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Alergias: elas existem e são para levar a sério

segunda-feira, fevereiro 18, 2019



Sabem aquele colega de escola que diziam que era fraquito porque começava a espirrar assim que se chegava ao pé do apagador de giz ou aquela amiga que só de ver camarão começa a ficar toda vermelha? Ou o meu homem, que assim que chega a Primavera parece um gato a cuspir bolas de pêlo? Muito provavelmente essas pessoas sofrem de uma qualquer alergia que, infelizmente, não tem cura e as vai acompanhar para o resto da vida. Graças a todos os santos, não sou pessoa que sofra com narizes a pingar com pólens nem fico a parecer um tomate inchado de cada vez que avisto uma travessa de marisco, mas sei que há quem sofra bastante diariamente à custa deste problema. 

A maioria das pessoas ainda olha para a palavra “alergia” como se
nada fosse, como se quem padecesse delas fosse só um chato do caraças que não se cala com o assunto. Uma alergia ao leite dá "só" umas comichõezitas aqui e ali e vai ao sítio com qualquer anti-histamínico. Não há necessidade de grandes alarmismos e stresses. Pois que na verdade as coisas não são bem assim, e foi por isso que a Sofia Luz e a Marta Castelão Costa criaram uma nova plataforma para consciencializar a população para este problema. 

Chama-se Senhora Alergia e podem visitar as páginas de Facebook e Instagram que foram criadas recentamente. Todos os dias a Sofia e a Marta vão partilhando várias coisas através destas contas, seja explicações de termos técnicos como anafilaxia (que, para quem não sabe, é uma das reacções mais graves a uma alergia e que deve ser imediatamente tratada com uma injecção de adrenalina), ou até simples receitas ou produtos aptos a quem é alérgico a certos ingredientes.

Estive à conversa com a Sofia que, além de ser imunoalergologista, é também mãe três filhos. Um deles, o João, foi diagnosticado ainda em bebé com uma alergia grave às quatro proteínas presentes no ovo. Depois de anos a ter reuniões constantes com as educadoras dos colégios e a explicar que o filho não podia nem sequer estar perto de zonas onde cheirasse a ovo, e de ser olhada de lado quando pedia atenção reforçada nos restaurantes, percebeu que estava na hora de fazer alguma coisa para mudar a visão das pessoas em relação a este problema. 

Foi então que conheceu a Marta, que tem dois filhos, o Francisco e o Salvador, ambos com alergias graves, o mais velho ao ovo e o mais novo ao ovo, ao trigo, à proteína do leite da vaca, à carne de vaca e também à banana. Um verdadeiro desafio que a levou ao consultório da Sofia. Das consultas nasceu a amizade e, em conversa, chegaram à conclusão que criar uma plataforma de consciencialização através das redes sociais era o caminho a seguir. 

Tal como a Sofia explicou, é fundamental que as pessoas percebam, em primeiro lugar, que uma alergia é muito diferente de uma intolerância alimentar. “Com uma intolerância eu fico mal disposta, inchada, porque o meu corpo não digere bem o alimento”, explica. “Quando temos uma alergia há uma reacção do nosso sistema imunológico e, no caso das crianças, pode até ser fatal.” 

Recentemente, têm sido relatados vários casos de miúdos que morrem simplesmente por estarem expostos a vapores de cozedura de alguns alimentos ou porque a informação sobre os ingredientes alergénios não é suficientemente clara. Em 2016, por exemplo, uma  miúda de 14 anos morreu a bordo de um avião depois de ter comido uma sandes que continha sementes de sésamo, às quais era alérgica e que não constavam na lista de ingredientes. 

