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Sabes que começou no A... A, A, A!

quinta-feira, abril 04, 2019

Eu não sei muito bem como é que isto aconteceu, mas o Mateus vai para a escola este ano. Juro, parece que entrei numa máquina do tempo e saltei directamente de 2013 para 2019, sem paragem na estação de serviço de Cantanhede para uns rissóis de leitão. Como assim, o miúdo vai para a primária? Estou em negação. Ele nasceu ontem, é um bebé e de repente querem pô-lo a ler e a fazer contas? Socorroooooo! Enfim, tenho até Setembro para me convencer desta realidade. Na verdade, já ando a mentalizar-me, porque na escola onde está o Mateus já começou a aprender a ler e a fazer alguns cálculos matemáticos. Há uns tempos fomos ao dia dos pais e eu fiquei boquiaberta com a quantidade de matéria que os miúdos já aprenderam desde o início do ano, mas a professora garantiu-nos que foi tudo dado com muita calma e sempre com muita brincadeira pelo meio. E quando lhe perguntei se devíamos "estudar" com o Mateus em casa disse-me logo que não, que em casa é para brincarem. Óptimo.


Não sou nada dessas mães que querem ter os putos a ler Doistoévski aos cinco anos (em russo), mas acho importante que aquilo que eles aprendem na escola vá sendo cimentado em casa, só para garantir que não se esquecem. Não sento o Mateus à secretária, não o obrigo a ler a gramática, mas fazemos alguns jogos básicos, sobretudo quando vamos no carro e ele precisa de ser entretido para não ir o caminho todo a perguntar "já chegámos? Já chegámos? Já chegámos?". O mais básico é o "então e palavras começadas por A? E por "o"? E assim sucessivamente. 

Acho que enquanto eles são pequenos a componente lúdica tem sempre de sobrepor-se à educacional, sob pena de eles nos quererem matar ou de quererem dar fogo à escola assim que chegarem à primária e já não poderem ver letras e números à frente. Tem de ser tudo com muita calma, sem os chatear muito, que sabe Deus a rapidez e a intensidade com que as criancinhas se aborrecem. Se sentirem a coisa como uma obrigação, mandam-nos logo dar uma volta (ou começam a bufar e a revirar os olhos), por isso o truque é meter muita brincadeira pelo meio. E acreditem que eles aprendem, fica sempre lá qualquer coisinha.



Se a vossa criançada também está prestes a entrar para a escola ou se já mostra interesse em aprender estas coisas, acho que vão gostar da colecção As Letras e os Números, que vai estar à venda com a Sábado e o Correio da Manhã, ou então online neste site, já a partir de amanhã. Cada número é composto por um conto ilustrado à letra inicial do nome do animal protagonista do conto (com jogos e exercícios no final), um animal de madeira, e uma letra, número ou forma geométrica, também de madeira. A ideia é que os miúdos - entre os dois e os cinco anos -, aprendam o abecedário, os números e as formas básicas enquanto brincam e se divertem, quase sem darem por isso. A colecção foi desenvolvida por uma equipa de especialistas pedagogos e educadores, para que, através de jogos e brincadeiras, se potencie a aprendizagem básica. E como os miúdos já não sabem viver sem a componente interactiva, há também uma aplicação para tablets que permite interagir com as figuras, já que ao pô-las no ecrã se pode ouvir o som da letra ou número e fazer exercícios. Muito fixe.


Cá por casa já lemos o primeiro conto - "Amanda quer ser astronauta" - e o Mateus adorou. O momento da leitura é sagrado cá em casa. Comecei a ler-lhe desde que era bebé e já faço o mesmo com a Benedita. Acho (ou, pelo menos, quero acreditar) que é meio caminho andando para virem a gostar de livros.



A primeira entrega tem um preço especial de lançamento de 1,95€, a segunda custa 4,95€  e as restantes 8,95€. Como sai um número por semana, é giro os miúdos irem fazendo a colecção e criando aquela expectativa de esperarem pelo número seguinte.



Post em parceria com RBA

29 comentários:

  1. Que saiba nao ha estacao de servico de Cantanhede e a terra do leitao e a Mealhada

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    1. a estação de serviço e a saída chamam-se "Cantanhede/Mealhada". Dizem as más linguas que o Presidente da Camara de Cantanhede, aquando da construção exigiu que fosse nomeado assim, não achava justo que fosse só Mealhada porque argumentava que quem saía ali, na maioria das vezes era para ir para Cantanhede.....

