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A mãe é SEMPRE a melhor

quarta-feira, maio 06, 2015


Não faço ideia como é que se explica a uma criança que a mãe tem um cancro. Se já não é fácil explicar a um adulto, imagino a um miúdo que não percebe bem a doença e a sua gravidade. Às vezes acho que também os subestimamos, eles conseguem ser muito mais perspicazes do que nós. E depois, claro, têm aquela inocência e aquela capacidade de aligeirar tudo. Mas é sempre difícil. Para ajudar no processo, a Laço acaba de lançar o e-book "A Minha Mãe é a Melhor!", um livro gratuito que pretende envolver todos os membros da família quando chega a hora triste de anunciar que a mãe tem cancro da mama. De uma forma muito simples e didáctica, o livro explica que a mãe está doente, que vai ter de fazer alguns tratamentos e que algumas coisas vão mudar lá em casa. Mas explica também que a mãe vai ficar melhor e que continua a ser a melhor do mundo. No matter what!
O livro está disponível para download e/ou impressão. Podem descarregá-lo aqui. Caso queiram a versão impressa, podem pedir até cinco exemplares para o mail laco_portugal@laco.pt

50 comentários:

  1. Excelente iniciativa!
    E nada como a simplicidade para explicar um assunto tão difícil...

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  2. Desculpem a sinceridade mas acho que o melhor sempre é a sinceridade, dizer ah e tal é só uma tosse, ah e tal não é nada, é sim e por palavras mais ou menos realistas a criança deve perceber que a mãe está doente, tem uma doença grave e que tudo fará para a cura/ recuperação.

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    1. Joana Tavares06 maio, 2015 21:53

      Olá anónimo/a,

      Sabe, é curioso ler este post e este comentário...
      Há mais ou menos 3 anos atrás, sentadas à mesa da cozinha, eu e a minha irmã chorávamos por ter recebido a notícia de que a nossa mãe tinha um tumor cerebral terminal.
      Entre choros, eu disse: "Gostava tanto que me tivessem contado com desenhos, flores e palavras leves, como se fosse uma criança de 5 anos...".
      Há mais ou menos 3 anos atrás, naquela mesa, eu e a minha irmã deixámos lágrimas e os rabiscos daquele que iria ser o nosso livro, "A mamã tem um dói-dói". Não passou de rabiscos, de desenhos inacabados e uma história escrita na diagonal... E por isso fico feliz ao saber desta notícia. Que sai da pior necessidade possível.

      O cancro não é bonito. A realidade não é bonita. O tratamento não é bonito. A cura nem sempre é uma realidade.

      Mas então... Porque não pintar a sinceridade com cores berrantes, com flores, com desenhos coloridos?
      Eu teria gostado muito.

      Ah, e tenho 30 anos.

      Beijinhos e abraços

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    2. Eu tive cancro e detestei que tivessem aligeirado a minha doença.

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    3. Concordamos - por isso o livrinho é sempre honesta e não esconde nada nem aligeira a situação mas sim fala com linguagem directa e clara (sem assustar) e aborda as preocupações principais das crianças.
      E obrigada Pipoca pela divulgação :)

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  3. Olá Pipoca! Eu tive que dar essa noticia há 3 meses a duas crianças de 7 e 4 anos e falar com verdade, sem dramas e sem medos foi o melhor que eu fiz. Hoje olham para mim sem cabelo, sem nada questionarem, com naturalidade e percebendo o porquê das alterações! O mais velho às vezes faz perguntas sobre a doença e eu tento responder com verdade, mas com a ligeireza que eu acho que uma criança de 7 anos deve ouvir, para já tem funcionado bem para todos.....

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    1. Desejo tudo de bom para si e para os seus filhos.Beijinhos e força!

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    2. Espero que corra tudo bem. Beijinhos!

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    3. Fiquei emocionada com a sua resposta. Que tudo lhe corra bem. Força!

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    4. Desejo que tudo lhe corra bem, de coração. Coragem.

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  4. Lembro-me da minha mãe me dizer que tinha cancro no sofá da sala quando eu tinha 12 anos. Aquela palavra não me dizia nada, então perguntei se era grave e ela disse que sim. Enquanto fui crescendo a minha mãe foi-me mentalizando para as consequências do cancro. Mais tarde tornei-me enfermeira e contactei com a doença de perto junto de várias pessoas. Agora com 23 vi a minha mãe partir. Se custa menos por termos consciência? Não. Mas enquanto cresci mesmo sem ter bem a noção do que era esta doença terrível, sabia que tinha que aproveitar todos os momentos que podia com a minha mãe. Nós sofremos porque perdemos o nosso pilar na terra, mas elas além de sofrerem com a doença, sofrem com a possibilidade de não cumprirem o seu papel de mãe até ao final...

