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Não quero ter filhos, e então?

terça-feira, janeiro 05, 2016

No que diz respeito à maternidade há alguns temas tabu sobre os quais as mulheres são praticamente convidadas a mentir, sob pena de terem de levar com a fúria de gente que, assim de repente, nada tem a ver com o assunto. Por exemplo, se a mulher optou por uma cesariana, então é capaz de ser melhor dizer que o bebé estava atravessado, que não deu a volta ou que estava a fazer piruetas e mortais encarpados à retaguarda às 40 semanas. Se a mulher decidiu não dar de mamar, então tem de dizer ao mundo que o leite era mau, que sabia a iscas de cebolada, que o bebé era mauzinho para comer ou que, misteriosamente, o leite nunca chegou a subir. Isto, óbvio, acompanhado de lágrimas de dor e pesar por não poder experienciar o mais bonito e enternecedor momento da vida e por, já se sabe, nunca ir conseguir criar laços com o puto que, antes dos 10 anos, já terá sucumbido ao mundo do crime e da toxicodependência. E depois há as outras, as que, pura e simplesmente, não querem ser mães. Não estão para isso, não se imaginam, não gostam de miúdos, ou até gostam, mas dos dos outros, não precisam de um inteirinho só para elas. Também a essas aconselham que mintam. "Ai, filha, tu não digas tal coisa, diz antes que não podes ter, que te saiu um útero ruim, também não vale a pena estares para aí a chocar as pessoas com tamanha heresia". 


Foi por isso que assisti, com alguma curiosidade, à conversa entre a Júlia Pinheiro e duas convidadas no programa Queridas Manhã, em que ambas assumiam não querer ter filhos. Os argumentos variavam. Uma, que me pareceu ter a ideia mais maturada e definitiva, dizia não se imaginar no papel de mãe, assume à partida que não tem jeito para a coisa e diz, com muita graça, que gosta de crianças como gosta de adultos: gosta de umas e de outras não. Tem 41 anos, vive com alguém que também não quer ter filhos, e o assunto está mais do que fechado. A outra, mais nova, pareceu-me mais volátil e com argumentos um bocadinho menos sólidos (mas válidos). Diz que até daria uma grande mãe, mas gosta de dormir até tarde e quanto mais a chateiam com o tema filhos mais ela gosta de espetar o dedo na ferida e dizer que não quer. Vive com o namorado que já tem um filho e que, por isso, também não puxa muito o assunto. A própria Júlia Pinheiro contribuiu com o seu exemplo: houve uma altura da vida em que tinha a certeza que não queria filhos. Mas depois casou e achou que era uma belíssima maneira de demonstrar o seu amor pelo marido. Gostou tanto que foi ao segundo e saíram gémeas.

Durante muito tempo eu também achei que a maternidade não era para mim. Não era uma porta fechada, nunca disse taxativamente que não queria filhos, porque sei que as certezas de hoje são as dúvidas de amanhã. Não vale a pena ser muito radical em nada, porque a vida encarrega-se de nos mostrar que, às vezes, a coisa não é bem assim. Mas eu não sentia esse apelo. Não tinha jeito para crianças, não gostava particularmente delas, não achava que precisasse de uma na minha vida para me sentir mais realizada ou preenchida. Falei do assunto algumas vezes aqui no blog e não faltava gente a acusar-me de egoísmo. Nunca percebi muito bem. Uma mulher que não quer ter filhos é egoísta em relação a quê? Em relação a quem? Em relação a uma criança que não existe? Em relação à sociedade, porque é dever da mulher contribuir para o aumento da espécie? Em relação às mulheres que não podem ter, como se houvesse uma qualquer lei que dita que por cada mulher que não pode ter filhos há outra que tem de ter quatro? É egoísta por assumir que não tem disponibilidade afectiva para cuidar de uma criança? Então mas não é mais egoísta trazer uma criança ao mundo sabendo, à partida, que essa disponibilidade não existe? Ou é egoísta porque prefere não ter alguém dependente dela e manter a sua vidinha tal como está? Não me lixem, um filho é muito bom, é o melhor do mundo, mas um filho não é só um filho, traz uma data de coisas com ele. É preciso tempo, é preciso dinheiro, é preciso toda uma estrutura (emocional e não só) para aguentar as mudanças que um filho implica. E há quem, simplesmente, não esteja para isso. Há quem adore a sua vida tal como está e não a queira mudar. É verdade que não há uma alma que diga que a vida muda para pior quando se tem um filho, mas há quem não esteja para arriscar o salto para o desconhecido. E essa opção parece-me perfeitamente legítima. Tão legítima como decidir ter um rancho de filhos. E sim, há momentos em que tenho saudades da vida sem filhos, quem disser o contrário mente com todos os dentinhos que tem na boca (pivôs incluídos).

Depois há a questão do amor. Há sempre quem salte de algum canto, pronto a gritar "mas assim nunca vais saber o que é este amor tão único e tão especial". Verdade. Quem não tem filhos nunca saberá o que isso é, mas se também não sabe não lhe sente a falta. Nunca sentirá. E não vale a pena tentar explicar. Antes de ser mãe, lembro-me de perguntar a várias pessoas que me dissessem que tipo de amor era aquele. Era parecido com o que sentiam pelos pais? Pelo namorado? Pelos irmãos? Como é que era? Por mais que se esforçassem, nunca ninguém conseguia explicar. Só me diziam "é diferente... não sei, é diferente". Efectivamente, é preciso ser mãe/pai para se saber que amor é esse, tão fantástico, tão arrebatador, tão poderoso. Quando ouço pessoas a dizerem que não querem ter filhos, não deixo de sentir uma pontinha de pena. Mas não é comiseração nem nada que se pareça, é mesmo por achar que este amor é tão TUDO que ninguém deveria deixar este mundo sem o sentir. Mas é uma coisa que guardo para mim. Daí a pôr-me a evangelizar mulheres para que engravidem é que já vai uma grande volta. 

Nem toda a gente nasceu para ser mãe e o melhor é aceitarmos isto com naturalidade e sem dedinhos acusatórios. Porque deve ser muito cansativo ter de estar sempre a explicar, vezes sem conta, porque é que não se quer procriar, como se se devesse alguma coisa a alguém. Porque deve ser horrível ter de estar sempre a levar com olhares de estranheza, de pena, de ira, de sei lá eu o quê. Como é que uma decisão tão íntima e tão pessoal pode incomodar tanto os outros ao ponto de acharem que devem interferir ou até tentar fazer a pessoa mudar de ideias? Quem é que lhes encomendou o sermão? Em que momento é que vos entregaram o título de entidade divina? Menos, muito menos. 

313 comentários:

  1. Totalmente de acordo!!!

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  2. Outra situação em que muitas dessas almas chamam egoístas a nós mulheres é quando temos apenas um filho e "não queremos" dar-lhe um irmão. As pessoas esquecem-se que não depende só do querer, mas sim também do poder ter um segundo filho. Maria Ana

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    1. concordo plenamente consigo. a mim já me criticaram porque disse que financeiramente e em questões de tempo disponível era impossível. e respondem "tudo se arranja!", tudo se arranja uma ova!!! sabem lá como é a nossa vida e que sacrifícios temos de fazer.. eu, por exemplo, durante 9 meses por ano não tenho o meu marido cá. tenho de fazer tudo sozinha! e não é fácil, e muito menos a nível psicológico, é muito desgastante! e sim, tenho saudades de quando não tinha o meu filho, tinha tempo para tudo! agora sujeito-me aos horários dele :)

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    2. e mesmo que dependa só do querer ninguém tem nada a ver com isso

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  3. Concordo plenamente!!! Aliás na minha opinião a decisão de não ter filhos, não é de todo egoísta. Egoísmo, é quando não se tem condições para se ter filhos, e decidem ter só porque querem muito ser mãe/pai. Vivemos numa sociedade onde é completamente natural poder ter filhos a passar fome, não ter tempo para eles, etc., etc., mas é completamente fora do normal e egoismo não querer ter uma responsabilidade tão grande, que é criar um ser.

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  4. Olá pipoca, adorei este post que retrata na perfeição a sociedade e as imposições que temos. Eu, já há algum tempo, que digo sempre que quero ter um filho mas adoptivo. O drama, o horror que é alguém imaginar eu a criar um ser que não tenha saído de mim.

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    1. Também tenho de lidar com esse drama, horror... Ajudar uma criança, que já cá está e que precisa (tanto, mas tanto), é tão legítimo como querer ter um que saia de nós.

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    2. Obrigada minha Pipoca por pores o dedo na ferida e ajudares a dar um passinho em frente no "meu" direito de ter ou não filhos. Sei do que falas quando quase é preciso dar uma desculpa, dizer qualquer coisa tipo, "ahh, acho que talvez seja infertilidade"... Não só não me atacam mais, como começam a dizer que afinal também tem pontos positivos não ter filhos. Vá-se lá perceber as criaturas... Mas também eu tenho muita simpatia pela adopção, e se soubessem o que há ouvi por isso.... 😳😳 A melhor foi "mas a um puto do teu sangue tu perdoas as asneiras aos "outros" não". Ahhh! Então é por isso que temos tantos putos mal educados birrentos e insuportáveis..... Monica Carvalhido

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    3. Olá,
      Pode ser um cliché, mas identifico-me bastante com este artigo.
      Sou mãe, tenho dois filhos, o primeiro só nasceu quando eu tinha 33 anos, pois até lá sempre achei que não iria ter filhos.
      São a melhor coisa que eu fiz, mas há dias em que gostava de chegar a casa e deitar-me no sofá a fazer zapping, sem ninguém a gritar aos meus ouvidos!

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    4. Ainda há dias disse que um dia gostava de adotar (não tenho filhos biológicos), foi o drama, o horror, a tragédia!!!! Ouvi com cada barbaridade... que normalmente as crianças adotadas são delinquentes, que têm os maus genes dos pais (como se soubessem quem eram os pais biológicos), etc...

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    5. Vejo o assunto da mesma maneira. Não vale a pena trazer mais gente ao mundo se não cuidamos de quem cá anda e precisa de ajuda.

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  5. Nem mais.
    Fui ver os comentários no FB e, apesar de haver muita gente que compreende que é uma opção legítima, é assustador ver como as pessoas que se revoltam com a ideia de que uma mulher não deseje ser mãe reagem de forma tão inflamada.

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    1. Não vi nenhum comentário desse género no Facebook...

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    2. É no post do facebook do programa Queridas Manhãs... Vê-se com cada comentário...

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    3. No da pipoca não, mas no do programa... Uma até diz que desatou a chorar!

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  6. Mesmo! Só falta acrescentar os que querem apenas 1 filho, para lhes poderem dar tudo, e os que querem um.batalhão.

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  7. Adorei o post. Tenho 34 anos e não sinto o relogio biológico a dar horas. Há quem diga que ah tens tempo mas começo a sentir aquela pressão de todas as que já têm mas eu ainda não tenho vontade fazer o que? e se nunca vier a ter? e se quando tiver vontade for tarde demais? não sei mas não vou ter um filho so porque o tempo está a passar. Acredito que o amor é mesmo único, mas irrita-me um pouco eu não poder dizer estou cansada sem ter 3000 colegas de trabalho a dizerem: "Cansada? Um dia que tenhas filhos logo vês o que é estar cansada e vir trabalhar com 3 horas de sono." ou, "Oh ainda não tens filhos por isso ainda não tens ainda uma certa sensibilidade que surge com a maternidade" LOOOL Enfim!!!!

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  8. Infelizmente algumas pessoas acham-se mais sábias porque fazem tudo da "maneira certa". Se algumas pessoas não querem ter filhos, não têm. Se não querem dar de mamar, não dão. E não há estudos que afirmam que o parto natural traz mais problemas a longo prazo do que a cesariana?

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    1. Boa noite, peço desculpa mas não resisti a comentar o seu comentário. O parto natural é a melhor opção para a mãe e para o filho, quer em termos de complicações quer em benefícios. Ora, isso não quer dizer que TODAS as mulheres devem ter os filhos por parto normal. No entanto, esta decisão (tal como tudo que englobe actos médicos) implica uma decisão informada e consciente. E obviamente há casos em que uma cesariana é a melhor opção.
      Agora, respondendo à sua questão, nunca ouvi nenhum obstetra ou alguma referência a dizer que "o parto normal traz mais problemas a longo prazo do que a cesariana", por algum motivo é que os obstetras apoiam tanto o parto normal, certo? 13 anos de formação certamente trazem mais informação do que uma mera pesquisa no google.
      Cumprimentos.

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    2. Credo... Cada decisão à partida é uma decisão consciente, mas essa de que há estudos que afirmam que o parto natural mais problemas, tirou isso de onde? Do correio da manhã? Ou foi a amiga da amiga da amiga que em vez de assumir a decisão, arranjou alguma história mirabolante, como as que a Pipoca descreve no post?

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    3. Olá Boa noite muito bem explicado Dr. Também sou dessa opinião mas sempre fui mal entendida e mal aceite pois tenho 3 filhos todos de cesariana, e o primeiro de 42semanas com sofrimento geral apenas porque sai caro ao estado a cirurgia e então na altura deixaram estar até á última mesmo sabendo os danos para o feto .fui mal compreendida sempre que se falava diziam me que eu não sabia o que era ser mãe porque Não tinha parido!😠é triste houvir isso é vieram mais dois ,por cesariana não por opção minha mas porque aí a equipa médica decidiu mas lá continuei e continuo a ouvir que como não pari não é a mesma coisa ! mesmo passado tanto tempo isto sempre me magoou mas por vezes vovemos rodeados de amigos que nada fazem senao criar angústia!e logo eu que adorei e gosto tanto de ser mãe! Neste momento quase a ser avó e esperava que a minha filha não fosse estigmatizados!bom ano novo!

