Pub SAPO pushdown

Um saco a mais por muitos sacos a menos

domingo, julho 28, 2019

Em minha casa, os meus pais sempre nos tentaram incutir algumas boas práticas ambientais. Na verdade, e agora que penso nisso, acho que tinham mais a ver com poupança do orçamento doméstico do que propriamente com preocupação com o ambiente. Aquelas coisas do "não tomem banhos de um hora", "desliguem a água enquanto estão a pôr champô", "desliguem a luz do quarto se não estão lá" foram ditas e repetidas até ao infinito. E, talvez por isso, também eu agora dou por mim a fazer o mesmo. Juro que fico nervosa com água a correr sem haver necessidade e que me sinto pequenas taquicardias de cada vez que vejo uma luz ligada desnecessariamente. Desconfio até que a minha missão mais importante nesta família é andar constantemente a apagar as luzes que eles deixam acessas. 

Mas voltando aos meus pais e à minha infância. Claro que eles me ensinaram aquelas coisas básicas, tipo, "não se deita lixo para o chão" mas, na nossa época, não se ouvia falar de metade das desgraças ambientais que hoje se ouve. Talvez porque vivêssemos na crença inocente de que estava tudo óptimo com o planeta, talvez porque as coisas ainda não estivessem, efectivamente, tão más, talvez porque tivéssemos menos acesso a informação, talvez porque ainda não houvesse tantos e tão completos estudos a dizer-nos que isto vai de mal a pior e que já  não nos sobra assim tanto tempo para remediar o mal que fizemos. Sempre se falou de poluição, claro, mas era um tema que pairava assim muito ao de leve, como se só se passasse em sítios muito longínquos.

E, de repente, levamos com tudo em cima e é uma chapada violenta. O ar que respiramos está cada vez mais sujo, o mar onde mergulhámos toda a vida está cada vez mais cheio de lixo, há cada vez mais espécies animais ameaçadas, o aquecimento global demonstra os seus efeitos nefastos, já esgotámos praticamente todas as nossas reservas de recursos naturais e... já não dá para ignorar. Já não dá para assobiar para o ar e fingir que não é nada connosco ou que é só uma coisa que vai ter efeitos daqui a milhões de anos.

De todos os lados saltam notícias, saltam estudos, saltam alertas: temos de ser mais conscientes, temos de mudar a nossa forma de viver, temos de encontrar formais mais sustentáveis de andar por este mundo, temos de garantir que ele ainda cá estará para as próximas gerações como esteve para nós. E há coisas tão pequenas, tão simples e tão fáceis que podem ser feitas. Estou sempre a ouvir pessoas a dizer coisas do género "não é por eu deixar de usar garrafas de plástico que isto vai melhorar" e juro que tenho vontade de lhes enfiar um dedo no olho. Porque se todos pensarmos assim, então é impossível mudar o que quer que seja. 

Há pouco tempo estive num hotel no Porto Santo que tinha espalhadas fontes de água por todo o lado. Nas zonas interiores, nos jardins, junto às piscinas, no caminho de acesso à praia. Tudo para que as pessoas pudessem encher as suas garrafas e não tivessem de estar sempre a pedir garrafas de plástico. Tinha levado a minha garrafa de inox, que anda sempre comigo, por isso passei as férias a enchê-la nas várias fontes disponíveis, mas vi muito pouca gente a fazer o mesmo. A grande maioria preferia passar no bar e pedir garrafas de plástico para a família toda.  É que nem se davam ao trabalho de reutilizá-las, iam só pedir mais e mais e mais. E eu não sei se faziam isto por se estarem nas tintas ou se por, lá está, acreditarem que o seu gesto não fará qualquer diferença.

Estou longe de ser absolutamente exemplar no que toca à protecção do ambiente, ainda tenho muiiiiiiito caminho pela frente e muita coisa que preciso de mudar, mas vou tentando fazer alguma coisa. Além de andar sempre com a minha garrafa, também já aboli as palhinhas de plástico na família inteira (somos crescidos, sabemos beber por um copo), procuro comprar frutas e legumes sem serem embalados, estou a substituir as escovas de dentes de plástico pelas de bambu, estou a tentar andar mais de transportes públicos ou a pé do que de carro e, quando vou às compras, levo um saco para não ter de estar a recorrer aos de plástico. E foi por isso que quando o LIDL, a propósito do Dia Mundial da Conservação da Natureza (que se celebra na próxima semana), me desafiou a desenhar um saco reutilizável,  eu disse logo que sim. Como não?


