Pub SAPO pushdown

E se nos ajudassem a ajudar?

quarta-feira, outubro 18, 2017
A capacidade de mobilização e o sentido de solidariedade dos portugueses é absolutamente inacreditável. Já o provámos inúmeras vezes. Somos um povo de bom coração, tomamos as dores dos outros, em poucas horas somos capazes de juntar alimentos, roupa, dinheiro, o que for preciso. Tomamos como responsabilidade nossa aquilo que deveria ser responsabilidade de outros, porque percebemos que se não o fizermos, provavelmente ninguém o fará. Viu-se isso em Pedrógão, em menos de nada acedemos às necessidades mais prementes dos bombeiros e das populações, de repente até já havia coisas a mais. E ligámos para linhas solidárias, fizemos donativos, houve seguramente gente com muito pouco que fez o esforço de ajudar como conseguiu. 

Independentemente daquilo que nos move - e que é absolutamente indiferente - sentimo-nos felizes por poder fazer alguma coisa, mesmo que mínima. Nestas situações é normal sentirmo-nos impotentes, queremos ajudar e não sabemos muito bem como, queremos fazer alguma coisa, mas nem sabemos por onde começar. E acho que Pedrógão nos deixou um pouco de pé atrás. A falta de organização e de logística que fez com que se entregassem bens em excesso, os donativos em dinheiro que, ainda hoje, continuam por entregar (onde anda o dinheiro? Porque é que ainda não chegou às pessoas?), tudo isto nos deixa um pouco perdidos. Porque queremos que a nossa ajuda seja útil, que faça realmente a diferença. 

Nestes últimos dias foram vários os apelos para doações de bens aos bombeiros e às populações. Uma vez mais, juntei-me a alguns grupos para comprarmos algumas coisas mas, não sei porquê, parece-me pouco. Talvez seja influenciada por esta onde de acusares de dedo, em que passamos a vida a perguntar aos outros "e tu? O que é que fazes para ajudar? Hã, hã?". Tive algumas pessoas no Facebook com este discurso de cobrança, a dizer que eu só me queixo e que não faço nada. Acho que faço alguma coisa, mas se calhar não faço tudo o que está ao meu alcance. É verdade que, para algumas pessoas, nada será suficiente, nunca, porque a vontade de atacar é muito maior do que ter a capacidade de reconhecer o esforço que se faz, mas se calhar todos nós podemos fazer mais qualquer coisinha. 

Dito isto, penso que também falta alguma informação. Como é que a sociedade civil pode ajudar? De que forma? Onde é que somos mais úteis? De que forma é que a nossa ajuda pode mudar alguma coisa? Por exemplo, perguntei a variadíssimas pessoas como funciona a limpeza das florestas ou a reflorestação das áreas ardidas e ninguém me soube dizer. Há grupos organizados? Há associações às quais uma pessoa se possa juntar? Presumo que não posso ir eu para o meio do mato apanhar lixo. Quer dizer, poder posso mas, lá está, não acredito que consiga fazer grande coisa. Mas juntos, já o provámos, andamos com isto para a frente.

Por isso, pessoas que mandam nisto, ajudem-nos a ajudar. Orientem-nos. Aproveitem a onda de boa-vontade, aproveitem a capacidade de iniciativa das pessoas, não deixem passar seis meses, não deixem que chegue uma nova tragédia, não deixem que a vida de todos os dias nos faça emergir em indiferença, que encolhamos os ombros e sigamos em frente. Expliquem-nos como podemos ser úteis.

Entretanto, aproveito para divulgar a manifestação que vai acontecer já este sábado, em Lisboa, na praça Luís de Camões. Vai servir para alguma coisa? Vai mudar alguma coisa? Talvez sim, talvez não, mas acho importante que saiamos à rua, que manifestemos a nossa indignação, a nossa tristeza,  o que nos vai na alma. Queremos ver mudanças, queremos um pedido de desculpas, queremos que nos assegurem que tudo está a ser feito para que tragédias destas não se repitam. Não achem que nos estamos nas tintas. Porque não estamos. 


77 comentários:

Anónimo disse...

Pipoca, o dinheiro já começou a ser entregue às pessoas que perderam casas ou tiveram danos nas mesmas.

Anónimo disse...

Pois é mesmo isto. Doar bens é facil mas eu gostava de fazer algo. Tenho tempo livre nas próximas semanas e até moro perto de zonas afetadas mas para além de doações ainda não consegui descobrir outras iniciativas.
Tenho muito receio relativamente à reflorestação porque se por um lado é dificil de ser executada por outro é facil de ser esquecida e quando daqui a um ano voltarmos a olhar para a floresta vamos ver grandes eucaliptais...crescem rápido e não precisam de serem plantados.
Lembro-me de há uns anos uma marca de águas desenvolver uma iniciativa que por cada garrafa de agua vendida plantavam uma árvore..porque não voltar a fazer de novo?
Agrupamentos de escolas façam uma iniciativa com os vossos alunos de cada um plantar uma árvore e abordarem a importância da floresta.
Temos de nos mobilizar!
Joana

Anónimo disse...

É mesmo isso! Vamos para a rua! Devim ser 10 milhões a manifestar-se! Ajudar mas tb demonstrar a nossa revolta! - Rute Lopes

Anónimo disse...

gostava tanto de saber aonde foi parar o meu dinheiro.