Para já, a Sofia e a Marta vão partilhando as suas experiências através das redes sociais da Senhora Alergia mas, no futuro, esperam vir a criar um site e uma plataforma mais intuitiva para ajudar todos os pais e cuidadores que ainda não sabem bem como lidar com este problema. “Na minha consulta o que mais vejo são pais em desespero por não saberem o que fazer depois de o filho ser diagnosticado com uma alergia, é isso que queremos fazer, dar respostas a estas perguntas”, diz a Sofia.  Se têm filhos com alergias, passem por lá e ajudem com os vossos contributos, toda a ajuda é bem-vinda.

64 comentários:

  1. Catarina Marques18 fevereiro, 2019 10:42

    Com 43 anos estou a ficar alérgica aos crustáceos vermelhos (não podia ser às couves de bruxelas, tinha de ser às gambas e à sapateira) e a semana passada tive a primeira consulta com a Sofia, que adorei. É super prática e descomplicada e isso passa para a plataforma.
    Noto nos novos restaurantes maior consciencialização relativamente às alergias mas há um longo trabalho pela frente. Dou por mim a pensar "ainda bem que sou eu e não os meus filhos". É um bocado parvo, mas eu controlo (na maioria das vezes) o que eu que como.

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    1. Eu aos 30 também estou a passar pelo mesmo. Comi marisco a vida toda, e de um momento para o outro comecei a fazer alergia. Gostava de compreender mais sobre este assunto, porquê que do nada, algo que sempre comemos passamos a ter uma reacção alérgica.

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    2. Será realmente alergia ao marisco... Ou aos aditivos que lhes colocam?
      Experimentem os selvagens e os de aquacultura e vejam se faz diferença.

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    3. Anon 11:58h, é uma questão pertinente, mas confesso que depois de passado pelas reacções alérgicas, que não tenho grande vontade de fazer esse teste.

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    4. alergia ao marisco não dá muito para fazer experiencias, pode ser perigoso!!
      Eu também, toda a vida comi marisco, até porque vivi a minha infancia e juventude ao pá do mar, e depois dos 40 anos desenvolvi uma alergia aos crustaceos. Acrecento ainda, que comecei por ter alergia, aos crustaceos de casca dura e só mais tarde alargou-se também ao camarão!!

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  2. Não sabia que até o vapor da cozedura dos alimentos podia provocar reacções alérgicas dessa dimensão. Estamos sempre a aprender.
    Eu sofro com alergias na Primavera. É realmente incomodativo estar sempre a espirrar e com o pingo no nariz e ainda estar a ouvir sempre a mesma pergunta "estás constipada?". Grrrr, que nervos!

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  3. Sou mãe de uma menina de 4 anos com alergia severa à clara de ovo, noz e amendoim. A alergia ao ovo foi detetada no 1º ano, na introdução dos alimentos, e já contamos com vários sustos após o diagnóstico. A descoberta da alergia à noz foi aos 3 anos e resultou numa corrida às urgências e um enorme susto! Do amendoim, felizmente, só soubemos nos resultados das análises na consulta de acompanhamento anual (e fantástico acompanhamento!) de alergologia do Hospital Pediátrico de Coimbra.

    Conheci a página da Senhora Alergia através de uma amiga. E adorei! Dão dicas interessantes e podemos também nós partilhar algumas dicas/preocupações.

    E esta exposição ajudará também para a maior consciencialização de mais pessoas para este problema.

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  4. Eu não tenho alergias mas tenho várias intolerâncias alimentares, e acho que já era altura de haver uma lei que obrigasse os fabricantes a colocar de forma bem explícita todos os ingredientes de um determinado produto.
    Coisas como fibra, pectina, aromas, especiarias, são tudo termos demasiado vagos e que podem ter origem em vários alimentos, uns toleráveis outros nem por isso.
    Se com intolerâncias já sei o que sofro ao olhar para os rótulos de tudo, nem quero imaginar o que é ser alérgico e poder muito facilmente ir parar ao hospital.

    No fundo, acho que ainda há um grande caminho a percorrer no que diz respeito à consciencialização de alguns problemas de saúde, mas é bom ver que a pouco e pouco o caminho vai sendo percorrido.