Ok, quando eu digo que desenhei, vamos ter alguma calma. Não desenhei, desenhei que, graças a Deus, sou uma pessoa bastante consciente das minhas limitações artísticas. Mas, em conjunto com a equipa LIDL, dei os meus inputs, fui explicando o que gostava e, juntos, chegámos ao ecobag final: um desenho bonito, floral e a frase #menosplásticomaisambiente. O saco vai estar à venda em todas as lojas LIDL, de norte a sul do país, já a partir de segunda-feira, 29 de Julho. É uma edição limitada, por isso corram e, por favor, dêem-lhe muito, muito uso. Acreditem que este pequeno gesto de ter um saco reutilizável faz mesmo muita diferença na quantidade de plástico que consumimos. E acreditem, também, que tudo conta, que tudo pode ajudar. Se ainda têm sacos de plástico em casa, reutilizem-nos até não dar mais porque, regra geral, cada pessoa não usa um saco mais do que 25 minutos. Depois deita-o fora e demora 300 anos a decompor-se no ambiente. Um pequeno crime, certo? Não podemos continuar a fingir que não se passa nada.

Para quem não sabe, o LIDL tem-se empenhado muitíssimo na redução dos plásticos e a tomar várias medidas para eliminá-los, reduzi-los, substitui-los e transformá-los (podem ver mais aqui). Em 2018 o LIDL assumiu o compromisso de reduzir o consumo de plástico em, pelo menos, 20% até 2025, o que conseguirá através de iniciativas como o fim da venda de sacos de plástico para transporte de compras (até ao final de 2019), o fim da venda de artigos de plástico descartável em todas as lojas nacionais, a incorporação de materiais recicláveis em todas as embalagens de marca própria (até 2025), a redução do plástico nas cápsulas de café e nas embalagens de frutos secos, ou o lançamento do TransforMAR, um projecto de sensibilização e reaproveitamento do plástico nas praias portuguesas.

Acho que se queremos ser mais conscientes nas nossas escolhas, é importante conhecer os sítios onde fazemos compras habitualmente  e escolher aqueles que, como o LIDL, se preocupam com o ambiente, estão envolvidos em projectos de responsabilidade social e estão empenhados em fazer a diferença. Porque todos os passos contam.


Post em parceria com o LIDL



Protector solar, para que te quero

quinta-feira, julho 25, 2019

Ainda me lembro de quando era miúda,  ali nos anos 80 e 90, passar horas a esturricar ao sol, naquelas que são as horas fatais de calor, naquelas que toooodos sabemos que devemos estar à sombra (ou mesmo em casa), ali entre o meio-dia e as quatro da tarde, e não ter o mínimo de preocupação com protetores solares. Ou melhor, tinha só mesmo o mínimo de preocupação, usava protectores para aí com um SPF4 . Se apanhasse um escaldão, a coisa depois logo se resolvia com um cremezito ou com uma qualquer mezinha caseira. Importante mesmo era estar bronzeada. Sim, era burra, mas passou-me. Pelo menos no que toca a protecção solar.

Com 38 anos, essas ideias absurdas já nem sequer me passam pela cabecita., é que ninguém me apanha sem protector solar. Para comecinho de conversa, tenho muito menos tolerância ao sol (estou belha, amigos, estou belha). E depois, a cada ida à praia besunto-me com uns 450 cremes e repito o processo para aí a cada 15 minutos. Só em protectores carrego uns quinze quilos, tenho a lombar toda lixada, mas antes a lombar do que a pele. Isto não quer dizer que não goste de apanhar uma corzinha durante o Verão, que gosto, mas mais importante do que ter um bronze é ter um bronze saudável. Isto agora foi profundo, não foi? Sou o Gustavo Santos dos textos em parceria. Adiante.

Para já, desde o início do ano que comecei a aplicar protector solar 50 todo o santo dia, faça chuva ou faça sol. Comecei a reparar que tinha a pele cada vez mais manchada e decidi começar a tentar inverter o processo enquanto ainda era tempo. Não há milagres, óbvio, mas acho que a coisa melhorou. É um erro achar que o rosto só está exposto ao sol durante o Verão, minhas boas amigas. É preciso protegê-lo SEMPRE. Depois, no que toca à praia, faço sempre uma primeira aplicação de protector ainda antes de sair de casa, logo pela fresca. Chegada à praia, vai mais um bocadinho, para ver se não há azares, e depois de cada ida à água, nem que seja para molhar o dedo mindinho do pé, há mais uma sessão de besuntadela de creme. E, graças à Nossa Senhora da Protecção Solar, já nem me lembro da última vez que apanhei um escaldão. No início da época arranco com o factor 50 e, quando já tenho ali uma corzita, desço no máximo até ao 30.

