No que diz respeito à maternidade há alguns temas tabu sobre os quais as mulheres são praticamente convidadas a mentir, sob pena de terem de levar com a fúria de gente que, assim de repente, nada tem a ver com o assunto. Por exemplo, se a mulher optou por uma cesariana, então é capaz de ser melhor dizer que o bebé estava atravessado, que não deu a volta ou que estava a fazer piruetas e mortais encarpados à retaguarda às 40 semanas. Se a mulher decidiu não dar de mamar, então tem de dizer ao mundo que o leite era mau, que sabia a iscas de cebolada, que o bebé era mauzinho para comer ou que, misteriosamente, o leite nunca chegou a subir. Isto, óbvio, acompanhado de lágrimas de dor e pesar por não poder experienciar o mais bonito e enternecedor momento da vida e por, já se sabe, nunca ir conseguir criar laços com o puto que, antes dos 10 anos, já terá sucumbido ao mundo do crime e da toxicodependência. E depois há as outras, as que, pura e simplesmente, não querem ser mães. Não estão para isso, não se imaginam, não gostam de miúdos, ou até gostam, mas dos dos outros, não precisam de um inteirinho só para elas. Também a essas aconselham que mintam. "Ai, filha, tu não digas tal coisa, diz antes que não podes ter, que te saiu um útero ruim, também não vale a pena estares para aí a chocar as pessoas com tamanha heresia".
Foi por isso que assisti, com alguma curiosidade, à conversa entre a Júlia Pinheiro e duas convidadas no programa Queridas Manhã, em que ambas assumiam não querer ter filhos. Os argumentos variavam. Uma, que me pareceu ter a ideia mais maturada e definitiva, dizia não se imaginar no papel de mãe, assume à partida que não tem jeito para a coisa e diz, com muita graça, que gosta de crianças como gosta de adultos: gosta de umas e de outras não. Tem 41 anos, vive com alguém que também não quer ter filhos, e o assunto está mais do que fechado. A outra, mais nova, pareceu-me mais volátil e com argumentos um bocadinho menos sólidos (mas válidos). Diz que até daria uma grande mãe, mas gosta de dormir até tarde e quanto mais a chateiam com o tema filhos mais ela gosta de espetar o dedo na ferida e dizer que não quer. Vive com o namorado que já tem um filho e que, por isso, também não puxa muito o assunto. A própria Júlia Pinheiro contribuiu com o seu exemplo: houve uma altura da vida em que tinha a certeza que não queria filhos. Mas depois casou e achou que era uma belíssima maneira de demonstrar o seu amor pelo marido. Gostou tanto que foi ao segundo e saíram gémeas.
Durante muito tempo eu também achei que a maternidade não era para mim. Não era uma porta fechada, nunca disse taxativamente que não queria filhos, porque sei que as certezas de hoje são as dúvidas de amanhã. Não vale a pena ser muito radical em nada, porque a vida encarrega-se de nos mostrar que, às vezes, a coisa não é bem assim. Mas eu não sentia esse apelo. Não tinha jeito para crianças, não gostava particularmente delas, não achava que precisasse de uma na minha vida para me sentir mais realizada ou preenchida. Falei do assunto algumas vezes aqui no blog e não faltava gente a acusar-me de egoísmo. Nunca percebi muito bem. Uma mulher que não quer ter filhos é egoísta em relação a quê? Em relação a quem? Em relação a uma criança que não existe? Em relação à sociedade, porque é dever da mulher contribuir para o aumento da espécie? Em relação às mulheres que não podem ter, como se houvesse uma qualquer lei que dita que por cada mulher que não pode ter filhos há outra que tem de ter quatro? É egoísta por assumir que não tem disponibilidade afectiva para cuidar de uma criança? Então mas não é mais egoísta trazer uma criança ao mundo sabendo, à partida, que essa disponibilidade não existe? Ou é egoísta porque prefere não ter alguém dependente dela e manter a sua vidinha tal como está? Não me lixem, um filho é muito bom, é o melhor do mundo, mas um filho não é só um filho, traz uma data de coisas com ele. É preciso tempo, é preciso dinheiro, é preciso toda uma estrutura (emocional e não só) para aguentar as mudanças que um filho implica. E há quem, simplesmente, não esteja para isso. Há quem adore a sua vida tal como está e não a queira mudar. É verdade que não há uma alma que diga que a vida muda para pior quando se tem um filho, mas há quem não esteja para arriscar o salto para o desconhecido. E essa opção parece-me perfeitamente legítima. Tão legítima como decidir ter um rancho de filhos. E sim, há momentos em que tenho saudades da vida sem filhos, quem disser o contrário mente com todos os dentinhos que tem na boca (pivôs incluídos).
Depois há a questão do amor. Há sempre quem salte de algum canto, pronto a gritar "mas assim nunca vais saber o que é este amor tão único e tão especial". Verdade. Quem não tem filhos nunca saberá o que isso é, mas se também não sabe não lhe sente a falta. Nunca sentirá. E não vale a pena tentar explicar. Antes de ser mãe, lembro-me de perguntar a várias pessoas que me dissessem que tipo de amor era aquele. Era parecido com o que sentiam pelos pais? Pelo namorado? Pelos irmãos? Como é que era? Por mais que se esforçassem, nunca ninguém conseguia explicar. Só me diziam "é diferente... não sei, é diferente". Efectivamente, é preciso ser mãe/pai para se saber que amor é esse, tão fantástico, tão arrebatador, tão poderoso. Quando ouço pessoas a dizerem que não querem ter filhos, não deixo de sentir uma pontinha de pena. Mas não é comiseração nem nada que se pareça, é mesmo por achar que este amor é tão TUDO que ninguém deveria deixar este mundo sem o sentir. Mas é uma coisa que guardo para mim. Daí a pôr-me a evangelizar mulheres para que engravidem é que já vai uma grande volta.
Nem toda a gente nasceu para ser mãe e o melhor é aceitarmos isto com naturalidade e sem dedinhos acusatórios. Porque deve ser muito cansativo ter de estar sempre a explicar, vezes sem conta, porque é que não se quer procriar, como se se devesse alguma coisa a alguém. Porque deve ser horrível ter de estar sempre a levar com olhares de estranheza, de pena, de ira, de sei lá eu o quê. Como é que uma decisão tão íntima e tão pessoal pode incomodar tanto os outros ao ponto de acharem que devem interferir ou até tentar fazer a pessoa mudar de ideias? Quem é que lhes encomendou o sermão? Em que momento é que vos entregaram o título de entidade divina? Menos, muito menos.
313 comentários:
«O mais antigo ‹Mais antiga 201 – 313 de 313Concordo inteiramente, aplica-se o velho 'o que o outro diz sobre mim, diz mais sobre ele do que sobre mim'. As pessoas seguem o padrão de vida "normal" - escola, faculdade, emprego, namoro, viver junto, casar, ter filhos. Quando alguém sai deste padrão os que o seguem ficam ofendidos, parece que sentem uma 'ameaça' ao seu modo de vida. Lá está, precisam que as acções e escolhas dos outros validem as suas.
Também concordo com o perguntar não ofende, acho que há matérias do foro pessoal que ninguém tem de perguntar. A mania do perguntar quanto é que ganhas, quando é que casas, quando é que tens filhos, quando é que sais de casa, quando é que arranjas emprego, quando é que compras casa (lá está, questões que procuram validação pessoal) são bastante intrusivas e ofendem.
Os divórcios no primeiro ano de vida da criança serão por causa do trauma do homem de assistir ao parto ou por causa de vivermos numa sociedade machista, na qual o peso da responsabilidade pelo bebé e das tarefas a isso associadas recai maioritariamente sobre a mulher, levando ao afastamento do casal?
Pois é, andam sempre a perguntar pelos bebés, e depois só falam dos sacrifícios e de mudanças más! Ou seja, até parece que lhes incomoda uma pessoa feliz e sem filhos. Com tempo. Amarguradas do escritório ansiosas por verem outras com olheiras!Felizmente só trabalho com homens XD
Mas penso ser possível manter muitos hábitos com algum esforço e organização, pelo menos é o exemplo que tenho de algumas pessoas muito próximas. O que é uma chatice para essas agoirentas do "ah depois é que vai ver!"