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  5. Olha que ideia tão útil e interessante. Pois eu cá pertenço à Família Top 1 das alergias. Mãe: crustáceos e peixe de escama prateada (tipo sardinha); Pai: coelho bravo; Irmã mais nova: Ovo, fenos, pelo de coelhos cavalos gatos; Eusinha: Fenos (graminias - como o Arrumadinho, quase cuspo bolas de pelos e o meu nariz parece que snifa a torto e a direito), coelhos, cavalos, pó da casa (dá algum jeito pois não posso MESMO fazer limpezas), Filho: peras e sol e agua do mar (o contraste). Enfim se há alergia... nós temos! Vou já consultar o Instagram destas pioneiras. Obrigada PMD, isto é serviço publico

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  6. Ah esqueci-me e aindaaaaa... Marido: picada da Abelha. Mãe: também picada da abelha.

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  7. Concordo... Eu sou alergica aos sulfitos e toda a gente acha piada, por não puder beber vinho e bebidas com esse substância. Mas o que é certo, é que cada vez que como ou bebo algo com esse ingrediente, fico toda empolada e as manchas.

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    1. Há conservas com sulfitos (alimento de cor branca). Veja o rótulo.
      E cuidado com as contaminações cruzadas nas indústrias.

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    2. Também há congelados e frutos secos que os contém. Esteja atenta!

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    3. O camarão cozido de supermercado também tem todo sulfitos. Durante anos achei que era alérgica a9 camarão, só mais tarde descobri que era aos sulfitos

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  8. Desde que me foi diagnosticada Urticária Crónica Espontânea que tive obrigatoriamente de começar a dar importância a este tema.
    No meu caso, existe qualquer coisa que serei alérgica, não se sabe é o quê! Já fiz todos os testes e mais alguns (o da lactose acusou um bocadito intolerante à lactose) e nenhum me "diz" a causa.
    E com isto tudo, tomo 5 anti-histamínicos por dia, para que não fique com crises, que me obrigam a tomar cortisona. Quase todos os dias tenho pápulas...
    Um tormento!

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    1. olá Joana, li o seu comentário e lembrei-me do que passei durante largos meses há uns anos atras. Por acaso não anda a tomar anti-inflamatórios? até uma simples pastilha para a garganta tem na sua composição algum tipo de anti-inflamatório e pode despoletar uma crise de alergia… No meu caso foi grave e à terceira ocorrência a tomar trifen fiquei quase sem conseguir respirar… resultado nada de anti inflamatórios para sempre o que dá imenso jeito :( e com um mês de cortisona tudo voltou ao normal...com um kgs a mais claro…

      As melhoras

      Maria

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    2. Joana lírio, comigo passa -se exatamente o mesmo!!!! Já fui a imunoalergologia, dermatologia, medicina interna,oncologia, gastro... Todos me deram alta porque nenhum descobre ao que sou intolerantes e me causa os inchaços de que sofro diariamente! É um desporto!!! Posso perguntar lhe que anti histaminknis toma? É que ainda ando a descobrir um que se facto controle as papilas porque volta e meia tenho mesmo de tomar cortisona... Que visa! 😩
      Ana

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    3. Também o meu marido, já com 33 anos, veio a descobrir ser alérgico a anti-inflamatórios, como é o caso do ibuprofeno. Fica com o corpo todo as manchas vermelhas. Foi-lhe receitado um medicamento alternativo para situações em que necessite de anti-inflamatório mas que só se compra com receita médica.