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    4. Anónimo da 00h43: os obstretas apoiam o parto natural porque sai muito mais caro ao estado. A longo prazo as mulheres que tiveram parto natural ficam incontinentes,cheias de pontos nas zonas baixas,perda de sensibilidade e prazer sexual.cabe na cabeça de alguém que no séc xxi e com as tecnologias que há uma mulher tenha que parir com dor tal qual um animal!? Se há uma técnica chamada cesariana,se há quem possa optar ( infelizmente nem todas podem) e se há quem faça,aleluia para as cesarianas a pedido. Eu tive 3 filhos por cesariana,ao 2ºdia estava a andar e ao fim de 1 semana fazia tudo.inclusivamente ir à sanita sem medo que me rebentassem os pontos e a ter sexo ao fim de 15 dias. Estas adoradoras do parto natural já enjoam!

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    5. Não posso concordar, tive 2 partos normais num hospital privado, sem dor (viva a epidural) e em ambos os partos estava a andar no próprio dia, tomei banho sozinha, fiz as minhas necessidades sem qualquer problema para os pontos, não sofro de incontinência e sexo só depois da consulta de revisão do parto - é que neste ponto a abstinência não tem só a ver com os pontos, o obstetra tem de confirmar se está tudo bem com o útero (sem infecções, etc). De qualquer forma respeito a decisão de cada um, tal como gosto que respeitem as minhas que não costumo ir com no "rebaho".

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    6. Ide lá ao privado ter cesarianas, só não venham com tretas sobre o parto natural!! E os riscos que envolve a cesariana????

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    7. Ah, e que bom que passados 15 dias já tinha sexo e tudo!! Só não ache que isso acontece com todas.
      Cesariana é uma cirurgia. Parto natural com recurso a epidural é como os animais têm filhos??? Tá bem,tá. A epidural é o quê?? Um cocktail só pra relaxar?

      Estou à vontade para falar assim porque dei à luz por cesariana necessária para salvar a vida da minha filha. E é para isso que elas servem.

      Ainda assim para quem quer só porque sim, também o podem fazer, como se sabe. E tá muito bem assim, a meu ver.

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    8. Oh meu Deus! Estou grávida e apesar de ir ter o bebe no particular, não coloco a hipótese de cesariana senão for necessária. Não quero sofrer, claro, quero epidural, mas quando falo nisso com o meu médico sempre digo que se puder ser natural, é isso que quero. Agora estou aqui em agonia!! Não devia ter lido estes comentários

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    9. Eu tive 3 filhos, de parto natural e no ultimo passado 8h levantei me e fui tomar banho sozinha, sem dores, dado que nem pontos levei. Nao genneralize, ha de tudo em todas as situações mas para mim ouvir dizer que um ato cirurgico é a opção a seguir so porque doi menos faz me pensar que realmente faz sentido sermos um dos paises onde tudo se trata a medicamento...tem uma constipacao? Tome um antibiótico, é mais facil (nao interessa se é preciso ou nao).
      Estes adoradores/fundamentalistas da generalização já compravam um bilhete de ida...

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    10. Anónimo06 janeiro, 2016 02:09: "Estas adoradoras do parto natural já enjoam!" realmente, a anónima tem toda a razão... onde é que isso já se viu... aqueles adoradores do parto natural (como a Organização Mundial de Saúde) estragam tudo... Como é que o mundo pode ir para a frente com pessoas destas a regularem-nos?! Digam-me, como é possível?!?! Mostre mais a sua sapiência cara anónima. O Mundo precisa de mais pessoas inteligentes e informadas como você. A sério.

      (post muito irónico)

      http://www.who.int/mediacentre/news/releases/2015/caesarean-sections/en/

      (Informe-se oh anónima)
      Rita

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    11. Anónimo das 02:09 Não são adoradoras de parto normal, são sim pessoas que respeitam a natureza. Claro que se uma mãe opta por uma cesariana não pode ser crucificada,como em tudo na vida ha opçoes a tomar e cada um sabe da sua vida, mas não diga que os obstetras apoiam por ser mais barato para o Estado!
      Eu própria tive um filho de parto normal, num hospital público, não sofri nadinha de nada e no próprio dia do parto já andava a pé!! A recuperação é muito relativa, seja de parto normal ou cesariana. Vai da sorte de cada um. Eu tive um parto normal sagrado, com poucos pontos e bem cicatrizados e já a minha cunhada com uma cesariana teve uma grande infeção na cicatriz, provocando febre, etc... Por isso... Não se limitem a impor as vossas ideias! Cada um sabe de si!

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    12. Antes de engravidar sempre disse que queria cesariana mas depois fui na conversa do parto normal... Conclusão tive um parto em que a epidural não me fez efeito (senti todas as dores) levei um ponto que ainda hoje após quase ano aindae dói e por ter sido feito num nervo não podem fazer nada. Conclusão: nunca mais quero ter filhos e ainda hoje tenho pesadelos do parto!!!!

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    13. O comentario das 02:09, a par com o da senhora lá em baixo que chamou entradota à pipoca, é dos comentários mais ignóbeis que aqui andam. Sem entrar em discussões sobre cesarianas, que a meu ver, sendo um acto médico deviam sempre ser suportadas por razões médicas e não serem um procedimento electivo decorrente de "preferências", quero só deixar uma notícia de última hora: nós somos animais. Biologicamente é mais o que nos aproxima do q o que nos afasta e, como animais que somos, parimos (e temos toda a estrutura para o fazer), com mais ou menos dor (aí o canguru está anos luz a nossa frente, mas é a vida) e damos de mamar. Cada um sabe o que quer para si, e se quiser ter filhos por qq outro orifício da-me igual.. agora sugerir que o parto natural (que estranho chamar-se natural!) devia ser substituído por cesarianas electivas só denota umaal terrível falta de noção da realidade.

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    14. O parto normal sai mais caro ao estado? Quando não se sabe o que se diz, mais vale estar caladinha.

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    15. E a OMS diz o quê já agora? Tenham as cesarianas que tiverem, não dêm de mamar se não quiserem, mas não se ponham com invenções da treta, porque está mais que provado que o parto natural e a amamentação são benéficas para a mãe e para o bebé.

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    16. Não sou fundamentalista e acho que cada um deve informar-se e decidir o que é melhor para si e a equipa médica tem muitas vezes a decisão sobre o parto. Não sou médica, pelo que apenas posso falar do meu caso pessoal. Fiz uma cesariana e não acredito que seja mais fácil do que um parto natural. Só após fazer cesariana soube as complicações que tal trazia, nomeadamente ao nível da diminuição da sensibilidade e prazer sexual (problema mais grave na cesariana do que no parto natural). Sou apologista da liberdade e da não censura. Cada um sabe o melhor para si. Se querem ter ou não filhos, se querem ter um ou dois ou mais, "seus" ou adoptivos, amamentar ou não,cesariana ou parto natural. Quem critica e opina na vida dos outros, muita vezes fa- lo por ignorância.

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    17. É incrível a quantidade de estupidez que para aqui vai!!! Então o parto natural sai mais caro ao Estado????!?? Onde, criatura?? Em Marte????
      Enfim, polêmica à parte, seria melhor se as pessoas usassem argumentos válidos e inteligentes

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    18. não resisti.... O parto Natural é sempre a melhor opção a meu ver... até porque a recuperação de uma cesariana não é igual em todas as mulheres, tive o meu filho no privado e tinha tudo preparado para ser um parto normal, infelizmente não pode ser e ao fim de muitas horas tive de ir para a cesariana, não tive uma recuperação nada mesmo nada facil... (infelizmente não tive a sua sorte) e relações sexuais só depois da consulta medica, que para tanto que disse não está nada bem informada pois nada tem a ver com pontos... agora faça um favor e antes de dizer mais barbaridades vá ler um bocadinho informação verdadeira e veja realmente os beneficios de um parto normal tanto para mãe como para filho... as cesarianas graças a Deus que existem! sou completamente a favor não fosse ela tanto eu como o meu filho podíamos não estar cá hoje, e aceito que se possa optar por tal. mas isso é uma decisão nada tem a ver com benefícios, entenda-se!

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    19. É inacreditável como se "mandam bitaites" sem sentido. Tive 2 partos: um normal outro cesariana. Não tem comparação a recuperação pós parto: no normal estava ótima, na cesariana demorei 3 semanas a recuperar. A mim parece-me mt difícil estar ótima 5 dias depois (dores, para não falar o quão inchada fiquei cerca de 15 dias por causa da medicação) mas há pessoas que recuperam melhor do que outras... É tanto sei o que é ser mãe de um como de outro! :)

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    20. Bendita ciência, bendita liberdade, que nos permitem decidir como queremos que os nossos filhos venham ao mundo!..Não entendo qual é a celeuma nem o sentido da discussão. Sejam felizes!!

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    21. com efeito, o parto "natural" e a amamentação são as melhores opções quer para a mãe quer para o bebé! Fiz ambas e não tenho razão de queixa. Em relação ao parto, a minha filha nasceu as 15.30 e às 21.00 eu já estava de pé e a andar... Contudo, compreendo as mulheres que preferem cesariana mas eu não me incluo nesse lote pois nunca tive ideia de a fazer...

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    22. Anónimo06 janeiro, 2016 02:09, deixe-lhe dizer-lhe que essa das mulheres ficarem incontinente, insensíveis e mais tudo aquilo que relatou de um parto natural tem muito que se lhe diga.
      Eu tive um parto natural que durou 18horas... estive uma hora a levar pontos... horrível! Mas:
      - 1º não sou incontinente nem existe nenhum estudo cientifico que comprove tal barbaridade;
      - 2ºos meus pontos foram absorvidos logo na primeira semana de pós parte
      - 3º não me sinto menos sensível nem larga nem porra nenhuma!

      Enfim... comentário muito pouco adequado e muito pouco "informado".

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    23. Conselho: quando quiserem ler estudos decentes sobre temas médicos pesquisem na pubmed e de preferência em revistas de alto impacto. E viva a liberdade de escolha!

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  9. Sempre me lembro de querer ter filhos, em pequena lembro-me de ter mil cuidados a cuidar dos nenucos, cheguei a equacionar ser educadora de infância. Adoro crianças (algumas, assim como adultos), e no entanto, agora aos 26 anos, equaciono muito mais a hipótese de nunca os ter. Há pessoas (poucas, felizmente) que têm um acto muito mais egoista ao terem filhos, precisamente por não reconhecerem a sua falta de disponibilidade emocional. Há pessoas que não nascem para ser pais, que não querem, e como tal, é melhor que o reconheçam e não o sejam do que serem-no apenas no papel. Cada um sabe de si...

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  10. Totalmente de acordo!!! Cada um deve fazer aquilo que está ao seu alcance para se sentir o mais realizado possível, incluindo ter filhos ou não (e eu sou das que querem ter!). É uma escolha demasiado pessoal e que tem de ser respeitada, mesmo quando não obedece à maioria!

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  11. Concordo a 100%! Perguntar por filhos, trabalho e relações amorosas é, na minha opinião, um pouco invasivo. Porque as pessoas nem sempre se contêm e, por vezes, acabam por ser condescendentes, dar lições de moral, passar sermões... Cada um sabe de si. "Quando é que tens filhos? Tens que te despachar". E se essa mulher não consegue engravidar? Acho de mau tom pressionar assim alguém sem saber o que de verdade se passa.

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  12. Post perfeito. Ter filhos (ou não) tem que ser uma opção e nunca uma obrigação. Respeito quem não tenha, simplesmente porque não quer. Ahhhh e eu tenho, uma catrefada deles.

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  13. Olá Pipoca, tenho 46 anos e não sou mãe, não porque não quisesse mas porque não aconteceu, aliás quando ainda somos imaturas e pensamos que a vida nos vai proporcionar tudo aquilo que imaginamos, nessa altura eu dizia que queria ter 3 filhos! Pois, falta de maturidade! Acabei por não ter nenhum, ou porque não era a altura certa ou porque não estava com alguém que eu achasse que seria um bom pai. Ironia da vida, atualmente estou com alguém que se tivesse sido meu companheiro há uns cinco ano atrás, talvez tivesse pensado mais a sério na possibilidade de ser mãe. Agora, acho que já é tarde... Talvez me arrependa daqui a uns anos, mas neste momento já não me sinto preparada para essa possibilidade. Todas as minhas amigas são mães, e naturalmente o assunto preferido delas é falar dos filhos, eu entendo, mas tem dias que custa um pouco, acho que nos faz sentir um pouco de parte, no entanto, também tem dias que o assunto me passa ao lado e consigo participar nas conversas sem me sentir deslocada. Não me sinto menos mulher por não ser mãe, como oiço algumas mulheres apregoarem por aí... Porque também existem muitas mulheres que são mães e não sabem o significado dessa palavra!

    Anabela D.

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    1. Anabela,
      tenho uma amiga que foi mãe pela primeira vez aos 45 anos e está radiante e outras que decidiram não o ser! Não deixe de dar esse passo só porque acha que é tarde, porque não é! A AGM tem toda a razão! Eu quando via crianças num restaurante, sentava-me na sala ao lado! Hoje que sou mãe também não consigo descrever esse amor imenso! A maternidade abalou todas as minhas certezas e convicções e fez-me acreditar que, afinal Deus existe.

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  14. O teu melhor texto, Pipoca. Parabéns! Até porque é um tema que me toca particularmente. Tenho 30 anos e não tenho nem quero ter filhos e nunca tive receio de o assumir publicamente, apesar de sempre ter levado com esses tais olhares de estranheza de que falas. A verdade é que sempre me estive a cagar pra eles! Não gosto particularmente de crianças, não gosto da responsabilidade e disponibilidade que advêm da maternidade. Não quero. Só isso.