Been there, seen that.
Pergunte a essa gente em que árvores nascem os namorados. Há gente mesmo intrusiva!
Há aqui uma certa contradição anónimo, diz 'não rejeitem uma experiência que desconhecem'. E conhece a experiência de uma vida adulta sem filhos? Então não rejeite a hipótese de haver quem seja feliz sem filhos. Da mesma forma que abriu o coração à maternidade e agora é feliz, eu abro o coração a poder num dia estar num sítio e, se no dia seguinte me apetecer, fazer as malas e ir para um sítio novo e desconhecido. Sem filhos na bagagem.
Tenho 37 anos. não tenho filhos, não por opção, mas por infertilidade.
Acho que é rara a semana em que não ouça um comentário estúpido por não ter filhos. Por norma nem respondo ou digo mesmo que é um assunto meu e que não lhes diz respeito. Não devo satisfações a ninguém. Mas uma colega de trabalho fez um dos comentários mais parvos que já ouvi: "Esta não quer ter filhos porque quer continuar elegante". (A saber: Só depois de procriar é que se tem permissão para ser gorda) E da mesma pessoa, depois de saber que fazia tratamentos de fertilidade ouvi: "Se não tens filhos porque não consegues, já não falamos mais do assunto." Como se o "assunto" lhe dissesse respeito...
É triste que este tipo de preconceitos e juizos partam quase em exclusivo de outras mulheres. Andamos há que tempos a apregoar a necessidade de igualdade e direitos e depois somos tão imbecis umas com as outras com coisas tão básicas como o direito de tomar decisões com a nossa própria vida.
Ora isso é que é um grande problema para a nação! Aí está algo que deveríamos assumir! Não querer casar para não ter que aturar sogras, irmãos, cunhadas e afins...Se há coisa que me custa é ter de aturar a família (dele) quando, de repente se lembram de entrar-me em casa de enxurrada, porque decidiram vir a Lisboa, ao psiquiatra, ao concerto X, aos SALDOS, ao raio que os parta. Até já pensei em emigrar...mas, quem é que inventou esta coisa de misturar as águas?!
Uau, primeira pessoa que vejo a pensar exatamente o mesmo que eu sobre este assunto.
A sociedade de seres humanos tende a favorecer a reprodução pois ao motivá-la gera contribuintes assegurando assim a sua própria sobrevivência.
O ponto fundamental que este artigo levanta é uma: "A Influência Que Deixamos Que Os Outros Tenham Sobre As Nossas Decisões". Se escolhemos ter filhos ou não, se os temos às dúzias, aos pares, de forma natural ou forçada não é de todo a questão. Cada indivíduo fará as suas escolhas (mesmo quando não o são) de acordo com as lições que tenha de aprender para percorrer o seu caminho. O que os outros pensam é lá com eles. Sejamos responsáveis e respeito-mo-nos. Uns mais evoluídos que outros todos somos Um.
Tive um bebé de parto natural há 10 meses. Dois dias a seguir ao parto vim para casa, tomei banho e andei a limpar a casa. Tive dores dos pontos sim mas ao final de 15 dias fiquei optima.
Não estou incontinente, os pontos que levei não se vêem (Já examinei) e a minha vida sexual nunca foi tão feliz! Vê que disparate acabou de escrever Anónimo 06 janeiro, 2016 02:09?
Se quis fazer cesariana, fabuloso para si, mas não acredite que uma cirurgia é preferível ao que a natureza criou. E isso do fazer sexo ao final de 15 dias nem é argumento que se apresente!
O exemplo da Kate Middleton. Concerteza que terá tido os melhores médicos, os melhores recursos, não houve preocupações sobre o que custa mais ou menos, e ela teve os filhos por parto natural. Se implicasse tantos riscos, de certeza que o médico lhe iria indicar outra opção . Eu acho que cada um pode optar pelo que lhe parece melhor.
Olá já me chateei porque me disseram que eu tinha de ter outro filho pk um era igual a nenhum (que coisa mais irrealista) e que eu fazia muito mal pk um casalinho era o ideal pois se acontece alguma coisa ao que se tem perde-se tudo, pelo que eu perguntei se um subnstituia o outro e a pessoa ficou muito indignada comigo.... Paciência
A mim quando pergunto eu digo: tenho treinado todos os dias, querem assistir? Estou farta!
Olá! Olha se sente esse desejo de ser mãe porque não tentar? Acho que ainda vai a tempo. Eu nasci quando a minha mãe tinha 46 anos. Sou a última filha dos meus pais...
Diana Alves, experimente dar-lhes o número da sua conta para ajudarem à causa. Geralmente funciona... para pararem com a lavagem cerebral ;)
Também nunca senti o apelo dos filhos.
Adoro crianças e depois de ser tia, passei a gostar até de forma diferente.
Provavelmente, se fosse mãe, esse “gostar diferente” ainda mais seria.
Mas para se ter um filho, entre muitas outras coisas, é preciso ter uma estrutura emocional e afetividade suficiente para Amar e não só criar.
E como tudo na vida, não se pode dar ou partilhar o que também não nos foi dado.
E perante isto, optar por não ter, por consciência que não iria ser boa mãe, por não ter competências para isso, é um ato de egoísmo ou de altruísmo?
P.S. Coincidência, hoje faço anos.
"É verdade que não há uma alma que diga que a vida muda para pior quando se tem um filho(...)" ...oi? como disse? O que não falta por aí é estudos cientificos que dizem que é exactamente isso que acontece. Nasce um filho, tudo o que é indicador de bem-estar cai a pico, e só recupera quando os filhos são adultos. A probabilidade de divórcio e/ou infidelidade também sobem bastante.
Outra coisa que não falta por aí, especialmente na internet - um sitio maravilhoso onde abunda o anonimato (o melhor estimulador da honestidade!) - é confissões de pais e mães que se arrependeram profundamente de ter tido filhos e que se pudessem voltar atrás no tempo, não os voltavam a ter.
É só procurar no google por "regret parenthood/motherhood/fatherhood" e passar umas horas a ler.
Também vou fazer 35 daqui a uns meses. Não quero, nunca quis, e muito provavelmente nunca irei querer ser mãe. Não gosto, nem nunca gostei de miudos. Estou-me totalmente a cagar para as opiniões dos outros acerca destes factos, e não hesito em dizer isso de forma bem clara. Metam-se na vossa triste vidinha e tirem o nariz do meio das minhas pernas, sff.
Penso que gente que faz muitas perguntas sobre este assunto e fica pior que estragada com a resposta "não obrigada" faz isso porque simplesmente nunca lhes tinha ocorrido que ter filhos é uma escolha. E sentem-se muito mal quando o pensamento seguinte é "destruí a minha vida sem necessidade?". Ou então são só muito, muito estupidos. É incrivel a quantidade de gente que não consegue lidar com uma ideia que vai contra o que lhes meteram na cabeça.
Choca-me a leviandade com que se trazem crianças ao mundo, sem se ter a minima noção do que implicam, tanto em termos financeiros, como psicológicos e fisicos. Tirando drogas e desportos radicais, uma gravidez é a coisa mais perigosa que uma mulher pode fazer com o seu corpo. Sabiam que durante um parto podem rasgar para a frente e perder toda a sensação no clitóris? Sabem o que é um prolapso? Não? Imagine-se...só ouvimos falar das estrias e dos desejos, o resto é só borboletas e arco-iris...
O tal amor diferente dos outros é simplesmente o que uma hormona chamada oxitocina (oxytocin em inglês) faz. Em experiências com animais, inibidores desta hormona inibem comportamentos maternais em fêmeas. Por outro lado, doses extra da hormona induzem-nos em situacões onde não aconteceriam normalmente.
Também já foi sugerido por um estudo que o malfadado relógio biológico não existe. É apenas medo e pressão social.
Se o sonho da vossa vida é ter filhos, força nisso. Se tiverem um dúvida que seja, não se metam nisso. Passar de não ter para ter é quase sempre possível, passar de ter a não ter é quase sempre ilegal. Pensem bem nisso.
