Pub SAPO pushdown

Crédito à habitação ou "ah, então é isto o mundo dos crescidos"

quarta-feira, janeiro 17, 2018

Já com uma casa em vista (figas! Façam muitas figas!) começou agora a fase de fazer a peregrinação pelos vários bancos para ver qual será o sortudo que nos irá conceder um crédito. Sim, gosto de ver sempre o copo meio cheio: não somos nós que temos a sorte de ter um banco que nos queira dar uma mãozinha, o banco é que vai ter o enorme privilégio de nos acolher no seu seio, de receber mensalmente a nossa esforçada contribuição*. Atitude! Atitude é o que é preciso.

Ontem comecei a tratar disso e, antes da primeira reunião, confesso que
sentia um certo nervosismo, mais ou menos como se estivesse a caminho de um exame da faculdade. Para começo de conversa, lixa-me esta coisa de não ser rica. Lixa-me, pronto, o que é que querem? E nem sequer digo "rica de capitais próprios", que seria, ter de trabalhar para ganhar dinheiro?** Eu vivia muito bem de rendimentos alheios, de heranças, preferencialmente à conta de um marido rico. *** Tinha tanto perfil para dondoca, tanto. ****. Mas não. Quis Deus que fosse um ser remediado, que tem de trabalhar (arrrggghhh) e que, tal como a maioria dos mortais, não tem dinheiro suficiente para bancar uma casa a pronto.

E perante este cenário eu começo logo a achar que assim que entro no banco já os senhores do mesmo estão a abanar a cabeça e a questionar todas as minhas escolhas de vida. Como quem diz "sim senhora, muito bonito, agora com 37 anos é que se lembrou de comprar casa. Agora que isto está tudo altamente inflacionado é que esta achou que era boa ideia. Bem dizem que as bloggers não devem muito à inteligência. ***** Blo-gger! Isto agora qualquer merda é profissão. E sempre toda pipi, sempre com boas carteiras, mas depois para comprar uma casinha anda aos caídos, se não for o banco a emprestar não tem onde cair morta".

Depois entramos naquela parte em que temos de lhes passar para as mãos o nosso extracto bancário, e lá começo eu a imaginar o que vai na mente dos senhores: "127 euros na Zara e ainda Janeiro vai a meio. Está explicado porque é que vai dar uma entrada tão miserável, eu até tinha vergonha de dar uma entrada destas. Olha para isto, a quantidade de refeições fora. Em vez de comer em casa, que sai tão mais em conta. Também não me admira, nem deve saber estrelar um ovo. ******". E a pessoa a ter de pôr o seu ar mais humilde e abnegado, sempre a responder "sim, senhor do banco", "tem razão, senhor do banco", "nunca tinha visto as coisas nessa perspectiva, senhor do banco", porque é esta gente que vai decidir se vamos ou não poder mudar para uma casa nova, por isso convém tratá-los nas palminhas. Isto enquanto nos enchem o cérebro de spreads, euribors, TAEGs e outras coisas que eu vivia bem sem conhecer.

E pronto, como podem ver, estou a adorar este novo mundo. Isso e a parte em que nos passam para a mão as 482 folhas com a simulação de crédito e ficamos a saber quão empenhados estaremos nos próximos 40 anos. A chamada "cordinha na garganta". Até parece que a consigo sentir aqui à volta do pescoço. Esta coisa de imaginar que só perto dos 80 acabarei de pagar uma casa (se lá chegar!) revolve-me o estômago de uma maneira que nem vos passa pela cabecita. Isso e o facto de ter de empenhar quase todas as minhas poupanças nisto. Eu gosto de saber que tenho o meu pequeno pé de meia no banco, a postos para qualquer eventualidade, lá sossegadito para o que der e vier. Pensar que esse pé de meia vai ficar substancialmente reduzido também me aumenta o nível cardíaco. E não é no bom sentido.

Decididamente, não estou preparada para o mundo dos crescidos. Parem o tempo. Quero voltar a ter onze anos, quando a única casa para a qual eu tinha de poupar era a da Barbie.

*ironia
** ironia
*** ironia
**** ironia
***** ironia (bem... quer dizer...)
****** verdade, mas só porque nunca tentei, não como ovos

301 comentários:

«O mais antigo   ‹Mais antiga   201 – 301 de 301
Anónimo disse...

Finalmente alguém como eu. Estava a sentir-me uma alien gastadora e irresponsável ao ler os comentários neste post. A minha vida é parecida com a sua, 43 anos, já comprei, já vendo, já arrendei e já pedi empréstimos. O dinheiro que os meus filhos recebem é para comprar lidas que querem na altura. Não vou dizer a um miúdo de seis anos para poupar para a casa.
Vamos de férias todos os anos, vão ao cinema e têm festas de anos. Ja viajei imenso. Há alturas em que tenho a conta a negativo. Olha como agora. Amanhã logo se vê.
Não sou exemplo para ninguém mas as outras também não são.

Anónimo disse...

Anónimo das 18h27 claramente não está a par da selva que é o mercado imobiliário em Lisboa actualmente. O facto de pagarmos a pronto e termos flexibilidade na data da mudança é que garantiu que ficávamos com a casa. Havia mais uns 10 interessados com propostas em cima da mesa.

Anónimo disse...

Veja os imóveis que os próprios bancos têm para vender, em alguns desses imóveis eles financiam a 100%. Imóveis sem serem da banca só financiam até 80% a 85% sobre o valor de avaliação.

D* disse...

Não se sinta mal. Também eu trabalho desde os 20... Tenho 32. Também eu ao ler a maioria destes comentários penso que poderia ter poupado mais, mas depois olho pra trás e percebo que não empreguei mal o dinheiro. O meu curso superior paguei-o eu. Os meus pais ajudaram-me nos dois primeiros anos, nos seguintes tive de por mãos a obra. Arranjei um part-time e lá ia juntando qualquer coisinha. Precisei comprar um carro nessa altura, 6000 em quatro anos com o ordenado de part-time. Mais o curso. Sobrava muito pouco, o suficiente para não depender dos meus pais desde essa altura. Entretanto, quando acabei de pagar o carro, fiquei no desemprego. E o pouco que fui juntando fui ajudando os meus pais. Se o meu pai, algum dia, me pagar o que deve fico com uma almofada de +9000€ se não pagar...ajudei quando precisou... Só agora consegui arranjar trabalho mais fixo, ate aqui tenho andado a fazer o que me aparece, não sou de baixar os braços. E desde que vivo sozinha (quase um ano) já poupei algum... Que entretanto emprestei a minha mae para ajudar no arranjo do carro. Como vê ou temos alguma dose de sorte também, ou não ha volta a dar. O meu dinheiro claramente é macho, não se reproduz. Mas vou tentando. Quero muito comprar uma casa, mas sei que não consigo dar esse passo já.
Tudo vai da base de suporte que temos por trás. O meu ex- namorado aos 22 anos tinha uma conta de 30.000€, mas tinha uns pais que lbe pagaram o carro, o curso, etc, etc, etc. Não é o facto de comprar mais uns tênis que me levam a não poupar e tudo o que vem detrás.
O que posso concluir daqui é que nascemos nas familias erradas (embora não trocasse a minha por nada). Talvez os meus pais nunca me tenham feito um mealheiro grande, mas os passeios que dei com eles são as melhores recordações que tenho. Perde-se umas coisas mas ganham-se outras.

