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E então pus-me a pensar na reforma

quinta-feira, janeiro 15, 2015
Na semana passada reuni-me com a minha contabilista para tirar dúvidas. A minha contabilista é impecável. Querida, simpática, ultra-disponível e do mais competente que há (a que tinha antes era de bradar aos céus). Apesar disto tudo, é também a pessoa que mais más notícias me dá. Nas reuniões com ela fico sempre a saber que há uma nova taxa, um novo desconto, uma nova-qualquer-merda que me fará pagar mais do que aquilo que já pago. Desta vez a culpa foi minha que, vá-se lá saber porque raio, achei boa ideia perguntar-lhe pela reforma. Tinha feito anos há poucos dias, acho que foi por isso, deu-me para os pensamentos negros.

A verdade é que este é um tema que me preocupa. Acho que não precisarei de mundos e fundos quando me reformar daqui a não sei quanto tempo, mas gostava de ter uma garantia de que terei o mínimo para viver de forma digna e confortável nos meus últimos anos. Acho que é o que toda a gente merece. Mas ninguém me dá essa garantia, por mais e maiores descontos que faça. A resposta da minha contabilista foi curta e grossa: "faça PPRs". E isto mexe-me com os nervos.


Trabalhando a recibos verdes, a fatia que vai direitinha para o Estado e para a Segurança Social é absolutamente pornográfica (já para não falar de IRS, pagamentos por conta, etc e tal). Mas até nem seria assim tão mau se isso me garantisse que um dia, sei lá quando, vou ter uma reforma decente. Só que não garante. Como isto está, tenho para mim que a Segurança Social implodirá muito antes de eu precisar de óculos de ver ao perto. Daí ter-me enervado o "faça PPRs". Porque eu já faço. Não PPRs propriamente ditos, mas fundos de poupança, vai dar ao mesmo, um pé de meia para uma eventualidade, para o futuro, sei lá eu para quê. Gosto de saber que esse dinheiro está lá, sossegado, e que não me vai fazendo falta. Mas chateia-me pensar que sou eu que tenho de me preocupar com este assunto, que sou eu que tenho de andar a poupar dinheiro que, se me apetecesse, poderia gastar de mil outras formas mais giras agora, que sou jovem. Tudo isto porque não sei se, chegada a minha altura, haverá dinheiro para pagar reformas de jeito (já não me lembro de quanto é que a minha contabilista me disse ser preciso descontar para se ter uma reforma de mil euros - um valor simpático, nada do outro mundo -, mas era uma coisa assim estupidamente anormal).  É que ou bem que poupo por mim, ou bem que poupo através do Estado. Das duas formas é que não.

Dizia-me a minha contabilista que em países como a Alemanha, por exemplo, o cidadão escolhe como quer fazer o seu plano de reforma, se de forma privada se pública. E isso parece-me o mais justo. Se for de forma privada, passa a ser responsabilidade sua amealhar para o futuro, e aí cada um sabe de si. Mas se for de forma pública essa responsabilidade é imputada ao Estado. Gosto desta ideia, em que cada um vai pela opção que lhe parece mais adequada. Mas por cá não. Por cá sou obrigada a fazer descontos brutais, mas não faço a mínima ideia de qual será o retorno que daí advirá. E por isso, em paralelo, tenho de ir fazendo PPRs ou afins, que nunca se sabe o dia de amanhã. Eu não quero um Estado-paizinho, mas quero um Estado que, chegada à hora, me assista nos meus direitos e assuma as suas responsabilidades.

Mas porque é que eu me ponho a fazer estas perguntas, senhores, porquê?

92 comentários:

  1. Infelizmente esta é a nossa assustadora realidade... Nada a fazer!

    http://myviewpoint.blogs.sapo.pt/

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  2. pois é, infelizmente é uma preocupação partilhada por muitos portugueses, no meu caso pessoal, embora tenha o cuidado de fazer o PPR, já trabalhei por conta de outrém e agora a recibos verdes, não perco muito tempo a pensar nisso, e em jeito de brincadeira costumo dizer que: como não sei se chego á idade da reforma, o melhor é prevenir e deixar rolar.

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  3. Tbm penso nisso e só tenho 20 anos...
    Por muito poupadinha que seja, gosto de uma loucura de vez em quando, mas quando penso "epá isto é capaz de me fazer falta daqui a uns tempos"... até perco as vontades.

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  4. Pipoca,
    vou dar-te música, porque o dia hoje já está deprimente q.b. " Is this the real life -
    Is this just fantasy - Caught in a landside - No escape from reality -Open your eyes..."

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  5. É tudo uma questão de perspetiva. Pense que ainda não criaram um imposto sobre aquilo (bens materiais) que recebe das parcerias que tem, e vá aproveitando. Com a quantidade de "profissões" que estão a evoluir nesse sentido, não há de tardar muito para que tenha que declarar como rendimento todos os bens que recebe dessa forma...

    R

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  6. A mim assusta-me e muito! Mas é a realidade.

    blogdamariafrancisca.blogspot.pt

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  7. E para onde vai o nosso dinheirinho da segurança social??muitas das pessoas q o recebem nunca trabalharam na vida nem nc descontaram um tostão,e sao tao jovens como nós!!!é o país q temos infelizmente!