Anónimo disse...

Pipoca, sou de Viseu. Felizmente "só" lidei com o fumo no fim de semana. Mas Viseu é uma cidade pequena e todos temos família ou conhecemos alguém em Lageosa do Dão, em Vouzela, em Tondela, em Castro Daire. Morreram pessoas mas também há quem perdeu tudo, quem perdeu as alfaias para cultivo, quem perdeu os animais, quem perdeu o emprego e quem perdeu o trabalho de uma vida. é preciso comida para o imediato, comida para bebé, roupas de criança e adulto, roupas de casa, rações para animais (cães e gatos, mas também galinhas, ovelhas, vacas...), móveis, até panelas e pratos já pediram.
Neste momento, no meio da dor tenho orgulho da minha terra. Está em marcha um enorme movimento de solidariedade. Há centros de recolha de bens (em Viseu estão a ser recolhidos no Pavilhão Cidade de Viseu) mas certamente será preciso dinheiro para a reconstrução. Neste momento não sei quem está a organizar a recolha de fundos. Entendo que as pessoas se sintam em dúvida em relação Às ajudas, sobretudo monetárias, por isso se calhar sugeria que as pessoas fizessem chegar donativos de bens aos locais de recolha (talvez o mais simples seja fazerem chegar a Viseu mesmo, que é o local mais central e que depois pode distribuir pelas outras localidades). Uma boa maneira de ajudar é usar as compras online. O Jumbo em Viseu tem entrega online, mas podem tb recorrer a outras lojas (por exemplo de puericultura, de roupa, de lençóis, sei lá), para fazer chegar bens.

Anónimo disse...

Também gostava de saber de que forma podemos ajudar diretamente os bombeiros. Sei que trabalham em condições não ideais e a haver verbas do governo direcionadas para os bombeiros, está visto que são insuficientes. Quando há incêndios pedem água e comida, mas quando não há? Como podemos ajudar para os bombeiros estejam melhor preparados para situações futuras?

Anónimo disse...

Para ajudar os bombeiros é fácil: donativos. Ou simplesmente façam-se sócios que já ajuda. Muitas vezes os bombeiros lutam com coisas tão ridículas como ter dinheiro para reparar um veículo ou simplesmnete pagar a conta do gasóleo. Certamente se tiverem mais verbas podem comprar mais e melhores equipamentos

Anónimo disse...

Ontem na manifestação em Belém, não vi uma única palavra de ordem,e nem aqui contra os Criminosos que atearam num só dia 528 incêndios!!!

Anónimo disse...

Gostava que essa manifestação não fosse na rua mas sim a reconstruir casas e a plantar novas àrvores

Anónimo disse...

Os criminosos não têm cara, já as pessoas que nos devem proteger deles foram escolhidos por nós e são pagos com o nosso dinheiro!

Anónimo disse...

Anónimo das 12:52, não se iluda. A desgraça aconteceu porque estava imenso calor, imenso vento e estávamos numa situação de seca extrema e temos uma floresta incrivelmente mal ordenada. Há incendiários? Pois, claro. Mas podíamos bem lidar com eles se não fossem todos os outros problemas. Eu trabalho no centro de Viseu e vejo folhas de eucalipto queimadas por todo o lado no chão, por exemplo.

Anónimo disse...

Existe algum fundo de donativos para os bombeiros (em geral) ou as doações têm que ser diretamente em cada corporação? A sociedade civil não tem muito como saber quais as corporações que precisam de mais ajuda. Se houver alguma forma, regional ou nacional, de contribuir sendo esse dinheiro depois direcionado para as corporações com maiores dificuldades, agradecia que me dissesse! :)

Anónimo disse...

Sem querer parecer desmerecer as necessidades dos bombeiros, confesso que o que gostava mesmo era de perceber como se pode ajudar as populações. De preferência directamente e sem intermediários públicos ou privados. Estas imagens de pessoas (maioritariamente idosas) que ficaram sem nada, são dilacerantes :(

Luísa disse...

Olá,
Gostei da ideia de comprar online e pedir para entregar. As minhas questões são: onde entregar? em nome de quem?
Obrigada

Anónimo disse...

Exatamente!!Aproveitento politico de tantas mortes!!

Unknown disse...

Só não entendo o motivo de ser silenciosa, deveríamos fazer barulho e muito, fazer-nos ouvir e fazer exigências.
Devemos gritar alto e bom som que chega de tratar a floresta como um bem menor, devemos gritar alto e bom som que exigimos mudanças e que estaremos atentos às mesmas.

Catarina Silva disse...

Boa tarde Pipoca,

Hoje na renascença a coordenadora da região centro disse que a melhor forma de ajudar era contactar directamente as autarquias. Porque são elas que melhor conhecem as pessoas em si e consequentemente as necessidades individuais de cada pessoa/família e também porque as autarquias, como actuam directamente no terreno, conseguem que essa ajuda seja coordenada com as instituições que também já estão no terreno.
Isto no meu entender, faz todo o sentido....pois já basta de descoordenação.

Anónimo disse...

Tenho orgulho no povo solidário que somos. No imediato, as ações de solidariedade funcionam para minimizar o sofrimento e a miséria de quem ficou sem nada. Mas agora acho que o governo tem o DEVER se chegar à frente e devolver os bens materiais que as pessoas perderam. Façam contas e abram os cordões à bolsa: custeiem as casas perdidos, as alfaias destruídas e os campos agrícolas devastados! Que comecem por algum lado.