Boa sorte pipoca nesta nova etapa.
Beijinhos

Anónimo disse...

Mil vezes arrendar! E vivo no centro de Lisboa. Neste modelo de vida não tenho gastos surpresa, mudo quando quero e em caso de emergência enfio-me rapidamente num T1 na margem sul, não tenho stress com sismos, rachadelas ou simplesmente com os riscos dos miúdos na parede ou no chão. Não empato o dinheiro que uso para viver, sempre que possível à grande e à francesa, numa casa que só seria de facto minha quando fosse velhinha se lá chegasse. A vida são dois dias! Além disso agrada-me demais a ideia de não deixar “coisas” quando me for.

Anónimo disse...

Eu quero investir numa casa para investimento mas ficaria quase descapitalizada. Podia aproveitar essas poupanças para pagar o empréstimo. Porém não o faço por opção.

Anónimo disse...

Anónimo das 20.34 está a falar de Lisboa centro ou periferia? É que os anúncios de casas à venda hoje são os mesmos que estavam há um mês atras, ou seja, não se vende de um dia para o outro, mas admito que no centro de Lisboa seja outra conversa

Anónimo disse...

O vosso problema é quererem viver no centro de Lisboa! Não é preciso mudarem se para 40km de distancia mas encontra se coisas novas, recentes, bom ar por valores abaixo dos 250k, claro que não é ali na Av República, a mim tinham de me pagar para morar em Lisboa centro mas isso sou eu que detesto Lisboa, aceito que há quem goste, mas parem de chorar que ahhh não encontro nada de jeito, pois não, sabem o mundo não é só ali 1 concelho, podem conseguir mais por menos dinheiro, alarguem as vistas

manue disse...

Quantas vezes vai dizer a mesma coisa? Credo.

Anónimo disse...

Então e quantos destes felizardos da vida, que felizmente puderam comprar casa a pronto, aos 30 anos, vivem em Lisboa ou nas redondezas? É que vir para aqui dizer que 'casa a pronto é impensável ... e se fico depregada? E se o cão é internado? E se parto os óculos?' é só bonito de ser ler.

Anónimo disse...

Anónimo das 23h13 estou a falar de Lisboa centro. E isso dos anúncios tem muito que se lhe diga, experimente ligar para uma série deles e veja quantos é que estão disponíveis. As imobiliárias mantêm os anúncios de casas que já venderam (normalmente as que são mais apelativas e com melhores preços) para o fazer ter interesse, ligar e ficarem com o seu contato para outras ofertas. Os meus pais compraram no ano passado, estavam a procurar em zonas muito específicas (Entrecampos, Avenidas Novas, Praça de Espanha, Bairro Azul) e, durante meses, tudo para onde ligaram estava vendido. Nos casos em que conseguiram marcar uma visita, ligaram sempre antes a desmarcar porque tinha sido vendido entretanto. Só compraram quando viram um anúncio de um particular, no dia a seguir visitaram e passados 3 dias disseram que ficavam com ela (já o homem tinha não sei quantas visitas agendadas e recebido 50 telefonemas de imobiliárias). Está uma selva!

Anónimo disse...

Ahahahahah!!!!

Anónimo disse...

Não preciso, obrigada.
A minha indisposição é pura ironia ( sabe o que isso é? ) e apenas tive o propósito de destronar gente como o caro anónimo, certamente um dos que aqui vem deixar postas de pescada quando ninguém lhas pediu.

Anónimo disse...

A mimha opinião é pessoal, é minha, eu com 17 anos trabalhava de dia e estudava de noite, paguei os meus estudos, ajudei sempre a minha mãe, contratos a termo certo tem muita gente...e? mesmo pertencendo aos quadros isso não dá segurança a ninguém, luta-se dia a dia.
Nada falta às minhas filhas, mesmo sem ajuda do pai, mas elas têm plena consciência do esforço que faço.
No Natal vieram as 2 e deram-me o dinheiro que a avó lhes deu de presente, não aceitei, mas foi com esse dinheiro que a mais velha pagou a candidatura que fez agora para as faculdades de Inglaterra. Nada dá mais prazer do que concretizar objetivos à nossa custa.

moijeeu disse...

HAHAHAHAH...Claro que sim...na Inglaterra e Estados Unidos não compram casas porque não podem já em Portugal está tudo cheio de dinheiro...por essa razão compram casas.

Anónimo disse...

É mesmo isso. O crédito a habitação é para gerir. Tudo depende da Economia e das taxas de juro praticadas. E cada caso é um caso. A descapitalização do rendimento do agregado familiar para comprar uma casa ou um carro a pronto, às vezes é pura estupidez. A vida é para ser vivida se se cumprir com as obrigações financeiras de recurso a crédito, pode mesmo ser uma opção inteligente. Além disso o crédito obriga a seguros de vida e de desemprego e falemos a verdade, sabemos lá se vamos viver até aos 80 anos ou se morrermos já a seguir...

Anónimo disse...

olá...ao anónimo das 19.05 , se comprar uma casa a um banco fazem financiamento a 100 % , mtos anúncios de imoveis dizem isso mesmo.

Ana disse...

Melhor resposta sem dúvida. Passo-me quando oiço pessoas a dizer basicamente "porque haveria de sair de casa dos meus pais e se aqui tenho roupa lavada e comida feita e o teto de borla?" Eu saí de casa aos 18 anos também para ir para Inglaterra, desde então sou independente, sempre trabalhei enquanto estudava, e não dependi mais dos meus pais. Claro que eles estão cá para mim se precisar, sempre perguntando se preciso de alguma coisa, mas gosto muito da minha independencia. Acho que os pais não tem obrigação nenhuma em nos sustentar quando temos bom cabedal para trabalhar. Os pais pensam que estão a fazer o melhor para os filhos mas não estão, criando pessoal que não sabe o que são responsabilidades. Temos de nos desenrascar, temos de ser adultos. Se dizem que não tem condições para viver sozinhos já trabalhando é porque algo esta mal. Ou precisam de arranjar outro trabalho, ou at é arranjar dois (como eu tenho para me poder sustentar), mudar de zona ou de profissão. Ouvi alguém dizer uma vez "prefiro viver em casa dos pais e ter dinheiro para viajar". Então e se os pais dessa pessoa tambem quisessem ir viajar? Mas provavelmente não podem porque tem várias bocas par alimentar, luz gas e agua para pagar, etc.

Anónimo disse...