Parabéns pelo aniversário e pelo post! Em cheio!
Também me decidi só por um, não só por questões monetárias, não só por o marido também passar temporadas fora e sozinha ser mt cansativo mas também porque sabemos ambos que não aguentaríamos, o nosso casamento não sobreviveria a cólicas, otites, noites sem dormir.... Ê que sabemos mesmo os dois e admitimos que a paciência um para o outro ia ser zero, assim somos felizes os 3. Prefiro ser casada com um, do que ir ser divorciada com dois ( sem querer ofender ninguém) mas quero mesmo mesmo que a nossa relação continue a funcionar
Por vezes até tenho medo de ficar sozinha para o resto da vida...!
Anónima das 9h20: não se sinta culpada porque os meus filhos são a prova provada que esta tirania da amamentação é uma treta para reduzir as mulheres a uma confição de vacas leiteiras. Eu tenho 2 gémeos,o papaz manou até aos 6 meses exclusivamente e a menina nunca mamou ( porque não conseguia pegar e porque eu desisti da ideia peregrina e romântica de ter um em cada mama como as enferemeiras queriam,como se fisse uma coisa fácil na já complicada maternidade de gémeos).... Adivinhe o resultado!??? Têm 3 anos,a menina nunca teve nada,nunca teve uma febre,nunca tomou um antibiótico.ele parece um iman de atrair virus,já esteve internado e perdi a conta aos antibióticos e corticóides que já tomou!!!
Por isso não se culpem se resolverem dar de mamar! Eu dei porque também senti essa tirania toda porque não foi coisa que gostasse especialmente,muitas vezes sentia-me incomodada,magoava-me,se saía para espairecer tinha que voltar a correr para casa em 2 horas e não podia deixar o biberon para o pai dar....
Por isso não acredito que a amamentação seja melhor para o bebé, o leite artificial é muito evoluído e completo e tem todos os nutrientes de que precisam.
Podes sempre congelar óvulos (ou embriões caso haja parceiro) não vá um dia quereres e ser tarde...
A mim incomoda-me anónimo das 15h46,nem que seja pelo facto de que a vossa decisão põe em causa a sustemtabilidade do estado social e os meus filhos vão ter que pagar a vossa velhice solitária num lar e as vossas pensões e comprimidos para as depressões. Tenho tios de 50 anos que tiveram vidas fantásticas cheias de vida social e viagens e que nunca tiveram filhos e agora vejo-os completamente arrependidos e de vidas vazias.até a vida social os fez perder amizades com os amigos cheios de filhos,porque as 2 vidas não são compatíveis. E quem vai cuidar deles quando tiverem 80 anos!? Eu!? Eu terei os meus pais para tratar! Acho muito triste! Mesmo....são opções que quase sempre se pagam caras.
Concordo plenamente. Durante muitos anos não quis ter filhos e estava contente com a situação. Conheço vários casais sem filhos por opção que me parecem felizes e muito bem resolvidos.
Um dia quis ter filhos e gostei tanto que já estou a caminho de repetir. :P
É uma opção de cada um e ninguém imagine que uma mulher não se sente completa sem filhos. Não acredito nisso.
Como tive uma filha sei que é um amor incomparável mas existiram casos de pessoas que não se sentem dessa forma. E, é muito válido e muito aceitável que não queiram ter filhos. Tê-los só por pressão social e familiar é que me parece um erro muito grave.
Não tenho filhos por opção e não sei se alguma vez terei vontade de ser mãe, mas parece-me um bocado extremo afirmar que um
Filho destrói a vida dos pais e que tudo que é marcador de bem estar cai.. Tenho noção que, se alguma vez for mãe, terei de abdicar de muita coisa mas penso que vou ganhar muito mais do que perdi. Na minha opinião, o seu comentário carece de algum equilíbrio e maturidade emocional.
O casamento só faz sentido com filhos, pois se é para não ter filhos não encontro motivos válidos para um homem e uma mulher se casarem.
Quanto a decisão de ter filhos o fundamental e terem saúde no corpo e na mente e depois claro a vontade de os ter, quanto as questões económicas e de desponiblidade é uma obrigação social as mulheres e os homens lutarem por elas em todas as frentes.
Se uma mulher e um homem decidem ter fihos é poque se amam logo vão amar mais do que tudo os seus filhos, então vão querer o que seja melhor para os mesmos.
Um homem que assiste a um parto e fica com algum tipo de trauma e porque verdadeiramente não ama, porque se acha tudo maravilhoso nas pessoas amadas até as coisas menos poéticas.
Obrigada! Beijinhos e força para ti também :) sou a anónima das 11:50
dar de mamar não é uma vacina. Logo, se a criança estiver exposta, e tendo ainda um sistema imune em desenvlvimento claro está que fica doente...mas muito provavelmente vai recuperar mais rapidamente ou então não irá tanto abaixo com a doença
Eu também não quero. There, I said it.
Fique bem! :)
Adorei o texto. Grande tema e grande reflexão! Parabéns pelo seu trabalho e feliz aniversário. :)
Hello? Tive dois partos naturais e não padeci de nenhum dos males que refere. Generalizar é perigoso.
Sou mãe de duas princesas e ambas nasceram de parto natural mas com epidural (uma das maiores invenções a meu ver) e amamentei as duas até aos 6 meses. Após tive que dar suplemento e elas acabaram por deixar e preferir o biberão. Tenho 2 amigas, uma com 2 filhos e que praticamente não passa tempo com eles pois o estatuto vem primeiro, a outra não quer filhos... e dizem lhe que é egoísta. . Para mim é mais ao contrario. ..
Sou a anónima do comentário inicial e... qual é mesmo o problema de assumir que não quero a responsabilidade e disponibilidade que advêm da maternidade?! Porque raio é imaturo? Porque é que hei-de mudar a minha vida se a adoro profundamente e sou extremamente feliz? Tenho a sorte de ter um companheiro que também nunca foi louco por ser pai. Ambos adoramos a nossa liberdade, viajar quando nos dá na gana, dormir até ás tantas aos fins de semana, ficar acordados até tarde a fazer as mais variadas coisas sem nunca nos termos de preocupar com quem quer que seja. Adoramos a nossa vida, temos empregos estáveis e bem remunerados (apesar de querermos emigrar, ambos já vivemos em outros países e sentimos que está na hora de voltar a sair) e, pura e simplesmente, não sentimos que haja nada que nos falte. Mesmo. E olhe que tenho criancinhas na família, a minha irmã tem 3 filhos de 2, 4 e 6 anos e foi precisamente por ver como a vida dela mudou radicalmente que decidi que não queria isso pra mim. Claro que ela adora (e eu também adoro os meus sobrinhos, são uns fofos e, para mim, serão sempre as únicas crianças suportáveis do planeta :p) e nunca se queixa, mas obviamente que não é sempre um mar de rosas.
As pessoas têm de parar de opinar sobre a vida alheia, até porque todos temos backgrounds diferentes e objectivos de vida também diferentes. Façam o que for melhor para vocês e deixem que os outros decidam o que é melhor para eles. Se não for pedir muito, claro.
Saiba que a sua sogra é uma anormal por dizer essas coisas. Ignore por completo tudo o que ela disser porque é claramente uma pessoa mal formada, pouco instruída, tacanha, cruel estúpida no geral. A anónima não fez nada de errado ao tratar da sua saúde. Tem de estar saudável e feliz para ser a melhor mãe que pode. Afaste-se da sua sogra!
De que planeta veio esta criatura anonima 21h20? Foi trazida pelo cometa que passou junto da Terra hoje ou ha poucos dias? Santo Deus
Quando eu e o meu companheiro decidimos ter um filho disseram-me, estando eu já no segundo trimestre da gravidez, que a nossa filha era um erro porque iria interferir com a ascensão da carreira do pai, pois não haveria tanta disponibilidade para o trabalho. Eu fiquei "paralisada" quando ouvi "erro", ainda hoje me dá raiva.