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  5. Por momentos pensei que tinha a semana feita... pensava que eras tu a doente de cancro. Mas pronto... fica para a próxima.

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    1. Caaaaaalma, não sou mas posso vir a ser. A taxa de incidência é tão grande e tenho tantos casos na família que há uma grande probabilidade de me tocar a mim também. Não perca a fé, hã?

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    2. Como é possível alguém escrever isto???? Nem ao meu pior inimigo desejaria isto! Quanto mais a uma pessoa que nem se conhece...

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    3. eu não li isto, digam-me que eu não li isto... mas como é possível? invejar casas e sapatos e ferias é uma coisa... mas desejar o mal?????

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    4. O rapaz tem um blog (mauzinho), precisa de angariar visitas. Temos de ser uns para os outros.

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    5. Ana,
      ...deixa-te de acessórios da treta e compra mas é um olho "gordo" para te acompanhar a toda a hora, porque bem precisas. Uma coisa é saber que não nos gramam outra é desejarem o nosso mal. Ainda não acredito!

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    6. ahahahah pois também fui ver.... mas mesmo para ter visitas não se diz barbaridades!

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    7. É pá, olha nem sei que diga.
      É tudo tão mau que nem sei.
      Há coisas com que se podem brincar, outras nem por isso (ou não se deviam). esta é uma delas!!

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    8. Que falta de senso, meu Deus! Vá lá coser meias e deixe este tipo de comentários apenas para si, OK?

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    9. Apenas expressei a minha opinião, eu não quero saber das visitas pois não ganho nada com o efeito... devo dizer que o seu comentário para não perder a fé animou me o dia .. eu não sei porque estas peruas vieram em defesa... eu só desejei cancro, não desejei morte.
      Assim ela escrevia um livro sobre o efeito e ia aos porgramas todos espalhar a palavra e adsim angariar mais uns quantos trocos.
      Não sejam pessimistas Nem mal intencionadas.

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    10. Ohhh, que amor. Ainda achei que pudesse ser uma pessoa com um sentido de humor muito retorcido, mas afinal não, é só mesmo anormal. Fofinho.

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    11. não sei porque a autora deste blog ainda se dá ao trabalho de publicar comentários de anormais como tu... és um insignificante desperdício de ar, se me perguntas, isso e nada mais que isso...

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    12. Alguém que carrega tanta raiva e despeito só pode ter muita falta de amor na vida. Alguém que se dirige assim às mulheres como peruas (desejando-lhes cancro - e não morte, vá lá) só pode ter muita falta de uma. Se calhar faltou-lhe colo de uma mãe na idade certa, se calhar quer ter uma mas não dá conta do recado. Se calhar quer ser uma, mas a natureza não lhe permitiu. É triste, acima de tudo. Liliana

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    13. Prince Ezo?? Com um nome ridículo destes queriam o quê?
      Ahahah
      Outro rapazito de mal com a vida, não deve ter nada para fazer na toca onde vive. Tenho pena.

      Prince Ezo saia de casa, dê uma voltinha, fazia-lhe bem :)
      Um beijinho

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    14. A minha avó costumava dizer: " imbecilidade não tem cura e pilinha pequenina também não"
      E a minha avó era uma Senhora.
      Boa sorte na vida rapazola...

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    15. não,é só um burro que nem sabe escrever!!!!!!!!PORGRAMAS????ADSIM?????BURRO!!!!!!!!

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    16. Olha-me este grandessíssimo imbecil !!!!A sério que consegue viver,digo mesmo levantar todos os dias e olhar-se ao espelho,quando sabe que é uma pessoa horrível,um monstro,uma aberração,um erro da natureza?Se é homem,tanto ódio deve andar de mão dada com um grande amor pela Ana,só pode....apaixonadão e não admite!!!!é só para ela trocar umas frases com ele que diz estes disparates,doutra forma,insignificante como é,este mulherão nem sabia que o Prince(lol!!!!)existia!