    Aconselho também a leitura do texto de um blog que sigo e adorooo. A autora escreve muito bem (para muita gente pode ser ordinária, para mim "va directa al grano"... são preferencias!). Está em castelhano porque ela é espanhola, mas penso que dá para perceber bem:

    http://suspensoenreligion.com/2014/10/la-no-madre-cuando-seas-madre-lo-entenderas.html

    Tem outros textos igualmente bons, gosto particularmente dos que tratam o tema do aborto (o "Mi Coño" é genial!) e vários sobre violência de género. Super recomendo!

    Beijinhos Pipoca! =)

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    1. Ali na parte do "sempre me estive a cagar pra eles" obviamente que me referia aos olhares de estranheza das pessoas, não aos filhos. Só para clarificar, já que, com bastante frequência, muitos leitores deste blog são dados a mal entendidos.

      Boa noite a todos!

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    2. Ahahah! Me tooo! Também tenho 30, estou rodeada por mães e "aspirantes a"... De uma maneira geral, gosto de criancinhas. Sou madrinha, tia de sangue e coração (muitas amigas com filhos). Não digo que nunca irei ter filhos, até porque o dia de amanhã é uma incógnita. Posso querer ter ou simplesmente pode haver um "acidente". Faz parte dos meus planos: não! E felizmente do meu marido também não. A minha família mais direta respeita a minha opinião/ decisão, mas sou constantemente coagida por colegas e amigas de amigas a mudar a opinião. Não me parece que seja uma decisão egoísta ou de medo, simplesmente não tenho nada em mim que me faça sentir vontade de ter um filho, e se não é uma coisa que queira, acho que o melhor é estar quieta... Ter um filho é uma responsabilidade enorme para toda a vida, e eu não os vou ter para agradar aos outros, até porque não são os outros que os vão criar... Acho ainda que mais importante que debater a vida dos outros, é aceitar a própria vida ;) if you know what I mean...:)

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    3. Compreendo a sua decisão, mas argumentar que não gosta da responsabilidade e disponibilidade que daí advém parece-me realmente, como diz, "estranho" para não dizer imaturo, mas, tudo tem o seu tempo, até a maternidade. Na vida, como nas relações, acho que devemos estar sempre disponíveis e ser responsáveis e se nos furtarmos a isso não alcançaremos grande coisa, mas também há muita gente que só veio a este planeta para ver "o mar", cada um sabe de si...desejo-lhe tudo de bom!

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    4. Porque é que é imaturo assumir que não se quer ou não se gosta da responsabilidade? Eu não quero a responsabilidade de conduzir, de ter de zelar pela minha vida e de outras pessoas na estrada e por isso escolho não conduzir. Não me parece que seja imaturo.

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  15. Texto que traduz a 100% o que eu penso!!! Farta de me perguntarem quando tenho filhos ! Que me digam " ai quando tivers filhos é que vais ver "!! Eu que até quero ter bebê ,que ate ja estou a tentar,quase perco a vontade so por causa dos comentários e das opiniões não requesitadas !! Odeio fundamentalismos ,seja em relação ao parto , à amamentação ,ao que quer que seja! É tão bom que ninguem nos incomode ,porque havemos de incomodar os outros??

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  16. Eu "odeio" crianças, nem para os filhos dos amigos tenho paciência... And so what?? Tenho 35 anos e desde criança que nunca quis ter filhos e nunca hei-de querer!

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    1. Engraçado, eu também odeio "cães"!

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  17. Em relação à amamentação e cesarianas, a única coisa que me faz confusão é uma mãe achar que tem de mentir, independentemente do motivo pelo qual tomou determinada decisão, ninguém tem nada a ver com isso, as decisões não são tomadas de animo leve, a maternidade não é para ser dolorosa (já basta as coisas que uma mãe, por n circunstâncias não consegue atenuar o sofrimento do filho) se há coisas que podem torná-la mais agradável e que a ajude a ser mais feliz, mais realizada, melhor mãe, então que tome essas decisões de cabeça erguida, seja ela dar ou não de mamar, dar chucha antes do suposto, fazer ou não uma cesariana.
    Segundo, acho mais que legítimo alguém dizer que não quer ter filhos, hipocrisia é ter filhos só porque sim, porque o marido e sogra exigem, porque a sociedade assim o quer. Tenho uma amiga que não quer ter filhos, em compensação (?) adora os seus "velhinhos", ela é psicóloga e fala dos seus pacientes que acompanha no lar com um amor imenso, por isso lá está, por cada mulher que não quer ser mãe, certamente há outras coisas no mundo em que se dedicam de corpo e alma. E assim o mundo se mantém em equilíbrio...

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    1. Eu fui uma delas, a que teve de mentir...
      Detestei ter um bebe ao peito. Senti-me mesmo incomodada. Adoro os meus filhos de paixão, mas nunca consegui dar de mamar. Sinto-me culpada cada vez que adoecem, por causa da ideia que se foi formando à volta da amamentações. Antes uma mãe sã para poder cuidar de forma sã dos seus filhos, do que uma mãe perturbada. Ganhámos todos

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    2. Anónimo06 janeiro, 2016 09:20 não se sinta culpada, posso dizer-lhe que eu mamei até ter mais de um ano e o meu irmão mamou durante 3 dias. Eu tive tudo o que consiga imaginar, desde gripes, internamentos por infecções respiratórias, tenho enxaqueca crónica, má circulação e mais umas quantas coisas, volta e meia ando no Hospital, médicos etc...! Quando ao meu irmão...penso que a última vez que o vi doente foi quando teve papeira por volta dos 6 anos...depois disso nem uma constipação! Há mil e uma teorias acerca da amamentação mas cada um é como é!

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    3. Compreendo perfeitamente que o tenha feito, às vezes é mais fácil mentir do que levar com a opinião alheia dos "sabem tudo". Mas não se sinta culpada, há tanta coisa que pode interferir com a saúde dos pequenos. A minha prima deu de mamar a ambos os filhos, um mesmo após entrar no infantário raramente ficou doente, a outra... volta e meia está com alguma "virulência", por isso não é por aí. Guarde as suas energias e descomplique :) sei que é mais fácil falar do que fazer, mas olhe... sempre que alguém der opinião não pedida, diga educadamente para irem tomar conta dos respectivos filhos, porque dos seus, trata você.

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    4. Anónimo06 janeiro, 2016 09:20 esqueça! Tenho um filho, 2 anos e 5 meses, mamou até aos 14 e sabe que mais? desde que foi para o colégio (Com 5 meses) é virose, infecção, constipação, etc semana sim, semana sim...
      Próximo filho? não sei se quero dar peito...

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  18. Adoro este post. Desde sempre que digo que não quero ter filhos, e desde sempre que as pessoas quase me obrigam a mudar de ideias. Sempre ouvi coisas como quando cresceres mudas, quando tiveres um namorado a sério vais querer uma família, mas isto já se verifica e não mudei de opinião. Houve até já quem quase tenha tentado fazer uma análise freudiana desta minha falta de vontade para ter um filho.

    No meu caso, assumo sem qualquer pudor, há egoísmo. Sou daquelas pessoas que tem de fazer um esforço enorme para partilhar o meu espaço, ponho-me sempre em primeiro lugar, e isso tem sido uma luta que tenho travado com o meu namorado, nem sempre tenho disponibilidade emocional para os outros. E se ele, adulto, compreende, para uma criança sei que seria difícil.

    Depois há o simples facto de não querer. Por tudo isso que a Pipoca disse, é preciso tempo, é preciso dinheiro e é preciso uma estrutura sólida. Criar uma criança é difícil e trabalhoso, eu tenho imensos primos em diferentes idades e vejo isso. E é preciso, acima de tudo, vontade. E quando não se tem não vale a pena forçar.

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  19. "Se tiveres um filho não ficas sozinha"
    1 - Onde é que isso está escrito? E "desde quando?"
    2 - E isso não é, por si só, egoísta?

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    1. Nem sequer é motivo! Grande parte dos filhos estão emigrados, muitos são responsáveis por infligirem maus tratos aos progenitores e outros nem sequer vão visitar os pais às instituições...não somos pais para receber, mas para dar sempre.

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    2. estive a ver vários comentários , concordo com alguns mas ..., mas esta frase diz muito :" não somos pais para receber, mas para dar sempre" . Pensar ser Mãe/Pai para se ter companhia mais tarde...é uma má razão.

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    3. claro que nao ficas sozinha, ficas com os outros velhinhos no lar!

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  20. Quando, nos dias de hoje, é cada vez mais comum vermos e ouvirmos histórias na comunicação social totalmente absurdas de atrocidades cometidas pelos progenitores aos próprios filhos é impossível não pensar se foram pais por vocação ou por pressão social. Nem todas as almas estão preparadas para este amor tão arrebatador do qual falas, para uns é maravilhoso para outros assustador. Que se quebrem, de uma vez por todas, os tabus!

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  21. Concordo plenamente! Antes ter a noção que não se tem a capacidade necessária, tanto psicológica como monetária, entre outras, para se ter uma filho, do que ter um só porque é bonito e porque todas as pessoas à volta querem, e não conseguir cuidar dele nem lhe dar a educação necessária para ser uma pessoa bem formada no futuro. O que não faltam no mundo são pessoas que tiveram aos 2 e 3 filhos para depois deixar que o vento os crie!

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    1. Se até os animais conseguem, porque é que se considera incapaz?

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    2. Que comentário mais descabido, anónima das 10.27. Antes demais, a Catarina nunca disse que não se considerava capaz, falou em "pessoas que não se consideram capazes". E depois, é exactamente sobre esse tipo de comentários que o texto fala. Se não considera, não considera e pronto. Porque é que terá de dar justificações? E a comparação aos animais ainda é mais atroz. "Se até os animais conseguem". Olhe, o meu gato é excepcional a trepar árvores e afins. Infeliz, ou felizmente para os meus ossos, não fui abençoada com tal capacidade. Suponho que também será uma caracteristica estranha então, porque "até os animais conseguem".
      Que parvoíce esse tipo de comentário. Cada um decide o que quer fazer da sua vida e ninguém tem de opinar nem de justificar os motivos pelos quais faz ou não uma coisa, inclusive pelos quais tem ou não filhos. Independentemente do que os animais conseguem, ou não fazer.
      Catarina, desculpe-me ter "falado em seu nome" mas este tipo de coisa mexe-me com o sistema.. Concordo plenamente consigo! É mesmo o melhor para as crianças que quem não quer ter filhos, não os tenha e pronto. De crianças mal amadas está o mundo cheio, infelizmente.

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    3. O Anónimo das 10:27 será adepto da frase "tudo se cria"?
      A maternidade deverá ser uma opção consciente, não uma irresponsabilidade.

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    4. Anónimo das 10.27 então as mulheres que acham que não são capazes de ser mães são piores que animais?
      É por causa de pessoas como você que ainda hoje em dia as mulheres têm medo de assumir que não querem ter filhos.

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    5. ...Mas afinal as mulheres têm medo do quê? Ainda não entendi! Eu também tinha medo de andar de bicicleta e depois de aprender adorei! Têm medo de perder o companheiro se engravidarem, nunca quiseram ter filhos, mas de repente o maridão lembrou-se, e então que boa ideia, vamos lá ter...Têm medo do momento de dar à luz, têm medo de não ter leite? Têm medo de não ter capacidade e condições para criar um filho? Têm medo daquilo que as pessoas dizem e pensam porque não querem ter ou porque só querem ter 1 ou porque decidem adoptar? Que paranóia!! Têm é medo de VIVER, de caír e terem que se levantar e construir tudo de novo? Ok! Toda a gente terá esses receios, mas isso não são medos, capazes de nos imobilizar e nos deixarem de ter vontade de arriscar, de viver a pulso. Eu (senhora de mim mesma) decidi levar a minha gravidez avante, sem saber se teria o apoio do outro lado - do pai, da minha família, da família do pai, dos amigos e dos conhecidos...e assim foi. Muita gente criticou, muita gente me abordou de forma muito bárbara, deixaram de me falar, muita gente blá-blá-blá...mas, o corpo é meu e a decisão (consciente) foi minha! Estou-me nas tintas para o que dizem, porque quem é mau carácter, terá sempre o que dizer. Adoro ter vida própria, adoro seguir o meu caminho e amo o meu filho!

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    6. Claro que tudo se cria...ou os vossos avós não se criaram em tempos tão amargos, de guerra, de fome, a levar lambada dentro e fora da escola. E foi por isso que se tornaram pessoas promiscuas e menos íntegras? Não. Talvez, mais inflexíveis, mais exigentes, mas gente de palavra e de princípios, ao contrário dos corruptos de hoje em dia. Quem lhes terá dado colo e amor? Eu nunca tive coragem para perguntar aos meus e confrontá-los com a miséria de então. Mas, hoje o mundo é muito mais cínico, demasiado frágil, demasiado cobarde.

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    7. Anónimo das 10h27,
      um filho humano é igual a um cachorro ou a um bezerro?
      E tanta coisa que um animal consegue e um humano não... Lamber os próprios genitais, pro exemplo. Se calhar era da maneira que as pessoas se metiam menos na vida umas das outras, tinham mais com que se entreter.

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  22. OBRIGADA por escreveres tão acertadamente sobre um assunto destes.
    É realmente exaustiva esta pressão que ainda há sobre as mulheres para terem filhos. Como se de uma obrigação se tratasse. Chega. Eu também não saio por aí a gritar aos sete ventos: "Não tenhas filhos! Isso é uma loucura.. Fica sem eles que é bem melhor". Não, ninguém tem o direito de o fazer. E deixa-me f#d!d* que alguém se sinta no direito de o fazer quando é o contrário!

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  23. Absolutamente perfeito! Parabéns! O melhor texto que já escreveu. De facto traduz na perfeição o que penso!