MDM disse...

De facto, as Autarquias/juntas de freguesia das povoações do interior, conhecem bem melhor a população local,
do que acontece com as juntas dos grandes centros urbanos(que mal conhecem os agregados familiares referenciados...!), serão pois de considerar como centros de recolha e distribuição, mas somente de donativos em género (vestuário,calçado, utilidades domésticas , alfaias agrícolas, rações ...) já dinheirinho... meu nem pensar e não aconselho! 😒
Quanto às Instituições de solidariedade Social, que me perdoem, mas conheço(efetivamente)muitos exemplos de desvios de verbas, seleção e desvio dos bens alimentares,
vestuário e afins, praticados por membros e familiares dos mesmos, como tal, nem vê-las- não confio!
Para termos a certeza de que a nossa ajuda chega a quem realmente dela necessita, o melhor mesmo é contactarmos as pessoas e ir ao seu encontro!

Maria do Mar

Anónimo disse...

Talvez ao bolso de algum político corrupto... que se banquete-ou à sua custa! 😢

eporquenaohoje disse...

Olá Ana,

O meu nome é Sofia e vivo em Tábua, um dos concelhos afetados.
Estivemos praticamente três dias sem comunicações, sem internet...quando ela regressou escrevi um post no facebook que comecei com um "Olá mundo"...ainda não passaram 24horas e agora só me apetecia escrever "adeus mundo"...

É impressionante as coisas que já li no facebook, a falta de noção não tem limites...e Ana, tenho que dizê-lo...só quem passa por isto, só quem viu e sentiu a força das chamas, do vento, pode compreender o inferno que passámos...os relatos são inacreditáveis, como me dizia uma sra ontem, quando fomos às zonas mais afetadas "o diabo passou por aqui"

Há culpados, claro que sim, mas sinceramente, neste momento, para quem viveu este inferno, para quem perdeu tudo, é o que menos importa, o que importa é reconstruir e ajudar quem tudo perdeu.

A melhor forma de ajudar é contactar as Câmara Municipais locais, que têm equipas no terreno a fazer o levantamento de todas as necessidades e têm Gabinetes de Apoio e Lojas Sociais que fazem a recolha dos bens angariados e a respectiva distribuição. Esta sim é a forma de ajudar.

Não caiamos no erro de entrarmos no jogo do "Quem é mais solidário?", porque isso para nós, concelhos afetados, não nos ajuda em nada.

Termino com uma mensagem para os treinadores de bancada: tenham vergonha!

Obrigado Ana pelo apoio

MDM disse...

Pois é anón. 12.30h tem razão, já foi veiculado na comunicação social, mas temos que raciocionar, fazer contas e deixar de sermos ingénuos.... Tratou-se de muitos milhares de euro, possivelmente até de milhões, a(s)entidade(s) que ficaram como gestoras dos fundos depositados em contas bancárias, decerto que os aplicaram financeiramente, mesmo estando o juro pela hora da amargura, em 3 ou 4 meses uns milhões a render...sempre "lucraram algum"😉 que terá engrossado o "cabedal de alguém"!Eu não acredito no absoluto altruísmo das instituições sejam elas de que cariz forem, há sempre jogo de interesses...desvios,negociatas,em suma pouca transparência!Verdadeiros altruístas desinteressados podemos apontar poucos e normalmente são pessoas individuais que não dão nem intencionam dar nas vistas!

MDM

Ana disse...

estamos cá, estamos vivos, e por isso mesmo vamos lutar, vamos gritar, vamos acusar e apontar, para que as mortes dos nossos irmãos não sejam indiferentes, não sejam números, sejam sim vidas únicas e valiosas que se perderam, que valiam tanto como a nossa e que por isso devem ser defendidas (ainda que postumamente) como únicas que eram. Os responsáveis devem ser acusados frontalmente sem medos! E este governo “se é que assim se pode chamar” é um dos responsáveis há que não ter medo de o dizer. para terminar este já meu longo comentário deixo o famoso poema de Martin Niemöller, e deixo o apelo: não vamos deixar que “não sobre ninguém”:
primeiro levaram os comunistas
mas não me importei com isso
eu não era comunista;
em seguida levaram os sociais-democratas
mas não me importei com isso
eu também não era social-democrata;
depois levaram os judeus
mas como eu não era judeu
não me importei com isso;
depois levaram os sindicalistas
mas não me importei com isso
porque eu não era sindicalista;
depois levaram os católicos
mas como não era católico
também não me importei;
agora estão me levando
mas já é tarde
não há ninguém para
se importar com isso.

Anónimo disse...

Acabou de responder à sua dúvida. Dirija-se a quem precisa. De outra forma há sempre necessidade de intermediários.

Anónimo disse...

Depende para onde o doou. A União das Misericórdias tem uma parte, o fundo de gestão do estado tem outra, as diversas instituições e organizações que recolheram donativos terão outra. E depois há aqueles donativos prometidos, que fazem parte do valor anunciado, mas que ainda não passam de promessas.

Anónimo disse...

Banqueteou.

Anónimo disse...