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    2. Ainda bem que escreveu em anónimo, quase que parece que sabe que o seu comentário é estupido, desnecessário e ... errado! Existe a área de serviço de cantanhede, sim. E a denomicacao da estação de serviço da Mealhada tem como denominação oficial Mealhada/Cantanhede. E quanto ao rissol tem razão! Eu não posso comer um travesseiro na Guarda porque eles não são de lá.
      Desejo-lhe mais felicidade na sua vida.

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    3. E que importância tem isso para a nossa felicidade coletiva? Há gente sempre pronta a apontar o dedinho (atenção aos outros 4!!!!!)

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  2. Olha filha daqui a 100 anos estamos todos mortos por isso eu não mato a cabeça com nada ,não aceito pressões da escola, educadoras de nada mesmo . Gostam de aprender? Óptimo ! Gostam de ler e fazer contas? Óptimo! Não querem saber da Escola nem de intelectualidades? Óptimo na mesma!! Mais alguém?? ☺️🤔👌

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    1. Eu,eu,eu!!!!! Tenho uma filha no 8' ano e penso muitas vezes: mas que importância teve o meu teste de fisico química ou de geografia quando andava eu no 8'ano? Qual o reflexo disso na minha atual vida? Nenhuma. Tanto faz. Beijinhos. Sofia

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    2. teve o reflexo de lhe ensinar que tem responsabilidades, que tem de estudar e de se comprometer com algo. E isso é algo que fica para mais tarde para um emprego. Levando ao extremo: aqueles miudos que não queriam saber de nada, faltavam às aulas, eram vagabundos e andavam a fumar charros, hoje em dia são bons profissionais, contratavam-nos para a vossa empresa? não pois nada....é de pequenino que se torce o pepino la diz o ditado

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    3. Por curiosidade Sofia: qual é a sua profissão?

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    4. Cara Sofia, acho mesmo triste o que acabou de dizer. Talvez para dar oportunidade à sua filha para ser o que ela quiser? se ela quiser ser astrofisica, engenheira, cientista, essa FQ do 8 ano é mesmo muito importante como foi para mim que sou física. E mesmo que não queira ser estas coisas, a FQ e a Geografia permite compreender as coisas, o universo, dá-lhe espirito critico e uma educação que algumas nações não dão aos seus. Que pensamento triste não reconhecer esse tesouro.

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    5. Cara Sofia, esse seu comentário, só confirmou aquilo que já eu sabia. São mães (ou pais) como a senhora que fazem com que eu tenha alunos completamente desinteressados. Quando o exemplo vem de casa, fazer o quê?

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    6. Cara Sofia, embora concorde que pode existir muita pressão no ambiente escolar, o que acabou de dizer não faz mesmo sentido. Eu que nunca fui grande aluna a ciências já me servi muito do pouco que aprendi em FQ. Por exemplo, sei entender o que é a tabela periódica, sei como funciona (e por isso como montar) um pequeno circuito de eletricidade ,consigo ter uma conversa sobre o universo e as linhas gerais do mesmo, etc... Quem diz isto para FQ diz qq coisa sobre qualquer disciplina. É uma mentalidade pequena essa de pensar que os testes não servem para nada-- é o que se espera quando estamos nós no oitavo ano, não quando são os nossos...

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  3. Ponham brincadeira nisso por favor!

    No 1 ciclo já aprendem fracções! Muito medoooo

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  4. Esta é a voz!

    A menina 👧 anda no desleixo aqui no estamine... é favor vir cá mais vezes!

    É tudo por agora.

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  5. Por falar em crianças a Maria Leal acaba de lançar uma música para os miúdos pequenos! Chama se “ta ta ta ta demais.” Loll ide ver nos YouTube da vida 🐏🐏🐏 aparece mascarada de boneca do sítio do pica-pau amarelo!👌