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  24. Adorei o texto! O ser humano é mesmo assim, "é preso por ter cão, e preso por não ter!" cada vez tenho menos paciência! Cada um faz aquilo que bem entende, uma decisão como outra qualquer! Ser egoísta é ver gente na televisão a ser ajudada porque com rendimentos de 250€, colocam no mundo 3 e 4 filhos! Eu tenho 2 filhos e como pretendo ter o 3°, também me vou preparar para me chamarem de louca, inconsciente, etc... como se alguém me colocasse comida no prato! Enfim, têm sempre que falar, se não temos filhos, se só temos 1 ou se resolvemos ter muitos!

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  25. Completamente de acordo! Adorei o texto. Sou muito nova ainda mas encaixo-me no grupo de mulheres que não pensam em ter filhos, e admito-o sem problema. É algo que toda a gente diz que me vai passar com a idade, mas a verdade é que não me vejo como mãe, não fico toda derretida quando vejo uma criança (o que não quer dizer que não lhes ache piada), e não acho que tenha jeito para a coisa. Depois de tanta gente na família com crianças pequenas mais me convenci disso. Não acho que seja egoísmo, acho que é uma decisão tão válida como decidir ter. Ambas não devem ser julgadas.

    Agora a pressão que se coloca por vezes em casais nos trinta e poucos anos e não têm filhos é assustadora. Conheço um casal que lhes passam a vida a perguntar quando é que será, que já está na hora e blá blá. O que acaba por ser uma falta de respeito. As pessoas não sabem se estão a tocar numa assunto sensível ou se simplesmente não querem ter filhoes e estão mais do que no seu direito! Não há que dar justificações sobre isso a conhecidos!

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  26. Não conheco casos que mintam a dizer que não podem ter quando não querem.Conheço é imensos ao contrário que dizem que não querem ter quando na verdade não conseguem. Não acredito em nenhuma mulher que no seu perfeito juízo diga que não quer ter filhos.as que conheço que disseram arrependeram-se mais tarde quando já não os podiam ter,quando viram os seus mais que tudo que achavam que eram para a vida trocá-las e ter um filho com uma 10 anos mais nova...deve ser uma visão do futuro fantástica,pensar na solidão,nos dias sempre iguais,não haver um ser que nos faz reprnsar em tudo todos os dias,não ter a juventude e maturidade que uma criança nos dá. além do amor que tenho todos ps dias dos meus filhos, da onrigação que sinto todos os dias em estar viva para eles,imagino o meu futuro com netos, um natal cheio de familia,uma velhice agitada e não abandonada. Respeito imenso quem não pode de facto ter e tenho imensa pena,mas não respeito nada uma decisão estúpida de não querer ter filhos.mas cada um terá da vida aquilo que semeou no passado.
    E a política filho único é outra teoria brilhante,mas enfim,não me alongo mais que vocês são muito miúdas. A pipoca também não pode saber o que é ver um irmão interagir com outro irmão e o amor e cumplicidade entre eles,porque é inexplicável,tal como quem não é mãe não pode compreender o que é este amor de filho/ mãe. Vai deixar o pequeno mateus filho único!? Olhe que já está a ficar entradota,é melhor despachar-se....

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    1. Ora então pondere que a catrefada de filhos que teve são todos umas bestinhas que quando crescem a abandonam no natal e outras festas é possível?
      Imagine então que o homem com quem teve filhos se chateia de nunca ter tempo para ele e quando arranja uns minutos não gosta, ou porque está cheia de pelancas ou em vez de sexo está a pensar na lista do supermercado, e vai daí e troca-a por uma da mesma idade mas muito mais disponível e dedicada à relação, também é possível... e pronto lá se vai o conto de fadas para o galheiro como dizia o meu pai.
      Tudo o que afirmou pode ser verdade, ou não! Não me diga com toda essa experiência de vida ainda não sabe que ter filhos não é a garantia da felicidade dentro de um pacote e a garantia que o nosso marido nunca nos irá trocar???!!!

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    2. O Mateus tem um irmão. Não seja ignorante, pf.

      Pode vir a ter uma família de 50 entre filhos e netos e, mesmo assim, ir parar a um lar sozinha. Não ache que são os filhos que lhe trazem a certeza de uma velhice acompanhada, às vezes é precisamente o contrário. E se o seu/algum marido troca uma mulher por mais tarde não respeitar a decisão que ambos tomaram, de não ter filhos, então realmente não é um marido que valha a pena, certo?
      O importante na vida é o amor, seja em que forma for. Respeite os outros assim como quem não quer ter filhos respeita o facto de que os tenha e os leve a restaurantes, shoppings, cinemas, parques e eles sejam super irritantes, energéticos e barulhentos, como as crianças são.

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    3. Uma pequena/grande nota: a pipoca teve um irmão, se ler o blogue para trás irá perceber.
      Agora uma pergunta: quem é a senhora para não respeitar o que quer que seja? Enfim...

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    4. As suas verdades só são absolutas para si.... Não conhece casos de idosos cheios de filhos e que continuam a passar os natais sozinhos? Em hospitais? Filhos que abandonam os pais quando crescem? Irmãos que se dão mal, seja por partilhas, seja por ciúmes? irmãos que não se falam há anos?

      Como vê a realidade tem sempre dois lados e o seu não é o correcto, é apenas a sua opinião, por isso, respeite a dos outros.

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    5. Tenha juízo...
      E, caso não saiba, o filho da Ana já tem um irmão. Agr... espera... é só filho do pai... para si não deve contar como irmão "verdadeiro". Salte daí com a expressão "meio irmão" - coisa linda! -, mas esclareça qual é a metade que afinal se pode considerar!

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    6. Eu nunca li comentário tão estupido como este.
      Então ter filhos é sinónimo de "velhice agitada e não abandonada"? Não a queria desiludir mas parece-me que não está bem consciente da realidade. Desde quando não ter filhos significa solidão? Ou ter 10, significa ser muito feliz e ter os netinhos todos a volta? Há tantos mas tantos casos de pessoas que mal vêm os filhos e os netos, que é quase preciso haver um funeral na família para lhes por os olhos em cima.. Não seja inocente.
      E outra coisa, o Mateus já tem um irmão. Mas se nunca tivesse tido, era feliz na mesma. Deixe-se de idiotices por favor

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    7. Este comentário só me fez rir . Minha senhora a senhora reporta-se a sua realidade e ainda bem que tem essa ideia . Vou-lhe falar então de outras realidades : a da mães e pais que não sentem qualquer empatia por crianças ( ainda ontem foi noticia um pai que matou o filho por se sentar em cima dele ) , o dos irmãos que não se dão bem ( conheço pessoalmente casos desses , não é pro ser irmãos que vão ser os melhores amigos do mundo ou que tem de gostar um do outro ( mesmo em pequenos ) , o dos filhos que se estão a lixar para os pais e abandonam em hospitais ou lares para irem muito raramente ou nunca visitar ... Por isso se pensa que filho é sinonimo de ter companhia na velhice ou ver a beleza que é duas pessoas darem-se bem , olhe que pode não ser bem assim ... Ou seja nada é preto no branco . Pense bem é melhor não ter filhos ou te-los e não "lhes ligar" porque simplesmente não se esta preparado ou não se tem essa capacidade psicologica e afectiva ?

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    8. Temos sempre coisas tão inteligentes para debitar. Além da Ana ter tido um irmão o Mateus também têm! Só concordo com um facto: A Ana está entradota mesmo, e o pior é que mesmo assim continua a usar saio por cima do joelho...

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    9. Espero que esse comentário tenha sido a "brincar" isto é desprezível: "mas não respeito nada uma decisão estúpida de não querer ter filhos.mas cada um terá da vida aquilo que semeou no passado." Até parece que não ter filhos ou só ter um é algum crime para que possa colher mal algum no futuro! Quem não respeita o próximo não merece respeito.
      Maria do Rosário, o seu comentário disse tudo!

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    10. Cara anónima, deixe-me adivinhar:Quando vai ao restaurante chinês, é das que pedem o famoso prato "familia feliz". Não acha que é um pouco fundamentalista???E tal como dizem as anónimas das 7.23, 9.07 e 9.51, as suas verdades não são absolutas, e a sua percepção não é para ser imposta às outras mulheres.Isso é medieval.A felicidade pode assumir várias formas e ser encontrada em várias acções, que não necessáriamente as de parir...

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    11. Conheço um filho que mora no mesmo prédio que a mãe idosa, viúva. Não vê a mãe há dois anos. Sim, leu bem. Não vai a casa da mãe, no mesmo prédio, ver pelo menos se a senhora está bem e se precisa de alguma coisa. Tanto quanto sei, não há desavença nenhuma, ele simplesmente não "tem tempo" e "não lhe apetece" lá passar cinco minutos.
      Acha que isto é que é o sonho de ter um filho para passar a velhice acompanhada?

      Tive uma tia-avó que nunca teve filhos, dizem que por opção (à época muito contestada), que morreu aos 98 anos e já era viúva há mais de 50. Viveu 50 anos sozinha. Sabe que mais? Esteve sempre acompanhada, até ao último dia da sua longa vida.
      Amigas, vizinhas, familiares e a minha mãe, sua sobrinha, nunca a deixou só e levava-me a mim e ao meu irmão a visitá-la. Sempre. Mesmo já no lar, com 98 anos, ainda a fizemos sorrir quando lhe oferecemos um batôn vermelho que ela tanto gostava de usar.
      Minha senhora, isso de ter filhos não é selo de garantia para combater a solidão. Darmos amor para recebermos amor em troca, sim.
      E um bom começo para isso, é não sermos amargos com a vida e com os outros.

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    12. Anónima das 02:54, felizmente eu não preciso do seu respeito. E pelo seu tipo de discurso, acredito que também não irei necessitar da sua companhia nos meus dias de solidão...
      Dedique mais o seu tempo a acarinhar a sua família e desperdice menos tempo a criticar as famílias dos outros. É o que lhe desejo para 2016!

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    13. Oh Célia mas então?
      Das duas uma: Ou a Célia lá em cima tinha assinado Célia Lopes, ou então agora tinha-se mantido como Anónima.
      Assim, correu-lhe só muito mal a volta.
      É que lá mais para baixo, tem um comentário tão mais fofinho, mas que assim explica tão bem esta amargura toda.

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    14. "Não acredito em nenhuma mulher que no seu perfeito juízo diga que não quer ter filhos."
      Explique-me porquê. A sério, explique-me. Solidão? Há imensos filhos que mal têm 18 anos abandonam os pais, especialmente quando eles ficam velhos e sozinhos. E alguém tem um filho para colmatar a solidão? Parece-me uma solução egoísta e estúpida.
      Há mulheres que não querem relações monogamas. Há mulheres que preferem a companhia de amigas. Há mulheres que preferem relações abertas. Há mulheres que preferem gatos. Há mulheres que preferem ter sexo casual. Há mulheres que preferem concentrar-se plenamente na carreira. Qual é o mal disto?
      O mal é terem filhos e arrependerem-se. O mal é concentrar esse remorso nna educação e criação dos filhos, traumatizando-os.
      Eu não vou criticar a decisão de ninguém nas suas escolhas de vida, não vou ensinar ninguém a ser feliz. Cada um sabe de si.
      A minha última questão para si é: Se um homem disse que não quer ter filhos, vai-lhe dizer o mesmo?

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    15. Caríssimo Anónimo das 12:24 não seja imbecil.
      As suas opiniões são anónimas, as minhas não. São opções :)
      Bom ano para si!

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    16. AHAHAH! Pronto. Não merece mais que isto.

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    17. O seu comentário é que não merece respeito pela falta de respeito que demonstra na forma arrogante é prepotente como fala .
      Vou agir como a senhora ( deduzo que já seja uma velhota pela forma como fala ) , esses filhos que quis ter e os netos que ambiciona não são uma garantia de uma velhice acompanhada, no seu caso arrisco me a dizer que tudo aponta para que fique sozinha porque com essa má índole e essas verdades absolutas ninguém terá pachorra para si, apenas os profissionais do lar onde a enfiarem é porque são pagos para isso .

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    18. Eu, como mulher que não pode ter filhos biológicos, dispenso a sua pena. Mesmo a sério. Sou uma mulher feliz, realizada e amada e não digna de pena, porque, apesar de não ter filhos, tenho tantas alegrias e amor na minha vida. De resto e como já foi dito - a Pipoca teve um irmão e o Mateus também tem. Mesmo que não tivesse, ninguém tem nada a ver com as decisões e escolhas de cada um.

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    19. Os homens podem fazer filhos até aos 80! Têm todo o tempo do mundo para mudar de opinião e habitualmente quando se arrependem põem-se ao fresco. Não são situações comparáveis, até porque o bebé e a mãe têm um vínculo biológico, antes de qualquer outro. Conheço muitas mulheres de diferentes etnias e realidades muito díspares, mas nunca nenhuma (no seu perfeito juízo) me disse que se arrependeu de ser mãe.

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    20. Anónimo deve ser tão fácil viver na sua pele, assim cheia de certezas absolutas sobre a vida. Adoro que tenha a certeza que vai ter netos, a certeza que vai sempre ter a casa cheia, deve ser uma visão do futuro fantástica, pensar com tanta certeza. Eu não acredito em nenhuma pessoa que no seu perfeito juízo fale com estas certezas todas.

      Sabe que, ao contrário de si, conheço mulheres que não tiveram filhos, não se arrependem e são felizes e realizadas. E conheço outras que os tiveram e que passam a vida a dizer que se soubessem o que sabem hoje não tinham tido, que vivem mal, sem perspectivas na carreira, sempre a contar os trocos na carteira e culpam indirectamente os filhos. Já viu como há pessoas diferentes? Conheço um caso próximo de uma senhora que teve 7 filhos e o dobro dos netos. Sabe onde foi o último ano dela, incluindo o Natal? Num lar, sozinha. Nem foram vê-la sequer. Os tais filhos e netos passaram um Natal muito animado, pena que ela não estava lá para ver. É uma das pessoas que acredito genuinamente que morreu de solidão e tristeza. Portanto tem a certeza que tem filhos e netos suficientes para no futuro não acabar assim? É que há uma coisa na vida, como se chama? Sim, imprevisibilidade, incerteza, circunstâncias da vida, que às vezes estragam tudo.