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  8. Ui precisa de contabilista? Afinal ser Blogger compensa! Devia Ter-me dedicado a isso... Não lhe tirando o mérito da marca que criou...

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    1. Xi, ca estúpida. Qualquer empresa precisa de contabilista. Então não sabe que a Ana tem uma empresa?!

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    2. Tem uma empresa e passa recibos verdes?...

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    3. eu passo recibos verdes e tenho contabilista e...fantástico não recebo mais do que a média do país......e conheço muita gente na mesma situação.
      Querer ter as coisas em dia com uma vida ocupada e pouco jeito para irs e afins também é razão para se ter contabilista, se se quiser, dado que até ver, o pagamos do nosso bolso...
      E aliás caso não saiba a partir de 10000euros anuais e obrigatório ter um técnico oficial de contas (caso não saiba 10000euros a dividir por 12 meses não dá nenhuma fortuna....)

      Oh Pipoca está bem tramada com esta gente...

      Sónia

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    4. Resposta inteligente!
      Oh estúpida, deve conhecer muito bem q vida da Ana, e que tal escrever uma biografia? Pode ser que também lhe empreste a contabilista com tanta bronquite junta, tem imenso para gerir...

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    5. Sim, quem tem uma empresa pode passar recibos verdes à mesma.
      Célia

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    6. Não sei se é o caso, mas tendo uma empresa, e trabalhando por conta dessa empresa, para que são precisos os recibos? De outra actividade?

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    7. Creio que o problema da Pipoca é exactamente o mesmo do que aqueles que trabalham por conta de outrém, e acaba por não estar relacionado directamente com o facto de trabalhar a recibos: ou seja, ninguém sabe se vamos ter Segurança Social no futuro (ou, pelo menos, da forma como a conhecemos) e se esta nos vai garantir uma reforma. Este é que é o essencial problema. Eu desconto para uma caixa de previdência prórpria da minha profissão e, em princípio, conseguirei assegurar uma reforma, mas a verdade é que já não há direitos adquiridos, o que é certo hoje amanhã já não o é e essa incerteza é deveras preocupante e, nesse sentido, acompanho a Pipoca. Fica a questão: e para quem não puder constituir PPRs?

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  9. Por ter essa consciência, assim que comecei a trabalhar fui logo tratar de um PP'R, porque por enquanto é algo q não noto quando sai da conta, mas o mais importante porque acho quando tiver idade para a reforma (por este andar deve ser por volta dos 80 anos, este ano, já é aos 66anos e 2MESES) não haverá dinheiro para pagar.
    Sou da opinião, que cada pessoa devia descontar para si mesmo, não para aquelas pessoas q vivem de rendimentos sociais toda a vida e que ensinam os filhos a viverem da mesma forma! É o que mais me revolta na nossa sociedade, porque acho que muitas vezes a Seg Social, nao ajuda quem realmente precisa!

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    1. Cara Joana,

      Isso é muito bonito, mas imagine que tem um problema grave de saúde e ainda jovem deixa de descontar por total impossibilidade sua... acha justo que o estado não se encarregue de si porque não descontou o suficiente?

      As trafulhices de alguns devem ser tratadas como tal, e deve haver mecanismos para evitar que aconteçam. Mas cada um não deve descontar por si mesmo, cada um deve descontar aquilo que lhe for possível e sempre que possível, para que os que de facto não podem possam ser protegidos, porque lhe pode acontecer a si, a mim, ou a qualquer um...

      Joana

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    2. Concordo com o anónimo das 17:39.
      Claro que é deprimente e triste pensar que provavelmente não vamos ver o dinheiro que estamos a descontar na nossa reforma. Mas também há uma certa segurança em saber que se perder o emprego, se tiver um problema o estado (não resolve obviamente) pode ajudar-me graças aos descontos assim feitos.
      Pagamos uma barbaridade de IRS? Pagamos sim, mas temos um bom sistema de saúde e educação acessível a todos. Descontamos muito para a segurança social? Sim, mas ao menos os velhotes que na sua altura não descontaram porque não sabiam, os patrões diziam-lhes para não o fazerem, não morrem à fome. Trafulhice vai haver em qualquer sistema infelizmente. Mas todos os dias dou graças a deus por ter nascido na Europa e não nos EUA, que é basicamente o contrário do que descrevi.

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    3. Não acho justo, mas aquilo que receberia do Estado, nem daria para pagar os medicamentos, porque o mesmo aconteceu com o meu pai que descontou mais de 40 anos e só porque teve de se reformar antecipadamente teve um corte gigantesco...Se ele não tivesse poupado durante todos estes anos, pode ter a certeza que aquilo que recebe de reforma, não daria para quase nada. E sim, fez descontos altos, a grande penalização foi mesmo pela idade! Acredite que não será o Estado a ajudá-la se precisar, mesmo que esteja doente. Ficará sempre mais dinheiro do lado daqueles q não fazem qualquer desconto para a segurança social, do que aqueles q descontam todos os meses, para uma eventual reforma. Digo mais, se tivesse a oportunidade de escolher, não faria qualquer desconto por mês, ia direto para o meu PP'R ou para uma outra conta poupança... porque esse dar-me-à sempre mais segurança.