Gostaria sinceramente que este teu pedido para "nos ajudarem/orientarem a ajudar" fosse lido por autarquias e governo, porque acredito que seja este o sentimento de muitas pessoas que continuam sem respostas.
As doações são necessárias e importantes, mas está visto que é preciso mais que isso. Então, digam-nos o quê? Como é possível ajudar mais? Quem poderá organizar em conjunto com as autarquias, uma limpeza de terrenos (por exemplo da população mais idosa, que pouco consegue fazer...)? Até mesmo uma limpeza de casas que tenham sido afectadas por cinza e fumo? Como é possível ajudar a reconstruir aldeias, ou simplesmente os abrigos para os animais, que não suportam o frio da noite?
Fico na expectativa que surjam mais comentários nesse sentido.
Obrigada AGM pela tua clareza de discurso e incansável procura de soluções.
L.

Unknown disse...

Penso que o Fernando Alvim e Ana Galvão estão a tratar de um movimento para plantar árvores pelo país, claro que isso implica alguns contactos e articulação com as entidades competentes. E depois temos este projeto que me parece muito bem, por 3 euros compra-se nos CTT uma árvore (nada de eucaliptos) que a quercus depois planta com um código que nos é atribuído http://umaarvorepelafloresta.quercus.pt/ depois também acho que se podia criar um movimento para irmos dar apoio, seja em materiais, seja calor humano, a aldeias onde vivem meia dúzia de pessoas, maioria idosos, onde quase tudo ardeu, e sentem-se totalmente abandonados.

Anónimo disse...

Às pessoas que precisavam dele. Tem alguma indicação em contrário?

Anónimo disse...

Aproveitamento político? Ainda bem que ninguém ao meu redor usa essa expressão, senão acho que não respondia por mim. Temos mesmo de aceitar que estamos entregues à nossa sorte? Não temos. Não podemos

Anónimo disse...

Sábado passo em Viseu e já sei onde ir. Obrigada

Anónimo disse...

Infelizmente não podemos contar com o estado para gerir nem a nossa vida, quanto mais um euro que seja! por isso sugiro que as doações em numerário sejam feitas com muita muita atenção. Do valor que a CGD angariou já se sabe que 500.000€ serão para equipar hospitais, e não para ajudar diretamente as pessoas da zona afetada. Penso que todos sabemos como isto funciona, amigos que por acaso têm empresas que equipamentos hospitalares a inflacionar preços para equipar as tais unidades... chega de palas nos olhos! Caso não saibam também, o PCP ajudou a passar uma lei que diz que apenas se se provar que o estado foi negligente é que serão pagas ideminizaçôes às vítimas... chega!
Doações em género o mais que se puder e voluntariado também. Dinheiro meio a gerir pelo governo nunca mais!
Não pude estar antes, mas sábado lá estarei. E faço questão de sempre que voltar a passar no Pinhal de Leiria registar o estado da coisa e relembrar.
Maria

Anónimo disse...

Penso que devemos sair todos à rua para mostrar a nossa dor e a nossa indignação. Sugeria que todos levassem uma camisa, blusa, etc, vermelha para homenagear os nossos incansáveis bombeiros e lembrar a tragédia, que foram os fogos este ano.
Lena
Lena

Anónimo disse...

Nada contra o trabalho dos bombeiros, muito pelo contrário. Mas em sentido monetário, experimentem ter que contratar os serviços de ambulância e talvez tivessem outra opinião quanto a não terem recursos. Anda meio mundo a enganar o outro. O meu marido anualmente contribui para eles. Não condeno mas não o faço. O governo e os que ficam com o nosso dinheiro que lhes criem condições. Só tenho pena dos que trabalham duro.

Unknown disse...

Pode ajudar uma corporação tornando-se sócia da mesma. Desloque-se e eles irão dar-lhe toda a informação necessária e que outras formas existem de ajudar :)

Anónimo disse...

Joana, pode contactar a Misericórdia (se houver), as autarquias, os escuteiros ou as guias, os bombeiros (em viseu e braga já se estão a mexer). De certeza que é preciso ajuda para organizar as doações e limpar terrenos. marta

Anónimo disse...

Atenção que o que foi noticiado é que as nossas ajudam já começaram a ser entregues. Não sob forma de dinheiro, mas sim para substituição de bens perdidos (casas, equipamentos...).Essa gestão está a ser feita por algumas instituições (Cáritas, Santa Casa...)Sené bem aplicado ou se vai todo para quem precisa? Esperemos que sim, se não alguma coisa estará mal. Eles garantiram que vão prestando contas, para quefez a sua doação saber para onde vai o dinheiro... vamos ver.
Relativamente aos fundos europeus isso que está em falta. Esse ainda não chegou às mãos de ninguém e a grande falha está aí. Não houve gestão desta situação até ao momento. Vamos aguardar. Nós que podemos aguardar. Já quem perdeu tudo é que não deve estar com tanta paciência!

Anónimo disse...