      Eu respeito todas as opiniões que sejam diferentes da minha, mas não aceito opiniões estúpidas de quem acha que sabe mais que os outros. Vou deixar-lhe aqui um conselho que só segue se quiser. Sabe, a vida de cada um só a si diz respeito, cada pessoa pensa e vive de forma diferente, todos temos objectivos diferentes na vida, e não cabe a ninguém julgar os outros. Quer ter 50 filhos? Força, o corpo é seu e a mim não me incomoda nada. Eu não quero ter nenhum, é um direito que me assiste, e a si isso não devia incomodar.

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  27. É o dar de mamar, o parto, outras mil coisas pelo meio e uma pessoa apaixonar-se logo assim que vê o rebento. Depois de um parto horrivel com umas putas de umas nazis, quando vi a minha filha só consegui sentir alívio por ter acabado. Não pensava em mais nada, apenas que a dor tinha acabado e que ia sair de perto daquelas tiranas. Não senti nada quando vi a minha filha. Hoje é o tal amor que não se explica. Há momentos que uma pessoa chega a pensar querer a vida de antes mas esses momentos duram 3segundos. Depois ela dá gritinhos por me ver e quero a vida com ela todos os dias. É a única coisa que compensa os momentos maus que existem. O erro está em não admitir os momentos maus. Não temos de andar sempre todos felizes só porque temos rebentos

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    1. Tal e qual como eu!! Depois de um parto com forcepes e depois de me estarem a cozer a sangue frio, vêm-me por o puto em cima e eu só queria que mo tirassem dali!!! E as enfermeiras ali ao pá de mim e eu a ter que me mostrar muito emocionada com o meu filho! A sério isto agora dá-me vontade de rir, meu rico filho, mas na altura só queria era descansar e aquecer, nunca me lembro de ter tido tanto frio :)

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  28. Concordo em absoluto! Era o que mais faltava outros ditarem quando tenho oou não de procriar! Se uma mulher não tem filhos é egoísta, mas um homem seria o quê? Lá está a sociedade é sempre mais cruel para com as mulheres. Lá porque nasci mulher, e tenho ovários não quer dizer que terei que obrigatoriamente procriar. É uma decisão intíma de um casal, à qual terceiros jamais deveriam opinar. Mas essas pessoas foram automaticamente excluídas da minha vida (note-se que muitas delas, senão a maioria, mulheres!!!) porque não permito que outro venham gerir a minha vida! Vivemos numa sociedade hipócrita em que há sempre um ser qualquer prediposto a dar palpites sobre a vida alheia! Vivam as vossas vidas e preocupem-se menos com o que outros fazem das suas! PS: Sempre adorei crianças, ao contrário de muitas que conheço e que "pariram" apenas por mera pressão social, e que são péssimas mães! Paternidae é o maior desafio que um ser humano pode ter e não é de facto para todos!

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  29. Confesso. Eu era uma daquelas pessoas que questionavam muito sempre que conheciam alguém que dizia: "eu não quero ter filhos." ou, pior, se calhar pressionava um bocadinho quando já estava na altura de procriar. Mas... Depois... Outras coisas aconteceram na minha vida e irritava-me solenemente que as pessoas, em outros aspectos, se metessem na minha vida. Foi aí que tive o meu "ah-ah" moment. Ninguém pode definir para ninguém o que significa ser feliz. Desde que se respeite aquele princípio do "a minha liberdade começa quando termina a dos outros", ou seja, desde que não se ande para aí a fazer mal aos outros, a nossa felicidade temos que ser nos próprios a definir. E se essa decisão é não ter filhos, então é. Se essa decisão é separar-nos, é irmos viver para o estrangeiro, é o que for, é. O que significa para mim ser feliz não é e não tem que ser igual ao de outra pessoa. E isso não faz da minha felicidade mais certa até porque isso não existe... Mas é como digo: as vezes é preciso passarmos por elas para percebermos...

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  30. Pipoca de volta à escrita... Muito bem! :)

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  31. Tenho 43 anos, sou professora, sou casada há 17, não tenho filhos por opção e as pessoas ainda me olham ou com ar de "coitadinha, és uma infeliz" ou, então, com um "oh pá, deves ser ET!". Já passei pela fase da pergunta pelos filhos, já tive uma colega de trabalho que levantou um boato acerca de um possível problema físico meu para não ter filhos, já me acusaram de ser egoísta e de não querer estragar o corpo. E a verdade é que me estou nas tintas. A vida é MINHA, eu é que decido. Gosto de crianças, tenho muito jeito para lidar com elas, mas não sinto a mínima vontade de ser mãe. Nunca senti. Acaba o Mundo por causa disso? Aliás, o que é que o Mundo tem a ver com isso?
    Escrevi sobre isto num blogue qualquer, há uns tempos e fui umas das contactadas pela SIC para ir ao programa da Júlia Pinheiro. Só não fui porque moro na zona de Aveiro e as despesas de deslocação e estadia em Lisboa tinham de ser todas à minha conta! :)
    Gostei do teu texto.
    Luciana

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  32. Tão eu esta opinião.não tenho filhos e não quero,não sinto apelo e tenho 35anos, e sim estou csdada há 5anos e o marido também não quer.
    Vou partilhar porque ainda há gente à minha volta que me questiona todos os dias. Mais uma opinião a ver se elucida determinadas mentes.
    Beijinho Sandra

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  33. Os filhos sao as primeiras causas do divorcio dos pais. Comeca logo na maternidade quando decidem asistir ao parto, da-se logo um click em relacao a sexualidade com a mae da crianca. A quantidade de divorcios entre casais com criancas que ainda nem completaram um ano, e assustadora.

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    1. O meu assistiu ao parto e não prejudicou em nada a nossa vida sexual (e se influenciou alguém, foi a mim e não a ele), só fortaleceu a nossa relação, amamo-nos ainda mais por termos dado tamanho presente um ao outro, tb não se pode generalizar... Os filhos não são a causa, os pais é que claramente não estavam preparados para o que aí vinha. Isso é essencial!

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    2. AHAHAHAHAHAHA Nao consigo parar de rir com este comentário
      AAHAHAHAHAHAHA

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    3. Conheço vários casos

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    4. Credo..como raio é que os meus pais sobreviveram casados até agora?
      o problema não é dos filhos..é dos adultos mesmo..já estava mal..fica pior..é a desculpa perfeita para dar de frosques..

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    5. Se um casamento acaba com o nascimento de um filho é porque já não estava bem. Essa é a conclusão que retiro dos divórcios à minha volta depois de terem sido pais...

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    6. Os homens são muito visuais, da mesma maneira que lhes faz muito bem (e ao casamento também) fantasiar cada vez que “esquecemos” uma peça de lingerie em cima da cama ou de uma cadeira por exemplo, (mesmo que nunca a tivéssemos vestido). É-lhes também difícil imaginar o sexo oral por exemplo, ou que quer que seja com a mulher que acabou de dar a luz (por muito que a ame). Claramente que eles não vos vão dizer. Deixem-se dessas modernices e se querem dar uma grande alegria a alguém, escolham as vossas mães para vos dar apoio no parto, acreditem que esse sim, é um momento mágico.

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    7. Oh não, coitadinhos dos homens que têm de ver o parto e não conseguem esquecer a imagem. Deve comparar-se com a dor que a mulher sente. E a imagem deve ser parecida com mortos em campos de concentração.
      Por favor não me faça rir, a pessoa com quem menos me preocupo durante um parto é com o homem.

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    8. Caro anónimo(a) das 12:07, atenção que esta é a minha experiência pessoal, não é para generalizar. Tive 4 filhos, o meu marido assistiu a todos os partos (por razões que agora não interessam, no 3º até estava mesmo de frente para a "acção", ou seja viu mesmo tudo), e não me posso queixar relativamente à vida sexual, na verdade o meu marido continuou, como continua a gostar de sexo, inclusivamente de fazer sexo oral. Até porque se tivesse passado o que diz dificilmente teríamos feito mais 3 filhos.

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  34. Anónimo06 janeiro, 2016 02:54... estou sem palavras. Como é possível ainda se ler este tipo de "coisas". E entradota???
    Mas somos tipo vacas parideiras?
    Começar cedo e muitos?
    Sinceramente... que vergonha!
    (Fui Mãe aos 27 anos da minha Filha e há 3 meses (com 33 anos) tive o meu Filho.
    Um parto normal e o outro cesariana.
    Sempre quis ser Mãe e em nenhuma gravidez foi fácil mas... admiro imenso a honestidade de quem diz que não quer ter filhos.)

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  35. Também é um bocado chato ser solteira (não por opção) aos 24 (quase 25) e várias pessoas perguntarem se namoro, se não gostava de ter namorado e que devia namorar. Eu gostava de ter alguém, mas não é nada que se force e eu nestas coisas só tenho apanhado pessoas não muito certas para mim. Mas fazerem estas perguntas, em dias menos bons, só me faz sentir que devo ter algum problema e que não hei-de encontrar alguém. E depois penso que não me devia sentir assim só por perguntas parvas. Mas acho que me sinto assim naturalmente e que as perguntas só me lembram disso.

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    1. Sou a autora do comentário das 9:28. Só te posso desejar força (e paciência), porque sei que não é uma situação agradável. Beijinhos. :)

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    2. Nao esta sozinha!

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    3. O que tiver que ser, será :) Foi por isso que só fui mãe aos 39 anos, estava difícil de aparecer o meu companheiro, mas apareceu. Sei bem como te sentes com essas perguntas, beijinhos

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  36. Ironicamente, o que acho que roça o egoísmo são as justificações que se dão quando se deseja ser mãe:

    - Para não se ficar sozinha um dia;
    - Para ter alguém que cuide de nós na velhice;
    - Ter-se medo de se arrepender no futuro (por não se ter sido mãe);
    - Porque se quer experimentar a sensação de ser mãe.

    São motivos válidos, estes?

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    1. Ah mas não sabes que estamos do lado errado da barricada? Qualquer motivo para ser mãe é mais que válido, qualquer motivo para não ser tem de ser escrutinado. Mas concordo inteiramente, pessoas que têm filhos para se protegerem da solidão ou por medo deixam-me sem palavras. Depois passam a vida a tratar os filhos como 'projetos', esquecendo-se que estes são pessoas com vontades e desejos próprios.

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  37. Thank you. Excelente texto. Eu quero ter filhos - não é o desejo ardente de ter um peluchinho para agarrar, é mesmo a ideia de prolongar a minha vida em alguém e poder ajudar um ser a crescer, enquanto transmito o amor de um casal, ou só o meu, para esse ser. Até porque, honestamente, sei que vou ter que fazer um exercício de paciência e de crescimento enorme quando/se isso acontecer. Por norma, acabo por chocar sempre alguém ao dizer que "a maioria das crianças não é fofa" e que "os bebés são um bocado irritantes" - espero, e acredito piamente, que quando vier um meu vou engolir tudo o que estou a dizer e o meu será a excepção e será a coisa mais fofa do mundo. Mesmo que não seja.

    Anyway, percebo perfeitamente quem não queira ter filhos, porque sim, é uma mudança e uma responsabilidade e pêras. E quando se está bem, às vezes não queremos mudar, é legítimo! Poupava-se tanto sofrimento a tantas crianças se houvesse gente com coragem de admitir isso em vez de ter filhos só para cumprir as "regras" e depois tratá-los mal...

    Jiji

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  38. Excelente texto!
    Embora raras, há situações ao contrário e não são nada fáceis também. A mim aconteceu alguém ficar em choque porque eu ia ser mãe. Não foi questionada a minha capacidade de ser mãe, a minha disponibilidade para a minha filha,a minha idade,nada disso. O que foi posto em causa foi mesmo a disponibilidade para o trabalho. Ou seja, não deveria ser mãe nos próximos não sei quantos anos porque poderia afetar o meu trabalho.

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  39. Basicamente tudo se resume ao facto de que CADA UM SABE O QUE É MELHOR PARA SI. Tendo em conta que se trata tudo de gente adulta, estas questões do ter parto normal, ter cesariana, ter filhos, não ter, adotar, amamentar, não amamentar... Não é o tipo de situação em que ache viável opinar-se como se opina sobre qual vestido uma amiga deve escolher. São coisas que não carecem de opinião. A meu ver, é em situações como estas que aquela coisa do NÃO INTERESSA O QUE TERCEIROS PEBSAM deve ser posta em prática.

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  40. A realidade é que há muita gente não nasceu para ser Mãe nem Pai. Se o mundo fosse justo só seria Mãe e Pai quem realmente tivesse a capacidade de amar os filhos com tudo o que eles trazem de bom (que é muito mais) e menos bom. Desta forma não veríamos as atrocidades que se vê por aí.

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    1. Mas que teoria de "servo-arbitrium" mais faxista. E quem é que decidia?!!! Já pensou que as pessoas que não conseguem procriar, podem entender isso como um "castigo", como se fossem incapazes de dar amor suficiente?
      Qualquer pessoa se pode "passar" de um dia para o outro e cometer uma atrocidade incrédula, por mais dolorosa que seja a ideia, devemos ter a humildade de a reconhecer...