      Quanto à sua afirmação de "cada um deve descontar aquilo que lhe for possível e sempre que possível", acredite que deve ser uma das maiores utopias da nossa sociedade...

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    4. Temos um BOM Sistema de Saúde? ! Essa é a piada do dia!!! Hahahahahha

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    5. Não sou o anónimo do comentário de cima, mas sim afirmo temos um bom Sistema de Saúde. Experimentem outros sistemas (exemplo que conheço pessoalmente o NHS no UK) e ai passariam a dar o devido valor ao que aqui temos.

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    6. Querido Anónimo, o nosso sistema de saúde é bom sim. Devemos orgulhar-nos sempre do SNS e lutar contra a sua destruição. Os melhores profissionais estão no público e o senhor sabe que nunca vai ficar sem assistência, mesmo que não tenha como pagar. Sabe que vai estar na mão de bons profissionais. Essa ideia de que o privado é que é bom tem muito que se lhe diga. São os hospitais públicos os melhor equipados e muitas vezes quando os privados se metem em aventuras para as quais não têm meios e as coisas dão para o torto, enviam as pessoas para os hospitais públicos para resolver aquilo que eles não conseguiram fazer.

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    7. Interessante este comentário do anónimo das 20h22, especialmente quando ainda há pouco mais de um mês andou um peditório a circular para ajudar uns pais portugueses no Dubai! Experimente ir a um país onde lhe peçam uns bons milhares de euros por diária num hospital, outros bons milhares por uma toma diária de um medicamento de quimioterapia (que tem uma duração de várias semanas) ou onde tenha que suportar do seu bolso uma intervenção cirúrgica imprescindível que ronde os 6.000€. Nesse dia, talvez deixe de cuspir no prato onde come.

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    8. Concordo interamente com este comentário. Já é tempo de acharmos sempre que o que temos no nosso país é mau, porque não é verdade.
      Relativamente às reformas, de facto nós não descontamos para a nossa própria reforma, mas sim para a reforma das gerações anteriores. Temos é que esperar que as futuras gerações derem dinheiro suficiente para pagar as nossas. Por isso é que tanto se fala do drama da baixissima natalidade em Portugal. É bom ter isto presente, pois é assim que o sistema funciona.

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    9. Bom, bom, é no Dubai.
      Aí sim, SNS 5 estrelas e meia.

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    10. Quanto à Sra. Joana, concordo que a Sra. devia descontar apenas para si. E concordo que, quando tiver um acidente de trabalho e não possa trabalhar mais e tiver apenas 2000€ descontados, teria de os esmifrar para o resto da sua vida, porque o Estado não teria nada a ver consigo.

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  10. https://www.facebook.com/blogposgraduando/photos/a.266793863344409.68308.125002594190204/548887671801692/?type=1&theater

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  11. Esta geração vai ter toda este problema.
    Todos vão descontar e ninguém vai receber.
    Enquanto não se mudar não dá.
    Se reparares, na geração anterior o normal era trabalhas dos 20 ao 50 (30 anos) e recebes reforma dos 50 aos 80 (outros 30). Óbvio que o dinheiro que estes vão receber é muito mais do que descontaram. Logo assim não dá. É matemática.
    Actualmente seria mais justo como estás a dizer (privado) ou então tem de ser recebes até onde descontaste, mas neste país social, recebeu-se mais do que se descontou.

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    1. Está a esquecer-se das pessoas que descontaram a vida toda e que morrem precocemente sem usufruírem dos descontos que efectuaram, por enquanto vai dando mas pergunto com que direito o Estado se apropria destes valores em detrimento dos legítimos herdeiros? Foi isto que me aconteceu a minha mãe viúva morreu 3 meses após a reforma tudo o que tive direito foram na altura cerca de 12.000 escudos que supostamente dariam para pagar o funeral e ainda por cima se quis herdar os seus bens tive que pagar imposto sucessório ao contrário do Estado que guardou de graça 36 anos de descontos de um quadro superior, mais acho que esta é uma situação bastante pertinente até porque os portugueses têm filhos cada vez mais tarde.

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    2. E não queria mais nada? Ficar a receber a reforma da sua mãe? É com cada ideia...

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    3. O imposto sucessório realmente era uma percentagem muito elevada. Felizmente já não existe.
      Sim também há casos desses como a sua mãe. E se fosse privado os herdeiros já poderiam usufruir do dinheiro.

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    4. eu li ma...ficar com a reforma da mãe???

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    5. Caro anónimo É COM CADA IDEIA ??? Não queria mais nada, mas afinal de quem era o dinheiro? Era do Estado ou era da minha Mãe e quem são legítimos herdeiros dos pais não são os filhos ou é o Estado? E não queria nem quero receber pensões de espécie nenhuma quero é poder trabalhar para pasme-se aumentar o meu património sem que ao fim do mês chegue o Estado para me roubar indecentemente em 50% do meu lucro em forma de impostos. De facto o imposto sucessório já não existe mas nunca se sabe quando pode voltar o que me inquieta visto que tenho filhos, e não acha que neste caso me poderiam ter aliviado pelo menos do referido imposto ou era muito reaccionário e absurdo para si?

