aula... em Junho, o calor na maior parte das salas de aulas, já é insuportável...
      Repartir as férias pelo resto do ano só ia mudar a época das preocupações de onde deixar as crianças... não há em Portugal hábitos de ir à neve ( tb não há neve!) como nos restantes países da Europa!

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  20. Se disserem aos pais que, depois de cada seis semanas de aulas haverá uma semana de férias, teremos gritos e rasgar de vestes, perguntarão onde irão pôr os filhos, uma vez que estarão a trabalhar e não terão ferias/tempo para os acompanhar. O assunto é muito complexo, tem a ver com hábitos duma sociedade que, entretanto, evoluiu, tem a ver com clima, tem a ver, e muito, com cronobiologia. Os especialistas desta disciplina científica deveriam ser mais ouvidos sobre horas de início e fim de aulas, sobre número de horas por dia de atividades letivas, sobre número de dias de atividades por semana e por ano, sobre número e duração das pausas letivas. A discussão sobre estes assuntos faz-se em todo o lado, independentemente dos modelos atualmente adotados em cada país. Não há um modelo consensual

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  21. Tenho de concordar que o sistema educativo está desajustado ao tipo de Famílias de hoje, nossa realidade. Há 30 anos atrás na minha turma da primaria a minha mãe era a única mulher que trabalhava as outras também trabalhavam eram domésticas ou faziam umas horas a limpar umas escadas ou coisas do género dando uma margem para ficar com os filhos nas férias do verão. O Verão eu era divida pelas minhas tias, avós que tinham disponibilidade porque viviam da agricultura eram igualmente activas, mas eram trabalhos que davam liberdade para cuidarem de mim. Mas hoje não é assim vejo a logística num simples dia de greve dos professores ou do não docente...ou outros que também são pessoas com direitos. Para não falar que é um milagre de encontrar um campo de férias vago sem que se tinha de vender um rim para ter o filho lá sim porque os acessíveis tem os filhos dos funcionários públicos que tem um horário das 8.30 a 17:00 (Já tem uma hora de prolongamento) nada muda porque não há força para mudar.

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  22. Concordo com o que disse. Mas mesmo que os miúdos tirassem ferias repartidas, nós pais, íamos continuar com o mesmo problema de onde deixa-los. Porque nós adultos não podemos tirar férias de 6 em 6 semanas! Há muita coisa que devia ser mudada.

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  23. Também acho que são imensas...mas pelo que percebo no seu caso até tempo de ir de férias com o marido sozinhos...imagine é que não consegue mesmo...tenho um casal amigo que nem uma semana, um dia de férias conseguem ter juntos este ano para conseguirem “cobrir” as férias dos filhos este ano...por aqui vou cuidando das minhas bebés gêmeas sozinha que o marido tem de trabalhar e os avós também...beijinhos

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  24. 3 meses de férias para mim como mãe de 3 filhos é impensável. Vivemos em Inglaterra e graças a Deus aqui o sistema é muito diferente. No verão a criançada tem 6 semanas de férias e apartir de setembro de 6 em 6 semanas tem uma semana de férias. Para pais que trabalham funciona muito melhor pois é mais fácil para dividir as nossas férias no trabalho de acordo com as férias das crianças.

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  25. Sou mãe de uma menina de 11 anos que também está de férias, e em casa, desde meados de junho. Mas isto porque quer é porque eu tenho com quem a deixar. De outra forma, teria de ficar no colégio até ao último dia de julho, como tantos outros ficam.
    Pode ser erro meu, mas julgo que a maioria das escolas tem mesmo atividades para os miúdos até final de julho. Sendo jardim de infância ainda mais.
    Boas férias!

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    1. Com 11 anos não é o mesmo do que com 6,7, 8 certo? Com essa idade já percebe que não pode abrir a porta nem mexer no fogão, por exemplo

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    2. O que tentei dizer foi que as escolas normalmente têm atividades ate fina de julho! Nao se enerva!!!! A idade não estava em questão.

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  26. Gostava de fosse dar aulas a crianças do 1° ciclo,com 30 graus, e 24 alunos lá dentro!Devia de ser muito produtivo...

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    1. E o ar condicionado?

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    2. E que tal nos Países Nordicos no Inverno? Também não havia aulas.

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    3. Onde está o ar condicionado? Imagine 31 adolescentes numa sala sem ar condicionado e com o sol a bater nas janelas com 35 graus em maio e junho..o inferno.

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    4. Esse existe nos gabinetes dos ministros....

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    5. Lolada, como diziam antigamente os putos. Que ar condicionado???Que aquecimento? Mas vive onde???

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    6. Os países nórdicos têm boas condições! Os miúdos até se descalçam nas salas de aulas... cá, no inverno, se tirar o casaco com que anda na rua, ainda lhe cai um braço! E no verão tem salas de aulas que facilmente atingem os 30 graus, a partir de maio...

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  27. Não concordo. Acho que as crianças já passam demasiado tempo na escola. E aumentar o tempo de aulas significa obrigar todas as crianças a ficar na escola,mesmo aquelas que não têm necessidade. Eu na verdade nem dei pelo tempo passar, ainda esta semana pensei como é que a escola já começa daqui a duas semanas e pouco! E tenho duas filhas. Compreendo que os pais trabalhem e não tenham onde deixar as crianças, mas aqueles que têm onde os deixar não têm de pagar por isso. Que precisem de existir soluções para quem as férias sejam um problema, concordo. Mas mais tempo de aulas não é a solução.

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    1. Mas não é mais tempo de aulas....O número de dias de férias seria o mesmo, apenas distribuído de outra forma (menos férias no Verão, mais férias ao longo do ano).

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    2. Ia dividir o problema pelo resto do ano...

      Quem gosta de ler não se aborrece nas férias!

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  28. Eu por enquanto tenho os avós disponíveis e cheios de vontade de ficarem com as crianças, mas concordo que é um exagero e muito desfasado das férias dos pais. Nós por exemplo não podemos tirar férias em agosto, logo o tempo para os miúdos fica ainda mais condicionado.