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    17. E é assim que essa criatura que nem escrever sabe teve o dia com mais visualizações que alguma vez vai ter na merda de blog que tem. Pode ser que alguém próximo dele venha a ter cancro e ele se lembre do dia em que o desejou a uma pessoa. Ou ele Próprio venha a ter cancro, porque o karma é tramado.

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    18. E o anormal conseguiu mais umas visitas no blog de merda que tem. Espertinho. Se lhe desejarmos todos cancro pode ser que consigamos algo em prol da humanidade.

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    19. O rapaz de facto não fez o melhor comentário, e não se deseja mal nenhum desse genero (ou outro) a alguem so porque sim, mas sejam coerentes e não lhe façam o mesmo, porque nesse caso estao a ser exatamente iguais a ele, ou piores, quando dizem que esperam que alguem proximo dele, quem nao tem culpa alguma, leve com uma doença como o cancro, uma coisa é defender alguem, outra é atacar ainda mais do que ele fez.

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    20. Este comentário é ridículo. Ouvi o Ricardo (seu marido) falar deste tipo de coisas no não fae sentido da semana passada. Mad ainda não tinha presenciado tamanha barbaridade.

      Eu acho esta iniciativa óptima, quando tinha dez anos e soube que um familiar tinha cancro gostava que existisse isto. Foi duro muito duro perdi fe. Perdi o meu familiar que tinha só 14 anos.
      Acho que as pessoas tristes que escrevem estes comentários deviam pensar antes da figura ridícula que fazem.
      Já agora o seu filho é lindo!
      E por fim. O que e que temos a ver do dinheiro que os blogueres ganham!? Caso nao saiba anónimo ha muito trabalho pro tras. E deixemos de hipocrisias todos os que tem blogues gostqroam de ganhar dinheiro. Resumindo isso e dor de cotovelo para nao dizer pior.

      Obrigada por este post.
      Beijinhos

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  6. Foda se eu li mesmo isto??

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  7. Gosto de ler alguns dos teus textos, principalmente na pausa do café, aquele momento relax. Tem sido cada vez mais raro não bater os olhos em comentários despropositados e de baixo nível, só porque sim. De facto, tens um grupo de pseudo-seguidores com muito tempo livre e pouca auto-estima. Identifico-me com as tuas respostas espirituosas e irónicas, mas tanto ódio gratuito é cansativo e só atrai más energias... Este hoje fez-me escrever: quero acreditar que não passou de um momento de brincadeira e ironia.

    Boa iniciativa da Laço!

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  8. Merda de doença esta... É sempre bom que exista uma palavra amiga, de compreensão e de explicação, por mais difícil que seja. Boa iniciativa.

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  9. A mãe ou o pai...explica-se com serenidade e transparecia...envolvendo-os na nova realidade, mas ao mesmo tempo protegendo e apoiando. Nunca escondendo nada, mas mostrando uma realidade que eles tenham capacidade de ir compreendendo e aceitando. As crianças, com a sua inocência, tem um poder de relativização que nós, adultos, fomos perdendo pelo caminho...São fantásticas, estas iniciativas, porque quando uma coisa destas acontece numa família, estão todos envolvidos e todos ( cada um à sua maneira) precisam de apoio .

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  10. Eu tive cancro de mama aos 38 anos. A minha filha tinha7 anos. Quando li o resultado da biópsia só pensei nela. O que iria ser dela sem mim? Mas depois pensei, "quem disse que eu ia morrer?"
    Arregacei as mangas e corri com o gajo em menos de um ano. Foi difícil, as dores, a careca, a falta de pestanas e sobrancelhas, os tratamentos e a espera do resultado de exames (ainda hoje), as queimaduras de 2º e 3º grau que a radioterapia me provocou... e era capaz de ficar aqui o resto do dia, mas vou poupar-vos.
    Como é que dissemos à cachopa? Nunca falamos em cancro nem em tumor, dissemos-lhe com muita naturalidade que eu tinha um problema na mama que tinha de tratar, mas que os tratamentos iam ser muito agressivos e contamos-lhe alguns pormenores dos efeitos dos tratamentos. Ela aí ficou assustada, então a parte do cabelo foi a pior. Mas depois fomos juntas comprar lenços e foi tudo ao gosto dela, cheguei a andar com lenços com padrões horrorosos, mas foi ao gosto dela! O orgulho dela quando eu punha os lenços que ela escolheu!! E fazia desenhos na minha careca! E esfregava-me a cabeça e dizia-me "ai a minha nenuquinha é tão fofa!! Eu expliquei-lhe que ela tinha que ajudar o pai nalgumas coisas porque ia haver dias em que eu podia estar mais mal disposta e ela respondeu-me: "ajudar o pai? Não, eu tenho é que te ajudar a ti"!!! Explodi em lágrimas. Tentamos pô-la a par de tudo o que iria acontecer mas sem pormenores que a pudessem assustar. Uma vez pediu-me para ir a uma sessão de quimio comigo! Gelei! Mas falei com o meu enfermeiro (que tinha também uma filha da mesma idade) que me disse que sim, que era melhor ela ver do que imaginar cenas terríveis naquela cabeça, e a capacidade que os miúdos têm para imaginar coisas terríveis? Combinámos que então ela iria, ficava comigo enquanto me preparavam, mas como demorava algumas horas, os avós levaram-na para casa e depois voltou quando já estava a terminar. Foi melhor assim porque ficou tranquila e viu que ali não se fazia mal a ninguém, muito menos a mim... (cont)