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    4. Anónimo ds 16h57:
      Não, não ando a tomar inflamatórios. Apenas tomo os 5 anti-histamínicos toooodo o ano!!
      No primeiro ano que tive UCE fui para as urgências 3 vezes! Uma delas já com falta de ar e outra cheiiiinha de pápulas! Parecia que tinha levado murros na cara... Desde aí tenho tido 2 a 3 crises por ano, que me obrigam a tomar a cortisona durante 9 dias.
      Apenas no ano passado consegui controlar as crises, só com os anti-histamínicos!!
      Ou seja, 1 ano sem cortisona!! Mas 1 ano a tomar diariamente 5 anti-histamínicos!!
      Cansada! Farta!
      Antigamente tinha uma crise, começava por atacar com os anti-histamínicos e quando não faziam efeito, passava para a cortisona.
      Agora tomando os anti-histamínicos tenho diariamente pápulas!
      Não sei que faça mais!
      Obrigada pelas dicas :-)

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    5. Anónimo das 22h55,
      Eu comecei a ser seguida pela Médica de família depois passei para a Dermatologia e por fim, a imuno-alergologia.
      Infelizmente ao fim de uns anos, diagnosticaram-me a UCE, ou seja não se sabe a causa!!
      Também já fui à Nutricionista (que nem sabia o que era UCE!) E estou agora a ser seguida na Gastro (vou ter consulta em breve), mas que não me vai adiantar nada.
      Estou a tomar 4 Kestine 10mg e 1 Montelucaste.
      Espero ter ajudado.

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    6. Anónimo das 12:53, quem me dera ser essa a causa...

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  9. É verdade que é importante a consciencialização de alergias. Li há cerca de um mês um estudo (americano, salvo erro) que dava conta da maior incidência de alergias nos casos em que se retira os produtos da alimentação. Seja enquanto grávidas, seja enquanto crianças, quanto mais se restringir acesso a esses alimentos maior a probabilidade de as crianças virem a desenvolver alergias. Claro que isto não significa entupir miúdos alérgicos com os alimentos que lhes causam essa alergia, mas é para reflectirmos (e espero que a Sofia leia e poss esclarecer também isto) no proteccionismo desmedido que pode ser uma das origens destas alergias,oubpelo menos a única origem que está nas nossas mãos controlar.

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    1. Como alérgica e mãe de um alérgico, garanto que essa conversa é das coisas que mais me magoa. Já é suficientemente mau sabermos que um filho pode morrer por comer uma migalha errada, é dispensável termos de ouvir palpites de quem não lida com isto a acusar-nos de sobreproteção. E não, não é o caso. O meu filho alérgico é o 2º filho e garanto que não foi sobreprotegido. É, infelizmente, o resultado de uma família com bastantes antecedentes de doenças autoimunes (e alguns dos antepassados alérgicos viviam na aldeia e comiam leite não pasteurizado e essas coisas todas por isso as alergias deles não foram por excesso de proteção mas pronto)

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  10. Tenho alergias a várias coisas e acho que só quem não tem alergias é que minimiza o problema. É daquelas doenças que "não matam mas moem", chegam a ser incapacitantes nalgumas alturas do ano, e os medicamentos que se podem tomar dão-me uma moca que só visto (sei que não acontece a toda a gente, mas comigo é o que se verifica). No meu caso, tenho rinite alérgica e alergias a uma série de coisas, sendo que a que mais me custa é a gatos. Adoro cães, mas sou, definitivamente, uma pessoa de gatos. E adorava de paixão ter um gato e só não tenho porque me é completamente impossível estar ao pé de gatos. Portanto, badamerda para as alergias, que são uma fonte de chatices e de problemas, já para não falar no dinheiro em medicamentos que terei de comprar até ao resto da vida, porque isto, simplesmente, não tem cura.

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    1. Essa do não mata mas mói, não é verdade. Há vários casos de morte por choque anafilatico todos os anos

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    2. Se quer muito ter um gato, fale com o seu médico sobre dessensibilizacao. Eu cheguei a ir parar ao hospital várias vezes quando ia a casa de uns tios, que tinham um gato e um cão, e outro que tinha uma cadela. Tinha que ir para lá sempre cheia de anti histamínicos. Uma vez trouxe um gato pequenino no motor do carro, como é óbvio não o ia deixar na rua... hoje em dia temho dois, e já não faço alergia nem a eles, nem a cadela dos meus tios... Não tomo anti histamínicos há 3 anos.