Sou menina para já ter experimentado todas as marcas solares do mercado, tamanho o meu amor pela protecção solar. A mais recente foi a Caladryl Derma Proteção Solar, que acaba de chegar ao mercado, meeeeeesmo a tempo do Verão — isto é, se ele alguma vez chegar. No momento em que vos escrevo está a chover. E não, não estamos em Janeiro, é mesmo Julho com um pé já a fugir para Agosto. A gama é composta por quatro produtos de protecção solar para a cara e para o corpo e dois cuidados pós-solar. Os produtos adaptam-se a peles mais sensíveis, não têm perfume nem parabenos, são resistentes à água e à transpiração e, graças ao Triple Moist Complex, deixam a pele hidratada logo após a aplicação. Para serem perfeitos só lhes falta saber aplicarem-se sozinhos. Isso é que era muito espectacular!



Para o rosto, a Caladryl desenvolveu dois cremes. O Caladryl Derma Creme Hidratante FPS 50+ (PVP 18,99€), para as peles mais secas, e o Derma Fluido Matificante, com toque seco, também com FPS 50+ (PVP 18,99€), para quem tem a pele normal a mista. Ambos podem (e devem, já vos avisei, vocês ouçam o que vos digo) ser usados diariamente, o ano inteiro. Já para o corpo temos o Caladryl Derma Loção Hidratante, com FRP 50+, e para as peles mais tolerantes ao sol o Caladryl Derma Spray Hidratante FPS 30 (ambos com PVP de 19,99€). 

Para os espertos que se “esqueceram” de pôr protetor (vulgo preguiçosos) e apanharam um escaldão daqueles, a gama conta com dois produtos pós solares: o Caladryl Derma Gel Pós-Solar Ultra Refrescante Ice (13,49€), que deixa um efeito gelado e refrescante na pele, ao mesmo tempo que repara os os danos causados pelo sol, e o Caladryl Derma Gel SOS Pós-Solar e Eritema (13,49€), que alivia as dores e a comichão e hidrata a pele depois dos escaldões. 

Se ainda não compraram protector solar para esta época, vão até à farmácia mais próxima e dêem uma espreitadela nestes da Caladryl. Depois não venham para aqui dizer que não me preocupo com o vosso bem estar. 



Post em parceria com Caladryl

Mateus e a festa "científico-benfiquista-pokemoniana"

quinta-feira, julho 25, 2019

E prooooonto, acabaram-se as festas de anos super-fofinho-coisas para o Mateus. Nos dois primeiros anos foram assim à bebé, até porque ele nem sequer tinha voto na matéria, depois já começou a pedir que fossem do boneco X ou Y (quase sempre coisas pirosas que eu tentava contornar, do género "Transformers? Não preferes antes o Mickey, que é tão querido?"), e agora sinto que já não tenho mão no miúdo e que a minha opinião é feiamente ignorada. Moral da história: este ano pediu-me para mudarmos um bocadinho o formato da festa, quis convidar todos os amiguinhos da escola, e já não foi em modo "montamos arraial num jardim e está feito". Já foi uma coisa assim mais à crescido.

Nos dias que correm, não faltam opções de espaços que organizam festas infantis. Já tinha andado a ver várias opções com o Mateus, mas acabámos por aceitar o convite da Science4you. Para já, porque o Mateus adora fazer experiências, é super curioso. Depois, porque acho interessante que haja uma componente mais pedagógica numa festa. E, por fim, porque entre outros sítios, a Science4you organiza festas de anos no Museu Cosme Damião, vulgo museu do Benfica, em pleno Estádio da Luz. Difícil arranjar uma combinação mais perfeita, certo?



O passo seguinte foi escolher o pack de experiências científicas. Não foi fácil, porque a Science4you tem imensos, conforme a idade das crianças (por exemplo, o Júnior, o Viscoso, o de Cosmética, o Explosivo, o de Cozinha, entre outros), mas tendo em conta que os convidados tinham entre os cinco e os seis anos, achámos que iam adorar o pack Ciência Nojenta, com experiências como o Cocó Insólito, a Poia Peganhenta, o Monstro do Esgoto ou a Espuma de Gás de Arrotos. Não torçam o nariz, não há nada que os miúdos mais adorem.



Por ser no Museu do Benfica, além de todas as experiências Science4You a festa também incluiu uma visita ao museu. Nada como pôr os miúdos logo desde pequeninos a absorver a cultura do maior clube do mundo! Váaaaaa, não sejam assim, mesmo os miúdos de outros clubes gostaram da visita e eu até fui boazinha, porque excluí do programa a parte em que poderiam fazer galhardetes do Benfica. Enfim, não houve galhardetes mas tenho esperança de ter conseguido conquistar mais algumas crianças para a enorme família benfiquista, até porque ficaram boquiabertos com a quantidad de troféus do museu =).