É isso mesmo Sónia. A vida é para ser vivida. Eu fiz e faço exatamente o mesmo. Não nasci em berço de ouro, ou por outra, nasci mas tiraram-mo quando fiz um ano ao morrerem os meus pais e fui adotada por uma família remediada. E também não me governava com dinheiro que me dessem. Recebia 20 escudos no natal do meu querido avozinho que também era remediado. Tento ter dinheiro para emergências. Uns meses é mais fácil, outros acabo a zeros. Mas aqui em casa fazemos aquilo a que temos direito e oferecer jantares é uma sensação deliciosa. Até dá para esquecer a prestação da casa ;)

Anónimo disse...

Moijeeu, já tentou arrendar? Óbvio que se não for nas grandes cidades é fácil. A pipoca, voltando a arrrendar, imaginando que encontra qq coisa que não seja para lá de Mem Martins, margem sul ou v.f.xira, irá pagar um BALURDIO. A compra sai muito mais barata. E será dela. E nos outros países Tb se compram casas. Quem pode, claro.

Anónimo disse...

A teoria é fantástica. Não prática afigura-se um tanto diferente. A compra ou arrendamento também dependem da zona. Deixe que lhe diga que já vivi em Lisboa e Leiria. E comprei sempre casas. Claro que nunca acabei e pagar nenhuma e perdi dinheiro porque não houve tempo para valorização e o mercado também não ajudou. Concordo consigo qd diz que o arrendamento possibilita a rápida mudança. Essa é para mim a maior vantagem.

Anónimo disse...

Eu acho que sair de casa dos pais com um contrato a termo certo é irresponsável. Bastaria levar mais de 6 meses para encontrar novo emprego para ter que voltar. Pessoalmente não gosto de ser mártir, de tomar decisões irresponsáveis para depois ter que arranjar dois empregos mal pagos para pagar uma renda e poder dizer que sou muito esforçada e que tudo me saiu do corpo.

Anónimo disse...

Concordo! Não se martirizem porque não podem comprar casa a pronto. São opções de vida para os que têm possibilidades e uma impossibilidade para quem não tem capacidade financeira. Se eu tivesse 200 ou 250mil euros, como já descreveram aqui, jamais compraria uma casa a pronto. Dinheiro gera dinheiro. Com meio milhão de euros conseguem gerir de modo a compensar o que gastam em juros do empréstimo, e têm o dinheirinho todo do vosso lado (pode não ser tão fácil na atual conjuntura económica, mas o ramo financeiro está sempre em mudança).

Anónimo disse...

* não meio milhão, mas sim um quarto de milhão de euros

Anónimo disse...

Acho que o factor idade também é tido em conta para a para a percentagem do empréstimo a conceder.

Anónimo disse...

Certo, mas eu não posso mudar toda a vida da minha família, só porque um desconhecido na internet sugeriu ir viver fora do centro de Lisboa, desconhecendo todas as implicações que isso causava.

Anónimo disse...

Anónimo das 18:48 não percebeu nadinha do comentário da Margarida.
Suse Sousa

Anónimo disse...

...duvido que as regras de arrendamento em Inglaterra sejam idênticas às praticadas em Portugal!

Anónimo disse...

15000€ por mês?? Ganha por mês quase o que ganho num ano!

Anónimo disse...

Comentário nº2 ao: "(...) Ou tirou um daqueles cursos que não dão para nada (tipo Turismo Lazer e Património)(...)"

Tirei algo não muito melhor na mesma faculdade e tenho o mesmo ordenado que a anónima que disse isso.

Anónimo disse...

Isto é uma "pescadinha de rabo na boca" à boa maneira portuguesa! Os filhos ficam em casa dos pais até quererem, depois quando saiem é porque casam e começam a deixar os netos, porque saiem tarde do trabalho ou porque vão passar o fim-de-semana fora. Por sua vez, os pais, em vez de começarem a diligênciar a sua futura reforma, pagar a uma pessoa que os cuide, inscreverem-se num lar, comprar uma cama articulada, modificar o WC, ficam à espera da retribuição dos filhos. Ou seja, ninguém tem vida própria!!

Anónimo disse...

Nem toda a gente que trabalha tem forma de se sustentar sozinho. Não acho moralmente correto viver às custas dos pais, mas também não me parece que venha mal ao mundo continuar a viver com os pais (livres de rendas, contas de água, luz e gás) sem lhes dar despesas extras. Vivendo do meu salário, pago tudo aquilo que preciso, com exceção de que os meus pais me dão comida, cama e roupa lavada como faziam até eu arranjar emprego. Eles preferem que eu fique com eles mais tempo mas junte o meu dinheiro e só saia quanto tiver formas de me sustentar (e não ter que voltar a viver com eles) do que eu sair prematuramente e ter que voltar tempos depois porque não tenho forma de me sustentar.

Os meus pais, no caso, podem continuar a viver a vida deles como até agora. Não é por me darem comida que ficam mais pobres, até porque sempre o fizeram até agora. Eu contribuo com o que posso, sempre que posso, mas sem obrigações de dar "dinheiro para a casa". Somos felizes assim. É a forma que os meus pais têm que nos ajudar a começar a nossa vida adulta, já que não têm outras possibilidades de nos dar dinheiro, casas ou carros ou coisas assim. Não têm obrigação de nada disso, obviamente, mas querem fazê-lo e nós agradecemos.

Anónimo disse...

Anonymous19 janeiro, 2018 11:45 então você e a outra anónima é que têm de explicar a fórmula de sucesso às licenciadas/mestres/doutoradas que só ganham o salário mínimo e vêm para aqui queixar-se ;)

Anónimo disse...

Os miúdos riscam o chão e as paredes e está tudo bem... depois admiram-se dos proprietários cobrarem rendas cada vez mais altas. Nunca se sabe se nos calha um destes inquilinos...

Anónimo disse...

Este post serviu acima de tudo para discutir um tema tabu: dinheiro. O facto de discutirmos este tema aqui, sem a necessidade de um nome, cria um debate sincero.
Muito obrigada à Pipoca pelo texto e pelo tema. Muito obrigada aos leitores e comentadores do blog por trazerem as suas histórias de vida, as suas opiniões, as suas críticas.

Daniela disse...

Amigos, optaram por ser poupadinhos ou tiveram ajuda da família, ou ambas as coisas, e compraram casa a pronto? Fixe para vocês.

Ou optaram por curtir a vida, viajar, fazer férias, ir jantar fora com regularidade e têm de pedir empréstimo para comprar casa? Fixe para vocês também.

Parem de julgar as opções de vida dos outros. É que elas são mesmo "dos outros". Estão bem as vossas escolhas? Óptimo. Quem escolheu fazer exatamente o contrário que vocês fizeram também deverá estar contente com as suas. É assim a vida - cada um vive a sua como quer. Não vejo necessidade de estar a tentar mostrar aos outros que as nossas opções são melhores, porque não são. São só as nossas...

Anónimo disse...

Nada como herdar uma casa. Muito melhor que comprar ou arrendar!

Anónimo disse...