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    3. Cara anónima das 13:45, sim, claro, eu referia-me até mais ao meu caso, as mortes também serão certamente uma excepção e não a regra. Mas é preciso ter muito cuidado, isso concordo absolutamente.
      Cara anónima das 13:54, quando fui à alergologista, falei numa vacina (alguém me tinha falado nessa vacina) que se podia tomar para deixar de ter a alergia a gatos e a médica (de hospital público) referiu-me que no público apenas dão essas vacinas a pessoas que trabalhem profissionalmente com animais (tipo veterinários). Portanto, como tal não é o meu caso, estaria fora da equação ser sujeita a tal tratamento. Uma vez que não tenho seguro de saúde, acabei por nunca ir a um alergologista no privado e tentar a tal vacina (que me indicaram que nem era 100% eficaz). No entanto, desconheço o que é a "dessensibilização". Pode ajudar-me a dizer o que se trata? Obrigada.

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    4. Eu fiz essa tal vacina quando tinha 18 anos para os pólens. Resultou bem uns anos mas quando o efeito passou... tive umas crises alérgicas como nunca tinha tido. Eu também adoro gatos mas o meu filhote é alérgico e mesmo que não fosse os gatos são infelizmente um repositório de ácaros... Vou-me consolando com os gatos dos outros...

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    5. São testes de exposição controlada ao agente.. atenção tudo controlado pelo médico, não tem perigo. Mas também só e feito no privado, e não é barato. Mas a maioria das pessoas faz dessensibilizacao naturalmente. Felizmente foi o meu caso, e fui acompanhado pelo alergologista durante a fase de adaptação. O meu sobrinho é que já fez a dessensibilizacao controlada.

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    6. Já vi fazerem dessensibilização à proteína do leite de vaca no pediátrico de Coimbra portanto fazem no público sim

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  11. Ao contrário do que muitos pensam o cuidado com as alergias não é protecconismo desmedido. É proteccionismo obrigatório. A exposição a um alergéneo pode matar em alguns casos. Tenho uma filha alérgica ao ovo e por diversas vezes já apanhei adultos a oferecer bolachas Maria sem que haja a pergunta se pode comer. Ah esqueci-me de referir enquanto grávida e a amamentar não restringi nenhum alimento e por isso não considero que não a tenha exposto a alergéneos.

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  12. Eu tenho sinusite crónica, fiz um tratamento quando era miúda que me ajudou muito, mas continuei sempre com sintomas.
    Houve um ano em que tive vários episódios e fui a uma imunoalergologista. Achei que ia ficar cheia de reações, mas não acusou nenhuma alergia.
    No meu caso é o contacto com o polen , e o ar condicionado, e pós, que me dificultam a respiração.
    As constipações também demoram mais tempo a passar.
    A minha média indicou-me o Rinoduche que faço durante uns dias e me ajuda bastante. Comigo resulta muito bem.
    Nas situações mais complicadas (associadas a constipações) prescreve me um spray nasal , mas com o Rinoduche estas situações têm sido muito menores.

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    1. Aqui em casa também rhinodouche para a mais velha nas alturas em que anda mais congestionada. E é impressionante a quantidade de excreções que saem com esse sistema...

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  13. O meu filho tem alergia a frutos secos. Felizmente descobrimos sem grandes sustos (e porque eu tenho as alergias típicas aos pólens e desconfiei logo) mas anda sempre com a caneta de adrenalina. A parte interessante é explicar às pessoas a gravidade da situação. Diga o que disser, não há maneira dos pais dos outros meninos pararem de mandar comida aleatoriamente para a sala para ser oferecida (já nem peço para controlarem o lanche que mandam para os filhos). A m**** dos sacos de gomas e chocolates então tira-me do sério. Se já não gostava desta mania, agora infelizmente cada saco de gulodices que vem para casa é um saco de risco de morte do meu filho e as pessoas têm imensa dificuldade em entender isso. E a quantidade de pessoas que me diz que "quando crescer passa" ou "isso é de não o deixares brincar na terra"?
    Felizmente o rapaz é um esquisito de primeira e recusa qualquer comida que não conheça.
    E já agora, não torçam o nariz a uma criança de 4 anos a enfardar batatas fritas de pacote numa festa ou num café. Essas batatas podem ser a única coisa segura disponível para essa criança comer.