Concordo a 100% miss F. Tenho 22 anos e sinto que os meus pais não me vêem como uma pessoa com as minhas próprias opiniões e características. Sentem que, como sou filha deles, tenho de ser moldada à imagem deles, sem espaço para grandes desvios. Eles são de uma religião com a qual não me identifico minimamente mas como ainda estudo e vivo às custas deles, obrigam-me a ir às missas e a fingir que vivo de acordo com os padrões da religião. Se não o fizer, cortam-me o financiamento e não termino o meu curso. É horrível sentir que o amor de um pai é condicional.
Eheh.. isto de falar em partos é isco fácil para nos prender logo a atenção e querer contar o nosso! Parir, dar à luz, carago que responsabilidade pesada que nos marca antes e depois de acontecer!
Bom, a Pipoca que me perdoe igualmente por dar azo a este tema paralelo, mas também não resisto.
Não julgo, hoje só partilho: 2 filhos (3 e 1 anos), o primeiro parto natural (metade da epidural), o segundo cesariana (estava mesmo sentado :). Estar num hospital público ou privado nua, só com bata aberta, rodeada de estranhos é sempre horrível mas quanto à recuperação a da cesariana foi muito mais dolorosa e demorada. Quanto à dor do acto em si no primeiro caso não foi assim tão transcendente, julgo que o corpo na hora se transforma o suficiente par que o que em condições normais nos pareça irracional/ antiquado/ louco! não o seja (não estar grávida e pensar "conseguir fazer passar uma melancia por ali?" Nahhh). O pós cesariana trouxe muitas dores, dores de um pós operatório que o é.
A anónima das 2h09 é uma cómica! Sim, faça cesarianas porque sim, até que sofra uma facada na bexiga ou lhe rebente o útero...tenha juízo, senhora! Nem imagina sequer os riscos para si e para o bebé numa cesariana! Sabia que nas cesarianas também usam ventosa e fórceps? Aposto que não sabia!
Parabens a Pipoca por abordar um tema bastante interessante. Nada de fundamentalismos cada pessoa e que sabe o que e melhor para si, é claro que o conselho medico e bem vindo principalmente quando somos mães de primeira viagem. Tenho 2 filhas, enquanto nao engravidei era o questionario familiar depois quando a primeira nasceu foi uma verdadeira tortura no hospital por causa das mamas porque o mamilo era plano a bebe nao pegava nao havia leite, enfim levei com o rotulo da pior mae do mundo. Quando a segunda nasceu achei que ia ser diferente, embora a bebe fosse mais paciente o resto foi igual mas felizmente o pessoal do hospital era bem mais humano. Culpei-me durante muito tempo, mas ja ultrapassei nao me sinto menos mae, estao crescidas e saudaveis. Afinal eu mamei ate aos 28 meses e tive tudo a que tinha "direito" ate cólera tive. Sejamos felizes com o que a vida nos proporciona.
Por isso é que existe epidural e uma série de fármacos que se usam no parto normal...o tipo de parto não é uma questão de fundamentalismo nem deve ser de opção, é uma questão que deve ser cuidadosamente avaliada pelos obstetras e que deve somente depender das situações e não opções de mulheres desinformadas e assustadas por pessoas que não se baseiam em dados científicos mas apenas naquilo que sucedia há 50 anos atrás ou que ouviram alguém dizer.
No fundo, no fundo, há sempre testemunhos de quem passou por parto normal ou cesarianas e sofreu horrores e quem passou pelo mesmo e foi uma maravilha. E consoante a experiência que se teve, cada um tem a sua opinião. Eu sempre quis cesariana porque morria de medo do parto normal, convencida que ia ficar horrível a seguir, cheia de dores (para além das dores do próprio parto), etc...Pois bem, graças à maravilhosa epidural, até dormi durante o trabalho de parto, não senti uma única dor no momento da expulsão, levei 4 pontos e levantei-me sozinha logo ali na sala de partos. Três horas depois andava de pé a embalar a minha filha. Nunca me doeram os pontos. Podia ter corrido pior? Podia. Há riscos no parto normal? Há. Mas também os há na cesariana.
Não se sinta culpada porque de facto há inúmeros casos de bebés amamentados que ficam doentes facilmente e não amamentados que têm uma saúde de ferro.
E compreendo a mentira. Sempre achei que não mentiria nem sequer me justificaria porque ninguém tem nada a ver com isso, mas a verdade é que quando digo que não amamento perguntam logo "porquê?? Ficou sem leite???" (até já se ofereceram para me marcar uma consulta com uma conselheira de amamentação para eu tentar voltar a amamentar, coisa que eu nem quero!), e eu quando dou por mim já estou a explicar o porquê de ter tomado esta decisão ou a fazer um sorriso tímido como se estivesse a confirmar (erradamente) que fiquei sem leite. Na verdade, deveria apenas dizer "não" e acabava ali o assunto.
Anónimo das 12.07
Já pensou que por ser esse o seu caso, não significa que todos os homens sejam iguais? Que há até homens que insistem em assistir ao parto mesmo quando as mulheres não estão muito seguras de os ter lá?
Que há homens que sentem mais desejo sexual por uma mulher grávida? Outros que têm até mais desejo pela mulher visto terem visto a capacidade dela de lhes dar um filho?
Quanto às vistas no parto...O meu marido tinha instruções claras de se manter junto a mim, a dar-me apoio e companhia. Da cintura para baixo tratavam os médicos. Ele não espreitou e não viu nada que o possa ter traumatizado. Simples. :)
Tenho uma bebé linda de dois meses e meio e logo desde o 1° mês de vida dela já havia quem me perguntasse quando é que fazia o segundo. Tenho conseguido acabar com a conversa respondendo "Não sei. Ainda nem tenho a certeza se gosto desta o suficiente para ficar com ela...". As pessoas ficam chocadas e o assunto acaba ali. :P
AHAHAHAHHAAHHAAH, que anónimo mais idiota (o das 02:54, que deve ser o mesmo das 19:55). E para além de idiota, é inocente também!! Acha mesmo que o ter filhos garante-lhe que eles cuidarão de si na velhice? Que, caso fique acamada, deixarão os seus empregos para ficar em casa a cuidar de si, com tudo o q isso implica (dar-lhe comida na boca e limpar-lhe o cu)? Like... really? Acha-se muito sábia e cheia de experiência, mas claramente falta-lhe Mundo!!
E com isto, o melhor é mesmo continuar a rir... AHAHAHHAHAHAHAHAHAHAHHAHAHAHAHAHAHAHAHAH
Eu conheço um casal que está em terapia há 2 anos, desde que ele assistiu ao parto nunca mais tocou na esposa...Há mais de 2 anos que não têm sexo, e as coisas ficaram muito más. Por isso, por muito parvo que pareçam certos comentários, a verdade é que existem casos sim.
Cada um é livre de fazer o que quer da vida! Quem não quer ter filhos é uma opção totalmente válida; se a mulher se quer realizar profissionalmente, se quer viajar, se quer ter tempo para ela... Se não sente que um filho seria uma mais valia na vida, acho muito bem que não tenha! Um filho trás muito felicidade e um amor sem limite, no entanto, trás despesas, trás preocupações, responsabilidade... Acho ridiculo que ainda se discuta um assunto destes. A mulher é livre de fazer um aborto, mas dizer que não quer ter filhos é mt mau... Enfim!
