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Larguem já o telemóvel!

quarta-feira, fevereiro 24, 2016

Há dias fui jantar só com uma amiga e, durante as duas ou três horas que a refeição durou, não peguei no telemóvel. Deixei-o na carteira, em vez de o pôr em cima da mesa, e evitei assim aquela coisa horrível de estar sempre a ir ao Facebook, ao Instagram, a checar os mails, etc e tal. É um vício terrível, estou fartinha dessa dependência e queria dar-lhe toda a atenção do mundo. A verdade é que a minha resolução de ano novo, de passar menos tempo colada ao telemóvel e às redes sociais, não está a surtir grande efeito. Porquê? Basicamente, porque sou uma ratazana sem força de vontade, é isso. Mas não devia ser. Porque esta simples experiência, num jantar, fez-me perceber que muita coisa nos está a passar ao lado à conta da vassalagem que prestamos às tecnologias. Perdemos conversas, perdemos detalhes, perdemos momentos irrepetíveis, perdemos capacidade de concentração, perdemos a capacidade de nos dedicarmos aos outros por inteiro, e isso é péssimo e é triste. Parece que estamos muito mais interessados em propagandear os momentos do que em vivê-los. Eu desculpo-me um bocado: que é o meu trabalho, que não posso desligar-me, que tenho de estar atenta a tudo, mas preciso mesmo de me esforçar e de não estar tão obcecada - porque é essa a palavra - com telemóveis e iPads.

A verdade é que a forma como nos relacionamos com as novas tecnologias está a ter implicações em todos os aspectos da nossa vida. Até na forma como comemos. Na semana passada,
a convite da Activia, fui conhecer os resultados de um estudo desenvolvido em parceria com a Marktest e com o sociólogo e investigador Pedro Abrantes, professor do ISCTE, sobre os hábitos alimentares dos portugueses. E, meus amigos, as conclusões podem ser um bocadinho assustadoras. Ou então não, são apenas sintomáticas da mudança dos tempos e dos hábitos. Atentem:


Estes hábitos e, sobretudo, estes números, deixam-me ligeiramente preocupada. Ok, o mundo evoluiu muito rapidamente, as coisas mudaram, mas será que isto faz muito sentido? Toda esta dependência em relação às tecnologias que fazem com que nem durante uma refeição consigamos desligar? E que estejamos a passar esta mensagem aos mais novos? Contra mim falo, que incorro em muitos destes hábitos, mas tento contrariá-los, sobretudo por causa do Mateus e por ver que já é obcecado por telemóveis (não são todos?).

No meio de tanta informação, nem tudo é mau. Há, pelo menos, alguma consciência: 81% dos inquiridos concorda que os telemóveis prejudicam o convívio às refeições. Mas então porque é que insistem? Para se informar (dizem 59,6%), para se distrair (36,6%) e para fazer chamadas pessoais (23,9%). Ah, e os homens são piores nisto do que nós. Segundo o investigador Pedro Abrantes, "estes dados confirmam um maior desprendimento e individualização das práticas de alimentação e de convivência, sobretudo por parte dos jovens, do sexo masculino, o que é uma ilusória prova da sua virilidade, acabando por ter consequências muito negativas, tanto em termos de problemas de saúde como em termos de enfraquecimento dos seus laços afectivos e das actividades que desempenham no espaço público, o que tem sido muito visível, por exemplo, ao nível dos percursos escolares". 

Posto isto, penso que vamos ter de pensar duas vezes (ou dez vez) antes de passarmos um telemóvel ou um iPad para as mãos dos meninos quando eles se queixam que estão a apanhar seca. É a vida, no nosso tempo também as apanhámos e nem por isso estamos aqui menos frescos e fofos. O problema é que, muitas vezes, se não somos nós a dar o exemplo, depois também não podemos estar à espera de milagres. Se estamos sempre de telemóvel na mão enquanto comemos, que moral é que temos para lhes dizer que eles não podem?