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  6. Gosto da sua postura mais relaxada (pelo menos por agora!) em relação a este assunto dos estudos. Hoje em dia os pais insistem em estudar com as suas crianças sem se aperceberem que não lhes estão a fazer favor nenhum pois as crianças precisam de ganhar os seus próprios hábitos de estudo e serem independentes e responsáveis pelos seus estudos. Observo que cada vez mais os alunos nao prestam atenção nas aulas nem tão pouco se preocupam em organizar-se para estudar para os testes pois contam com os paizinhos para lhes fazerem esse trabalho. Ora a longo prazo isto não traz nada de bom pois não só as crianças não aprendem a ser eficientes, a estarem atentas nas aulas e a descobrir qual o seu método de estudo como os pais depois passam os fins-de-semana entre resumos e explicacões abdicando assim da sua vida social ou de actividades de lazer, o que traz com certeza alguma tensão e também pressão acrescida a estas crianças. Ressalva-se naturalmente os casos de crianças com verdadeiras dificuldades de aprendizagem que necessitam de apoio em casa, mas sem ser nesses casos confesso que não entendo esta obsessão com o estudo acompanhado.

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  7. Não sou nada a favor dessas escolas que põe os miúdos a ler no pré-escolar. Tudo tem o seu tempo. Se já sabe ler o que é que vai fazer para o primeiro ano? Desmotivar?
    Parabéns pelo blog, gosto muito!
    ARP

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    1. Há adultos de hoje que aprenderem a ler segundo a cartilha maternal no último ano da pré e que não desmotivaram na primeira classe.

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    2. Anónimo, é verdade, e eu sou uma delas. Saí la muito bem preparada e fui feliz, mas não é por isso que vou por o meu filho na mesma escola em que eu andei. Vai para outra, exatamente porque não quero que ele com 5 anos já comece a passar dias inteiros sentado e a trabalhar. São visões diferentes e cada pai sabe (ou devia saber, mas às vezes também falhamos) qual delas é melhor para o seu filho.

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  8. Sou leiga no assunto, mas confesso que me preocupa imenso que se comece a ensinar letras e números às crianças antes de entrarem na escola primária.
    Acredito que um dia (serão precisas umas décadas) se farão estudos para perceber o impacto que o ensino precoce tem nas pessoas… E não vai ser bom.
    É de consenso geral que brincar é muito importante para as crianças, assim ao nível do carinho e afeto, e cada vez mais brincar passa para segundo plano quando se quer fazer aprender, ou quando mesmo já na escola trazem carradas de tpcs… E quando digo brincar refiro-me à brincadeira despretensiosa, e não aquela brincadeira pedagógica que na verdade é só ensino travestido… Não quero com isto criticar a Pipoca, que na verdade não teve essa iniciativa, apenas deu de caras com ela, e claro não vai dizer que não quer que lhe ensinem isso na escola… Eu mesma não sei como lidarei com isso quando a minha filha passar para essa fase.
    Estou só a dar a minha perspetiva, acho que estamos obcecados e contra os tablets, mas há mais coisas modernas que nos deviam preocupar quando se trata de formar uma criança… E uma delas é sem dúvida esta vontade que parece que a sociedade encarnou, de querer criar pequenos génios à força toda.

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    1. Como disse acima, há adultos de hoje que aprenderam a ler segundo a cartilha maternal antes da primeira classe. E isso não trouxe problemas a estas gerações. Claro que depende da maneira como são ensinadas as coisas, se há ou não trabalhos de casa e se há ou não tempo para brincar. A minha filha anda no primeiro ano da pré e já sabe quase todo o abecedário e escrever o nome dela. Mas acha piada, é um brincadeira como aprender a colorir desenhos. Assim não me choca, mas se andasse já com aulas a sério, metas e testes, concordo que seria demais.

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    2. É isso mesmo. 😀

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    3. Quando diz que houve adultos que aprenderam assim e não trouxe problemas, sabe que está apenas a orientar-se pela sua própria experiência, correto? Para se chegar a essas conclusões têm que se fazer estudos a sério com amostras a sério, etc. etc. etc. De qualquer modo acho que hoje em dia á uma praga… é mais comum que o contrário… Eu pessoalmente não acho que depende da maneira como são ensinadas as coisas, porque acho que antes dos 6 anos não nos têm que ser ensinadas certas coisas, seja lá de que modo for… É precoce.

