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Todas as semanas são atropeladas 20 crianças

sexta-feira, setembro 18, 2015


O vídeo é duro, mas às vezes só através de imagens fortes se consegue passar a mensagem. Todas as semanas mais de 20 crianças e jovens são atropelados em Portugal. É um número assustador, ainda mais se considerarmos que os acidentes rodoviários são a primeira causa de morte por acidente na infância e na adolescência. Entre 1998 e 2011 morreram 1020 crianças e jovens, e mais de 88 mil ficaram feridos. Em 31% dos casos as crianças foram atropeladas, sendo que a maioria dos atropelamentos acontece entre os 10 e os 14 anos, em zonas residenciais e durante os percursos casa-escola. Os culpados? Os culpados somos todos nós que andamos ao volante, muitas vezes com a cabeça noutro lado, muitas vezes demasiado depressa, muitas vezes ao telemóvel, muitas vezes a estacionar em cima do passeio e a reduzir a visibilidade dos peões, muitas vezes com comportamentos de risco. É por isso que é preciso alertar e sensibilizar os condutores para que tenham uma atitude mais preventiva. Sempre, mas sobretudo agora, que as aulas recomeçaram e há mais crianças a circular pelas ruas. Os miúdos distraem-se mais, correm, saltam, vão atrás das bolas, atravessam estradas quando menos se espera. São miúdos, têm um comportamento mais imprevisível, por isso cabe-nos a nós tomar medidas extra. 

Se quiserem saber mais sobre esta campanha consultem o site da APSI.


18 comentários:

Anónimo disse...

Este tipo de campanhas devia chocar, mas acho que o tuga é tão focado nos seus próprios interesses que isto é a última coisa em que pensa quando se põe atrás do volante.

Tenho 28 anos, carta desde os 18, mas nunca tive carro próprio ou o usei numa base diária. Sempre fui a pé para a escola/Faculdade, comecei a trabalhar e sempre fui a pé e em transportes públicos, já vivi em 4 cidades em Portugal e 3 no estrangeiro e sempre foi assim que agi. Isto porque poupo dinheiro, por um lado, mas também porque me livro do stress de andar no trânsito e deparar-me diariamente com as enormidades que imensos condutores fazem.

No entanto, ao ir a pé para o trabalho (ando 2km para cada lado no centro de Lisboa, diariamente), também não me livro destes momentos. Todos os dias atravesso passadeiras controladas por semáforos e todos os dias há carros ou motas a passar quando já está vermelho para eles e verde para os peões. Coisa que depois faz com que fiquem parados em zonas de passagem de outros carros para quem abriu o sinal entretanto, levam com buzinadelas e fazem marcha atrás em cima de passadeiras onde estão pessoas a atravessar. Todos os dias vou com mil olhos para ver se não me acontece alguma e todos os dias vejo infracções. Destas que falei, mas então de carros estacionados em 2.ª fila, em cima de passeios, parados onde bem querem e entendem é todos os dias.

Irrita-me imenso a falta de civismo das pessoas, o só pensarem no seu umbigo e desrespeitarem regras que estão lá por uma razão, porque acham que daí não vem mal ao mundo. Mas vem. Enquanto você estacionou o carro num sítio proibido, têm outros carros que abrandar e tentar contorná-lo para conseguirem passar. Ou se for um veiculo maior, tipo uma ambulância, já não passa e pode pôr pessoas em risco. As regras estão ali e existem por alguma razão, repito, é assim tão difícil cumpri-las?

Detesto isso, detesto esta cultura do carro que o povo português tem e que entope as cidades, os passeios, tudo... detesto que já o andar a pé para mim tenha estes momentos de stress, quanto mais se eu tivesse alguma deficiência física, ou fosse idosa, ou levasse crianças. É um perigo e os portugueses têm de se habituar, em tudo, a serem mais respeitadores dos outros e do espaço que os rodeia (isto também vale para os cócós de cão e outros dejectos deitados para o chão, que é outro problema de Lisboa, mas enfim).

Anónimo disse...

Por vezes temos mesmo de ver a dureza das coisas para assimilar.
Vou ter ainda mais cuidado!

Anónimo disse...

Claro que o condutor tem que ter cuidado, mas as crianças também têm que ser sensibilizadas para o perigo e os pais das ditas também. Do género de não largar a mão da criança.. vi um quase acidente que envolveu os pais distraídos na conversa e o miúdo a correr para o meio da estrada.

Anónimo disse...

É uma das coisas que tenho mais receio enquanto condutora...

Anónimo disse...