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    1. Totalmente de acordo. E como os pais não atinam, que sejam as escolas a banir de vez o saco de doces duma vez! Aliás, acabem mas é de vez com essa paneleirice de oferecer tralha nos aniversários, não há paciência!!

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    2. Na escola das minhas filhas os pais estão proibidos de dar doces de prenda ou sequer de enviar bolos,doces e afins para os lanches dos filhos. Os bolos de aniversário pedem que sejam caseiros e sem cremes.

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    3. Na escola da minha filha os bolos de aniversário são feitos na escola - e é um bolo tipo pão-de-ló, com ingredientes controlados e sem cremes - para que todos possam comer, não há cá lembranças 'comestíveis' e ninguém pode mandar comidas de fora para os miúdos sem justificação médica. Assim, havendo uma regra, as pessoas tendem a cumprir melhor sem barafustar e habituam-se.

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    4. Vânia Duarte, pois, eu entendo a cena dos bolos caseiros mas mais depressa deixo o meu filho comer um bolo de pacote do que um bolo caseiro. Os vestígios de frutos sexos estão em todo o lado, desde o simples pão ao chocolate de culinária, portanto garantidamente que não deixo o meu filho comer bolos na escola. Aliás, ele tem na sala dele uma caixa de bolachas que são seguras para ele e já sabe que em dias de festa a educadora dá-lhe um pacotinho daquelas bolachas para substituir o bolo

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  14. Alergiazinha da boa ao sol 🙄 ou melhor, aos raios UV! Anos e anos a ouvir as pessoas a desvalorizar e a dizer "oh, mas hoje até está nublado"... poooois, mas os raios passam através das nuvens! Tento fazer uma vida normal, mas acaba por ser um pouco limitante... mas como costumo dizer, antes ao sol que ao chocolate... 😁

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    1. Olhe, já eu sou intolerante ao chocolate😅
      De resto, não tenho nenhuma alergia alimentar (que eu saiba), apenas sou intolerante ao chocolate e ao azeite (principalmente se for qualquer coisa frita com azeite), é certinho que horas depois vou a correr cheia de cólicas para a casa de banho. É bom saber que existem estas iniciativas, até porque como foi frisado isto não é nenhum mimimi, é um assunto muito sério, há algum tempo li que um miúdo foi a casa da avó e esta estava a cozinhar peixe e o rapaz era alérgico, o vapor do peixe foi o suficiente para matar o menino poucas horas depois.

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  15. A minha filha é alérgica desde que nasceu ao camarão, mas em dose extrema, daquelas que só de eu cozinhar em casa ela fica inchada, cheia de borbulhas e de manchas no corpo. Este verão que passou, com 6 anos e ao comer sapateira (que já tinha comido várias vezes antes), fez uma reação que tive que ir a correr com ela para a Urgência! Esteve a injetável e o médico mandou-me ir com ela a uma consulta de Alergia Alimentar. Resumindo, é alérgica a tudo o que sejam crustáceos e moluscos: sapateira, camarão, lagosta, ameijoas, polvo, lula, choco, CARACOL (que ela adora!), etc... Moral da história, tem uma bolsinha nova para andar sempre com ela com comprimidos para tomar caso tenha alguma reação e uma caneta de adrenalina...