Pois essa é mais uma das iniciativas que pode parecer muito boa aos olhos de quem nada sabe sobre o assunto mas só serve para alguém ganhar dinheiro. Ora vamos ver, em primeiro lugar é preciso cortar as árvores ardidas e para isso é preciso que os Serviços Florestais façam as marcações e haja autorizações para esses cortes. Depois é preciso fazer os cortes com o devido acompanhamento de técnicos, e só depois é que se pode pensar na reflorestação. Nas zonas onde existia pinha adulto o reflorestação dá-se por regeneração directa a não ser que seja numa zona em que o solo não seja bom e ai é preciso plantar pinhão. É preciso plantar as chamadas árvores bombeiras em zonas também adequadas. Essas plantações tem se ser sempre acompanhadas por técnicos especializados e feitas por vários trabalhadores durante meses na floresta. Arranjar tanto pinhão para plantar como pinheirinhos, como árvores bombeiras no nosso pais para tanto para plantar como para semear em quantidades necessária é completamente impossivel(tive um caso muito próximo em 2005 em que ardeu uma área de baldio de uma aldeia em que para arranjar pinhão e árvores suficientes foi muito complicado, parte foi comprado em Espanha e árvores em viveiros em Portugal e simplesmente não havia e isto foi através de pessoas do Ministério da Agricultura, Técnicos e Engenheiros Florestais e Professores Universitários da Área). Por isso todas as árvores que agora sejam vendidas não servem para nada só serve para alguém lucrar com isso(neste caso já temos os CTT por exemplo).

Anónimo disse...

Não tarda nada estamos na época das cheias e das enxurradas e sem vegetação, as probabilidades de ficar tudo inundado e destruído, será concerteza maior. E depois ainda temos todos os detritos que podem vir junto com as águas. Por isso, acho que será também de extrema importância a limpeza das matas ardidas.

Quanto às formas de ajudar, já foi dito nos comentários anteriores... o contacto direto dos municípios afetados penso que será a forma mais razoável de obter informações concretas.
Sónia

Anónimo disse...

Porque não gritou?

Anónimo disse...

"Sené"? A sério que escreveu em português? Desconhecia tal palavra!

Diana disse...

Olá, desde este post de ontem que já há muita informação disponível. A quem veio aqui só dizer mal deixem-se estar aí sossegadinhos atrás do pc. No facebook da Pipoca na partilha deste post já divulguei pelo menos 2 grupos que já estão a trabalhar para se fazer alguma coisa. Claro que se vai contactar todos de direito e não vamos com sementinhas plantá-las para a mata. Vai ser tudo feito com rigor e com o maior respeito pela natureza. Gostava que se começasse pelo Pinhal de Leiria e se estendesse a outras zonas necessitadas. Mais informações no facebook... Desculpa Pipoca esta invasão, e mais uma vez peço e agradeço a tua divulgação. Um beijinho, Diana

Anónimo disse...

Gostei tanto da iniciativa CTT/Querqus que estava a pensar oferecer uma árvore como miminho de Natal a alguns amigos mas após o que disse fico a duvidar se será uma boa ação.

Helena disse...

Bom dia,

Para além dos bens que são necessários (alimentos, roupas, etc), acho que se deviam juntar grupos e ir ajudar a limpar as casas que foram queimadas, limpar tudo à volta e ajudar a levantar, porque é preciso dar às pessoas alguma dignidade.

Anónimo disse...

Anónimo das 12:39
Quando fazemos uma doação deste género temos de acreditar e confiar que chegará aos destinatários.
Não sendo inocente sei que em muitos casos há pessoas a aproveitarem-se, mas há sempre uma parte que chega a quem precisa. E isso é suficiente para continuar a ajudar. se todos deixarem de ajudar a pensar que parte do dinheiro é usado para outros fins, quem vai padecer são aqueles que necessitam de ajuda, os aproveitadores arranjam sempre outra forma de "chularem" os outros...

Anónimo disse...

Pois, o problema é que as pessoas que têm estas ideias não fazem a mínima ideia de como se fazem as coisas no terreno...

Anónimo disse...

Anónimo das 11h19, é preciso ser-se tão mesquinho assim? Se reparar no teclado o "n" está logo acima do espaço, daí estar "Sené" e não "se é". Foi um erro, tal como TODA a gente comete. Parece-me que há coisas bem mais importantes com que implicar.

Anónimo disse...

Sim, não somos como os Americanos ( realidade que conhecemos mais, pois é a que nos entra pela tv ) nem temos que ser. Quando foi o "festival" de recolha de fundos para Pedrogão, pensei, mas isto é a "Oprah" ou a "Ellen"?! Roçava a gabarolice à conta das desgraças, em vez da simples angariação. Quando, imediatamente após os eventos, o de Pedrogão e agora o de Outubro, correram discursos de políticos e imagens nas redes sociais a pedir elogios à solidariedade dos portugueses e aos heróis penso logo na falta de gosto que isso representa face à recente morte e perdas das vítimas.

Rafinha disse...

Luísa, a ideia de comprar online é óptima, porque mesmo quem está longe tem a possibilidade de ajudar. Mas eu sugeria uma atenção especial a estas compras, que é tentar fazê-las em comerciantes das zonas afectadas. Certamente que nem todos terão lojas onlines tão bonitas como a da worten, por exemplo, mas nada que uma pesquisa no comércio tradicional e um telefonema para a loja não resolvam.

Rafinha disse...

Foi a pensar assim que no Verão passado fui à corporação da minha cidade para me tornar sócia da mesma. Olharam para mim como se eu fosse um ET a pedir um café ao balcão. Tive que ser eu a insistir. A ideia não deixa de ser boa, espero que em outros locais as pessoas com boa vontade sejam recebidas com mais cabecinha. De certeza que este meu relato não vai desencorajar ninguém de se tornar sócio dos bombeiros, mas confesso que não me passava pela cabeça me recusarem esta pequena ajuda.