Oh, Ana!
...é verdade! E depois há os que se põem em fuga e não prestam socorro às vítimas!
Eu não gosto de culpabilizar ninguém e reconheço que a vida é como "um fio da navalha" e há instantes em que a razoabilidade, a concentração e a razão nos escapam - lembrei-me daquele caso em que um avô matou o neto em marcha atrás na garagem - São situações dramáticas!!!
Se encararmos a condução como uma arma mortal teremos mais respeito e cuidado ao volante. Se soubermos comunicar enquanto conduzimos, usando os sinais correctamente, seremos melhor interpretados, se não, para serve ensiná-los a atravessar nas passadeiras ou a esperar pelo semáforo verde? Ainda ontem com aquela chuvinha, deparei-me com três acidentes, no trajecto casa-trabalho. Num deles, a viatura estava sob uma ponte, com a dianteira e a traseira completamente escavacadas e por sorte não havia mais carros envolvidos no acidente. Áquela hora da manhã, início do ano lectivo para muitas crianças, com os carros cheios de letreiros, baby on board, mas ainda assim andamos sempre com pressa (de morrer?)...

Sofia Ferreira disse...

Concordo plenamente que nós os condutores temos de ser responsáveis ao volante. Eu sempre que circulo perto de uma escola vou muito mais devagar porque tenho medo que alguma criança se atire para a passsadeira de repente. Mas também sejamos sinceros, se uma criança de 10 anos não sabe atravessar uma passadeira correctamente, algo está a falhar na educação dela. E se calhar também era bom investir na prevenção juntamente com as crianças, porque vão ser os adultos de amanhã :)

marta disse...

não quero aramar-me em especialista mas li qualquer coisa sobre a criança só ter realmente consciência e capacidade de atravessar a rua sem perigo a partir dos 12 anos de idade...faz pensar..

Anónimo disse...

Subscrevo na íntegra. Houvesse mais civismo e respeito entre todos e vivia-se bem melhor, principalmente quando vivemos rodeados de imensas pessoas como em Lisboa. Os condutores são imprudentes, mais parece que é necessário uma carta especial para conduzir cá, porque quem não adapta o mesmo estilo de condução, leva logo uma buzinadela, no mínimo. Cocós na rua, olhe na minha é uma sorte se me conseguir desviar de todos quando estou a ir para o trabalho (e não estou a exagerar!). Isto porque há pessoas que vão passear os seus cães, mas que de passeio não tem nada, ficam à porta do prédio à espera que os bichinhos o façam, ali no passeio e depois dão meia volta e vão para casa -.-' para não falar dos que cospem para todo o lado. Já nem digo na rua, porque já vi que é mal enraizado. Agora no metro, no próprio comboio?! É daquelas coisas que me revolta o estômago.
Enfim, desabafos...
Quanto à campanha acho que são daquelas que fazem sentido e é bom que choquem. Nós somos os condutores e às vezes na pressa do dia-a-dia, na confiança que vamos criando a conduzir, esquecemo-nos que ter uma condução agressiva é como ter uma arma na mão. "ahh e tal por sorte não tive um acidente hoje", mas o facto é que não podemos deixar-nos ir pela sorte nestas coisas, por isso é bom que choque, mas sobretudo é bom que eduque.

manue disse...

Eu gostava que os condutores respeitassem o limite de velocidade. Se é 50 não é 70, se é 80 não é 100. Mas parece que acham que esse sinal é só decorativo. Penso que 90 % não cumpre limites de velocidade e ainda avisam os outros condutores e reclamam se há guarda ou radares, porque já está incutido que o limite não é para cumprir.

Hélder Oliveira disse...

É terrível saber destas notícias tão trágicas. Eu vivo perto de uma escola e vi que foi necessário colocar uma grande lomba perto do edifício porque era impressionante a velocidade com que vários condutores lá passavam! Não há cuidado nenhum!

www.pensamentoseepalavras.blogspot.pt

Catarina disse...

Concordo inteiramente. Mas também há que dizer que há pessoas que simplesmente atravessam a estrada e nem sequer olham para ver se vem um carro a passar, já para não falar de quem atravessa a estrada sem ser na passadeira o que é um perigo. Eu nem sequer conduzo mas como pessoa que se desloca a pé já vi muito este tipo de barbaridades e, como em tudo, tem que haver responsabilidade dos dois lados, tanto do condutor como do peão.

Anónimo disse...

É uma boa campanha, mas não chega. As pessoas têm de ser confrontadas mais vezes com o resultado dos seus maus comportamentos, não é suficiente dizer quantas pessoas morrem ou são feridas, é preciso mais informação e dar o exemplo também.