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    6. Não, não leu mal o anónimo é que leu aquilo que não escrevi e de certeza que não faz a mínima ideia do que é ficar sem pais aos 21 anos e ainda por cima ter que pagar ao Estado para poder herdar os seus bens, isto na cabeça do anónimo é muito justo e não não queria subsídios ou abonos apesar de ainda estar a estudar porque não precisava o que eu queria mesmo era não ter tido de pagar o imposto para poder ficar com os bens que legitimamente me pertenciam.

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  12. Muitos portugueses julgam que pagar impostos significa "descontar para a reforma" quando na verdade, grande fatia da carga fiscal serve para financiar Educacao (somos uns preveligiados por ter acesso a Educacao virtualmente gratuita, e poucos estudantes Universitarios precisam de se recorrer a credito) e Saude ( um sistema tambem virtualmente gratuito e mais importante acessivel a todos)

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    1. Mas há uma diferença entre descontar para a reforma ou para educação. O que desconta via IRS e IVA sim é para educação, saúde e todas as despesas do estado, o que desconta para a segurança social é para prestações sociais - reformas, subsídios de desemprego, rendimentos sociais de inserção.. Daí que grande parte dos portugueses se sintam injustiçados porque uma percentagem do que ganham vai para quem vive de rendimentos sociais em vez de ir a) para a nossa reforma b) para a reforma de quem trabalhou. Não, vai sempre para os pobres e coitados que nunca fizeram a ponta de um chavelho na vida e recebem dinheiro por isso... Coisas de Portugal!

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    2. essas de poucos estudantes recorrerem ao crédito é muito boa, fique a saber que como estudante universitária poucos são os estudantes que têm apoios do estado porque a universidade (educação) é tudo menos gratuita como querem parecer que é. a maioria ou os pais recorrem a credito ou têm a sorte de lhes terem feito poupanças porque se tiver a contar com as bolsas ridiculas do estado pode bem preparar-se para dizer adeus à educação ''gratuita''

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    3. Anonimo das 17:47, assino por baixo!

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    4. Educação universitária gratuita? Em que realidade vive? Sabe porque razão existem poucos universitários a pedir créditos? Porque os pais pagam ou porque trabalham para pagar. O estado não paga nada. E nem com as bolsas que dão dá para pagar uma 1/4 das despesas por mês.

      Cris

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    5. As bolsas são atribuídas consoante os rendimentos das famílias e não concordo com isto, concordo sim com bolsas atribuídas a alunos universitários carenciados com devido mérito provado o ensino universitário não tem que ser gratuito existem outras profissões que não requerem uma formação tão especializada e cara nem todos têm que ser doutores e nem todos o merecem e o que se observa hoje em dia é a banalização da licenciatura em deterioramento da qualidade da mesma.

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    6. Sim, a educação em Portugla é gratuita para quem não sabe.
      As propinas que se pagam nem um ordenado de meio mês dão para pagar a um professor quanto mais um ano lectivo inteiro.
      Estas são as pessoas de quem se fala, habituadas a que tudo seja de graça porque existe sempre alguém que paga, já dizia o Miguel Gonçalves “Amigo, se tu com 20 anos não consegues arranjar 100 euros por mês para pagar os estudos, então vais ter muitos problemas na vida, porque até a vender pipocas se arranja cem euros por mês”.

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    7. E porque é que o curso superior tem de ser gratuito? No mundo ideal do tuga sonhador, a faculdade era gratuita, entrava toda a gente e depois de sairem tinham logo um emprego à espera com bom salário. E se andassem uns quantos anos a chumbar, o estado continuava a pagar os seus cursos (Bom, quanto a esta última parte, é mesmo o que acontece, ainda não vi ninguém ter que pagar as despesas inerentes à sua formação mesmo ao fim de 10 matrículas).

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    8. Mas vocês que dizem que a universidade não é quase gratuita acham mesmo que propinas anuais de 1.000€ é muito? Ganham juízo.

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    9. E quem entra para a universidade só gasta cem euros por mês, não é?

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    10. As pessoas esquecem-se que o que descontamos todos os meses vai muito para além da educação ou da saúde. Vai para pagar subsídios de desemprego, subsídios de parentalidade, pensões de velhice, pensões por doença, pensões por morte, subsídios de funeral, etc. Sabiam que as mulheres grávidas não pagam taxas moderadoras? Nem os desempregados? Nem os inscritos no centro de emprego como à procura do 1º emprego? Ás vezes as pessoas nem têm noção daquilo que o estado retribui a cada um. É certo que as nossas taxas de IRS são brutais e escandalosas face aos nossos rendimentos, mas não insultem o SNS, ou o sistema educativo, porque o caminho não é por aí. Quanto ás questões da Pipoca, acho-as pertinentes. Acho que, mesmo para quem ganha bem, a fatia entregue ao Estado é muito elevada. Afinal, é grande parte do produto de um trabalho que uma pessoa nem vê. Mas também acho que a questão que a mesma aqui levantou é transversal aos recibos verdes como aos trabalhadores do sector privado. Haverá para pagar a todos nos finais das nossas carreiras daqui a 30 ou 40 anos??