Tirando a parte da visita, a festa acontece numa sala privada e super espaçosa onde os miúdos estão completamente à vontade. É lá que fazem as experiências, a modelagem de balões, pintam a cara e lancham. As monitoras da Science4you são umas queridas e têm uma paciência de santas para conseguirem captar a atenção de tantas crianças. O lanche faz parte da festa, nós só levámos o bolo de anos porque o Mateus queria muito que fosse dos Pokemon.



Enfim, acho que foi uma ideia gira e que sempre dá para fugir um bocadinho aos típicos insufláveis ou trampolins. No final, o Mateus disse que "foi a melhor festa de sempre", vinha maravilhado com tudo o que tinha feito. E, claro, não há nada melhor do que vê-lo tão feliz =)






Post em parceria com a Science4you

As bodas contra-atacam: vestidos até 50€

quarta-feira, julho 24, 2019
Depois de vos ter feito desesperar por vestimentas baratas para levarem aos casamentos dos próximos meses, fechamos a saga das bodas em bom e em (mais) barato, com vestidos (e macacões) que custam menos de 50€. 







E a Beni fez um ano!

terça-feira, julho 23, 2019

Aiiiiiiiiii, valha-me Deus. Como? Como é que isto aconteceu? Como é que a minha pequena ratazana ainda ontem me estava a nascer e, de repente, já tem um ano? Eu noto que o tempo anda a passar cada vez mais rápido, mas acho que este ano passou num fósforo. O que é muito assustador. Não vou repetir a conversa de como a passagem do tempo me atormenta, como estou a ver isto tudo assim a voar, porque depois fico deprimida, e se eu fico deprimida vocês ficam deprimidos, e acho que ninguém quer isso. Portantosssssss, falemos antes de coisas felizes. De como a Benedita é uma fofinha e de como foi bom juntar a família e os amigos para comemorarmos o primeiro aniversário.

Como sempre, não tinha assim grande ideia para os festejos do evento. Por isso, e como sempre, entreguei a coisa nas mãos

O dia em que demos fogo ao José Castelo Branco

segunda-feira, julho 22, 2019

Nos últimos 15 anos, este blog tem sido uma espécie de diário onde vou registando muitas das coisas que se vão passando na minha vida. Coisas boas, coisas más, coisas assim-assim. Não está cá tudo, longe disso, mas sinto que está aqui um bom resumo do que os últimos anos têm sido. Sinto também que tenho andado mais afastada. Talvez porque ache que as pessoas já não têm muita paciência para ler grandes textos - preferem informação mais rápida, visual e mastigada -, talvez porque sinta que há outras áreas que me vão ocupando mais tempo (como o stand up comedy), talvez porque o meu trabalho já não passe tanto pelo blog mas mais por outras plataformas, como o Instagram.

A verdade é que não conto deixar o blog. A verdade é que estou sempre a pensar que tenho de escrever sobre isto ou sobre aquilo, mas depois a vida atropela-me e não me sobra muito tempo para vir até aqui. E, se for só para despachar, escrever por escrever, então prefiro não vir. Mas, a verdade também, é que há coisas que eu quero que continuem a ficar aqui registadas. Para memória futura. Uma dessas coisas foi o roast ao José Castelo Branco, que aconteceu na sexta-feira, no Campo Pequeno, e que eu apresentei como roast-master. E dizer isto ainda me parece meio impossível.


A minha "carreira" no humor é recente. Bom, no humor mais performativo, porque o humor sempre aqui esteve e sempre foi o registo que marcou este blog (e a minha vida). Desde que me lembro que sempre gostei de (tentar) fazer rir as pessoas e tenho 98,7% de certeza que, se por acaso, pedissem às pessoas que me são próximas que me atribuíssem uma característica (positiva, não inventem!), todos eles referiram o sentido de humor.  O mesmo sentido de humor que vocês também conhecem, que uns gostam, que outros odeiam, mas que é só mesmo isso, humor, e que é uma parte muito importante daquilo que eu sou. Porque não consigo andar por aqui de outra maneira.

Dito isto, nunca pensei que o humor viesse a ganhar esta proporção na minha vida. Nunca achei que me atirasse aos palcos com os meus textos e, muito menos, que um dia pudesse apresentar um espectáculo para milhares de pessoas, numa sala esgotada. Participar no roast ao Toy tinha sido, até aqui, a maior e melhor experiência da minha "vida humorística", mas saltar para o papel de apresentadora é outra coisa. O meu primeiro instinto foi logo dizer que não. Porque não me sentia confortável, porque sou a pessoa que menos acredita nas minhas (eventuais) qualidades, porque sou pessimista e acho sempre que estou aquém. Aliás, sempre que alguém me pergunta como é que foi uma actuação minha, eu nunca respondo "foi incrível, espectacular, correu mesmo bem, as pessoas adoraram". Não, vejo sempre o copo meio vazio. Acho sempre que podia ter trabalhado as piadas de outra maneira, que podia ter feito uma pausa maior aqui, que podia ter acelerado mais ali, que podia ter saltado uma parte que nem tinha assim tanta graça, que podia ter improvisado... enfim, que podia ter feito tudo o que não fiz. E nem sei se é insegurança, acho que é só uma eterna insatisfação.