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  16. Quem tem filhos (ou é ) alérgicos a algo é que conhece bem a sensação de impotência em relação a este assunto. O meu filho mais velho (14) é asmático desde sempre. Tem alergia ao pó da casa, ao pêlo dos animais e pólens. Não me lembro já quando começou a tomar a medicação porque parece que foi desde sempre. Toma muita coisa, ainda que felizmente tenha conseguido tirar a cortisona com a substituição pela homeopatia. Mas ainda assim, são lenços e lenços papel todo o ano. Até dá dó. Felizmente não é alérgico a nada alimentar. Muita força a todos para enfrentar esta maleita.

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    1. os corticoides inalados são muitíssimo importantes para o controlo da asma. podem tmbém ser necessários corticóides sistémicos (para o corpo todo, seja por comprimido ou pela veia), que serão dados na dose e duração mínima possível.
      a asma tem tendência a melhorar ao longo do crescimento e a medicação pode ser retirada pelos médicos devagarinho e com calma, se tudo estiver estável e a correr bem.

      por favor, pais destes mundo, não susbtituam corticóides na asma pela água com açúcar que é a homeopatia!!!!!

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    2. Qual é o seu conhecimento na área da saúde para fazer as afirmações que fez? Parece-me muito convicto/a do que escreve...

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    3. Sabe quem não tem conhecimento na área da saúde? Os homeopatas.

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    4. Não é preciso ter conhecimento para perceber que água com açúcar não faz nada...

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    5. Sou aluna do último ano de Medicina...

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    6. Como pessoa alérgica e que já tentou de tudo, incluindo homeopatia em desespero de causa, vou apostar em que o rapaz melhorou pela idade e pelo controlo do contacto com os alergéneos, e não pela homeopatia...

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    7. Homeopatia é TANGA. Acho muito triste que as pessoas acreditem e nem se informem . Alguém no seu perfeito juízo acha que diluir alguma coisa 10000 vezes tem o mesmo efeito que sem diluição? Se sim, não percebe nada de química nem farmácia nem biologia e, então, por favor, deixe os médicos dizer lhe o que fazer .

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    8. Homeopatia é dos maiores embustes. Que resulte convosco como efeito placebo numa constipação, tudo bem. Agora em casos sérios de saúde não façam estas mudanças. Podem ser fatais.

      E antes que perguntem, sou farmacêutica, e acho que sei minimamente do que falo.

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  17. Uma amiga de infância esteve internada a semana passada no hospital. Foi encontrada pelo filho na horta de casa quase morta por causa de picada de abelha. Nunca lhe tinha acontecido e foi picada várias vezes na vida. Há alergias que levam à morte é algo muito grave.

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  18. Sou a anónima das 14h17. Quero acrescentar que tenho alergias aos pólens e ácaros desde miúda. Eu achava que isto era uma chatice, ter de andar com sprays no nariz e anti-histamínicos e cremes na cara... Era até ter um filho com alergia alimentar. Nunca, mas nunca mais me queixei da primavera ou do pó. As alergias podem ser uma valente merda e passo-me quando falo nisso e me vêem dizer que também são alérgicos a não sei quê porque ficam com dores de barriga. Era muito importante que se começasse a perceber bem o que são as alergias e a diferença entre elas. Quem me dera a mim que o meu filho fosse só alérgico aos pólens. Só quem já teve de comprar (ou, pior, usar) uma caneta de adrenalina percebe que não é comparável uma alergia primaveril e uma alergia alimentar por exemplo. O meu filho come na escola e basta ver uma ambulância a passar para os lados da escola que já fico em pânico

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  19. Oh Ana, depois do Ricardo se tornar vegan não viu quaquer melhoria nas suas alergias?

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    1. Se o homem é alérgico ao pólen como é que a alteração de dieta alimentar influencia isso? Explique-me como se eu fosse uma criança, porque honestamente não percebo.