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  29. E os que têm mais de 40 anos? Eu, que tenho 45 anos, desde da primária, até ao sexto ano começava as aulas em Outubro! Só no sétimo ano é que comecei a começar as aulas em meados de Setembro!

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  30. As escolas públicas estão abertas com as componentes de apoio às famílias, pelo que está discussão ē estéril.Nao cabe aos professores assegurar os tempos livres das crianças, mas sim às famílias. É lamentável que as crianças cheguem à escola às 8 da manhã,muitas saiam às 19 e nem no período de férias de verão os pais queiram despender tempo com elas. As crianças precisam e muito desse tempo, qualquer dia estão em burnout pela exigência que lhes é feita. Acresce que as nossas escolas não estão preparadas para o calor do tempo de verão. Coitadas das crianças e dos docentes:morriam assados dentro das paredes sem ar condicionado ou ventoinhas. O que me preocupa é a ligeireza com que os pais de querem ver livres das responsabilidades parentais. Sou professora e tenho 3 filhos. Nunca os meus filhos passaram tempo de mais na escola do que os tempos de aprendizagem. Há limites até para as crianças. Proporcionar-lhes outros espaços de lazer dão fundamentais para uma boa saúde mental. Hojeatiram-se os bebés para instituições aos 4 meses, as crianças são educadas por uma panóplia de gente e perspectivas, onde a família tem a menor fatia de tempo. As gerações adultas são o reflexo da sua infância e juventude, não sei o que trará o tempo...

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    1. nao tenho filhos mas continuo sem perceber esta historia. entao se os pais só têm 22 dias uteis de ferias, como é que é susposto estarem 3 meses a acompanha-los no verao? sendo que convem que os pais tambem estejam com elas no Natal, Pascoa, etc. Portanto como é que na sua opiniao os pais deviam fazer?

      ( e sim, eu sei que ha pais que nem os 22 dias uteis querem passar com os filhos, mas a maioria quer )

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    2. Mas o que sugere quando ambos os pais trabalham (o mais comum em Portugal) e não têm familiares com quem deixar os filhos?

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    3. Quero só dizer que tenho trinta anos e fui ‘atirada para uma creche’ com três meses, fruto das políticas de natalidade bem menos simpáticas da altura (os meus pais trabalhavam e os meus avós também!). Por outro lado, em 2016 o meu filho entrou na creche com 10 meses e a minha filha só vai entrar com um ano. Este discurso de que agora os pais deixam as crianças das 8h às 19h não se reflecte rigorosamente nada na realidade que eu vejo à minha volta: eu e todos os meus amigos saíamos da escola tardíssimo (eu estava lá das 9h às 19h e a minha melhor amiga também, por exemplo) e na escola do meu filho (que sai todos os dias às 16.30h porque eu e o pai temos horários desfasados) às 18h praticamente já não há crianças! Nada contra o que disse e até acho que devíamos todos era ter mais férias (eles e nós!) e que os professores então mereciam férias a mais por profissão de desgaste rápido (sogra professora), mas este discurso de que os pais de hoje em dia são todos uma bosta irrita-me. Se calhar são as pessoas à minha volta que são pais muito presentes, não sei!

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    4. E os pais que trabalham à noite e ao fim de semana, como eu? Também peço à escola?
      Faz parte de ter filhos arranjar alternativas. Esta conversa do choradinho é cansativa. Eu trabalho por turnos e ao fim de semana. Uso tudo o que está na lei da parentalidade para me defender, mas chega a um ponto que a respinsabilidade é minha. A minha vida já era assim antes de ter filhos, se achasse que não dava, não tinha.
      Maria Inês
      Lisboa

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    5. E isto de termos professores que dão, entre outros, erros de concordância verbal? Isto é que é questão para discutir enquanto se deixa a canalha em paz!

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    6. E o que aconselha a fazer quando o horário dos pais não permite ir buscar as crianças à escola à hora de saída?

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    7. Todos concordamos com esses princípios. mas só os pode pôr em prática porque é professora. Também já fui e sei como é mais fácil ter os tempo livre para estar com os miúdos quando se é professor...

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    8. Sou enfermeira. Trabalho por turnos, 12 horas cada. 8:30-20:30/20:30-8:30. O meu marido tem um trabalho "normal", entra às 8:30 e sai às 18:30. Não tenho família com disponibilidade para ir buscar a minha filha ao colégio. Isto porque, pasme-se, os avos, os tios, trabalham todos até às 18/18:30. Neste sentido, queira, por favor explicar-me como faço. Deixo de trabalhar para ficar com a minha filha? Muito boa ideia mas, infelizmente, tenho contas para pagar. Evito deixá-la demasiado tempo no colégio, quando estou de folga (e porque ela só tem 2 anos), fica comigo, nos restantes dias, lamentavelmente permanece 10/11 horas no dia colégio. Pq eu não tenho outra opção. P comentário que fez não espelha a realidade da maioria das pessoas. Pq muitos de nós não queremos deixá-los tanto tempo, sabe Deus a culpa que sentimos, mas na verdade, não nos resta escolha.

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    9. Não tenho filhos e apesar dos meus 45 anos tive sempre um horário escolar muito apertado. Os meus pais trabalhavam e não havia família por perto para ficar comigo, por isso entrei no colégio com 1 ano e meio e até aos 10 anos saia de casa às 07:15 e regressava às 18:30. O tempo em casa era de qualidade até à hora de deitar assim por volta das 20:30/45. Detestava as férias de verão por serem longas, os meus pais tinham que ser creativos mas também passava muito tempo sozinha. No meio de isto tudo sou uma pessoa realizada sem qualquer ressentimento com os meus pais por me terem deixado tanto tempo na escola. Quanto aos professores acredito que pode não ser a melhor profissão do mundo mas tiveram hipótese de escolha, certo? Há quem trabalhe mais horas com menos condições e sem poder escolher. E há aqueles como eu que trabalham horas e semanas a fio mas que adoram o que fazem. Vidas...

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    10. Enfermeira...12h!? Qualquer coisa não bate certo..12h nos 3 empregos, certo? Pois eu abdiquei de dinheiro para vir trabalhar para perto de casa e poder acompanhar o meu filho. Concordo com a Pipoca numa coisa, a escola deveria assegurar tempos livres durante as férias de Verão, pelo menos 1 mês. 100€ por semana!? Um surf camp cobra quase 200€, depois há os tipo My Camp que ronda os 400€ a semana. Vida difícil a de mãe e pai!