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    2. Por vezes revolto-me e penso como a Juliana.
      Há muita "boa" gente que devia ser proibido de colocar crianças neste mundo.
      Sabe o que é um professor levar, todos os dias, comida para a escola, para a dar a alguns dos seus alunos?
      Sabe a quantidade de miúdos que o que comem só lhes é dado na escola? Que sabe Deus o que comem durante o fim-de semana, para chegarem à segunda feira esganados de fome e a primeira coisa a fazer nessa manhã é dar-lhes um bom pequeno almoço, misturado com actividades, para que não se sintam envergonhados?
      Já vi isso, muito. E depois vamos falar com os pais e vemos maços de tabaco a abarrotar nas mesas, em lugar de pão, televisores e telemóveis melhores do que eu tenho e leite a faltar no frigorifico. Na altura de receber subsídios ou salários, é vê-los a ir ao café beber e comer. Quando acabar, acabou.
      Pais que não falam com os filhos, que não lhes dão comida, que os deixam na rua o dia todo, que não lhes dão carinho algum.
      Esses seres merecem ser pais?
      Fascismo para esses seres era o melhor sim, com trabalhos forçados.

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    3. É o Estado Social no seu esplendor! Até já lhe chamam o subsídio "sagres"!

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    4. Bem eu interpretei como uma espécie de selecção natural, que só tivesse capacidade de se reproduzir quem realmente tivesse bons valores e fosse capaz de educar um ser humano. É utópico, claro que sim, mas percebo perfeitamente. De gente má já estamos fartos, e o mundo saturado.

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  41. Muito bom Pipoca. Muito bom.

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  42. Adorei o post Pipoca!Tenho 33 anos, sou casada há 3 e meio. Portanto, desde 2012 que me perguntam insistentemente "então e bebés?", e isso sempre me irritou taaaaaaanto! É obrigatório ter bebés? Principalmente depois de casar? Ui, se não vem grávida da lua-de-mel então era pregar-lhe já com uma multa!
    Eu quero ser mãe, só não tenho assim pressa. "Olha que já tens 30...olha que já tens 31...33!!!!" Caramba, eu sei que idade tenho! Eu é que sei da minha vida.
    Além disso acho extremamente desagradável este tipo de comentários e questões a uma pessoa que ainda não tem filhos (e já é casada, escândalo!), pois sabem lá se a pessoa até não está a tentar e não consegue? Sabem lá se a pessoa vive angustiada porque não consegue mesmo engravidar?
    Agora tenho a minha irmã mais nova grávida, como esperado fui bombardeada. Até a minha sogra mandou um "ao menos essa foi despachada!". A sério?!
    Por acaso estou a tentar, mas deixei o contraceptivo há muito pouco tempo. Ainda não entrei em paranóias, stress, angústia, porque é mesmo pouco tempo, mas com tanta observação e comentários desnecessários temo começar a ficar nervosa e angustiada. E por isso mesmo, a quem começou com perguntas parvas após a minha irmã anunciar a gravidez, digo logo que não é por falta de tentativas. Mesmo de forma a deixar as pessoas desconfortáveis com o comentário ou pergunta que acabaram de fazer. Porra! Que pensem antes de falar!De certeza que não voltam a chatear.

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    1. Eu tenho 28 anos e no meu trabalho é sempre comentários tipo "vai ser a próxima!" ou "que 2016 lhe traga uma nova pessoa"... wtf?! É que nem tenho intimidade com aquelas pessoas para fazerem comentários desse género. Faço sempre um sorriso amarelo e digo "ah, pois, logo se vê"... lamento, mas quando eu e o meu namorado quisermos engravidar (e vamos começar a tentar em breve), não vamos comentar isso com ninguém. Só vão saber quando eu estiver grávida e já de uns 5 meses :P as pessoas perderam o decoro, não têm noção de nada. Eu ouço-as a falar sobre as suas escolhas de vida e os filhos e acho aquilo tudo ridículo (tipo, trabalharem no centro de Lisboa, viverem em Cascais, terem o filho num colégio na outra ponta da cidade cuja mensalidade é 600€, perderem umas 3h diárias em carro de um lado para o outro) e não digo nada, penso só para mim porque cada um faz o que quiser e eu não tenho nada a ver com isso. Por isso, dispenso que comentem a minha vida, sim? E depois como são todas umas amarguradas, estou mesmo a ver que quando engravidar vai ser a conversa do "agora com um filho é que vais ver" (sim, porque até agora é o "sem filhos eu também fazia X e Y").

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  43. Sou sempre vista como um alien por não querer ter filhos nem casar. Gosto de estar e de viver sozinha, de organizar tudo à minha maneira, de fazer o que bem me apetece e às horas que me apetece... se me apetecer jantar às 5 da tarde ou às 2 da manhã, janto! Não tenho paciência para crianças, aguento-as um bocadinho, mas um dia inteiro, nem pensar!

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  44. Concordo a 100%. Tenho uma filha e sinto um pouco isso, na exigência de ter o 2º. Mas eu tive uma experiência um pouco traumatizante na gravidez e o pós parto mudou tanta coisa na minha vida que a minha saúde mental ficou agravada. Quando me falam em ter um segundo filho, que estou a ser egoísta, que é o melhor presente que posso dar à minha filha... até posso concordo em termos absolutos. Num mundo ideal gostava de ter mais filhos, mas no mundo em que vivo não tenho disponibilidade psicológica para ter mais filhos e a melhor prenda que posso dar à minha filha é uma mãe saudável e psicologicamente disponível para ela.

    (quanto à amamentação, com muito sacrifício consegui dar sempre um pouco do meu leite até aos 8 meses. Foi muito desgastante e não ajudou à minha saúde. Se fosse hoje não o faria, muito provavelmente. Mas a PIDE da amamentação é tão feroz que mesmo quem não dá porque não pode dar sente essa pressão... "ai que o filho vai ficar doente, ai que a vinculação assim não se dá..." e outros disparates que tais

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  45. Palminhas, Pipoca. Muitas palminhas. :)

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  46. Tenho 34 anos, e desde que me conheço como gente, sempre disse que não queria ter filhos, na realidade não quero, é uma responsabilidade muito grande educar uma criança.
    É contraditório, mas sempre disse que se um dia acontecer ter um filho não será por mim, mas sim pela pessoa que estiver comigo, é claro, essa pessoa terá que merecer essa minha cedência.
    Cada mulher é livre de escolher ser ou não ser mãe, acredito que há mulheres que só se sentem realizadas como mulheres com a maternidade.

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  47. Concordo com este texto. Eu nunca tive o sonho de ser mãe, nunca fui uma pessoa que pensasse nisso desde pequena. Os meus pais já me tiveram "tarde" (38 e 19 anos) e sou filha única, embora tenha muitos primos, mas são todos mais velhos. Por isso nunca tive contacto desde pequena com bebés, nem essa visão clara desde cedo que queria ser mãe.

    Em relação a crianças, concordo com esse comentário de que gosto delas como gosto de adultos. Tenho uma amiga que é mãe de uma menina de quase 2 anos e adoro-a de coração. Ela vive noutro país, mas já me veio visitar com ela, eu já a fui visitar duas vezes, mando-lhe postais em datas especiais, dei-lhe um presente nos anos, adoro acompanhar à distância o seu crescimento e histórias dela. Em sítios públicos, às vezes vejo casais com crianças que me despertam um sorriso, ou porque as acho bonitas ou engraçadas, ou porque me revejo na dinâmica que a família parece transparecer, etc... mas também acontece o contrário, não sentir empatia nenhuma, nem o mínimo de curiosidade pelas crianças em causa.

    Desde que estou com o meu namorado, com quem vivo há quase 6 anos, que pensamos cada vez mais em ser pais e queremos engravidar este ano. Penso que foi com od ecorrer da nossa convivência, com a certeza de que somos a "metade" um do outro, que temos o mesmo projecto de vida, defendemos as mesmas escolhas e opções, temos um ideal comum de vida que partilhamos, que começou a fazer sentido estender esse projecto a uma terceira pessoa, a um filho nosso. Ao fim de fazermos juntos uma série de coisas e de já termos estes anos de muitas aventuras e situações, começou a crescer a vontade de as partilhar com mais alguém. De ver nascer alguém que é fruto da nossa união, que podemos educar de acordo com o nosso projecto de vida, transmitir-lhe os nossos gostos, enquadrá-lo naquilo que fazemos e vê-lo a crescer com estas bases e a trazer a sua indivualidade para a nossa família também. Começámos a ver esses casais com filhos e a pensar "também queremos ser assim". É algo em que já pensamos a sério há sensivelmente 2 anos e quando digo "pensar a sério" passa por pensar se a casa onde vivemos actualmente dará para adaptar para uma criança, se o nosso bairro tem infraestruturas boas para crianças, se temos creches perto de casa/trabalho e quanto custam, estar mais atentos a "coisas de bebés" e ver como funcionam/quanto custam, quais as condições para gozar da licença de maternidade/paternidade, imaginar as nossas situações do dia-a-dia e aquilo que gostamos de fazer e o que mudaria por ter uma criança no meio disto. Tudo pensado, temos a certeza que é algo que queremos mesmo fazer! Tendo consciência que é algo que vai mudar tudo, mas que é uma mudança que queremos muito.

    O que me assusta é que, onde trabalho, a maioria dos meus colegas é mais velho (eu tenho 28 anos, eles têm 40's) e têm todos filhos e alguns são imensamente amargurados com a vida que levam. O ter filhos implicou inscrevê-los em colégios privados caríssimos, mais não sei quantas actividades extracurriculares, mais comprarem-lhes coisas caras, etc... então passam a vida a queixar-se do tempo que perdem no trânsito, no dinheiro que gastam e que não lhes sobra nada no final do mês, de ser impossível viajar... mas aquilo que noto é que são pessoas que, antes de ter filhos, tinham um estilo de vida e mentalidade muito diferente da minha e do meu namorado (que somos mais práticos na organização da nossa vida e pouco apegados a bens materiais ou escolhas que impliquem grandes gastos). Por isso parece que tiveram filhos sem pensar se realmente era aquilo que queriam e o que isso implicava e agora queixam-se constantemente das suas escolhas.

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    1. Os seus colegas que inscrevem os filhos em "não sei quantas atividades extracurriculares" e lhes compram coisas caras, deviam experimentar passar mais tempo com os filhos e gastar parte desse dinheiro em atividades de família, talvez ficassem menos amargurados e se divertissem um pouco mais. Não os conheço e estou a falar um pouco de cor, mas hoje tem-se essa perceção de que as crianças têm que ter tudo e andar em 500.000 atividades para não serem infelizes e para não ficarem traumatizadas, o que não é verdade.
      Tal como disse no meu comentário aos post, uma criança dá despesa é verdade, mas as pessoas têm tendência a fazer despesas desnecessárias e ainda por cima caras. Elas precisam é de tempo com os pais e de se divertirem. Ter uma ou outra atividade, de vez em quando terem uma prenda mais cara tudo bem, mas "precisar" não precisam nada! E ter filhos não implica comprar coisas caras nem tão pouco inscrevê-los em colégios privados, isso são opções que cada um toma e a partir do momento em que fazem essas opções têm que arcar com as consequências...
      Se queremos ter filhos, se temos disponibilidade emocional e condições financeiras para o que é ESSENCIAL tudo bem, agora se temos condições para o que é essencial e queremos dar-lhe tudo o que é supérfluo, claro que vamos ser amargurados porque não temos para eles nem para nós.

      https://www.youtube.com/watch?v=4hAlmR7opKE

      http://videos.sapo.pt/SPFTPH4wysP5Adl4WzaS

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    2. nem mais Cláudia!

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  48. Para obstar a isso, nós achamos que até só queremos ter um filho. Mas, lá está, se inicalmente nem pensava que fosse querer ter um, sei lá se tendo um até depois não quero ter um segundo, por isso não sei. Mas sei que queri ter um filho para ser mais feliz ainda, não para me enredar num conjunto de obrigações e encargos e a minha qualidade de vida decair consideravelmente e eu tornar-me numa pessoa amarga e frustrada. Para isso mais vale não ter! Penso que um filho apenas é mais gerível pelos pais (que são 2 a cuidar de 1), em termos financeiros também é menos pesado e para quem não tem apoios na cidade onde mora (nosso caso, ambos filhos únicos com os pais a 200km de distância), será mais fácil. Mas logo se vê :) para já, sei que o "chamamento" que eu achava que não tinha, está cá e tem-se tornado cada vez mais forte ao longo dos últimos 2 anos!

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  49. Com o passar dos tempos as mentalidades vão mudando. Mas ainda existem muitas pessoas que consideram que as mulheres têm a obrigação de ser mães. Há quem veja isto como uma regra que ninguém pode discutir. As mentalidades começam a mudar mas é um processo muito lento.

    E ninguém saberá melhor do que a própria pessoa a sua vontade. Ser mãe ou ser pai depende de cada pessoa. E quem está de fora só tem de respeitar em vez de se indignar com a decisão.

    homem sem blogue
    homemsemblogue.blogspot.pt

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  50. Para que é que as pessoas opinam sobre as decisões pessoais dos outros? No meu entender, quem o faz, só expõe as suas fraquezas e inseguranças.

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  51. Este texto só me lembra as gravidezes da Carolina Patrocínio e as suas barrigas de grávida (pequenas). Parece que para certas pessoas (maioritariamente mulheres), as grávidas só são saudáveis se engordarem 20 kgs e tiverem barrigas maiores que o mundo, etc... Cada caso é um caso, e não há duas grávidas iguais.

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  52. Muito bem escrito Ana. É por estes textos, também, que gosto do seu "estaminé". Neste momento sou um pequeno pónei muito orgulhoso da Pipoca. beijinhos e tudo de bom :)

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  53. Não costumo comentar, mas desta vez teve de ser. Gostei muito do post, alias, encaixa-se bem no seguimento de um testo que a pipoca escreveu há uns tempos sobre as mães fundamentalistas, que querem impor a sua maneira de educar os filhos a todas as mães (e pais). A essas mães e pais digo a mesma coisa que digo a toda a gente que se acha no direito de comentar ou julgar as escolhas dos outros no que toca a maternidade/paternidade (e até outras escolhas de vida): o vosso problema é a validação, vocês precisam de validação. No fundo também, estão inseguros com as vossas escolhas e quando vêm alguém que escolhe não seguir o mesmo caminho sentem-se ofendidos. Uma coisa é alguém aspirar a ter uma vida como a vossa e não conseguir (ora por ser estéril, ora por não encontrar a pessoa certa, ora por não conseguir o emprego certo, ora por não conseguir comprar uma casa….). Outra coisa é alguém, porque vocês perguntam, vos dizer que não quer ter nada disso, por escolha! isso é que dá cabo do esquema de muita gente e ficam cheiinhos de vontade comentar, criticar e julgar. Não há paciência para a vossa insegurança!