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    4. Não, não estou a ver apenas a minha experiência. Estou a ver a minha experiência, a das amigas que comigo andaram na escola, a da minha mãe que andou numa escola semelhante, as amigas da minha mãe que andaram na escola com ela. Adultos sem problemas de aprendizagem, que fizeram os seus cursos superiores. Se isto é um estudo oficial? Não, nunca poderia ser. Mas não invalida a minha afirmação de que há adultos que aprenderam a ler segundo a cartilha maternal sem que houvesse problemas com isso. Que eu saiba também não tem qualquer estudo oficial e isso não a impede de dar a sua opinião, baseada naquilo se vê, conhece e pensa.
      A minha filha aos 2 anos pegou num dos meus livros e pediu-me para aprender as letras. Ensinei o A e recusei a ensinar mais por achar cedo. Não descansou enquanto não aprendeu mais uma série delas pedindo a outros familiares. A minha vizinha de 4 anos sabe escrever o nome de toda a gente da família e não foi na escola que aprendeu. As crianças têm curiosidade, para quê negar isso?
      Agora concordo consigo que há programas que podem ser de facto demasiado complexos e desmotivar a aprendizagem das crianças. E que o objectivo da ensinar as crianças consoante a sua curiosidade nunca pode passar por se querer pequenos génios.

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    5. Eu aprendi a ler antes da primeira classe. Não que os meus pais me tivessem metido numa escola ou ensinado propositadamente...Tinha tanto tempo livre (filha única e sem crianças perto) que aprendi. Tenho 45 anos e (até ver) não me senti nunca prejudicada por ter entrado para a primeira classe a saber ler e escrever...tirei o meu curso, adoro ler e fora uma dores de costas sou saudável.

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  9. Olá Pipoquinha. Desculpa ripostar mas se querias estudar com o miúdo em casa para ele relembrar as matérias dadas no infantário, és daquelas mamys que querem pôr os putos a ler Dostoievsky! Sem dúvida. AHAHA Pensa nisso.
    Free the Kids! Contra o massacre das crianças que têm de estudar com os pais! Coitadas!
    Beijinhos. Sofia

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  10. Eu tive uma mais velha que, por vontade dela, ia a ler para o 1º ciclo. Eu é que andei a distraí-la e a mostrar-lhe outras coisas interessantes para ela não se aborrecer depois no 1º ano. Mesmo assim, já ia com alguma facilidade de cálculo mental e quando chegou ao 1º ano teve de "regredir" um pouco no método de cálculo e ela teve imensas dificuldades, porque fazia cálculo mental e passou a ter de o fazer com reta numérica e aquilo era imensamente confuso na cabeça dela. Agora tenho outro que mostra muito pouco interesse em trabalho da escola. Ainda lhe falta um ano para o 1º ciclo mas tem uma professora diferente que tem o método de "tudo no tempo deles e paz e amor e vamos é fazer construções" e é tudo muito bonito mas sei que se não os for habituando a trabalhos simples e a alguns grafismos o 1º ano vai ser um choque. o 1º ano agora não tem nada a ver com o nosso tempo e é tudo dado a uma velocidade estonteante. Portanto, e à revelia da professora, estou eu a introduzir algumas coisas simples e sempre ao ritmo dele. O certo é que ele gosta e diverte-se a fazer pequenas coisas que não costuma fazer na escola.

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    1. Concordo. Sp achei "parvo" ensinar letras ou o q quer q fosse amtes do 1ano, mas depois a minha filha entrou p o 1 ano... e sim, se levarem ja algumas luzes, saberem pelo menos edtar sentados e concentrados, saberem pegar num lapis... ajuda muito eo choque é menor. "Têm tempo de aprender no 1 ano..." era bom, mas nao, nao têm. E nao estou a dizer q é o crrto, mas é o real.

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  11. Olá, o meu filho está no primeiro ano e estou a achar a matéria muito difícil. Ele já aprendeu o <>=, o pertence e não pertence e algoritmos. Até aqui tudo bem porque ele aprendeu bem, apesar de estes conteúdos só nos terem sido dados muito mais tarde. O pior tem sido o português. Se soubesse o que sei hoje ele tinha ficado mais um ano no jardim de infância. Já está farto da escola, não quer ir mais e mal ele sabe que ainda lhe faltam pelo menos mais 12. Sugestão - peça o programa do 1 ano para ler e depois conte-nos se não acha que é tudo muito avançado para a idade deles. Nunca achei que o meu filho não estivesse preparado, mas agora acho.

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  12. só é pena o valor total da coleção ser um pouco proibitivo (526€).
    Mas parece ser o máximo essa coleção.

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Teorias absolutamente espectaculares

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