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    11. Entao está mal informada. 12 horas, minha querida. Em vários hospitais deste país há enfermeiros, pasme-se que trabalham turnos de 12h. E não, apenas trabalho no serviço de urgência de um hospital. Nada mais. Mas sabe, o ordenado chorudo que mts de nós ganhamos obriga-nos a trabalhar em mais que um sitio. Pq temos água, luz, contas para pagar. Prolongamentos no colégio pw saímos as 21 e não temos onde deixar as crianças. Os ricos dos enfermeiros. Esses canalhas que trabalham em condições desumanas, com cargas de trabalho para lá de elevadas, que há meses nem atingem os 4 dígitos. Os mesmos que deixam a família e os filhos doentes para tratarem dos filhos dos outros. Esses que morrem de helicóptero a salvar vidas humanas. Esses que trabalham de dia e de noite ora salvar a pele a um bando de mal agradecidos, tal como a senhora demonstra ser. Tanta falta de noção.

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    12. Anónimo das 11:14
      Antes de falar barbaridades tenha conhecimento de causa. Enfermeira com horário de 12h sim, é possível, e num só emprego. Pasme-se: há pessoas que têm esse horário num só emprego, que não são mercenários que só vêem dinheiro à frente, e que o fazem para poder pagar as contas, sem outro emprego associado. Pais que na sua brilhante opinião delegam a sua responsabilidade no bem estar e acompanhamento dos filhos, até porque tendo apoio familiar a uns míseros 200 ou 400km de distância não têm onde pôr os filhos porque não querem. E não, não sou a enfermeira que postou inicialmente... passe bem

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    13. Ao anônimo das 11.14... Há UCC e ate mesmo hospitais em que os turnos são de 12hrs.. Trabalhei 3 anos numa UCC com esse horário e sim fazia 12hrs por turno sendo que não tinha mais nenhum trabalho.

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    14. Também sou Enfermeira e em certos dias da semana tenho de assumir 12h...no meu caso 8h-20h e isto no meu único emprego. Quando não sabem do que falam mantenham se na sua. Também sou mãe e é muito complicado...

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    15. Se as pessoas soubessem as condições em que actualmente os Enfermeiros trabalham.....neste momento sou obrigada a fazer turnos extraordinários, a minha escala já saí com turnos extraordinários contemplados! O meu maior medo? Eu ou algum familiar meu cair numa cama de hospital. Fujam! Tenho vergonha deste país e o meu único arrependimento é não ter emigrado quando o podia ter feito. Neste país não existe qualquer ajuda na parentalidade... É o salve se quem puder!

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  31. Concordo com a diluição das férias ao longo do ano, embora as férias de Verão devam ser suficientemente longas para que possam sentir saudades da escola.
    Agora, mesmo importante é alargar os apoios aos pais (que naturalmente não podem estar com os filhos tanto tempo). Em Lisboa até há alguns ATL gratuitos das JF e que funcionam bem, mas esgotam tão rapidamente!!
    Pior, é que cada vez mais se tem filhos mais tarde e os avós, mais velhos, não conseguem dar férias de qualidade aos netos. Eu tenho sorte, os meus pais ainda são novos e vão de férias com os meus filhos, mas vejo muitas amigas a engravidar agora, aos 40, e pergunto-me se aquelas crianças terão os avós a ve-los crescer. Mas enfim, esse é um outro tema complicado de resolver...

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  32. Descanse. No próximo ano letivo algum ATL lhe oferecerá os meses de férias para o Mateus passar lá as férias e assim não interromper tanto o "trabalho" dos papás.

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    1. DEUSQUEIRA! E espero que esse ATL seja em Trás-os-Montes!

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    2. Muito boa!!!

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    3. Ohhhhhhhh o ressabiamento é tão bonito de se ver!!

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    4. E Deus o queira mesmo...nem sabe a sorte que tinha..o seu filho claro..

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    5. O Mateus ia adorar! A primeira vez que andei a cavalo foi lá para os lados de Bragança e ainda hoje tenho boas memórias dessas férias de verão!

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  33. As da minha acabaram a 9 de junho e vão começar a 16 de setembro. E essas 3 semanas q este ano estão programadas para o Natal ninguém fala?

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    1. Natália Luís21 agosto, 2019 20:04

      Isso é um falso assunto. Se quiser dispensar algum tempo a se informar antes de comentar, perceberá que são exatamente os mesmos dias úteis de férias que no ano lectivo passado. É matemática básica.

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    2. Já viu o malandro do Natal a conspirar para dar (ainda) mais férias aos putos? Um dia chegava para vestir as fatiotas vermelhas aos herdeiros e tirar a fotografia anual para mandar às tias... diria até só o 24 à tarde com as riquezas, coisa mailinda dos seus papás, para não ser aborrecido. Bolas, é que fazem tudo para obrigar os pais a serem pais, não há direito !!!

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    3. Anónimo22 agosto, 2019 01:57,

      Os pais são menos pais por trabalharem e não poderem ficar as férias todas com os filhos em casa?

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  34. Penso que não é a Escola que deve trabalhar para o descanso dos pais. É uma ideia que tem andado a entranhar-se e é preguiçosa. Não é passar a bola a Escola et voilá. Não é por acaso que as férias têm a extensão que têm e que há pausas lectivas durante o ano escolar. A realidade das famílias mudou, é certo, mas deve ser a comunidade a mobilizar-se. Informem-se junto das juntas e câmaras, pressionem. Há demasiado entretenimento de Verão e porventura pouca noção do que é realmente necessário.

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    1. Concordo. A função da escola não é baby-sitting mas sim ensinar. Os professores têm hoje em dia uma carga burocrática muito grande para dominar no tempo em que não estão a leccionar e também são cada vez mais incentivados a frequentar formações e actualizarem-se a nível de metodologias e pedagogias. O problema do entretenimento das crianças no Verão não é da responsabilidade da escola mas sim das famílias e das comunidades onde as mesmas estão inseridas.