Lua, concordo (fui quem comentou antes)! Eu tomo como exemplo a seguir aquelas pessoas que, antes de ter filhos, tinham uma vida semelhante à minha e que, depois de os ter, salvo algumas adaptações, continuaram a tê-la. Não tomo como exemplo estas pessoas que fazem escolhas em que eu não me revejo e que culpam os filhos pela sua frustração. O tema recorrente comigo são as viagens. Eu e o meu namorado viajamos umas 4/5 vezes por ano, é a única coisa em que gastamos mais dinheiro (e mesmo assim, reservo tudo por mim em promoções). Sempre que falo de viagens, porque me perguntam quais estou a planear, acabam com um suspiro e dizem "ok, muito bem... nós continuaremos por cá... aproveita tudo agora!". Até agora limitava-me a fazer um sorriso amarelo, mas da última vez já respondi "ah, mas eu quando tiver filhos planeio continuar a viajar e levá-los comigo" e ficaram todas tipo :O mas será que não sabem que há gente que viaja com crianças? Em todas as viagens que faço, vejo casais com filhos. Conheço até casos pessoalmente (um casal amigo que tem uma filha de 2 anos e que já viajou umas 5 vezes ao estrangeiro com ela) e através de blogs nacionais e internacionais que sigo. Por isso, porque haveria eu de tomar como exemplo para a minha vida as escolhas de pessoas que, mesmo sem filhos, quanto muito faziam uma viagem por ano para um resort qualquer reservado com uma agência e que, com filhos, vão todos os anos 3 semanas para o Algarve (para virem de lá a queixar-se que soube a pouco, que a água estava fria, que estava muita confusão, que é uma trabalheira levar as coisas dos miudos para a praia)? É óbvio que se já sem filhos eu sou diferente dessas mentalidades, com filhos também vou ser, aceitem que não há verdades universais ou estilos de vida uniformes só porque estão filhos ao barulho. Aliás, os meus pais sempre viajaram comigo desde pequena. Enfim, parece que só estão bem a deitar abaixo os outros e nem percebem que isso só demonstra como devem ser infelizes as suas vidas.
Anonymous06 janeiro, 2016 19:55, "a vossa decisão põe em causa a sustemtabilidade do estado social"?!?
Então e a sua decisão de ter filhos e, eventualmente, ter os partos num hospital público, as crianças terem de ser assistidas ao longo da vida no SNS, você beneficiar de licença de maternidade e apoios vindos da Segurança Social, os seus filhos andarem em creches subsidiadas pelo Estado, posteriormente em escolas públicas, depois em Universidades públicas, programa Erasmus com bolsas pagas pelo Estado, depois em estágios pagos parcialmente pelo Estado, programas de arrendamento jovem financiado pelo Estado, etc... quem paga isso tudo? Todos os contribuintes, quer tenham filhos, quer não! Até que os seus filhos (e os de toda a gente) sejam contribuintes ativos e "assegurem a sustentabilidade social" ainda têm muitos aninhos a beneficiar de coisas que estão a ser pagas por todos os contribuintes. Se calhar depois até emigram e puff! Lá se vai todo o retorno que você acha que está a dar ao país.
Quanto a velhices em lares e comprimidos, dê-se por contente se tiver uns filhos que possam pagar os seus, porque se acha que isto é um mundo cor de rosa em que os filhos estão com os pais em casa e os acompanham até ao momento da sua morte, então boa sorte. Parece-me que essa sua decisão de ter filhos foi feita num mundo idílico em que eles estão aí para lhe tirar a sua solidão e a aturar na reforma. Isso para mim é que é ser egoísta!
Desculpem a intromissão... sou um gajo, se calhar nem devia opinar sobre um tema destes. Mas não pude deixar de me indignar com alguns comentários que lí. Acho que há duas questões muito diferentes em discussão:
1º a questão da saúde publica (ou do SNS se quiserem) que deve apenas suportar os custos dos actos médicos justificados medicamente.
2º a liberdade de escolha (e o dever de pagar por essa escolha).
Dito isto, deixo uma ressalva, se a futura mãe tiver uma tal aversão/fobia/receio ao parto natural que a deixe ansiosa, talvez a cesariana seja justificada medicamente, digo talvez porque não sou médico... e a César o que é de César!
cumps. f.
Clap; clap; clap é isso mesmo Pipoca,concordo contigo.Cada um faz as suas escolhas! No meu caso não fui mãe porque simplesmente não era para ser nesta vida. Tentei engravidar fiz todos os exames, estava tudo bem, o meu marido já tinha um filho portanto ele não tinha qualquer problema.Sou extremamente ansiosa, acho que isso afectou um pouco, fui tentando mas nada. Depois andei 2 anos com um projecto no trabalho que me consumiu,muito tempo, e muito stress.E os anos foram passando e acabei por chegar à casa dos 40 e aí pensámos melhor no assunto e decidimos que já não queríamos ter. Se me arrependo, não, lá está gostava de ter tido pelo menos um, mas se não tivesse não ficaria infeliz. E hoje penso no assunto e sinto que não fui mãe porque não era para ser. Esse amor que tanto falam, acredito que seja diferente de todos, mas há tantas formas de amar.....amo os meus sobrinhos, e esse amor também é diferente de todos, do amor aos país, marido ,mana.......
Acho que o importante é as pessoas se sentirem felizes na vida, com ou sem filhos! Bjs
Tenho quase a certeza que é a mesma pessoa, aqui estão as considerações sobre a política e filho único:
http://apipocamaisdoce.sapo.pt/2015/11/em-arrumacoes-pela-casa.html?showComment=1447701357981&m=1#c2432483401460841419
A minha parte favorita é a verdade universalmente conhecida sobre todas as mães de filhos únicos e os seus rebentos...
Não somos nada além de elo entre a geração anterior e a geração seguinte, se o quisermos ser e se percebermos a importância de contribuir para a evolução. Se nos acharmos vazios e incapazes de contribuir para a evolução, então não devemos ter filhos.
Tenho dois filhos e acredito que posso fazer deles melhores pessoas do que os meus pais fizeram de mim. Evolução.
Sem este significado na vida, já me teria suicidado porque tudo o resto é inútil e um morto não sente falta de nada.
Que comentário tão descabido... É tão fundamentalista em não querer ter filhos e nos seus argumentos, como os outros que a pressionam para os ter.
Cada um decide o que quer fazer da sua vida, ponto.
Agora afirmar que ter um filho é igual ao bem-estar cair a pico, e só recuperar quando os filhos são adultos, é absolutamente redutor e imbecil.
Já pensou que também há casais com filhos de bem com a vida e felizes? E outros que não têm e também são felizes.
Tenho 2 filhas porque quis, são equilibradas e miúdas felizes, eu estou de bem com a vida e com o meu marido, saio, divirto-me, vou ao cinema, a festas, arranjo-me, vou ao cabeleireiro, leio livros e o meu clitóris está bem obrigada.
E tenho inúmeras amigas que optarem por não ter filhos. Cada uma respeita as opções das outras e cada uma é feliz à sua maneira.
Falta-lhe muita maturidade cara amiga...
Apesar de achar que nem tenho que opinar, entendo perfeitamente quem não queria ter filhos.
Eu tenho um filho de 10 meses, que adoro de MORTE. É esta mesma adoração que nos muda para sempre, a vida como a conhecíamos acaba no dia que temos um filho. Muito mais do que noites mal dormidas, o nosso interior muda completamente. E por isso para quem não é mãe, posso garantir que tudo muda, é natural, mas muda. Mesmo mantendo toda a vida como era, somos pessoas diferentes, logo vivem-se as coisas de maneira diferente.
Ana,
Obrigada pelo post! E respeitando as escolhas/opiniões de todos deixo apenas uma ressalva: "Não façam muitos planos para a vida, porque a vida tem planos para vocês."
É tudo muito bonito...a liberdade e tal...não quero ter horários nem responsabilidades...sou livre...a mais gira que ouvi é "não quero estragar o corpo" quando o corpinho já está estragado...as pessoas estão muito egoístas e a ideia de um filho a ocupar o tempo precioso assusta! É a minha perspetiva, é a ideia que tenho relativamente às pessoas que conheço e que não querem ter filhos e que também recriminam quem os tem.
Boa tarde,
Resumidamente, se não temos é porque não temos se temos só um é porque é só um, se é baptizado é porque sim se não é, é porque não. As pessoas gostam é muito de opinar. Repito de opinar porque se fossem pensar antes de pregar alguma coisa, não faziam as coisas só porque "é o correcto".
É ler isto:
http://estadosentido.blogs.sapo.pt/na-terra-do-nunca-3681271
http://estadosentido.blogs.sapo.pt/tentar-falar-mais-claro-3681353
Então meninas?? têm 24 anos, não 50! E mesmo nessas idades o amor acontece! São super novas, vá, ânimo para cima!
Pois eu acho que a Juliana tem razão. Quer dizer, se queremos conduzir um carro há que fazer dois exames. Mas para se ser pai/mãe não há qualquer teste. O mesmo já não acontece com quem quer adoptar. Há crianças que ficam anos à espera de uma família porque o processo de adopção é complicado. As coisas são como são, mas de facto parece um pouco injusto....