Não sei a partir de que momento é que alguém se pode intitular humorista. Provavelmente, quando é reconhecida pelos seus pares - coisa que não sinto que seja, para a maioria sou só "a gaja dos blogs que agora tem a mania que também faz piadas" - ou quando passa a viver exclusivamente do humor. Não é o meu caso. Pelo menos para já, não penso largar todas as outras coisas que faço para me dedicar à comédia. E, por isso mesmo, tenho grande renitência em assumir-me como humorista. Se calhar, nem tenho de o fazer. Mas, se calhar, ajudava muito a que algumas pessoas percebessem que o que eu faço são piadas e não passassem a vida a moer-me o juízo.

Adiante. Apresentar o roast foi só incrível. Não, não estou a dizer que eu fui incrível, estou a dizer que foi uma experiência incrível. E que me diverti muito. E que fiquei de coração cheio de cada vez que alguém se riu de alguma coisa. Sim, eu ainda me surpreendo quando as pessoas se riem de alguma coisa dita por mim. Porque não há nada pior do que estar em cima de um palco a tentar fazer piadas e só ouvir o som dos grilos. 


Não vou dizer tudo o que ali se passou, até porque houve muita gente que não conseguiu ir e não quero estar aqui a ser spoiler para aqueles que irão assistir à versão televisiva, mas acreditem que não é fácil ter mão no José Castelo Branco! Não é mesmo. Estava ciente que tudo podia acontecer, mas acho que poucos estavam preparados para aquele final. 

Enfim, resta-me agradecer à Meio Termo pelo convite (e ao Nelson por acreditar sempre que tudo se faz), à restante equipa por ter assegurado um espectáculo incrível a todos os níveis, ao José Castelo Branco, que teve um enorme poder de encaixe, aos restantes convidados (Fanny, Vítor Espadinha, o maravilhoso Gilmário Vemba, Fernando Madureira, Hugo Sousa, Alexandre Santos e Kapinha), à banda, à maquilhagem e cabelos, ao catering, aos técnicos, e ao público. Por ter enchido a sala, por ter mostrado, outra vez, que está mais do que preparado para este formato e por me ter recebido tão, tão bem. Vocês são os maiores. =)



Fotos: Marta Cabral

Izidoro: do prado para o MEU prato

domingo, julho 21, 2019


Uma das coisas que mais me perguntam desde que o homem decidiu começar a seguir uma dieta vegana, há mais de dois anos, é como é que ficaram as refeições cá em casa e se o resto da família continua a comer carne e peixe. Ora bem, cá em casa come-se de tudo. Quer dizer, praticamente tudo, e não mudámos radicalmente a nossa alimentação só porque o homem se passou da cabeça e decidiu abolir tudo o que era proteína animal (e agora aí vêm os veganos de moca na mão). Respeito muito a decisão dele (apesar de também gozar bastante com o tema) mas, pelo menos para já, não me faz sentido aplicá-la à minha vida ou à dos miúdos. 

Quer isto dizer que consumo carne como se não houvesse um amanhã? Não, longe disso. Na verdade acho que até consumo menos, até porque algumas vezes colo-me às refeições veganas do homem. Mas daí a decidir "pronto, agora nunca mais entra uma coxinha de frango neste estômago" ainda vai um loooooongo caminho. Não gosto do "nunca", não gosto da sensação de proibição, não gosto de nada disso. E, lá está, há uma data de coisas que me sabem mesmo bem, ainda que só as coma de vez em quando.

Cá em casa consumimos essencialmente carnes brancas. Excepcionalmente compro vaca, e porco como assim muitoooo de vez em quando, tipo uma bifana nas roulotes do Estádio da Luz . E presunto. De presunto gosto muito. E depois há aquelas coisas que tenho SEMPRE, tipo fiambre, mortadela ou salsichas de peru ou frango. Dá sempre jeito para os pequenos-almoços, lanches, ou para despachar um jantar assim mais depressa. Eu sou  menina que podia perfeitamente alimentar-se de bolachas de água e sal com fiambre, amoooo! Ponho-me a comer em frente à televisão e avio um pacotinho de fiambre assim em menos de nada. Também sou perdida por enchidos, muito mais do que por queijos, mas tento não comprar cá para casa porque sei que duram para aí meia-hora. Paios, chouriços, salames, you name it. Adoro tudo.