Concordo que os condutores têm de estar mais atentos, mas é impossível aos condutores estarem sempre 100% atentos, afinal, somos todos humanos e imperfeitos e as distracções acontecem, basta olhar ligeiramente para o lado. É claro que é diferente no caso dos telemóveis, isso já é uma distracção que as pessoas escolhem livremente e não fruto do acaso e infelizmente, são cada vez mais as pessoas que vejo a conduzir e ao telemóvel ao mesmo tempo, inconscientes do perigo. Assim, como não é pura distração a quantidade cada vez maior de carros mal estacionados, em cima de passadeiras, passeios, cruzamentos e entroncamentos.

Mas, também é preciso alertar as crianças e jovens para a necessidade de adotarem comportamentos seguros e nisso esta campanha falha. Enquanto condutora já me deparei com jovens parados no meio da estrada e de costas para os automóveis que usam aquela faixa ao telemóvel, com jovens a jogar futebol numa estrada, com jovens e andar de skate descontraídamente numa estrada que nem quando os alertei da presença do carro atrás se chegaram para a beira da estrada, com jovens em engenhocas com rodas agarrados a bicicletas numa estrada nacional movimentada, pessoas com crianças a circularem à noite sem colete em estradas sem iluminação, pessoas com crianças a atravessar a estrada com os semáforos de peões vermelhos, etc. Isto são comportamentos arriscados que deveriam ser prevenidos com a educação, desde tenra idade, para os perigos das estradas e os comportamentos corretos a adotar.

Anónimo disse...

Como condutora também reconheço as minhas falhas, mas não poderei deixar de mencionar que existe uma componente "falta de educação cívica" a estes menores. São distraídos? São, mas e os ensinamentos que vêm de casa "não passes a rua sem olhar para um lado, para o outro e novamente para o outro?"
Recordo-me de um episódio em que vinha a aproximar-me de uma passadeira e eu já vinha de olho numa senhora com 3 crianças. Sabem o que aconteceu? A senhora simplesmente passou a passadeira sem para mim olhar. Chocou-me, confesso!! Querem que os meninos deixem de ser distraídos como?
Bárbara

Anónimo disse...

É o pão nosso de cada dia.
Eduquem os pais!

Ana disse...

Menos pipoca menos...eu conduzo à 20 anos sem ter tido um único acidente e passo todos os dias em frente a um escola de adolescentes onde eles vão no passeio e metem-se na estrada de costas para os carros e para a passadeira sem sequer olhar para a estrada e ver se está algum carro perto e se pode parar, outros saem dos ce«arros dos papás que param no meio da estrada e estes metem-se em frente aos carros sem cuidados nenhuns.....
É preciso é fazer prevenção e isso passa por dizer aos meninos que os peões nas passadeiras tem prioridade mas que devem esperar que o carro páre para que estes se metam a atravessar a passadeira e não meterem-se na estrada de qualquer maneira

FeminineMystique disse...

O condutor tem uma arma nas mãos, o carro. Tem por isso maiores responsabilidades do que as crianças e outros peões. É claro que atravessar a rua sem olhar ou fora da passadeira é perigoso, mas há muitos pontos de travessia que não têm passadeira e se as pessoas não atravessarem a estrada ficam confinadas ao quarteirão onde estão...
Mas colocar o ónus nos peões, o elo mais fraco, é perigoso e irresponsável. Quem tem "licença de porte de arma" (carta de condução) é o/a condutor(a), e por isso é ele/ela que tem a maior obrigação e devia ter a maior responsabilidade em caso de atropelamento.

FeminineMystique disse...

Os pais também são irresponsáveis na forma como estacionam junto às escolas. Parece que andam a educar os miúdos para não saberem andar a pé, e a ensiná-los como estacionar à papo-seco junto ao portão da escola. Isto só educa para a falta de civismo, mais nada... Em vários países é proibido estacionar o carro num raio de 100 ou 200m da porta das escolas, exatamente porque o comportamento sem civismo dos pais (estacionando em cima das passadeiras, em segunda fil, etc.) era o que colocava os alunos em risco. Dá que pensar!...

Sandra Manso disse...

Já uma vez tive que travar a fundo, porque saiu uma criança disparada para a estrada, do meio de carros estacionados. Fiquei branca... O miúdo vinha acompanhado por um adulto, que me pediu desculpa. Mas... E se não tivesse conseguido? E se o atropelasse? Fico em pânico, só de pensar. Felizmente, quem vinha atrás tb teve tempo de travar, e não me bateu no carro...
Por outro lado, também já ia sendo atropelada numa passadeira, quando o condutor ia ao telemóvel. E ainda foi capaz de me lançar um daqueles olhares tipo "What?", porque eu me fartei de refilar...

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