Rafinha disse...

Força Sofia, estamos ( estou ) convosco. Tenho amigas na tua zona e assim que me chamarem, vou fazer o que estiver ao meu alcance para ajudar. Concordo quando dizes que mais importante que encontrar os responsáveis, é ajudar quem precisa de ajuda para se reerguer.

Anónimo disse...

Acha que a quercus não saberá como fazer?

Cecília disse...

Por 3 euros a árvore é cuidada durante 5 anos. Confio mais na Quercus e nos voluntários do que nos ministros. http://umaarvorepelafloresta.quercus.pt/como-funciona/

Anónimo disse...

Grata, minha boa alma, por, de tudo o que eu escrevi apenas ter retirado um erro originado pela minha gravíssima falta de capacidade de tentar teclar ao mesmo tempo que fluí o meu raciocínio. 10 000 chibatadas para mim por tamanho pecado! Vou escrever 100 vezes "Se é". JURO!!!!!

Unknown disse...

Então agora os CTT são ladrões e a quercus não sabe o que faz. Não quereria ver o mundo com essas lentes, em que é tudo incompetente, desonesto e que ninguém é de confiar, triste vida essa.

Unknown disse...

Então agora os CTT são ladrões e a quercus não sabe o que faz. Não quereria ver o mundo com essas lentes, em que é tudo incompetente, desonesto e que ninguém é de confiar, triste vida essa.

Anónimo disse...

Bom dia,
Sou autarca numa Junta de Freguesia em Lisboa, um dos pelouros que tenho é precisamente o de Acção Social e posso garantir que, embora não seja fácil em Freguesias como as de Lisboa que em termos de número de eleitores passam na maioria os 20.000 sendo maiores em termos populacionais que a maior parte das câmaras do País, sabemos perfeitamente quem são as famílias referenciadas.
Já em termos de apoios posso adiantar que realizámos na altura dos incêndios de Pedrogão, em parceria com a paróquia local, recolha de bens (alimentares, vestuário e médicos) e foram durante 3 semanas ao sábado várias carrinhas entregar bens diretamente aos centros de recolha e distribuição local que estão a trabalhar diretamente com as autarquias locais precisamente por serem estas quem melhor conhece o terreno, as pessoas e as suas necessidades. Esta semana felizmente e graças à generosidade das pessoas vão mais duas carrinhas de bens para as zonas afetadas.
Relativamente a donativos em dinheiro posso informar que, embora não seja prática existirem donativos monetários a autarquias, os mesmos estão previstos na lei e cumprem regras. As Juntas de Freguesia se receberem um donativo em dinheiro nem que seja de 1€ são obrigadas a passar um recibo desse donativo e é dada automaticamente entrada nas suas contas, bem como é necessário existir posteriormente o justificativo da saída nem que seja de 1€ das contas da autarquia, contas estas que são anualmente fiscalizadas pelo tribunal de contas.
Percebo perfeitamente os receios, mas felizmente e para segurança de todos e transparência, as leis mudaram e as coisas já não funcionam como até há alguns anos atrás.

Anónimo disse...

A Quercus é só uma associação e não pode plantar árvores em terrenos particulares que não lhe dizem respeito ou que têm gestão autónoma, era mais sincero se dissessem assim daqui a uns meses..."para as zonas tal e tal e tal precisamos de x árvores quem quiser contribuir,,,etc" assim é simplesmente dar dinheiro à Quercus às escuras mais nada...

Anónimo disse...

Sou a anónima de Viseu que escreveu no dia 18. Se me permitem faço uma atualização.O que vai ser preciso vai ser reconstruir. Podem contactar as autarquias locais (Viseu, Tondela, Vouzela, etc) e perguntar o que é preciso, porque sabem melhor as necessidades das populações locais. Relembro que as zonas afetadas são sobretudo zonas rurais e as pessoas estão a precisar e vão precisar de alfaias agrícolas, árvores para replantar, sementes, animais de criação, ração para os animais, materiais de construção para reerguer o que foi atingido pelos fogos. Também há associações de apoio aos animais em muitas dificuldades a precisarem de ração, alojamento para os animais e material médico para tratar os animais feridos.Escolham uma causa. Decidam o que querem oferecer e depois liguem para uma das câmaras municipais ou juntas de freguesia e perguntem onde podem entregar (ou mandar entregar online, ou contactar uma loja daqui para pagarem por transferência bancária e entregar no local).
Quem podem contactar e está muito ativo no terreno são os agrupamentos de escuteiros e guias da região. Por exemplo as guias da região de Viseu têm página de facebook e estão em contacto direto com as populações necessitadas.

Anónimo disse...

Por exemplo, quem está a precisar de ajuda tambºem http://www.grumapa.pt/

Anónimo disse...

Então e os milhares de animais mortos e outros queimados? Quem é que os vai recolher e como vão tratar os outros? não há veterinários disponíveis?

Anónimo disse...

Cláudia Marques são as lentes de quem anda no terreno, já passou por situações semelhantes e sabe tecnicamente como as coisas são feitas. Ir aos correios comprar árvores para a Quercus plantar neste momento é como chover no molhado.

Anónimo disse...