Todas estas decisões (ter ou não ter) são egoístas... e não o digo no mau sentido. Ninguém tem um filho por altruísmo mas sim para satisfazer um desejo seu. E o que é isto senão egoísmo?
Das coisas que mais me magoam é quando eu digo que amo o meu marido e saltam logo as mães todas a dizer com desprezo...sabes lá o que é isso do amor...se não tens filhos!!!...magoa-me tanto...E nem me alongo com a parte do egoismo:na verdade tenho um medo terrivel d etrazer alguém a este mundo e depois não conseguir garantir que essa pessoa seja feliz...será isto egoista ou trazer alguém para que eu seja mais feliz e descubra o "tal" amor, esse sim o verdadeiro...
A sua sogra é um bom exemplo de uma mulher que teve filhos mas cujo instinto maternal é 0. A minha sogra é igual e posso dizer que nunca a vi a colocar a felicidade dos filhos à frente do direito que acha ter de comentar e opinar sobre tudo. A sua sogra não parece saber o que é ser mãe. Ironias da vida!
Concordo com as comentadoras que a aconselham a sair desse ambiente tóxico o mais rapidamente possível. Se não for possível, procure formas de se proteger desses comentários. E ganhe coragem para responder e fazer valer os seus direitos e sentimentos. A minha experiência mostra-me que pessoas como a sua sogra muitas vezes não passam de bullies que quando confrontados se acobardam.
Juro que não percebo o interesse, o espanto, o choque, o horror que algumas pessoas sentem sobre aqueles que não querem ter filhos...as vossas vidas são assim tão redutoras que têm que estar sempre a meter o bedelho na vida dos outros? Fico com a sensação que é saudade (na melhor das hipóteses) ou até inveja da vida que aqueles sem filhos parecem ter, que é algo que quem tem filhos não quer admitir para não se sentir um monstro. A sério, não entendo...eu quero lá saber se os outros não querem ter filhos! Há muita gente no mundo, não se stressem...
Do melhor!...
Existe efectivamente algum egoísmo nessa posição de não querer ter filhos, na maioria dos casos é o que revela as razões de tal opção...
Da mesma maneira muitas pessoas são ainda mais egoístas por quererem filhos!!
anónimo 06 janeiro, 2016 09:20 não se sinta culpada, a sério. Eu amamentei durante 10 meses e o meu filho ficou doente umas 4 vezes enquanto esteve comigo em casa, agora que está na creche é algo novo quase todas as semanas! E digo-lhe que senti tanta pressão para dar de mamar que fui bastante infeliz quando fiquei com um mamilo rasgado e chorava ao mesmo tempo que amamentava, só com terapia de laser é que tudo curou e voltei a sentir alguma paz de alma. Muitas vezes a maior pressão é aquela que exercemos sobre nós próprias porque achamos que temos de corresponder às imagens felizes que vemos nos filmes cor-de-rosa. Se há tantas mulheres que se sentem da mesma forma, por que é que continua a haver tanto julgamento de parte de tantas outras? Não entendo.
É este o tal amor de que todos falam...ter um filho para não ficar sozinho?Ter um filho para isto e para aquilo...com uma função???...E quem não está sozinho?E quem se diverte (e muito, muito muito como eu!) sem "precisar" de ter filhos? è triste precisar de trazer uma pessoa ao mundo para se ser feliz.Muito triste.
É uma responsabilidade muito grande que se coloca num filho ao traze-lo ao mundo só para fazer de elo entre gerações. Acha-se muito "cheio" por trazer um filho só para completar o ciclo?Acha que os outros são vazios porque optam por não preencher vazios que só a eles dizem respeito?Eu acho-o muito vazio.Se acha que não é nada sem filhos...enfim...muito vazio mesmo.
Eu a ideia que tenho quanto á maioria das que têm é que só os têm para sua própria felicidade, para os exibirem, para mostrarem como são tãooooo generosas que até trazem ao mundo mais uma vida, como são melhores que as outras porque sabem o que é amor verdadeiro e as outras (coitadinhas) nem fazem ideia ...As pessoas estão realmente muito egoistas, colocam num ser que não existe ainda, num ser que trazem ao mundo, a incumbencia delas póprias serem felizes.E ainda acham que as outras que tentam alcançar a felicidade sem trazer mais ninguém ao mundo...essas é que são as egoitas.Velhacas com a vida delas felizes.Como se atrevem?!
Parto natural ou cesariana, amamentar ou não, que sabem as pessoas e quem julgam que são (médicos ou não) para julgar as opçoões (muitas vezes necessárias) que cada um toma? Sinceramente já não há pachorra para estas ideias do que é mais ou menos correcto. Cada caso é um caso! Sinceramente acho que se debate demais sobre estes temas, uns metem-se de um lado outros metem-se noutro o que se esquecem é que quem é distrubuído pelas duas equipas devia sê-lo aleatóriamente e porque assim aconteceu. Não é preciso insultar nem enxovalhar ninguém porque com essa pessoa aconteceu X e não Y.
No meu caso sempre quis ser mãe, queria muito uma menina, que chegou finalmente quando eu tinha 30 anos. Hoje em dia tem 1 ano e posso afirmar que não há mais nada na minha vida que se compare a esta experiência. É mesmo incrivel, daí que apesar de compreender a opção de quem não queira filhos apenas sinto pena porque estas pessoas nunca vão conhecer este amor fascinante. Mas todas as opções são válidas, alguns preferem fazer viagens, outros guardar o dinheiro das fraldas para comprar sapatos, tantos motivos, tantas opções. Sejamos todos conscientes das nossas acções em ter filhos ou não e está tudo bem.
"Eduquei-os"??
a sra não matou o filho porque não gostava dele ou porque não o queria..veja lá bem em que saco mete as coisas e como as interpreta sim?
aqui foi pena ela ter morto o filho que não tinha culpa nenhuma mas na ideia dela ele poderia ficar ao Deus dará no mundo e assim, volto a frisar, na ideia dela ficava melhor..situações difíceis..ninguém pode julgar!
Anónimo das 12:07, se assim fosse, os ginecologistas e obstetras, com tudo aquilo a que assistem diariamente, dificilmente seriam bons parceiros sexuais...coitados!
Fui mãe tarde. Viajei muito, fui a muita festa a muito espectáculo, tive uma vida preenchida, entre a profissão e o lazer e estive em lugares, até em trabalho, onde muito pouca gente andou, nada disso implicou que não tivesse filhos. Hoje, tenho outras prioridades, como é óbvio!
O pior é mesmo nas festas familiares, quando as minhas tias e primas solteironas, que viajam tanto, mas nunca vão para lado nenhum, nem sequer em "excursão" e como não têm família própria, chega o Natal e é vê-las telefonar e a aparecer como cogumelos, à espera de um convite. Eu não sou má, mas decidi ter família e passar tempo de qualidade com a minha família. Quem preferiu não a ter também devia ter programa, no Natal, na Páscoa e noutros dias tristes sem companhia. Mas, a minha casa deixa de ser o meu oásis, para se tornar no salão de chá das solteironas de péssimo feitio e cheias de exigências. Não há quem as aguente!!
...mai nada! Cresce e aparece, depois falamos!
Já alguém se aborreceu comigo ali mais acima, por este mesmo motivo. Uma coisa é não termos a menor pachorra para bebés aos gritos, birras, cocós, vómitos, febres, etc...outra coisa é ter medo!Uma "diva de galochas" é alguém que está preparado para a festa e para a chuva, é alguém que sabe que a seguir à tempestade vem a bonança. Procure outro fundamento, mas se tem medo, olhe, compre um cão...há quem diga que também tornam as pessoas mais felizes...
É o desejo de garantia de continuidade, da espécie, da raça, da nação, do sangue, do nome, da língua...é muito mais importante do que qualquer outra razão aqui explanada! Ou futuramente não passaremos de uma quimera, de um mistério, como a Atlantida!...