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    11. Mas a escolaridade mínima obrigatoria deveria ser gratuita e nao é. No resto da Europa é. Cá acham que as pessoas se queixam sem deverem e nao entendem que é na educaçao que está o futuro. Países como a Suiça, Finlandia, etc sabem isso mas nós temos pessoas a "vomitar" estas pérolas e a votar sempre nos mesmos que só dao benesses aos boys...desinvestem na educaçao, tentam explorar jovens, deixam escapar os melhores porque nao lhes querem pagar ( conheço uma doutorada que foi explorada numa universidade publica portuguesa durante anos, a melhor da sus área que trabalhou ANOS sem ordenado. Agora?! A receber um ordenadao e o reconhecimento que merece. Onde? UK.)

      Quanto a ser gratuita a educaçao na tugalândia aconselho-vos a estudarem bem os sistemas educativos europeus, os resultados PISA ( que por cá a maioria nao sabe o que sao) e depois falem com algum conhecimento. Porque às barbaridades que dizem, é impossivel que saibam alguma coisa.

      Ps: o meu telemóvel nao tem vários acentos da lingua portuguesa, daí a falta dos mesmos.

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    12. Não concordo totalmente com a Maria do Rosário. As bolsas são atribuídas da forma como disse que deviam ser! Só entra p a universidade quem tem média para tal e depois tem bolsa ou nao consoante os seus rendimentos. O q devia haver também era algum tipo de apoio ou recompensa aqueles que não sendo "pobrezinhos e coitadinhos" têm mérito na mesma ( como em algumas privadas existe, em q ha bolsas atribuídas exclusivamente pelo mérito do aluno )

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    13. Anónimo das 11:50, se calhar para si 1000€ não é muito. Mas para mim sim. Fique a saber que 1000€ das propinas é 1/3 do que a minha mãe ganha por ano.
      E Catarina, existem sim bolsas de mérito nas faculdades públicas. Ando na UP e alunos com média superior a 16 são reconhecidos, sejam ou não 'coitadinhos'

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  13. Ai Pipoca,palpita-me que daqui a umas horas vai haver por aqui muitos comentários do género "de que te queixas tu,que foste bafejada pela sorte e tens um bruto rendimento?!".as pessoas nao fazem ideia do que se desconta quando se trabalha a recibos verdes. Não é o meu caso mas conheço varios casos é muitos tiram só 1 semana de férias por ano porque nao querem "perder"
    dinheiro. eu se pudesse descontava para um sistema privado!nao acredito que venha a ter reforma...e se tiver será mázinha,a nao ser que venha a ganhar bem mais no futuro, pois com os atuais 680 eur...

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  14. O pior é que os descontos que estamos a fazer, servem para pagar subsidios a muita gente que nunca trabalhou na vida e nunca vai trabalhar, mesmo tendo saúde para o fazer. Grande parte do Pais está a viver de Rendimento Social de Inserção. Não sou compeltamente contra, mas devia ser um subsidio com duração limitada e quem o recebe deveria dar algo em troca à sociedade.

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  15. Nem sei que vos diga. Não sabemos o dia de amanhã . Tb podemos ter uma conta chei de dinheiro e, de repente, lá se vi o euro e os nossos milhões passam a tostões.

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  16. Seria mais justo ter poder de opção, mas estou mesmo a ver o que aconteceria se assim fosse: a maioria não ia querer descontar para o Estado, o Estado colapsava porque teria que ajudar essas mesmas pessoas que não amealharam de forma alguma a não morrerem de fome com rendimentos sociais de inserção

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    1. isso não é assim teria que haver um período de transição e o facto é que a nossa ss está em falência técnica os portugueses têm que fazer escolhas ou se paga a educação e a saúde e se ajuda quem realmente precisa, ou continuamos a pagar subsídios a torto e a direito só porque sim precisamos de um Estado que nos dê igualdade de oportunidades e não de um que nos rouba ao fim do mês porque temos que sustentar uma cambada de inúteis que não querem é trabalhar e vivem do cumulo de subsídios a que têm direito e que muitas vezes todos somados ultrapassam o salário mínimo nacional.

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    2. Não, porque nessa altura deixava de haver Segurança Social e deixava de haver subsídios.
      Tudo privado como em alguns países.

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  17. É a triste realidade que temos...nos estado em que as coisas estão, quando chegar-mos à idade da reforma, ainda vamos ficar a vela passar...

    Isabel Sá
    http://brilhos-da-moda.blogspot.pt

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  18. O privado infelizmente também pode trazer alguns dissabores, quem sabe se daqui a 20, 30 ou 40 anos não foram à falência (caso Enron), fugiram com o nosso dinheiro, ou tinhamos aplicado a nossa reforma nas obrigações perpétuas de um banco qualquer.... Claro que o estado não vai conseguir continuar a pagar as reformas como são pagas actualmente mas irá sempre pagar o base e com um complemento (PPR ou outro tipo de poupança) talvez se consiga viver com dignidade!

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    1. Concordo plenamente. As pessoas que tem medo que, quando chegue a sua altura, o Estado nao tenha dinheiro para pagar reformar, deviam pensar que os privados também podem nao o ter (por alguma das razoes que apontou o Anónimo das 18:15). Por isso é que a melhor maneira é ter um sistema misto (publico e privado).