Os filhos não vivem em casa dos pais até quererem, pelo menos acredito que não seja o caso da maioria das pessoas nesta situação, na qual me incluo. Vivo com os meus pais porque tenho trabalho precário e escolho algum conforto (sendo que sou eu que pago as minhas despesas, incluindo alimentação) a uma vida de sacrifício. Respeito quem seja assim, já eu não vivo para sofrer. Trabalho bastante e quando puder sair com alguma segurança, sairei. Até lá, os meus pais não estão a abdicar de nada por eu continuar em casa.

Anónimo disse...

19 janeiro, 2018 11:28 engana-se, percebi tudinho.

Anónimo disse...

E quem escolheu ser poupadinho, comprar a pronto E ainda andou a viajar (45 países em 32 anos) e a comer fora aos fins-de-semana? hein? Com um salarito de 1300€ limpos :) pois é, meninas, tudo é possível.

Anónimo disse...

Ora aí está! Podia vir também um post sobre profissões/salários, que ninguém fala disso abertamente :P

Diana disse...

Não anónimo, financiamento a 100% é algo que se estingiu. Mas pergunte nos bancos, nunca se sabe.

Anónimo disse...

Eu sou de Bolonha e devo ser mais licenciada que esta iluminada. Ora bem...comecei a trabalhar cedo em GRH, licenciei-me já tinha o meu filho...trabalhava e estudava à noite...licenciei-me em...GRH ora aí está!!!! Hoje trabalho em consultoria numa das Big Five e tenho um rendimento mensal muito mais alto que os Católicos de 5 anos...fiz a minha licenciatura na Lusófona, sem equivalências e sem ir para a faculdade ao fim de semana. Claro que a minha experiência profissional comparada com as licenciaturas e mestrados das apelidadas grandes Universidades de onde saíram grandes cabeças como a do nosso Vítor Gaspar fala mais alto. A licenciatura até foi mais para enriquecer o meu CV pois aprendi muito a trabalhar. Claro que foi positivo, aprofundei conhecimentos mas foi o trabalho que fez de mim a profissional que sou hoje. Quanto à casa, é minha mas com empréstimo pois sou mulher de malas, sapatos, roupa e muitas viagens como a nosso Pipoca!!!!!! Viva Bolonha!!!!!!!!

Anónimo disse...

Depois de ler aqui muitos comentários cheguei a uma conclusão: os outros não ganham bem, eu é que ganho muito mal :(

Anónimo disse...

Ora fazendo as contas por alto, aos 32 anos comprar uma casa de 320.000 a pronto, imaginando que comecei a trabalhar aos 18, tive que fazer poupanças anuais de 22,800 mil euros.... ou já tinha um pé de meia desde que nasci... mesmo assim era preciso receber prendas monetárias muito grandes... bolas não consigo fazer estas contas. Tive sempre muito azar então, as minhas prendas de anos desde que nasci eram panos do pó, naprons ou chávenas em Limoges! Nunca me davam dinheiro.
Das 2, 3 ou há aqui gente muita aldrabona ou eu sempre ganhei muito, mas muito mal.

ElzaCordeiro disse...

"Eu percebo isso qd nos casamos pq queremos ter o nosso espaço com o marido, mas sendo solteira pq haveria de ir morar sozinha???" Sabe que não precisa ter um marido para querer ter o seu espaço. Mas de facto, é algo de que nem toda a gente necessita. Defendo que toda a gente deveria saber o que é viver sozinha... mesmo que por pouco tempo. Mas lá está, cada um tem as suas necessidades. E quem nunca viveu, efetivamente não pode entender do que estou a falar quando digo que acho fundamental.

Enfim, somos todos diferentes

Anónimo disse...

Que eu saiba só as casas que são dos bancos. Aí há muitas regalias (empréstimo a 100%, não paga escritura, entre outras...). Mas na zona de Lisboa (grande Lisboa) nunca vi, enquanto procurei, nada de jeito que não fosse para bolsos que não o meu. A sério, uma casa de 200mil só o IMT é de fugir...

Anónimo disse...

Por aqui concluí o mesmo!! Qual casa a pronto, eu se ligasse o aquecimento sempre que tenho frio ou o forno sempre que me apetece, nem a conta da luz pagava a pronto, quanto mais uma casa! 😂😂😂

Anónimo disse...

Ninguem falou em casas de 320.000€. A minha foi 230.000€, comprada a meias com o marido portanto á minha conta tive de arranjar 115.000€. Lembrem-se q Portugal tem mais de 10 milhoes de pessoas e nem todas vivem em lisboa ok? Muitos comentadores da Pipoca vivem no resto do país onde os preços sao mt mais baixos. Onde moro 320.000€ era um palacio com acabamentos de luxo, piscina e tal lol

Anónimo disse...

Anonimo das 12:58

Nem sempre é assim, sao ideias de vida. Eu saí de casa aos 26 porque fui morar com o meu namorado, mas antes, sendo solteira vivia com a minha mae. Qual era a logica de estarmos cada uma a viver em casas separadas sozinhas? Tenho perfeita consciencia q ela ficou de certo modo triste qd eu saí de casa pois ficou a morar sozinha, mas claro q fica feliz por eu seguir c a minha vida

Anónimo disse...

É possível é! É possível se essa casa a pronto for uma casita de meia dúzia de euros e se a maior parte desses 45 países foi visitado com dinheiro dos outros, eu sou pouco mais velha, ganho esse valor há muitos anos, líquido, e mal chega para pagar despesas da família com a outra pessoa com quem vivo que ganha também um ordenado, não somos estroinas, não fazemos extravagâncias, mas todos os meses há qualquer coisa, seguros dos carros, IMI, despesas Saude, e pronto o ginásio, custa 26€, é o meu gasto assim mais doido, eu depois do que li aqui realmente chego à conclusão que devemos gerir muito mal o nosso dinheiro, a esta hora já devia ter a casa paga, já comentei isto com o homem lá de casa, ele diz que ou as pessoas estão a mentir, ou andam a fazer vida com dinheiros dos pais ou então comem pão e água todos os dias, nós também não comemos lagosta todos os dias, até levamos marmita e não tomamos pequeno almoço fora, mas mesmo assim não largo menos de 200€ no supermercado para duas pessoas e até comemos mta sopa, bolas somos mesmo mal geridos, ahh e outra, eu também recebi prendas dos avós, tios e assim, e então no casamento recebi uma batelada, dinheiro esse que foi para a casa, mas porra ainda não está paga e até achava que os meus convidados tinham ensandecido porque foram generosos, e sim tivemos o casamento pago, bolas, onde raios falhei??

Anónimo disse...

Pipoca concordo, as pessoas não falam abertamente de dinheiro, mas sob anonimato não se importam, lance aí um debate de profissões também que eu fiquei a achar que aqui no seu estamine são todos licenciados com pos graduações e tudo e tudo e tudo :P mas depois mal pagos!

Anónimo disse...

Pois, depende dos pais. Os meus podiam pagar, mas eu não tive lata. Fiz curso e fui trabalhar para pagar propinas e as minhas coisas. Carta de condução, Tb paguei. E casamento. E ... educações...

Anónimo disse...

