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A EMEL mudou a minha vida (vá, um bocadinho)

quarta-feira, março 02, 2016


Foi há pouco mais de um ano que escrevi aqui no blog um texto sobre a E-Park, a aplicação da EMEL, para mim a oitava maravilha das aplicações. Na altura dizia que a EMEL é uma entidade particularmente odiada pelos lisboetas e por todos os que têm de estacionar em Lisboa. Em primeiro lugar, porque nos cobra por um serviço, e tudo o que nos leva dinheiro é meio caminho andado para nos fazer odiar. Depois, porque nos obrigava a ter de ter sempre moedas para o parquímetro, a ter de ir trocar dinheiro a um café (e a ter de estar sempre a consumir garrafas de água ou pastilhas, para os senhores dos cafés não se zangarem), a ter de andar à procura de um parquímetro que não estivesse avariado, a ter de estar sempre de olho no relógio para ver se não ultrapassávamos a hora, já a tremer com a ideia de uma multa ou, pior, de chegarmos e termos o carro bloqueado. Todo um inferno. Ora a aplicação veio mudar, de forma muito positiva, a forma como nos relacionamos com a EMEL e com o estacionamento. E é de aplaudir quando uma empresa se preocupa em criar um serviço que facilite a vida dos seus utentes. Sacamos tantas aplicações, quase todas inúteis ou meramente lúdicas, que uma aplicação que tem implicações positivas e efectivas na nossa vida merece ser aplaudida. De pé. E se a primeira versão da E-Park já era boa, a que foi agora lançada é ainda melhor. Não sei se foi por ter escrito sobre o assunto aqui, mas a EMEL convidou-me para falar sobre esta nova aplicação na apresentação da mesma, juntamente com o actor José Fidalgo e o chef Henrique Sá Pessoa. Todos moradores em Lisboa, todos com necessidades de estacionamento na cidade, todos com a aplicação E-Park, da Emel. 

Antes de explicar as diferenças entre a nova e a antiga E-Park, se calhar convém explicar o que é que esta aplicação faz, para quem nunca tenha ouvido falar. Então é assim, a aplicação da EMEL permite activar o parqueamento através do telemóvel. Depois de sacarmos a aplicação e de a carregarmos com um valor à nossa escolha através do multibanco,  escolhemos a zona em que estamos estacionados (verde, amarela ou vermelha), quanto tempo estimamos ter o carro ali e depois é só activar. Se estivermos a meio de uma reunião e acharmos que vamos demorar mais tempo, através da aplicação podemos prolongar o tempo de estacionamento. Se, pelo contrário, voltarmos mais cedo, interrompemos o estacionamento e só pagamos o que tivermos consumido. Espectacular, certo? Ah, e para quem acha que se os fiscais da EMEL não virem lá o papelinho nos vão passar uma multa, nada temam. Todos eles têm uma maquineta na qual inserem a matrícula do carro e vêem logo se estamos a  utilizar a E-Park..

Pois bem, a nova aplicação traz algumas melhorias em relação à primeira. A mais importante, para mim, é o facto de me mostrar logo um mapa a indicar em que rua estou e que tipo de zona é. Antes era preciso andar à procura de um parquímetro, porque só aí estava indicado se era uma zona verde, amarela ou vermelha. Agora a aplicação diz-nos logo (e se for uma zona sem parquímetro a aplicação é honesta e também nos diz). Está também mais intuitiva, dá para associar mais do que um carro, avisa-nos que o tempo de estacionamento está a acabar, e permite prolongar o estacionamento de forma mais rápida e fácil. Para mim, a única falha é só poder ser carregada através de referência Multibanco, acho que podia ter um cartão de crédito associado e ia-se usando. 

Na apresentação todos nós pudemos dar as nossas sugestões para melhorar a aplicação. Toda a gente disse que gostava que a aplicação nos indicasse se há lugares disponíveis na zona onde queremos estacionar, e eu acho isso para cima de espectacular. Acho também que deveria haver algum sistema de bónus (imaginem, se sugeríssemos a aplicação a amigos ganhávamos um crédito extra) e que poderíamos escolher dar uma parte do nosso carregamento a uma instituição social. Enfim, ideias. Se tiverem outras partilhem. Entretanto, parabéns à EMEL pela aplicação que mudou a minha vida!


9 comentários:

  1. Gostava de ter essa aplicação, mas parece que o meu smartphone é demasiado antiga para ela. Lá tenho eu de andar com o sacão de moedas...

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  2. Mas perdeu 1 das grandes vantagens a meu ver, deixou de permitir carregamentos com o Paypal.... fazíamos o carregamento na hora.

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  3. Sugiro algum cuidado na utilização desta app... Os seus dados não estão a ser encriptados. http://exameinformatica.sapo.pt/noticias/mercados/2016-02-28-Nova-app-ePark-da-EMEL-facilita-a-intercecao-dos-dados-dos-utilizadores

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  4. Eu uso a aplicação há meses e nunca mais usei as maquinetas nem moedas.fui uma dos 400 testers que usaram a aplicação em periodo experimental para detetar bugs e dar feedback. Funciona muito bem e uso todos os dias.acho é que para incentivarem a malta a usar deviam colocar os preços /hora mais baratos na aplicação ou dar bónus com carregamentos de x ou criar um sistema de avença mensal pata quem tem que estar todos os dias a pagar emel.

    Carla

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  5. Fui logo ver se havia aplicação disponível para windows phone e há!! Acho que vou testar já amanhã. Só uma questão, temos de manter os dados móveis ligados durante todo o tempo de estacionamento?

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  6. Moro no Dubai e este tipo de pagamento de paquímetro já existe aqui há muito tempo. Está associado a uma operadora de telemóvel e dentro da aplicação da operadora há essa função. O valor a pagar é debitado no saldo do telemóvel. Antes de terminar o tempo, 15 m. antes, é nos enviada uma mensagem dizendo o tempo que falta e se queremos acrescentar mais tempo. Realmente é uma aplicação fantástica que nos facilita muito a vida.

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  7. Já eu odeio é pagar por um serviço que básicamente já paguei. Ora,compro um automóvel e pago impostos,depois pago todos os anos o IUC,depois pagamos portagens e depois pagamos para estacionar num estacionamento que já foi anteriormente pago com os impostos cobrados aos cidadãos. O problema não é a Emel. O problema é eu ir trabalhar,receber um ordenado mínimo que é uma vergonha e não ter um parque gratuito onde possa estacionar,porque ora temos a Emel,ora a câmara,ora o estacionamento privado pago do local onde trabalho.
    Passa-se o mesmo com o IMI. Compro um terreno,pago impostos,construo,pago impostos,pago o terreno,a construção,e depois pago um IMI anualmente quando já paguei impostos sobre tudo isto. Enfim... Pagamos,pagamos e os cofres ficam vazios,as nossas carteiras também e a nossa vida também,porque é passada a pagar e não a viver.

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    Respostas
    1. Totalmente de acordo!
      Esta não passa de um medida para nos convencer a pagar e ainda agradecermos por isso !!

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Teorias absolutamente espectaculares

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