Mas vale a pena espreitar mais alguns dados sobre os nossos hábitos alimentares:


Ok, nem tudo está perdido. Somos um povo que continua a valorizar as refeições, que reconhece que são um bom momento de convívio e de partilha (familiar ou social) e tentamos fazer cinco refeições por dia. Pontos menos bons: ainda haver tanta gente a saltar o pequeno-almoço (que é a refeição mais importante) e comermos demasiado depressa. Desculpamo-nos com a vida profissional atarefada, mas mais de 40% dos inquiridos também reconhecem que o uso de dispositivos móveis lhes apressa as refeições. Uma das piores consequências que resulta de toda esta rapidez são os problemas digestivos: mais de 50% das pessoas afirmam sofrem de mal-estar quando dedicam pouco tempo às refeições.

Também é engraçado perceber que, dentro de um país tão pequeno, há diferenças entre regiões:



Para o Pedro Abrantes, "estes dados vêm confirmar, para o bem e para o mal, um padrão de valores e práticas mais europeus, na região de Lisboa, face a outros mais tradicionais no resto do país, tendo aqui o Porto uma posição intermédia. Na capital há, efectivamente uma maior destruturação e diversificação das práticas, associado a ritmos de vida mais acelerados e a famílias mais pequenas, mas há também uma maior consciência do risco das tecnologias à mesa". Isto porque, dos 66% dos inquiridos que têm imposições em casa para não utilizarem tecnologia na hora das refeições, 83% dos residentes da Grande Lisboa não pode ter aparelhos ligados ou em cima da mesa, enquanto no Porto apenas 68,8% adopta esta regra.

Enfim, tudo somado acho que há aqui muita coisa que nos deixa a pensar e que nos pode fazer questionar alguns hábitos que temos. Pela parte que me toca, reforço aqui o desejo de conseguir estar mais desligada das tecnologias e mais ligada aos pequenos momentos de todos os dias. As fontes de distracção são imensas, saltam de todos os lados, cabe-nos a nós pôr um travão nisso. Sobretudo à hora das refeições. É precisamente esse o mote da Activia na sua nova campanha - Refeições Felizes, Digestões Felizes - e foi também essa a mensagem que nos tentou passar na apresentação deste estudo. Todas as convidadas puderam desfrutar de um belíssimo brunch no Pestana Palace, mas acho também que todas ficaram surpreendidas (e um bocadinho assustadas) quando, à entrada, lhes foi pedido que deixassem o telemóvel numa gaiola. Acho que se sentiu o nervosismo geral, mas sobrevivemos às duas horas sem ligação ao mundo virtual. O objectivo da marca é mesmo esse, fazer passar o conceito de mindful eating, explicar que devemos utilizar o momento da refeição para desligar um bocadinho do mundo, para saborear a comida, para aproveitar a companhia ou apenas para estarmos connosco próprios e com os nossos pensamentos, sem o seres habitual. Refeições descontraídas traduzem-se em relações mais saudáveis, com menos implicações na nossa saúde e no nosso estado de espírito. Estou a pensar adoptar a ideia cá em casa ou nos jantares de amigas. Tudo sem telemóvel, tudo ligado ao momento!






Post em parceria com a Activia

48 comentários:

  1. Concordo plenamente e acho louvável que o blog de um certo renome como este venha alertar para os "perigos" da tecnologia... Não vale a pena encararmos a tecnologia como um bicho-papão, mas também não podemos esperar que hábitos que já se instalaram entre nós mudem do dia para a noite... Muito bom texto, Ana

    Parabéns,
    Francisca

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  2. "Deixei-o na carteira, em vez de o pôr em cima da mesa, e evitei assim aquela coisa horrível de estar sempre a ir ao Facebook, ao Instagram, a checar os mails, etc e tal. " Isto não é um vício. Isto é uma tremenda falta de educação. Pôr o telemóvel em cima da mesa na hora da refeição e ir de chapéu para a mesa, é exatamente a mesma coisa. Uma tremenda falta de educação.

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    1. Por essa ordem de ideias, se o chapéu à mesa for usado por uma senhora e durante um evento de dia já não é falta de educação. É tudo uma questão de perspetiva, de cultura e, no fundo, de bom senso.

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    2. Anónima, informe-se melhor e seja menos radical.