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  19. É sem dúvida um tema que nos preocupa a todos, e infelizmente não se prevê nada de bom quando chegar o tempo de reclamar as contribuições que se fazem enquanto se trabalha.
    Queria só corrigir uma questão, a Alemanha não é assim tão desenvolvida (preferia que fosse), pois aqui (sim, eu trabalho em Munique há mais de 8 anos) também se desconta para a "segurança social" é obrigatório!, certo que quase todas as empresas tem ou incentivam a poupança privada e há uma data de benefícios fiscais que são dados a quem também poupa para a reforma no privado, mas logo no salário sai uma grande percentagem para o fundo estatal de reformas, e tal como em portugal, por aqui não é um futuro risonho, aliás quase todos os alemães já meteram na cabeça que não vão ter reforma estatal quando chegar essa altura....

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  20. Todos temos os nossos queixumes, a mim também me incomoda que um cliente não pague, e no fim do mês lá venha o senhor Coelho cobrar o IVA de algo que não recebi. Isto entre outras pérolas...
    A reforma... sim, o privado é bom, mas o acontece se a Instituição Financeira ou a empresa (como fazem no EUA, em que as empresas têm fundos de pensões) vai à falência? Quem dá a mão? Pois, é o papá Estado...

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    1. O srº Coelho não tem outro remédio senão fazer assim por causa das dividas do srº Sócrates, srº Cavaco e srº Soares e outros, falta-lhe a coragem é para não perpetuar este ciclo se o fizesse garanto que iria preferir pagar o iva em avanço em dobro pois a coisa não ia ser bonita de se ver e sentir, vá consultar o google e apure como se vivia em Portugal durante a 1ª Republica vai ver que não vai gostar nem do remédio nem da cura, se é que me entende?

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    2. Sim essa situação de pagar IVA da factura sem receber já estava bem na hora de mudar. Não faz sentido nenhum.
      Mas não dá jeito não é´? É sempre mais algum que entra...
      Pois a única problemática está nessa questão do fundo.
      Mas talvez a Pipoca quisesse dizer a nível privado serem as pessoas mesmo a guardar no seu banco.
      Ou era um fundo de pensões privado?

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    3. Dona Maria, achegue-se aqui... vá, não tenha medo. Prontos, confortáve? Então, é assim: o facto de eu não gostar do Mr. Coelho não implica que adore ou idolatre esses personagens que a senhora rapidamente debitou. Percebeu? Ou que concorde com o despesismo e privilégios de meia dúzia, e que defenda negociatas. Estamos entendidos?
      A questão do IVA é simples: estou a pagar imposto por algo que não recebi. Só isso. Aliás, o partener do Sr. Coelho, quando na oposição, defendia que o IVA devia ser pago contra recibo, e não contra factura.
      Não é que eu não queira pagar impostos, ou descontar para a SS (e desconto a "dobrar"), apenas gostaria de pagar quando recebo alguma coisa, só isso..

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    4. Olhe tenha calma o anónimo eu não disse que gostava do srº disse só que a culpa não é do pobre animal depois disse-lhe também para se informar e ir ver como se vivia na 1ª republica quando o país estava falido culpa da monarquia e não existiam FMI e afins pronto já se assentou ( é assim que fala não é? ) respire eu também pago o mesmo iva também não gosto mas quando vou à caça ( salvo seja pobres animais ) não tenho palas nos olho e vejo os animais todos e se puder mato-os a todos respirou? agora pense qual foi a cura a que Portugal teve que se sujeitar para sair da falência? Foi com um animal que também usava palas nos olhos como o caro anónimo de nome Salazar era ´só isso realmente curou-nos mas a que custo e o remédio era bom gostava eu cá não? Reformar Portugal é preciso e se os políticos, juízes e etc não se entendem que se consultem os portugueses em referendo ou coisa que nos valha a ver se saímos de uma vez por toda desta m#$%da de sistema. Pronto é produto de limpar o pó e também e não aprecio aquele que diz partner do srº coelho olhe que essa era uma porta a nunca iria bater e o meu nome não é Maria é Maria do Rosário Maria era a empregada doméstica da minha avó e usava uma forma de se expressar assim parecida à sua.

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  21. Este é um daqueles temas em que mais vale não pensarmos, mas se não pensarmos parece que estamos só a ser inconscientes e a tentar ignorar a realidade. Eu tenho 24 anos, trabalho há pouco mais de um ano e já descontei imenso. Para quê? Não sei bem e sinceramente neste momento vou escolher não pensar.

    http://entreosmeusdias.blogspot.pt/

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    1. Desconta para pagar a reforma da geração dos seus pais e avós. Terá é de esperar (e contribuir para...) que haja gente suficiente nas próximas gerações, que assegurem que vai haver dinheiro para pagar as reformas da sua geração. É estra a base do sistema de reformas. Não descontamos para as nossas próprias reformas.

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  22. Trabalho a recibos verdes, é o 1º ano, tenho isenção.
    Como abri no inicio do ano passado (fevereiro) e não nos meses finais, em vez de 1 ano de isenção tenho direito a 1 ano e meio.
    Mas como estou isenta nao conta dps como anos de trabalho, logo, para a reforma.

    Sendo assim: não devia ser obrigatório darem-nos a escolher se queremos a isenção ou não??!!!