    Outra coisa que acho importante referir é a questão da pergunta! A expressão “perguntar não ofende” devia ser banida para todo o sempre. Perguntar ofende! Ofende porque ninguém tem nada a ver ou que saber das nossas escolhas ou até incapacidades. Quando alguém pergunta a uma mulher “então e tu quando é que tens filhos?” não sabe em que terreno é que está a sondar. Não sabe se está a tocar num assunto delicado, não sabe se não está a relembrar e a obrigar a mulher a falar da sua luta contra a infertilidade, não sabe se não é um assunto que causa controvérsia entre o casal, não sabe se é uma escolha (e que mais uma vez vocês não têm nada a ver com isso)!

    Resumindo, gostei muito do texto e metam-se mas é na vossa vida!

    Feliz ano novo.

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  54. Tenho 24 anos e 1000 colegas que já têm filhos. Eu uns dias tenho imensa vontade de ter filhos e fico com "inveja" de elas já terem, tenho outros dias em que nem pensar, nunca vou ter filhos.
    É verdade, por muito que custe, as crianças dão uma trabalheira (o meu namorado tem uma filha e apesar de só estar connosco de vez em quando sei o que é, mais ou menos), são uma responsabilidade enoooooorme, principalmente na atual sociedade, acarretam muitas alterações na vida e também muita despesa (médicos, fraldas, escola, atividades, etc, etc) e muita gente mal consegue ter dinheiro para si, quanto mais acrescentando todas estas despesas.
    Também, a partir do momento em que se tem filhos, tem que se abdicar de muitas coisas, momentos a sós, mimos que damos a nós próprios, e até sonhos porque a partir desse momento temos que colocar a criança em primeiro lugar (?). E talvez seja por aí que as pessoas consideram quem não quer ter filhos egoísta, porque só estão a pensar neles e não querem deixar de realizar os seus sonhos e fazer as suas viagens, etc, para terem um filho.
    Cada um tem direito a ter ou não ter filhos e não tem que ser rotulado relativamente à sua opinião.
    Haverá motivos para ter e para não ter e todos são legítimos.

    aiquejasouadulta.blogs.sapo.pt

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    1. Eu acho que uma pessoa que já tenha um filho e não o ponha em primeiro lugar em prol de fazer sempre as suas coisas e aquilo que mais gosta, aí sim se calhar está a ser egoísta. Agora, uma pessoa que não tem filhos sequer, dizer que não os quer ter porque quer continuar a fazer as suas coisas, isso é egoísta onde? Não há ninguém que ela esteja a prejudicar, só um hipotético ser que ainda nem existe (nem tem de existir, se os "pais" não quiserem).

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  55. E por falar em mães que não querem ter filhos... Julgo sempre ser preferível do que isto...:

    http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/homicidio/madeira-mae-mata-filho-e-suicida-se?utm_campaign=ed-tvi24&utm_source=facebook&utm_medium=social&utm_content=-post

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  56. Tal como a Ana, e com a mesma idade, nunca senti o apelo de ser mãe.
    Agora que quero, que encontrei a pessoa que me fez perceber que vale a pena querer perpetuar esse amor noutra pessoa... não conseguimos.

    E com esta idade e sem filhos, já nem perguntam quando os tenho, ou porque é que não os tenho. Passei a ouvir coisas que me magoam mais como "realmente nunca te imaginei a ser mãe".
    Pois, o pior é que quero mas não consigo e pior que não puder é dizerem-me que ter filhos nem tem nada a ver comigo.
    Nem o conforto do "que pena" pareço ter o direito a sentir.
    As pessoas são tramadas.

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    1. Caga nisso e continua arduamente a tentar, serás duplamente feliz! Bom Ano!

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  57. Não costumo comentar artigos seja de que tipo for mas aqui estou e ainda não o li todo pois assim passei o olhos por "Uma mulher que não quer ter filhos é egoísta em relação a quê? Em relação a quem? Em relação a uma criança que não existe?" tive que comentar. Indentifico-me a 200% pois já fui "acusado" do mesmo(suposto egoísmo) e a minha resposta foi exatamente a mesma, como posso estar a ser egoísta sobre algo que não existe.. =)

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  58. este artigo está um musttttttt !! congrats

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  59. Concordo em absoluto com a pipoca, mas como já existiram tantos comentários no mesmo sentido, vou falar do contrário, isto é, de um caso que eu conheço de alguém que sempre quis ser mãe.
    Trata-se de uma mulher que com 35 anos se encontrava numa relação com um homem já com dois filhos, o qual sempre disse que não podia ter mais (a vida não está fácil e criar 2 crianças já é complicado), a mulher como o seu desejo/objectivo sempre fora ser mãe, toca de engravidar (ainda que as suas possibilidades sejam poucas e profissionalmente se encontrasse em precariedade). E assim foi, teve o bébé, passados uns meses a relação acabou, o interesse do pai da criança na mesma (como seria de esperar) é diminuto ou inexistente e os familiares que ajudem porque a criança não tem culpa. E com isto irá uma criança crescer e perceber que foi apenas desejada pela mãe. Isto não é egoísmo? Para mim, isto sim, é egoísmo. É querer algo a todo o custo sem pensar num conjunto de fatores que são absolutamente essenciais para planear uma criança.

    clara

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  60. Que horror! Chega-se à conclusão, de que afinal não vivemos numa sociedade egoísta, mas simplesmente numa sociedade estéril, vazia de sentimentos! O que mais intriga, na maior parte dos comentários é a raiva incontida! Não sei porque é que os comentários alheios devem tornar-se tão incómodos, porque a maioria das vezes vêm de pessoas de outra faixa etária e de outro contexto social e só devemos dar importância ao que realmente é importante, caso contrário, ignoramos...Talvez as mulheres já não se sintam preparadas ou não estejam disponíveis para serem mães aos 30, porque terminaram os estudos, estão focadas na carreira, teem objectivos profissionais, querem usufruir do que construíram e uma criança vai obrigá-las a relativizar muita coisa...Ok! Teem ovários para os próximos 10 ou 15 anos, mas daí a proferirem que detestam crianças, que não sentem nada depois de parir(traumático)...Os meus adorados pais hippies, ao contrario da maioria, sempre me advertiram para não me casar, para não ter filhos, porque a vida familiar sobrecarrega o papel da mulher e iria certamente perder a minha liberdade, que é a maior das conquistas para essa geração! A verdade é que resisti ao casamento vivendo em união de facto com o pai dos meus filhos e fui mãe muito tarde, mas garanto-vos que se soubesse o que sei hoje e se tivesse garantias de estabilidade laboral e financeira teria tido mais filhos e ainda jovem! o resto não vou contar, porque não estão interessadas em ouvir, mas, não rejeitem de imediato uma experiência que desconhecem, viver é surpreendente se abrirmos o coração a coisas novas e desconhecidas, caso contrário só temos rotinas e certezas.

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    1. E se eu for feliz com rotinas e certezas? E não querer que questionem o meu conceito de felicidade?

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    2. "Viver é surpreendente se abrirmos o coração a coisas novas e desconhecidas, caso contrário só temos rotinas e certezas"
      E para conseguir isso, é essencial que se seja pai/mãe?
      Eu não teria hipótese de o conseguir sozinha?
      E não existe rotina para quem tem um filho?

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    3. "porque não estão interessadas em ouvir, mas, não rejeitem de imediato uma experiência que desconhecem, viver é surpreendente se abrirmos o coração a coisas novas e desconhecidas, caso contrário só temos rotinas e certezas." Eu desconheço a dor da tortura e no entanto não quero experimentar. Tal como desconheço muitas coisas consideradas boas como fazer bungee jumping ou correr uma maratona e também não tenho interesse em experimentar... Amigas o que interessa aqui não é a vossa experiência pessoal, ainda bem que são felizes com filhos. Mas não descartem a felicidade dos outros. Você se calhar não sabe o que é uma vida adulta sem filhos, não conhece essa experiência. E então? E já agora eu não tenho filhos, não sei se quero ter e a minha vida é tudo menos rotineira.

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    4. Não acredito na felicidade, mas cada um adora o que quer! Sozinhos nunca teremos hipóteses e com um filho as rotinas podem tornar-se os momentos mais divertidos. Ser pai não é essencial é intrínseco.

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  61. Eu quero ter filhos... mas uma impossibilidade genética 'obriga-me' a querer fazer uma seleção ovárica para erradicar a doença da minha familia... outros têm impossibilidades biológicas de ter filhos. Não é coisa que se queira espalhar ao mundo... mas a verdade é que as pessoas que estão sempre a dizer 'e então: bebés?' não pensam 'olha esta pessoa pode não conseguir!' e reiteramente massacram-me com o assunto. E eu, como não quero dizer a toda a gente 'olhem tenho um gene mau e tal' tenho de gramar... e para quem não pode, mas quer, deve ser horrivel!!! Porque atenção: as pessoas podem ser muito insistentes! No meu trabalho sou a única em idade de procriar e já se começa a transformar numa insistência incómoda. Há pessoas no trabalho que me dizem 'não ouvi nada do que disseste na reunião: estive o tempo todo a imaginar-te de barriguinha!'. E como ainda não engravidei, já me disseram que sou má pessoa!

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    1. Vinha falar sobre o mesmo tema. No meu caso "luto" contra a infertilidade há 8 anos, tendo feito vários tratamentos sem sucesso e dos quais falo abertamente, porque para mim não é tabu. Lido bem com a questão, é a minha realidade, tenho muitos outros desejos a concretizar na minha vida, nomeadamente a adopção, algo que sempre quis, bem antes de saber que não podia ser mãe. Mas estou constantemente a lidar com as pessoas à volta que, mesmo sabendo, continuam a insistir com a célebre frase: relaxa que acaba por acontecer. Pois...só que não. Tenho um problema de saúde crónico, não tem a nada a ver com ansiedades. Por outro lado, a sociedade acha que devemos estar todos formatados: estudar, casar, ter filhos etc, mas esquece-se que o principal nesta vida é sermos felizes e as escolhas de cada um só a si dizem respeito. Eu aceitei encarar a infertilidade de frente, assumi-la e amar-me assim, porque não sou menos mulher por não poder ser mãe biológica.

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  62. Concordo e revejo-me neste texto.
    A sociedade quase que obriga uma mulher a ser mãe, é como se fossemos más pessoas...

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  63. Não podia estar mais de acordo! Revejo-me em alguns pontos frisados. Parabéns pelo post.

    E Feliz Aniversário Pipoca!

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  64. Não podia estar mais de acordo. Revejo-me em cada palavra, frase, sentimento que retrata. Tenho 40 anos feitos há pouco e nunca quis ter filhos. Nunca disse que seria uma decisão definitiva, mas ainda não quero; estou em plena sintonia com o meu "namorido". Aguento muitas vezes alguns comentários e olhares críticos à minha decisão. qualquer dia deixo de aguentar... e mostro-lhes este texto da pipoca. ;)) Obrigada por escrever tão sabiamente o que sinto.

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  65. Ana, muitos parabéns pelo texto.

    Tenho 41 anos e não tenho filhos.
    A maternidade nunca foi uma prioridade minha, mas também nunca foi um tabu.
    Já estive grávida por opção, abortei naturalmente, decidimos tentar novamente assim que possível.
    Mas fomos adiando, porque nunca era boa altura. E a vontade de ter um filho foi diminuindo. E as dúvidas chegando.
    Quase todos os meus amigos têm filhos. Todos adoram os filhos de paixão. Mas todos se queixam.
    Vejo-os preocupados com a escolha do jardim de infância, com a conciliação de horários laborais, com fins-de-semana a trabalhar e malabarismos para conseguir quem fique com as crianças. Vejo preocupação com o futuro dos filhos, se irão ter emprego, o que irão fazer, como os vão conseguir ajudar. Vejo amigos que despejam os filhos na casa de irmãos para poder sair à noite, vejo amigos que quase se anularam pelos filhos. Vejo amigos que não dormem uma boa noite de sono há bastantes anos, que deixaram o ginásio, que deixaram de viajar.
    Vejo pessoas que admitem que, "se soubessem antes", não teriam tido filhos. Que apesar de gostarem muitos dos seus, sentem que perderam muito de si, que não vão conseguir ir buscar a tempo de o viverem.
    Claro que a vida muda com um filho. E claro que poderão haver exageros aqui e alguma falta de organização.
    Mas são imagens que eu retenho e que me fazem ter ainda mais dúvidas em relação à maternidade e à minha capacidade de encaixe nela.
    Ainda vou bem a tempo de ter um filho, se assim o quiser. Mas por agora não.

    Se sou egoista?
    Sou, claro que sou.
    Mas também penso que estou a ser consciente e verdadeira para comigo mesma.
    E não estou a prejudicar outra pessoa, porque essa outra pessoa simplesmente não existe.
    Um filho é uma opção consciente e para a vida, uma história num livro fechado.
    E enquanto eu olhar para a estante e tiver algum receio de ler essa história...
    Talvez me arrependa mais tarde, é um facto.
    Se isso acontecer, a adopção é uma opção.
    Há tanta criança por aí a precisar de carinho e apoio. É só querermos, se houver vontade.