Sim, pleeeeaaaase!!!!!

Anónimo disse...

Compensava para si. Vivia barato, não era? Pois. O proprietário pagava IMI, condomínio, taxa de conservação de esgotos, manutenção extra do prédio, manutenção da fracção, seguros, etc. A essas despesas “absurdas” acrescente 28% de imposto mais o agravamento no IRS e depois diga-me se compensava ser proprietária e arrendar um imóvel seu.
Então quando há inquilinos que gostam de papel de parede e de quadros e quadrinhos e bodegas penduradas que quando acaba o contrato deixam as paredes num estado inacreditável e o chão todo riscado, é realmente muito compensador. Este tipo de pessoas deve realmente comprar casa. Não compensam, sabia?

Anónimo disse...

Pipoca, quero lá saber se não pagas a casa a pronto , se vais ficar 100 anos a pagar um empréstimo ou outras merdas que se tem falado por aqui. Por mim desde que mostres a decoração da casa...estamos faladas.

Anónimo disse...

Das pessoas que conseguirem comprar uma casa de milhares e pagar a pronto aos 30, nenhuma dessas senhoras comprou casa sozinha ou seja teve que comprar em conjunto com os namorados ou maridos. Viva a independência. Era grandes mulheres ( ou não) se tivessem feito isso completamente sozinhas. Pouparam fizeram bem, não critiquem quem não pode fazer pois por ex: as questões de saúde graves levam-nos o couro, os divórcios, situações familiares...ou simplesmente as pessoas não quererem privar-se de pequenos prazeres como ir jantar fora ou cinema ( que só na medíocre mentalidade deste povo é que é considerado luxo). Sinceramente desde que não façam grandes vidas à minha custa ou me venham pedir dinheiro estou-me a borrifar se pediram empréstimo, se vivem com os pais até aos 40 ( eu tenho 31 e vivo com os meus), se não come para poupar para pagar uma cena qualquer a pronto. Já devíamos de saber que não somos todos iguais, não temos todos o mesmo, não queremos todos o mesmo, cada um trilha o seu caminho...

Anónimo disse...

Estou a 1 mês de começar a pagar uma casa minha...fizemos uma moradia. A verdade é que por vezes sinto um aperto na garganta só de pensar que vou estar agarrada a uma dívida....mas como boa portuguesa penso haja saúde que a gente consegue isto na boa. La está, sinto me tão...adulta, e não sei se gosto.Antes de avançarmos estudámos a coisa durante mais de 1 ano e só depois avançámos. O meu conselho?contrair um crédito com uma folga para dormir bem descansada. Nunca iria conseguir viver a contar trocos ao final do mês. Que tudo lhe corra bem Ana*

Anónimo disse...

Anónimo das 19h48, não sei como pode ganhar isso e o seu marido também é andarem a contar os trocos. Eu e o meu marido ganhamos isso há 10 anos e poupámos 100 mil cada um. Temos despesas fixas os 2 na ordem de 2 salários minimos. tudo o que é extra é para poupar e viajar. Visitei uns 10 países com os meus pais quando era pequena e os restantes foi no ano de Erasmus, quando fiz um inter rail, quando trabalhei no estrangeiro e nas férias desde que estou em Portugal. Não temos filhos nem carros, vivemos no centro de Lisboa e vamos a pé para todo o lado. Casa foi comprada a pronto com as poupanças dos dois e ajuda de 30 mil dos nossos pais (a quem estamos a devolver aos poucos ao valor que antes pagávamos renda).

Anónimo disse...

??? As pessoas já não podem casar ou viver em união de facto?

Anónimo disse...

Poupança das famílias desce para 4,4% e atinge o valor mais baixo desde 1999.

Anónimo disse...

Acredite que teriam outro padrão de vida. Vivi em casa dos meus pais até casar, não pagava água luz etc... Conclusão, hoje vejo que os meus pais fazem muito mais coisas do que quando eu vivia com eles, nomeadamente almoçar ou jantar fora. Claro que percebo que acabava por ser um peso no orçamento deles. Óbvio que sendo pais e não precisando da minha ajuda nunca me disseram nada, mas hoje tenho consciência que pesava. E não sai de casa muito tarde, saia com 24 anos.

Anónimo disse...

Anón. 19 jan. 19:48H: Também já questionei imensas vezes porque outras pessoas conseguem fazer mundos e fundos com pouco dinheiro e eu que sou tão orientada nos meus gastos não consigo. E também tive heranças dos meus pais (sou filha única) sempre fiz uma vida regrada, mas não tenho o condão de fazer esticar o dinheiro. Por isso não confie muito no que os outros dizem, tem que haver aí algum disfarce, é por estas e outras que eu por vezes deixo de ler os comentários, e o facebook então nem lá vou. Aquilo é tudo para mostrar as vidas que não existem, ou então são mágicos.

Zeca disse...

A questao de comprar casa a pronto pode ser uma má decisao racional em alturas de juros baixos, mas existe outra que nao se quantifica que é o peso psicológico que esse alivio traz.

Parabens a todos que optaram por tomar decisoes de poupanca a longo prazo e conseguiram o que pretendiam com isso.

Carla Marques disse...

Eu respeito muito a sua opção mas, lá está, as pessoas são diferentes e cada uma faz o que é melhor para si. A mim também me faz impressão fazer empréstimos mas tive que fazer para comprar um pequeno apartamento central com o meu namorado. Não foi grande crédito, nem tenho uma casa enorme mas é uma casinha simpática e central onde eu e a minha família somos felizes. Para nós está a resultar bem assim e sempre conseguimos viajar e fazer algumas refeições fora, como gostamos.
Os meus pais fizeram uma vivenda com 4 quartos, duas cozinhas, duas salas, duas varandas, um quintal enorme... sem pedir empréstimo ao banco. Sou filha única porque dois filhos seriam muita despesa, nunca fomos de férias para lado nenhum (só uns domingos na Costa da Caparica), os meus pais trabalhavam de dia e de noite e não me lembro de 30 minutos em que parassem para brincar comigo ou me perguntarem como foi o meu dia. :) Hoje o meu pai vive sozinho naquela casa enorme e eu vivo a milhares de quilómetros deles e ainda hoje me custa entrar ali.
De certeza que a sua história é bem diferente, hoje em dia não se tem filhos tão cedo e certamente que, com a casa paga, terá uma liberdade maior para fazer outras coisas agora.
Também existem as pessoas, como refere, que até ganham bem mas não conseguem poupar porque gastam todo o dinheiro que ganham... cada um fará o que é melhor para si. Eu vou tentando um equilíbrio entre a poupança e o lazer.

Anónimo disse...

É mais facil dizer q é mentira do q assumir q de facto nao conseguimos ser tao poupadod como os outros. Por aqui salario liquido entre 1000 a 1400€ nos ultimos 10 anos e 120.000€ poupados. Se quiser dar um mail envio-lhe o ficheiro em excel c as continhas todas

Anónimo disse...