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    1. E de facto pode escolher não estar isento/a. É só deslocar-se à Seg. Social e às Finanças e optar pela não isenção. Mas naturalmente que no final do mês, efetuados os desccontos, terá menos rendimento disponível.

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  23. Essa "fatia pornografica" que paga à SS deve servir para pagar aquele colega que está a trabalhar, a ganhar limpinho por fora sem descontar um euro que seja ao mesmo tempo que recebe subsídio de desemprego. Fico verde com estas situações pelas razões obvias. Não sei sequer se é possível denunciar, se alguém souber que me elucide, porque não se trata de inveja ou maldade mas sim resolver uma tremenda injustiça perante aqueles que trabalham e descontam, sem nunca saber se algum dia terão retorno.

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    1. Anónimo das 22:57 desde que tenha provas tudo é possível.

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    2. Eu também fico verde e de todas as cores. Porque além de ganharem mais que eu no emprego (porque recebem sem descontos) ainda recebem sub de desemprego ao RSI, ou seja dois "ordenados".
      Mas, como são pobres coitados, têm abono, escalão escolar e estão isentos no sistema de saúde!
      É tudo a ajudar!
      Quem trabalha "legalmente" paga para todos!

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  24. Pois comparar a Alemanha com Portugal é o mesmo que um filho de operários que ganham o salario minimo "exigir" aos pais os mesmo que os amigos filhos de médicos têm.
    É verdade que em Portugal ha muita trafulhice - é verdade que muito dinheiro é mal gasto - mas a prinicipal diferença é que paises como a Alemanha têm uma grande maquina produtiva quer em quantidade quer em valor acrescentado. Quem não produz riqueza igual não pode pedir que ela caia do ceu. Basta ver que só a AutoEuropa representa uns 2% do nosso PIB. E é só uma fabrica do grupo VW que representa uma pequena fraccçao deste colossal grupo (o grupo no total representa dezenas de vezes a AutoEuropa). Agora junte-se a BMW+AUDI+PORCHE+MERCEDES e mais umas gigantes SIEMENS+BOSCH e multiplique-se isto tudo por 10 e é a Alemanha.

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    1. Sim, é que nos portugueses, bimbos como somos, patrocinamos. Todos querem o BMW ou o audi a porta mesmo que o carro valha mais do que ganha ao ano só para mostrar que tem muito dinheiro...

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    2. Nesse caso infelizmente não dá para comprar nacional, não é ? XD

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  25. Tenho quase 25 anos, ando há ano e meio à procura de emprego e a única coisa que surgiu foi comercial comissionista... Já tenho deadline para desandar deste país para sempre (e deixar os meus pais idosos e os meus animais). Sempre que penso em reforma ou desemprego quando não os tiver (aos pais), começo a ter ataques de pânico. Nunca descontei na vida, só vou herdar doenças e dívidas, e não nasci num país governado por ninguém minimamente competente desde a sua criação. Estou f*dida. *ataque de pânico em acção total*

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    1. Boa sorte Lamento que esteja a passar por isso, mas certamente que melhores dias virão... Força.

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    2. Viver um dia de cada vez, sem stressar, pensamento positivo, respiração de relaxamento, ataques de pânico é que não.....força!

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  26. Simplista. Ou então não... e a seguir anuncias um belo plano de reforma alemão.

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  27. Também acho que devíamos poder escolher entre o publico e privado. Tendo a obrigação de descontar pelo publico nunca vamos conseguir investir tanto em ppr's, mas enfim... é o que temos.

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  28. Pipoca podemos ter e-mail da sua contabilista? procuro tambem uma simpatica para gerir as minhas poupancas, obrigada!

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  29. Um tema muito polémico sem dúvida. Também trabalho a recibo verdes há anos, e não tenho grandes (ou nenhumas) expectativas com a segurança social.
    Fazer poupanças sim, mas sobretudo viver o dia de hoje.

    Lia
    http://opsidascoisas.blogspot.pt/

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  30. A mim irrita-me solenemente que o valor que eu desconto todos os meses vá para RSI dados a torto e a direito e é vê-los ali sentadinhos no café enquanto eu corro para chegar a horas ao trabalho, depois de levar os miúdos à escola. Com a pasta a tiracolo, mais a marmita que isto de almoçar fora todos os dias não dá.
    Quer dizer, para mim não dá, que trabalho e ... desconto. Mas para quem recebe RSI, os filhos têm subs. A na escola (não pagam livros, refeições nem transportes) e têm abono, parece que dá bem para ir tomar o pequeno almoço, almoço e jantar fora!
    Para quem trabalha é que é dificil, porque ganho o meu salário, desconto balurdios e ainda tenho de pagar tudo e mais alguma coisa. Até se me der uma dor de barriga tenho de pagar uma pipa de massa no hospital.
    Já fiz as contas e eu com os meus 700 euros de ordenado (ena pá, tanto!), tenho um poder de compra bem mais baixo que quem usufrui de RSI! E tenho horários para cumprir, pouco tempo para estar com os meus filhos, tempo nenhum para mim e para a minha casa.
    Por vezes, também me apetece ser "RSI", sim porque parece que virou profissão.
    Pergunta-se a alguém, profissão e respondem RSI!!!!