Uma das minhas marcas preferidas, desde sempre, é a Izidoro, muito provavelmente por sempre ter tido memória de a ver lá por casa. É daqueles hábitos que vão passando de geração em geração.  E também por ser uma marca 100% portuguesa e que, ainda por cima, tem carne fresca, facto que só descobri recentemente.Para quem ainda não sabe, a Izidoro tem criação animal própria em Portugal, o que os faz com que conheçam a carne melhor do que ninguém.Além disso, são extremamente criteriosos na selecção da melhor carne, para as diferentes espécies, logo desde a origem, permitindo-lhes que estejam atentos a todos os detalhes e que possam estar constantemente a pensar em novos produtos e conceitos, à medida das necessidades dos clientes. É por isso que, por exemplo, há opções mais económicas, gourmet, mais saudáveis (com o teor de sal ou de gordura reduzido) ou até adequadas a vegetarianos, como os produtos de soja.



Gosto de vários produtos da Izidoro, mas se tivesse de fazer um top acho que metia lá coisas como o Peito de Peru em Forno de Lenha, as salsichas de peru da linha gourmet,  os hamburgers com chouriço e bacon ou aqueles pratos que é só meter no forno e já está, como o rolo de carne com presunto e tomate, que fica óptimo e a pessoa faz um brilharete, porque parece que sabe mesmo cozinhar. Enfim, há uma data de coisas realmente boas, se ainda não experimentaram não sabem o que andam a perder.



Já agora, se tiverem sugestões de lanches, pequenos-almoços ou outras refeições com fiambre  ou salsichas, agradeço que partilhem, que muitas cabeças pensam sempre melhor do que uma e porque acho que há sempre novas formas de comermos o mesmo de sempre. =)

Post em parceria com Izidoro

E ainda as bodas: vestidos até 100€

terça-feira, julho 16, 2019

Estimo, muito sinceramente, que muitos de vós não se tenham posto a fazer um peditório à porta do banco para poderem comprar uma fatiota de boda. Eu avisei que ia apresentar umas roupitas mais em conta, não foi? Bem sei que esta ânsia louca de comprar vestidos é tal que assim que é anunciado o casório vai tudo a correr para as lojas com medo que a tia Cândida ou que a prima Judite já tenham comprado primeiro. Também não é caso para tanto, não é verdade? Posto isto, aqui ficam as sugestões até 100€, que ainda vão muito a tempo dos casórios de Agosto.





Novidades fresquinhas #90: Primark x Rei Leão

domingo, julho 14, 2019
Não posso jurar, mas tenho aqui uma desconfiançazinha, algures entre o fígado e o pâncreas, que a Primark está a tentar levar a malta à ruína. Primeiro, foi a coleção fofinha do Dumbo, depois, veio o Toy Story e agora, txan txan txan txan, lançam uma coleção cheiaaaaaaaa de cenas do Rei Leão (que estreia esta semana!! Ai ai ai ai ai!!!). Honestamente, culpo a Disney por todo isto. Lembraram-se de começar a fazer live actions a torto e a direito e é o que se vê. Quem sofre, meu amigos e minhas amigas, somos nós. É que já nem consigo culpar a criançada, que só de passar na montra começa em berreiro que quer uma camisola do Simba e um pijama com o Timon e Pumba, é que nós próprios temos dificuldade em sair de lá sem trazer 45 daqueles sacos de papel gigantes cheios de tralha. Vamos lá ver se paramos com isto Primark, sim? 






YES!diet: balanço final!

quinta-feira, julho 11, 2019

Desde que anunciei que estava a fazer a YES!diet, gerou-se toda uma onda de curiosidade em torno do tema. Recebi inúmeras mensagens, não só de pessoas que queriam muito começar a dieta e saber mais pormenores, mas também de pessoas que já estão a fazer e quiseram ir partilhando a sua experiência. No meu caso, como não tinha muito peso para perder, ficou logo mais ou menos definido que só iria seguir o plano ao longo de um mês. À partida, não seria necessário prolongar a dieta, mas a ideia também era ir avaliando.

Comecei a YES!diet com pouco mais de 61 quilos. Não é, de todo, um peso excessivo para a minha altura e constituição, mas também não era o peso com que me sentia confortável e estava a ser mesmo difícil eliminar os quilitos extra que ganhei com a gravidez. Hoje, quase dois meses depois, pesei-me e estava nos 58,5. E este sim, é o peso com que me sinto bem, e sei que devo o resultado à YES!diet. Se tenho um corpo perfeito? Longe disso, mas estou bastante satisfeita com o que consegui, sobretudo tendo tido um bebé há menos de um ano.