Os serviços de ambulância são uma situação completamente distinta.

Para os serviços de protecção civil, os bombeiros dependem de subsídios do estado. Estes nunca são faturados à população, porque o governo, pouco ou muito, assegura, e os bombeiros combatem os incêndios com os meios que o governo dá.

Os transportes em ambulância não. Ninguem dá 1 cêntimo aos bombeiros para serem feitos. E o combustível não é de graça, os pneus não são de graça, o seguro dos carros não são de graça, os lençois, o oxigénio, as máscaras etc etc etc. Tudo é pago, não há subsídios para este tipo de coisas, e as empresas cobram-se do que vendem às corporações. Têm de ser os doentes a assegurar que estas coisas são pagas. Se não conseguem Termos de Responsabilidade pelos transportes passados pelos hospitais, centro de saúde, companhias de seguros etc, como era possível uma corporação conseguir pagar tudo o que é necessário para ter as ambulâncias na estrada?

Anónimo disse...

Dito isto, penso que também falta alguma informação. Como é que a sociedade civil pode ajudar?
Não tirem fotos às pessoas, fazendo delas, troféus. Respeitem-nas. Não apareçam por lá apenas para a foto. Sejam discretos.
Para além dos óbvios como roupa, cobertores, calçado, roupa interior, pasta de dentes, escova de dentes e bens de primeira necessidade é de uma importância vital: um rádio a pilhas e uma lanterna. Muita gente não tem eletricidade.
De que forma? Entregando diretamente às pessoas necessitadas com a ajuda da junta de freguesia, da igreja, de associações locais.
Onde é que somos mais úteis? No terreno. Falem com as pessoas, levem pessoal especializado (há muita gente desempregada em determinadas áreas).
De que forma é que a nossa ajuda pode mudar alguma coisa? Quando estamos em choque, não vale a pena irmos aborrecer a pessoa com filosofias. Basta um toque, um abraço para começar a criar um laço de segurança e conforto. As pessoas querem sentir que não foram esquecidas e que são respeitadas.
Como funciona a limpeza das florestas ou a reflorestação das áreas ardidas? Falem com o pessoal do Instituto de Agronomia. Eles sabem melhor que ninguém o que fazer.
Maria Lopes

Anónimo disse...

Vamos ver se compreendi..a iniciativa ctt/quercus não é a ideal porque pode não abranger as areas afetadas pelos incêndios mas sim propriedade do estado. Então já que tem experiência no terreno diga por favor (caso conheça) como é que as pessoas sem conhecimentos florestais podem ajudar na reflorestação da floresta destruida pelos incêndios?

Unknown disse...

No site da Quercus têm a informação às claras, eles dizem os sítios onde foram plantadas árvores nas últimas iniciativas e quantas, e sim não tem de ser nas zonas afetadas, até porque essas zonas (digo eu que sou uma leiga na matéria sim) devem precisar de tempo para "regenerar". Mas deixo informação de outros movimentos para quem não confia nesta iniciativa CTT/Quercus. "Tendo como ponto de partida a ideia de Fernando Alvim (essa força sideral no que toca a ideias) acontecerá, o mais breve possível, uma acção nacional de plantações de árvores. Achámos que seria melhor do que angariar fundos (que podem não chegar ao destino). Toda esta ideia será concertada e apoiada por engenheiros florestais que nos ajudarão a entender onde, quando e que espécies devem ser plantadas nas diversas zonas de Portugal. Próxima quarta-feira, na Antena 3 farei a Prova Oral com o Alvim para falar com um engenheiro florestal e com todos os que queiram intervir, via telefone, numa tentativa de compreender qual a dimensão da tragédia natural provocada pelos incêndios.
Depois divulgaremos a data desta intervenção. Ajuda por todo o país é necessária (aliás, nesse dia, o Alvim e eu tentaremos percorrer o máximo de quilómetros possíveis para ir acompanhando a acção). O grupo organizador,o Alvim, a Rita Nabeiro e eu própria, aceitamos todas as vossas brilhantes ideias. Em breve daremos mais notícias." Ana Galvão.

Unknown disse...

No site da Quercus tem a informação às claras, eles dizem os sítios onde foram plantadas árvores nas últimas iniciativas e quantas, e sim não tem de ser nas zonas afetadas, até porque essas zonas (digo eu que sou uma leiga na matéria sim) devem precisar de tempo para "regenerar". Além disso, nem Quercus nem ninguém pode plantar em zonas privadas...penso eu, podendo estar a julgar mal mais uma vez. O Código que é atribuído a cada um de nós pela compra de uma árvore permite-nos saber onde está e como está essa zona. Mas deixo informação de outros movimentos para quem não confia nesta iniciativa CTT/Quercus. "Tendo como ponto de partida a ideia de Fernando Alvim (essa força sideral no que toca a ideias) acontecerá, o mais breve possível, uma acção nacional de plantações de árvores. Achámos que seria melhor do que angariar fundos (que podem não chegar ao destino). Toda esta ideia será concertada e apoiada por engenheiros florestais que nos ajudarão a entender onde, quando e que espécies devem ser plantadas nas diversas zonas de Portugal. Próxima quarta-feira, na Antena 3 farei a Prova Oral com o Alvim para falar com um engenheiro florestal e com todos os que queiram intervir, via telefone, numa tentativa de compreender qual a dimensão da tragédia natural provocada pelos incêndios.
Depois divulgaremos a data desta intervenção. Ajuda por todo o país é necessária (aliás, nesse dia, o Alvim e eu tentaremos percorrer o máximo de quilómetros possíveis para ir acompanhando a acção). O grupo organizador,o Alvim, a Rita Nabeiro e eu própria, aceitamos todas as vossas brilhantes ideias. Em breve daremos mais notícias." Ana Galvão.