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  35. Tal como referiu são dias de interrupção lectiva, e não férias. São coisas distintas. Interrupção lectiva significa que não estão a lecionar, no entanto têm outro trabalho a realizar na escola. Respondendo às suas questões: sim, tal como todos têm 22 dias úteis de férias, e não, as interrupções lectivas não contam.

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  36. Concordo com quem já escreveu aqui que a escola não tem o propósito de ocupar os tempos livres das crianças e creio que a vossa preocupação não seja se 9 meses por ano serão suficientes para leccionar o programa escolar mas sim onde deixar os filhos tanto tempo de modo a mantê-los ocupados. Isso é uma tarefa que cabe aos pais e provavelmente propor junto do poder local a organização de ATLs com atividades lúdicas e livres seria mais sensato do que considerar que 22 dias de férias é suficiente para as crianças porque é o mínimo atribuído aos trabalhadores (como se ninguém se queixasse que precisa de mais férias!). Para mais, nos verões com temperaturas habituais, que escola pública é que tem condições para acomodar 25 miúdos numa sala?

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    1. Falam muito das temperaturas no verão, mas isso era antes, este ano teve muito mais calor na primavera do que propriamente no verão e daqui para a frente será pior, as estações já não são o que eram no antigamente

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  37. 3 meses e meio é um exagero!! Vim para a Suiça com 10 anos e lembro-me bem de estar o verão todo dividida entre a Suiça e Portugal. Era quando podia estar mais tempo com os meus pais. O sistema de ferias em Zurique para mim ao inicio foi estranho porque tinha as primas em Portugal com 3 meses e tal e eu „só“ tinha 5 semanas.
    São 13 semanas de férias divididas por o ano.
    2 Natal e Passagem de Ano
    2 em Fevereiro
    2 em Abril/Maio
    5 julho/Agosto
    2 Outubro
    É muito mais fácil para os pais organizarem alguém que fique com os miúdos já que quem trabalha ou tem 20 ou 25 dias e a maioria só pode tirar 2 semanas juntas.

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  38. Amei esse texto, as crianças muitas vezes ficam ociosas nesse tempo das férias e muitos pais se desdobram para ocupar o tempo dos pequenos. É muito importante manter os miudos ativos e com a cabeça trabalhando para seu desenvolvimento.
    Beijocas.

    https://www.parafraseandocomvanessa.com.br/

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  39. As aulas terminam tão cedo - conforme os anos de escolaridade (para o pré-escolar e 1º ciclo em 19/20 irão terminar a 19/06/2020), muito devido ao calendário de exames e provas finais que como sabem destinam-se aos alunos de 9º, 11º e 12º anos. As provas de aferição decorrem ainda durante o período letivo. Uma vez que a maior parte das escolas são hoje agrupamentos de escolas, muitos dos professores - mesmo os do 1º ciclo - estão com serviço atribuído para vigilância de exames, coordenação de equipas...enfim burocracias .
    Concordo que as aulas deveriam iniciar-se logo a 2 de setembro, mas isso também estava relacionado com a colocação tardia de professores que só acontecia em finais do mês de agosto. Este ano não aconteceu ...mas é ano de eleições. E entre o cumprimento da lei com apresentações ao serviço, distribuição de turmas e horários, reajustamentos, adequações curriculares, flexibilidade, equipas multidisciplinares ....já se vão os 15 dias iniciais de setembro . Pode ser que a situação se altere nos próximos anos quando se fala tanto do final dos exames nacionais e com esta perspetiva de colocação atempada dos docentes em meados de agosto.
    Quanto às interrupções....no 1º período as aulas terminam no dia 17 de dezembro. Passem numa escola nos dias seguintes e vejam se há professores de férias...e se quiserem passar às 19H00, ou às 20H00...se calhar ainda encontram uma reunião de avaliação ou de outra coisa qualquer a decorrer .
    O 2º período começa só a 6/01/2020 é verdade... mas o dia 03 de janeiro que é a data oficial de inicio de 2º período é um sábado ....
    Enfim .

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  40. @apipocamaisdoce está a falar de crianças e não de adultos profissionalizados com responsabilidades de adulto . Pergunto se a escola pública acabou a 21 de junho e começa a 10/11 de Setembro como é que são 3 meses de férias? isso era no nosso tempo, e sim as crianças e os pais precisam de tempo em família em qualidade . A escola pública tem ainda um serviço de apoio à família que funciona com atividades diferenciadas até Agosto e retorna em Setembro, o valor que se paga é médio/ baixo uma vez que é prestado pelas juntas de freguesia. Mas voltando ao assunto que parece ser as crianças, o cumprimento de horários, as rotinas, as aprendizagens, os estímulos realizados ao nível do desenvolvimento, tudo isso é realizado nos tempos de hoje quase em tempo recorde com um nível de stress/ansiedade que não o do nosso tempo o que obviamente nem sempre reverte a favor das crianças e dos próprios pais, e olhe que há muitos que até os considero como heróis. Agora se me disser que chega a uma altura e não sabe o fazer em termos educativos (ou como ocupar beneficamente) uma criança também considero normal, mas para isso existem os escuteiros, os acampamentos de férias semanais e quinzenais, as colónias de férias em natureza, as férias em museus, etc; que de resto são ótimos do ponto de vista da autonomia/independência e do ponto de vista social. A oferta até é alguma e em qualidade, é uma questão de investimento e de procura. O que não podemos é cair no erro de confundir necessidades que são básicas para o desenvolvimento pessoal e social de uma criança com as dificuldades que um adulto enquanto progenitor pode ter, e nisso não há nada como falar com um psicólogo educacional sobre o assunto. Espero com isto não ser escrutinada mas a verdade é que por volta desta altura do mês o assunto é comum, em algumas plataformas digitais, e as opiniões um pouco desprovidas de conhecimento.

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  41. As crianças não têm avós? Seria uma excelente opção. Outra seria atividades de lazer fora da escola. Há imensa oferta. As juntas de freguesia, por exemplo, têm bons programas de férias. Outro problema é o assistencialismo. Habituam-se a desresponsabilizar-se das tarefas parentais colocando o enfoque no Estado como o salvador da pátria e gratuito se possível. São os pais quem cabe dar respostas para os filhos, a escola não é armazém e os professores não são babás.