Tudo nesta vida se resume a opções e às necessidades e gostos de cada um. Entendo a posição desta anónima, mas eu jamais faria uma coisa destas. Parece aquelas pessoa do antigamente, que poupavam a vida inteira para dar aos filhos e se lhes perguntarmos o que fizeram na vida além de trabalhar, a resposta é: nada. Não viajam, não compram uma roupa gira de uma marca que gostem, não vão a um restaurante bom ter uma boa experiência gastronómica, não vão ao teatro, ao cinema, a concertos, não fazem nada senão trabalhar. E de que serve isso? Para se ter uma conta bancária recheada? Claro que é importante poupar, acho até indispensável. Agora viver agarrado ao dinheiro, e ainda por cima fazer gala disso, é simplesmente ridículo. Se morrer amanhã, a senhora vai conseguir dizer que gozou a sua vida? Pelo que aqui indicou parece que não. Senão era impossível poupar o que poupou em tão pouco tempo. A vida é para ser vivida, e se conseguirmos equilibrar isso com as nossas responsabilidades, então perfeito!

Anónimo disse...

aahahahah diana ...muito bom!

Anónimo disse...

Mais uma razão para arrendar. Ser proprietário de casa alugada é tramado.

Anónimo disse...

Verdade, tenho amigos com crianças pequenas que ficaram nas lonas para conseguir comprar casa e agora passam o dia a reprimir os miúdos em casa porque não podem ter um risco na parede.

Anónimo disse...

Anonimo das 17:03
Por que razão haveria de ir morar sozinha?!? Para morar sozinha, ser independente, viver a sua vida. Crescer. Apenas isso.

Anónimo disse...

Leio estes comentário e pergunto como é possível, com gente tão poupada e orientada, que o país esteja mergulhado nesta crise sem fim.

Anónimo disse...

Crise sem fim? Mas ainda está parada em 2010? Já estamos em 2018, atualize-se!

Anónimo disse...

Este comentario nao faz qualquer sentido: obviamente q os comentadores nao sao uma amostra representativa do país. Se é um post sobre pagar a casa é normal q os comentadores sejam pessoas q pouparam p a casa. Tal como se um blog faz um post sobre o filho com um birra, quem comenta serão maes c filhos pequenos e nao é por isso q vamos deduzir q todas as mulheres em Portugal tem filhos pequenos lol

Anónimo disse...

Concordo com o anónimo das 12:38 e das 15:28. Tenho empréstimo de casa, que já podia ter pago, mas prefiro continuar a pagar uma prestação baixa e viver a vida. Já conheço metade do mundo e o meu filho com apenas 9 anos já visitou muitos países e cidade no
estrangeiro. Já conhece a Europa toda. Acredito que tudo o que
ele aprende com as viagens que faz será uma mais valia para o
futuro dele. Claro que já tem uma conta bem recheada para um dia mais tarde fazer o que quiser com o dinheiro, mas será sempre aconselhado a usar uma parte para viajar. Sinceramente faz-me confusão ver pessoas que só poupam para terem a casa paga! Neste momento coloco sempre algum dinheiro de lado, mas é sempre para as minhas viagens! São realmente opções!

akombi disse...

43 anos e a pensar o mesmo nas notas que a minha avozinha me dava, e em choque porque não poupei para as minhas filhas ...... vou ali cortar os pulsos

akombi disse...

Ufa .... tb 43 anos e sem casa própria, a viver numa casa velhota sem conseguir obras, sem conseguir poupar nadica, 2 filhas adolescentes, uma delas na universidade, paga se as despesas e em alguns extras tipo prendas a dinheiro faço as gerir e assim vão conseguindo comprar as coisinhas delas, livros essencialmente. Viagens ou férias não conseguimos mas um almoço ou outro fora, uma ida a um museu a um concerto já nos vão fazendo felizes, e só se vive uma vez. O que me preocupa mais é não ter um pé de meia para a velhice, mas até lá e ir vivendo e aproveitando a vida da melhor maneira.

Anónimo disse...

Pois olhe, eu sou licenciada de Bolonha e garanto-lhe que sou mais licenciada do que a senhora. Comecei a trabalhar em GRH com 18 anos, acabei o 12.º ano e não quis ir para a faculdade. Depois de Bolonha achei que por 3 anos valeria a pena fazer o esforço e ficar com licenciatura. Já tinha o meu filho quando comecei o curso. Acabei nos 3 anos mesmo estando a trabalhar. Nunca consegui tirar as vésperas dos exames pois o trabalho não o permitia. Mas mesmo assim consegui acabar o curso com uma média de 17 valores! E olhe que sou licenciada pela Lusófona mas nunca pedi uma equivalência nem fiz exames ao fim de semana! Hoje concorro com iluminados "católicos" muito bons no papel mas que nem sabem quantos dias de nojo temos direito pela morte de um familiar...ou seja, eu fiz o inverso da maioria dos jovens que tiram um curso qualquer desde que que seja numa universidade bem cotada...turismo, ação social, psicologia, história, sociologia...enfim, cada um sabe de si, mas eu é que sou consultora numa das Big Five com um excelente salário! Quanto a casa, tenho crédito à habitação, mas sou como a pipoca, tenho muita mala, muito sapato e viajo que nem uma louca! Quando me reformar a casa está paga e o meu filho terá um bom património! Faça é o doutoramento que isso é que é importante!

Unknown disse...

Ok, agora que li isto vou deitar-me em posiçao fetal e chorar! Tenho 27 anos e sou uma pobretanas do caraças. Devia ter lido estes comentarios aos 5 anos para começar a poupar cada centimo, cada nota de 500 escudos, cada moedinha dos carrinhos do supermercado... Agora, nao tenho dinheiro nem para uma tenda!

Anónimo disse...

tenho 27 e só consegui ter "trabalho" há dois. namorados: 0. filhos: 0 também. consegui juntar os trocos para comprar um carrito em segunda mão e partilho casa (alugada, como é óbvio) com duas estudantes. noutro país. e mesmo assim, podia estar pior. do meu ponto de vista, conquistou imenso aos 27. e eu quase nada. mas tenho algum orgulho no que consegui, apesar de tudo.

Anónimo disse...

Verdadinha, na casa arrendada estou-me nas tintas para o que os miúdos fazem às paredes. Raios, eu também faço o que quero! Penduro quadros, papel de parede, cola, parafusos, pregos, o que bem me apetecer. Quando já não puder olhar para as paredes, mudo-me com a prole para outra casa com telas em branco. Simples.

É isso e mijar o chão das casa de banho públicas e deixar o papel onde calhar... Somos espíritos livres, que se foda o que não é nosso!

Anónimo disse...

Ai 'migas, ou vocês tem empregos do caraças ou têm pais do caraças, não me venham cá com histórias.
Tenho muita inveja do "paitrocínio", confesso.
Aos 37 anos, com um empréstimo de 130 mil para pagar durante 45 anos, o meu pé-de-meia é zero!
Porquê? Porque nem tenho um emprego do caraças nem tenho uns pais do caraças.
E não me venham falar de prioridades porque eu nem férias tenho!!!