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  66. Concordo a 100% com o post e vindo de uma mãe ainda dou mais crédito!
    Parabéns

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  67. Pipoca, já te leio há muito tempo, mas nunca tinha comentado antes.
    Quero-te agradecer pois foi no teu blog que li algumas palavras que me ajudaram a seguir com a minha vida em frente.

    Tive um filho há pouco tempo e ele nasceu de cesariana e não o pude amamentar pois apanhei uma infecção enorme numa mama, com direito a abcessos e tudo e tive que secar o leite ao fim de 1 mês para me poder tratar.
    A verdade é que sofri e ainda sofro horrores desde essa altura.
    Sou casada e vivo em casa da minha sogra e tive de ouvir da boca dela coisas que nunca pensei.
    Primeiro porque ela me acusava de que as MÃES tinham os filhos de parto normal, se o meu nasceu de cesariana é porque eu não tinha nascido para ser mãe. Se calhar nem devia pensar em ter mais nenhum filho.
    Depois porque escolhi tratar-me e deixei de dar de mamar ao meu filho. A minha médica disse que eu tinha 2 hipóteses "Ou me tratava ou continuava a dar de mamar e daqui a pouco tempo teria que lidar com um cancro da mama". Mas para a minha sogra era preferível eu ter cancro do que deixar de dar de mamar ao meu filho.
    Ninguém imagina o quanto me custou a última vez que lhe dei de mamar e ninguém imagina o quanto me custava, cada vez que as pessoas viam o meu filho e diziam que ele era lindo e estava grande ouvir logo a minha sogra dizer "Infelizmente não é com o leite da mãe que ela não deu de mamar e ele nasceu de cesariana". Toda a gente tinha que saber disso.
    Ainda hoje, passados 7 meses, sempre que alguém que está constipado se aproxima do meu filho, a minha sogra diz logo "Afasta-te que ele já há 7 meses que não tem a mama da mãe para o proteger".

    Custa tanto ouvir isto, eu cheguei mesmo a pensar que era má mãe, que não merecia o filho que tinha e cheguei mesmo a pensar em fugir de tudo visto que se calhar o meu filho ficava melhor sem mim (as hormonas, as alterações do pós-parto e os comentários da minha sogra estavam a dar comigo em doida).

    Ainda hoje me custa muito ouvir os comentários. Ninguém imagina o que nós passamos e o que sofremos, portanto tenham cuidado com o que dizem as recém-mães.

    Eu tive força para seguir em frente, mas há quem não tenha...

    Um beijinho*

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    1. Por favor, tente conseguir viver longe da sua sogra...
      Felicidades

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    2. Pessoas assim só têm uma explicação: odeiam mulheres e acham que elas só servem para servir os outros - maridos, filhos, etc.
      Se tiver possibilidades corte essa pessoas da sua vida, mesmo que seja da família. só lhe vai causar infelicidade e mágoa.

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    3. Amiga, por favor, saia desse flagelo. Que mulher horrivel. E o seu marido, que diz disso? Por favor afaste-se dessa mulher!!!

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    4. Tambem lhe digo... afaste-se dessa sogra... arre!

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    5. Não a conheço, nem sou mãe. Mas sou filha. E posso dizer que o seu comentário me tocou. Quero dizer-lhe que fico feliz que tenha tido força para seguir em frente e que tenha tido consciência de que o que passou não a faz ser uma má mãe. Tudo de bom para si e para o seu filho. Beijinhos

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    6. Ai as sogras... Pipoca, aqui está um bom tema para um post... Sogras! :)

      Eu tive Síndrome HELLP e tiveram que fazer cesariana de urgência às 34 semanas. Estive 1 dia e meio internada e só 38 horas depois é que vi a minha filha pela primeira vez. Por ter nascido prematura e com 2 kg apenas, esteve internada na Neonatologia durante 2 semanas pois era alimentada por sonda. Só lhe deram alta depois de ela conseguir alimentar-se sozinha (como é óbvio). Não lhe sei dizer porquê, mas nunca consegui amamentar. Não tive a subida do leite, com a bomba tirava pouquíssimo leite. Só para ter uma ideia, o leite que eu tirava num dia apenas dava para uma refeição...
      O facto dela estar longe de mim deixava-me completamente deprimida. Só chorava, não tinha ânimo para nada... E quando eu ao 10.º dia tive alta vim para casa sem ela... Quase que morri...
      Talvez o meu estado psicológico tenha influenciado o facto de não ter leite...
      Mas tudo isto para dizer que a minha filha foi alimentada a LA desde que nasceu e felizmente foi sempre muito saudável! Ok, lá teve uma ou duas 'ites' mas nada de especial comparando com filhos de amigas minhas que deram de mamar meses e meses!
      Acho piada quando ouço pessoas como a sua sogra! Levam logo resposta!
      Anime-se e nunca se recrimine pela opção que tomou!
      Muita força! :)

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    7. Anónima, tens toda a minha solidariedade. Na roleta russa das sogras não me calhou nada assim, mas tive a minha quota-parte de chatices no puerpério e houve dias em que fui para a consulta da ginecologista como quem vai para o psicólogo: chorar, porque só ela é que me entendia. As pessoas não fazem ideia do quanto afectam uma recém-mamã cheia de hormonais e nervos com comentários insensíveis. A tua sogra é uma imbecil por te dizer essas coisas. Lembra-te que não é dar leite que faz uma mãe e que, em todas as concretizações futuras do teu filho, é a ti que ele as deve. Muita boa sorte, coragem e força. E toda a saúde do mundo para o teu bebé.

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    8. Ponha a sua sogra no lugar dela. Faça o seu esposo falar com ela. Isso é simplesmente cruel.... Força! Não é o tipo de parto e a amamentação que determinam o quão boa mãe é!

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    9. Que raio de sogra esta! Ninguém merece! Deve ser uma santa em aturá-la e nem quero imaginar o horror que deverá ser viver com essa espécie...
      Felicidades e paciência MUITA paciência.

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    10. A sua sogra é um monstro! E o seu marido, se não a apoiava e não dizia à mãe para ter tento na língua, vai pelo mesmo caminho!
      Nem consigo imaginar o pesadelo que é viver nessas circunstâncias.
      Tem a minha admiração!!

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    11. Lamento muito saber toda esta situacao pela qual passa. Mas sinceramente, se nem o seu marido intervem por si (o que devia fazer imediatamente), eu se fosse a si pegava nas minhas coisas e ia-me embora. Essa senhora a qual chama de sogra, deve ser certamente uma pessoa muito infeliz para sentir sempre a necessidade de rebaixar alguem dessa forma. Ninguem merece ouvir essas coisas horriveis.
      so lhe posso desejar que tenha forca para ignorar esses comentarios maldosos. Tudo de bom

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    12. "portanto tenham cuidado com o que dizem as recém-mães."

      Nenhum ser humano normal e decente diz as coisas que a sua sogra diz. Que pessoa desprezível!

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  68. Tenho 36 anos, fui mãe há 3 meses, tive uma gravidez óptima parto fácil, e o melhor tenho uma bebé fácil e até então saudável é muuuiiito fofa.
    Sim já fui daquelas que não quis ter filhos, já disse que não os teria, e olha ano passado tomamos a decisão de repente e foi do melhor que me aconteceu. Ainda não tive tempo de ter saudades da vida de antes, sei que as vou ter, mas acima de tudo estou feliz por ter aqui a minha bebé e não me arrependo! Contudo Pipoca, não podia concordar mais com o teu texto.... como fui mãe aos 35 nem imaginas a carrada de pessoas que sempre chateavam e davam as suas opiniões merdosas " então e vocês? " "quando vão ter"? "já está na hora"! Enfim como já disseram em cima é uma questão de validação de insegurança dessas pessoas, ninguém repito ninguém tem direito de se meter na vida pessoal de cada um e de opinar sobre assuntos tão delicados e que apenas dizem respeito ao casal... Sem dúvida falta de vida própria...

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  69. Ana,

    Podes falar com a minha familia sobre isto? Ajudava-me tanto ...

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  70. Ter ou não ter filhos, cada um sabe de si...
    Agora quando os tiverem, pff eduquei-os!

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  71. Excelente texto Ana!
    Nem tive tempo de ler os inúmeros comentários acima...Sinceramente, desde que visito o seu Blogue,embora concorde muitas vezes com os seus pontos de vista...essa concordância nunca foi absoluta..., mas hoje a coisa foi 100% certeira! :-) revejo-me integralmente em tudo o que referiu.
    Adoro os meus dois filhotes, ambos muito desejados, mas não ignoro nem esqueço o muito que prescindi, prescindo e irei prescindir até que ambos sejam auto-suficientes!
    Sou completamente contra as conhecidas frases que se continuam a ouvir quando não existem as condições necessarias, ou surgem os inesperados "acidentes de percurso": " será bem vindo...,tudo se arranja...,onde vivem 4 vivem 5...,tudo se cria...!!!
    Todas as opiniões sobre o assunto são legítimas, como legítimas são as decisões de não procriar independentemente do fundamento. A todos é conferido o direito de opção em qualquer circunstância da vida,por mais condicionados que estejamos!...

    Bjo


    MDM

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  72. ADOREI. Identifico-me plenamente. "Aquela" da cesariana... é que é tal e qual :-), quando disse que o ia fazer por opção...pensei que ia ser "excomungada". (Foi lindo). Pergunto: porque não fazem a extração de um dente sem anestesia? Vá lá não custa nada! Fomos feitas para isso.

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  73. Um óptimo artigo. Mas é tão o pior quando as pessoas se preocupam e embora se deseje não se consegue ter filhos. É uma dor difícil de explicar mas que pode ser ultrapassada. A vida é de cada um de nós e não devemos tecer comentários que atacam muitas vezes as feridas por sarar das pessoas que criticamos. Gostei ☺

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  74. Não sou mãe nem quero ser mãe. Tenho uma profissão estável e um casamento maravilhoso, faço o que quero e quando quero. Não preciso nem quero mais nada para ser feliz.

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  75. Fantástico este post.
    Sempre disse que não queria casar nem ter filhos. A vida (e alguém especial) lá me fez mudar de ideias e afinal casei. Mas ter filhos não estava nos nossos planos. Até que uns anos depois a vontade mudou (mais uma vez lá estava a vida a fazer-me mudar de ideias).
    O problema foi conseguir tê-lo... problemas em engravidar... Estivemos 1 ano e meio a tentar até que conseguimos o nosso milagre! Foi uma gravidez tranquila mas muito turbulenta no final. Corri risco de vida mas no final tudo correu bem.
    Se gostava de ter outro filho? Sim, gostava muito! Gostava muito que a minha filha não fosse filha única! Mas depois penso: temos condições financeiras para outro filho? E se da próxima vez a gravidez não termina bem?
    Estou mais perto dos 40 do que dos 30, por isso o mais certo será a decisão de não ter outro prevalecer. No entanto, quase todos os dias ouço 'já está na hora de darem um irmão à menina!'

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  76. Aplausos! :)
    Uma boa reflexão, um excelente post tal como tantos outros.
    Obrigada por estas partilhas.
    Beijinhos

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  77. Este post descreve a minha vida lol tenho 40 anos e nunca quis ter filhos. É consciente e estou-me nas tintas para a opinião dos outros - mas nem sempre foi assim!! É complicado ter de dar explicações a quem não tem nada a ver com a minha vida pessoal(íssima)!

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  78. Concordo tanto com este texto. Cada pessoa é uma pessoa, somos todos diferentes e por isso com o direito à querer coisas diferentes. E também temos o direito de mudar de opinião com o tempo. No teu caso, pipoca, houve alguma coisa específica que te tenha feito mudar de ideias? Ou simplesmente aconteceu?

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  79. Ana parabéns pelo texto magnífico, no qual me revejo imenso. Até aos 32 anos pensei não querer ter filhos. Aos 33 tive a minha filha que é, realmente, a melhor "coisa do Mundo". O parto teve de ser por cesariana e não pude amamentar, o que, tendo em conta o fundamentalismo existente em torno da amamentação de do parto natural, fez com que tivesse um início de depressão pós parto. Superei, em parte, graças a uns textos teus que li e pelos quais agradeço desde já, porque me fizeram mudar de perspectiva.

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  80. Anónimo06 janeiro, 2016 12:16 a sua sogra é uma besta! Tenho dito.

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  81. Cada um sabe de si e ninguém tem nada a ver com isso. Eu acho essas perguntas muito inconvenientes, porque não se sabe a realidade da pessoa que até pode estar com um problema de saúde que lhe impede de ter filhos e não querer falar sobre esse assunto, que é um direito que lhe assiste, e tem de estar constantemente a levar em gente inconveniente a lembrar-lhe de algo doloroso. O mesmo que aplica a quem não os quer ter, quase que fazem sentirem-se culpados por não querem algo imposto pela sociedade.

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  82. Olá...
    gostei, adorei o artigo. Realmente temos que provar constantemente a tudo e a todos o que queremos ou não queremos. Sou mãe. Adoro. Amo. Não imagino sequer a minha vida sem ela. E é difícil. E por vezes grito e perco a cabeça. E o rótulo existe sim. Sou mãe e divorciada. Antes era: quando lhe dás um irmão? Agora é: ...coitada, pois tens uma coisa tão linda. É o mais importante não é? Tretas...em resumo. Só nós sabemos pois o peso das nossas escolhas é somente nosso. Pode correr bem, pode correr mal, podemos ter 5 filhos e passar a velhice sós e ter um que não nos dá descanso com os netos e os cães e a roupa para passar. E podemos ser felizes com tudo isso ou sem nada. Somente por escolha nossa. Parabéns por ter abordado este assunto.

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  83. Oh Pipoca, aparte dos 1257 comentários que provocou :), que saudades de a ver escrever "à solta"! Continue assim! Também fiz 35 anos em dezembro passado e me sinto melhor que nunca!
    beijinhos e bom ano!

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Teorias absolutamente espectaculares

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