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    1. e os avós não trabalham? é tudo desempregado ou ganharam o euromilhoes? so quem teve os filhos muito tarde é que consegue ter avós na reforma disponiveis, se a reforma é aos 66/67 anos, isso significa que quer os avós quer os pais teriam em media de ter tido os respectivos filhos aos 33 anos. Ora na geração anterior era bastante normal ter filhos aos 20, 25. A minha mae teve-me aos 26 anos, e eu tenho agora 33. Logo, a minha mae de 59 anos ainda tem de esperar uns 7 anos pela reforma. portanto é suposto eu fazer o quê? esperar por ter 40 anos para ter filhos e assim a minha mae poder ficar com eles nas ferias? juro que nao percebo bem esta questão de toda a gente dever ter avós disponiveis.

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    2. Os filhos são responsabilidade dos pais não dos avós. Mesmo que não trabalhem ficam com os netos se quiserem, não é uma obrigação ou imposição. Já transmiti isto aos meus filhos (sim vou ser uma avó desnaturada que não irá abdicar de uma viagem ou saída para ficar com os netos)

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    3. Tenho 28 anos e não quero ter filhos, mas se quisesse, só teriam avós em casa daqui a 15 anos. Quando era criança passava o verão com a minha bisavó, porque a minha avó e avô trabalhavam. Mas agora que sou adulta e consigo pensar sobre o assunto, não acho justo uma bisavó ter de tomar conta de uma criança durante três meses.

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    4. Não, as crianças não tem avós porque a responsabilidade é dos pais. Os avós moram em outras localidade longe, os avós já tem idade que não lhes permite quer física quer psicologicamente cuidar e acompanhar uma criança, porque a casa dos avós também não é depósito de crianças em que as mesmas ficam fechadas entre 4 paredes todo o dia. Eu por mim falo, não me quero livrar do meu filho quero é que existam locais, sejam campo de férias, sejam ATL, seja o que for onde as crianças possam estar quando não tem aulas e que corresponda aos horários dos pais e valores que os mesmos consigam pagar.

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    5. Eu fui mãe depois dos quarenta! Quando tenho que recorrer aos avós é uma enorme preocupação, porque eles já estão tão velhinhos, que naotsei se são eles que tomam conta dos miúdos ou se são os miúdos que cuidam deles! É a loucura!!

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    6. Não. Não têm avós. Alguns não têm porque morreram. Outros porque moram longe. Se fossemos a ter filhos para os avós cuidarem deles, então se calhar não tínhamos. E os pais que têm tão poucos dias de férias e tão pouca flexibilidade no trabalho fazem como? Vão entregar as crianças à porta da Junta de Freguesia? E os pais que ganham salários mínimos e não têm como pagar colónias de férias e afins? Só lhes resta uma solução em Portugal: não ter filhos.

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    7. E que tal deixarem os avós um bocadinho em paz? Agora q os desgraçados estão reformados espetam lá os filhos a torto e a direito! Pensassem nisso antes de os terem!

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  42. Só quem não tem professores na família acredita na conversa do mês único de férias!!! Tenho uma professora e uma educadora de infância na minha família e sei bem como são as férias delas. Adoro que venham com essa conversa do muito trabalho que têm. Mas só enganam alguns!!

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    1. Anónimo das 09:33, também tenho professores na família...é uma vergonha, pois têm exatamente as férias dos miúdos. A minha tia tem o desplante de dizer que faz a reunião de final de ano logo após o término das aulas para ter mais tempo para as explicações. Já me arrependi 1000 vezes não ter seguido a carreira de ensino...a escola devia estar a funcionar mais tempo. Uma excelente ideia seria reforçar as matérias que os alunos não conseguiram acompanhar tão bem, ou fazer programas culturais, através da leitura, do desenho ou da escrita.

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    2. Claro. Já é mais que sabido que os professores são os paraditas deste país que em nada contribuem para o seu desenvolvimento. Pior... Era obriga-los a passar os meses de julho e agosto a continuar a aturar e educar os filhos daqueles a quem eles dão muito trabalho. Também é muito bonito espetarem com os filhos em ATL e outras instituições durante estes meses, leva-los o mais cedo possível e ir busca-los mesmo mesmo à hora de fecho e de...BIQUINI!!!!!!!!!

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    3. Se é assim tão bom, não entendo como é que já há falta de professores nalguns grupos de recrutamento. Além disso, podem sempre voltar a estudar para poderem ter esse emprego maravilhoso. Fácil de resolver.

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    4. Anónimo das 11.55, não se venha fazer de vítima que não lhe fica bem. Ninguém diz que os professores são parasitas. Fazem o seu trabalho, sim, e tem mais férias que os outros, sim. E como vê, são várias as pessoas que aqui o referem. Cada um tem o seu trabalho. E sim, deve ser muito mau ser colocado a 30, 40, 50 km de casa, mas quando escolheram esta profissão, sabiam ao que iam. Agora, que se acham mais dos que os outros, não tenho dúvidas. Ninguém aqui falou em aturar os filhos dos outros nas férias ou coisa parecida. Falei das férias que os professora usufruem e com conhecimento de causa.

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    5. Anónimo das 09:33, parece que sim que conseguem enganar bem quem não tem mais nada para dizer. Experimente, vai ver como é um mar de rosas e férias que nunca mais acabam.
      Mas , será que também prescindia muitas vezes dos fins-de-semana e dos feriados para corrigir os testes e trabalhos dos meninos? Também ficava pelo menos uma vez por mês em reuniões que começam às 16:30 e acabam às 22 horas, depois de ter estado a dar aulas das 8:30 até às 16? Também trazia trabalho para casa todos os dias? Também aceitava ser convocado para reuniões a 300 km de distância para depois de amanhã?
      Esta é a realidade com a qual eu convivo diariamente e digo sempre que mil vexes o meu trabalho do que o dos meus pais ( professores)!!
      Só sabem a hora da entrada na escola, reuniões todas as semanas e marcadas 48h antes ( marcar uma consulta no dentista é uma odisseia para 7 ou 8 alterações).
      Mas se não acredita, o melhor é experimentar.
      Pimenta nos olhos dos outros...