Anónimo disse...

Rita, como alguém já escreveu "somos todos Rita".
Eu e o meu marido (que somos bem mais velhos que a Rita) temos os chamados bons empregos aos olhos da sociedade e por essa razão acham que temos uma vida espetacular. Mas a realidade é que para além de não termos tido nenhum empurrãozinho dos pais, entre empréstimo da casa (e não temos mais crédito nenhum, felizmente), despesas da casa, gasolina (de dois carros velhinhos em segunda mão), supermercado e tudo mais comum a todos os mortais, sobram-nos 300€ por mês para uma poupança.
Pode pensar que até não é mau, mas ao fim de um ano são 3600€. Aos fim de 10 anos são 36 mil€... Quer dizer que para pagar o nosso crédito habitação precisamos de 30 anos. Ou, então, de poupar 900€ por mês, e pagar em 10 anos, o que corresponde a um ordenado nosso. É impossível. E nem vivemos acima das nossas possibilidades, porque penso que um casal que não faz férias nem compra presentes de Natal, seja propriamente um esbanjador.
Sabe o que somos Rita: pessoas normais.

Anónimo disse...

Conheço quem com 30 anos tenha comprado uma moradia a pronto.
É a pessoa que é administradora de um serviço (3000/mês) mas pediu metade do dinheiro aos pais; é a pessoa que anda com roupa feita pela mãe; é a pessoa que "não come para não cagar" porque a seguir tinha de gastar papel; é a pessoa que nunca quer ir a jantares mas depois aparece e pede para provar "só um bocadinho" do prato dos outros; É a pessoas que corta o seu próprio cabelo em casa; É a pessoa que só compra quando tem cupões de supermercado, mesmo que seja um artigo que não consumiria; É a pessoa... mais infeliz que eu conheço embora ela não o reconheça. Mas tem uma super casona paga a pronto, sem cortinas, nem tapetes, nem candeeiros, nem uma porra de uma moldura.
Felizmente, não sou essa pessoa!
Tenho um empréstimo a 45 anos mas vivo a vida!

Anónimo disse...

É por causa desta mentalidade, da má educação e do pouco civismo que só arrendei uma das minhas casas com 2 rendas e 6 meses de caução, a devolver em estado impecável.

Diana disse...

Caro Anónimo de 18/1, ás 12.33, 50€ de supermercado por semana? Almoço e jantar? Ando a comer muito, estou a ver.

Anónimo disse...

Diana, nao fui eu q comentei mas eu e o meu marido gastamos cerca de 150€ por mes em comida no supermercado (atencao q estou a falar so de comida, nao incluo produtos de higiene etc). Nao passo fome obviamente, mas compramos tudo no Continente usando sempre cartoes de desconto. Quando temos aqueles de 5€ em cada 20€ de compras na pratica sao 25% de desconto. E ate compramos produtos de marca. Tenho um colega q so compra marca branca no lidl e diz q gasta mais q eu, mas ele tb diz q n ker perder tempo á procura de descontos e compra qd lhe apetece: mais uma vez sao opcoes. Quem nao quer perder tempo a organizar as compras obviamente paga mais. Ja agora no nosso caso no emprego almoçamos na cantina, por isso as compras é so p jantar e fim de semana.

Anónimo disse...

A mim a vida já me deu uma lição... Num minuto, tudo muda e a única coisa que o dinheiro não compra é saúde. Por isso, chapa ganha, chapa gasta, que o que levamos desta vida são as memórias. Os bens, ficam cá todos... É gozar a vida enquanto se pode. Sim, sou irresponsável. Uma mãe irresponsável, que ama, educa e mima, que trabalha 9h fora de casa e uma mulher que luta diariamente para manter a motivação do marido cuja vida ficou destroçada (física e psicológicamente) com a merda de um cancro... Como acontece com tantas outras pessoas. Por isso, deixem-se de merdas de quem é que poupa mais, quem é que compra a casa mais cara a pronto que isso são só paredes...

Sara Almeida disse...

Ai como eu compreendo....tal e qual...

Anónimo disse...

Sinto-me insultada.
Tenho 28 anos, vivi com os meus pais até aos 26, trabalho desde os 16 anos e quando saí de casa para ir morar com o meu namorado tinha cerca de 200 € na conta.
Se sou uma louca de consumismo? Não. Não conheço pessoa que tenha comprado menos roupa do que eu, que tenha saído menos à noite, que tenha jantado menos do que eu.
Apenas se quis trabalhar tinha que ter carro porque na aldeia não havia transportes para sair de casa. Tive que pagar a carta. Se quis estudar tive que pagar a faculdade, alimentação, transportes, tudo. Todo o eu salário era para estudar. Sobravam 5 € todos os meses sem gastos extras.
Poupava os subsidios para pagar seguros do carro.
Tenho problemas de saude graves. Paguei tudo do meu bolso, no privado, porque no público ia-me deixando morrer.
Mesmo assim os meus pais exigiam-me 100 € por mês por viver com eles. A mim e aos meus irmãos. Para ajudar nas despesas de casa. Se eramos pobres? Não. Mas não eramos ricos.
Quis ir viver com o namorado, mas para conseguir isso foi ele para fora emigrar 3 anos para juntar dinheiro.
Voltou, compramos casa com as poupanças dele.
Quisemos casar. Paguei o casamento do meu bolso. TODO. As prendas não chegaram para as despesas.
Continuei a estudar. Sempre. Todo o dinheiro extra que tinha era para pagar formações, cursos de linguas, ps graduções.
Acabei a licenciatura, 3 meses depois mudei de emprego e passei a ganhar mais do dobro.

GANHO 1400 €. O meu marido ganha 1100 €.
No entanto só Vamos de férias 1 x por ano, sempre para dentro de Portugal. Não fico em hoteis, não janto fora, comemos sandes.
Não tive quem me oferecesse uma televisão, um sofa, uma cama.
Por isso, apesar de agora ganharmos bem, estamos a começar a comprar coisas para a casa que esteve 1 ano apenas com um colchão na sala e uma TV numa cadeira.


230k só a poupar? Tirem-me um pico. Com prendas de anversarios?
Com gestão de dinheiro?
Sabe esta gente o que e a vida. Não foram poupados. Nasceram foi com o cu virado para a lua.

Anónimo disse...