 Na última consulta com a nutricionista fizemos as medições finais e perdi centímetros em todas as zonas. E, mesmo já tendo acabado a dieta, sinto que houve bons ensinamentos que ficaram e que me têm ajudado a manter o peso: procuro comer de forma mais saudável, beber mais água, voltei a fazer exercício e, mesmo que uma vez por outra cometa algum deslize alimentar, sei que não há problema nenhum, porque na refeição seguinte já volto a ser regrada.

Posto isto, eis-me chegada à Fase 3, a de reeducação alimentar, que é suposto ser para a vida. Aqui, a ideia é que se coma de tudo, com peso e medida, e de forma a que não se volte a ganhar o peso perdido. Para mim, uma das coisas mais difíceis é conseguir manter o foco entre as refeições, por isso continuo  a comer os snacks da YES!diet. Não só porque são realmente bons, mas porque são uma alternativa mais saudável à oferta que encontramos nos cafés e pastelarias. Em vez de me desgraçar com um bolo altamente calórico, como uma barrita ou uns chips e fico bem. Sei que são escolhas seguras, por isso quando saio de casa abasteço sempre a mala de snacks.

Tal como já vos tinha dito anteriormente, não me custou mesmo nada fazer a dieta. Nunca passei fome, a comida era bastante saborosa, por isso foi só mesmo uma questão de foco e de me mentalizar que, ao longo daquele mês, teria de estar comprometida. E mesmo com algumas viagens pelo meio, a nutricionista deu-me sempre excelentes dicas para não fugir muito ao plano e não dar cabo de tudo o que já tinha conseguido.

Sei que agora no Verão é muito mais fácil relaxarmos com a alimentação. Estamos de férias, não queremos estar sempre a contar calorias, os petiscos chamam por nós. Estou muito tranquila em relação a isso, não vou andar a contar calorias. Mas, pelo sim, pelo não, e já a pensar em eventuais deslizes, já marquei uma consulta de rotina com a nutricionista YES!diet para o final de Verão. E é muito bom saber que temos este acompanhamento, alguém que conhece o nosso "processo" e que rapidamente nos pode fazer voltar ao foco.

Espero que tenham gostado da partilha da minha evolução com a YES!diet e se estiverem aí indecisos a pensar se deverão fazer ou não, a minha resposta é, obviamente, um enorme SIM. Não importa se têm muito peso a perder ou só um par de quilos, como eu. Se andam à procura de motivação para começar, se se sentem um bocadinho perdidos no que toca a saber quais as melhores opções alimentares, acredito que podem encontrar a ajuda que precisam YES!diet. É só marcarem a vossa consulta de avaliação num centro Well's. Não custa mesmo nada.

Entretanto, há algum tempo lancei um passatempo para que uma seguidora pipoquiana  tivesse  a oportunidade de fazer a YES!diet e... já temos vencedora. Vou conhecê-la muito em breve e prometo ir mostrando tudo por aqui! Fiquem atentos!

Post em parceria com YES!diet

Dino Parque: há dinossauros à solta na Lourinhã

terça-feira, julho 09, 2019

O Mateus é ligeiramente fanático por dinossauros. Não sei muito bem como é que a coisa se deu mas, de repente, começou a saber o nome de não sei quantas espécies e respectivas características. Eu ficava (fico) sempre a olhar para ele com um ar entre o admirado e o assustado, do género "como raio é que ele sabe isto tudo?". Mas, a verdade, é que sabe, e já viu o Jurassic Park não sei quantas vezes, e adora aqueles brinquedos da Science4You em que tem de escavar uma pedra para chegar a um dinossauro... Enfim,  gosta mesmo do tema.

Já andava para levá-lo ao Dino Parque há uma vida, mas andávamos sempre a adiar, até que, no fim-de-semana passado, lá nos pusemos nós a caminho da Lourinhã. Isto dito assim parece que estamos a falar de uma viagem de carro de cinco dias, mas não. O parque fica a menos de uma hora de Lisboa, chegámos lá num instante. Propositadamente, não quis ler nada sobre o parque antes de irmos, para que fosse uma surpresa para todos. Pronto, sabia que era dedicado aos dinossauros (spoiler alert!), mas não fazia a mínima ideia do que iria encontrar por lá. E, talvez por isso, tenha ficado tão surpreendida.