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    6. Nem mais.
      Se a vida de professor é tão boa de levar ... Relembro a todos aqueles que se dão ao desprazer de falar mal dos que ensinam os nossos filhos desde o "B à Bá" até ao ingresso na Faculdade que todos os anos há concurso de professores. Não custa tentar.

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    7. Cambada de preguiçosos, os professores!
      Só refilam e não fazem nada: longas reuniões depois da hora de saida, horas extra em casa para preparar aulas e trabalho... coisa pouca e a lista ainda vai a meio.

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  43. Concordo com a questão do período de férias excessivo no Verão.
    Quanto aos professores, é só rir. Tenho 3 professores no meu núcleo familiar mais próximo. É verdade que só têm "férias" no mês de agosto. Mas nas ditas "interrupções letivas", não só não trabalham todos os dias, como nos dias em que trabalham não o fazem o dia todo. Por isso, sejam sérios. Os professores podem ter mil e uma razões de queixa da profissão. A carga de trabalho não é uma delas, claramente...

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    1. Convido-o a vir passar uma semana comigo na escola, acompanhando-me no meu não trabalho, pelos vistos, para poder apreciar os meus muitos momentos de lazer, a minha monotonia diária e o as horas passadas na escola e em casa a não fazer nada. 😊 Venha!

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    2. Se tem familiares professores, devia de estar mais bem informado e atento. Certamente, deve saber que os professores, para além do trabalho que realizam na escola, o seu local de trabalho, levam imenso trabalha para casa, o seu local de descanso. Aconselho-o a informar-se primeiro antes de passar um atestado de ignorância a si próprio!

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    3. São familiares como os seus que envergonham uma classe social inteira! Obviamente que em todas as profissões há sempre os parasitas, os que passam pelos pingos da chuva e empurram para outros o trabalho... Fossem professores do terceiro ciclo/secundário, de disciplinas avaliadas através de exames nacionais, e ia ver a boa vida deles...

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    4. Vai sempre a tempo de mudar, se aquilo que faz não o deixa feliz!

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  44. No fundo, tudo se resume ao facto de a nossa sociedade não aceitar que pais trabalhadores tenham filhos. Ainda não se chegou ao ponto de aceitar que os filhos pequenos precisam dos seus pais por perto, não de estarem numa escola/actvidades extracurriculares durante 8 horas por dia. Quando essa mentalidade mudar, será melhor para todos.

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    1. É mesmo isso.

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    2. 8?? Era bem bom que fossem 8... no caso dos meus tendo em conta que entro às 9H e saio às 18H e tenho pelo menos duas horas de deslocação diária, são no mínimo 10H...e como eu há muita gente.

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  45. Não me apetece ler os comentários, pelo que possivelmente, já aqui foi dito o que vou dizer. O problema não é os miúdos terem férias a mais, mas sim os pais terem a menos. Já agora, o meu filho que acabou agora a primária, terminou as aulas a 21 de junho e retoma a 13 de setembro. Nem 3 meses são, pelo que calma lá com os 3 meses e meio. No meu tempo também gostava de retomar as aulas e em agosto já andava entusiasmada com a compra do material e afins. Acho, como mãe, que agora os miúdos são mais sobrecarregados. Não tenho bem presente a idade do teu filho, mas o Mateus anda na escola primária? É que os putos agora dão coisas na primária que eu sou dei no 2º ciclo... e na primária tinha aulas ou de manhã ou à tarde e eles agora têm aulas que nunca mais acabam + inglês obrigatório logo a partir do 3º ano. Os professores vêem-se à rasca para dar o programa todo porque é tudo concentrado, uma infinidade de matéria. Eu ajudei o meu filho a estudar muitas vezes para estudo do meio e ficava estúpida com a quantidade de matéria que ele tinha que decorar, páginas e páginas... partes da história de portugal que eu só dei mais tarde! Por isso, sim, acho que as férias deles são um tempo perfeitamente aceitável. Claro que a falta de dinheiro para os ter em qualquer lado por não podermos deixar de trabalhar ou a falta dos avós em casa é outra questão que nada tem a ver com o facto de os miúdos precisarem recarregar baterias...

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  46. Se as férias fossem repartidas a cada 6 semanas como alguns iluminados sugerem o problema de saberem aonde deixar as crianças desaparece? Não!!! o problema subsiste porque os 22 dias de férias não se alteram. Se o calendário escolar mudar nesse sentido, estaríamos a ler e a escrever a mesmas coisas, porque ou os pais não conseguiriam tirar férias de 6 em 6 semanas ou não arranjam quem fique com eles ou os ATl´s são caros ou inexistentes. O cerne da questão não é o tempo de férias escolares ser longo, o problema é que são poucos os dias de férias do pais. E não, não me parece que seja a escola a ter que encontrar alternativas para ocupar o tempo livre das crianças, quanto muito o Estado poderia ter outra postura e recrutar professores não colocados ou assistentes operacionais (reduzia tb o desemprego), mas no final da linha essa responsabilidade é nossa enquanto pais.

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  47. Concordo. Ainda não passo por isso, porque tenho a miúda no jardim de infância, que só encerra em Agosto. Mas daqui a um ano inicia o primeiro ciclo e aí é que vão ser elas, sem família perto, pai a trabalhar fora,... vai ser o caraças. Está na hora dos pais se juntarem e, quiçá, paralizarem o país, que é uma cena que agora está muito in, porque não dá para continuar assim. A discrepância entre o calendário dos pais e dos filhos tem de ser ajustada, definitivamente. Pena que o ministério da educação está basicamente a cagar-se para isso...

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  48. ahhhhahhaaahh isto das férias dos professores é o máximo. Não consigo perceber porque é um segredo tão bem guardado (entre a classe claro)que nenhum admite as imensas férias que têm! Falo com conhecimento de causa...tenho vários professores na família. Por ex tenho uma prima na Madeira a dar aulas e vêm sempre passar férias a LX desde 2ª semana de julho até inicio de setembro e claro que vem na Páscoa e Natal!
    E claro que são férias a mais. Ou aumentam os ordenados para podermos dispender desse valor para actividades ou reduzem o horário, ou aumentam a carga horários dos miúdos.