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    1. Haja alguém que pensa como eu!
      Estamos num ponto que, trabalhar não compensa! Sim, é verdade, ou se tem um ordenado milionário... ou então ficamos com mais dinheiro ao final do mês (e do ano) se estivermos a viver de subsidios: ele é abonos, é isenções, é escalões na escola, é juros bonificado (que acabaram para novos contratos mas ainda existem nos mais antigos).
      No final de contas quem "ganha" mais?

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    2. Partilho dos seus sentimentos. No meu anterior trabalho contactei com RSIs extraordinários. Um desses casos queixava-se que não tinha dinheiro para comer e andava "montado" num BMW com menos de 2 anos e tinha um telemóvel significativamente melhor que o meu...

      Sofia, 34 anos

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  31. É muito complicada essa decisão e estou quase certa de que não iria resultar.
    Não haveriam de faltar aqueles que nada descontavam e, na hora da verdade, vinham apelar por um qualquer subsídio para viver porque "não conseguiram" fazer poupanças...

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  32. O problema do PPR é que só vai receber o que depositou com os respectivos juros, ou seja nunca pode depender só do P.P.R porque não sabe quantos anos vai viver. Poderá ser um complemento á reforma que vai receber do estado.

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  33. Após mais de dez anos de trabalho numa entidade, a recibos verdes, e tendo visto a minha contribuição para a segurança social aumentar 60 e tal euros por mês quando no ano fiscal relativo recebi menos 4 mil do que no anterior, vi-me obrigada a ter de me despedir. Neste momento, feitas as contas do pouco que consegui amealhar no último trimestre chego (novamente) à conclusão de que não vai dar para pagar o IVA. E se gastei mal gasto? Não, antes fosse. Foi tudo para despesas de combustível, inspecção e revisão com o carro, para as despesas obrigatórias da casa e para comida (onde tive de cortar e muito para me chegar). Nem sei que mais comente. Felizmente, nunca passei fome, mas também nunca pensei chegar ao ponto em que teria de me despedir para não ficar a dever ao Estado quando o que ganho é muito inferior às despesas com a profissão. É este o país que temos. :(

    Sofia, 34 anos

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    1. "Não vai dar para pagar o Iva" Não percebo muito bem esse argumento. O ÍVA é calculado sobre o valor pedido pela prestação do serviço. Nunca é um dinheiro nosso, que faça parte do pagamento mas antes um valor que podemos ter na nossa posse algum tempo, ante de ser entregue. Aliás, nem é entregue na totalidade, pois haverá sempre algum valor de IVA a descontar, de artigos que entretanto tenhamos adquirido.

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    2. Não dá para pagar o IVA quando as despesas de transportes e outras (obrigatórias) como materiais que temos de adquirir para o exercício da profissão excedem os valores. Logo, garanto que não dá. Também não pensei ser possível até me acontecer! :(

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  34. Pipoca em relação ao que falou sobre o sistema de descontos na Alemanha, não funciona bem como a sua contabilista lhe falou. O que acontece por aqui é que quem ganhar mais de 50 000 euros por ano pode fazer essa opção. Os outros sujeitam-se aos descontos para a segurança social. E digo-lhe que se desconta bem mais que em Portugal. Um exemplo, um casal, o que tiver o ordenado mais baixo desconta 50% do mesmo, e o outro nunca desconta menos de 30%.

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  35. É um tema assustador de facto.
    A verdade é que na teoria descontamos para a entidade Estado, que deveria gerir o dinheiro dos contribuintes para garantir o funcionamento de ensino público, SNS, segurança pública, pensões, etc etc etc...
    Na prática carregam-nos com impostos para tapar buracos em todo lado, que apareceram por culpa da má gestão do estado e dos vários representantes que foi tendo, o dinheiro vai para todo o lado menos para a manutenção dos serviços para os quais na teoria estão destinados.
    Para "ajudar" ainda andamos a manter preguiçosos! Gente que não quer trabalhar, é só enfardar bolos o dia todos e estar a cortar na casaca dos outros, quando arranjam emprego mantêm-se contrariados o tempo suficiente para poderem ter novamente rendimentos vindos do Estado, depois fazem de tudo para serem despedidos, eu conheço vários casos, outros verão também isto a acontecer à sua volta.
    E há ainda aqueles que querem ter todos os direitos da sociedade em que estão, mas não se inserem nela, nem cumprem com os deveres. E o que se faz? Paga-se-lhes e bem!
    E quem quer realmente trabalhar infelizmente não arranja emprego e ainda é tratado como um sujeito com termo de identidade e residência.

    O sistema alemão é de facto bem melhor no que diz respeito a reformas.

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  36. Pois de facto quando se percebe a realidade em algumas profissoes la fora é que se ve a diferença. É impressionante que na minha area (engenharia) ate fazem perseguiçao para vir buscar o pessoal cá e com muito mais condiçoes. "Putos" com 2-5 anos de experiencia apos faculdade facilmente em paises decentes pagam as despesas - vivem bem e ainda metem uns bons 20mil /ano na poupança - cá nao ganhavam uns 15-20 mil /ano limpos. De facto emigrar ainda é o melhor em algumas profissoes - fazer dinheiro e uma boa poupança.
    P.S - e em geral com muito mais condiçoes de trabalho - respeito e organização

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Teorias absolutamente espectaculares

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