      Se for uma mulher a utilizar um chapéu, a regra não dita que esta tenha que tirar o chapéu em espaços interiores. Só o retira se quiser.

      Em relação ao telemóvel, depende muito dos casos.
      Eu coloco sempre o telemóvel na mesa. Já apanhei alguns sustos com os meus pais e quero estar sempre acessível para eles, que são pessoas com alguma idade e com alguns problemas, e porque em caso de espaços com mais barulho, não ouço o toque se estiver dentro da mala. Mas não o utilizo, a não ser para atender alguma chamada que eu considere importante!

      É como alguém escreveu acima. É tudo uma questão de bom senso!

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    3. Quanto à parte do chapéu, nada a dizer, é subjectivo.
      Mas concordo com o facto de que seja uma tremenda falta de educação almoçar com alguém e estar, como a própria Pipoca escreve "sempre a ir ao Facebook, ao Instagram, a checar os mails, etc e tal". Não é ter o telemóvel visível para o caso de uma emergência. É falta de educação sim, eu pessoalmente odeio que me façam isso, acho desrespeitoso e dá-me a ideia que a outra pessoa está tão aborrecida com a minha companhia que tem de procurar outras distrações. Caso tenha, por exemplo, que responder a uma sms urgente, peço sempre licença e desculpa.

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    4. Eu estava a falar de homens que vão de boné pra mesa! É preciso explicar tudo... Lol claro que se for uma mulher num casamento ou la o que for, nao tem mal nenhum.

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    5. Acho que uma mulher q usa chapéu a mesa é uma grande Parola!!!!!! Ridículo

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  3. "Parece que estamos muito mais interessados em propagandear os momentos do que em vivê-los." Ora aqui está a realidade. Hoje em dia dá a sensação que as pessoas fazem tudo a pensar no post que irão colocar no facebook. Até a roupa que usam! Eu felizmente não tenho esse vicio. Não passo sem o meu computador mas sem exageros. E o telemóvel só uso para chamadas e mensagens. Emails vejo quando estou em casa. Quando estou num restaurante o telemóvel está sempre na mala. No entanto já ouvi bocas "estás ultrapassada!"

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  4. Não vejo as coisas assim de uma forma tão... preocupante. A partir do momento em que todas as casas passaram a ter uma televisão, que a hora de jantar foi passada à frente da mesma. Não vejo isto como mau, eu acho interessante ver as notícias, futebol ou outra coisa com a minha família e comentá-la. Não somos robôs calados a ver televisão, conversamos na mesma. Em relação aos miúdos quererem sair mais depressa da mesa, isso sempre aconteceu. No meu tempo era para ir ver televisão ou falar com os meus amigos no msn, no tempo dos meus pais era para falarem ao telefone com os amigos ou, os que tinham sorte, para irem sair ao café ou simplesmente à rua.
    Depois podemos falar de boa educação que simplesmente passa por prestar atenção às pessoas com quem estamos, ou seja não atender telefonemas (a nao ser que seja uma urgência), não passar o tempo a mandar mensagens ou no facebook.. Não vejo os smartphones como um instrumento que é uma queda para um vício horrível. Vejo-os como um instrumento que pode ser muito útil, mas que tem de ser ensinado a usar. Não acho que seja uma afronta usá-lo de vez em quando nas refeições, mas pronto, uma pessoa tem que os saber gerir.

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  5. "Parece que estamos muito mais interessados em propagandear os momentos do que em vivê-los"

    Tipo num blog?

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    1. Também. Mas vai muito para além disso. Conheço dezenas de pessoas que não têm blogs e que não largam os telemóveis/tablets.

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  6. Concordo, a 1000%!!!! Em qualquer lado que vamos, só encontramos seres agarrados ao telemóvel, vidrados, absorvidos, a ver não sei o que. As pessoas já não se dão ao trabalho de olharem umas para as outras. Espero que as coisas mudem.

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  7. Acho que estás a exagerar, antigamente não haviam telemóveis mas por exemplo liam se livros e jornais no comboio e quase ninguem olhava para o lado...