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  11. ...(cont) Na escola andava tranquila, continuou com boas notas, só andava mais inquieta quando era altura de algum tratamento (que ela sabia de cor e salteado os dias) e a professora tirava um bocadinho para estar com ela e dizer-lhe que ía correr tudo bem. E correu!
    A minha filha é muito forte, ajudou-me imenso, como eu nunca me entreguei ao "bastard" e mantive a minha boa disposição e rotinas (nunca deixei de trabalhar), e sobretudo nos dias mais f******s nunca lhe mostrei que tinha dores ou que estava revoltada com aquela m*rd* toda.
    Fui operada uma semana antes do Natal e só nessa altura fiquei de baixa que coincidiu com a férias escolares dela, ficávamos em casa a mimarmo-nos uma à outra, ajudava-me a fazer o almoço, fazia o lanche dela, fazia a minha cama e a dela... cheguei mesmo a ter pena dela e com receio que a Seg.Social ma tirasse com suspeitas de escravidão infantil!! :) Ìa comigo aos pensos e via tudo e chegou a pedir à enfermeira que queria ajudar. Lá a deixaram segurar numa compressa enquanto me limpavam a costura. Nunca lhe fez impressão, nunca se agoniou, nunca se queixou! Quando o meu cabelo começou a crescer ela esfregou-me uma vez a cabeça e disse "Ohhh vou ter tantas saudades da minha nenuquinha"!! Credo rapariga, vira pra lá essa boca!!
    Para terminar, o meu conselho, e isto depende muito da idade das crianças, contem que há um problema e contem o que se vai passar metendo alguns floreados pelo meio. E se pedirem para ver, assistir, ajudar, nunca neguem. Como disse o meu enfermeiro, é melhor verem do que imaginarem! Comecei aqui por dizer que nunca lhe falei em cancro ou tumor, mas um dia destes estava a dar uma reportagem na tv sobre o cancro e ela perguntou-me "Mãe tu tiveste um cancro não foi?" Eu respondi que sim. E ficamos por ali. Hoje ela sabe que tive cancro e que o mandamos para inferno, sim porque ela foi fundamental para a minha luta! E o meu companheiro, e os meus pais e sogros, e resto da família e amigos também. Mas ela foi o principal motivo da minha força.
    Obrigada filha! Obrigada Deus por me ter "dado" esta prova a mim e não a ela.
    Paula

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    1. É sem dúvida uma história de coragem e amor. Fico feliz por saber que essa doença nojenta consegue ser vencida por muita gente. E depois só me pergunto " porque é que passas a vida arranjar problemas onde eles não existem, a complicar tudo, quando existem pessoas que passam por coisas horríveis, por verdadeiros problemas " muitas felicidades Paula

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    2. Desejo-lhe tanta felicidade a si e à sua "estrelinha" como desejo para mim também!!!

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    3. Fiquei arrepiada. Desejo o melhor do mundo para si e para a sua filha.
      Definitivamente o mundo precisa de pessoas assim; positivas e com vontade de viver.
      Muito obrigada pela partilha da sua história.
      C

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    4. Que tudo lhe corra bem, merece tudo de bom na sua vida!

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  12. Anónimo, a sua história comoveu-me. Desejo-lhe tudo de bom e para si e para a sua pequenina.