Sinto a mesma coisa. Temos de ter namorado e o que é certo é que não aparece. Fazer o quê? Depois penso em todas aquelas que tiveram namorado ou marido ou companheiro e tiveram vidas infernais ou fartaram-se de levar pancada ou morreram às mãos deles e penso que é bem melhor estar sozinha do que aceitar o que aparece e que sei que não é certo para mim só porque não param de me cobrar por não ter namorado.
Penso exactamente assim. Realmente! como é possível pensarem que basta apenas pôr crianças no mundo. E quem não quer é que é egoísta?como assim? não faz sentido!!! e se fizerem essas perguntas a resposta é encolher os ombros ou simplesmente trocar de assunto.
Também há aquelas casadas e a arrotar postas de pescada por não termos namorado (eu também não tenho e bem queria) e sabe Deus o que lá vai com o casamento delas. Nem todas as que se dizem muito felizes têm as vidas que apregoam.
A questão é que sou muito feliz :) Não preciso de trazer mais alguém ao mundo para ser feliz..."felizmente"...Como dizia alguém, seria uma grande responsabilidade para uma criança colocar nela a minha felicidade:essa trago-a dentro de mim...Concedo adoptar, se algum dia chegar o dito instinto maternal, isso sim...dar amor a quem dificilmente o teria de outro modo, um ser que já existe e que só tem a ganhar. Não compreendi a alusão ao cão... ;)
Anónimo das 02.09
Tive dois partos, um de cesariana (21 anos) e outro normal (18 anos).
Sofri muito mais da cesariana do que do parto normal. Ao fim de duas semanas ainda tinha pontos. Fiquei sem sensibilidade na zona da costura que dura até hoje. E do parto normal, passada uma semana já estava linda e fresca.
Pasme-se! Não fiquei incontinente, nem perdi o desejo sexual.
Não fale do que não sabe. Estas novas teorias, dão cabo da minha inteligência.
“Podes ter defeitos, estar ansioso e viver irritado algumas vezes, mas não te esqueças que a tua vida é a maior empresa do mundo.
Só tu podes evitar que ela vá em decadência.
Há muitos que te apreciam, admiram e te querem.
Gostaria que recordasses que ser feliz, não é ter um céu sem tempestades, caminho sem acidentes, trabalhos sem fadiga, relacionamentos sem decepções.
Ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros.
Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas também refletir sobre a tristeza.
Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender lições nos fracassos.
Não é apenas ter alegria com os aplausos, mas ter alegria no anonimato.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver a vida, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz não é uma fatalidade do destino, mas uma conquista de quem sabe viajar para dentro do seu próprio ser.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar ator da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no longínquo de nossa alma.
É agradecer a Deus cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um “não”.
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que seja injusta.
É beijar os filhos, mimar aos pais, ter momentos poéticos com os amigos, mesmo que eles nos magoem.
Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples, que vive dentro de cada um de nós.
É ter maturidade para dizer ‘enganei-me’.
É ter a ousadia para dizer ‘perdoa-me’.
É ter sensibilidade para expressar ‘preciso de ti’.
É ter capacidade de dizer ‘amo-te’.
Que tua vida se torne um jardim de oportunidades para ser feliz…
Que nas tuas primaveras sejas amante da alegria.
Que nos teus invernos sejas amigo da sabedoria.
E que quando te enganares no caminho, comeces tudo de novo.
Pois assim serás mais apaixonado pela vida.
E podes facilmente encontrar novamente que ser feliz não é ter uma vida perfeita.
Mas usar as lágrimas para regar a tolerância.
Usar as perdas para refinar a paciência.
Usar as falhas para esculpir a serenidade.
Usar a dor para lapidar o prazer.
Usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência.
Nunca desistas….
Nunca desistas das pessoas que amas.
Nunca desistas de ser feliz, pois a vida é um espectáculo imperdível!”
Papa Francisco
O problemas é que as pessoas estão sempre a julgar as outras, principalmente as mulheres. Por não ter filhos, por não os querer ter, por apenas ter um, por tudo...como diz o ditado "Preso por ter cão e por não ter".
Há sempre uma grande pressão da sociedade, para casar, ter filhos, ter um bom trabalho, etc.
Cada um é feliz à sua maneira, e apesar de eu ter um filho e adorar, também durante anos a fio, afirmava que não queria e ponto. Percebo quem não quer ter filhos, e não acho nada que seja egoísmo, como quem quer ter muitos, e ninguém deve ser julgado por isso.
Beijinhos.
misscokette.blogspot.pt
Isso dos outros tentarem sempre opinar quando uma pessoa decide adiar a experiência da maternidade só se resolve sendo directa: ninguém tinha nada com isso, era assunto meu. E nem sequer permiti "esticanços" com essas conversas. Era o que mais faltava pedirem-se satisfações ou mandarem "bocas". Muitas vezes ouvem-se coisas que não se gosta também porque se permite.
Parabens, nada a acrescentar, o seu texto pipoca, numa palavra:maravilhoso.
Com 26 anos já ouço essas "boquinhas", mas dou troco, até ficam com as orelhas a arder.
Eu ja tinha lido alguns textos seus, mas nunca tinha comentado, mas este merecia que eu lhe agradecesse, pois é algo que me toca muito,parabens.
Hein?! Que analogia tão tola. O obstetra nao lhe falou no consentimento informado da cesariana e do parto?
Alguém me ajude. O que fazer? Como agir com o filho do meu namorado? Eu não quero ter filhos (por agora),, tenho pouco jeito para crianças mas amo o meu namorado e quero amar o filho dele também.
O que me tira do sério, é quando digo que não quero o segundo filho, se viram para a minha filha e perguntam se ela não gostava de ter um irmão.
Anónimo das 10:21 é engraçada a forma como coloca as mulheres que não querem ter filhos na categoria " veio a este planeta para ver o mar". Provavelmente não sabe mas as mulheres não existem neste mundo com o objectivo de procriar e arrumar a casa como muita gente pensa. Existem mulheres que querem ter uma vida profissional de sucesso, ou que querem mudar mentalidades, contribuir para o mundo mais justo, ou mais seguro, e não se vêm no papel de mãe, mas sim noutros papéis tão ou mais importantes. A mulher lutou muitos anos para ser vista como um membro da sociedade e não como a dona de casa mãe de filhos só. Não sei se é mulher ou homem, mas se for mulher está a insultar todas as mulheres que lutaram por algo mais, se for homem é só mais um machista.
Egoísmo são mulheres que têm os filhos e não os querem educar, e injusto é ser uma mulher nos 31 anos, numa relação há quase 10 anos, ter lutado e estar ainda a lutar por uma boa educação e uma boa carreira, e sentir e ver expressões e opiniões de amigos familia e conhecidos com ar de julgamento no olhar em resposta ás minhas desculpas de não ter filhos, e nem sequer lhes passar pela cabeça que no fundo a verdadeira desculpa é o de não conseguir ter engravidado até agora, e não porque sou egoísta e uso o meu dinheiro em jantares e viagens.
Acho que a sociedade portuguesa pode ser descrita como ignorante e cruel quando não têm consideração pela vida pessoal das outras pessoas... Em vez do "atão e filhos? Nada?Não? Pois tu gostas é da sarrafada!!" Que tal nem perguntarem??
Tudo se cria?? Olhe que não, a minha avó teve treze filhos e só escaparam seis. E mesmo esses escaparam por sorte, com a fome que passaram e os maus tratos que sofreram.
Que grande treta!
Não conhece? Pois olhe, eu tenho 53 anos,nunca quis ter filhos e não tive nenhum. E nunca me arrependi.
Quanto ao ser abandonada pelo marido, que treta! Conheço montes de mulheres que foram abandonadas e todas tinham filhos, já para não falar que o homem que faz isso é uma besta.
A solidão?? Ah, ah, ah... não me faça rir. Também conheço montes de velhos que tiveram 5, 6, 10 filhos e estão todos no asilo, abandonados.
E os inúmeros casos de irmãos que se dão super mal, não se falam, etc.
Você é um bocado estúpida, não é? Meta-se na sua vida!
Pois eu não acho que o comentário da Juliana tenha sido tão assim ao lado e concordo com ela.
"eduquei-os"??!! Ah, ah, ah...