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    1. Mas provavelmente não o faziam à mesa enquanto tomavam refeições com os amigos ou com a família...

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  8. Orgulho-me imenso de não pertencer a nenhuma estatística do primeiro quadro. Mas assumo que é um trabalho contínuo de educação e pressão sobre os outros habitantes da casa. Come-se sempre à mesa, com a TV desligada - menos em dia de jogo de Sporting. Mas ultrapassei isso com a instauração de "jantar de hamburgueres" quando o Sporting joga: assim toda a gente come hambúrguer a ver o jogo, sentado no chão da sala. Acaba por ser uma quebra positiva na rotina, também. Telemóveis à mesa nem pensar, mas tenho de me zangar a sério com o pré-adolescente e o pai do pré-adolescente. Já nos restaurantes, sou culpada de dar o telemóvel ao mais novo quando acaba de comer para não ficar impaciente nem fazer barulho. Não gosto muito de fazer isso, mas não quero deixar de almoçar fora. Assim, acho mesmo que o equilíbrio é o mais importante. Com amigos, o tlm fica sempre arrumado, mas reparo que sou das poucas que faz isso. Não sei, acho que é uma tecnologia recente e ainda andamos todos deslumbrados com isto de saber tudo em tempo real. Mas educação é educação; e prestar mais atenção a um gadget que a uma pessoa parece-me sempre errado. Seja qual for o meio.

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  9. Concordo plenamente e o mais preocupante são pessoas com um certa idade estarem viciadas no facebok. Antes existiam mais conversas as pessoas pensavam mais nas coisas... hoje está tudo focado nos ecrãs. Ás vezes penso que estamos a viver um horror, só pode. O meu chefe que deveria estar focado a resolver os problemas da empresa passa o dia no facebook, a minha mãe que devia estar disponível para me ouvir e aconselhar passa o dia a comentar que esta e aquela colocaram isto ou aquilo no facebook. Definitivamente era-nos todos mais felizes sem o facebook. Claro que também o uso mas preferia que se extingui-se.

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    1. E muitos as vezes querem ser aumentados .... Porque trabalham muitoooo!!!!!! Passam a vida no facebook e a ver o site da caras do q a trabalhar!!!!! Que o q vi a tempos qndo estive na loja do cidadão !! Pessoas a espera para serem atendidas e uma das senhoras decidiu fazer uma break para ir ver os looks dos famosos no site da caras .... Q ridículo por isso é q isto cada vez está pior e vai afundar mais!!!

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  10. Li isto durante a minha refeição e no telemóvel. Sad.

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  11. Concordo contigo! Hora da refeição, principalmente entre amigosou família é sem telemóvel!

    http://fashionunderconstruction.blogspot.pt/

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  12. Essa pertinente questão não me preocupa de todo...faço uma utilização q.b. das TIC!Não sou de forma alguma dependente dos equipamentos tecnológicos,para mim são essencialmente ferramentas de trabalho, o resto vêm por acréscimo e de forma regrada!(:

    MDM

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  13. Anónimo das 16.35, "antigamente não havia telemóveis" e não "haviam". Aprenda a escrever e depois dê opiniões.

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    1. Quem tem menos instrução, também tem direito a dar opiniões. Quem age desta forma demonstra que não tem educação, o que é bem pior.

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    2. Mesmo quem não sabe escrever tem direito a dar opinião, e poderá ser mais válida que a sua.
      Todos podemos aprender a escrever, mas a ser educados, está visto, que é só para alguns.

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    3. Se calhar quem não sabe escrever, mas sabe comentar em blogues, podia dar melhor uso à internet e aprender uma coisas.

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    4. A escrever também se aprende e porque não em blogs?
      Em vez de corrigir ou repreender de forma brusca, não deveríamos ensinar?
      E para que conste, não sou o anónimo do "haviam", e sim também dou erros, como todos nós os "imperfeitos".
      Uma boa tarde para si.

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    5. Bem isto é só professoras de Português...