Para começo de conversa, estamos a falar do maior parque temático da Europa. E é mesmo, mesmo grande, por isso não falta o que fazer por ali. No nosso caso, começámos pelo laboratório, onde pudemos ver alguns fósseis originais a ser preparados, nomeadamente um ninho de dinossauro com mais de 150 milhões anos, descoberto nas arribas de uma praia do Oeste. É um trabalho moroso e minucioso, para que as peças possam ser preservadas ao máximo, e não deixa de ser um bocadinho avassalador estar ali a centímetros de uma coisa com aquela "dimensão temporal". Para quem não sabe, a Lourinhã é uma das maiores zonas de achados de dinossauros do País e vários deles estão ali, no Dino Parque, para que todos possam vê-los, numa exposição chamada "Dinossauros da Lourinhã", que integra fósseis originais e algumas réplicas.

Apesar de esta primeira parte da visitar ser realmente interessante, o Mateus estava mesmo, mesmo desejoso era de ir lá para fora explorar o parque. Fomos acompanhados na visita pelo paleontólogo e director-científico do parque, Simão Mateus, o que tornou tudo ainda mais interessante. Quando temos alguém que percebe realmente do assunto a partilhar connosco uma parte daquilo que sabe e a responder às nossas perguntas (absolutamente amadoras), aproveitamos muito melhor a visita.

No exterior o parque está dividido em cinco percursos, cada um deles dedicado a um período da história da Terra. Nós começámos pelo período Cretácico, que era aquele que tinha os dinossauros que o Mateus conhecia melhor (como o Tiranossauro Rex) , mas há também o Paleozoico (um período que começou há 419 milhões de anos e que apresenta os animais que habitaram a terra antes dos dinossauros), o Triásico (com os primeiros dinossauros) e o Jurássico (onde podemos ver algumas das espécies únicas da Lourinhã). Em cada um dos percursos temos dezenas de réplicas à escala de uma data de dinossauros, num total de mais de 180 modelos. E como os vemos ao ar livre, no meio das árvores, e conseguimos ouvir os sons que faziam, acho que dá para ter uma ideia bastante real de como seria aquela época.





Eu fui o tempo todo de boca aberta, porque é praticamente inacreditável pensar que aqueles bichos, com aquele tamanhão todo, andaram um dia a passear-se pela terra. Perguntei várias vezes "mas isto era MESMO o tamanho deles???". E é ainda mais inacreditável, e triste, pensar que de mais de três mil espécies, nenhuma sobreviveu. Ao longo da visita fomos sabendo algumas curiosidades e características sobre os vários animais: porque é que uns tinham penas, porque é que outros tinham a cabeça em forma de bola, porque é que tinham as garras em determinada posição, o que é que comiam, por que países é que andavam. Acho que o Mateus aumentou bastante os seus conhecimentos sobre dinossauros.







Uma das novidades do Dino Parque é o quinto percurso, dedicado exclusivamente aos Monstros Marinhos, uma viagem à descoberta de cerca de 30 dos maiores e mais fantásticos (e um bocadinho assustadores) que habitaram mares e lagos ao longo de 450 milhões de evolução. Tipo, um tubarão com 14 metros, um crocodilo XXXXXXL (o Sarcosuchos, que viveu em Portugal e que era capaz de comer dinossauros... medoooo!), um cachalote ou uma lula gigante.






Se querem percorrer os cinco trilhos em modo visita guiada, convém que vão com tempo. Explicava-nos o Simão Mateus que é fácil passar ali o dia todo, porque há mesmo muita coisa para ver. Há vários espaços de restauração no Dino Parque, mas há também uma grande zona de picnic, por isso se quiserem ir lá passar um dia e levar o farnel para a família, sintam-se à vontade.

A nossa visita acabou no Pavilhão de Actividades, onde o Mateus esteve entretido a escavar um fóssil (de brincar, calma, nenhum património arqueológico foi destruído) e a fazer outras brincadeiras. No final ainda nos obrigou a passar pela loja e lá trouxe um ovo de dinossauro que se põe na água e leva não sei quantos dias até o bicho nascer. Ainda não tínhamos passado a porta de saída e já ele estava a perguntar se podíamos voltar, o que me levou a concluir que a visita foi um sucesso.





O Dino Parque tem pouco mais de um ano e já recebeu mais de 450 mil visitantes. Pessoalmente, deixa-me muito orgulhosa que Portugal tenha um espaço como este, que se dedica a preservar a memória de um período importante da nossa história, que a ensina de uma forma lúdica e pedagógica  a pessoas de todas as idades e que, sobretudo, continua a apostar na investigação, para que todos possamos continuar a aprender mais.

O parque está aberto todo o ano, a partir das 10h00. As crianças entre os 4 e os 12 anos pagam 9,90€, e os adultos 13€, mas também há bilhetes de família e de grupo a preços mais acessíveis. Aproveitem que agora está bom tempo para darem um salto até lá, porque vale mesmo, mesmo a pena.








AddThis