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  20. Tenho rinite alérgica, sofro muito com a alergia aos pólenes da primavera. A partir dos 18 anos comecei a ter sintomas constantes, não só na primavera, mas ainda no inverno e que se estendiam até ao verão. Já nenhum antihistaminico me deixava melhor. Tinha dias em que me era dificil sair de casa, ficava com os olhos muito inchados, com espirros, pingo e dor de cabeça constantes. Até que fui a uma médica alergologista, que me recomendou fazer a vacinação como imunoterapia. Fiz durante 3 anos, os sintomas não desaparecem na totalidade, mas tornaram-se menos frequentes e controláveis com o antihistaminico.
    É muito importante dar a conhecer este problema. Muitas pessoas pensam que é uma simples alergia ao pólen, mas pode ser bem incapacitante.
    Obrigada!

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    1. Isso é bom para quem sabe a causa das alergias. :) Eu também gostava que sofro de rinite alérgica crónica 12 meses por ano mas não há médico nenhum que encontre a causa e por isso nenhum me aconselha a vacinação. :)

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  21. Muito obrigada pela divulgação! Descobri aos 27 anos que era celíaca, não é bem uma alergia mas se comer uma migalha glúten (trigo, centeio ou cevada) vou passar a semana seguinte entre casa de banho e cama, se repetir a brincadeira muitas vezes posso ganhar muitas outras doenças desde cancro, osteoporose, diabetes tipo 1, dermatite hepetiforme, etc. Infelizmente, como a reacção não é imediata, desvalorizam muito nos restaurantes. Tenho também que enviar mails para todo o lado porque infelizmente em Portugal não há leis que obriguem os rótulos a terem a possibilidade de contaminação. Uma realidade muito diferente de grande parte da Europa, começando aqui pelo país do lado, Espanha! Pode ser que tudo mude em breve!

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    1. Há sim. A legislação em vigor é comunitária: Regulamento CE nº 1169/2011.
      Veja a lista de alergénios e as regras de rotulagem.

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    2. Desculpe mas agora fiquei baralhada. Há leis sim e por isso é que agora há 300 milhões de produtos a dizer que podem conter glúten ou frutos secos mesmo quando não há a menor hipótese de conterem porque há marcas que não estão para se chatear e chapam lá com tudo e siga. É pena porque eles eximem-se das responsabilidades mas os alérgicos ficam sem várias opções. Pelo menos há marcas sérias que têm o cuidado de explicar claramente se há ou não hipóteses de contaminação (estou aqui a pensar na Ferrero, na Kellogs, por exemplo, que são muito cuidadosos)

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  22. Boa noite. Descobri recentemente que sou alérgica a cerca de 30 ingredientes dos produtos de higiene e limpeza. Apesar de (felizmente) não ser nada respiratório faço feridas na pele. Não consigo estar em contacto com produtos desde os conservantes dos produtos à mistura de tiurans (presente nas luvas) e assim é muito difícil fazer as tarefas mais básicas. Ainda a semana passada fiquei com a cara toda manchada por estender roupa, os salpicos com detergente chegaram para a pele ficar queimada.

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  23. Conheço um caso de um menino no infantário da minha filha que é alérgico à poteina de vaca e derivados. Um dia o avo do menino que tinha comido um pão com queijo, deu um beijo na cara do neto e o menino em poucos minutos (ou até segundos) ficou quase a morrer. Lá na escola há todo um controle por causa do miúdo. Ele agora já esta habituado, mas ao início era um filme. Ele tinha que comer numa mesa separada das outras crianças, porque bastava alguma criança tocar-lhe por exemplo e o miúdo podia morrer. Um verdadeiro filme.

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  24. Desde miúda sofro com alergias a ácaros, pelos de animais, pó e cloro. Espirrava desalmadamente, andava duas semanas de nariz entupido e em ferida, ficava com comichão no pescoço, sentia vontade de fugir. Quando mudei a alimentação (evitar laticínios, cortar carne, peixe e leite) senti melhorias surpreendentes. Não tenho uma crise dessas há muitos meses. Pelos comentários deste post sinto-me uma sortuda... muita força para tod@s

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Teorias absolutamente espectaculares

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