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  14. Concordo plenamente contigo. Mas o mundo de agora só consegue focar se na tecnologia e de uma forma obsessiva. A tecnologia é importante, mas tem que haver limites... eu não dependo da tecnologia se forma alguma. eu até sou uma pessoa que se cansa facilmente das tecnologias nem consigo aguentar estar tanto tempo à frente de um computador. eu prefiro mil vezes sair de casa e conviver com os meus amigos.
    Bjinhos ;)
    http://heylovelynails.blogspot.pt/

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  15. Parabéns pelo artigo! Um assunto tão presente nos dias de hoje.
    Façam uma experiência...quando forem almoçar/lanchar/jantar fora, verifiquem a quantidade de famílias, casais e amigos que estão agarrados às máquinas e não a desfrutar do momento! É arrepiante...mesmo. Felizmente, por opção, não sou assim. Tlm sempre guardado na carteira e em casa simplesmente fica de parte. Nem sempre é fácil mas é tão gratificante estar a conviver com os nossos...com quem partilhamos o momento!!
    Parabéns...gostei muito do artigo, mesmo! PC.

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  16. Ora aqui está um tema que não me "assiste". Não tenho facebook, não tenho instagram, nem Twitter, nem este nem aquele... Sim para muitos sou extra terrestre. Adoro estar com amigos e quando estamos , estamos mesmo, nada de telemóveis em cima da mesa. Gosto de consultar alguns blogues mas apenas em casa e em horas de lazer, consulto a internet por questões profissionais mas não sou de facto escrava destas modernices. Pois é sou um ET, mas sou um ET assim muito feliz:)

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    1. ACRESCENTO-me à sua lista...Tomara continuarem a existir muitos "eliens" como a Cláudia e eu...
      TIC só com conta peso e medida, numa palavra sem vício ou dependência!:-)

      Teresa

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    2. Também me acrescento. Acho deprimente as pessoas postarem a sua vida para todo o mundo ler. Também sou alien

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    3. Diz-me lá de que planeta és para saber de onde sou. Também não tenho nada disso.

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    4. No trabalho tb fizeram todas cara de caganeira quando disse que não tinha facebook!!!!! Sou um ET também!!!! Pessoas tristes!!! Fúteis

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  17. Bastante pertinente e preocupante.
    Mas não devemos cair em exageros, de um lado ou outro.
    Há casos e casos.

    O meu trabalho leva a que tenha de estar sempre contestável (a horas decentes, claro) e isso fez com que o telemóvel me acompanhe para todo o lado para onde me desloque.
    E coloco-o em cima da mesa sim. Mais por uma questão de "controlo" do que para mexer nele.
    Em reuniões de familia, os telemóveis podem estar na mesa ou numa superfície próxima, mas não estamos a olhar para eles. Estamos sim a conversar. Televisão também não existe na sala de jantar. Por isso o entretenimento é somente "humano".
    O que não quer dizer que não se pegue num telemóvel para mostrar algo que se vi e que se fale sobre o assunto. Nada de exageros.

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  18. Eu devo ser um ET português... Passo o fim de semana sem tocar num telemóvel, ver televisão, ligar um computador... E nós dias de semana, quando chego a casa do trabalho, é a mesma coisa. Demoro 40 minutos a comer cada uma das três refeições principais (pequeno-almoço, almoço e jantar), não me levantei da mesa antes de todos terem terminado, tiro o som ao telemóvel quando estou a comer...

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    1. Ahah verdade! Eut enho 28 anos e ainda tenho um telemóvel daqueles antigos, que fecha tipo concha :P tenho uma profissão em que passo o dia todo em frente ao computador, por isso, nas minhas horas livres, não quero estar agarrada à tecnologia. Só uso o telemóvel para falar com o meu namorado (com quem vivo, por isso até são só chamadas rápidas de combinar coisas) e com os meus pais (que moram a 200km de mim e com quem falo uma vez por dia). De resto, está quietinho o dia todo. À noite vejo um pouco de televisão e posso ir um pouco ao tablet também, mas ao fim-de-semana é raro ligar uma ou outra coisa. Durante as refeições estou é a conversar (e a comer) :)

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    2. Não és nenhum ET. Eu não tenho facebook por ex. E mudei de Lisboa para o norte .. Uma casa de aldeia c lareira e n liguei a TV ainda!!!!!!! E uma questão de hábito e n sinto necessidade d ver televisão!!! Há coisas bem mais interessantes para fazer e ver!!!