A sua definicao de cu virado p a lua claramente é diferente da minha. Os meus pais pagaram-me curso superior, a carta de conducao, o primeiro carro ( de 4500€ em 2a mao) e nunca me pediram dinheiro p as despesas de casa. E por isso eu consegui poupar os 115.000€ e o meu marido c uma vida semelhante poupou o mesmo. Para mim isto é o normal. Porque eu paguei o meu casamento, porque enquanto vivia com os meus pais pagava as minhas despesas pessoais (roupa,saude,gasolina,etc) e o dinheiro q eu tinha na conta era efectivamente de prendas de aniversario,natal etc. mas conheço pessoas a quem os pais pagaram o casamento, a quem deram X dinheiro p a casa ou como ja referiram aqui q todos os meses punham 100€ na conta de poupança dos filhos. Portanto o q é normal p uns nao é normal p outros, somos tds diferentes c educacao e cultura diferente. No seu caso se teve essas despesas todas e se teve problemas de saude obvio q nao conseguia poupar esse dinheiro, nao tem de se sentir insultada nem insultar os outros. É como o salario:quem ganha 500€ acha q o de 1000€ é rico, e quem ganha 1000€ acha q é pobre pq se compara com o q ganha 2000€. Tudo na vida é relativo dependendo de com quem nos estamos a comparar. Para mim, no meio onde estou o q os meus pais me deram foi o minimo e inferior a outras pessoas ( nao tive casamento pago e tive um carro fraquinho comparado aos outros q tiveram carro novo) mas ja percebi q comparado ao seu caso entao eu tive muito mais.nao se enerve e seja feliz

Anónimo disse...

Anonymous24 janeiro, 2018 15:31, 230k de 2 pessoas a poupar (não é só de uma).

Portanto, se os nossos pais foram trabalhadores e poupados e nos puderam ter em casa sem nos cobrar nada (eu saí de casa aos 23 anos), se nos puderam pagar os estudos e se nos puderam dar uma boa prenda de casamento que nós também poupámos, isso é "nascer com o cu virado para a lua"? Não, é a recompensa pelo esforço e escolhas de vida de quem nos decidiu pôr no mundo. Os meus avós eram pessoas simples (de um lado tiveram 8 filhos) que tinham um trabalho simples e só estudaram para aí a 4a classe. Os meus pais já estudaram até mais tarde (um licenciado e mestre, outro não acabou o curso superior) e já tiveram profissões melhores e um nível de vida melhor. Eu também pude estudar (mestrado) e tenho um bom emprego, um nível de vida bom e acesso a muito mais coisas que os meus pais tiveram ao crescer. Isso foi sorte? Foi um acumular de gerações antes de mim que pensaram na família e nas prioridades da vida e pouparam e geriram bem esse dinheiro, investindo-o nos filhos. Espero e com muito gosto, quando tiver filhos, também não lhes cobrar nada enquanto vivam comigo, poder pagar-lhes viagens, estudos, formação, actividades que gostem de fazer, etc. Espero que tenham uma óptima vida e que sejam rigososos a gerir o seu dinheiro! E isso não tem nada a ver com "cu virado para a lua", tem a ver com escolhas, boa gestão das mesmas e almejar algo mais do que apenas passar pela vida em sofrimento/queixas constantes.

Anónimo disse...

Acha que psicologia, história e sociologia são cursos qualquer? Sabe que há pessoas que querem realmente ser psicólogos, historiadores e sociólogos? Eu também estive em gestão de recursos humanos, mas mudei para um curso de ciências sociais que acho ser bem mais indispensável ao bom funcionamento das sociedades... e veja lá que até tenho emprego na área ;)

Anónimo disse...

Nao fui eu q comentei mas a verdade é q nem todos os empregos têm as mesmas saidas. Eu estudei em Coimbra e havia um curso de Relaçoes Internacionais. Claro q é util p quem quer seguir uma carreira diplomatica ou em instituiçoes tipo ONU. Mas sejamos honestos, comparativamente por ex com a profissao de Contabilista quantas oportunidades de emprego é q tem uma e outra profissao em Portugal? Todos os cursos sao precisos á sociedade, mas ha uns p os quais so precisamis de 100 pessoas em todo o país e outros em q precisamos de milhares. E enfim isso tem impacto na probabilidade de empregabilidade das pessoas.

Pobretanas disse...

Mas que depressão aqui apanhei... Fui das melhores alunas ao longo do percurso escolar mas nunca ganhei mais que uma borracha ou um lápis oferecido por uma professora simpática (comprado do bolso dela...). Já emigrei. Tenho o azar de viver e trabalhar a 200 km de distância, tanto dos meus pais, como do meu namorado. Gasto uma grande parte do ordenado em despesas correntes e viagens para ver a família/namorado.
A incerteza da vida não me permite comprar casa, nem tenho dinheiro para isso, nem vou ter. Aqui está um futuro da treta.

Anónimo disse...

Concordo...mas acho que esta questão se prende muito com a educação das pessoas e com a cultura. Trabalho há três anos, vivo em casa dos meus pais e não tenho um salário chorudo, se bem que não o considero baixo. Nunca me passaria pela cabeça não contribuir com alguma coisa para a casa. Já sou independente financeiramente, os meus pais fizeram um esforço grande para nunca me faltarem com o essencial (comida, saúde, educação e cultura...eventualmente algo extra que quiséssemos muito e não implicasse vender a alma para comprar). Não conseguiria ficar com tudo para mim, quando contribuo para os encargos deles! Mas isto é o meu caso particular e a minha consciência...o meu conceito de família e do seu funcionamento. Dar e receber..sem cobranças e naturalmente. E olhem que consigo poupar na mesma e viver a vida. Se dará para comprar casa a pronto? Não me parece, mas também não é nenhum drama.

Anónimo disse...

Diana, não sei bem que tipo de gerente é, mas o que está a referir não são dados confidenciais?? xD xD loool

Diana disse...

Anonymous, eu não sou gerente de coisa nenhuma. Foi uma resposta irónica. Se ler o meu comentário eu falo em casas de 200 000€ e 40 anos de prestações (referidos pela pipoca), e um cálculo hipotético de 700€ de prestação. Leia lá outra vez :-) ( sou uma contabilista a trabalhar como secretária com contrato a termo certo a acabar mesmo em Janeiro :-( tenho que vir para aqui rir-me e escrever disparates para não enlouquecer lol)

Unknown disse...

Então a solução melhor é arrendar e deitar dinheiro ao lixo todos os meses!!?

Ana disse...

"estas senhoras que se metem em opções de vida que envolvem ter filhos, estarem sozinhas a cuidar deles e ganharem o salario minimo porquê?"
E quando essas senhoras eram casadas, eram dois ordenados e tiveram filhos, e entretanto os maridos as abandonaram com os filhos para criarem sozinhas? E vice versa...
É cada comentário mais escusado.
O de se compararem também é ridículo, cada um tem o seu salaros e estilo de vida diferentes bem como prioridades.
Eu trabalho em casa e o meu marido trabalha fora, temos 750€ por mês pagando renda de 300€ e todos os meses poupamos no mínimo 150€ porque eu tenho tempo para organizar e administrar as contas e as despesas todas. Não somos coitadinhos e não julgamos quem ganha mais ou menos. Está foi uma opção nossa. Há quem na mesma situação poupe mais e há quem poupe menos, e cada qual sabe de si.

Unknown disse...

Também eu gostaria de saber se existe algum banco que empreste a 100%, já estou farta de pagar todos os meses 350€ por um quarto, em Lisboa.

«O mais antigo ‹Mais antiga   201 – 301 de 301   Mais recente› Mais recente»

Enviar um comentário

Teorias absolutamente espectaculares

AddThis