Genial!
Mas que resposta tão estúpida! Ter medo que um futuro filho não seja feliz é uma razão tão válida como qualquer outra.
Ainda bem que ninguém a odiou a si!
Sou mãe de uma filha muito desejada e amada. Todos os dias contam contam desde que ela chegou há dez anos.
Amo-a mais do que a mim. Essa deve sera grande mudança que acontece após a maternaidade. Claro que não será no dia do parto que se chega a essa conclusão. Esse amor vem de investimento, sofrimento, momentos felizes e infelizes.
Ninguém me diz como viver a minha vida, mas confesso que me incomoda já este tema. parece uma moda. Um bando de mulheres que decide que o melhor é não serem mães.
Mulheres, sim, porque os homens podem sempre mudar de ideias.
A vida é só uma e se optarem por não ter filhos, então que se dediquem de outra forma a deixar este mundo melhor, porque isto de roupinhas giras e viagens para a praia não ajuda em nada a sociedade.
Quando se diz que nas crianças reside o futuro, não é só um cliché, é o prolongamento da nossa vida, sociedade e no nosso caso do país, que bem precisado está de uma nova geração.
Vamos assumir responsabilidades e crescer. O mundo somos nós.
...também está na moda partir do principio que as mulheres só têm valor se tiverem filhos, mas fingir que não...
Aliás, nunca passou de moda: as pessoas dizem qe respeitam essa posição (era o que mais faltava) mas olham sempre com aquele ar superior e de desdém.As pessoas não, as outras mulheres.As que tiveram a liberdade de ter ou não filhos e optaram por ter.
Acha mesmo que só pelo fato de ser mãe, plimmm....automaticamente fez algo de melhor pela sociedade? Parir? Acha-se melhor que as outras, as tais do bando, essas velhacas que ousam em ter roupinhas giras e ir para a praia e viajar (safadas!!!)...? A senhora representa bem as "mães" com que lido todos os dias...As que se acham superiores a mim mas fingem que me respeitam enquanto rebolam os olhos...As que dizem que adoram a sua vida mas mandam a boquinha do "Ah sabes lá, não tens filhos andas por aí a divertir-te".As mártires da pátria. Não se preocupe, há tanta mulher a dar o corpo ao manifesto, tanta criança abandonada, que crianças não faltará no futuro...
Não ligue...foram só desabafos de uma pessoa irresponsável porque decidiu investir noutras áeas da sua e de outras vidas em vez de ser mãe, e que entre um ou outro trabalho de voluntariado (tipo...quase todos os dias) se dá ao luxo de comprar roupas, fartar-se de viajar e pasme-se...ser feliz assim (embora isso incomode muita gente)
Excelente texto/artigo. Chamar os nomes pelas coisas certas...
Olá Pipoca, já é tarde mas vou comentar na mesma. :p Devo dizer que é o primeiro comentário que faço no seu blog apesar de ja a seguir há muitooo tempo. Tenho apenas 19 anos e não desejo ter filhos de todo. Até aos meus 17 a cada ano que passava queria ter mais e mais filhos, aos 17 inclusivé, queria ter 6! Depois completei 18 e a minha opinião simplesmente mudou até agora. Quando era mais nova adorava bebés, crianças e até queria ser educadora de infância.
Assim, acho que por muitas opiniões que se possa ter, "in the end of the day" o corpo é nosso e somos nós que decidimos.
Sara,
deixe-me informá-la que pouco me importo com o que é que as mulheres querem fazer com o seu futuro. Agora até há as ocidentais que se explodem por amor a Alá, por isso, como vê, há gente para tudo! Vou só salientar que, infelizmente, todos tecem muitos comentários, mas poucos sabem ler e interpretar um texto/opiniões dos outros e como se isso não bastasse, partem de imediato para a agressão verbal, com as pobres ideias feitas do costume.É mesmo fraquinho, fraquinho...Eu disse que compreendia a decisão da anónima do comentário inicial, ainda que não os argumentos dados, correcto? Disse que a maternidade tem o seu tempo. Não a mandei ser mãe, nem proferi vez nenhuma, que ela devia ser mãe. Disse, que na vida como nas relações com os outros, as pessoas que não têm uma atitude "responsável" e "disponível" não podem almejar grande coisa, porque aí, sim, são dependentes de alguém, que será responsável e estará disponível por elas! E isso não é viver, quando muito é ver a vida passar ao lado, é ver "o mar". Desculpe, se fui muito hermética, mas isto não é uma aula de literatura! Terminei de forma sincera e educadamente a desejar-lhe tudo de bom. E agora estou a insultar as mulheres? E sou machista? E as donas-de-casa não são membros da sociedade e não têm dignidade, são menos mulheres que as outras? E as mulheres com grandes carreiras neste país de poucos apoios não podem ser mães? Desde quando carreira e família são incompatíveis? Quer que lhe dê exemplos de ilustres senhoras deste país que são mães de família?
Concordo
Mais vale não querer e não ter,
que ter sem querer somente pela pressão da sociedade.
Blog LopesCa/Facebook
Pois é Ana, tudo isso é verdade. A minha história, contudo, é um pouco diferente: estou a caminho dos 40, e adorava ser mãe. Mas um ordenado de 1000 euros, com 400 de casa para pagar, tornam esse sonho muito difícil.....
Cristina
Toda a gente apresenta e justifica as suas razões para ser ou não ser mãe. Umas são mais válidas que outras, mas acredito que sejam todas com boa intenção. Quanto a mim, tenho dois filhos lindos, já adultos, e durante toda a minha vida senti por eles o maior amor que se pode imaginar. Sofri horrores para os ter (partos normais mas complicados),e depois sofri para os criar porque o meu marido não ajudava em nada e a minha família também não. Senti-me sempre sozinha para tudo. Eram as doenças, os problemas de toda a ordem que sempre aparecem, o trabalho, etc. e eu sofria e chorava porque não tinha sossego nem ajuda de ninguém. Arrependi-me muitas vezes de ter sido mãe, embora adorasse e adore os meus filhos. Hoje, já adultos, são ambos uns filhos ingratos que não querem saber de mim, ao ponto de o meu filho mais velho (já casado) e por imposição da mulher, ter cortado relações comigo e impedido de ver e conhecer a filha de ambos. Nem sequer há uma razão para esse corte de relações, nunca discutimos sequer. O meu marido entretanto faleceu e a partir desse dia, ele exigiu-me os bens todos que eram do pai e eu concordei porque temia que ele deixasse de me falar. Acabei por prejudicar o meu filho mais novo, sem que fosse esse o meu desejo, e acabei sem nada e sem ter mais contacto com esse filho. Felizmente que ainda há alguns bens da parte da minha mãe e esses serão todos para o meu filho mais novo. Hoje arrependo-me profundamente de ter sido mãe e ter trazido ao mundo filhos assim, principalmente o mais velho, que é perverso e mau carácter. Portanto, antes de decidirem trazer filhos ao mundo, pensem muito bem na sorte que vos espera. Hoje vivo sozinha e sem saúde e a minha liberdade acabou no dia em que fui mãe. Pensem nisso.
"(...)deve ser uma visão do futuro fantástica,pensar na solidão,nos dias sempre iguais(...)"
Isto acontece com pessoas que não sabem preencher as suas vidas com programas, objectivos e sonhos próprios.
Uns sentem-se realizados a partilhar com e a tratar de outros seres. Outros realizam-se e deixam legado de outras formas.
É por pessoas como você que o Mundo é lugar de preconceito, discriminação e falta de imaginação.
Concordo plenamente com a sua opiniao, mas um filho dá sempre jeito para algumas tarefas domesticas,etc. Como fosse meu criado vindo da minha barriga!!!
Gosto muito dos textos do blog, realmente sua escrita é muito boa.
O conceito de felicidade é relativo.
O que é felicidade para uns, não será para outros. Algumas pessoas são felizes a viajar pelo mundo fora sem data de chegada, outras são felizes no seu canto e na sua zona de conforto.... Se uns acham que felicidade é ter filhos, outros podem achar que são mais felizes sem eles. E está tudo bem ✌️
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Teorias absolutamente espectaculares