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  49. Inacreditável a ignorância de alguns. No meu ponto de vista acho benéfico para a criançada os tais 3 meses de férias. Existem muitas atividades lúdicas que podem fazer e o que precisam mesmo é de brincar!! Deixem-nas ser crianças e aproveitar as férias para "recarregarem baterias". Para as famílias acho ótimo pois é a oportunidade de estarem mais próximos, terem vivências conjuntas, criar laços...

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  50. O objetivo da escola não é entreter miúdos.
    Lamento que haja pais com essa visão, mas é muito esclarecedor sobre as famílias que temos.
    Os miúdos ficam giros nas fotos e dizem umas piadas nos almoços de família e com os amigos, mas "aturá-los" os dias inteiros e levá-los a fazer o que não lhes apetece é chato, não é?
    Há serviços de apoio à família, pelo menos até ao fim de julho e em setembro. Mas também recebem meninos pobres, se calhar não é a companhia que quer para o seu menino chique.
    Não lhe fica nada bem vir falar em nome do povo e queixar-se das despesas. Com o valor de um biquini paga duas semanas de atividades.
    Em relação aos professores, há de tudo: os que são uns calões e trabalham pouco após o término das aulas e os que ficam sobrecarregados de trabalho. Como em todas as profissões. Alguns de vós estão a ler e a escrever comentários dentro do horário de trabalho, não é?

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  51. Pipoca o problema são é o tempo de férias dos miudos, o problema é que que quando os miudos (pequenos, porque os outros já podem ficar em casa sozinhos e com amigos)não tem onde ficar quando os pais estão a trabalhar e eles estão de férias....o problema são as alternativas e as hipóteses de termos onde deixar os miudos. Deveria sim existir por parte dos estado ou com apoio do estado "Ocupações dos Tempos Livres" onde os miudos possam estar quando os pais estão a trabalhar e eles de férias. Este ano vi um cartaz ridiculo na minha cidade em que o horário de um ATL de férias de verão era das 9:00- 12:00 e 14:00- 16:00, com almoço fora e eu agora pergunto este ATL serve para quem? porque para pais que estão a trabalhar não é de certeza...

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    1. Há municípios que oferecem essa ocupação durante as férias. Loulé é um exemplo.

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  52. Bom dia, gente,a escola não é um depósito de crianças e se temos 3 meses de férias é devido ao tempo quente em que as escolas não tem condições para fazer face a esta situação. Sempre foi assim, e os pais sempre arranjaram soluções para este problema. As crianças precisam de brincar fora do espaço escolar e passar mais tempo com os pais!Afinal, para que é que temos fillhos,para os ver dormir à noite!!!

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  53. Eu concordo com 3 meses de férias escolares, desde que os pais ponham os putos nos campos de férias do Benfica Escolas de Futebol. Quanto aos outros, 1 mês já é demais.

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  54. Tem razão! Ao Estado não cabe dar aulas! Os professores nem deviam ser funcionários públicos, a não ser naqueles locais onde ninguém vai parar. Isso é o verdadeiro sentido do serviço público, suprir necessidades.
    Quanto aos pais é com muita tristeza que vemos as pessoas desdobrarem-se em actividades, e quase sempre são as mães, porque a preguiça evolui devagar, como as mentalidades...e mães cansadas e stressadas e deprimidas não transmitem auto-confiança, nem alegria e por vezes, nem amor.

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  55. Ó pipoca, pelamor da santa, gostava de te ver a meio de junho ou em julho, com temperaturas de 40º, com 30 fedelhos dentro duma sala, é que gostava mesmo... as escolas não têm ar condicionado, sabias?

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  56. Depois de ler certos comentários sinto mesmo que este texto é uma bandeja de Pérolas a Porcos! O resto da Europa tem um mês de férias que distribui sensatamente pelo resto do ano. Lembro-me muito bem de ter uma semana de Férias no Carnaval e uma semana na altura do 1 de Novembro. Distribuímos super mal as férias dos miúdos. E os avós??? Mais quais avós?? Fico feliz se têm essa ajuda mas nem toda a gente tem essa sorte. E Sim, 3 meses de férias é uma autêntica parvoíce. Especialmente quando os pais não têm disponibilidade para estar com as crianças. Deveria haver horários de trabalho e meses de férias diferentes para quem tem crianças até aos 10 anos por exemplo. Se fossemos a ver como é em países como a França, por exemplo, se calhar resolvíamos alguns dos problemas da nossa taxa de natalidade... e estar na escola não é só estar enfiado numa treta de uma sala! É brincar, fazer jogos, fazer com as crianças o que não se pode fazer quando há matéria para dar! A brincar também se aprende!

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  57. O tempo de férias não é excessivo, a falta de oferta acessível de OTL's é que é o grande problema. As crianças precisam brincar e aprender de forma informal. Como docente (deixei de exercer) não percebo como se poderia diminuir o tempo de férias das crianças/adolescentes porque os professores não têm 3 meses de férias: reuniões de docentes para atribuição das notas finais, elaboração das pautas, reuniões com os pais/encarregados de educação, redacção das actas das reuniões de docentes e com os pais/encarregados de educação, entrega de relatórios, preparação do novo ano lectivo, matrículas (em algumas escolas são os docentes quem faz as matrículas). Como seria possível fazer tudo isto em 2 semanas? Hoje sou auxiliar de acção educativa. Após término das aulas temos de: higienizar toda a escola (lavar tectos e paredes, lavar janelas, lavar mesas e cadeiras, desviar armários, esvaziar armários e limpar todos os materiais, limpar e arrumar despensas, higienizar wc's, cuidar de jardins). Como se faria tudo isto em 2 semanas?