Anónimo disse...

Se o anónimo não compreende que a reflorestação não pode ser realizada de qualquer forma, e que implica um estudo, um ordenamento, a interação de vários especialistas..., é lamentável!
Eu compreendi perfeitamente e sei que na realidade passa-se dessa forma, sob pena de serem plantadas espécies inadequadas como no passado... Bem sei que é preciso ajudar e todos devemos faze-lo, mas por ora é prematuro comprar "árvores"...a menos que queira encher os bolsos de alguém 😉

Anónimo disse...

E mais nas zonas onde ardeu pinhal adulto e o solo é fertil ou seja não é só pedra não é preciso plantar ou semear porque dá-se regeneração directa ou seja o pinhao largado pelas pinhas que existe no solo nasce sozinho.

Anónimo disse...

Anonima das 15:13 podemos ajudar quando for preciso plantar ou semear as areas ardidas se forem pedidos voluntários ou pessoas para contratar e ir trabalhar para lá, nao é só plantar uma arvore.

Outro anónimo disse...

A iniciativa da Quercus não vai necessariamente plantar nas zonas afectadas pelos incêndios recentes, certo? Já não é a primeira vez que eles têm iniciativas deste género, não andam por aí a plantar árvores ao desbarato, fazem-no como deve ser.

Podem argumentar que então, se não é para as áreas afectadas agora, não é a mesma coisa. Mas é tão válido ajudar os afectados, como apostar nas mudanças de fundo na floresta de todo o país, nomeadamente na plantação de árvores autóctones e na substituição dos eucaliptos. Penso que será isso que a Quercus pretende fazer, não é mandar meia dúzia de pessoas para o meio do terreno queimado plantar arvorezinhas.

Mas isto digo eu, que tenho a Quercus como uma organização séria, com provas dadas no trabalho que desenvolve. Já em relação à iniciativa do Alvim, não estou a par.

Unknown disse...

Já existem Associações criadas para ajuda de todos que foram lesados neste pesadelo...em Oliveira do Hospital criámos a Associação das Vítimas do Maior Incêndio de Portugal - AVMIP
Já estamos em contacto com algumas associações nacionais que nos estão a ajudar nomeadamente com rações para animais...pois de roupas há muitas doações por todo lado...precisamos de alfaias agrícolas e animais...obrigada!

Unknown disse...

Nesta tragédia e falo por experiência própria...fomos todos bombeiros a salvar e a proteger as nossas próprias casas...sou de Oliveira do Hospital em que todas as povoações do concelho arderam e 95% da floresta ardeu e por milagre só 12 pessoas morreram...todos que conheço andaram de balde, regador e mangueira na mão...mesmos os mais velhinhos quase cegos e sem se poderem mecher...acha que são só os bombeiros que devem ser homenageados?

Unknown disse...

Eu sou de Oliveira do Hospital, concelho vizinho, agora só penso na recuperação e tenho feito de tudo para ajudar os que estão pior do que eu...mas nos primeiros dias sou sincera, a revolta foi muita...pois fomos completamente abandonados à própria sorte e isto não podia ter acontecido...morreu muita gente e podia ter morrido muito mais pois todos que cá estavam nessa hora andaram no meio do fogo...95% da nossa floresta ardeu...450 postos de trabalho direto foram perdidos...tenho conhecidos e amigos que perderam por completo as empresas de uma vida e alguns da vida dos pais...como é que pode não haver revolta?! Nesse dia vim do sul do concelho a fugir do fogo com os meus filhos mais novos para o centro da cidade e não vi um único carro de bombeiros...(é claro que a culpa não é deles coitados...) andei a apagar o fogo para salvar a minha casa e depois de ele já ter passado juntei muita gente dos arredores na cave que não sabiam se perderam tudo e outros que já tinham perdido...e sem sabermos se já estaríamos seguros...sou da área florestal, sei que as condições foram extraordinárias...mas a os fogos começaram às 10h da manhã...porque é que não foram acauteladas as condições nesse dia fora do normal e com o território em seca extrema...porque é que não foram pedidos logo todos os meios possíveis para tentar que os fogos não ganhassem dimensões grotescas...
Agora é fazer tudo o que se possa para nos reerguermos...

Unknown disse...

Muito bem! Sem dúvida.

Unknown disse...

A este último anónimo o meu muito obrigada de quem realmente esteve abandonada à sua sorte junto com as outras milhares de pessoas do meu concelho e de outros da região centro...a combater o fogo com as próprias mãos...baldes, regadores e mangueiras disponíveis sem ver um único carro de bombeiro...

Anónimo disse...

Tem toda a razão toda a população deve ser homenageada e não só os bombeiros até porque não lhes tirando todo o mérito que merecem que são eles que dão o "corpo ao manifesto" a primeira descoordenação no terreno começa com as chefias dos bombeiros e nisso ainda ninguém falou...

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Teorias absolutamente espectaculares

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