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  13. Quando o meu afilhado se chegou ao pé de mim há 3 anos atrás (ele com 5 anos) e me perguntou porque é que a Julinha (minha mãe) não tinha cabelo, lá lhe expliquei que era um bichinho mal que a Julinha tinha e que o cabelo tinha caido, por o bicho ser tão mau! Nunca mais voltou a perguntar o que se passava. Actualmente a minha mãe já se encontra bem e com a reconstrução mamária feita. O meu afilhado quis ver o que tinham feito. É impressionante a capacidade de muitas crianças compreenderem que há qualquer coisa errada, mas continuam a lidar como se nada fosse.

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  14. Tinha-me dado imenso jeito há 4 meses quando tive que contar ao meu filho de 4 anos que tinha dói-dói na maminha! Contar a verdade utilizando o léxico apropriado é sempre o melhor! Há palavras que não conhecem e o desconhecido por vezes é aterrador. Até para nós quando nos explicam a histologia e usam termos demasiado técnicos tendemos a pensar:"pronto uma coisa com este nome é para ir desta para melhor"! Relativamente às mudanças físicas eu optei por explicar que os remédios para curar o dói-dói fazem cair o cabelo e por isso, temos que cortar para não andar a sujar a casa toda! Ele foi ver e divertiu-se a ver o cabelo cair, todos ri-mos com a situação! A nossa postura molda a deles! Claro que detestei rapar o cabelo, o tratamento vai a caminho do fim e eu tenho tantas saudades do meu cabelo comprido, mas mais importante que o cabelo é a vida! E se durante um tempo o cabelo não fizer parte dela, paciência! Ele voltará feroz! O meu pequeno herói tem evoluído em tudo, é meiguinho comigo e faz perguntas duras como: "a mãe do Kumba morreu porque estava doente, também vais morrer?" Eu expliquei-lhe que a mãe do Kumba não tinha médicos, nem remédios, nem água e comida, por isso morreu, mas eu tenho isso tudo, portanto, vou estar aqui e vou ficar boa! Mais do que dizer isto para que ele acredite, é nisto que eu acredito também! Está quase, ;) bjinho e obrigada à Laço!

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    1. "A nossa postura molda a deles", eu não diria melhor. Foi assim comigo e com a minha filha. Curiosamente a parte do cabelo foi a que me custou menos, tinha também o cabelo comprido liso e alourado. Fui cortando por fases. Quem depois mo rapou foi o meu marido durante uma semana de férias em Trás-os-Montes. O que me custou mesmo, mesmo muito, foi já quase no final dos 6 ciclos que fiz de quimio, caíram-me as pestanas e sobrancelhas. No olho esquerdo tinha uma pestana, que todos os dias lá ía ver se já tinha caído também, mas foi a única que resistiu!! A maquilhagem faz milagres, mas à noite quando tiramos tudo e ficamos com cara de tartarugas...
      O braço direito, ficou um trambolho, por causa do esvaziamento dos gânglios, mas vai lá com muita fisioterapia e muito cuidado.
      E passados 2 anos e meio do fim dos tratamentos de quimio tenho aqui umas guedelhas de meter inveja! Curiosamente cresceu encaracolado, não carapinha mas caracóis largos, mais escuro (o que contrasta ainda mais os meus olhos azuis) e bem mais forte, assim como eu! Agora se puser rimel não posso usar óculos escuros porque as pestanas me batem nas lentes!! :)
      "E mais importante que o cabelo é a vida" e acrescento, muito mais importante que ter um trambolho de braço é ele ainda cá estar e eu também!!
      Muitas felicidades para si e para o pequenito, mesmo muitas, como se fossem para mim! Se precisar de alguma coisa é só dizer.
      Ah e muito obrigada pelas palavras ali em cima depois do meu testemunho! Sois grandes, carago!
      Paula

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    2. Muito obrigada Paula! Já vi que é mulher do Norte como eu! As pestanas e sobrancelhas resistiram, mas todos os dias acordo e vou ver se ainda lá estão...avisei logo o meu marido que poderia ser temporariamente uma tartaruga! Mas para já sou apenas uma radiografia (translúcida de magra) e uma vaca malhada (o cabelo nem sequer caiu todo, está as manchas)! Há que levar a coisa na onda da comédia, mas acho que só é possível pelo caráter temporário da coisa. Um enorme beijinho para si e toda a família, sei que são sinceros os votos de felicidade, há qualquer coisa que nos une depois deste diagnóstico...pelo que sabe que é com a maior sinceridade que lhe desejo o melhor! M.

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