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  58. a mulher de um amigo meu é professora de EV, começa as feriias no inicio de julho e só acaba em setembro. vão o algarve a meio de julho e só volta em setembro, ela quase que o obriga a tirar 6 semanas seguidas de férias, ele é que não quer (ele é o proprio patrão, tira quando quiser). No Natal é fazer as reuniões ali a correr e ála, quase 15 dias de férias. O mesmo na Páscoa e por aí fora.Não estou a dizer que não têm trabalho, que têm, mas têm igualmente muito mais férias que o resto do pessoal, isso têm, e nem que venha o comité inteiro de professores negar, esqueçam, eu VEJO ISSO TODOS OS ANOS. eu que trabalho em hospital, rezo quase todos os anos para conseguir tirar 15 dias seguidos no verão, no período de ferias do meu filho (não sei onde contam três meses e meio, o meu começa as ferias em Julho e acaba em Setembro, na primaria começava a meio de Junho e acabava em Setembro, isto no máximo são três meses. Se ele só tivesse 1 mês e meio ou 2 meses, muitas vezes não passava férias comigo... porque eu tenho de dividir as semanas de férias entre colegas e para todos tirarem no verão, começa ali a meio de Junho e acaba a meio de Setembro..

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    1. Pois eu tive ainda reuniões na escola a 30 de julho... 🤷

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    2. Acho muita piada a isto... os paizinhos não sabem como entreter os seus filhos durante 2 meses mas os professores que têm que têm turmas com 15 ou mais crianças não deviam ter férias de Verão para tomarem conta dos meninos! Gostava que estes comentadores que acham que os professores têm férias a mais dessem aulas a uma turma de primeiro ano e o cansaço físico e mental ao fim de uma semana...

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  59. Li a maioria dos comentários e em nenhum (peço desculpa se me escapou algum) foi explicado porque as férias grandes são tão prolongadas.
    Como professora, preferia ter pausas mais repartidas no tempo como acontece noutros países da Europa e como foi referido em vários comentários, mas, infelizmente, em Portugal isso seria quase impossível, pelo menos nas escolas secundárias.
    E porquê? Porque existem duas fases de exames nacionais. A primeira fase inicia-se em meados de Junho e a segunda termina nos finais de Julho. E para a realização destes exames são necessários professores para o secretariado de exames, para vigiar os exames e, claro, para os corrigir. Depois há a fase de reapreciação de exames para aqueles alunos que solicitam a revisão de prova e, portanto, haverá professores a trabalhar em agosto.
    A logística que envolve a realização do exames nacionais é complicada e prolongada no tempo.
    Também não deverá ser difícil concluir que nem todos os professores têm o mesmo tempo de férias e os que têm menos em nada são compensados por isso.
    E para além dos exames, ainda temos o clima. Estar numa sala de aula com 30 alunos, com 30 graus, sem ar condicionado é penoso, muito penoso. Agora imaginem com 30 e muitos graus… O verão em Portugal, como alguém disse em cima, não é o verão da Suíça e as escolas também não.

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  60. Até fico parva com alguns comentários que li. Qual era o tema inicial? O que vi foi imensas pessoas a queixar-se da férias dos professores. Muitas férias é mesmo um emprego de sonho. Só podem estar mesmo a gozar. Devem estar a falar de professores de quadro, o resto dos profs estão nas ditas férias "desempregadas"( que as vezes nem lhes dão o subsídio de desemprego) passam os dias a concorrer. Em relação as férias das nossas crianças não acho em demasia acho que os atl e afins aproveitam o nosso despero como pais trabalhadores. Não são as crianças que têm férias a mais, somos nós pais que temos a menos.

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  61. Ora vamos lá ver, DEIXEM OS MIUDOS TEREM FERIAS! Quem nos dera… Já bastará quando se tornarem adultos passarem a ter só 22 dias. Nós não temos que querer que os filhos se adaptem à nossa vida, temos nós que nos adaptar às crianças, somos nós os adultos com mais capacidades. Queremos formatar o mundo à medida do nosso excesso de trabalho. É errado.

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  62. Eu concordo com o tempo de férias das crianças, mas percebo que seja muito difícil gerir crianças em casa enquanto os pais têm que ir trabalhar.

    em relação aos professores, é inegável que têm mais tempo de férias do que a maioria. Mas também é verdade que é uma profissão desgastante e de extrema importância para a sociedade. Não entendo por que razão e quando é que começaram a ser quase desprezados.

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  63. Pois é, os filhos são de quem??

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  64. Eu concordo que eles tenham estes meses de férias. E bom sair da rotina, acordar e deitar em horarios diferentes, fazer coisas diferentes, as escolas hoje em dia são um pouco campos de formatação, não dão espaco para os miudos serem criativos, percebo que seja complicado para nós mas acho positivo o não ocupar os miudos constantemente e dar lhes uns meses com uma rotina diferente. Pq nós trabalhamos mas eles estão a aprender, são processos diferentes.

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  65. a caixa de comentarios e' um reflexo da sociedade portuguesa
    parece-me q a queixa aqui sao a quantidade de dias de ferias dos miudos no verao e o q e' suposto os pais fazerem com eles... e nao se os professores merecem ou nao.

    em franca as ferias de verao sao mais pequenas, mas mm assim sao 2 meses (comecam no fim da primeira semana de Julho e acabam na primeira de setembro). durante os 2 meses os centros q gerem os tempos livres e cantina durante o ano escolar gerem os miudos, so miudos com ambos os pais a trabalhar e' q se podem inscrever. o mesmo se passa no resto das ferias q calham durante o ano lectivo. Sao regra geral animadores q sao contratados pela camara municipal de cada terra, a cantina tb e' gerida directamente pela camara (tal como os funcionarios). tb ha quem tenha avos dispostos a tomar conta dos netos.

    como e' q toda esta estrutura dos tempos livres foi criada? com a pressao da comissao de pais. e' perfeita? nao, pq nada e' perfeito. vantagens: os miudos qd os pais so podem tirar 1 semana de ferias no verao, passam o resto do verao em tempos livres com pessoas e miudos q ja conhecem.


    e sobre os professores terem direito ou nao a tantas ferias, e' como em todas as profissoes, uns merecem todas as ferias q recebem e mais ainda, outros nada.

    https://www.service-public.fr/particuliers/vosdroits/F31952

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Teorias absolutamente espectaculares

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