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  19. Concordo plenamente. Vivo numa aldeia e só este ano é que instalámos internet em casa. Nos primeiros dias foi a loucura todos os dias via qualquer coisa na Net. Depois isso passou. Até mesmo a minha filha que tem 7 anos prefere chegar a casa e ligar o rádio leitor de CD's e ouvir musica do que ver televisão. É claro que precisamos de tecnologia porque sempre dá jeito para vermos qualquer coisa sobre a matéria que eles andam a dar na escola e que nós já nem nos lembramos para podermos ajudar. Mas, o facto de se morar numa aldeia torna-nos menos dependentes da tecnologia e mais ligados a outras coisas como à nossa horta e aos nossos animais. Convivemos muito mais com os vizinhos (em pessoa) do que com os "amigos" da internet.Mas, concordo que quem more numa cidade esteja mais dependente da internet pois não tem tanta liberdade para andar na rua. No entanto acho que deve imperar o bom senso e nesse aspecto cada pai é que sabe o que deve ser usado pelos filhos. O que me choca verdadeiramente na vida é ver miudos a maltratar outros, isso sim. Agora se passam mais ou menos tempo na NET isso já acho que depende das circunstâncias da vida de cada um. Beijinhos a todos e acima de tudo respeitar o próximo é a minha máxima de vida.

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  20. Infelizmente é uma realidade cada vez mais comum. Eu não coloco o telemóvel em cima da mesa às refeições, nem deixo que os meus sobrinhos, quando estão comigo, o façam. Acho de uma extrema falta de educação. Mas quando tenho jantares com grupos de amigos, há uma parte deles que se agarra ao telemóvel e parece que nem estão ali!!! Se é para isso o que estão ali a fazer? Não era melhor terem ficado em casa? Não entendo!!!

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  21. Serei a única pessoa a discordar? Quando ninguém tinha telemóveis também liam o jornal durante as refeições, por exemplo.

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  22. Bem, pelos comentários parece que é crime uma pessoa chegar a casa do trabalho e ver televisão e gostar. Não percebo bem qual é o mal de ver um filme ou uns episódios de uma série, mas pronto. Agora não pensem que são heróis por não terem facebook ou por nunca ligarem a tv lol. Por favor, o vosso estilo de vida não é melhor que o das outras pessoas, é só diferente.

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  23. Esta realidade é assustadora, é o que tenho a dizer. Acontece-me o mesmo...

    Mónica Rodrigues dos Santos
    http://cupcakewomen.blogspot.pt/

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  24. Não tenho qualquer tipo de rede social, somente um blog e onde não partilho nada da minha vida pessoal. Sou muito feliz assim. Penso que facebook e instagram só servem para as pessoas tentarem mostrar aos outros que têm uma vida perfeita.Enfim, é triste a realidade em que nos encontramos.

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  25. Excelente post, acho que tudo tem de ter conta, peso e medida, e a utilização de aparelhos electrónicos no nosso dia-a-dia começa a ser descabida. Se não travamos um pouco a sua utilização, quando dermos por nós estamos sozinhos, miseráveis, sem amigos, e sem família. Gordos ou até obesos.

    http://cucasandcookies.blogspot.pt/

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  26. Pipoquinha... isto está tudo muito bem, mas não é Ipads que devias escrever, mas sim tablets. É o mesmo que estares a escrever Iphone e não telemóvel. ;)
    Kiss kiss

    Cláudia Pereira

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  27. Acho que as pessoas cada vez estão mais tristes.. Não tem mesmo consciente d nada. Boas maneiras??? Ui nem se fala , falsas????? Nem se fala!!!!!egoísmo???? Nem se fala!!!!! Cada vez mais invejosos e maldizentes!!!!!!!

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  28. E cada vez mais fúteis!!!!!! Q se lixe as tecnologias!!!!

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Teorias absolutamente espectaculares

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